SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 87
Descargar para leer sin conexión
CARDIOPATIA VALVARES
• As doenças valvares constituem uma das
  principais causas de Insuficiência cardíaca
  e de morte Súbita em todo mundo.
• São condições de apresentação clínica
  bastante variável. Muitos pacientes
  apresentam-se assintomáticos por
  décadas.
CARDIOPATIA VALVARES
• PROBLEMA GRAVE DE SAÚDE
  PÚBLICA, devido :

• Ser freqüente

• Associado à doença reumática, com
  mortalidade de 50% ou mais, das crianças na
  faixa de 5 a 12 anos
• Seu diagnóstico, anatômico e funcional, é
  elaborado tendo-se como base a anamnese, o
  exame físico, a radiografia do tórax, o
  eletrocardiograma e o ecocardiograma.
• Acompanhamento de pacientes com valvopatia
  → outros métodos não-invasivos : teste
  ergométrico, teste cardiopulmonar e a medicina
  nuclear permitem detectar, precocemente,
  disfunção ventricular, acompanhar a evolução,
  determinar a decisão do momento para a
  intervenção cirúrgica e avaliação do
  prognóstico.
CARDIOPATIA VALVARES
• CONTRIBUIÇÕES TECNOLÓGICAS:

             ECOCARDIOGRAMA
•   Método não invasivo
•   Barato
•   Facilidade para realização
•   Desenvolvimento de profissionais e
    aparelhos
•   Diagnóstico precoce
CARDIOPATIA VALVARES

• A precocidade e a especificidade do exame, levou ao
  aparecimento de um dos maiores desafios do momento :



• - Como cuidar do paciente a ponto de
  modificar a evolução natural da doença?
CARDIOPATIA VALVARES



   • VALVA OU VÁLVULA
CARDIOPATIA VALVARES
• VALVA ou VÁLVULA

 – VALVA – conjunto de músculo papilar,
   cordoalhas e cúspides .

 – VÁLVULA- conjunto de cúspides
CARDIOPATIA VALVARES

• A função da valva depende das estruturas:

  – VALVA



  – MIOCARDIO ( CÂMARA CARDÍACA)ex ICC
VALVOPATIAS




                                     MITRAL
     AÓRTICA

                                ESTENOSE      INSUFICIÊNCIA

ESTENOSE       INSUFICIÊNCIA
ESTENOSE MITRAL
ESTENOSE MITRAL
DEFINIÇÃO – OBSTRUÇÃO DA SAÍDA DO FLUXO DE SANGUE DO
            ÁTRIO PARA O VENTRÍCULO E → SURGE GRADIETE
DE PRESSÃO ENTRE AE E VE NA DIASTOLE.
       A AREA VALVAR NORMAL VARIA DE 4 A 6 CM ² , COM
           A ESTENOSE MITRAL A ÁREA SERÁ 2CM² OU ATÉ
MENOS .
ESTENOSE MITRAL
ETIOLOGIA-

-FEBRE REUMÁTICA ( principal causa )
-MAL FORMAÇÃO CONGÊNITA (CRIANÇAS)
-LUPUS ERITEMATOSO SISTEMICO
-CARCINÓIDE MALIGNO
-ARTRITE REUMATÓIDE
-TROMBO DE ÁTRIO ESQUERDO
-VIROSES POR COXSACKIE
-AMILOIDOSE
-MUCOPOLISSACARIDOSE
-FIBROELASTOSE
-COR TRIATRIUM( membrana côngenita que simula EM)
-MIXOMA DE ATRIO
-TUMORES OU ALTERAÇÕES VENOSAS, MESMO À MONTANTE DA VÁLVULA
-ENDOCARDITES COM GRANDES VEGETAÇÕES
ESTENOSE MITRAL

• EPIDEMIOLOGIA

 – Cerca de 25% dos pacientes portadores de
   de Febre Reumática, desenvolvem a EM
   pura, ao passo que 40% tem dupla lesão
   mitral.
ESTENOSE MITRAL
PATOLOGIA

A LESÃO PODE OCORRER DE 4 FORMAS NOS PORTADORES DE
FEBRE REUMÁTICA:

1- COMISSURA 30%

2-CÚSPIDE   15%

3- CORDOALHA 10%

4- MISTA
INCIDÊNCIA –

     NO SEXO FEMININO UMA INCIDÊNCIA DE 60 A 75%
FISIOPATOLOGIA
A área valvar normal em pacientes adultos é de 4 a 6 cm2, a patologia
em si leva a redução da área valvar , sendo que podemos dizer que :

Área valvar de 2 cm2 - estenose mitral moderada.

Área valvar de 1 cm2 – estenose mitral importante , a pressão intra- atrial
de 20 mmHg a 35mmHg .

A pressão atrial elevada, leva à estimulação dos barorrectores do átrio
que levam a uma taquicardia – agravando o QC.
FISIOPATOLOGIA

Os primeiros sintomas são a dispnéia – desencadeada
por exercícios , stress emocional, infecção , relação
sexual, fibrilação atrial( arritmias) , anemia, gravidez.


A elevação da FC diminue o tempo de diástole ,
proporcionalmente mais que a sístole , levando a
diminuição do fluxo transvalva mitral
FISIOPATOLOGIA
1- DISPNÉIA – a hipertensão venocapilar pulmonar diminui o fluxo
              pulmonar, com uma maior ventilação no ápice e
              maior perfusão na base


               - a diminuição do fluxo pulmonar,
               - leva ao mecanismo de vasoconstrição brônquica distal
               - diminui a ventilação
               - um aumento do espaço morto




                INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA DISTRIBUTIVA
                       e drenagem deficiênte




                     EDEMA AGUDO DE PULMÃO
FISIOPATOLOGIA
2- ARRITMIAS - COM O AUMENTO DO ATRIO ESQUERDO, PROVOCA
           - DESARRANJO DO TECIDO ESPECIALIZADO DE CONDUÇÃO
                 - FAVORECENDO A INSTABILIDADE CELULAR E
                     - ALTERANDO O RITMO CARDÍACO




                    FIBRILAÇÃO ATRIAL AGUDA/ CRÔNICA
                   (47% dos portadores EM)

3- TROMBOEMBOLISMO- 20% DESENVOLVEM DEVIDO A EMi , SENDO
                     QUE 10 A 15 % LEVAM Á ÓBITO, DEVIDO A FA
                       ↑ diâmetro AE, presença de trombo A/E

  4 – HEMOPTISE – O AUMENTO DA CONGESTÃO VENOSA LEVA À
            FRAGILIDADE CAPILAR E RUPTURA DE PEQUENOS VASOS
                        BRONQUICOS
FISIOPATOLOGIA


5- DOR PRECORDIAL – 15 % DOS PACIENTES PODEM APRESENTAR ICO,
                    DEVIDO AO DC DIMINUÍDO



6- ENDOCARDITE



7- OUTROS – COMPRESSÃO DO NERVO LARINGEO RECORRENTE E DO
ESÔFAGO
            DEVIDO AO AUMENTO DE SAE .
FIBRILAÇÃO AGUDA

Desenvolve-se em decorrência de extensa fibrose no AE
  - Na EM, é marcadora de ↑ morbidade e mortalidade
     → perda da sistole atrial → deterioração clínica
Fibrilação aguda

               Aumenta a FC cardíaca (pior do quadro clínico)
Fibrilação aguda

               Aumenta a FC cardíaca


                                 Diminue o tempo de diástole

(mais volume no AE→ > gradiente de pressão atrioventricular)
Fibrilação aguda

               Aumenta a FC cardíaca


                               Diminue o tempo de diástole


                     Diminuição do fluxo transvalvar
Fibrilação aguda

               Aumenta a FC cardíaca


                                  Diminue o tempo de diástole


                      Diminuição do fluxo transvalvar


                   Dimunue o DC
Fibrilação aguda

               Aumenta a FC cardíaca


                                  Diminue o tempo de diástole


                      Diminuição do fluxo transvalvar


                   Dimunue o DC


         Aumenta a pressão intra átrio esquerdo
Fibrilação aguda

               Aumenta a FC cardíaca


                                  Diminue o tempo de diástole


                      Diminuição do fluxo transvalvar


                   Dimunue o DC


         Aumenta a pressão intra átrio esquerdo


Aumenta a pressão capilar pulmonar
Fibrilação aguda

               Aumenta a FC cardíaca


                                  Diminue o tempo de diástole


                      Diminuição do fluxo transvalvar


                   Dimunue o DC


         Aumenta a pressão intra átrio esquerdo


Aumenta a pressão capilar pulmonar (congestão pulmonar)


Edema agudo de pulmão
GRAVIDADE DA ESTENOSE MITRAL

            GRADIENTE
                         ÁREA VALVAR,     PRESSÃO
               MÉDIA,
                               cm²         SISTÓLICA
               mmHg


NORMAL           0          4,0 a 6,0       < 30

LEVE            <5          1,5 a 4,0       < 30

MODERADA       5 a 10       1,0 a 1,5      30 a 50

GRAVE           >10          < 1,0          > 50
QUADRO CLÍNICO
•   1- DISPNÉIA
    – geralmente os primeiros sintomas iniciam 10 a 20 anos após a FR
    - apresenta-se lenta e progressiva
    - os primeiros episódios, podem ser desencadeados por exercício, estresse
      emocional, relação sexual, infecção, febre, todas as situações que
      necessite de aumento do DC

•   2- HEMOPTISE
    - escarro espumoso e róseo, devido EAP ou sangue vivo devido lesão
    artéria brônquica

    3 – DOR TORÁCICA-
    - 15% dos pacientes tem como causa Hipertensão de VD, ICO ou embolia
    coronária
QUADRO CLÍNICO
•   4- TEP – 10% dos casos

•   5- ARRITMIA- 40% - FAA/C

•   6- ENDOCARDITE

•   7- ROUQUIDÃO

•   8- DISFAGIA

•   9- HIPERTENSÃO VENOSA SISTEMICA

•   10- HEPATOMEGALIA , ASCITE E DERRAME PLEURAL
EXAME FÍSICO

FACE – PRESENÇA DE RUBOR MALAR
PULSO ARTERIAL - NORMAL, DE BAIXA AMPLITUDE QUANDO GRAVE (PELA
REDUÇÃO DO ENCHIMENTO VENTRICULAR)
PULSO VENOSO JUGULAR – ONDA a PROEMINENTE ( EM RITMO SINUSAL)



PALPAÇÃO / INSPEÇÃO CARDÍACA

ICTUS – IMPERCEPTÍVEL
RUFLAR DA VALVA MITRAL ( SE FOR FOLHETO ANTERIOR )
FRÊMITO DIASTÓLICO MITRAL- NO APICE CARDÍACO
PRIMEIRA BULHA BEM PALPÁVEL
IMPULSÃO VENTRICULAR – PALPÁVEL EM REGIÃO SUBESTERNAL
(IMPULASÃO ANÔMALA DO VD) EM PACIENTES COM HIPERTENSÃO
PULMONAR
EXAME FÍSICO

AUSCULTA

SOPRO DIASTÓLICO EM RUFLAR COM REFORÇO PRÉ-SISTÓLICO,
SOPRO SECO BREVE , VIBRANTE, ORIGINÁRIO DE UMA VALVA MITRAL
ENDURECIDA,
ENTUMECIDA , NÃO SOLDADA

RUFLAR PROTODIASTÓLICA- COM CRESCENTE PRÉ-SISTÓLICO
RUFLAR DIASTÓLICO COM REFORÇO PRÉ-SISTÓLICO( PRINCIPALMENTE
QUANDO O PACIENTE EM DECÚBITO LATERAL ESQUERDO).


ESTALIDO DE ABERTURA DA MITRAL – GERALMENTE 0,08 SEG APÓS B2

HIPERFONESE DE B2 EM FOCO PULMONAR- HP
LABORATÓRIO


1- ELETROCARDIOGRAMA-

A- ALTERAÇÕES DE MORFOLOGIA -AUMENTO DA DURAÇÃO DA ONDA P,
EM D2, COM MORFOLOGIA ENTALHADA ( DURAÇÃO SUPERIOR A 0,10 SEG),
SOBRECARGA DO ÁTRIO ESQUERDO ( 90% DOS CASOS)
SOBRECARGA DE CAMARAS DIREITAS – DESVIO DO QRS PARA DIREITA E
ONDA R PROEMINENTE EM VI



B- ALTERAÇÕES DE RITMO – SINUSAL , FIBRILAÇÃO ATRIAL (ARRITMIAS
SUPRAVENTRICULARES)
RADIOGRAFIA DE TORAX

1 – RADIOGRAFIA TORAX SIMPLES
                        – AUMENTO DO ATRIO ESQUERDO ,
                        -DILATAÇÃO DA ARTÉRIA PULMONAR
                        - CRESCIMENTO DE VD SE HP.
                        - CONGESTÃO PULMONAR



2- RADIOGRAFIA DE TORAX COM ESÔFAGO CONTRASTADO.
           -VISUALIZAÇÃO DO 3 INVERTIDO NO EXAME OBLÍQUO
           ANTERIOR ESQUERDA .
CATETERISMO
• - RARAMENTE NECESSÁRIO AO
  DIAGNÓSTICO E À AVALIAÇÃO DA
  GRAVIDADE DA ESTENOSE;

• - INDICADO QUANDO HÁ DISCREPÂNCIA
  ENTRE O QUADRO CLÍNICO E OS ACHADOS
  ECOCARDIOGRÁFICOS, OU QUANDO O
  GRAU DE HIPERTENSÃO PULMONAR NÃO
  FOR JUSTIFICAVEL PELA MAGNITUDE DA
  ESTENOSE ECOCARDIOGRÁFICA.
CATETERISMO

SOLICITADO NOS CASOS DE LESÃO CORONARIANA
TRATAMENTO
O TRATAMENTO CLÍNICO ENVOLVE 3 ASPECTOS: CONTROLE DOS
   SINTOMAS DAS ARRITMIAS (FA) E PREVENÇÃO DO
   TROMBOEMBOLISMO

A- MEDICAMENTOSO

1 - PENICILINA – PROFILAXIA

2- TRATAMENTO DE ANEMIA

3- EVITAR ESFORÇO FÍSICO

4- PACIENTES SINTOMÁTICOS

a)    DIURÉTICO
b)    DIMINUIR A INGESTÃO DE SAL
c)    USO DE DIGITAL
d)    BETA-BLOQUEADOR
e)    TERAPIA ANTI-COAGULANTE
     (FAA, TROMBO INTRACAVITÁRIO, PRÓTESE METÁLICA)
EVOLUÇÃO




– APÓS O SURTO DE FR O PACIENTE PODE TORNAR-SE
ASSINTOMÁTICO POR UM PERÍODO DE 15 A 20 ANOS .
CIRURGIA
       A INDICAÇÃO DEPENDE DA PRESENÇA E INTENSIDADE DOS
SINTOMAS, ÁREA VALAVAR, GRADIENTE TRANSVALVAR, PRESSÃO ARTERIAL
PULMONAR, ANATOMIA DAS CÚSPIDES E DO APARELHO SUBVALVAR.
- EM MODERADA / GRAVE E SINTOMAS CLASSE FUNCIONAL III e IV –
INDICAÇÃO INTERVENCIONISTA

INDICADA NOS CASOS ONDE A ÁREA VALVAR É DE 1 cm2 . PODE SER DE
TRÊS FORMAS :

VALVOTOMIA PERCUTÂNEA – POR BALÃO (VPB)
– CONTRA INDICAÇÃO: TROMBO AE, IM CONCOMITANTE MODERADA A
GRAVE

-PLASTIA VALVAR

-TROCA VALVAR
INSUFICIÊNCIA MITRAL
•   É A MAIS COMPLEXA DAS CARDIOPATIAS VALVARES, EM VIRTUDE
    DA SUA VARIADA ETIOLOGIA E COMPORTAMENTO CLÍNICO

•   EVOLUÇÃO: DO PONTO DE VISTA FISIOPATOLÓGICO E
    HEMODINÂMICOS, EXISTEM DIFERENÇAS SIGNIFICATIVAS ENTRE IM
    AGUDA E CRÔNICA → RESULTAM DA CAPACIDADE DAS CAVIDADES
    ESQUERDAS E DO LEITO VASCULAR PULMONAR DE SE ADAPTAR À
    SOBRECARGA VOLUMÉTRICA, ESTABELECIMENTO DE FORMA
    SUBITA OU LENTA E PROGRESSIVA.
DEFINIÇÃO

DIFICULDADE DO FECHAMENTO DA VALVA MITRAL
EVOLUÇÃO


CRÔNICA - EVOLUÇÃO LENTA, GERALMENTE SECUNDÁRIA


AGUDA - SÚBITO, DESADAPTAÇÃO MAIOR
ETIOLOGIA
Podemos dividir as causas anatômicamente – resultante de anormalidade em
quaisquer dos componentes do aparelho valvar:

-Folhetos valvares ( FR mais freqüente)

-Cordas tendíneas

-Músculo papilar

-Anel mitral ( secundária a dilatação do VE )

BRASIL – cardiopatica reumática (principal)
- Países desenvolvidos e também crescente no Brasil – cardiopatia
isquemica, PVM, IM secundária (funcional) e endocardite infecciosa.
FISIOPATOLOGIA

         Na regurgitação mitral crônica , o volume ejetado do VE para o AE ,esse
gradiente
de volume irá determinar o aumento das câmaras esquerdas .
         Na IM Crônica as cavudades esquerdas adaptam se com a progressão da
doença. O AE dilata-se e se torna complacente o que permite suportar grande
volume com baixa pressão, que permite suportar grande volume com baixa pressão,
que não se transmite para o leito vascular pulmonar – VE dilata-se para acomodar o
excesso de volume de fluxo regurgitante mitral e manter o DC.
         Na IM AGuda (como ocorre no IAM ou na ruptura de cordoalha) há
sobrecarga volumétrica intensa e súbita, sem tempo suficiente para AE e VE se
adaptarem – AE pequeno e não complacente transmite toda a sobrecarga pressórica
da IM aguda para o leito vascular pulmonar – congestão e hipertensão pulmonar
(EAP) – redução do débito cardíaco (DC) – choque cardiogênico.
         O incremento dessas pressões sem adaptação do átrio , levam ao aumento
da PCP, podendo levar em situações específicas ao EAP.
• A progressão da IM crônica e a acentuação da
  sobrecarga volumétrica levam a deterioração dos
  mecanismos compensatórios, com aumento do VSF,
  aumento da tensão sistólica da parede VE, aumento da
  pressão disastólica final e menor complacência atrial
  esquerda – fatores responsáveis pelo aparecimento dos
  sintomas de dispnéia ou fadiga e redução da
  dimunuição da FE.
QUADRO CLÍNICO

     Sintomas dependem da intensidade da IM e da sua
                 velocidade de instalação

-Assintomático por anos
-Fadiga e dispnéia (ortopnéia , DPN )
-IM aguda os sintomas são mais intensos→ a congestão pulmonar aguda e
diminuição DC efetivo – EAP e choque cardiogênico
EXAME FÍSICO

Pulso arterial – amplitude normal ou reduzido , dependendo do ↓ volume
sistólico efetivo
                - ritmo sinusal ou FA

Ictus – geralmente hiperdinamico, deslocado para a esquerda e para baixo
(hipertrofia excêntrica VE)

Ausculta – sopro sistólico (holosistolico) - irradiando para faixa axilar ou
para área escapular esquerda
         - B1 ausente ou hipofonética
         - B3 presente
        - desdobramento amplo de B2
ELETROCARDIOGRAMA

- sinais de SVE e SAE – duração ↑onda P em D2 e fase negativa de P
em V1 aumento da voltagem do QRS nas derivações precordiais em AVL
infradesnível de ST em inversão de T.
-FIBRILAÇÃO ATRIAL - importante preditor prognóstico

- Se aguda lembrar das alterações de IAM.
IMI
RADIOGRAFIA DE TORAX

Se crônica - aumento das câmaras esquerdas

Se agudo – congestão pulmonar
ECOCARDIOGRAMA
 - Fundamental para estabelecimento da etiologia
da IM bem como para avaliação mais precisa da
sua repercussão hemodinâmica e anatômica.
Transesofágico – detecção de trombos atrias
- Vegetação valvares

CATETERISMO
Como avaliação pré-operatória, esta indicado nos
pacientes com sintomas sugestivos ou fatores de
risco para coronariopatia.
TRATAMENTO

CLÍNICO


1- Profilaxia de FR até os 35 anos , e para endocardite

2- Cardioversão das arritmias

3- Diminuição da FC

4- Uso de ACO

5- Diurético

6- Vasodilatadores

7- Batabloqueadores
TRATAMENTO CIRÚRGICO

- 3 ESTRATÉGIAS CIRURGICAS: PLÁSTICA VALVAR (OPÇÃO PREFERÍVEL),
TROCA VALVAR COM OU SEM (INDICADO EXCEPCIONALMENTE,
ASSOCIADA A PIOR FUNÇÃO VENTRICULAR NO PÓS OPERATÓRIO)
PRESERVAÇÃO DO APARELHO SUBVALVAR.
- INDICADO NOS CASOS DE IMI AGUDA E OS DESCOMPENSADOS
COM REFRATARIEDADE AO TRATAMENTO CLÍNICO( DESDE QUE
COM MIOCARDIO COMPATÍVEL).
- INDICAÇÃO DO MELHOR MOMENTO: INTENSIDADE DA REGURGITAÇÃO,
PRESENÇA E INTENSIDADE DOS SINTOMAS, FUNÇÂO DE VE,
PROBABILIDADE DE PLÁSTICA VALVAR, PRESENÇA DE FA (MARCADOR
DE MORBIDADE E MORTALIDADE - SEU APARECIMENTO APONTA PARA A
NECESSIDADE DE CORREÇÃO DA LESÃO VALVAR), GRAU DE
HIPERTENSÃO PULMONAR.
INSUFICIÊNCIA AÓRTICA
DEFINIÇÃO: OCORRE MÁ COAPTAÇÃO DAS CUSPIDES AÓRTICAS, O
QUE PERMITE O REFLUXO DE PARTE DO VOLUME SISTÓLICO PARA
O INTERIOR DO VE DURANTE A DIÁSTOLE.



Etiologia - febre reumática (principal causa nos países
          subdesenvolvidos)
          - sífilis
          -mixoma
          -sind de Marfan
          -doença conjuntiva
          - sind de Reiter
ANORMALIDADES DA AORTA
ANORMALIDADES DAS CÚSPIDES
                                         ASCENDENTE

CARDIOPATIA REUMÁTICA        HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA
ENDOCARDITE INFECCIOSA       AORTITE (EX: SIFILIS)
TRAUMA                       SÍNDROME DE REITER
VALVA AÓRTICA BICÚSPEDE      ESPONDILITE ANQUILOSANTE
ARTRITE REUMATÓIDE           TRAUMA
DEGENERAÇÃO MIXOMATOSA       DISSECÇÃO DA AORTA
ESPONDILITE ANQUILOSANTE     SINROME DE MARFAN
DROGAS ANOREXÍGENAS          SÍNDROME DE EHLERS- DANLOS
                             PSEUDOXANTOMA ELÁSTICO
                             DOENÇA INFLAMATÓRIA INTESTINAL
                             OSTEOGÊNESE IMPERFEITA
Fisiopatologia

Volume sistólico total = VS anterogrado + volume regurgitação para VE


Diminuição do DC


Aumento da regurgitação


Aumento do VE


Dilatação de VE


Alterações de AE
• IAo Crônica (situação mais comum) observada na cardiopatia
  reumática crônica ou aneurisma aterosclerótica da Ao Ascendente
  → o aumento do volume diastólico final do VE ocorre de forma a
  acomodar o volume regurgitante, sem que ocorra aumento
  significativo da pressão disatólica final – hipertrofia miocardica do
  tipo excêntrica. O desenvolvimento é gradual, por naos ou décadas.
• IAo Aguda (situação hemodidamicamente diversa) – ex: dissecção
  aguda da Ao ascendente ou alguns casos de endocardite Infecciosa
  – sem tempo para o VE dilatar – aumento importante da pressão
  diastólica final e diminuição do débito cardiaco - ↑ PDVE se
  transmite retrogradamente ao AE e capilares pulmonares – Edema
  Agudo de Pulmão (EAP).
QUADRO CLÍNICO
1- PALPITAÇÕES

2- ORTOPNÉIA

3- DPN

4- ANGINA (coronariopatia coexistente)

5 - EDEMAS

Depende da velocidade de instalação da IAo
IAo Crônica – assisntomático, por anos
IAo Aguda – sintomas de choque cardiogênico e/ou EAP
EXAME FÍSICO

-MOVIMENTOS PENDULARES DA CABEÇA acompanhando os movimentos
cardíacos (sinal de Musset)

-PULSO EM MARTELO D’AGUA (pulos de Corrigam)

-AUSCULTA DE PULSO TIPO TIRO DE PISTOLA

-SINAL DE DUROZIEZ (sopro vai –vem nas artérias femurais)

-PA   GRANDE DIFERENCIAL

-ICTUS – PARA BAIXO , FORA (esquerdo, difuso), GLOBOSO

-SOPRO PROTO DIASTÓLICO REGURGITATIVO

-OSCILAÇÃO DA VALVULA (SINAL DE MUELLER)
EXAMES


ECG-    NORMAL
        HIPERTROFIA VENTRICULAR ESQUERDA

RADIOGRAFIA DE TÓRAX - aumento de VE
      - ápice deslocado para baixo e à esquerda

ECOCARDIOGRAMA - medida da área valvar
                        - morfologia das câmaras direitas
                        - Informações imprescindíveis ao diagnóstico,
quantificação do volume regurgitante, anatomia das cúspides e da raiz
aórtica, anatomia e função do VE.

TE
RNM
VENTRICULOGRAFIA RADIOISOTÓPICA
ESTÁGIOS ECOCARDIOGRÁFICOS DA INSUFICIÊNCIA AÓRTICA

                      COMPENSADO   TRANSICIONAL   DESCOMPENSADO


    DIÂMETROS


DIÂMETRO DIASTÓLICO
        FINAL             <60         60 a 70          >75
DIÂMETRO SISTÓLICO
       FINAL              <45         45 a 50          >55

FUNÇÃO VENTRICULAR
     ESQUERDA

FRÇÃO DE EJEÇÃO (%)       >55         51 a 55          <50
     FRAÇÃO DE
    ENCURTAMENTO
         (%)              >32         30 a 31          < 29
• TE - útil nos portadores de IAo grave sedentários, ou que
  apresentaram sintomas atípicos – resposta hemodinâmica
  desfavorável ou surgimento de sintomas durante o teste.
• RNM – imagem ecocardiografica de má qualidade

        - suspeita de doenças da aórta ( dissecção ou aneurisma)
• Ventriculografia (GATED) – boa alternativa quando ecocardiograma
  é de má qualidade técnica – quantificação do volume regurgitante,
  dos volumes sistólico e diastólicos finais, e fração de ejeção.
• Cateterismo Cardíaco – suspeita clínica de ICo, quando se
  programa a cirurgia de troca valvar.
TRATAMENTO

-DIGITAL

-DIURÉTICO

-RESTRIÇÃO DE SAL

- VASODILATADORES ARTERIAIS

- CIRURGIA – TROCA VALVAR
ESTENOSE AÓRTICA
ESTENOSE AÓRTICA –



DEFINIÇÃO – DIFICULDADE DE SAÍDA DO FLUXO SANGUÍNEO

           PELA VALVA AÓRTICA .
EVOLUI DE FORMA ASSINTOMÁTICA POR DÉCADAS.




TIPOS DE ESTENOSE –        VALVAR
                           SUB-VALVAR
                           SUPRA VALVAR
ETIOLOGIA
• BRASIL - cardiopatia reumática
• Países desenvolvidos – calcificação
  aterosclerótica
• congênita (pacientes jovens)
FISIOPATOLOGIA
ESTENOSE


RESISTÊNCIA AO FLUXO


AUMENTO DO GRADIENTE DE PRESSÃO SISTÓLICA


            SVE


ALTERAÇÃO DO RELAXAMENTO VENTRICULAR


           DILATAÇÃO
As alterações na anatomia do VE – EAo hemodinamicamente significativa
(gradiente transvalvar > 25mmHg) – hipertrofia concentrica secundária a
sobrecarga de pressão intra ventricular – progressão da estenose –
deterioração da função disatólica (menor complacência VE) – pode ocorrer
isquemia miocárdica (2º aumento consumo de O2 pelo miocárdio
hipertrófico e aumento da pressão subendocárdica).
-Agravamento da EAo – disfunção sistólica, com dilatação ventricular,
redução FE e redução DC ao repouso.
GRAVIDADE DA ESTENOSE AÓRTICA

             GRADIENTE
                MÉDIA,         ÁREA VALVAR, cm²
                mmHg


NORMAL           <5                3,0 A 4,0

LEVE           5 A 25              1,5 A 3,0

MODERADA       25 A 40             1,0 A 1,5

GRAVE           >40                  < 1,0
ESTENOSE AÓRTICA
                Diferenças entre idosos e jovens
                                Idoso           Jovem
Etiologia                Degenerativa               Reumática, Congênita
Dças associadas          HA, DPOC, Coronária       ------
Clínica                  ICG (+ comum),             Angina (+ comum),
                         Angina e Síncope.          Síncope e ICG
Exame Físico

Pulso corotídeo          Pode ser amplo            “Parvus et tardus”
Sopro sistólico
                        Musical, baixa inten-       Área aórtica,
                        sidade, área apical         irradiação para pescoço.

Hipertensão sistólica   Pode  pressão de          Raro; pequena pressão
                        pulso                      de pulso
“Click ejeção            Raro                      Comum
 FA                     Freqüente                   Raro
QUADRO CLÍNICO


-ANGINA           50 A 70%
-SINCOPE          15 A 30%
-ICC
-MORTE SÚBITA     15 A 20%
-DISPNÉIA - DPN
EXAMES COMPLEMENTARES
•   RX TÓRAX
•   ECG – SUGESTIVO DE SVE
•    ALTERAÇÕES DE SAGMENTO ST E ONDA T (INVERSÃO) SUGESTIVA
    DE ISQUEMIA SUBENDOCARDICA.
•    ECOCARDIOGRAMA
•    PERMITE AVALIAÇÃO DA ANATOMIA DA VALVA, QUANTIFICAÇÃO DO
    GRAU DE ESTENOSE E REPERCUSSÃO DA EAo NA ANATOMIA E
    FUNÇÃO DO VE.
•   CATETERISMO CARDÍACO
•   INDICADO: DIAGNÓSTICO DE ICO EM PORTADORES DE EAo GRAVE
    E QUE APRESENTAM SUSPEITA OU FATOR DE RISCO PARA DOENÇA
    CORONÁRIA
•   DISCREPÂNCIA ENTRE QUADRO CLÍNICO E RESULTADO DO
    ECOCARDIOGRAMA
TRATAMENTO

• FUNDAMENTAL CONSIDERAR A PRESENÇA DE SINTOMAS
  (DISPNÉIA, ANGINA OU SÍNCOPE)

• EAo GRAVE E SINTOMATICA – TRATAMENTO CIRÚRGICO
  (TROCA VALVAR POR PRÓTESE)

• EAo ASSINTOMÁTICO, COM FUNÇÃO VENTRICULAR
  ESQUERDA PRESERVADA (FE>50%) – NÃO INDICAR
  CIRÚRGIA
Doenças Valvares Cardíacas: Sinais e Sintomas da Estenose Mitral
Doenças Valvares Cardíacas: Sinais e Sintomas da Estenose Mitral

Más contenido relacionado

La actualidad más candente

La actualidad más candente (20)

Insuficiencia cardiaca.slideshare
Insuficiencia cardiaca.slideshareInsuficiencia cardiaca.slideshare
Insuficiencia cardiaca.slideshare
 
Insuficiencia respiratória
Insuficiencia respiratóriaInsuficiencia respiratória
Insuficiencia respiratória
 
Fibrilação Atrial e Flutter Atrial
Fibrilação Atrial e Flutter AtrialFibrilação Atrial e Flutter Atrial
Fibrilação Atrial e Flutter Atrial
 
Infarto agudo do miocárdio
Infarto agudo do miocárdioInfarto agudo do miocárdio
Infarto agudo do miocárdio
 
Endocardite infecciosa
Endocardite infecciosaEndocardite infecciosa
Endocardite infecciosa
 
Infarto Agudo do Miocárdio
Infarto Agudo do MiocárdioInfarto Agudo do Miocárdio
Infarto Agudo do Miocárdio
 
Insuficiência cardíaca
Insuficiência cardíacaInsuficiência cardíaca
Insuficiência cardíaca
 
Semiologia cardíaca
Semiologia cardíaca Semiologia cardíaca
Semiologia cardíaca
 
Dispnéia
Dispnéia Dispnéia
Dispnéia
 
Icc Fisioterapia Hospitalar
Icc Fisioterapia HospitalarIcc Fisioterapia Hospitalar
Icc Fisioterapia Hospitalar
 
Choque hipovolemico aula1_2
Choque hipovolemico aula1_2Choque hipovolemico aula1_2
Choque hipovolemico aula1_2
 
HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA - 2016
HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA - 2016HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA - 2016
HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA - 2016
 
Valvulopatia Aórtica e Pulmonar
Valvulopatia Aórtica e PulmonarValvulopatia Aórtica e Pulmonar
Valvulopatia Aórtica e Pulmonar
 
Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica - DPOC
Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica - DPOCDoença Pulmonar Obstrutiva Crônica - DPOC
Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica - DPOC
 
Tromboembolismo Pulmonar
Tromboembolismo PulmonarTromboembolismo Pulmonar
Tromboembolismo Pulmonar
 
Insuficiencia cardiaca
Insuficiencia cardiacaInsuficiencia cardiaca
Insuficiencia cardiaca
 
Tromboembolismo Pulmonar
Tromboembolismo PulmonarTromboembolismo Pulmonar
Tromboembolismo Pulmonar
 
Avaliação Cardiovascular
Avaliação CardiovascularAvaliação Cardiovascular
Avaliação Cardiovascular
 
Asma Brônquica
Asma BrônquicaAsma Brônquica
Asma Brônquica
 
SEMIOLOGIA CARDIOVASCULAR
SEMIOLOGIA CARDIOVASCULARSEMIOLOGIA CARDIOVASCULAR
SEMIOLOGIA CARDIOVASCULAR
 

Destacado

valvulopatias cardiacas.
valvulopatias cardiacas.valvulopatias cardiacas.
valvulopatias cardiacas.sabrinamar
 
VALVULOPATIAS CARDIACAS
VALVULOPATIAS CARDIACASVALVULOPATIAS CARDIACAS
VALVULOPATIAS CARDIACASOzkr Iacôno
 
Aula Anestesia em pacientes com doença valvar avançada
Aula Anestesia em pacientes com doença valvar avançadaAula Anestesia em pacientes com doença valvar avançada
Aula Anestesia em pacientes com doença valvar avançadaCarlos Galhardo Junior
 
Cardiopatia valvular
Cardiopatia valvularCardiopatia valvular
Cardiopatia valvularAlice Guity
 
Valvulopatias Cardiacas
Valvulopatias CardiacasValvulopatias Cardiacas
Valvulopatias CardiacasJUANMEDINT
 
Cardiopatias i valvulopatias
Cardiopatias i  valvulopatiasCardiopatias i  valvulopatias
Cardiopatias i valvulopatiasCarlos Zapattel
 
Aula ExercíCios Respiratorios Terapeuticos
Aula   ExercíCios Respiratorios TerapeuticosAula   ExercíCios Respiratorios Terapeuticos
Aula ExercíCios Respiratorios Terapeuticoseriksonalcantara
 
Insuficiência cardíaca congestiva
Insuficiência cardíaca congestivaInsuficiência cardíaca congestiva
Insuficiência cardíaca congestivaSolange Broggine
 
Apresentação de caso clínico 1
Apresentação de caso clínico 1Apresentação de caso clínico 1
Apresentação de caso clínico 1lacuit
 
100% Medicina Questões de Cardiologia
100% Medicina Questões de Cardiologia100% Medicina Questões de Cardiologia
100% Medicina Questões de CardiologiaProfessor Robson
 

Destacado (20)

Valvopatias
ValvopatiasValvopatias
Valvopatias
 
Valvulopatias
ValvulopatiasValvulopatias
Valvulopatias
 
valvulopatias cardiacas.
valvulopatias cardiacas.valvulopatias cardiacas.
valvulopatias cardiacas.
 
VALVULOPATIAS CARDIACAS
VALVULOPATIAS CARDIACASVALVULOPATIAS CARDIACAS
VALVULOPATIAS CARDIACAS
 
Valvulopatia
ValvulopatiaValvulopatia
Valvulopatia
 
Valvulopatias
ValvulopatiasValvulopatias
Valvulopatias
 
Valvulopatias
ValvulopatiasValvulopatias
Valvulopatias
 
Valvulopatias
ValvulopatiasValvulopatias
Valvulopatias
 
Aula Anestesia em pacientes com doença valvar avançada
Aula Anestesia em pacientes com doença valvar avançadaAula Anestesia em pacientes com doença valvar avançada
Aula Anestesia em pacientes com doença valvar avançada
 
Semiologia da ICC
Semiologia da ICCSemiologia da ICC
Semiologia da ICC
 
Cardiopatia valvular
Cardiopatia valvularCardiopatia valvular
Cardiopatia valvular
 
Valvulopatias Cardiacas
Valvulopatias CardiacasValvulopatias Cardiacas
Valvulopatias Cardiacas
 
Cardiopatias i valvulopatias
Cardiopatias i  valvulopatiasCardiopatias i  valvulopatias
Cardiopatias i valvulopatias
 
Estenosis Aórtica
Estenosis AórticaEstenosis Aórtica
Estenosis Aórtica
 
Estenosis aortica
Estenosis aorticaEstenosis aortica
Estenosis aortica
 
Icc
IccIcc
Icc
 
Aula ExercíCios Respiratorios Terapeuticos
Aula   ExercíCios Respiratorios TerapeuticosAula   ExercíCios Respiratorios Terapeuticos
Aula ExercíCios Respiratorios Terapeuticos
 
Insuficiência cardíaca congestiva
Insuficiência cardíaca congestivaInsuficiência cardíaca congestiva
Insuficiência cardíaca congestiva
 
Apresentação de caso clínico 1
Apresentação de caso clínico 1Apresentação de caso clínico 1
Apresentação de caso clínico 1
 
100% Medicina Questões de Cardiologia
100% Medicina Questões de Cardiologia100% Medicina Questões de Cardiologia
100% Medicina Questões de Cardiologia
 

Similar a Doenças Valvares Cardíacas: Sinais e Sintomas da Estenose Mitral

Síndromes Cardíacas - Semiologia cardiológica
Síndromes Cardíacas - Semiologia cardiológicaSíndromes Cardíacas - Semiologia cardiológica
Síndromes Cardíacas - Semiologia cardiológicabpvg7bmdp2
 
Valvulopatia (Davyson Sampaio Braga)
Valvulopatia (Davyson Sampaio Braga)Valvulopatia (Davyson Sampaio Braga)
Valvulopatia (Davyson Sampaio Braga)Davyson Sampaio
 
Cardiopatias em Neonatologia
Cardiopatias em NeonatologiaCardiopatias em Neonatologia
Cardiopatias em NeonatologiaAmanda Thomé
 
Trabajo cardiología
Trabajo cardiologíaTrabajo cardiología
Trabajo cardiologíaGema FL
 
cepeti-apresentacao3-111bb7.........1b.pptx
cepeti-apresentacao3-111bb7.........1b.pptxcepeti-apresentacao3-111bb7.........1b.pptx
cepeti-apresentacao3-111bb7.........1b.pptxLucas silva
 
Cardiopatias congênitas cianóticas2
Cardiopatias congênitas cianóticas2Cardiopatias congênitas cianóticas2
Cardiopatias congênitas cianóticas2Vanessa Boeira
 
Aula Cardiopatias congênitas
Aula   Cardiopatias congênitasAula   Cardiopatias congênitas
Aula Cardiopatias congênitasViviane Fernandes
 
Cardiopatias congênitas
Cardiopatias congênitasCardiopatias congênitas
Cardiopatias congênitasLVBarros
 
Hipertensão pulmonar
Hipertensão pulmonarHipertensão pulmonar
Hipertensão pulmonardapab
 
Insuficiência cardíaca
Insuficiência cardíaca Insuficiência cardíaca
Insuficiência cardíaca Leonardo Bax
 
Aula Hipertensão Pulmonar
Aula Hipertensão PulmonarAula Hipertensão Pulmonar
Aula Hipertensão PulmonarEdienny Viana
 
HPP.pptx - HIPERTENSÃO PULMONAR NO RECEM NASCIDO
HPP.pptx - HIPERTENSÃO PULMONAR NO RECEM NASCIDOHPP.pptx - HIPERTENSÃO PULMONAR NO RECEM NASCIDO
HPP.pptx - HIPERTENSÃO PULMONAR NO RECEM NASCIDOssuser5b3ebd1
 
Cardio 2
Cardio 2Cardio 2
Cardio 2UFPEL
 
Aula 4 - Doenças Cardiovasculares - Parte 2.pdf
Aula 4 -  Doenças Cardiovasculares - Parte 2.pdfAula 4 -  Doenças Cardiovasculares - Parte 2.pdf
Aula 4 - Doenças Cardiovasculares - Parte 2.pdfMirna Kathary
 

Similar a Doenças Valvares Cardíacas: Sinais e Sintomas da Estenose Mitral (20)

Síndromes Cardíacas - Semiologia cardiológica
Síndromes Cardíacas - Semiologia cardiológicaSíndromes Cardíacas - Semiologia cardiológica
Síndromes Cardíacas - Semiologia cardiológica
 
Valvulopatia (Davyson Sampaio Braga)
Valvulopatia (Davyson Sampaio Braga)Valvulopatia (Davyson Sampaio Braga)
Valvulopatia (Davyson Sampaio Braga)
 
Cardiopatias em Neonatologia
Cardiopatias em NeonatologiaCardiopatias em Neonatologia
Cardiopatias em Neonatologia
 
Hipertensão Pulmonar
Hipertensão PulmonarHipertensão Pulmonar
Hipertensão Pulmonar
 
Trabajo cardiología
Trabajo cardiologíaTrabajo cardiología
Trabajo cardiología
 
cepeti-apresentacao3-111bb7.........1b.pptx
cepeti-apresentacao3-111bb7.........1b.pptxcepeti-apresentacao3-111bb7.........1b.pptx
cepeti-apresentacao3-111bb7.........1b.pptx
 
Cardiopatias congênitas cianóticas2
Cardiopatias congênitas cianóticas2Cardiopatias congênitas cianóticas2
Cardiopatias congênitas cianóticas2
 
1332097248 choque cardiog
1332097248 choque cardiog1332097248 choque cardiog
1332097248 choque cardiog
 
Estenose mitral
Estenose mitralEstenose mitral
Estenose mitral
 
Aula Cardiopatias congênitas
Aula   Cardiopatias congênitasAula   Cardiopatias congênitas
Aula Cardiopatias congênitas
 
Cardiopatias congênitas
Cardiopatias congênitasCardiopatias congênitas
Cardiopatias congênitas
 
Valvolopatias
ValvolopatiasValvolopatias
Valvolopatias
 
Hipertensão pulmonar
Hipertensão pulmonarHipertensão pulmonar
Hipertensão pulmonar
 
Insuficiência cardíaca
Insuficiência cardíaca Insuficiência cardíaca
Insuficiência cardíaca
 
Aula Hipertensão Pulmonar
Aula Hipertensão PulmonarAula Hipertensão Pulmonar
Aula Hipertensão Pulmonar
 
HPP.pptx - HIPERTENSÃO PULMONAR NO RECEM NASCIDO
HPP.pptx - HIPERTENSÃO PULMONAR NO RECEM NASCIDOHPP.pptx - HIPERTENSÃO PULMONAR NO RECEM NASCIDO
HPP.pptx - HIPERTENSÃO PULMONAR NO RECEM NASCIDO
 
Cardio 2
Cardio 2Cardio 2
Cardio 2
 
Farmacologia
FarmacologiaFarmacologia
Farmacologia
 
Aula 4 - Doenças Cardiovasculares - Parte 2.pdf
Aula 4 -  Doenças Cardiovasculares - Parte 2.pdfAula 4 -  Doenças Cardiovasculares - Parte 2.pdf
Aula 4 - Doenças Cardiovasculares - Parte 2.pdf
 
Cardiologia
CardiologiaCardiologia
Cardiologia
 

Más de dapab

Sangue, hematopoese, hemograma
Sangue, hematopoese, hemogramaSangue, hematopoese, hemograma
Sangue, hematopoese, hemogramadapab
 
Alteração hematológica
Alteração hematológica  Alteração hematológica
Alteração hematológica dapab
 
Hemorragias e suas causas
Hemorragias e suas causasHemorragias e suas causas
Hemorragias e suas causasdapab
 
Esplenomegalia, linfadenomegalia
Esplenomegalia, linfadenomegalia Esplenomegalia, linfadenomegalia
Esplenomegalia, linfadenomegalia dapab
 
Espleno linfadeno-casos clinicos
Espleno linfadeno-casos clinicosEspleno linfadeno-casos clinicos
Espleno linfadeno-casos clinicosdapab
 
Doenca falciforme
Doenca falciformeDoenca falciforme
Doenca falciformedapab
 
As anemias aguda e cronica
As anemias aguda e cronica As anemias aguda e cronica
As anemias aguda e cronica dapab
 
Anticoag. e antiagreg.
Anticoag. e antiagreg.Anticoag. e antiagreg.
Anticoag. e antiagreg.dapab
 
Anemias microciticas
Anemias microciticasAnemias microciticas
Anemias microciticasdapab
 
Anemia hemolitica
Anemia hemoliticaAnemia hemolitica
Anemia hemoliticadapab
 
Alterações
 Alterações Alterações
Alteraçõesdapab
 
Trombose e suas causas
Trombose e suas causasTrombose e suas causas
Trombose e suas causasdapab
 
Doenças do pericárdio
Doenças do pericárdioDoenças do pericárdio
Doenças do pericárdiodapab
 
Bloqueios intraventriculares
Bloqueios intraventricularesBloqueios intraventriculares
Bloqueios intraventricularesdapab
 
Fibrilação Atrial
 Fibrilação Atrial Fibrilação Atrial
Fibrilação Atrialdapab
 
Febre reumática
Febre reumáticaFebre reumática
Febre reumáticadapab
 
Ecg básico
Ecg básicoEcg básico
Ecg básicodapab
 
Disúrbios do automatismo
Disúrbios do automatismoDisúrbios do automatismo
Disúrbios do automatismodapab
 
Arritmias ou disritmias
Arritmias ou disritmiasArritmias ou disritmias
Arritmias ou disritmiasdapab
 
Doenças da aorta
Doenças da aortaDoenças da aorta
Doenças da aortadapab
 

Más de dapab (20)

Sangue, hematopoese, hemograma
Sangue, hematopoese, hemogramaSangue, hematopoese, hemograma
Sangue, hematopoese, hemograma
 
Alteração hematológica
Alteração hematológica  Alteração hematológica
Alteração hematológica
 
Hemorragias e suas causas
Hemorragias e suas causasHemorragias e suas causas
Hemorragias e suas causas
 
Esplenomegalia, linfadenomegalia
Esplenomegalia, linfadenomegalia Esplenomegalia, linfadenomegalia
Esplenomegalia, linfadenomegalia
 
Espleno linfadeno-casos clinicos
Espleno linfadeno-casos clinicosEspleno linfadeno-casos clinicos
Espleno linfadeno-casos clinicos
 
Doenca falciforme
Doenca falciformeDoenca falciforme
Doenca falciforme
 
As anemias aguda e cronica
As anemias aguda e cronica As anemias aguda e cronica
As anemias aguda e cronica
 
Anticoag. e antiagreg.
Anticoag. e antiagreg.Anticoag. e antiagreg.
Anticoag. e antiagreg.
 
Anemias microciticas
Anemias microciticasAnemias microciticas
Anemias microciticas
 
Anemia hemolitica
Anemia hemoliticaAnemia hemolitica
Anemia hemolitica
 
Alterações
 Alterações Alterações
Alterações
 
Trombose e suas causas
Trombose e suas causasTrombose e suas causas
Trombose e suas causas
 
Doenças do pericárdio
Doenças do pericárdioDoenças do pericárdio
Doenças do pericárdio
 
Bloqueios intraventriculares
Bloqueios intraventricularesBloqueios intraventriculares
Bloqueios intraventriculares
 
Fibrilação Atrial
 Fibrilação Atrial Fibrilação Atrial
Fibrilação Atrial
 
Febre reumática
Febre reumáticaFebre reumática
Febre reumática
 
Ecg básico
Ecg básicoEcg básico
Ecg básico
 
Disúrbios do automatismo
Disúrbios do automatismoDisúrbios do automatismo
Disúrbios do automatismo
 
Arritmias ou disritmias
Arritmias ou disritmiasArritmias ou disritmias
Arritmias ou disritmias
 
Doenças da aorta
Doenças da aortaDoenças da aorta
Doenças da aorta
 

Último

INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptx
INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptxINTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptx
INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptxssuser4ba5b7
 
Primeiros Socorros - Sinais vitais e Anatomia
Primeiros Socorros - Sinais vitais e AnatomiaPrimeiros Socorros - Sinais vitais e Anatomia
Primeiros Socorros - Sinais vitais e AnatomiaCristianodaRosa5
 
O mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdf
O mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdfO mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdf
O mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdfNelmo Pinto
 
Prurigo. Dermatologia. Patologia UEM17B2.pdf
Prurigo. Dermatologia. Patologia UEM17B2.pdfPrurigo. Dermatologia. Patologia UEM17B2.pdf
Prurigo. Dermatologia. Patologia UEM17B2.pdfAlberto205764
 
Enhanced recovery after surgery in neurosurgery
Enhanced recovery  after surgery in neurosurgeryEnhanced recovery  after surgery in neurosurgery
Enhanced recovery after surgery in neurosurgeryCarlos D A Bersot
 
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdf
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdfSistema endocrino anatomia humana slide.pdf
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdfGustavoWallaceAlvesd
 
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICAS
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICASAULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICAS
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICASArtthurPereira2
 
AULA DE ERROS radiologia odontologia.ppsx
AULA DE ERROS radiologia odontologia.ppsxAULA DE ERROS radiologia odontologia.ppsx
AULA DE ERROS radiologia odontologia.ppsxLeonardoSauro1
 

Último (9)

INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptx
INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptxINTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptx
INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptx
 
Primeiros Socorros - Sinais vitais e Anatomia
Primeiros Socorros - Sinais vitais e AnatomiaPrimeiros Socorros - Sinais vitais e Anatomia
Primeiros Socorros - Sinais vitais e Anatomia
 
Aplicativo aleitamento: apoio na palma das mãos
Aplicativo aleitamento: apoio na palma das mãosAplicativo aleitamento: apoio na palma das mãos
Aplicativo aleitamento: apoio na palma das mãos
 
O mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdf
O mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdfO mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdf
O mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdf
 
Prurigo. Dermatologia. Patologia UEM17B2.pdf
Prurigo. Dermatologia. Patologia UEM17B2.pdfPrurigo. Dermatologia. Patologia UEM17B2.pdf
Prurigo. Dermatologia. Patologia UEM17B2.pdf
 
Enhanced recovery after surgery in neurosurgery
Enhanced recovery  after surgery in neurosurgeryEnhanced recovery  after surgery in neurosurgery
Enhanced recovery after surgery in neurosurgery
 
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdf
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdfSistema endocrino anatomia humana slide.pdf
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdf
 
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICAS
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICASAULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICAS
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICAS
 
AULA DE ERROS radiologia odontologia.ppsx
AULA DE ERROS radiologia odontologia.ppsxAULA DE ERROS radiologia odontologia.ppsx
AULA DE ERROS radiologia odontologia.ppsx
 

Doenças Valvares Cardíacas: Sinais e Sintomas da Estenose Mitral

  • 2. • As doenças valvares constituem uma das principais causas de Insuficiência cardíaca e de morte Súbita em todo mundo. • São condições de apresentação clínica bastante variável. Muitos pacientes apresentam-se assintomáticos por décadas.
  • 3. CARDIOPATIA VALVARES • PROBLEMA GRAVE DE SAÚDE PÚBLICA, devido : • Ser freqüente • Associado à doença reumática, com mortalidade de 50% ou mais, das crianças na faixa de 5 a 12 anos
  • 4. • Seu diagnóstico, anatômico e funcional, é elaborado tendo-se como base a anamnese, o exame físico, a radiografia do tórax, o eletrocardiograma e o ecocardiograma. • Acompanhamento de pacientes com valvopatia → outros métodos não-invasivos : teste ergométrico, teste cardiopulmonar e a medicina nuclear permitem detectar, precocemente, disfunção ventricular, acompanhar a evolução, determinar a decisão do momento para a intervenção cirúrgica e avaliação do prognóstico.
  • 5. CARDIOPATIA VALVARES • CONTRIBUIÇÕES TECNOLÓGICAS: ECOCARDIOGRAMA • Método não invasivo • Barato • Facilidade para realização • Desenvolvimento de profissionais e aparelhos • Diagnóstico precoce
  • 6. CARDIOPATIA VALVARES • A precocidade e a especificidade do exame, levou ao aparecimento de um dos maiores desafios do momento : • - Como cuidar do paciente a ponto de modificar a evolução natural da doença?
  • 7. CARDIOPATIA VALVARES • VALVA OU VÁLVULA
  • 8. CARDIOPATIA VALVARES • VALVA ou VÁLVULA – VALVA – conjunto de músculo papilar, cordoalhas e cúspides . – VÁLVULA- conjunto de cúspides
  • 9. CARDIOPATIA VALVARES • A função da valva depende das estruturas: – VALVA – MIOCARDIO ( CÂMARA CARDÍACA)ex ICC
  • 10. VALVOPATIAS MITRAL AÓRTICA ESTENOSE INSUFICIÊNCIA ESTENOSE INSUFICIÊNCIA
  • 12.
  • 13. ESTENOSE MITRAL DEFINIÇÃO – OBSTRUÇÃO DA SAÍDA DO FLUXO DE SANGUE DO ÁTRIO PARA O VENTRÍCULO E → SURGE GRADIETE DE PRESSÃO ENTRE AE E VE NA DIASTOLE. A AREA VALVAR NORMAL VARIA DE 4 A 6 CM ² , COM A ESTENOSE MITRAL A ÁREA SERÁ 2CM² OU ATÉ MENOS .
  • 14.
  • 15. ESTENOSE MITRAL ETIOLOGIA- -FEBRE REUMÁTICA ( principal causa ) -MAL FORMAÇÃO CONGÊNITA (CRIANÇAS) -LUPUS ERITEMATOSO SISTEMICO -CARCINÓIDE MALIGNO -ARTRITE REUMATÓIDE -TROMBO DE ÁTRIO ESQUERDO -VIROSES POR COXSACKIE -AMILOIDOSE -MUCOPOLISSACARIDOSE -FIBROELASTOSE -COR TRIATRIUM( membrana côngenita que simula EM) -MIXOMA DE ATRIO -TUMORES OU ALTERAÇÕES VENOSAS, MESMO À MONTANTE DA VÁLVULA -ENDOCARDITES COM GRANDES VEGETAÇÕES
  • 16. ESTENOSE MITRAL • EPIDEMIOLOGIA – Cerca de 25% dos pacientes portadores de de Febre Reumática, desenvolvem a EM pura, ao passo que 40% tem dupla lesão mitral.
  • 17. ESTENOSE MITRAL PATOLOGIA A LESÃO PODE OCORRER DE 4 FORMAS NOS PORTADORES DE FEBRE REUMÁTICA: 1- COMISSURA 30% 2-CÚSPIDE 15% 3- CORDOALHA 10% 4- MISTA
  • 18. INCIDÊNCIA – NO SEXO FEMININO UMA INCIDÊNCIA DE 60 A 75%
  • 19. FISIOPATOLOGIA A área valvar normal em pacientes adultos é de 4 a 6 cm2, a patologia em si leva a redução da área valvar , sendo que podemos dizer que : Área valvar de 2 cm2 - estenose mitral moderada. Área valvar de 1 cm2 – estenose mitral importante , a pressão intra- atrial de 20 mmHg a 35mmHg . A pressão atrial elevada, leva à estimulação dos barorrectores do átrio que levam a uma taquicardia – agravando o QC.
  • 20. FISIOPATOLOGIA Os primeiros sintomas são a dispnéia – desencadeada por exercícios , stress emocional, infecção , relação sexual, fibrilação atrial( arritmias) , anemia, gravidez. A elevação da FC diminue o tempo de diástole , proporcionalmente mais que a sístole , levando a diminuição do fluxo transvalva mitral
  • 21. FISIOPATOLOGIA 1- DISPNÉIA – a hipertensão venocapilar pulmonar diminui o fluxo pulmonar, com uma maior ventilação no ápice e maior perfusão na base - a diminuição do fluxo pulmonar, - leva ao mecanismo de vasoconstrição brônquica distal - diminui a ventilação - um aumento do espaço morto INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA DISTRIBUTIVA e drenagem deficiênte EDEMA AGUDO DE PULMÃO
  • 22. FISIOPATOLOGIA 2- ARRITMIAS - COM O AUMENTO DO ATRIO ESQUERDO, PROVOCA - DESARRANJO DO TECIDO ESPECIALIZADO DE CONDUÇÃO - FAVORECENDO A INSTABILIDADE CELULAR E - ALTERANDO O RITMO CARDÍACO FIBRILAÇÃO ATRIAL AGUDA/ CRÔNICA (47% dos portadores EM) 3- TROMBOEMBOLISMO- 20% DESENVOLVEM DEVIDO A EMi , SENDO QUE 10 A 15 % LEVAM Á ÓBITO, DEVIDO A FA ↑ diâmetro AE, presença de trombo A/E 4 – HEMOPTISE – O AUMENTO DA CONGESTÃO VENOSA LEVA À FRAGILIDADE CAPILAR E RUPTURA DE PEQUENOS VASOS BRONQUICOS
  • 23. FISIOPATOLOGIA 5- DOR PRECORDIAL – 15 % DOS PACIENTES PODEM APRESENTAR ICO, DEVIDO AO DC DIMINUÍDO 6- ENDOCARDITE 7- OUTROS – COMPRESSÃO DO NERVO LARINGEO RECORRENTE E DO ESÔFAGO DEVIDO AO AUMENTO DE SAE .
  • 24. FIBRILAÇÃO AGUDA Desenvolve-se em decorrência de extensa fibrose no AE - Na EM, é marcadora de ↑ morbidade e mortalidade → perda da sistole atrial → deterioração clínica
  • 25. Fibrilação aguda Aumenta a FC cardíaca (pior do quadro clínico)
  • 26. Fibrilação aguda Aumenta a FC cardíaca Diminue o tempo de diástole (mais volume no AE→ > gradiente de pressão atrioventricular)
  • 27. Fibrilação aguda Aumenta a FC cardíaca Diminue o tempo de diástole Diminuição do fluxo transvalvar
  • 28. Fibrilação aguda Aumenta a FC cardíaca Diminue o tempo de diástole Diminuição do fluxo transvalvar Dimunue o DC
  • 29. Fibrilação aguda Aumenta a FC cardíaca Diminue o tempo de diástole Diminuição do fluxo transvalvar Dimunue o DC Aumenta a pressão intra átrio esquerdo
  • 30. Fibrilação aguda Aumenta a FC cardíaca Diminue o tempo de diástole Diminuição do fluxo transvalvar Dimunue o DC Aumenta a pressão intra átrio esquerdo Aumenta a pressão capilar pulmonar
  • 31. Fibrilação aguda Aumenta a FC cardíaca Diminue o tempo de diástole Diminuição do fluxo transvalvar Dimunue o DC Aumenta a pressão intra átrio esquerdo Aumenta a pressão capilar pulmonar (congestão pulmonar) Edema agudo de pulmão
  • 32. GRAVIDADE DA ESTENOSE MITRAL GRADIENTE ÁREA VALVAR, PRESSÃO MÉDIA, cm² SISTÓLICA mmHg NORMAL 0 4,0 a 6,0 < 30 LEVE <5 1,5 a 4,0 < 30 MODERADA 5 a 10 1,0 a 1,5 30 a 50 GRAVE >10 < 1,0 > 50
  • 33. QUADRO CLÍNICO • 1- DISPNÉIA – geralmente os primeiros sintomas iniciam 10 a 20 anos após a FR - apresenta-se lenta e progressiva - os primeiros episódios, podem ser desencadeados por exercício, estresse emocional, relação sexual, infecção, febre, todas as situações que necessite de aumento do DC • 2- HEMOPTISE - escarro espumoso e róseo, devido EAP ou sangue vivo devido lesão artéria brônquica 3 – DOR TORÁCICA- - 15% dos pacientes tem como causa Hipertensão de VD, ICO ou embolia coronária
  • 34. QUADRO CLÍNICO • 4- TEP – 10% dos casos • 5- ARRITMIA- 40% - FAA/C • 6- ENDOCARDITE • 7- ROUQUIDÃO • 8- DISFAGIA • 9- HIPERTENSÃO VENOSA SISTEMICA • 10- HEPATOMEGALIA , ASCITE E DERRAME PLEURAL
  • 35. EXAME FÍSICO FACE – PRESENÇA DE RUBOR MALAR PULSO ARTERIAL - NORMAL, DE BAIXA AMPLITUDE QUANDO GRAVE (PELA REDUÇÃO DO ENCHIMENTO VENTRICULAR) PULSO VENOSO JUGULAR – ONDA a PROEMINENTE ( EM RITMO SINUSAL) PALPAÇÃO / INSPEÇÃO CARDÍACA ICTUS – IMPERCEPTÍVEL RUFLAR DA VALVA MITRAL ( SE FOR FOLHETO ANTERIOR ) FRÊMITO DIASTÓLICO MITRAL- NO APICE CARDÍACO PRIMEIRA BULHA BEM PALPÁVEL IMPULSÃO VENTRICULAR – PALPÁVEL EM REGIÃO SUBESTERNAL (IMPULASÃO ANÔMALA DO VD) EM PACIENTES COM HIPERTENSÃO PULMONAR
  • 36. EXAME FÍSICO AUSCULTA SOPRO DIASTÓLICO EM RUFLAR COM REFORÇO PRÉ-SISTÓLICO, SOPRO SECO BREVE , VIBRANTE, ORIGINÁRIO DE UMA VALVA MITRAL ENDURECIDA, ENTUMECIDA , NÃO SOLDADA RUFLAR PROTODIASTÓLICA- COM CRESCENTE PRÉ-SISTÓLICO RUFLAR DIASTÓLICO COM REFORÇO PRÉ-SISTÓLICO( PRINCIPALMENTE QUANDO O PACIENTE EM DECÚBITO LATERAL ESQUERDO). ESTALIDO DE ABERTURA DA MITRAL – GERALMENTE 0,08 SEG APÓS B2 HIPERFONESE DE B2 EM FOCO PULMONAR- HP
  • 37. LABORATÓRIO 1- ELETROCARDIOGRAMA- A- ALTERAÇÕES DE MORFOLOGIA -AUMENTO DA DURAÇÃO DA ONDA P, EM D2, COM MORFOLOGIA ENTALHADA ( DURAÇÃO SUPERIOR A 0,10 SEG), SOBRECARGA DO ÁTRIO ESQUERDO ( 90% DOS CASOS) SOBRECARGA DE CAMARAS DIREITAS – DESVIO DO QRS PARA DIREITA E ONDA R PROEMINENTE EM VI B- ALTERAÇÕES DE RITMO – SINUSAL , FIBRILAÇÃO ATRIAL (ARRITMIAS SUPRAVENTRICULARES)
  • 38.
  • 39.
  • 40.
  • 41. RADIOGRAFIA DE TORAX 1 – RADIOGRAFIA TORAX SIMPLES – AUMENTO DO ATRIO ESQUERDO , -DILATAÇÃO DA ARTÉRIA PULMONAR - CRESCIMENTO DE VD SE HP. - CONGESTÃO PULMONAR 2- RADIOGRAFIA DE TORAX COM ESÔFAGO CONTRASTADO. -VISUALIZAÇÃO DO 3 INVERTIDO NO EXAME OBLÍQUO ANTERIOR ESQUERDA .
  • 42.
  • 43.
  • 44.
  • 45. CATETERISMO • - RARAMENTE NECESSÁRIO AO DIAGNÓSTICO E À AVALIAÇÃO DA GRAVIDADE DA ESTENOSE; • - INDICADO QUANDO HÁ DISCREPÂNCIA ENTRE O QUADRO CLÍNICO E OS ACHADOS ECOCARDIOGRÁFICOS, OU QUANDO O GRAU DE HIPERTENSÃO PULMONAR NÃO FOR JUSTIFICAVEL PELA MAGNITUDE DA ESTENOSE ECOCARDIOGRÁFICA.
  • 46. CATETERISMO SOLICITADO NOS CASOS DE LESÃO CORONARIANA
  • 47. TRATAMENTO O TRATAMENTO CLÍNICO ENVOLVE 3 ASPECTOS: CONTROLE DOS SINTOMAS DAS ARRITMIAS (FA) E PREVENÇÃO DO TROMBOEMBOLISMO A- MEDICAMENTOSO 1 - PENICILINA – PROFILAXIA 2- TRATAMENTO DE ANEMIA 3- EVITAR ESFORÇO FÍSICO 4- PACIENTES SINTOMÁTICOS a) DIURÉTICO b) DIMINUIR A INGESTÃO DE SAL c) USO DE DIGITAL d) BETA-BLOQUEADOR e) TERAPIA ANTI-COAGULANTE (FAA, TROMBO INTRACAVITÁRIO, PRÓTESE METÁLICA)
  • 48. EVOLUÇÃO – APÓS O SURTO DE FR O PACIENTE PODE TORNAR-SE ASSINTOMÁTICO POR UM PERÍODO DE 15 A 20 ANOS .
  • 49. CIRURGIA A INDICAÇÃO DEPENDE DA PRESENÇA E INTENSIDADE DOS SINTOMAS, ÁREA VALAVAR, GRADIENTE TRANSVALVAR, PRESSÃO ARTERIAL PULMONAR, ANATOMIA DAS CÚSPIDES E DO APARELHO SUBVALVAR. - EM MODERADA / GRAVE E SINTOMAS CLASSE FUNCIONAL III e IV – INDICAÇÃO INTERVENCIONISTA INDICADA NOS CASOS ONDE A ÁREA VALVAR É DE 1 cm2 . PODE SER DE TRÊS FORMAS : VALVOTOMIA PERCUTÂNEA – POR BALÃO (VPB) – CONTRA INDICAÇÃO: TROMBO AE, IM CONCOMITANTE MODERADA A GRAVE -PLASTIA VALVAR -TROCA VALVAR
  • 50. INSUFICIÊNCIA MITRAL • É A MAIS COMPLEXA DAS CARDIOPATIAS VALVARES, EM VIRTUDE DA SUA VARIADA ETIOLOGIA E COMPORTAMENTO CLÍNICO • EVOLUÇÃO: DO PONTO DE VISTA FISIOPATOLÓGICO E HEMODINÂMICOS, EXISTEM DIFERENÇAS SIGNIFICATIVAS ENTRE IM AGUDA E CRÔNICA → RESULTAM DA CAPACIDADE DAS CAVIDADES ESQUERDAS E DO LEITO VASCULAR PULMONAR DE SE ADAPTAR À SOBRECARGA VOLUMÉTRICA, ESTABELECIMENTO DE FORMA SUBITA OU LENTA E PROGRESSIVA.
  • 52. EVOLUÇÃO CRÔNICA - EVOLUÇÃO LENTA, GERALMENTE SECUNDÁRIA AGUDA - SÚBITO, DESADAPTAÇÃO MAIOR
  • 53. ETIOLOGIA Podemos dividir as causas anatômicamente – resultante de anormalidade em quaisquer dos componentes do aparelho valvar: -Folhetos valvares ( FR mais freqüente) -Cordas tendíneas -Músculo papilar -Anel mitral ( secundária a dilatação do VE ) BRASIL – cardiopatica reumática (principal) - Países desenvolvidos e também crescente no Brasil – cardiopatia isquemica, PVM, IM secundária (funcional) e endocardite infecciosa.
  • 54. FISIOPATOLOGIA Na regurgitação mitral crônica , o volume ejetado do VE para o AE ,esse gradiente de volume irá determinar o aumento das câmaras esquerdas . Na IM Crônica as cavudades esquerdas adaptam se com a progressão da doença. O AE dilata-se e se torna complacente o que permite suportar grande volume com baixa pressão, que permite suportar grande volume com baixa pressão, que não se transmite para o leito vascular pulmonar – VE dilata-se para acomodar o excesso de volume de fluxo regurgitante mitral e manter o DC. Na IM AGuda (como ocorre no IAM ou na ruptura de cordoalha) há sobrecarga volumétrica intensa e súbita, sem tempo suficiente para AE e VE se adaptarem – AE pequeno e não complacente transmite toda a sobrecarga pressórica da IM aguda para o leito vascular pulmonar – congestão e hipertensão pulmonar (EAP) – redução do débito cardíaco (DC) – choque cardiogênico. O incremento dessas pressões sem adaptação do átrio , levam ao aumento da PCP, podendo levar em situações específicas ao EAP.
  • 55. • A progressão da IM crônica e a acentuação da sobrecarga volumétrica levam a deterioração dos mecanismos compensatórios, com aumento do VSF, aumento da tensão sistólica da parede VE, aumento da pressão disastólica final e menor complacência atrial esquerda – fatores responsáveis pelo aparecimento dos sintomas de dispnéia ou fadiga e redução da dimunuição da FE.
  • 56. QUADRO CLÍNICO Sintomas dependem da intensidade da IM e da sua velocidade de instalação -Assintomático por anos -Fadiga e dispnéia (ortopnéia , DPN ) -IM aguda os sintomas são mais intensos→ a congestão pulmonar aguda e diminuição DC efetivo – EAP e choque cardiogênico
  • 57. EXAME FÍSICO Pulso arterial – amplitude normal ou reduzido , dependendo do ↓ volume sistólico efetivo - ritmo sinusal ou FA Ictus – geralmente hiperdinamico, deslocado para a esquerda e para baixo (hipertrofia excêntrica VE) Ausculta – sopro sistólico (holosistolico) - irradiando para faixa axilar ou para área escapular esquerda - B1 ausente ou hipofonética - B3 presente - desdobramento amplo de B2
  • 58. ELETROCARDIOGRAMA - sinais de SVE e SAE – duração ↑onda P em D2 e fase negativa de P em V1 aumento da voltagem do QRS nas derivações precordiais em AVL infradesnível de ST em inversão de T. -FIBRILAÇÃO ATRIAL - importante preditor prognóstico - Se aguda lembrar das alterações de IAM.
  • 59. IMI
  • 60. RADIOGRAFIA DE TORAX Se crônica - aumento das câmaras esquerdas Se agudo – congestão pulmonar
  • 61.
  • 62. ECOCARDIOGRAMA - Fundamental para estabelecimento da etiologia da IM bem como para avaliação mais precisa da sua repercussão hemodinâmica e anatômica. Transesofágico – detecção de trombos atrias - Vegetação valvares CATETERISMO Como avaliação pré-operatória, esta indicado nos pacientes com sintomas sugestivos ou fatores de risco para coronariopatia.
  • 63. TRATAMENTO CLÍNICO 1- Profilaxia de FR até os 35 anos , e para endocardite 2- Cardioversão das arritmias 3- Diminuição da FC 4- Uso de ACO 5- Diurético 6- Vasodilatadores 7- Batabloqueadores
  • 64. TRATAMENTO CIRÚRGICO - 3 ESTRATÉGIAS CIRURGICAS: PLÁSTICA VALVAR (OPÇÃO PREFERÍVEL), TROCA VALVAR COM OU SEM (INDICADO EXCEPCIONALMENTE, ASSOCIADA A PIOR FUNÇÃO VENTRICULAR NO PÓS OPERATÓRIO) PRESERVAÇÃO DO APARELHO SUBVALVAR. - INDICADO NOS CASOS DE IMI AGUDA E OS DESCOMPENSADOS COM REFRATARIEDADE AO TRATAMENTO CLÍNICO( DESDE QUE COM MIOCARDIO COMPATÍVEL). - INDICAÇÃO DO MELHOR MOMENTO: INTENSIDADE DA REGURGITAÇÃO, PRESENÇA E INTENSIDADE DOS SINTOMAS, FUNÇÂO DE VE, PROBABILIDADE DE PLÁSTICA VALVAR, PRESENÇA DE FA (MARCADOR DE MORBIDADE E MORTALIDADE - SEU APARECIMENTO APONTA PARA A NECESSIDADE DE CORREÇÃO DA LESÃO VALVAR), GRAU DE HIPERTENSÃO PULMONAR.
  • 65. INSUFICIÊNCIA AÓRTICA DEFINIÇÃO: OCORRE MÁ COAPTAÇÃO DAS CUSPIDES AÓRTICAS, O QUE PERMITE O REFLUXO DE PARTE DO VOLUME SISTÓLICO PARA O INTERIOR DO VE DURANTE A DIÁSTOLE. Etiologia - febre reumática (principal causa nos países subdesenvolvidos) - sífilis -mixoma -sind de Marfan -doença conjuntiva - sind de Reiter
  • 66. ANORMALIDADES DA AORTA ANORMALIDADES DAS CÚSPIDES ASCENDENTE CARDIOPATIA REUMÁTICA HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA ENDOCARDITE INFECCIOSA AORTITE (EX: SIFILIS) TRAUMA SÍNDROME DE REITER VALVA AÓRTICA BICÚSPEDE ESPONDILITE ANQUILOSANTE ARTRITE REUMATÓIDE TRAUMA DEGENERAÇÃO MIXOMATOSA DISSECÇÃO DA AORTA ESPONDILITE ANQUILOSANTE SINROME DE MARFAN DROGAS ANOREXÍGENAS SÍNDROME DE EHLERS- DANLOS PSEUDOXANTOMA ELÁSTICO DOENÇA INFLAMATÓRIA INTESTINAL OSTEOGÊNESE IMPERFEITA
  • 67.
  • 68. Fisiopatologia Volume sistólico total = VS anterogrado + volume regurgitação para VE Diminuição do DC Aumento da regurgitação Aumento do VE Dilatação de VE Alterações de AE
  • 69. • IAo Crônica (situação mais comum) observada na cardiopatia reumática crônica ou aneurisma aterosclerótica da Ao Ascendente → o aumento do volume diastólico final do VE ocorre de forma a acomodar o volume regurgitante, sem que ocorra aumento significativo da pressão disatólica final – hipertrofia miocardica do tipo excêntrica. O desenvolvimento é gradual, por naos ou décadas. • IAo Aguda (situação hemodidamicamente diversa) – ex: dissecção aguda da Ao ascendente ou alguns casos de endocardite Infecciosa – sem tempo para o VE dilatar – aumento importante da pressão diastólica final e diminuição do débito cardiaco - ↑ PDVE se transmite retrogradamente ao AE e capilares pulmonares – Edema Agudo de Pulmão (EAP).
  • 70. QUADRO CLÍNICO 1- PALPITAÇÕES 2- ORTOPNÉIA 3- DPN 4- ANGINA (coronariopatia coexistente) 5 - EDEMAS Depende da velocidade de instalação da IAo IAo Crônica – assisntomático, por anos IAo Aguda – sintomas de choque cardiogênico e/ou EAP
  • 71. EXAME FÍSICO -MOVIMENTOS PENDULARES DA CABEÇA acompanhando os movimentos cardíacos (sinal de Musset) -PULSO EM MARTELO D’AGUA (pulos de Corrigam) -AUSCULTA DE PULSO TIPO TIRO DE PISTOLA -SINAL DE DUROZIEZ (sopro vai –vem nas artérias femurais) -PA GRANDE DIFERENCIAL -ICTUS – PARA BAIXO , FORA (esquerdo, difuso), GLOBOSO -SOPRO PROTO DIASTÓLICO REGURGITATIVO -OSCILAÇÃO DA VALVULA (SINAL DE MUELLER)
  • 72. EXAMES ECG- NORMAL HIPERTROFIA VENTRICULAR ESQUERDA RADIOGRAFIA DE TÓRAX - aumento de VE - ápice deslocado para baixo e à esquerda ECOCARDIOGRAMA - medida da área valvar - morfologia das câmaras direitas - Informações imprescindíveis ao diagnóstico, quantificação do volume regurgitante, anatomia das cúspides e da raiz aórtica, anatomia e função do VE. TE RNM VENTRICULOGRAFIA RADIOISOTÓPICA
  • 73. ESTÁGIOS ECOCARDIOGRÁFICOS DA INSUFICIÊNCIA AÓRTICA COMPENSADO TRANSICIONAL DESCOMPENSADO DIÂMETROS DIÂMETRO DIASTÓLICO FINAL <60 60 a 70 >75 DIÂMETRO SISTÓLICO FINAL <45 45 a 50 >55 FUNÇÃO VENTRICULAR ESQUERDA FRÇÃO DE EJEÇÃO (%) >55 51 a 55 <50 FRAÇÃO DE ENCURTAMENTO (%) >32 30 a 31 < 29
  • 74.
  • 75. • TE - útil nos portadores de IAo grave sedentários, ou que apresentaram sintomas atípicos – resposta hemodinâmica desfavorável ou surgimento de sintomas durante o teste. • RNM – imagem ecocardiografica de má qualidade - suspeita de doenças da aórta ( dissecção ou aneurisma) • Ventriculografia (GATED) – boa alternativa quando ecocardiograma é de má qualidade técnica – quantificação do volume regurgitante, dos volumes sistólico e diastólicos finais, e fração de ejeção. • Cateterismo Cardíaco – suspeita clínica de ICo, quando se programa a cirurgia de troca valvar.
  • 76. TRATAMENTO -DIGITAL -DIURÉTICO -RESTRIÇÃO DE SAL - VASODILATADORES ARTERIAIS - CIRURGIA – TROCA VALVAR
  • 78. ESTENOSE AÓRTICA – DEFINIÇÃO – DIFICULDADE DE SAÍDA DO FLUXO SANGUÍNEO PELA VALVA AÓRTICA . EVOLUI DE FORMA ASSINTOMÁTICA POR DÉCADAS. TIPOS DE ESTENOSE – VALVAR SUB-VALVAR SUPRA VALVAR
  • 79. ETIOLOGIA • BRASIL - cardiopatia reumática • Países desenvolvidos – calcificação aterosclerótica • congênita (pacientes jovens)
  • 80. FISIOPATOLOGIA ESTENOSE RESISTÊNCIA AO FLUXO AUMENTO DO GRADIENTE DE PRESSÃO SISTÓLICA SVE ALTERAÇÃO DO RELAXAMENTO VENTRICULAR DILATAÇÃO As alterações na anatomia do VE – EAo hemodinamicamente significativa (gradiente transvalvar > 25mmHg) – hipertrofia concentrica secundária a sobrecarga de pressão intra ventricular – progressão da estenose – deterioração da função disatólica (menor complacência VE) – pode ocorrer isquemia miocárdica (2º aumento consumo de O2 pelo miocárdio hipertrófico e aumento da pressão subendocárdica). -Agravamento da EAo – disfunção sistólica, com dilatação ventricular, redução FE e redução DC ao repouso.
  • 81. GRAVIDADE DA ESTENOSE AÓRTICA GRADIENTE MÉDIA, ÁREA VALVAR, cm² mmHg NORMAL <5 3,0 A 4,0 LEVE 5 A 25 1,5 A 3,0 MODERADA 25 A 40 1,0 A 1,5 GRAVE >40 < 1,0
  • 82. ESTENOSE AÓRTICA Diferenças entre idosos e jovens Idoso Jovem Etiologia Degenerativa Reumática, Congênita Dças associadas HA, DPOC, Coronária ------ Clínica ICG (+ comum), Angina (+ comum), Angina e Síncope. Síncope e ICG Exame Físico Pulso corotídeo Pode ser amplo “Parvus et tardus” Sopro sistólico Musical, baixa inten- Área aórtica, sidade, área apical irradiação para pescoço. Hipertensão sistólica Pode  pressão de Raro; pequena pressão pulso de pulso “Click ejeção Raro Comum FA Freqüente Raro
  • 83. QUADRO CLÍNICO -ANGINA 50 A 70% -SINCOPE 15 A 30% -ICC -MORTE SÚBITA 15 A 20% -DISPNÉIA - DPN
  • 84. EXAMES COMPLEMENTARES • RX TÓRAX • ECG – SUGESTIVO DE SVE • ALTERAÇÕES DE SAGMENTO ST E ONDA T (INVERSÃO) SUGESTIVA DE ISQUEMIA SUBENDOCARDICA. • ECOCARDIOGRAMA • PERMITE AVALIAÇÃO DA ANATOMIA DA VALVA, QUANTIFICAÇÃO DO GRAU DE ESTENOSE E REPERCUSSÃO DA EAo NA ANATOMIA E FUNÇÃO DO VE. • CATETERISMO CARDÍACO • INDICADO: DIAGNÓSTICO DE ICO EM PORTADORES DE EAo GRAVE E QUE APRESENTAM SUSPEITA OU FATOR DE RISCO PARA DOENÇA CORONÁRIA • DISCREPÂNCIA ENTRE QUADRO CLÍNICO E RESULTADO DO ECOCARDIOGRAMA
  • 85. TRATAMENTO • FUNDAMENTAL CONSIDERAR A PRESENÇA DE SINTOMAS (DISPNÉIA, ANGINA OU SÍNCOPE) • EAo GRAVE E SINTOMATICA – TRATAMENTO CIRÚRGICO (TROCA VALVAR POR PRÓTESE) • EAo ASSINTOMÁTICO, COM FUNÇÃO VENTRICULAR ESQUERDA PRESERVADA (FE>50%) – NÃO INDICAR CIRÚRGIA