William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
Mikhail Bakhtin e a teoria do dialogismo
1.
2. Mikhail M. Bakhtin nasceu em 1895, em
Oriol, numa família da velha nobreza
arruinada, de um pai empregado de um
banco.
Diplomado em História e Filosofia, em 1918.
Pertencia a um pequeno círculo de
intelectuais e de artistas entre os quais: Mar
Chagall, Sollertinsky, Volochinov e
Medviédiev.
Volochinov e Medviédiev passam a
publicar as obras de Bakhtin.
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3. O Freudismo – 1927
Método Formalista Aplicado à Crítica
Literária. Introdução à Poética
Sociológica – 1928.
Marxismo e Filosofia da Linguagem –
1929
Problema da Obra de Dostoievski – 1929
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4. Em 1936, foi nomeado para o Instituto
Pedagógico de Saransk.
De 1945 a 1961, termina sua carreira na
Universidade de Saransk.
Em 1969, instalou-se em Moscou, onde
publicou contribuições nas revistas:
Questão de literatura e Contexto.
Bakhtin morreu em Moscou, em 1975,
após uma longa doença.
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5. O livro constitui a 1ª intervenção de Bakhtin
sobre a reflexão da linguagem
A URSS dos anos 20 vivia as ideias de
Saussure a favor de uma abordagem
sincrônica, via a língua como uma
totalidade, focalizada na LANGUE (sistema
da linguagem, com suas unidades básicas
e suas regras de combinação) e não a
PAROLE. Para Bakhtin a parole evidencia a
emissão, o discurso vivido e partilhado por
seres humanos em intenção social.
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6. Bakhtin translinguísmo para uma teoria
do papel dos signos na vida e no
pensamento humano, e da natureza do
enunciado na linguagem.
Considera a linguística uma parte do
estudo das ideologias, pois o domínio da
ideologia coincide com o domínio dos
signos.
Crítica o marxismo quando elege a
superestrutura determinada pela
economia para responder a tudo.
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7. Para Bakhtin a palavra é onipresente na
vida social, seja sob a forma de discurso
interno, seja como texto escrito, e tem a
capacidade de registrar todas as fases
transitórias do processo social.
Para ele a linguagem é um campo de
batalha social, o local onde os embates
políticos são travados tanto público quanto
intimamente.
A linguagem e o poder vivem numa
interseção permanente.
Cada palavra, cada embate transforma-se
na arena onde competem as entonações
sociais.
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8. Bakhtin chama de objetivismo abstrato a
concepção de gramática universal,
saussure enfatiza os fatores: fonéticos,
gramaticais e léxicos – que devem
permanecer idênticos, normativos para
todos os enunciados, ou seja, um sistema
estável que a consciência individual já
encontra pronto, sistema sicrônico, onde o
motivo ideológico tem pouca importância.
Bakhtin diz a linguagem nunca se
apresenta ordenada com tanta nitidez; é
confusa, como a própria história, a
linguagem não é um sistema acabado.
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9. São dedicados a uma questão técnica:
o fenômeno do discurso relatado (os
modelos sintáticos – discurso direto,
discurso indireto e discurso semidireto)
A linguagem serve para conhecermos
os discursos dos outros e incorporá-lo ao
nosso cotidiano. – Por isso os discursos
são técnico,literário, ético e político.
O discurso revela o ethos de uma
cultura e de uma sociedade
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10. Estudo das Ideologias e Filosofia da
Linguagem – Bakhtin (2006 – p. 29).
Afirma que: “tudo que é ideológico é um
signo. Sem signos não existe ideologia”
“Todavia, um instrumento pode ser
convertido em signo ideológico: é o caso,
por exemplo da foice e do martelo como
emblema da União Soviética. A foice e o
martelo possuem, um sentido puramente
ideológico” (Bakhtin, 2006, p. 30)
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11. Para Bakhtin “A palavra é o fenômeno
ideológico por excelência. A realidade
toda da palavra é absorvida por sua
função de signo. A palavra não
comporta nada que não esteja ligado a
essa função, nada que não tenha sido
gerado por ela. A palavra é o modo
mais puro e sensível de relação social.”
(Bakhtin, 2006, p. 34).
“A palavra está presente em todos os
atos de compreensão e em todas os
atos de interpretação (Bakhtin, 2006, p.
36)
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12. Bakhtin afirma, que “todas as análises
sintáticas do discurso exigem que se analise
o corpo vivo do enunciado.
Para Bakhtin a própria consciência é
linguística, e portanto social. Fala que a
consciência é uma ficção (a consciência
só existe sob forma semiótica).
A consciência é conformada pela
linguagem
A forma semiótica da linguagem é o
discurso interno, quando esse discurso é
exteriorizado atua sobre o mundo (arte,
ética, preconceito e outros)
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13. Bakhtin dá o nome de tato ao conjunto
de códigos que governam a interação
verbal.
A palavra é o produto da relação
recíproca entre os sujeitos
Pala ele a interação verbal é o diálogo.
Dialogismo é o mesmo que
intertextualidade para Júlia Kristeva.
Filme, poesia, romance, reportagem,
documentários e outros dialogam
permanentemente com o sujeito.
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14. CAPÍTULO 9 – O “DISCURSO DE OUTREM”
Para Bakhtin o discurso é uma
construção social, por isso o discurso do
outro é importante.
Ele divide o discurso em três: discurso
direto, discurso indireto e discurso
indireto livre fazem parte do universo
enunciador do individuo.
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15. Explicita que todo discurso citado preserva
a autonomia estrutural e é fiel a fonte
Por exemplo: numa narrativa os elementos
linguísticos da estrutura primitiva deve ser
preservados, pois a composição tem
relação sintática do discurso primeiro.
Bakhtin chama a atenção no seguinte
aspecto: todo processo de transmissão tem
um fim específico(legal, polêmico,
científico etc), além do mais a transmissão
leva em consideração a terceira pessoa,
ou seja, a pessoa a quem estão sendo
transmitida as enunciações citadas
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16. Toda língua é reflexo das relações sociais
dos falantes, levado em consideração o
contexto socio-histórico. A língua sofre
variação de forma, atestando dessa forma,
força e fraqueza dentro de uma
comunidade linguística.
Para Bakhtin o discurso interior é a essência
da enunciação de outrem,
ideologicamente significativo, ou seja,
quando a pessoa entra em contato com
outro discurso carrega o fundo perceptivo
que é mediatizado pelo discurso interior e
externo por meio da junção dos discursos
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17. Para o autor a interrelação social dos
individuo são essências para o
acontecimento da comunicação, com
ocorrência entre o discurso narrativa e o
discurso citado.
Todos discursos os discurso recebe
influência do comportamento social do
contexto que está inserido – Para
entender o discurso necessita-se da
seguinte orientação: firmeza, ideológica,
autoritarismo e dogmatismo.
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18. Bakhtin fala também do estilo linear
como citação do discurso de outrem,
da interrelação da enunciação do
discurso e do discurso dogmático e
autoritário (relativista) – pois apresenta
uma matizes linguística do pensamento
e sentimento, ás vezes tornando-se
objeto decorativo, perde o objeto do
discurso.
O discurso indireto livre é enfraquecido.
O discurso direto e o discurso indireto
são mais permeáveis.
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19. O discurso literário transmite sutilezas que
outros discursos não são capazes.
Para Bakhtin, a língua existe não por si
mesma, mas conjuntamente com uma
estrutura concreta. A língua torna-se
realidade quando a enunciação toma
contato com a comunicação. Portanto
a transmissão do discurso de outrem
depende das condições sociais e
econômicas da época.
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