2. O qquuee ssããoo mmééttooddooss ddee aallffaabbeettiizzaaççããoo??
Um conjunto de princípios teórico-procedimentais
que organizam o trabalho
pedagógico em torno da alfabetização.
3. MMÉÉTTOODDOOSS SSIINNTTÉÉTTIICCOOSS
(alfabético, silábico, fônico)
O método sintético é o mais antigo usado na
Grécia e Roma Antiga tem mais de 2.000 anos;
Proposta: progressão de unidades menores
(letra, fonema, sílaba) a unidades mais complexas
(palavra, frase, texto).
Enfoque: processos de decodificação. Insistem
na correspondência entre o oral e o escrito. Entre
o som e a grafia.
Estratégia perceptiva utilizada: audição.
4. MMÉÉTTOODDOO SSIILLÁÁBBIICCOO
1º passo: apresenta-se as vogais, com ajuda de ilustrações e
palavras como
“o” de OVO; “e” de ELEFANTE.
2º passo: Apresentam-se as sílabas canônicas, utilizando palavras e
ilustrações e destacando a sílaba na palavra: ma de
macaco, na de navio, pa de panela, e as não canônicas, de
forma processual.
3º passo: Famílias silábicas da sílaba em destaque na palavra.
4º passo: Formação de palavras.
5º passo: Formação de frases.
6º passo: Formação de pequenos textos.
5. MMÉÉTTOODDOO FFÔÔNNIICCOO
1º passo: vogais - nome e som das letras são iguais.
2º passo: palavras formadas apenas por vogais.
3º passo: apresentação os fonemas regulares (d, b, f, j, m, n...) de forma
isolada e processualmente os irregulares.
4º passo: junção dos fonemas regulares e, processualmente os
irregulares, com as vogais, formando sílabas.
5º passo: formação de palavras.
6º passo: formação de frases.
7º passo: formação de textos.
6. 107 e. RJ: Livraria
Francisco Alves, 1956.
Autoria anônima, a 1a.
edição dessas "cartas
de ABC" é de 1905.
7. MMÉÉTTOODDOOSS AANNAALLÍÍTTIICCOOSS
(palavração, sentenciação, global contos/textos)
Proposta: progressão de unidades de
sentido mais amplas (palavra, frase, texto) a
unidades menores (sílabas e sua
decomposição em grafemas e fonemas).
Enfoque: reconhecimento global pela
silhueta da palavra, frase ou texto.
Estratégia perceptiva utilizada: visão.
8. PPAALLAAVVRRAAÇÇÃÃOO
1º passo: apresentação de palavras ilustradas que fazem parte do
universo infantil.
2º passo: memorização (leitura e escrita da palavra).
3º passo: divisão silábica das palavras.
4º passo: formação de novas palavras com as sílabas estudadas.
5º passo: estudo e análise de grafemas/fonemas.
6º passo: formação de frases.
7º passo: formação de textos.
9. SSEENNTTEENNCCIIAAÇÇÃÃOO
1º passo: apresentação de frases que fazem parte do universo
infantil.
2º passo: memorização (leitura e escrita da frase).
3º passo: observação de palavras semelhantes dentro da sentença.
4º passo: formação de grupo de palavras.
5º passo: isolamento de elementos conhecidos dentro da palavra
(sílaba).
6º passo: estudo e análise de grafemas/fonemas
10. GG L OOBBAALL DDEE TTEEXXTTOOSS//CCOONNTTOOSS
1º passo: apresentação de partes do texto com sentido
completo, em cartazes.
2º passo: memorização - leitura e escrita do texto.
3º passo: decomposição do texto estudado em frases.
4º passo: decomposição das frases em palavras.
5º passo: decomposição das palavras em sílabas.
6º passo: formação de novas palavras com as sílabas
estudadas.
7º passo: estudo e análise de grafemas/fonemas.
11. MMÉÉTTOODDOO AANNAALLÍÍTTIICCOO--SSIINNTTÉÉTTIICCOO
Esse método caracteriza-se por explorar o
todo significativo e as partes,
simultaneamente. Dentro desse método, o
professor poderá partir:
a) da palavra, passando para a frase,
formando um texto, retirando novamente a
palavra para decompô-la em sílabas;
b) da frase, retirando a palavra para chegar
à sílaba;
c) da história, retirando a palavra-chave para
depois destacar a sílaba.
12. AAllffaabbeettiizzaaççããoo:: ccoonnssttrruuttiivviissmmoo ee
ddeessmmeettooddiizzaaççããoo
• A partir do início da década de 1980, introduziu-se no
Brasil o pensamento construtivista sobre alfabetização,
resultante das pesquisas sobre a psicogênese da língua
escrita desenvolvidas pela pesquisadora argentina Emilia
Ferreiro e colaboradores.
• Desloca-se o eixo das discussões dos métodos de ensino
para o processo de aprendizagem da criança, o
construtivismo se apresenta, não como um método novo,
mas como uma “revolução conceitual”;
• Mudança no foco: como se ensina para como se aprende
a ler e escrever.
13. PPEERRSSPPEECCTTIIVVAA
CCOONNSSTTRRUUTTIIVVIISSTTAA
As crianças pensam, elaboram suas hipóteses
sobre como funciona o sistema de escrita, se
esforçam para compreender para o que serve, e
são capazes de aprender as formas de linguagem
utilizadas para escrever ao mesmo tempo que
aprendem a natureza alfabética do sistema.
Processo de alfabetização: começa assim que a
criança se encontra com material impresso – desde
que alguém lhe diga o que está escrito.
14. Exemplo de escrita pré-silábica
PRÉ-SILÁBICO
• Não estabelecem vinculo entre fala e escrita;
• Supõem que a escrita é outra forma de desenhar ou representar coisas
• A escrita é pictórica, pois ocorre em forma de rabiscos ou garatujas
(desenhos sem figuração);
15. Na escrita pré-silábica...
• Usa várias letras para representar uma palavra;
• Nesta etapa a criança já aprendeu que para escrever
precisa-se de letras, mas ainda não identifica quais
letras corresponde aos sons da fala;
• Sua leitura é global;
• A criança escreve a quantidade de letras de acordo
com o tamanho do animal, a formiga é pequena
poucas letras, o elefante é grande mais letras.
• Usa as letras que já conhece, as do próprio nome, na
escrita.
16. Escrita silábica- escrita sem valor
sonoro
Nesta escrita ainda não há relação entre letra – grafema – e som – fonema.
17. SILÁBICA
• É nesta fase que a criança percebe que não precisa de um monte de
letras para cada palavra escrita. Mas às vezes coloca letras entre as
sílabas que são chamadas de “almofadas” (no meio da palavra) ou
“sobrantes” (no final da palavra) talvez para ficar “mais bonito”.
Exemplo: UAX (uva)
• As vezes pode usar uma letra para representar cada palavra na
frase, pois para a criança nesta fase a “sílaba” é a menor unidade
da escrita, na frase a menor unidade é a “palavra”.
• Esta hipótese pode se dividir em dois níveis: Silábico Sem Valor
Sonoro e Silábico Com Valor Sonoro.
18. • Silábico Sem Valor Sonoro, a criança relaciona a escrita e a
fala, para cada vez que pronuncia uma sílaba, ela escreve
uma letra, porém essa letra (grafema) não tem relação com
o som (fonema). Exemplo: XLH (cavalo);
• Silábico Com Valor Sonoro, usa uma letra para cada vez que
pronuncia uma sílaba, mas desta vez faz relação com o
fonema (som). Exemplo: CVL, CVO, AAO ou AVL (cavalo).
• Na hipótese silábica com valor sonoro, pode surgir a falha
na alfabetização, a criança pode ser “vocálica” (iniciou a
alfabetização a partir das vogais, exemplo: escreve AAO -
cavalo) ou “consonantal” (iniciou a alfabetização a partir
das consoantes, exemplo: escreve CVL - cavalo).
•
21. SILÁBICO-ALFABÉTICA
• Esta é a hipótese intermediária em que a
criança ora escreve silabicamente, ora
alfabeticamente, ou seja, mistura a lógica da
fase anterior com a identificação de algumas
sílabas. Exemplo: escreve SAPT – sapato.
22. Escrita ALFABÉTICA
• Toda criança nesta hipótese é sonora;
• Domina a maioria das letras do alfabeto,
apresentando apenas dificuldades na ortografia;
• Domina, enfim, o código escrito, distinguindo letras,
sílabas, palavras e frases.
• O princípio de que o processo de conhecimento por
parte da criança deve ser gradual, corresponde aos
mecanismos deduzidos por Piaget, segundo os quais
cada salto cognitivo depende de uma assimilação e
de uma reacomodação dos esquemas internos, que
necessariamente levam tempo.
23. • A alfabetização é um processo continuo construído ao longo do
desenvolvimento da criança é a ação de ensinar, ou aprender a ler e a
escrever, estando intimamente ligada aos conhecimentos da leitura e
escrita.
• Ao organizar atividades que favoreçam a aquisição da leitura e da escrita,
o alfabetizador deve buscar conhecimentos teóricos nos estudos de Emília
Ferreiro e Ana Teberosky em “Psicogênese da Língua Escrita”, para que
possa compreender que saber ler não é apenas conhecer o sistema
alfabético da língua escrita, mas é também saber ler de forma critica,
reconhecendo diferentes tipos de textos.
• O professor envolvido no processo de aquisição da língua escrita precisa
construir um ambiente alfabetizador, isto significa possibilitar ao aluno o
contato com a diversidade de textos presentes no dia-a-dia e utilizar a
escrita de maneira crítica e ativa na alfabetização.
•
24. Em vista do que foi aqui apresentado não podemos desconsiderar
o passado desse ensino, ingenuamente supondo que, possamos,
efetuar total ruptura, ou, de maneira saudosista, buscar seu total
resgate, como se não tivesse havido nenhum avanço científico, de
fato, nesse campo de conhecimento.
“É preciso conhecer aquilo que constitui e já constituiu
os modos de pensar, sentir, querer e agir de gerações
de professores alfabetizadores (mas não apenas),
especialmente para compreendermos o que desse
passado insiste em permanecer. Pois é justamente nas
permanências, especialmente as silenciadas ou
silenciosas, mas operantes, e nos retornos ruidosos e
salvacionistas, mas simplistas e apenas travestidos de
novo, que se encontram as maiores resistências”.
Maria Rosário Longo Mortatti