O documento discute vários instrumentos e políticas econômicas, incluindo política fiscal, monetária e de renda. Ele também descreve como essas políticas podem ser expansionistas ou contracionistas e como foram usadas para lidar com crises econômicas globais ao longo da história. Finalmente, fornece detalhes sobre teorias econômicas como a de Keynes.
1. Sumário
Introdução ............................................................................................................ 3
Política Econômica............................................................................................... 4
Instrumentos de Política Econômica .................................................................... 4
Política Orçamental ou Política Fiscal .................................................................. 5
Administração e Supervisão ............................................................................. 5
Principais objetivos da Política Fiscal ............................................................... 6
Mecanismos...................................................................................................... 6
Variação dos gastos públicos ........................................................................... 7
Variação dos impostos...................................................................................... 7
Tipos de Política Fiscal ..................................................................................... 7
Política Fiscal Expansionista............................................................................. 8
Política Fiscal Contracionista ............................................................................ 8
Surgimento........................................................................................................ 9
Teorias.............................................................................................................. 9
Críticas à Política Fiscal.................................................................................... 9
Política Externa .................................................................................................. 10
Política de Rendas ............................................................................................. 10
Política de Preços Mínimos............................................................................. 11
Política Monetária............................................................................................... 11
Demanda e Oferta da Moeda.......................................................................... 11
Política Monetária Expansiva e Contracionista ............................................... 12
Controle da Oferta de Moeda.......................................................................... 12
Teoria Quantitativa da Moeda......................................................................... 13
Programas de Política Econômica no Brasil ...................................................... 14
Crise Econômica Mundial................................................................................... 15
3. Introdução
É para lembrar que as grandes crises políticas do mundo sempre
aconteceram nos períodos de baixa da economia. Parece óbvio, mas pouca gente
se lembra de olhar para a história. Devemos ver o começo do século 20 e até
2012, no qual estão indicados os principais eventos políticos desse período.
Houveram várias crises nesse período das quais afetaram o mercado mundial, ou
seja, uma crise em um determinado país provoca a baixa na economia de outros
países, pois um depende do outro em relação às importações e exportações.
A Política Econômica que cada país vai adotar é que vai fazer com que
seu país saia da crise ou não. A Crise Econômica é um desequilibrio que ocorre
em setoros isolados da economia mas que pode afetar outros setores
econômicos.
4. Política Econômica
A Política Econômica consiste no conjunto de ações governamentais que
são planejadas para atingir determinadas finalidades relacionadas com a situação
econômica de um país, uma região ou um conjunto de países. Estas ações são
executadas pelos agentes de política econômica, a saber: nacionalmente, o
Governo, o Banco Central e o Parlamento e internacionalmente por órgãos como,
por exemplo, o FMI, o Banco Mundial e o Ex-Im Bank . Cada vez mais há uma
interação com entidades multinacionais, pelo fato de a economia da maioria dos
países encontrar-se globalizada.
Instrumentos de Política Econômica
Política Fiscal: Conjunto de decisões e ações relacionadas com as
despesas, receitas dos governos federal, estadual e municipal.
Política Externa: Conjunto de medidas que tem por finalidade manter o
equilíbrio do Balanço de Pagamentos, proteger determinados setores e
desenvolver relações comerciais externas.
Por sua vez subdivide-se em Política Cambial e Política Comercial.
Política Cambial é o conjunto de ações e orientações ao dispor do Estado
destinadas a equilibrar o funcionamento da economia através de alterações das
taxas de câmbio e do controle das operações cambiais.
Política Comercial (também conhecida por política de comércio ou política
de comércio internacional) é uma política governamental que rege o comércio com
países terceiros. Trata-se das tarifas, subsídios ao comércio, quotas de
importação, restrições voluntárias à exportação, restrições à criação de empresas
de capital estrangeiro, regulamentação do comércio de serviços e outras barreiras
ao comércio internacional.
Estas são por vezes restritas a uma união aduaneira. No caso da União
Europeia, a política comercial foi tratada em comum desde a sua fundação em
5. 1957. Uma política comercial comum é também um objetivo/objectivo do
Mercosul.
Política de Rendas: Conjunto de medidas visando a redistribuição de
renda e justiça social.
Política Monetária: Conjunto de medidas objetivando controlar o volume
de liquidez (quantidade de dinheiro circulante) à disposição dos agentes
econômicos.
Política Orçamental ou Política Fiscal
A Política Orçamental ou Política Fiscal, é um ramo da política econômica
que define o orçamento e seus componentes, os gastos públicos e impostos como
variáveis de controle para garantir e manter a estabilidade econômica,
amortecendo as flutuações dos ciclos económicos e ajudando a manter uma
economia crescente, o pleno emprego e a inflação baixa.
Administração e Supervisão
A atividade financeira que o Estado desempenha nas sociedades
modernas, estão divididas em três funções básicas: função de alocação de
recursos; função redistributiva; e papel de estabilizador econômico. Na alocação
de recursos, o Estado fornece bens que, sob certas circunstâncias, o mercado
não fornece de forma eficiente. O papel redistributivo do Estado, tenta conciliar as
diferenças que ocorrem entre a distribuição da riqueza, e o que o sistema de
mercado e a sociedade considera como equitativamente justo, envolvendo
conceitos éticos, políticos e econômicos. A função de estabilização, onde a
política orçamental está enquadrada, o Estado tenta obter a estabilidade do
sistema financeiro, evitando desequilíbrios e trazendo os ajustes necessários na
demanda agregada, e em cada caso, controlando a inflação ou reduzindo o
desemprego.
6. Principais objetivos da Política Fiscal
Como dito acima os principais objetivos de qualquer política orçamental
são:
Acelerar o crescimento econômico.
O pleno emprego de todos os recursos produtivos da sociedade,
tanto de capital humano como de material.
Estabilidade de preços, visando não ocorrer grandes oscilações nos
indicadores gerais de preços.
Política fiscal expansionista: É a tomada de medidas econômicas que
objetiva gerar um aumento da despesa pública ou redução de impostos.
Política fiscal contracionista: É a tomada de decisões que visa uma
redução de gastos governamentais público ou aumento os impostos, ou ainda
uma combinação de ambos.
Todas essas causam de alguma forma variações na taxa de juros e na taxa
de câmbio.
Mecanismos
Os mecanismos de controle sugeridos pelos keynesianos (os principais
seguidores do modelo de políticas fiscais) são:
Variação dos gastos públicos
Variação dos impostos
Os dois são importantes para o controle do investimento público. Mas ao
escolherem entre maiores gastos da máquina estatal ou uma redução de
impostos, os políticos tendem a preferir o último, pois é imediato, de fácil reversão
a sociedade e lhe garantem uma boa reputação.
7. Variação dos gastos públicos
A despesa pública ou investimento público é dinheiro que o estado gasta
para pagar obras públicas como estradas, bens e serviços para a sociedade.
A política fiscal de aumento de gastos públicos é normalmente mais
empregada em momentos de crise econômica, ou quando há graves distorções
estruturais no sistema produtivo nacional. Em grandes ciclos de recessão onde o
nível de desemprego se eleva muito, o estado reduz sua arrecadação e aumenta
seus gastos gerando altos índices de déficit público.
Variação dos impostos
Em teoria, os recursos arrecadados pelos governos são revertidos para o
bem comum, para investimentos ( tais como infraestrutura: estradas, portos e
aeroportos ) e custeio de bens e serviços públicos, como saúde, segurança e
educação. Mas não há vinculação entre receitas de impostos e determinada
finalidade - ao contrário do que ocorre com as taxas e a contribuição de melhoria,
cujas receitas são vinculadas à prestação de determinado serviço ou realização
de determinada obra. Embora a lei obrigue os governos a destinarem parcelas
mínimas da arrecadação a certos seviços públicos - em especial de educação e
saúde -, o pagamento de impostos não confere ao contribuinte qualquer garantia
de contrapartida.
Como medida de política fiscal, o governo reduz ou aumenta a carga
tributária com o objetivo de acelerar ou frear o ritmo econômico. A política fiscal
de variação de impostos normalmente traz os retornos desejáveis a curto prazo.
Tipos de Política Fiscal
Pode ser expansionista ou contracionista.
Política fiscal expansionista: quando o objetivo é estimular a
demanda agregada, especialmente quando a economia está
8. atravessando um período de recessão e precisa de um "empurrão"
para se expandir. Como resultado, temos a tendência de déficit ou
até mesmo levar à inflação.
Política fiscal contracionista: quando o objetivo é reduzir a demanda
agregada, por exemplo, quando a economia está em um período de
expansão excessiva (superaquecimento econômico) e, há a
necessidade de retração econômica, em consequência da excessiva
inflação que se constroi neste cenário.
Política Fiscal Expansionista
Os mecanismos utilizados são:
Aumentar a despesa pública para aumentar a produção e reduzir o
desemprego.
Impostos mais baixos, para aumentar o rendimento disponível ao
consumidor/investidor, causando aumento de consumo e
investimento das empresas, em conclusão, uma mudança no
sentido da demanda agregada (expansão).
Política Fiscal Contracionista
Os mecanismos são inversos aos da politica expansionista. Eles consistem
em:
Reduzir os gastos do governo para desacelerar a produção.
Aumentar os impostos para que as pessoas não consumam tanto e
as empresas invistam menos, consequentemente desloca a
demanda agregada (contração).
É que ela reduz a demanda agregada de forma a gerar excesso de oferta
agregada de bens, o que irá fazer diminuir o nível de renda e os preços do
mercado.
9. Surgimento
A Política Fiscal foi uma proposta inovadora que o economista John
Maynard Keynes sugeriu, como forma de combate Grande Depressão Econômica
da década de 30. Seus pontos principais são:
Afirmar que a Lei de Say (a oferta gera sua própria demanda) não
se cumpre, pois pode haver equilíbrio econômico, mas há muito
desemprego.
Considera que o Estado é o responsável para resolver o problema
do desemprego (em oposição aos clássicos e monetaristas, que
acreditam que é resolvido por si mesmo.) Para isso, o Estado tem
que controlar a demanda agregada através da política fiscal.
O estado de pleno emprego é passageiro, e a economia é flutuante.
Teorias
Alguns conceitos envolvidos na teoria de Keynes:
Efeito multiplicador;
Propensão marginal a consumir;
A oferta agregada, com uma seção horizontal (seção keynesiana).
Críticas à Política Fiscal
A Política Fiscal deixou de ser eficaz na década de 1970, pois ela não
poderia resolver a situação agora conhecida como estagflação, que é a
coexistência de inflação elevada e também uma alta taxa de desemprego,
causadas pela crise do petróleo em 1973.
10. Política Externa
A Política Externa é o conjunto de objetivos políticos que um determinado
Estado almeja alcançar nas suas relações com os demais países do mundo.
A Política Externa costuma ser planejada de modo a procurar proteger os
interesses nacionais de um país, em especial sua segurança nacional,
prosperidade econômica e valores. A consecução de tais objetivos pode ser obtida
por meios pacíficos (cooperação internacional) ou violentos (agressão, guerra,
exploração). Cabe recordar que o direito internacional, por intermédio da Carta
das Nações Unidas, proíbe a agressão armada exceto em caso de legítima defesa
(artigo 2, parágrafos 3 e 4).
Como regra, a Política Externa é definida pelo Chefe de Governo, com o
auxílio do ministro do exterior. Em alguns países, o legislativo desempenha papel
de supervisão em assuntos de política externa.
Também a política econômica de um país pode ser considerada como parte
da sua política externa, na medida em que, para manter o equilíbrio do Balanço
de pagamentos, pode incluir medidas de proteção a determinados setores da
economia em relação à concorrência externa, ou incluir medidas de estímulo a
relações comerciais com o exterior.
Política de Rendas
Política de Rendas é um conjunto de medidas visando a redistribuição de
renda e justiça social. É um dos instrumentos da política económica
governamental, juntamente com a política fiscal, política monetária e a política
cambial. O exercício da política de renda pelo Governo consiste no controle da
remuneração dos fatores diretos de produção na economia ---
salários,depreciações, lucros, dividendos e preços dos produtos intermediários e
finais ---. As políticas de rendas são normalmente usadas durante períodos de
aumento da procura, para tentar prevenir o aumento de preços.
11. Política de Preços Mínimos
Trata-se de uma política que visa dar uma garantia de preços ao produtor
agrícola, com o propósito de protegê-lo das flutuações do mercado, ou seja, de
uma possível queda acentuada dos preços e da renda agrícola. Se por ocasião
da colheita os preços de mercado para aquele determinado produto forem
superiores ao preço mínimo, o agricultor vende o seu produto no mercado. Mas
se o preço mínimo for superior ao preço do mercado, ficará a cargo do governo
determinar se o produtor venderá a produção a ele pelo preço mínimo, ou se o
agricultor venderá o seu produto no mercado, ficando a cargo do governo cobrir a
diferença de valor apurada entre o valor do produto vendido e o preço mínimo. O
primeiro caso convencionou-se chamar de Política de Compras, enquanto o
segundo cuida de hipótese de Política de Subsídios.
Política Monetária
Política Monetária é a atuação de autoridades monetárias sobre a
quantidade de moeda em circulação, de crédito e das taxas de juros controlando
a liquidez global do sistema econômico.
Demanda e Oferta da Moeda
A demanda por moeda consiste na demanda total por dinheiro para dois
diferentes usos:
Moeda como ativo.
Moeda para transações.
A demanda por moeda como um ativo decresce com o aumento da taxa de
juros. Isso acontece porque quanto maior a taxa de juros, maior é o custo de
oportunidade de ter dinheiro líquido em mãos, já que o mesmo poderia estar
12. depositado em alguma instituição financeira ou investido em obrigações do
tesouro onde o rendimento dos juros estimularia o indivíduo a investi-lo.
A demanda por moeda para transações como compra e venda de produtos
e serviços é completamente independente da taxa de juros. A oferta de moeda
também é independente da taxa de juros e é controlada pelo banco central.
Política Monetária Expansiva e Contracionista
Existem dois principais tipos de política monetária a serem adotados pelo
governo; a política rigorosa e a política flexível.
A política monetária expansiva consiste em aumentar a oferta de moeda,
reduzindo assim a taxa de juros básica e estimulando investimentos
majoritariamente no setor privado. Essa política é adotada em épocas de recessão
visando aumentar a demanda agregada e gerar novos empregos.
Ao contrário, a política monetária contracionista consiste em reduzir a oferta
de moeda, aumentando assim a taxa de juros e reduzindo os investimentos no
setor privado. Essa modalidade da política monetária é aplicada quando a
economia está sofrendo alta inflação, visando reduzir a demanda agregada e,
consequentemente, o nível de preços.
Controle da Oferta de Moeda
O controle da oferta de moeda é realizado pelo banco central de diferentes
formas, sendo a compra e venda de obrigações do tesouro nacional, num mercado
de carater aberto (Open market), a mais comum.
Quando o banco central decide reduzir a taxa de juros, a oferta de moeda
deve ser aumentada e a operação de mercado utilizada é a compra de obrigações
do tesouro nacional. Comprando esses ativos dos bancos, o banco central esta,
efetivamente, fornecendo moeda à economia, logo, a taxa de juros diminui. Esta
prática denomina uma política monetária expansiva.
13. Logicamente, para aumentar a taxa de juros, a oferta de moeda deve ser
reduzida e a operação de mercado utilizada é a venda de obrigações do tesouro
nacional. Vendendo esses ativos aos bancos, o banco central está, na verdade,
reduzindo a quantidade de moeda na economia aumentando assim a taxa de
juros, denominando uma política monetária contracionista.
Teoria Quantitativa da Moeda
A Teoria Quantitativa da Moeda tenta explicar por quais razões as pessoas
demandam por moeda.
Motivo Transacional: (Clássico), para meio de pagamento direto,
exemplo: contas a pagar, consumos de bens e serviços anteriormente planejados.
Motivo Precaucional: (Clássico), para meio de pagamento referente a
algum imprevisto de escassez.
Motivo Especulativo: (Keynes), Keynes aceita os dois motivos clássicos
e acrescenta o motivo especulativo, que se traduz pela demanda por moeda a fim
especulativo.
Fórmula:
M.V=P.Y
Onde, M=Volume de meio de pagamento(a quantidade de moeda DVBC e
PMPP) Y=Nível de Produção P= Nível de Preço (Inflação/deflação/estabilização)
V=Velocidade de circulação da moeda (velocidade-renda da moeda)
Esta teoria, desenvolvida pelos economistas chamados "monetaristas",
mostra uma relação direta entre volume de moeda em circulação e PIB nominal
(lado direito da equação), considerando-se a velocidade do dinheiro constante.
Teoricamente, um aumento na quantidade de moeda implica um aumento
proporcional no Produto Interno Bruto nominal.
Porém, muitos economistas argumentam que o aumento no PIB nominal
se deve unicamente à mudança no nível de preço, já que o nível de produção de
um pais em um determinado período de tempo depende exclusivamente da
14. produtividade do pais que é uma função da tecnologia empregada. Neste caso, o
PIB real se mantém constante apesar de um aumento no PIB nominal. Em outras
palavras, a atividade económica do pais não progrediu, não houve geração de
novos empregos e, consequentemente, a inflação acelerou afetando o poder de
compra da população.
Programas de Política Econômica no Brasil
Durante sua História, o Brasil passou por vários Governos com variados
programas de política econômica. Mas, no geral, todos os Governos realizam
investimentos no desenvolvimento do país de forma constante, programados pelo
Orçamento Anual da União. Porém, alguns programas ficaram mais famosos.
Um exemplo de política econômica bem sucedida no Brasil foi o famoso
Plano de Metas, do presidente Juscelino, executado entre 1956 e 1960. Este plano
incentivou a indústria automobilística, a abertura de estradas e criou Brasília, entre
outros acontecimentos.
Posteriormente, nos anos 70, os governos militares ficaram famosos por
incentivar o desenvolvimento do país, através da idéia do "Brasil Grande" com
diversos investimentos em infra-estrutura ( abertura e asfaltamento de milhares
de quilômetros de estradas, construção de usinas de energia como Itaipu e outras,
a Ponte Rio-Niterói, aeroportos, portos, criação do Pro-Álcool e da Telebrás etc ).
No Governo FHC, o Plano Real levou ao controle da inflação, ao controle
dos gastos públicos desenfreados através da implantação da Lei de
Responsabilidade Fiscal, também incluiu a privatização de empresas estatais
ineficientes, alavancando melhorias no Brasil. Houve investimento na duplicação
de 1300 km de rodovias entre Belo Horizonte e Florianópolis, e dos trechos BR-
232 (140 km entre Recife e Caruaru) e BR-230 (132 km entre João Pessoa e
Campina Grande), incrementando a economia nordestina. FHC também asfaltou
rodovias de terra da Região Norte, para melhorar a economia e a integração
nacional: com a Venezuela, ao asfaltar a rodovia BR-174 ( 988 km ligando
15. Manaus-Boa Vista-fronteira com Venezuela ), e com o Peru e Bolívia, ao asfaltar
a rodovia BR-317 ( 331 km ligando Rio Branco à Assis Brasil, na fronteira tríplice).
Já o Governo Lula lançou, em 2007 foi anunciado, no Brasil, o Programa
de Aceleração de Crescimento - PAC, que é um programa do Governo Federal
englobando um conjunto de políticas econômicas, planejadas para os próximos 4
anos, 3 que se destinam a acelerar o crescimento econômico do país.
Crise Econômica Mundial
Uma crise é, basicamente, um desequilíbrio que ocorre em setores isolados
da economia, mas que pode contaminar todo o sistema econômico. Esses
desequilíbrios sempre ocorreram, mesmo antes do capitalismo, quando acontecia,
por exemplo, a escassez súbita de um bem, provocada, quase sempre, por fatores
naturais (secas, inundações, etc.) ou acontecimentos sociais (guerras,
revoluções, etc.).
À medida que o capitalismo evoluiu e que a economia se tornou mais
complexa, as crises continuaram a ocorrer, pois elas fazem parte de um processo
cíclico, inerente ao próprio desenvolvimento econômico. São flutuações
periódicas e alternadas de expansão e contração da atividade econômica, e
podem ocorrer com diferentes intensidades.
Um dos efeitos da crise econômica é um período de recessão. Recessão
ocorre quando, sem novos investimentos e desaquecimento do consumo, há
queda na produção e conseqüente decréscimo no PIB, a soma das riquezas
produzidas de um país.
Na economia marxiana, a crise do capitalismo, crise econômica ou
simplesmente crise se refere ao que é a designação dada, por alguns setores
político-econômicos, para as oscilações em torno de uma média nos níveis de
negócios da economia em nações democráticas com sistema econômico liberal.
Tais oscilações são chamadas pelos economistas de ciclos econômicos
podendo também serem chamadas por crises financeiras. Veja, por exemplo,
16. crise econômica do México de 1994, crise econômica da Argentina, a Grande
Depressão, crise econômica de 2008-2009, entre outros.
Devido a variedade de causas que provocam as crises e a não existência
de um padrão de tempo entre dois eventos, a teoria econômica não tem uma
definição definitiva sobre a origem das crises.
Os ciclos econômicos também não são exclusividade da economia atual,
existiram ciclos econômicos também na época do Brasil colônia por exemplo, no
Brasil colônia a economia teve picos de expansão e contração entre os ciclos de:
extração do pau-brasil, depois com a cana-de-açúcar, depois com a mineração,
com o ciclo da borracha, com o ciclo do cacau, com o ciclo do café, etc.
A ocorrência dos ciclos econômicos não dependem do sistema político,
nas economias socialistas que existiram no século XX ( União Soviética,
República Popular da China, Alemanha Oriental, República Popular da Polônia,
República Soviética da Hungria, Iugoslávia, Romênia socialista, etc ) também
existiram ciclos de depressão, inclusive na URSS, onde a última crise acabou com
a existência da nação soviética
Nos princípios da economia – política, no século XVIII e começo do século
XIX, os economistas não se preocupavam com as crises econômicas mas sim
com a fixação de leis da economia. Vivia-se um período de grande otimismo e de
ascensão econômica nomeadamente da burguesia europeia, que se deveu à
Revolução Industrial.
Antes da Revolução Industrial, quando ocorriam crises, atribuíam-se-lhes
fatores estranhos, geralmente associados a más colheitas, mau clima e guerras.
Na Época Contemporânea, a situação é totalmente diferente. A depressão ataca
sem nenhuma causa visível. Depois de um período de exuberância e de
progresso, mergulha-se no pessimismo e na desesperança. Foi então, que Karl
Marx, um grande estudioso da economia, aponta para a seriedade e importância
das crises econômicas e diz que estas são inerentes ao capitalismo. Afirma que o
capitalismo, apesar do grande progresso técnico e material beneficiava somente
uns poucos, os capitalistas, os donos dos meios de produção. A maioria da
população, os trabalhadores e os homens do campo, viam-se reduzidos a
17. miseráveis salários. Para Karl Marx as crises econômicas deviam-se
principalmente à irracionalidade do processo produtivo.
Os capitalistas concorrendo entre si, acabavam por produzir em excesso,
provocando uma superprodução. Ao não conseguirem vender toda a sua
produção, pois os salários dos trabalhadores eram baixos, dava-se um
subconsumo. O lucro, agora, quase não existia o que não ajudava ao
investimento, gerando desemprego.
Com a aceleração da riqueza dos proprietários e o crescimento da miséria
do operariado, gerar-se-ia uma "luta" de classes. O capitalismo seria então
devastado e superado por outro sistema produtivo, mais justo e mais igualitário, o
socialismo.
Como principais revisionistas de Marx no campo da economia – política
destacam- se Eduard Bernstein, Tugan- Baranowsky e Rudolf Hilferding. Estes,
depois de estudos apurados, demonstraram que a evolução do capitalismo não
aumentara a miséria dos trabalhadores. Ao contrário, a prosperidade foi tamanha
que não só esmagou os pequenos negócios como beneficiou também os
operários fabris, que melhoraram muito o seu padrão de vida a partir de 1880.
A conclusão a que chegaram, foi que o capitalismo tinha capacidade de se
expandir ilimitadamente. Nenhuma crise terminaria com ele. O socialismo seria no
entanto implantado, pelo aumento da consciência e da força do movimento
operário.
Joseph Schumpeter, fez outra interpretação da crise econômica. Surge
então, a Teoria do Desenvolvimento Econômico. Para ele, o capitalismo,
desenvolvia-se pelo fato de estimular o surgimento de empreendedores, e estes
eram os responsáveis por todas as ondas de prosperidade que o sistema
conhecia. Na ótica de Shumpeter, as crises surgiam devido à exaustão dos efeitos
da inovação. Quando aparecia uma inovação, um novo produto numa
determinada empresa, originava-se uma grande onda de prosperidade. Este bem
vinha destruir o antigo e afirmava-se, substituindo-o. Por fim, dava-se a exaustão,
saturando o mercado e provocando em alguns casos o desemprego tecnológico,
o que vinha originar a crise.
18. Em 1929, a súbita quebra da bolsa de valores de Nova Iorque, originou
milhões de desempregados.
A Grande Depressão, como passou a ser chamada, estendeu-se porém por
muitos anos e foi a principal responsável pela eclosão da Segunda Guerra
Mundial. Foi em tal cenário desesperador que emergiu a teoria Keynesiana.
Keynes interpretava a crise como resultado da recusa dos capitalistas em
investir. Com a ausência de investimento e de procura efetiva, Keynes quis
mostrar a necessidade de o Estado tomar para si as rédeas da arrancada. Cabia
ao Estado assumir a função de procura, encomendando grandes obras públicas,
fazendo assim com que o setor privado voltasse a ter vida. Ao empregar gente
nas obras públicas, acabava-se com o desemprego.
Pensamos que a crise econômica atual, resultou de um período de
expansão, assistindo-se neste momento ao reajustamento da oferta e da procura,
mas como sempre, as crises são cíclicas!
Crise de 1929 - Crash
A crise econômica mundial dos anos 1930 foi precipitada pela queda dos
preços de produtos agrários no mercado agrícola nos Estados Unidos em 1928.
A bolha estourou em 29 de outubro de 1929 quando, após três meses de
quedas consecutivas da produção e dos preços, foram vendidas de uma vez só
16 milhões de ações, o que afundou a Bolsa de Nova York.
Depois do desastre de 1929, a legislação básica da bolsa foi alterada. Uma
das leis fundamentais foi a "Securities Exchange Act" de 1934, que criou a
Comissão de Valores Mobiliários americana (SEC, em inglês), o organismo
encarregado da supervisão e vigilância dos mercados nos EUA.
Entre seus objetivos está divulgar informação ao público sobre os produtos
que compram, ordenar as atividades das entidades que intervêm no mercado,
fiscalizar para que não cometam abusos e controlar as atividades das bolsas de
valores.
19. Em outubro de 1929, as ações de Wall Street começaram a acumular
sucessivas e violentas quedas. Até 1932, as ações no mercado americano
perderam 90% de seu valor e um terço da população estava desempregada. Foi
a maior crise financeira da história dos EUA e até hoje economistas teorizam a
respeito das reais causas da quebra da bolsa. O maior efeito sobre o Brasil foi a
queda do preço do café, então um dos principais produtos de exportação do País.
Crise do Petróleo - 1973
Com a Guerra do Yom Kippur, a Organização dos Países Árabes
Exportadores de Petróleo decide cancelar a exportação de petróleo para países
que apoiaram Israel no conflito com o Egito e a Síria. Como resultado, os preços
do produto disparam e atingem a casa dos US$ 12 em 1974, quatro vezes maior
do que no ano anterior. Isto elevou o gasto energético do Ocidente e provocou
uma forte crise nos países mais industrializados. A partir desta crise de preços, os
países ocidentais iniciaram políticas de diversificação e poupança energéticas e,
entre outras medidas de defesa, é criada a Agência Internacional de Energia (AIE)
em 1974.
Para o Brasil, o efeito mais notável foi a desaceleração do crescimento
iniciado com o chamado 'milagre econômico': de 9% para 4,6% em 1978.
Segunda Crise - 1979
Em meio à Revolução Iraniana, Ayatollah Khomeini assume o poder do país
e passa a controlar a produção de petróleo, causando uma segunda disparada
nos preços do produto - potencializada pelos temores de racionamento energético
nos EUA. O valor do barril chegou perto dos US$ 40, o pico da década. No Brasil,
houve aumento no custo dos combustíveis e racionamento. A dívida do País
inchou com os crescentes custos da importação do petróleo. Além disso, o
aumento dos juros nos EUA contribuiu para elevar ainda mais a dívida.
20. A derrubada do Xá Mohammad Reza Pahlevi e a instauração da República
Islâmica no Irã provocou o segundo choque do petróleo, e um novo colapso
internacional. Embora desta vez as economias ocidentais estivessem mais
preparadas, já que haviam reduzido bastante seu consumo de petróleo, a queda
na oferta provocou um longo período de preços extraordinariamente altos.
A crise afetou principalmente os países em desenvolvimento, que, junto ao
aumento de preço que tinham que pagar pela commodity e pela inflação, tiveram
que enfrentar um ciclo de crise financeira por sua elevada dívida externa.
Moratória Mexicana - 1982
O México atola-se em uma crise que culmina com a surpreendente
moratória do governo mexicano em agosto de 1982. Mais de 40 países recorreram
ao FMI, incluindo o Brasil, que viu a retração de seu PIB em 5% e a inflação
ultrapassar os 200%.
Queda Histórica – 1987
Em 19 de outubro de 1987, milhões de investidores ao mesmo tempo
começaram a vender suas ações na Bolsa de Nova York devido à crença
generalizada da manipulação de informação privilegiada e à aquisição de
empresas com dinheiro procedentes de empréstimos, o índice Down Jones sofre
a maior queda de sua história em um único dia desabou 508 pontos, ou 22,6% no
qual superou as sucessivas baixas provocadas pela Grande Depressão. Isto
trouxe como conseqüência uma intensificação da coordenação monetária
internacional e dos principais assuntos econômicos. A combinação de temores
com os empréstimos bancários, a desaceleração da economia e a desvalorização
da moeda americana injetou pânico nos mercados americanos e o temor se
alastrou pela Europa e pelo Japão.
O Brasil quebrou novamente, suspendendo o pagamento da dívida. Na
ocasião, como na atual crise, o Fed e outros BCs do mundo rapidamente
21. intervieram, baixando taxas de juros. Na prática, foi a primeira crise que
demonstrou o potencial de rápido contágio do pânico num mercado financeiro
globalizado.
Crise da Ásia - 1997
Em 1997, um rápido processo de fuga de capitais e desvalorização cambial
entre os chamados Tigres Asiáticos - Tailândia, Malásia, Coréia do Sul, Hong
Kong, Indonésia e Filipinas - espalha medo nos mercados internacionais, em
grande parte pela surpresa de ver mercados supostamente sólidos e confiáveis
sucumbirem a uma crise financeira. Seu efeito arrastou o resto das economias e
esta crise, que em um primeiro momento parecia ser regional, acabou se
convertendo na primeira crise global. O FMI elaborou uma série de pacotes de
"resgate" para salvar as economias mais afetadas e promoveu uma série de
reformas estruturais.
O mercado dos emergentes foi afetado pela primeira vez, mas o Brasil
conseguiu passar.
Crise da Rússia – 1998
O sistema bancário nacional da Rússia entrou em colapso, com uma
suspensão parcial de pagamentos internacionais, a desvalorização da moeda
russa e o congelamento dos depósitos em moeda estrangeira.
O FMI concedeu vários empréstimos multimilionários para conter a queda
livre da divisa e que o impacto fosse irreparável no mercado internacional. O
Fundo também pediu às autoridades russas para acelerar as reformas estruturais
internas para fortalecer seu sistema financeiro.
Com a crise asiática, o preço dos commodities caiu em todo mundo e a
Rússia, cuja economia depende largamente da exportação de commodities como
gás natural e petróleo, declarou calote de sua dívida externa privada de curto
prazo. A manobra acendeu a luz de alerta entre os investidores, que passaram a
22. evitar mercados emergentes. Após ter passado quase sem sentir os efeitos da
crise da Ásia, o Brasil foi afetado, enfrentando forte fuga de dólares. O governo
reagiu elevando a taxa de juros, que chegou ao pico de 45% no início de 1999, e
desvalorizando o Real, que até então mantinha a paridade com o dólar.
Crise das pontocom - 2000
Os excessos da nova economia deixaram uma esteira de falências,
fechamentos, compras e fusões no setor da internet e das telecomunicações e um
grande buraco nas contas das empresas de capital risco.
Em 10 de março, o principal índice do Nasdaq, máximo expoente da "nova
economia" e do sucesso das empresas de tecnologia, fechou em 5.048,62 pontos,
seu recorde histórico.
Em apenas três anos a crise apagou do mapa quase cinco mil companhias
e algumas das grandes corporações de telecomunicações foram protagonistas
dos maiores escândalos contábeis da história.
O Federal Reserve (Fed, banco central americano) respondeu com uma
redução das taxas de 0,5 ponto percentual.
Ataques - 11/09/2001
Os atentados de 11 de setembro de 2001 contra as Torres Gêmeas em
Nova York e o Pentágono em Washington, que deixaram um saldo de cerca de
três mil mortos, também fizeram desabar as bolsas.
O Nikkei caiu mais de 6% e as bolsas européias tiveram fortes quedas que
levaram os investidores a buscar abrigo no ouro e nos bônus do Tesouro
americano. O Fed também respondeu com cortes das taxas - quatro até o fim do
ano - na campanha mais forte de sua história.
A semana mais violenta na história das bolsas dos EUA, por qualquer
indicador financeiro. A queda de 1370 pontos no índice Dow Jones foi uma das
23. piores do século, com os investidores perdendo mais de 8 trilhões de dólares, ou
10% do valor total do mercado de ações. Uma recessão moderada atingiu os
Estado Unidos, e surgiram as primeiras advertências sobre os riscos no mercado
imobiliário.
Crise Imobiliária - 2008
A crise que afeta o mercado financeiro nos EUA e arrasta os negócios no
mundo teve origem nas hipotecas nocivas ("subprime") concedidas sem garantias
a milhares de cidadãos acaba com os grandes gigantes financeiros do país e seu
contágio se estende a todo o mundo e afeta as economias reais. Com o baixo juro
e as boas condições de financiamento, muitas pessoas compraram imóveis e se
endividaram. Os juros subiram, a economia desaqueceu e a inadimplência
aumentou. Os bancos que emprestaram dinheiro começam a mostrar o rombo.
Além disso, o preço dos imóveis caiu. Pagando uma prestação mais alta e com o
valor do bem menor, os norte-americanos reduziram o consumo. Às portas da
recessão, os EUA anunciaram a maior reforma no sistema de regulamentação
financeira desde 1929. O plano vai mudar a forma como o governo regulamenta
milhares de negócios.
Esta situação levou o presidente americano, George W. Bush, a convocar
a Cúpula de Chefes de Estado e de governo do G-20 em Washington, na qual os
líderes das principais economias do mundo e dos países emergentes estudaram
como redefinir o sistema financeiro mundial.
24. Conclusão
Este trabalho foi de grande importância, pois adquirimos conhecimentos
sobre os diversos assuntos como, Políticas Econômicas Mundais e Crises
Econômicas Mundias, que estão totalmente ligados com a economia e o
funcionamento de um todo, e os impactos que eles causam na sociedade.
Buscou – se neste estudo apresentar uma visão geral e clara e os objetivos deste
trabalho foram alcançados.