SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 12
O Selamento e os Selados




Por Daniel F. Porto (RA, maio/1986)

A obra de assinalamento descrita em Apocalipse 7 é uma obra especial que será levada
a efeito também em um tempo especial.

Atendendo a um procedimento didático deve-se considerar o assinalamento dividido
em duas fases distintas. A primeira fase antecede ao tempo de angústia e deve ser
considerada como fase geral do assinalamento. O selo não é nenhuma marca ou sinal
visível, mas qualidades de caráter semelhantes às de Cristo. "O selo a ser fixado sobre
os fiéis servos de Deus é 'o puro sinal da verdade', o 'sinal' de Sua 'aprovação'... Ele
atesta 'semelhança a Cristo em caráter'.... Aqueles que são selados são servos de Deus,
e o selo sobre eles é um atestado de Deus de que eles são, na verdade, Sua
propriedade."1 /'Logo o povo de Deus será selado em suas testas. Não é nenhum selo
ou marca que se possa ver, mas uma determinação (Settling into the truth) de
permanecer ao lado da verdade, em ambos os sentidos: intelectual e espiritualmente
de tal maneira que permanecerão inabaláveis."2

Com base nas citações feitas que atestam que o selo é semelhança com Cristo no que
concerne às qualidades de caráter que levam os possuidores a permanecer inabaláveis
ao lado da verdade, concluímos que o primeiro servo de Deus a ser assinalado para a
eternidade foi o jovem Abel. Ele encabeça a lista dos verdadeiros adoradores que
foram, através dos tempos, marcados pelo, "puro sinal da verdade", neles impresso
pelo poder do Espírito Santo. Todos quantos escolheram permanecer ao lado de toda
verdade não importando as circunstâncias e conseqüências, ao morrer, morreram
selados para a vida eterna, e ao ressuscitar hão de ouvir dos lábios de seu Salvador as
palavras: "Vinde, benditos de Meu Pai! Entrai na posse do reino que vos está
preparado desde a fundação do mundo." S. Mat. 25:34. Todos quantos baixaram à
sepultura, conservando essa semelhança com Cristo no caráter, desde Abel até a
segunda vinda de Cristo, estão incluídos na fase do selamento geral e ressurgirão para
a vida eterna.

A segunda fase do selamento há de ter lugar nos últimos dias da história da Igreja de
Deus--aqui neste mundo, intensificando-se com a decretação das leis dominicais, e
culminando com o encerramento do tempo da graça. Esse aspecto da questão era
muito claro para E. G. White, e ela assim se expressou: "Que estais fazendo, irmãos, na
grande obra de preparação? Os que se estão unindo com o mundo, estão se
amoldando ao modelo mundano, e preparando-se para o sinal da besta. Os que
desconfiam do eu, que se humilham diante de Deus, e purificam a alma pela
obediência à verdade, estão recebendo o molde divino, e preparando-se para receber
na fronte o selo de Deus. Quando sair o decreto, e o selo for aplicado, seu caráter
permanecerá puro e sem mácula para toda a eternidade."3

Essa fase, ou fase especial e final do selamento, é uma obra definitiva tanto fora como
dentro da Igreja, e está diretamente relacionada com a "sacudidura". Tem caráter
interno e externo em relação à Igreja, porque é nessa fase que o joio será separado do
trigo, a escória do ouro, isso antes do fechamento da porta da graça. O período de
assinalamento que se seguirá ao decreto dominical será curto: "O tempo do selamento
é muito curto, e logo passará. Agora, enquanto os quatro anjos estão contendo os
ventos, é o tempo de fazer firme a nossa vocação e eleição."4 Embora seja um período
muito curto, será ele marcado por uma verdadeira agitação fora e dentro da Igreja.
Fora, porque os que são sinceros, sob o efeito da chuva serôdia, tomarão posição ao
lado da verdade, enquanto os que estão dentro da Igreja, professos guardadores do
sábado, mas que se mantiveram ligados ao mundo e seus prazeres, não moldando
seus caracteres pelo poder da verdade e não adquirindo semelhança de caráter com
Cristo, serão lançados fora, arrojados pelos ventos da sacudidura. A Ellen G. White foi
mostrado o seguinte quadro: "Diminuíra o número dos que faziam parte desse grupo.
Ao serem sacudidos, alguns tinham sido arrojados fora do caminho. Os descuidosos e
indiferentes, que não se uniam com os que prezavam suficientemente a vitória e a
salvação, para por elas lutar e angustiar-se com perseverança, não as alcançaram e
foram deixados atrás, em trevas, e seu lugar foi imediatamente preenchido pelos que
aceitavam a verdade e a ela se filiavam. Anjos maus se lhes agrupavam ainda ao redor,
mas sobre eles não tinham poder."5

Considerando que a observância do sábado representa o sinal de Deus que distingue o
Seu povo, surge a pergunta: Por que muitos guardadores do sábado não serão
selados? Há um outro selo além do sábado do 4? mandamento? Não, não há outro
selo ou sinal. O que há são dois tipos de observadores da verdade. Um tipo são os
professos adoradores do Deus vivo, grupo que pode ser definido como observadores
de um sabatismo intelectual. Conhecem a doutrina, pregam-na com muita clareza e
eloqüência, mas não a vivem em sua essência. Esse foi o conceito emitido por E. G.
White quando assim se expressou a respeito do assunto: "nem todos os que professam
guardar o sábado serão selados. Muitos há mesmo entre os que ensinam a verdade a
outros, que não receberão na testa o selo de Deus. Tinham a luz da verdade, souberam
a vontade de seu Mestre, compreenderam todos os pontos de nossa fé, mas não
tiveram as obras correspondentes."6 Ser um sabatista, apenas fechando seu escritório,
oficina ou loja no sábado e vir à igreja, e ser um verdadeiro adorador do Deus vivo, são
duas coisas bem distintas. "Nenhum de nós jamais receberá o selo de Deus, enquanto
o caráter tiver uma nódoa ou mácula sequer. Cumpre-nos remediar os defeitos de
caráter, purificar de toda contaminação o templo da alma. Então a chuva serôdia cairá
sobre nós, como caiu a têmpora sobre os discípulos no dia de Pentecostes."7

Mas é possível ao homem remediar os seus defeitos de caráter, purificar, de toda
contaminação, o templo da alma? Não, não é possível. O homem é demasiadamente
frágil, incapaz, conseqüentemente, de efetuar tal obra. Se assim é, quem receberá
finalmente o selo da aprovação divina? Continua E. G. White: "Hoje é o tempo para
atender-se à admoestação da Testemunha Verdadeira: 'Aconselho-te que de Mim
compres ouro provado no fogo, para que te enriqueças; e vestidos brancos para que te
vistas, e não apareça a vergonha da tua nudez; e que unjas os teus olhos com colírio
para que vejas.' Apoc. 3:18."8

Ouro provado no fogo, vestidos brancos e colírio, eis as riquezas espirituais que Cristo
oferece a todos quantos desejarem e que podem ser adquiridas sem dinheiro e sem
preço. Esse ouro figurativo pode ser interpretado como se referindo à fé que opera
pelo amor. "O ouro provado no fogo é a fé que opera por amor. Somente isto nos
pode pôr em harmonia com Deus. Podemos ser ativos, e podemos executar muito
trabalho; mas sem o amor, amor como o que há no coração de Cristo, jamais podemos
ser contados na família celestial."9 Vestidos brancos devem ser compreendidos como
simbolizando a justiça de Cristo, ou a pureza de caráter que o pecador deve adquirir.
"Este vestido fiado nos teares do Céu não tem um fio de origem humana. Em sua
humanidade, Cristo formou caráter perfeito, e oferece-nos esse caráter."10 "O colírio
é aquela sabedoria e graça que nos habilitam a distinguir entre o mal e o bem, e
perceber o pecado sob qualquer disfarce.... O colírio divino comunicará clareza ao
entendimento. Cristo é o depositário de todas as graças. Ele diz: "Aconselho-te que de
Mim compres."" Eis aí os produtos que o Mercador Celestial deseja comercializar
gratuitamente com cada um de Seus filhos, únicos capazes de habilitá-los a purificar o
caráter e receber o selo da aprovação de Deus, condição indispensável para manter-se
em pé no dia da tormenta; passaporte que nos dará o direito de ingressarmos na
cidade eterna pelas portas.

Três Decretos

Três decretos terão lugar dentro do curto período do selamento especial ou final:

1? Decreto Dominical. Esse marcará o início do assinalamento final. "Quando sair o
decreto e o selo for aplicado", disse E. G. White. A esse decreto seguir-se-ão os
seguintes acontecimentos: a) Alto clamor do 3? anjo — Proclamação que sucederá a
chuva serôdia, por meio da qual a Igreja terminará a obra de evangelização. Cumprir-
se-á a profecia de Apocalipse 18:1-4: A Terra será iluminada com a mensagem da vinda
de Cristo e da justificação pela fé, e resultante obediência irrestrita dos mandamentos
de Deus. Milhares se converterão, milagres serão realizados, ao tempo em que há de
crescer a ira do dragão contra os remanescentes de Deus. (Apoc. 12:17.) "A medida
que a terceira mensagem se avoluma e se torna alto clamor, e que a obra final é
acompanhada de grande poder e glória, o fiel povo de Deus participa dessa glória. É a
chuva serôdia que os vivifica e fortalece para passar pelo tempo de angústia. Seus
rostos brilharão com a glória daquela luz que acompanha a mensagem do terceiro
anjo."12 A igreja nasceu e se fortaleceu, habilitando-se para o avanço inicial, sob o
poder da chuva têmpora derramada no dia de Pentecostes: Era o poder divino abrindo
caminho para a semeadura e germinação do bendito grão: A chuva serôdia será o
derramamento desse mesmo poder que há de derribar as barreiras da apostasia,
promovendo o amadurecimento do precioso grão e o ajuntamento dos molhos para os
celeiros eternos. "Assim como a 'chuva têmpora' foi dada no derramamento do
Espírito Santo no início do evangelho, para efetuar a germinação da preciosa semente,
a 'chuva serôdia' será dada em seu final para o amadurecimento da seara... A grande
obra do evangelho não deverá encerrar-se com menor manifestação do poder de Deus
do que a que assinalou o seu início. As profecias que se cumpriram no derramamento
da chuva têmpora no início do evangelho, devem novamente cumprir-se na chuva
serôdia, no final do mesmo. Eis aí 'os tempos de refrigério' que o apóstolo São Pedro
esperava quando disse: 'Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam
apagados os vossos pecados, e, venham assim, os tempos de refrigério pela presença
do Senhor, e envie Ele a Jesus Cristo' — (Atos 3:19 e 20)... Os doentes serão curados e
sinais e maravilhas seguirão aos crentes."13

Essa gloriosa obra será cumprida imediatamente antes do derramamento das sete
últimas pragas enquanto Cristo está no Santuário (curto período do assinalamento).
Naquele tempo enquanto prossegue a obra de salvação (selamento do povo de Deus),
a provação virá sobre a Terra e as nações encolerizar-se-ão, mas serão contidas para
não impedir a obra do terceiro anjo (os ventos continuam sendo detidos pelos quatro
anjos até que seja completada a obra do selamento — Apoc. 7:1-3). Naquele tempo a
"chuva serôdia", ou o refrigério da presença do Senhor, virá, para dar poder ao alto
clamor do terceiro anjo, e preparar os santos para permanecerem no período em que
as sete últimas pragas serão derramadas.14

b) Sacudidura. Decretadas as leis dominicais, cada um por sua vez deverá tomar
posição em favor da verdade ou contra ela; não haverá neutros. A lei de Deus e as leis
dos homens serão projetadas diante da consciência de cada ser humano, cabendo a
cada um tomar uma decisão irreversível, a qual o marcará com o sinal de Deus ou com
o da besta. É a separação do falso e do verdadeiro, do joio e do trigo. Isso fará com que
a Igreja seja sacudida em seus fundamentos. O sabatismo apenas intelectual ruirá por
terra, mas os verdadeiros adoradores do Deus vivo permanecerão em pé, marcados
pelo selo da verdade neles impresso pelo poder do Espírito Santo. Foi referindo-se a
essa atitude de aceitação e rejeição da verdade que Jesus afirmou: "Então dois estarão
no campo, um será tomado, e deixado o outro, duas estarão trabalhando num moinho,
uma será tomada, e deixada a outra." S. Mat. 24:40 e 41.

A sacudidura é uma obra de seleção. Cada um, individualmente, há de posicionar-se; e
é essa posição, assumida contra ou a favor da verdade, que há de determinar se é o
selo da verdade, da obediência, ou o selo da mentira, da desobediência, que será
aplicado. Todos os falsos adoradores que estão dentro da Igreja não suportarão a
prova e, em conseqüência, serão lançados fora. E todos os que são sinceros e que
ainda estavam indecisos tomarão posição ao lado da verdade e unir-se-ão ao
remanescente povo de Deus, ocupando os lugares vagos dentro da Igreja. "Começou a
forte sacudidura e continuará, e todos os que não estiverem dispostos a assumir uma
posição ousada e tenaz em prol da verdade, e a sacrificar-se por Deus e por Sua causa,
serão joeirados.... Perguntei a significação da sacudidura que eu vira, e foi-me
mostrado que era determinada pelo testemunho direto contido no conselho da
Testemunha verdadeira à Igreja de Laodicéia. Isso produzirá efeito no coração daquele
que o receber, e o levará a empunhar o estandarte e propagar a verdade direta. Alguns
não suportarão esse testemunho direto. Levantar-se-ão contra ele, e isso é o que
determinará a sacudidura entre o povo de Deus.... Os honestos, que tinham sido
impedidos de ouvir a verdade, agora avidamente a ela aderiram. Fora-se todo o receio
de seus parentes, e somente a verdade lhes parecia sublime. Haviam estado com fome
e sede da verdade; esta lhes era mais querida e preciosa do que a vida. Perguntei o
que havia operado esta grande mudança. Um anjo respondeu: 'Foi a chuva serôdia, o
refrigério pela presença do Senhor, o alto clamor do terceiro anjo'."15
c) Assinalamento dos fiéis. Já vimos que o assinalamento terá lugar logo após a
decretação das leis dominicais, durante um curto período que se encerrará com o
fechamento da porta da graça, período esse marcado pela sacudidura que há de
purificar a Igreja preparando-a para o encontro com Jesus, visto que, quando se fechar
a porta da graça, o joio deverá estar separado do trigo, a escória do ouro. Esse é o
objetivo precípuo da sacudidura. Todos os fiéis estarão selados em suas testas. Por que
na testa? Segundo comprovam os estudos científicos, o centro da consciência e razão
humanas encontra-se localizado na parte anterior do cérebro em nível paralelo aos
olhos. É aí nesse ponto que são tomadas as decisões segundo a consciência de cada
um. O selo não é nenhum sinal visível, mas uma decisão irreversível ao lado da
verdade. Ficar ao lado da verdade, ou não, é uma questão de consciência, e essa
decisão é tomada no centro da consciência humana, localizado na parte anterior do
cérebro, na testa, em outras palavras.

2? Decreto Fechando a Porta da Graça: Esse decreto é promulgado por Jesus Cristo ao
encerrar Seu ministério sacerdotal no lugar santíssimo do santuário celestial. Esse
decreto divino encontra-se em Apocalipse, e assim reza: "Continue o injusto fazendo
injustiça, continue o imundo ainda sendo imundo; o justo continue na prática da
justiça, e o santo continue a santificar-se." Apoc. 22:11. Comentando este texto,
escreveu E. G. White: "Quando Jesus sair do santuário, os que são santos e justos serão
santos e justos ainda; pois todos os seus pecados estarão apagados, e eles selados com
o selo do Deus vivo. Mas aqueles que forem injustos e sujos, serão injustos e sujos
ainda; pois não haverá então sacerdote no santuário para apresentar seus sacrifícios,
confissões e orações perante o trono do Pai. Portanto o que se há de fazer para livrar
as almas da tormenta vindoura da ira, deve ser feito antes [agora] que Jesus saia do
lugar santíssimo do santuário celestial."16

3? Decreto de Morte. O terceiro e último decreto será promulgado depois do
fechamento da .porta da graça e durante as pragas, que começarão a ser vertidas
sobre a terra imediatamente após o fim do tempo de graça. Nessa altura dos
acontecimentos o fiel povo de Deus estará refugiado nas montanhas e cavernas e
milhares recolhidos nas prisões, acusados de serem as causas das tormentas e pragas
que assolam a Terra. Julgados pelos tribunais, serão declarados culpados por rebeldia,
pois não se submeteram às leis humanas, o que os levaria a violentar os ditames de
sua consciência. Eles tomaram uma decisão irreversível ao lado da verdade e
permanecem inabaláveis, arraigados a ela que lhes é mais preciosa que todos os
tesouros da Terra. E então vem a sentença! Que sentença?"Vi que Deus preservara
Seu povo, de maneira maravilhosa, durante o tempo de angústia. Como Jesus
derramou Sua alma em agonia, no Jardim, eles hão de clamar e angustiar-se
fervorosamente dia e noite, pedindo libertação. Sairá o decreto para que eles rejeitem
o sábado do quarto mandamento e honrem o primeiro dia, ou morram."17 "Estas
pragas enfureceram os ímpios contra os justos, pois pensavam que nós havíamos
trazido os juízos divinos sobre eles, e que se pudessem livrar a Terra de nós, as pragas
cessariam. Saiu um decreto para se matarem os santos, o que fez com que estes
clamassem dia e noite por livramento. Esse foi o tempo da angústia de Jacó. Então
todos os santos clamaram com angústia de espírito, e alcançaram livramento pela voz
de Deus. Os cento e quarenta e quatro mil triunfaram."18
O decreto de morte será promulgado, mas não executado, pois na hora aprazada para
o extermínio, Deus manifestar-Se-á para salvar Seus filhos que mesmo em face à
morte, preferiram selar sua sorte ao lado de Deus, honrando Sua sagrada lei,
sobretudo o quarto mandamento, identidade do Deus criador e mantenedor de todas
as coisas. "As hostes de Satanás e homens ímpios os rodearão, e exultarão sobre eles,
pois parecerá não haver escape para eles. Em meio, porém, de sua orgia e triunfo,
ouve-se ribombo após ribombo dos mais estrondosos trovões. Os céus se enegrecem,
sendo iluminados apenas pela brilhante luz e a terrível glória do céu ao fazer Deus soar
Sua voz desde Sua santa habitação. Abalam-se os fundamentos da Terra; os edifícios
vacilam e caem em terrível fragor. 0 mar ferve como uma caldeira, e a Terra toda se
acha em horrível comoção. Vira-se o cativeiro dos justos e, em suaves e solenes
murmúrios, dizem uns aos outros: 'Somos libertados. É a voz de Deus'.... Satanás e
seus anjos e os ímpios, que há pouco se regozijavam de que o povo de Deus se
encontrasse no poder deles, para os destruírem da Terra, testemunham a glória
conferida aos que honraram a Santa Lei de Deus. Contemplam os rostos dos justos
iluminados e refletindo a imagem de Jesus. Os que estavam tão ansiosos de destruir os
santos não podem resistir à glória que se manifesta sobre os libertados, e caem por
terra como mortos. Satanás e os anjos maus fogem da presença dos santos
glorificados. Desaparece para sempre, seu poder de os molestar."19 Terminou a
batalha, a luta entre a verdade e a mentira. Ganha foi a vitória, e o povo de Deus está a
salvo do outro lado do vale da sombra da morte.


Os Assinalados
Por uma questão de lógica, não se pode falar sobre Obra de assinalamento sem fazer
menção aos assinalados. O verso 4 de Apocalipse 7 informa-nos que o apóstolo João
ouviu o número dos assinalados, que era de cento e quarenta e quatro mil. Sobre a
identidade dos cento e quarenta e quatro mil, muito se tem dito, havendo mesmo várias
teorias em confronto.
Não é nosso propósito demorar sobre o assunto, analisando cada ponto de vista, mesmo
porque não é produtivo do ponto de vista espiritual saber quem são os cento e quarenta
e quatro mil. O que é mais importante não é saber quem são eles mas, sim, o que são
eles. Nossa preocupação primeira é exaltar as qualidades que os transformarão em um
grupo especial que se destaca da multidão de salvos de todos os tempos. Vejamos
alguns pontos relacionados com eles.
1. Receberão definitivamente o selo de aprovação de Deus após a decretação das leis
dominicais, permanecendo seu caráter puro e sem mácula. 2. Não serão os únicos salvos
pois além deles João contemplou uma multidão incontável (Apoc. 7:9). 3. É um grupo
especial que terá privilégios também especiais. 4. Estarão no Monte de Sião com o
Cordeiro e cantarão um cântico novo (Apoc. 14:1-3). 5. Seguem o "Cordeiro por onde
quer que vá" (Apoc. 14:4). 6. Foram redimidos dentre os homens como primícias para
Deus. 7. Em sua boca não se achou engano porque são irrepreensíveis diante de Deus
(Apoc. 14:5). 8. Não foram encontrados contaminados com falsas doutrinas (mulheres).
Com base nestes fatos inspirados, de saída, chegamos à seguinte conclusão: Os cento e
quarenta e quatro mil, ao chegarem ao Céu, terão passado, todos eles, por uma
experiência idêntica na Terra. E isto nos leva a crer que eles deverão estar vivendo na
Terra ao mesmo tempo, numa mesma época definida e sob as mesmas circunstâncias.
Primícias Para Deus e o Cordeiro
"São os que foram redimidos dentre os homens, primícias para Deus e para o Cordeiro."
Apoc. 14:4. Que são primícias? Qualquer bom dicionário nos informa que primícias são
os primeiros frutos da lavoura, primeiras produções ou ainda primeiros efeitos de uma
causa. Para o agricultor, as primícias são os primeiros frutos a amadurecerem em sua
lavoura antes de a mesma estar preparada para a colheita total. No plano da salvação
Cristo é chamado "as primícias" da grande ressurreição dos justos que ainda jazem na
sepultura. Nesse sentido Ele é o primeiro ressurreto que encabeça a ressurreição geral
dos santos, que ocorrerá por ocasião de Sua vinda. A Bíblia usa a expressão "primícias"
referindo-se aos cristãos gerados pela palavra: "Segundo o Seu querer, Ele nos gerou
pela palavra da verdade, para que fôssemos como primícias das Suas criaturas" S. Tiago
1:18. Assim são os cento e quarenta e quatro mil. Ao voltar o Salvador, para efetuar a
colheita dos Santos, eles serão os primeiros frutos maduros visíveis que o divino
Segador terá diante de Seus olhos.
A Identidade dos 144.000
Sem entrar no mérito de outras teorias que existem tentando provar a identidade dos
componentes do grupo dos cento e quarenta e quatro mil, tentaremos trazer à
consideração algumas declarações da Bíblia e do Espírito de Profecia que nos parecem
bem elucidativas. Voltando a Apocalipse 14, vimos que eles foram comprados,
redimidos, ou ainda tirados dentre os vivos. Ora, se foram tirados dentre os vivos é claro
que estavam vivos quando foram resgatados. Na resposta do Ancião dada ao apóstolo
João há uma evidência bem clara quanto ao tempo em que estarão vivendo os cento e
quarenta e quatro mil. Referindo-se ao grupo, o Ancião perguntou a João: "Um dos
anciãos tomou a palavra, dizendo: Estes, que se vestem de vestiduras brancas, quem são
e donde vieram? Respondi-Lhe: Meu Senhor, Tu o sabes. Ele, então, me disse: São
estes os que vêm da grande tribulação, lavaram suas vestiduras, e as alvejaram no
sangue do Cordeiro, razão por que se acham diante do trono de Deus e O servem de dia
e de noite no Seu santuário; e Aquele que Se assenta no trono estenderá sobre eles o Seu
tabernáculo. Jamais terão fome, nunca mais terão sede, não cairá sobre eles o sol, nem
ardor algum, pois o Cordeiro que Se encontra no meio do trono os apascentará e os
guiará para as fontes da água da vida. E Deus lhes enxugará dos olhos toda a lágrima"
Apoc. 7:13-17.
No texto supracitado há algumas assertivas esclarecedoras. /. _ Vieram "da grande
tribulação". A tribulação aqui mencionada- é uma referência ao "tempo de angústia,
qual nunca houve, desde que houve nação até àquele tempo", citado por Daniel na
profecia do capítulo 12:1. É o mesmo tempo das sete últimas pragas, época em que
estará vivendo o grupo cento e quarenta e quatro mil. 2. "Jamais terão fome, nunca mais
terão sede, não cairá sobre eles o sol, nem ardor algum."
Se nunca mais terão fome, sede e não sofrerão o calor solar, isso significa que passarão
por essas calamidades que marcarão um período terrível. 3. "Vencedores da besta, da
sua imagem e do número do seu nome, ... e entoavam o cântico de Moisés, servo de
Deus, e o cântico do Cordeiro..." Apoc. 15:2 e 3. Comentando esse texto, escreveu Ellen
G. White: "No mar cristalino diante do trono, naquele mar como que de vidro misturado
com fogo — tão resplendente é ele pela glória de Deus — está reunida a multidão dos
que 'saíram vitoriosos da besta, e da sua imagem, e do seu sinal, e do número do seu
nome'. Apoc. 15:2. Com o Cordeiro, sobre o monte Sião, 'tendo harpas de Deus', estão
os cento e quarenta e quatro mil que foram remidos dentre os homens; e ouve-se como o
som de muitas águas, e de grande trovão, 'uma voz de harpistas, que tocavam com as
suas harpas'. E cantavam um 'cântico novo diante do trono' — cântico que ninguém
podia aprender senão os cento e quarenta e quatro mil. E o hino de Moisés e do
Cordeiro — hino de livramento. Ninguém, a não ser os cento e quarenta e quatro mil,
pode aprender aquele canto, pois é o de sua experiência — e nunca ninguém teve
experiência semelhante. 'Estes são os que seguem o Cordeiro para onde quer que vai'.
'Estes, tendo sido trasladados da Terra, dentre os vivos, são tidos como as primícias para
Deus e para o Cordeiro.' Apoc. 14:1-5; 15:3. 'Estes são os que vieram de grande
tribulação' (Apoc. 7:14); passaram pelo tempo de angústia tal como nunca houve desde
que houve nação; suportaram a aflição do tempo da angústia de Jacó; permaneceram
sem intercessor durante o derramamento final dos juízos de Deus. Mas foram livres,
pois 'lavaram os seus vestidos,, e os branquearam no sangue do Cordeiro'. 'Na sua boca
não se achou engano; porque são irrepreensíveis' diante de Deus. 'Por isso estão diante
do trono de Deus, e O servem de dia e de noite no Seu templo; e Aquele que está
assentado sobre o trono os cobrirá com a Sua sombra.' Apoc. 7:15. Viram a Terra
devastada pela fome e pestilência, o Sol com poder para abrasar os homens com grandes
calores, e eles próprios suportaram o sofrimento, a fome e a sede. Mas, 'nunca mais
terão fome, nunca mais terão sede; nem Sol nem calma alguma cairá sobre eles. Porque
o Cordeiro que está no meio do trono os apascentará, e lhes servirá de guia para as
fontes das águas da vida; e Deus limpará de seus olhos toda a lágrima'. Apoc. 7:16 e
17."'
O trecho transcrito não deixa nenhuma dúvida quanto ao tempo em que estarão vivendo
na Terra os cento e quarenta e quatro mil, ficando claro, tão claro como a luz meridiana,
que estarão vivos após o fechamento da porta da graça. Suportarão, naquele tempo, a
fome, a sede e o calor abrasador do Sol que, na quarta praga há de atingir os homens
(Apoc. 16:8 e 9). Eles enfrentarão antes a ira do dragão, sofrendo os rigores da
imposição do primeiro decreto impingindo as leis dominicais; mas sairão vitoriosos
sobre a besta, sua imagem, seu sinal e o número de seu nome. Atravessarão o tempo de
angústia que se seguirá ao fechamento da porta da graça sem um mediador ou
intercessor. Em conseqüência, cantarão no mar de vidro üm cântico que ninguém, nem
mesmo os anjos, pode aprender, pois é o cântico da libertação, o cântico de sua
experiência, experiência essa jamais vivida por alguém antes deles. Sofrerão fome,
sofrerão sede, sofrerão os rigores dos calores solares, verterão lágrimas, mas agora estão
do outro lado do vale da sombra da morte, com o Cordeiro, livres da fome, da sede, do
calor abrasador, da angústia e das lágrimas.
É evidente que os cento e quarenta e quatro mil são os justos vivos (não ressuscitados)
que estarão em pé por ocasião da vinda de Cristo no fim da sétima praga; foram tirados
"dentre os vivos", o que é bem diferente de serem tirados dentre os mortos. Há aqueles
que sustentam a tese de que haverá uma multidão de santos vivos por ocasião da vinda
de Cristo, sendo, porém, os cento e quarenta e quatro mil, um grupo especial tirado
dentre eles e que passaram por uma experiência especial, diferente da experiência dos
demais. Com base no que há revelado no Espírito de Profecia e na própria Bíblia, todos
os que entrarem no período de angústia após o fechamento da porta da graça, viverão a
mesma e idêntica experiência. É verdade que muitos estarão encarcerados, outros,
refugiados nas montanhas e nas cavernas, cercados pelos irados inimigos, mas, em
essência, a experiência da fome, sede, calores, angústias e outros sofrimentos será a
mesma. Todos foram proscritos, cifrados de rebeldes, culpados pelas calamidades das
pragas que assolam a Terra, e em virtude disso, condenados à morte.
Faremos a seguir, uma citação da pena inspirada que se nos afigura profundamente
esclarecedora: "Logo ouvimos a voz de Deus semelhante a muitas águas, a qual nos
anunciou o dia e a hora da vinda de Jesus. Os santos vivos, em número de 144.000,
reconheceram e entenderam a voz, ao passo que os ímpios julgaram fosse um trovão, ou
terremoto... Os 144.000 estavam todos selados e perfeitamente unidos. Em sua testa
estava escrito: 'Deus, Nova Jerusalém', e tinham uma estrela gloriosa que continha o
novo nome de, Jesus... Então a trombeta de prata de Jesus soou, ao descer Ele sobre a
nuvem, envolto em labaredas de fogo. Olhou para as Sepulturas dos santos que
dormiam, ergueu então os olhos e mãos aos céus, e exclamou: — 'Despertai! despertai!
despertai, vós que dormis no pó, e levantai-vos!' Houve um forte terremoto. As
sepulturas se abriram, e os mortos saíram revestidos de imortalidade. Os 144.000
clamaram — 'Aleluia!', quando reconheceram os amigos que deles tinham sido
separados pela morte..."2
Dois Grupos Distintos
Na citação acima, estão bem caracterizados dois grupos de salvos distintamente
destacados. 1. Santos vivos. 2. Santos ressuscitados. De maneira idêntica, o apóstolo
Paulo assim os viu: "Ora, ainda vos declaramos, por palavra do Senhor, isto: nós, os
vivos, os que ficarmos até à vinda do Senhor, de modo algum precederemos os que
dormem. Porquanto o Senhor mesmo, dada a Sua palavra de ordem, ouvida a voz do
arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo
ressuscitarão primeiro. Depois nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados
juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e assim
estaremos para sempre com o Senhor." I Tess. 4:15-17. Em outro testemunho a senhora
White confirma acreditar que os cento e quarenta e quatro mil são os assinalados no
curto período precedente ao fechamento da porta da graça. "Não há nisto nada que não
sustentemos ainda. Referências a nossas obras publicadas mostrarão nossa crença de
que os vivos justos receberão o selo de Deus antes do fim da graça; também que eles
fruirão honras especiais no reino de Deus."3 Os 144.000 hão de fruir honras especiais.
Diante das declarações de Ellen G. White, destacando o tempo do assinalamento dos
cento e quarenta e quatro mil, temos que concluir dizendo: os cento e quarenta e quatro
mil são aqueles que estarão em pé por época da segunda vinda de Jesus; aqueles, pois,
que não provarão a morte e que, ao fechar-se a porta da graça, estarão assinalados pela
verdade, neles grafada pelo poder do Espírito, atravessando o tempo de angústia sem
um intercessor. Essa foi a posição de pioneiros contemporâneos de Ellen G. White.
Entre eles citaremos Uriah Smith: "Embora seja verdade, até certo ponto para todos os
cristãos, que 'por muitas tribulações nos importa entrar no reino de Deus', isso é
verdade, de um modo muito particular, relativamente aos 144.000. Eles passam através
do grande tempo de angústia qual nunca houve, desde que houve nação (Dan. 12:1).
Experimentam a ânsia mental do tempo de angústia de Jacó (Jer. 30:4-7) Estão sem
mediador através das terríveis cenas das sete últimas pragas — dessas manifestações da
não-misturada ira de Deus na Terra. Apocalipse, capítulos 15 e 16. Passam através do
mais duro tempo de angústia que jamais o mundo conheceu, se bem que sejam
libertados."4 "... Uma redenção dentre os homens, dentre os vivos, deve significar uma
coisa diferente, e só pode significar uma coisa — a trasladação. Por isso os 144.000 são
os santos vivos, que serão trasladados por altura da segunda vinda de Cristo."5
Seguramente surgirá a pergunta: Estarão vivos por ocasião da vinda de Cristo apenas
144.000 pessoas assinaladas para o reino de Deus? Há muita especulação em torno do
número dos assinalados. Não é de nenhuma importância espiritual saber se são somente
144.000, e por que só 144.000, se é real ou simbólico esse número, etc. Não importa em
nada se é real ou simbólico! É possível que seja simbólico, uma vez que o capítulo sete
de Apocalipse é profundamente simbólico. As doze tribos ali apresentadas são apenas
simbólicas, podendo ocorrer que o número 144.000 destacado dentre elas seja um
número simbólico. O importante é que os assinalados foram identificados por um
número não importando se esse número se refere a um grupo maior ou menor. O que
importa verdadeiramente são as qualidades de caráter que os habilitaram para o reino de
Deus. Nos dias de Ellen G. White havia muita discussão sobre o grupo dos 144.000,
havendo três correntes de.pensamentos divergentes. Muito tempo se gastava em
polêmicas infrutíferas. Para corrigir essa perda de tempo, escreveu a Sra. Ellen G.
White: "Não é Sua vontade que entrem em discussão sobre questões que.não os
ajudarão espiritualmente, como por exemplo essa de querer saber quem fará parte dos
cento e quarenta e quatro mil."6
Conclusão
Com base nesse conselho do Espírito de Profecia, a Igreja Adventista tem adotado uma
posição, aliás, muito correta: não se preocupar com a questão — Quem são os cento e
quarenta e quatro mil?
Mas, preocupar-se em saber o que eles são, isto é, preocupar-se em saber quais as
qualidades de caráter, as virtudes que os marcaram, transformando-os em um grupo
especial, distinto da multidão de salvos de todos os tempos, e que acompanharão o
Cordeiro por onde quer que for. Deles é dito que são verdadeiros (Apoc. 14:5). São
verdadeiros porque amaram a verdade e nela se firmaram de tal maneira que se
tornaram inabaláveis mesmo sob os horrores das provações quase ao ponto do
desfalecimento. Permanecerão irrepreensíveis diante de Deus. Essas virtudes de caráter,
todavia, não lhes foram dadas num passe de mágica. Todo e qualquer poder
transformador emana da cruz do Calvário! Os cento e quarenta e quatro mil, bem como
todos quantos hão de alcançar o Céu, fizeram da graça remidora de Cristo — justiça
pela fé, sua única fortaleza. Transformados pelo poder remidor que emana da cruz,
desconfiando constantemente do eu e confiando no Salvador, eles tornaram-se
vencedores. Estudaram, entenderam e, mediante o assessoramento do Espírito Santo,
viveram de maneira prática a fé que abraçaram. O fato de em sua boca não se encontrar
engano, e ser irrepreensíveis diante de Deus, não significa que nunca erraram. Erraram,
sim! Mas mediante o poder da graça de Cristo, eles venceram todos os defeitos de
caráter.
É com essas qualidades de caráter dos cento e quarenta e quatro mil que devemos
preocupar-nos, buscando, mediante a fé, os poderes que vêm através da justiça de Cristo
imputada e comunicada, a fim de corrigirmos os defeitos de caráter. Somente assim
haveremos de nos tornar vitoriosos sobre a besta, seu nome e seu número, se nos for
dada a oportunidade de enfrentarmos os terríveis dias preditos na profecia, pelos quais
hão de passar os cento e quarenta e quatro mil.
Ao ler essas linhas, embora tenhamos afirmado ser os cento e quarenta e quatro mil os
justos vivos, ou aqueles que hão de encontrar-se com o Senhor sem haverem passado
pela morte, não se preocupe demais com esse aspecto. Não se demore em saber quem
são eles, mas demore-se, e demore-se com meditação profunda, em saber o que eles são.
Lance mão dos poderes que emanam da cruz para o aperfeiçoamento de seu caráter até à
semelhança do caráter de Cristo, fator esse que há de torná-lo vitorioso, candidato ao
reino dos Céus. Se permanecermos fiéis aos princípios da verdade, batalhando as
batalhas do Senhor, logo, muito logo, estaremos do outro lado do vale da sombra da
morte, onde haveremos de trocar nossa cruz de espinhos por uma coroa de glória.
"Sobre eles está a marca indelével de Deus. Deus pode alegar que o Seu próprio nome
ali está escrito. Deus os circunda. Seu destino está escrito: 'DEUS, NOVA
JERUSALÉM.' São a propriedade de Deus, a Sua possessão. Será este selo colocado
sobre o que tem a mente impura, o profano, o adúltero, o homem que cobiça a mulher
do próximo? Responda vossa alma à pergunta: Corresponde meu caráter às
qualificações essenciais para que eu possa receber um passaporte para as mansões que
Cristo preparou para os que para elas estão habilitados? A santidade deve estar gravada
em nosso caráter."7 Lave as vestimentas de seu caráter no sangue do Cordeiro e você
será, em conseqüência, um súdito do Seu reino!
Referências:

1. S.D.A. Bible Commetuary, vol. 7, pág. 782.

2. E. G. White — Manuscrito 173-1902.

3. E. G. White — Testemunhos Seletos, vol. 2. págs. 70 e 71.

4. E. G. White — Primeiros Escritos, pág. 58.

5. Idem, pág. 271.

6. E. G. White — Testemunhos Seletos, vol. 2, pág. 68.

7. Idem, pág. 69.

8. Ibidem.

9. E. G. White — Parábolas de Jesus, pág. 158.

10. Idem, pág. 311.

11. E. G. White — Testemunhos Seletos, vol. 1. pág. 478.

12. Idem, pág. 131.

13. E. G. White — O Conflito dos Séculos, págs. 616, 617.

14. E. G. White — Primeiros Escritos, págs. 85. 86.

15. Idem. págs. 50, 270. 271.

16. Idem, pág. 48.

17. E. G. White — Testemunhos Seletos, vol. 1, pág. 131 • (grifo acrescentado)

18. E. G. White — Primeiros Escritos, págs. 36 e 37.

19. E. G. White — Testemunhos Seletos, vol. 1 págs. 131. 132.
Referências:
1. E. G. White — O Grande Conflito, págs. 653 e 654.
2. E. G. White — Vida e Ensinos, págs. 58 e 59.
3. E. G. White — Mensagens Escolhidas, vol I. pág. 66.
4. Uriah Smith — 45 Profecias do Apocalipse, pág. 120.
5. Idem, pág. 260.
6. E. G. White — Manuscrito 26, 1901.
7. E. G. White — Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, pág. 446.

Más contenido relacionado

La actualidad más candente

Qual seria a condição da IASD nos ultimos dias segundo Ellen White
Qual seria a condição da IASD nos ultimos dias segundo Ellen WhiteQual seria a condição da IASD nos ultimos dias segundo Ellen White
Qual seria a condição da IASD nos ultimos dias segundo Ellen WhiteASD Remanescentes
 
A IASD não é Babilônia, nem Filha dela. é Irmã!
A IASD não é Babilônia, nem Filha dela. é Irmã!A IASD não é Babilônia, nem Filha dela. é Irmã!
A IASD não é Babilônia, nem Filha dela. é Irmã!ASD Remanescentes
 
Já são mais de 130 anos de Sacudidura na IASD
Já são mais de 130 anos de Sacudidura na IASDJá são mais de 130 anos de Sacudidura na IASD
Já são mais de 130 anos de Sacudidura na IASDASD Remanescentes
 
Ellen White e fechamento da porta da graça
Ellen White e fechamento da porta da graçaEllen White e fechamento da porta da graça
Ellen White e fechamento da porta da graçaEzequiel Gomes
 
Esperando a volta de jesus
Esperando a volta de jesusEsperando a volta de jesus
Esperando a volta de jesusMárcio Martins
 
19º AULA - AS SETE TAÇAS DO APOCALIPSE
19º AULA - AS SETE TAÇAS DO APOCALIPSE19º AULA - AS SETE TAÇAS DO APOCALIPSE
19º AULA - AS SETE TAÇAS DO APOCALIPSERODRIGO FERREIRA
 
Lição 07 - A Salvação pela Graça
Lição 07 - A Salvação pela GraçaLição 07 - A Salvação pela Graça
Lição 07 - A Salvação pela GraçaÉder Tomé
 
AS SETE IGREJAS DO APOCALIPSE
AS SETE IGREJAS DO APOCALIPSEAS SETE IGREJAS DO APOCALIPSE
AS SETE IGREJAS DO APOCALIPSELourenil Ferreira
 
162 respostas bíblicas a doutrina da trindade
162 respostas bíblicas a doutrina da trindade162 respostas bíblicas a doutrina da trindade
162 respostas bíblicas a doutrina da trindadeASD Remanescentes
 
Citações de ellen g. white que o seu pastor não faz a menor questão que você ...
Citações de ellen g. white que o seu pastor não faz a menor questão que você ...Citações de ellen g. white que o seu pastor não faz a menor questão que você ...
Citações de ellen g. white que o seu pastor não faz a menor questão que você ...José Silva
 
Conheça as doutrinas verdadeiras da IASD
Conheça as doutrinas verdadeiras da IASDConheça as doutrinas verdadeiras da IASD
Conheça as doutrinas verdadeiras da IASDFernando Xavier China
 
Lição 1 - Inspiração Divina e Autoridade da Bíblia
Lição 1 - Inspiração Divina e Autoridade da BíbliaLição 1 - Inspiração Divina e Autoridade da Bíblia
Lição 1 - Inspiração Divina e Autoridade da BíbliaÉder Tomé
 
O comportamento na casa de Deus: um contexto adventista
O comportamento na casa de Deus: um contexto adventistaO comportamento na casa de Deus: um contexto adventista
O comportamento na casa de Deus: um contexto adventistaLucas Samuel Rojo
 
Disciplina de Teologia do Novo Testamento
Disciplina de Teologia do Novo TestamentoDisciplina de Teologia do Novo Testamento
Disciplina de Teologia do Novo Testamentofaculdadeteologica
 
Sacudidura na igreja de Deus
Sacudidura na igreja de DeusSacudidura na igreja de Deus
Sacudidura na igreja de DeusEdilson Gomes
 

La actualidad más candente (20)

Qual seria a condição da IASD nos ultimos dias segundo Ellen White
Qual seria a condição da IASD nos ultimos dias segundo Ellen WhiteQual seria a condição da IASD nos ultimos dias segundo Ellen White
Qual seria a condição da IASD nos ultimos dias segundo Ellen White
 
A IASD não é Babilônia, nem Filha dela. é Irmã!
A IASD não é Babilônia, nem Filha dela. é Irmã!A IASD não é Babilônia, nem Filha dela. é Irmã!
A IASD não é Babilônia, nem Filha dela. é Irmã!
 
Já são mais de 130 anos de Sacudidura na IASD
Já são mais de 130 anos de Sacudidura na IASDJá são mais de 130 anos de Sacudidura na IASD
Já são mais de 130 anos de Sacudidura na IASD
 
Ellen White e fechamento da porta da graça
Ellen White e fechamento da porta da graçaEllen White e fechamento da porta da graça
Ellen White e fechamento da porta da graça
 
Esperando a volta de jesus
Esperando a volta de jesusEsperando a volta de jesus
Esperando a volta de jesus
 
19º AULA - AS SETE TAÇAS DO APOCALIPSE
19º AULA - AS SETE TAÇAS DO APOCALIPSE19º AULA - AS SETE TAÇAS DO APOCALIPSE
19º AULA - AS SETE TAÇAS DO APOCALIPSE
 
Lição 07 - A Salvação pela Graça
Lição 07 - A Salvação pela GraçaLição 07 - A Salvação pela Graça
Lição 07 - A Salvação pela Graça
 
A grande tribulação
A grande tribulaçãoA grande tribulação
A grande tribulação
 
AS SETE IGREJAS DO APOCALIPSE
AS SETE IGREJAS DO APOCALIPSEAS SETE IGREJAS DO APOCALIPSE
AS SETE IGREJAS DO APOCALIPSE
 
A Grande Tribulação
A Grande TribulaçãoA Grande Tribulação
A Grande Tribulação
 
162 respostas bíblicas a doutrina da trindade
162 respostas bíblicas a doutrina da trindade162 respostas bíblicas a doutrina da trindade
162 respostas bíblicas a doutrina da trindade
 
Citações de ellen g. white que o seu pastor não faz a menor questão que você ...
Citações de ellen g. white que o seu pastor não faz a menor questão que você ...Citações de ellen g. white que o seu pastor não faz a menor questão que você ...
Citações de ellen g. white que o seu pastor não faz a menor questão que você ...
 
A profecia de daniel 7
A profecia de daniel 7A profecia de daniel 7
A profecia de daniel 7
 
Conheça as doutrinas verdadeiras da IASD
Conheça as doutrinas verdadeiras da IASDConheça as doutrinas verdadeiras da IASD
Conheça as doutrinas verdadeiras da IASD
 
Lição 1 - Inspiração Divina e Autoridade da Bíblia
Lição 1 - Inspiração Divina e Autoridade da BíbliaLição 1 - Inspiração Divina e Autoridade da Bíblia
Lição 1 - Inspiração Divina e Autoridade da Bíblia
 
Apocalipse
ApocalipseApocalipse
Apocalipse
 
QUEM É O ESPIRITO SANTO
QUEM É O ESPIRITO SANTOQUEM É O ESPIRITO SANTO
QUEM É O ESPIRITO SANTO
 
O comportamento na casa de Deus: um contexto adventista
O comportamento na casa de Deus: um contexto adventistaO comportamento na casa de Deus: um contexto adventista
O comportamento na casa de Deus: um contexto adventista
 
Disciplina de Teologia do Novo Testamento
Disciplina de Teologia do Novo TestamentoDisciplina de Teologia do Novo Testamento
Disciplina de Teologia do Novo Testamento
 
Sacudidura na igreja de Deus
Sacudidura na igreja de DeusSacudidura na igreja de Deus
Sacudidura na igreja de Deus
 

Similar a O Selo Divino e a Purificação do Caráter

O selo de deus e a marca da besta
O selo de deus e a marca da bestaO selo de deus e a marca da besta
O selo de deus e a marca da bestaDiego Fortunatto
 
20. a condição da igreja ii
20. a condição da igreja ii20. a condição da igreja ii
20. a condição da igreja iipohlos
 
Reavivamento e seus resultados
Reavivamento e seus resultadosReavivamento e seus resultados
Reavivamento e seus resultadosiasdvilaveronica
 
28. o selamento
28. o selamento28. o selamento
28. o selamentopohlos
 
O profeta do século xx
O profeta do século xxO profeta do século xx
O profeta do século xxComandodafe
 
Advertencia para o povo de deus
Advertencia para o povo de deusAdvertencia para o povo de deus
Advertencia para o povo de deusO ÚLTIMO CHAMADO
 
Advertencia para o povo de Deus
Advertencia para o povo de DeusAdvertencia para o povo de Deus
Advertencia para o povo de DeusO ÚLTIMO CHAMADO
 
Advertencias para o povo de Deus
Advertencias para o povo de DeusAdvertencias para o povo de Deus
Advertencias para o povo de DeusO ÚLTIMO CHAMADO
 
Participantes da natureza divina
Participantes da natureza divina Participantes da natureza divina
Participantes da natureza divina Sergio Schmidt
 
Qual a condição da iasd nos últimos dias
Qual a condição da iasd nos últimos diasQual a condição da iasd nos últimos dias
Qual a condição da iasd nos últimos diasJosé Silva
 
Advertencia para o povo de deus
Advertencia para o povo de deusAdvertencia para o povo de deus
Advertencia para o povo de deusO ÚLTIMO CHAMADO
 
Mais de 120 anos de sacudidura na IASD
Mais de 120 anos de sacudidura na IASDMais de 120 anos de sacudidura na IASD
Mais de 120 anos de sacudidura na IASDJosé Silva
 
Maisde120anosdesacudiduranaiasd 140119102451-phpapp02
Maisde120anosdesacudiduranaiasd 140119102451-phpapp02Maisde120anosdesacudiduranaiasd 140119102451-phpapp02
Maisde120anosdesacudiduranaiasd 140119102451-phpapp02José Silva
 
Iluminados Pelo Espírito Santo
Iluminados Pelo Espírito SantoIluminados Pelo Espírito Santo
Iluminados Pelo Espírito Santoguestb234a7
 
A chuva têmpora e a chuva serôdia
A chuva têmpora e a chuva serôdiaA chuva têmpora e a chuva serôdia
A chuva têmpora e a chuva serôdiaDiego Fortunatto
 

Similar a O Selo Divino e a Purificação do Caráter (20)

O selo de deus e a marca da besta
O selo de deus e a marca da bestaO selo de deus e a marca da besta
O selo de deus e a marca da besta
 
20. a condição da igreja ii
20. a condição da igreja ii20. a condição da igreja ii
20. a condição da igreja ii
 
Reavivamento e seus resultados
Reavivamento e seus resultadosReavivamento e seus resultados
Reavivamento e seus resultados
 
O selamento
O selamentoO selamento
O selamento
 
O selamento dos 144mil
O selamento dos 144milO selamento dos 144mil
O selamento dos 144mil
 
Novas Ideias & Nova Luz
Novas Ideias & Nova LuzNovas Ideias & Nova Luz
Novas Ideias & Nova Luz
 
28. o selamento
28. o selamento28. o selamento
28. o selamento
 
O profeta do século xx
O profeta do século xxO profeta do século xx
O profeta do século xx
 
Santificação
SantificaçãoSantificação
Santificação
 
Advertencia para o povo de deus
Advertencia para o povo de deusAdvertencia para o povo de deus
Advertencia para o povo de deus
 
Advertencia para o povo de Deus
Advertencia para o povo de DeusAdvertencia para o povo de Deus
Advertencia para o povo de Deus
 
Advertencias para o povo de Deus
Advertencias para o povo de DeusAdvertencias para o povo de Deus
Advertencias para o povo de Deus
 
Participantes da natureza divina
Participantes da natureza divina Participantes da natureza divina
Participantes da natureza divina
 
Qual a condição da iasd nos últimos dias
Qual a condição da iasd nos últimos diasQual a condição da iasd nos últimos dias
Qual a condição da iasd nos últimos dias
 
Advertencia para o povo de deus
Advertencia para o povo de deusAdvertencia para o povo de deus
Advertencia para o povo de deus
 
Mais de 120 anos de sacudidura na IASD
Mais de 120 anos de sacudidura na IASDMais de 120 anos de sacudidura na IASD
Mais de 120 anos de sacudidura na IASD
 
Maisde120anosdesacudiduranaiasd 140119102451-phpapp02
Maisde120anosdesacudiduranaiasd 140119102451-phpapp02Maisde120anosdesacudiduranaiasd 140119102451-phpapp02
Maisde120anosdesacudiduranaiasd 140119102451-phpapp02
 
Iluminados Pelo Espírito Santo
Iluminados Pelo Espírito SantoIluminados Pelo Espírito Santo
Iluminados Pelo Espírito Santo
 
W. nee-a-salvação-da-alma
W. nee-a-salvação-da-almaW. nee-a-salvação-da-alma
W. nee-a-salvação-da-alma
 
A chuva têmpora e a chuva serôdia
A chuva têmpora e a chuva serôdiaA chuva têmpora e a chuva serôdia
A chuva têmpora e a chuva serôdia
 

Más de Diego Fortunatto

Notificação escolas-atualizada
Notificação escolas-atualizadaNotificação escolas-atualizada
Notificação escolas-atualizadaDiego Fortunatto
 
13 a mulher e a besta cor de escarlata
13   a mulher e a besta cor de escarlata13   a mulher e a besta cor de escarlata
13 a mulher e a besta cor de escarlataDiego Fortunatto
 
11 as últimas mensagens de deus e a ceifa
11   as últimas mensagens de deus e a ceifa11   as últimas mensagens de deus e a ceifa
11 as últimas mensagens de deus e a ceifaDiego Fortunatto
 
05 os selos e a obra do selamento
05   os selos e a obra do selamento05   os selos e a obra do selamento
05 os selos e a obra do selamentoDiego Fortunatto
 
04 as cartas às sete igrejas
04   as cartas às sete igrejas04   as cartas às sete igrejas
04 as cartas às sete igrejasDiego Fortunatto
 
03 a revelação de jesus cristo
03   a revelação de jesus cristo03   a revelação de jesus cristo
03 a revelação de jesus cristoDiego Fortunatto
 
15 as bodas do cordeiro e o conflito final
15   as bodas do cordeiro e o conflito final15   as bodas do cordeiro e o conflito final
15 as bodas do cordeiro e o conflito finalDiego Fortunatto
 
14 a queda da grande babilônia
14   a queda da grande babilônia14   a queda da grande babilônia
14 a queda da grande babilôniaDiego Fortunatto
 
12 as sete últimas pragas
12   as sete últimas pragas12   as sete últimas pragas
12 as sete últimas pragasDiego Fortunatto
 
10 o leopardo e a besta de dois chifres
10   o leopardo e a besta de dois chifres10   o leopardo e a besta de dois chifres
10 o leopardo e a besta de dois chifresDiego Fortunatto
 
08 o templo e as duas testemunhas
08   o templo e as duas testemunhas08   o templo e as duas testemunhas
08 o templo e as duas testemunhasDiego Fortunatto
 
07 o anjo com o livro aberto
07   o anjo com o livro aberto07   o anjo com o livro aberto
07 o anjo com o livro abertoDiego Fortunatto
 
03 a revelação de jesus cristo
03   a revelação de jesus cristo03   a revelação de jesus cristo
03 a revelação de jesus cristoDiego Fortunatto
 
01 vista geral do livro do apocalipse
01   vista geral do livro do apocalipse01   vista geral do livro do apocalipse
01 vista geral do livro do apocalipseDiego Fortunatto
 

Más de Diego Fortunatto (20)

Notificação escolas-atualizada
Notificação escolas-atualizadaNotificação escolas-atualizada
Notificação escolas-atualizada
 
23 combatendo o inimigo
23 combatendo o inimigo23 combatendo o inimigo
23 combatendo o inimigo
 
13 a mulher e a besta cor de escarlata
13   a mulher e a besta cor de escarlata13   a mulher e a besta cor de escarlata
13 a mulher e a besta cor de escarlata
 
11 as últimas mensagens de deus e a ceifa
11   as últimas mensagens de deus e a ceifa11   as últimas mensagens de deus e a ceifa
11 as últimas mensagens de deus e a ceifa
 
05 os selos e a obra do selamento
05   os selos e a obra do selamento05   os selos e a obra do selamento
05 os selos e a obra do selamento
 
04 as cartas às sete igrejas
04   as cartas às sete igrejas04   as cartas às sete igrejas
04 as cartas às sete igrejas
 
03 a revelação de jesus cristo
03   a revelação de jesus cristo03   a revelação de jesus cristo
03 a revelação de jesus cristo
 
16 o milênio
16   o milênio16   o milênio
16 o milênio
 
15 as bodas do cordeiro e o conflito final
15   as bodas do cordeiro e o conflito final15   as bodas do cordeiro e o conflito final
15 as bodas do cordeiro e o conflito final
 
14 a queda da grande babilônia
14   a queda da grande babilônia14   a queda da grande babilônia
14 a queda da grande babilônia
 
12 as sete últimas pragas
12   as sete últimas pragas12   as sete últimas pragas
12 as sete últimas pragas
 
10 o leopardo e a besta de dois chifres
10   o leopardo e a besta de dois chifres10   o leopardo e a besta de dois chifres
10 o leopardo e a besta de dois chifres
 
09 a mulher e o dragão
09   a mulher e o dragão09   a mulher e o dragão
09 a mulher e o dragão
 
08 o templo e as duas testemunhas
08   o templo e as duas testemunhas08   o templo e as duas testemunhas
08 o templo e as duas testemunhas
 
07 o anjo com o livro aberto
07   o anjo com o livro aberto07   o anjo com o livro aberto
07 o anjo com o livro aberto
 
06 as sete trombetas
06   as sete trombetas06   as sete trombetas
06 as sete trombetas
 
03 a revelação de jesus cristo
03   a revelação de jesus cristo03   a revelação de jesus cristo
03 a revelação de jesus cristo
 
02 o estudo do apocalipse
02   o estudo do apocalipse02   o estudo do apocalipse
02 o estudo do apocalipse
 
01 vista geral do livro do apocalipse
01   vista geral do livro do apocalipse01   vista geral do livro do apocalipse
01 vista geral do livro do apocalipse
 
00 prefácio
00   prefácio00   prefácio
00 prefácio
 

O Selo Divino e a Purificação do Caráter

  • 1. O Selamento e os Selados Por Daniel F. Porto (RA, maio/1986) A obra de assinalamento descrita em Apocalipse 7 é uma obra especial que será levada a efeito também em um tempo especial. Atendendo a um procedimento didático deve-se considerar o assinalamento dividido em duas fases distintas. A primeira fase antecede ao tempo de angústia e deve ser considerada como fase geral do assinalamento. O selo não é nenhuma marca ou sinal visível, mas qualidades de caráter semelhantes às de Cristo. "O selo a ser fixado sobre os fiéis servos de Deus é 'o puro sinal da verdade', o 'sinal' de Sua 'aprovação'... Ele atesta 'semelhança a Cristo em caráter'.... Aqueles que são selados são servos de Deus, e o selo sobre eles é um atestado de Deus de que eles são, na verdade, Sua propriedade."1 /'Logo o povo de Deus será selado em suas testas. Não é nenhum selo ou marca que se possa ver, mas uma determinação (Settling into the truth) de permanecer ao lado da verdade, em ambos os sentidos: intelectual e espiritualmente de tal maneira que permanecerão inabaláveis."2 Com base nas citações feitas que atestam que o selo é semelhança com Cristo no que concerne às qualidades de caráter que levam os possuidores a permanecer inabaláveis ao lado da verdade, concluímos que o primeiro servo de Deus a ser assinalado para a eternidade foi o jovem Abel. Ele encabeça a lista dos verdadeiros adoradores que foram, através dos tempos, marcados pelo, "puro sinal da verdade", neles impresso pelo poder do Espírito Santo. Todos quantos escolheram permanecer ao lado de toda verdade não importando as circunstâncias e conseqüências, ao morrer, morreram selados para a vida eterna, e ao ressuscitar hão de ouvir dos lábios de seu Salvador as palavras: "Vinde, benditos de Meu Pai! Entrai na posse do reino que vos está preparado desde a fundação do mundo." S. Mat. 25:34. Todos quantos baixaram à sepultura, conservando essa semelhança com Cristo no caráter, desde Abel até a segunda vinda de Cristo, estão incluídos na fase do selamento geral e ressurgirão para a vida eterna. A segunda fase do selamento há de ter lugar nos últimos dias da história da Igreja de Deus--aqui neste mundo, intensificando-se com a decretação das leis dominicais, e culminando com o encerramento do tempo da graça. Esse aspecto da questão era muito claro para E. G. White, e ela assim se expressou: "Que estais fazendo, irmãos, na grande obra de preparação? Os que se estão unindo com o mundo, estão se amoldando ao modelo mundano, e preparando-se para o sinal da besta. Os que desconfiam do eu, que se humilham diante de Deus, e purificam a alma pela obediência à verdade, estão recebendo o molde divino, e preparando-se para receber
  • 2. na fronte o selo de Deus. Quando sair o decreto, e o selo for aplicado, seu caráter permanecerá puro e sem mácula para toda a eternidade."3 Essa fase, ou fase especial e final do selamento, é uma obra definitiva tanto fora como dentro da Igreja, e está diretamente relacionada com a "sacudidura". Tem caráter interno e externo em relação à Igreja, porque é nessa fase que o joio será separado do trigo, a escória do ouro, isso antes do fechamento da porta da graça. O período de assinalamento que se seguirá ao decreto dominical será curto: "O tempo do selamento é muito curto, e logo passará. Agora, enquanto os quatro anjos estão contendo os ventos, é o tempo de fazer firme a nossa vocação e eleição."4 Embora seja um período muito curto, será ele marcado por uma verdadeira agitação fora e dentro da Igreja. Fora, porque os que são sinceros, sob o efeito da chuva serôdia, tomarão posição ao lado da verdade, enquanto os que estão dentro da Igreja, professos guardadores do sábado, mas que se mantiveram ligados ao mundo e seus prazeres, não moldando seus caracteres pelo poder da verdade e não adquirindo semelhança de caráter com Cristo, serão lançados fora, arrojados pelos ventos da sacudidura. A Ellen G. White foi mostrado o seguinte quadro: "Diminuíra o número dos que faziam parte desse grupo. Ao serem sacudidos, alguns tinham sido arrojados fora do caminho. Os descuidosos e indiferentes, que não se uniam com os que prezavam suficientemente a vitória e a salvação, para por elas lutar e angustiar-se com perseverança, não as alcançaram e foram deixados atrás, em trevas, e seu lugar foi imediatamente preenchido pelos que aceitavam a verdade e a ela se filiavam. Anjos maus se lhes agrupavam ainda ao redor, mas sobre eles não tinham poder."5 Considerando que a observância do sábado representa o sinal de Deus que distingue o Seu povo, surge a pergunta: Por que muitos guardadores do sábado não serão selados? Há um outro selo além do sábado do 4? mandamento? Não, não há outro selo ou sinal. O que há são dois tipos de observadores da verdade. Um tipo são os professos adoradores do Deus vivo, grupo que pode ser definido como observadores de um sabatismo intelectual. Conhecem a doutrina, pregam-na com muita clareza e eloqüência, mas não a vivem em sua essência. Esse foi o conceito emitido por E. G. White quando assim se expressou a respeito do assunto: "nem todos os que professam guardar o sábado serão selados. Muitos há mesmo entre os que ensinam a verdade a outros, que não receberão na testa o selo de Deus. Tinham a luz da verdade, souberam a vontade de seu Mestre, compreenderam todos os pontos de nossa fé, mas não tiveram as obras correspondentes."6 Ser um sabatista, apenas fechando seu escritório, oficina ou loja no sábado e vir à igreja, e ser um verdadeiro adorador do Deus vivo, são duas coisas bem distintas. "Nenhum de nós jamais receberá o selo de Deus, enquanto o caráter tiver uma nódoa ou mácula sequer. Cumpre-nos remediar os defeitos de caráter, purificar de toda contaminação o templo da alma. Então a chuva serôdia cairá sobre nós, como caiu a têmpora sobre os discípulos no dia de Pentecostes."7 Mas é possível ao homem remediar os seus defeitos de caráter, purificar, de toda contaminação, o templo da alma? Não, não é possível. O homem é demasiadamente frágil, incapaz, conseqüentemente, de efetuar tal obra. Se assim é, quem receberá finalmente o selo da aprovação divina? Continua E. G. White: "Hoje é o tempo para atender-se à admoestação da Testemunha Verdadeira: 'Aconselho-te que de Mim compres ouro provado no fogo, para que te enriqueças; e vestidos brancos para que te
  • 3. vistas, e não apareça a vergonha da tua nudez; e que unjas os teus olhos com colírio para que vejas.' Apoc. 3:18."8 Ouro provado no fogo, vestidos brancos e colírio, eis as riquezas espirituais que Cristo oferece a todos quantos desejarem e que podem ser adquiridas sem dinheiro e sem preço. Esse ouro figurativo pode ser interpretado como se referindo à fé que opera pelo amor. "O ouro provado no fogo é a fé que opera por amor. Somente isto nos pode pôr em harmonia com Deus. Podemos ser ativos, e podemos executar muito trabalho; mas sem o amor, amor como o que há no coração de Cristo, jamais podemos ser contados na família celestial."9 Vestidos brancos devem ser compreendidos como simbolizando a justiça de Cristo, ou a pureza de caráter que o pecador deve adquirir. "Este vestido fiado nos teares do Céu não tem um fio de origem humana. Em sua humanidade, Cristo formou caráter perfeito, e oferece-nos esse caráter."10 "O colírio é aquela sabedoria e graça que nos habilitam a distinguir entre o mal e o bem, e perceber o pecado sob qualquer disfarce.... O colírio divino comunicará clareza ao entendimento. Cristo é o depositário de todas as graças. Ele diz: "Aconselho-te que de Mim compres."" Eis aí os produtos que o Mercador Celestial deseja comercializar gratuitamente com cada um de Seus filhos, únicos capazes de habilitá-los a purificar o caráter e receber o selo da aprovação de Deus, condição indispensável para manter-se em pé no dia da tormenta; passaporte que nos dará o direito de ingressarmos na cidade eterna pelas portas. Três Decretos Três decretos terão lugar dentro do curto período do selamento especial ou final: 1? Decreto Dominical. Esse marcará o início do assinalamento final. "Quando sair o decreto e o selo for aplicado", disse E. G. White. A esse decreto seguir-se-ão os seguintes acontecimentos: a) Alto clamor do 3? anjo — Proclamação que sucederá a chuva serôdia, por meio da qual a Igreja terminará a obra de evangelização. Cumprir- se-á a profecia de Apocalipse 18:1-4: A Terra será iluminada com a mensagem da vinda de Cristo e da justificação pela fé, e resultante obediência irrestrita dos mandamentos de Deus. Milhares se converterão, milagres serão realizados, ao tempo em que há de crescer a ira do dragão contra os remanescentes de Deus. (Apoc. 12:17.) "A medida que a terceira mensagem se avoluma e se torna alto clamor, e que a obra final é acompanhada de grande poder e glória, o fiel povo de Deus participa dessa glória. É a chuva serôdia que os vivifica e fortalece para passar pelo tempo de angústia. Seus rostos brilharão com a glória daquela luz que acompanha a mensagem do terceiro anjo."12 A igreja nasceu e se fortaleceu, habilitando-se para o avanço inicial, sob o poder da chuva têmpora derramada no dia de Pentecostes: Era o poder divino abrindo caminho para a semeadura e germinação do bendito grão: A chuva serôdia será o derramamento desse mesmo poder que há de derribar as barreiras da apostasia, promovendo o amadurecimento do precioso grão e o ajuntamento dos molhos para os celeiros eternos. "Assim como a 'chuva têmpora' foi dada no derramamento do Espírito Santo no início do evangelho, para efetuar a germinação da preciosa semente, a 'chuva serôdia' será dada em seu final para o amadurecimento da seara... A grande obra do evangelho não deverá encerrar-se com menor manifestação do poder de Deus do que a que assinalou o seu início. As profecias que se cumpriram no derramamento da chuva têmpora no início do evangelho, devem novamente cumprir-se na chuva
  • 4. serôdia, no final do mesmo. Eis aí 'os tempos de refrigério' que o apóstolo São Pedro esperava quando disse: 'Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, e, venham assim, os tempos de refrigério pela presença do Senhor, e envie Ele a Jesus Cristo' — (Atos 3:19 e 20)... Os doentes serão curados e sinais e maravilhas seguirão aos crentes."13 Essa gloriosa obra será cumprida imediatamente antes do derramamento das sete últimas pragas enquanto Cristo está no Santuário (curto período do assinalamento). Naquele tempo enquanto prossegue a obra de salvação (selamento do povo de Deus), a provação virá sobre a Terra e as nações encolerizar-se-ão, mas serão contidas para não impedir a obra do terceiro anjo (os ventos continuam sendo detidos pelos quatro anjos até que seja completada a obra do selamento — Apoc. 7:1-3). Naquele tempo a "chuva serôdia", ou o refrigério da presença do Senhor, virá, para dar poder ao alto clamor do terceiro anjo, e preparar os santos para permanecerem no período em que as sete últimas pragas serão derramadas.14 b) Sacudidura. Decretadas as leis dominicais, cada um por sua vez deverá tomar posição em favor da verdade ou contra ela; não haverá neutros. A lei de Deus e as leis dos homens serão projetadas diante da consciência de cada ser humano, cabendo a cada um tomar uma decisão irreversível, a qual o marcará com o sinal de Deus ou com o da besta. É a separação do falso e do verdadeiro, do joio e do trigo. Isso fará com que a Igreja seja sacudida em seus fundamentos. O sabatismo apenas intelectual ruirá por terra, mas os verdadeiros adoradores do Deus vivo permanecerão em pé, marcados pelo selo da verdade neles impresso pelo poder do Espírito Santo. Foi referindo-se a essa atitude de aceitação e rejeição da verdade que Jesus afirmou: "Então dois estarão no campo, um será tomado, e deixado o outro, duas estarão trabalhando num moinho, uma será tomada, e deixada a outra." S. Mat. 24:40 e 41. A sacudidura é uma obra de seleção. Cada um, individualmente, há de posicionar-se; e é essa posição, assumida contra ou a favor da verdade, que há de determinar se é o selo da verdade, da obediência, ou o selo da mentira, da desobediência, que será aplicado. Todos os falsos adoradores que estão dentro da Igreja não suportarão a prova e, em conseqüência, serão lançados fora. E todos os que são sinceros e que ainda estavam indecisos tomarão posição ao lado da verdade e unir-se-ão ao remanescente povo de Deus, ocupando os lugares vagos dentro da Igreja. "Começou a forte sacudidura e continuará, e todos os que não estiverem dispostos a assumir uma posição ousada e tenaz em prol da verdade, e a sacrificar-se por Deus e por Sua causa, serão joeirados.... Perguntei a significação da sacudidura que eu vira, e foi-me mostrado que era determinada pelo testemunho direto contido no conselho da Testemunha verdadeira à Igreja de Laodicéia. Isso produzirá efeito no coração daquele que o receber, e o levará a empunhar o estandarte e propagar a verdade direta. Alguns não suportarão esse testemunho direto. Levantar-se-ão contra ele, e isso é o que determinará a sacudidura entre o povo de Deus.... Os honestos, que tinham sido impedidos de ouvir a verdade, agora avidamente a ela aderiram. Fora-se todo o receio de seus parentes, e somente a verdade lhes parecia sublime. Haviam estado com fome e sede da verdade; esta lhes era mais querida e preciosa do que a vida. Perguntei o que havia operado esta grande mudança. Um anjo respondeu: 'Foi a chuva serôdia, o refrigério pela presença do Senhor, o alto clamor do terceiro anjo'."15
  • 5. c) Assinalamento dos fiéis. Já vimos que o assinalamento terá lugar logo após a decretação das leis dominicais, durante um curto período que se encerrará com o fechamento da porta da graça, período esse marcado pela sacudidura que há de purificar a Igreja preparando-a para o encontro com Jesus, visto que, quando se fechar a porta da graça, o joio deverá estar separado do trigo, a escória do ouro. Esse é o objetivo precípuo da sacudidura. Todos os fiéis estarão selados em suas testas. Por que na testa? Segundo comprovam os estudos científicos, o centro da consciência e razão humanas encontra-se localizado na parte anterior do cérebro em nível paralelo aos olhos. É aí nesse ponto que são tomadas as decisões segundo a consciência de cada um. O selo não é nenhum sinal visível, mas uma decisão irreversível ao lado da verdade. Ficar ao lado da verdade, ou não, é uma questão de consciência, e essa decisão é tomada no centro da consciência humana, localizado na parte anterior do cérebro, na testa, em outras palavras. 2? Decreto Fechando a Porta da Graça: Esse decreto é promulgado por Jesus Cristo ao encerrar Seu ministério sacerdotal no lugar santíssimo do santuário celestial. Esse decreto divino encontra-se em Apocalipse, e assim reza: "Continue o injusto fazendo injustiça, continue o imundo ainda sendo imundo; o justo continue na prática da justiça, e o santo continue a santificar-se." Apoc. 22:11. Comentando este texto, escreveu E. G. White: "Quando Jesus sair do santuário, os que são santos e justos serão santos e justos ainda; pois todos os seus pecados estarão apagados, e eles selados com o selo do Deus vivo. Mas aqueles que forem injustos e sujos, serão injustos e sujos ainda; pois não haverá então sacerdote no santuário para apresentar seus sacrifícios, confissões e orações perante o trono do Pai. Portanto o que se há de fazer para livrar as almas da tormenta vindoura da ira, deve ser feito antes [agora] que Jesus saia do lugar santíssimo do santuário celestial."16 3? Decreto de Morte. O terceiro e último decreto será promulgado depois do fechamento da .porta da graça e durante as pragas, que começarão a ser vertidas sobre a terra imediatamente após o fim do tempo de graça. Nessa altura dos acontecimentos o fiel povo de Deus estará refugiado nas montanhas e cavernas e milhares recolhidos nas prisões, acusados de serem as causas das tormentas e pragas que assolam a Terra. Julgados pelos tribunais, serão declarados culpados por rebeldia, pois não se submeteram às leis humanas, o que os levaria a violentar os ditames de sua consciência. Eles tomaram uma decisão irreversível ao lado da verdade e permanecem inabaláveis, arraigados a ela que lhes é mais preciosa que todos os tesouros da Terra. E então vem a sentença! Que sentença?"Vi que Deus preservara Seu povo, de maneira maravilhosa, durante o tempo de angústia. Como Jesus derramou Sua alma em agonia, no Jardim, eles hão de clamar e angustiar-se fervorosamente dia e noite, pedindo libertação. Sairá o decreto para que eles rejeitem o sábado do quarto mandamento e honrem o primeiro dia, ou morram."17 "Estas pragas enfureceram os ímpios contra os justos, pois pensavam que nós havíamos trazido os juízos divinos sobre eles, e que se pudessem livrar a Terra de nós, as pragas cessariam. Saiu um decreto para se matarem os santos, o que fez com que estes clamassem dia e noite por livramento. Esse foi o tempo da angústia de Jacó. Então todos os santos clamaram com angústia de espírito, e alcançaram livramento pela voz de Deus. Os cento e quarenta e quatro mil triunfaram."18
  • 6. O decreto de morte será promulgado, mas não executado, pois na hora aprazada para o extermínio, Deus manifestar-Se-á para salvar Seus filhos que mesmo em face à morte, preferiram selar sua sorte ao lado de Deus, honrando Sua sagrada lei, sobretudo o quarto mandamento, identidade do Deus criador e mantenedor de todas as coisas. "As hostes de Satanás e homens ímpios os rodearão, e exultarão sobre eles, pois parecerá não haver escape para eles. Em meio, porém, de sua orgia e triunfo, ouve-se ribombo após ribombo dos mais estrondosos trovões. Os céus se enegrecem, sendo iluminados apenas pela brilhante luz e a terrível glória do céu ao fazer Deus soar Sua voz desde Sua santa habitação. Abalam-se os fundamentos da Terra; os edifícios vacilam e caem em terrível fragor. 0 mar ferve como uma caldeira, e a Terra toda se acha em horrível comoção. Vira-se o cativeiro dos justos e, em suaves e solenes murmúrios, dizem uns aos outros: 'Somos libertados. É a voz de Deus'.... Satanás e seus anjos e os ímpios, que há pouco se regozijavam de que o povo de Deus se encontrasse no poder deles, para os destruírem da Terra, testemunham a glória conferida aos que honraram a Santa Lei de Deus. Contemplam os rostos dos justos iluminados e refletindo a imagem de Jesus. Os que estavam tão ansiosos de destruir os santos não podem resistir à glória que se manifesta sobre os libertados, e caem por terra como mortos. Satanás e os anjos maus fogem da presença dos santos glorificados. Desaparece para sempre, seu poder de os molestar."19 Terminou a batalha, a luta entre a verdade e a mentira. Ganha foi a vitória, e o povo de Deus está a salvo do outro lado do vale da sombra da morte. Os Assinalados Por uma questão de lógica, não se pode falar sobre Obra de assinalamento sem fazer menção aos assinalados. O verso 4 de Apocalipse 7 informa-nos que o apóstolo João ouviu o número dos assinalados, que era de cento e quarenta e quatro mil. Sobre a identidade dos cento e quarenta e quatro mil, muito se tem dito, havendo mesmo várias teorias em confronto. Não é nosso propósito demorar sobre o assunto, analisando cada ponto de vista, mesmo porque não é produtivo do ponto de vista espiritual saber quem são os cento e quarenta e quatro mil. O que é mais importante não é saber quem são eles mas, sim, o que são eles. Nossa preocupação primeira é exaltar as qualidades que os transformarão em um grupo especial que se destaca da multidão de salvos de todos os tempos. Vejamos alguns pontos relacionados com eles. 1. Receberão definitivamente o selo de aprovação de Deus após a decretação das leis dominicais, permanecendo seu caráter puro e sem mácula. 2. Não serão os únicos salvos pois além deles João contemplou uma multidão incontável (Apoc. 7:9). 3. É um grupo especial que terá privilégios também especiais. 4. Estarão no Monte de Sião com o Cordeiro e cantarão um cântico novo (Apoc. 14:1-3). 5. Seguem o "Cordeiro por onde quer que vá" (Apoc. 14:4). 6. Foram redimidos dentre os homens como primícias para Deus. 7. Em sua boca não se achou engano porque são irrepreensíveis diante de Deus (Apoc. 14:5). 8. Não foram encontrados contaminados com falsas doutrinas (mulheres). Com base nestes fatos inspirados, de saída, chegamos à seguinte conclusão: Os cento e quarenta e quatro mil, ao chegarem ao Céu, terão passado, todos eles, por uma experiência idêntica na Terra. E isto nos leva a crer que eles deverão estar vivendo na Terra ao mesmo tempo, numa mesma época definida e sob as mesmas circunstâncias.
  • 7. Primícias Para Deus e o Cordeiro "São os que foram redimidos dentre os homens, primícias para Deus e para o Cordeiro." Apoc. 14:4. Que são primícias? Qualquer bom dicionário nos informa que primícias são os primeiros frutos da lavoura, primeiras produções ou ainda primeiros efeitos de uma causa. Para o agricultor, as primícias são os primeiros frutos a amadurecerem em sua lavoura antes de a mesma estar preparada para a colheita total. No plano da salvação Cristo é chamado "as primícias" da grande ressurreição dos justos que ainda jazem na sepultura. Nesse sentido Ele é o primeiro ressurreto que encabeça a ressurreição geral dos santos, que ocorrerá por ocasião de Sua vinda. A Bíblia usa a expressão "primícias" referindo-se aos cristãos gerados pela palavra: "Segundo o Seu querer, Ele nos gerou pela palavra da verdade, para que fôssemos como primícias das Suas criaturas" S. Tiago 1:18. Assim são os cento e quarenta e quatro mil. Ao voltar o Salvador, para efetuar a colheita dos Santos, eles serão os primeiros frutos maduros visíveis que o divino Segador terá diante de Seus olhos. A Identidade dos 144.000 Sem entrar no mérito de outras teorias que existem tentando provar a identidade dos componentes do grupo dos cento e quarenta e quatro mil, tentaremos trazer à consideração algumas declarações da Bíblia e do Espírito de Profecia que nos parecem bem elucidativas. Voltando a Apocalipse 14, vimos que eles foram comprados, redimidos, ou ainda tirados dentre os vivos. Ora, se foram tirados dentre os vivos é claro que estavam vivos quando foram resgatados. Na resposta do Ancião dada ao apóstolo João há uma evidência bem clara quanto ao tempo em que estarão vivendo os cento e quarenta e quatro mil. Referindo-se ao grupo, o Ancião perguntou a João: "Um dos anciãos tomou a palavra, dizendo: Estes, que se vestem de vestiduras brancas, quem são e donde vieram? Respondi-Lhe: Meu Senhor, Tu o sabes. Ele, então, me disse: São estes os que vêm da grande tribulação, lavaram suas vestiduras, e as alvejaram no sangue do Cordeiro, razão por que se acham diante do trono de Deus e O servem de dia e de noite no Seu santuário; e Aquele que Se assenta no trono estenderá sobre eles o Seu tabernáculo. Jamais terão fome, nunca mais terão sede, não cairá sobre eles o sol, nem ardor algum, pois o Cordeiro que Se encontra no meio do trono os apascentará e os guiará para as fontes da água da vida. E Deus lhes enxugará dos olhos toda a lágrima" Apoc. 7:13-17. No texto supracitado há algumas assertivas esclarecedoras. /. _ Vieram "da grande tribulação". A tribulação aqui mencionada- é uma referência ao "tempo de angústia, qual nunca houve, desde que houve nação até àquele tempo", citado por Daniel na profecia do capítulo 12:1. É o mesmo tempo das sete últimas pragas, época em que estará vivendo o grupo cento e quarenta e quatro mil. 2. "Jamais terão fome, nunca mais terão sede, não cairá sobre eles o sol, nem ardor algum." Se nunca mais terão fome, sede e não sofrerão o calor solar, isso significa que passarão por essas calamidades que marcarão um período terrível. 3. "Vencedores da besta, da sua imagem e do número do seu nome, ... e entoavam o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro..." Apoc. 15:2 e 3. Comentando esse texto, escreveu Ellen G. White: "No mar cristalino diante do trono, naquele mar como que de vidro misturado com fogo — tão resplendente é ele pela glória de Deus — está reunida a multidão dos que 'saíram vitoriosos da besta, e da sua imagem, e do seu sinal, e do número do seu nome'. Apoc. 15:2. Com o Cordeiro, sobre o monte Sião, 'tendo harpas de Deus', estão os cento e quarenta e quatro mil que foram remidos dentre os homens; e ouve-se como o
  • 8. som de muitas águas, e de grande trovão, 'uma voz de harpistas, que tocavam com as suas harpas'. E cantavam um 'cântico novo diante do trono' — cântico que ninguém podia aprender senão os cento e quarenta e quatro mil. E o hino de Moisés e do Cordeiro — hino de livramento. Ninguém, a não ser os cento e quarenta e quatro mil, pode aprender aquele canto, pois é o de sua experiência — e nunca ninguém teve experiência semelhante. 'Estes são os que seguem o Cordeiro para onde quer que vai'. 'Estes, tendo sido trasladados da Terra, dentre os vivos, são tidos como as primícias para Deus e para o Cordeiro.' Apoc. 14:1-5; 15:3. 'Estes são os que vieram de grande tribulação' (Apoc. 7:14); passaram pelo tempo de angústia tal como nunca houve desde que houve nação; suportaram a aflição do tempo da angústia de Jacó; permaneceram sem intercessor durante o derramamento final dos juízos de Deus. Mas foram livres, pois 'lavaram os seus vestidos,, e os branquearam no sangue do Cordeiro'. 'Na sua boca não se achou engano; porque são irrepreensíveis' diante de Deus. 'Por isso estão diante do trono de Deus, e O servem de dia e de noite no Seu templo; e Aquele que está assentado sobre o trono os cobrirá com a Sua sombra.' Apoc. 7:15. Viram a Terra devastada pela fome e pestilência, o Sol com poder para abrasar os homens com grandes calores, e eles próprios suportaram o sofrimento, a fome e a sede. Mas, 'nunca mais terão fome, nunca mais terão sede; nem Sol nem calma alguma cairá sobre eles. Porque o Cordeiro que está no meio do trono os apascentará, e lhes servirá de guia para as fontes das águas da vida; e Deus limpará de seus olhos toda a lágrima'. Apoc. 7:16 e 17."' O trecho transcrito não deixa nenhuma dúvida quanto ao tempo em que estarão vivendo na Terra os cento e quarenta e quatro mil, ficando claro, tão claro como a luz meridiana, que estarão vivos após o fechamento da porta da graça. Suportarão, naquele tempo, a fome, a sede e o calor abrasador do Sol que, na quarta praga há de atingir os homens (Apoc. 16:8 e 9). Eles enfrentarão antes a ira do dragão, sofrendo os rigores da imposição do primeiro decreto impingindo as leis dominicais; mas sairão vitoriosos sobre a besta, sua imagem, seu sinal e o número de seu nome. Atravessarão o tempo de angústia que se seguirá ao fechamento da porta da graça sem um mediador ou intercessor. Em conseqüência, cantarão no mar de vidro üm cântico que ninguém, nem mesmo os anjos, pode aprender, pois é o cântico da libertação, o cântico de sua experiência, experiência essa jamais vivida por alguém antes deles. Sofrerão fome, sofrerão sede, sofrerão os rigores dos calores solares, verterão lágrimas, mas agora estão do outro lado do vale da sombra da morte, com o Cordeiro, livres da fome, da sede, do calor abrasador, da angústia e das lágrimas. É evidente que os cento e quarenta e quatro mil são os justos vivos (não ressuscitados) que estarão em pé por ocasião da vinda de Cristo no fim da sétima praga; foram tirados "dentre os vivos", o que é bem diferente de serem tirados dentre os mortos. Há aqueles que sustentam a tese de que haverá uma multidão de santos vivos por ocasião da vinda de Cristo, sendo, porém, os cento e quarenta e quatro mil, um grupo especial tirado dentre eles e que passaram por uma experiência especial, diferente da experiência dos demais. Com base no que há revelado no Espírito de Profecia e na própria Bíblia, todos os que entrarem no período de angústia após o fechamento da porta da graça, viverão a mesma e idêntica experiência. É verdade que muitos estarão encarcerados, outros, refugiados nas montanhas e nas cavernas, cercados pelos irados inimigos, mas, em essência, a experiência da fome, sede, calores, angústias e outros sofrimentos será a mesma. Todos foram proscritos, cifrados de rebeldes, culpados pelas calamidades das pragas que assolam a Terra, e em virtude disso, condenados à morte.
  • 9. Faremos a seguir, uma citação da pena inspirada que se nos afigura profundamente esclarecedora: "Logo ouvimos a voz de Deus semelhante a muitas águas, a qual nos anunciou o dia e a hora da vinda de Jesus. Os santos vivos, em número de 144.000, reconheceram e entenderam a voz, ao passo que os ímpios julgaram fosse um trovão, ou terremoto... Os 144.000 estavam todos selados e perfeitamente unidos. Em sua testa estava escrito: 'Deus, Nova Jerusalém', e tinham uma estrela gloriosa que continha o novo nome de, Jesus... Então a trombeta de prata de Jesus soou, ao descer Ele sobre a nuvem, envolto em labaredas de fogo. Olhou para as Sepulturas dos santos que dormiam, ergueu então os olhos e mãos aos céus, e exclamou: — 'Despertai! despertai! despertai, vós que dormis no pó, e levantai-vos!' Houve um forte terremoto. As sepulturas se abriram, e os mortos saíram revestidos de imortalidade. Os 144.000 clamaram — 'Aleluia!', quando reconheceram os amigos que deles tinham sido separados pela morte..."2 Dois Grupos Distintos Na citação acima, estão bem caracterizados dois grupos de salvos distintamente destacados. 1. Santos vivos. 2. Santos ressuscitados. De maneira idêntica, o apóstolo Paulo assim os viu: "Ora, ainda vos declaramos, por palavra do Senhor, isto: nós, os vivos, os que ficarmos até à vinda do Senhor, de modo algum precederemos os que dormem. Porquanto o Senhor mesmo, dada a Sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos para sempre com o Senhor." I Tess. 4:15-17. Em outro testemunho a senhora White confirma acreditar que os cento e quarenta e quatro mil são os assinalados no curto período precedente ao fechamento da porta da graça. "Não há nisto nada que não sustentemos ainda. Referências a nossas obras publicadas mostrarão nossa crença de que os vivos justos receberão o selo de Deus antes do fim da graça; também que eles fruirão honras especiais no reino de Deus."3 Os 144.000 hão de fruir honras especiais. Diante das declarações de Ellen G. White, destacando o tempo do assinalamento dos cento e quarenta e quatro mil, temos que concluir dizendo: os cento e quarenta e quatro mil são aqueles que estarão em pé por época da segunda vinda de Jesus; aqueles, pois, que não provarão a morte e que, ao fechar-se a porta da graça, estarão assinalados pela verdade, neles grafada pelo poder do Espírito, atravessando o tempo de angústia sem um intercessor. Essa foi a posição de pioneiros contemporâneos de Ellen G. White. Entre eles citaremos Uriah Smith: "Embora seja verdade, até certo ponto para todos os cristãos, que 'por muitas tribulações nos importa entrar no reino de Deus', isso é verdade, de um modo muito particular, relativamente aos 144.000. Eles passam através do grande tempo de angústia qual nunca houve, desde que houve nação (Dan. 12:1). Experimentam a ânsia mental do tempo de angústia de Jacó (Jer. 30:4-7) Estão sem mediador através das terríveis cenas das sete últimas pragas — dessas manifestações da não-misturada ira de Deus na Terra. Apocalipse, capítulos 15 e 16. Passam através do mais duro tempo de angústia que jamais o mundo conheceu, se bem que sejam libertados."4 "... Uma redenção dentre os homens, dentre os vivos, deve significar uma coisa diferente, e só pode significar uma coisa — a trasladação. Por isso os 144.000 são os santos vivos, que serão trasladados por altura da segunda vinda de Cristo."5 Seguramente surgirá a pergunta: Estarão vivos por ocasião da vinda de Cristo apenas 144.000 pessoas assinaladas para o reino de Deus? Há muita especulação em torno do
  • 10. número dos assinalados. Não é de nenhuma importância espiritual saber se são somente 144.000, e por que só 144.000, se é real ou simbólico esse número, etc. Não importa em nada se é real ou simbólico! É possível que seja simbólico, uma vez que o capítulo sete de Apocalipse é profundamente simbólico. As doze tribos ali apresentadas são apenas simbólicas, podendo ocorrer que o número 144.000 destacado dentre elas seja um número simbólico. O importante é que os assinalados foram identificados por um número não importando se esse número se refere a um grupo maior ou menor. O que importa verdadeiramente são as qualidades de caráter que os habilitaram para o reino de Deus. Nos dias de Ellen G. White havia muita discussão sobre o grupo dos 144.000, havendo três correntes de.pensamentos divergentes. Muito tempo se gastava em polêmicas infrutíferas. Para corrigir essa perda de tempo, escreveu a Sra. Ellen G. White: "Não é Sua vontade que entrem em discussão sobre questões que.não os ajudarão espiritualmente, como por exemplo essa de querer saber quem fará parte dos cento e quarenta e quatro mil."6 Conclusão Com base nesse conselho do Espírito de Profecia, a Igreja Adventista tem adotado uma posição, aliás, muito correta: não se preocupar com a questão — Quem são os cento e quarenta e quatro mil? Mas, preocupar-se em saber o que eles são, isto é, preocupar-se em saber quais as qualidades de caráter, as virtudes que os marcaram, transformando-os em um grupo especial, distinto da multidão de salvos de todos os tempos, e que acompanharão o Cordeiro por onde quer que for. Deles é dito que são verdadeiros (Apoc. 14:5). São verdadeiros porque amaram a verdade e nela se firmaram de tal maneira que se tornaram inabaláveis mesmo sob os horrores das provações quase ao ponto do desfalecimento. Permanecerão irrepreensíveis diante de Deus. Essas virtudes de caráter, todavia, não lhes foram dadas num passe de mágica. Todo e qualquer poder transformador emana da cruz do Calvário! Os cento e quarenta e quatro mil, bem como todos quantos hão de alcançar o Céu, fizeram da graça remidora de Cristo — justiça pela fé, sua única fortaleza. Transformados pelo poder remidor que emana da cruz, desconfiando constantemente do eu e confiando no Salvador, eles tornaram-se vencedores. Estudaram, entenderam e, mediante o assessoramento do Espírito Santo, viveram de maneira prática a fé que abraçaram. O fato de em sua boca não se encontrar engano, e ser irrepreensíveis diante de Deus, não significa que nunca erraram. Erraram, sim! Mas mediante o poder da graça de Cristo, eles venceram todos os defeitos de caráter. É com essas qualidades de caráter dos cento e quarenta e quatro mil que devemos preocupar-nos, buscando, mediante a fé, os poderes que vêm através da justiça de Cristo imputada e comunicada, a fim de corrigirmos os defeitos de caráter. Somente assim haveremos de nos tornar vitoriosos sobre a besta, seu nome e seu número, se nos for dada a oportunidade de enfrentarmos os terríveis dias preditos na profecia, pelos quais hão de passar os cento e quarenta e quatro mil. Ao ler essas linhas, embora tenhamos afirmado ser os cento e quarenta e quatro mil os justos vivos, ou aqueles que hão de encontrar-se com o Senhor sem haverem passado pela morte, não se preocupe demais com esse aspecto. Não se demore em saber quem são eles, mas demore-se, e demore-se com meditação profunda, em saber o que eles são. Lance mão dos poderes que emanam da cruz para o aperfeiçoamento de seu caráter até à semelhança do caráter de Cristo, fator esse que há de torná-lo vitorioso, candidato ao
  • 11. reino dos Céus. Se permanecermos fiéis aos princípios da verdade, batalhando as batalhas do Senhor, logo, muito logo, estaremos do outro lado do vale da sombra da morte, onde haveremos de trocar nossa cruz de espinhos por uma coroa de glória. "Sobre eles está a marca indelével de Deus. Deus pode alegar que o Seu próprio nome ali está escrito. Deus os circunda. Seu destino está escrito: 'DEUS, NOVA JERUSALÉM.' São a propriedade de Deus, a Sua possessão. Será este selo colocado sobre o que tem a mente impura, o profano, o adúltero, o homem que cobiça a mulher do próximo? Responda vossa alma à pergunta: Corresponde meu caráter às qualificações essenciais para que eu possa receber um passaporte para as mansões que Cristo preparou para os que para elas estão habilitados? A santidade deve estar gravada em nosso caráter."7 Lave as vestimentas de seu caráter no sangue do Cordeiro e você será, em conseqüência, um súdito do Seu reino! Referências: 1. S.D.A. Bible Commetuary, vol. 7, pág. 782. 2. E. G. White — Manuscrito 173-1902. 3. E. G. White — Testemunhos Seletos, vol. 2. págs. 70 e 71. 4. E. G. White — Primeiros Escritos, pág. 58. 5. Idem, pág. 271. 6. E. G. White — Testemunhos Seletos, vol. 2, pág. 68. 7. Idem, pág. 69. 8. Ibidem. 9. E. G. White — Parábolas de Jesus, pág. 158. 10. Idem, pág. 311. 11. E. G. White — Testemunhos Seletos, vol. 1. pág. 478. 12. Idem, pág. 131. 13. E. G. White — O Conflito dos Séculos, págs. 616, 617. 14. E. G. White — Primeiros Escritos, págs. 85. 86. 15. Idem. págs. 50, 270. 271. 16. Idem, pág. 48. 17. E. G. White — Testemunhos Seletos, vol. 1, pág. 131 • (grifo acrescentado) 18. E. G. White — Primeiros Escritos, págs. 36 e 37. 19. E. G. White — Testemunhos Seletos, vol. 1 págs. 131. 132.
  • 12. Referências: 1. E. G. White — O Grande Conflito, págs. 653 e 654. 2. E. G. White — Vida e Ensinos, págs. 58 e 59. 3. E. G. White — Mensagens Escolhidas, vol I. pág. 66. 4. Uriah Smith — 45 Profecias do Apocalipse, pág. 120. 5. Idem, pág. 260. 6. E. G. White — Manuscrito 26, 1901. 7. E. G. White — Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, pág. 446.