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DIEGO MENDES RODRIGUES
PLANO DE PROJETO PARA MIGRAÇÃO DE SERVIDORES
EMPRESARIAIS PARA COMPUTAÇÃO EM NUVEM
Trabalho apresentado ao curso MBA em
Gerenciamento de Projetos, Pós-Graduação lato
sensu, Nível de Especialização, do Programa
FGV Management da Fundação Getulio
Vargas, como pré-requisito para a obtenção do
Titulo de Especialista.
Edmarson Bacelar Mota
Coordenador Acadêmico Executivo
Ana Paula R. B. Arbache
Orientadora
São Paulo – SP
2016
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FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS
PROGRAMA FGV MANAGEMENT
MBA EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS
O Trabalho de Conclusão de Curso “Plano de Projeto para migração de servidores
empresariais para Computação em Nuvem” elaborado por Diego Mendes Rodrigues e
aprovado pela Coordenação Acadêmica, foi aceito como pré-requisito para a obtenção do
certificado do Curso de Pós-Graduação lato sensu MBA em Gerenciamento de Projetos, Nível
de Especialização, do Programa FGV Management.
São Paulo, 18 de Agosto de 2016.
Edmarson Bacelar Mota
Coordenador Acadêmico Executivo
Ana Paula R. B. Arbache
Orientadora
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TERMO DE COMPROMISSO
O aluno Diego Mendes Rodrigues, abaixo assinado, do curso de MBA em Gerenciamento de
Projetos, Turma GEEP45-Paulista do Programa FGV Management, realizado nas
dependências da instituição conveniada FGV-SP, no período de 09/08/2014 a 18/06/2016,
declara que o conteúdo do Trabalho de Conclusão de Curso intitulado “Plano de Projeto
para migração de servidores empresariais para Computação em Nuvem”, é autêntico e
original.
São Paulo, 18 de Agosto de 2016.
Diego Mendes Rodrigues
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Dedico esse trabalho aos meus pais Sergio e Regina, que sempre estiveram ao meu lado,
me apoiando incondicionalmente sempre quando necessário.
Minhas irmãs Natalia e Bruna, companheiras de todos os momentos,
me ajudaram emocionalmente na conclusão dessa missão.
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Agradecimentos
Aos professores da Fundação Getulio Vargas que transmitiram conhecimentos e ferramentas
de gerenciamento de projetos para o meu crescimento profissional.
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Resumo
A tecnologia da informação está dentro de um processo contínuo de transformação, que anda
cada vez mais rápido. Atualmente, as empresas estão colocando o foco cada vez mais em seus
clientes e negócios, desejando um ambiente computacional rápido, seguro e de baixo custo,
que atenda suas necessidades. Neste contexto, a aplicação da computação em nuvem para
hospedar os servidores e os aplicativos on-line, torna-se uma alternativa que está sendo cada
vez mais utilizada. Existem companhias que não estão prontas para utilizar a nuvem, seja por
ainda não conhecer esse tipo de serviço, ou por não possuir uma metodologia adequada de
implantação. Esse documento apresenta os conceitos da nuvem aos diversos mercados
brasileiros, além de disponibilizar um plano de projeto que viabiliza sua utilização e a
migração de servidores empresariais para a nuvem.
Palavras Chave: Plano de Projeto. Computação em Nuvem. PMBOK. PMI.
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Abstract
Information technology is in a continuous process of transformation which goes faster and
faster. Currently, companies are increasingly focusing on customers and business, demanding
a fast, safe and low cost computing environment, to meet their needs. In this context, the use
of cloud computing to host the servers and online applications is an alternative that has been
increasingly used. There are companies that are not ready to use the cloud, because they either
do not know this kind of service, or do not have an adequate methodology for its
implementation. This document presents the cloud concepts to various Brazilian markets, and
provides a project plan that enables its use and the migration of enterprise servers to the cloud.
Key Words: Project Plan. Cloud Computing. PMBOK. PMI.
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LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Rodadas de financiamento para empresas de SaaS nos últimos 6 anos....................14
Figura 2: SaaS M&A e Pública - Capitais levantados..............................................................15
Figura 3: Nuvem & SaaS - Financiamentos privados ..............................................................15
Figura 4: Capital investido em SaaS - Privado versus Público ................................................16
Figura 5: Componentes que formam a computação em nuvem ...............................................27
Figura 6: Software como Serviço - SaaS..................................................................................30
Figura 7: Plataforma como Serviço - PaaS...............................................................................31
Figura 8: Variação do esforço com o tempo em um projeto ....................................................40
Figura 9: O ciclo de vida do projeto subdividido em fases ou Grupos de Processo ................41
Figura 10: Fluxo com os 47 processos do PMBOK® Guide 5a
Edição...................................43
Figura 11: As dez áreas de conhecimento do gerenciamento de projetos................................44
Figura 12: Processos de Gerenciamento da Integração distribuídos ao longo das fases do
projeto...............................................................................................................................46
Figura 13: Ciclo de Mudanças do projeto ................................................................................50
Figura 14: Processos de Gerenciamento do Escopo distribuídos ao longo das fases do projeto
..........................................................................................................................................51
Figura 15: Processos de Gerenciamento do Tempo distribuídos ao longo das fases do projeto
..........................................................................................................................................56
Figura 16: Gráfico de Gantt......................................................................................................59
Figura 17: Exemplo simplificado de um diagrama de Rede ....................................................60
Figura 18: Gráfico de Marcos...................................................................................................61
Figura 19: Processos de Gerenciamento dos Custos distribuídos ao longo das fases do projeto
..........................................................................................................................................63
Figura 20: EAP como ferramenta para o cálculo do custo do projeto......................................64
Figura 21: Exemplo de visualização do orçamento..................................................................65
Figura 22: Exemplo de Cronograma de Desembolso de um projeto........................................66
Figura 23: Processos de Gerenciamento das Comunicações distribuídos ao longo das fases do
projeto...............................................................................................................................67
Figura 24: Processos de Gerenciamento dos Riscos distribuídos ao longo das fases do projeto
..........................................................................................................................................70
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Figura 25: Processos de Gerenciamento das Partes Interessadas distribuídos ao longo das
fases do projeto.................................................................................................................73
Figura 26: Diagrama de poder/interesse das partes interessadas..............................................74
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LISTA DE TABELAS
TABELA 1: Fatores impulsionadores ......................................................................................11
TABELA 2: Fatores inibidores.................................................................................................12
TABELA 3: Unidade de processamento de energia utilizado na virtualização e na
paravirtualização...............................................................................................................29
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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ANS Acordo de Níveis de Serviço
AWS Amazon Web Services
APIs Application Programming Interface, ou Interface de Programação de Aplicações
BIOS Basic Input/Output System, ou Sistema Básico de Entrada/Saída
CBS Cost Breakdown Structure
CDN Amazon CloudFront, ou Rede de entrega de conteúdo
CPU Central Processing Unit, ou Unidade central de processamento
DaaS Desktop as a Service, ou Desktop como Serviço
DBaaS DataBase as a Service, ou Banco de Dados como Serviço
DNS Domain Name System, ou Sistema de Nomes de Domínios
EAP Estrutura Analítica do Projeto
EC2 Amazon Elastic Compute Cloud
HD Hard Disk
IaaS Infrastructure as a Service, ou Infraestrutura como Serviço
IoT Internet of Things, ou Internet das Coisas
IP Internet Protocol
IPSec IP Security Protocol, ou Protocolo de Segurança IP
LAN Local Area Network
NoSQL Not Only SQL
Lock-in Risco de aprisionamento forçado
Log Processo de registro de eventos relevantes num sistema computacional
PaaS Plataform as a Service, ou Plataforma como Serviço
PC Personal Computer
PDA Personal Digital Assistant
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PERT Program Evaluation and Review Technique
PHP Personal Home Page
QoS Quality of Service, ou Qualidade de Serviço
RBS Risk Breakdown Structure
REST Representational State Transfer
S3 Simple Storage Service
SaaS Software as a Service, ou Software como Serviço
SDK Software Development Kit, ou Kit de Desenvolvimento de Software/Aplicativos
SDN Software Defined Networking, ou Redes Definidas por Software
SETI Search for Extraterrestrial Intelligence
SSH Secure Shell
SLA Service Level Agreement, ou Acordo de Nível de Serviço
SOAP Simple Object Access Protocol
SQS Queue Service
TAP Termo de Abertura do Projeto
TI Tecnologia da Informação
TV Televisão
WBS Work Breakdown Structure
Web Teia
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ..............................................................................................................10
1.1 Considerações iniciais.....................................................................................................10
1.2 Objetivos .........................................................................................................................17
1.3 Delimitação do Tema ......................................................................................................17
1.4 Justificativas....................................................................................................................17
1.5 Metodologia ....................................................................................................................18
1.6 Forma de Desenvolvimento do Trabalho........................................................................19
2 REFERENCIAL TEÓRICO ...........................................................................................20
3 CONCEITOS DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM ........................................................24
3.1 O que é uma Nuvem?......................................................................................................24
3.2 Provedores de Nuvens.....................................................................................................32
3.3 Segurança na Nuvem.......................................................................................................35
4 METODOLOGIA DE PESQUISA.................................................................................38
5 PLANO DE PROJETO PARA MIGRAÇÃO DE SERVIDORES EMPRESARIAIS
PARA A COMPUTAÇÃO EM NUVEM................................................................................39
5.1 Apresentação...................................................................................................................39
5.2 Gerenciamento da Integração..........................................................................................45
5.3 Gerenciamento do Escopo...............................................................................................50
5.4 Gerenciamento do Tempo...............................................................................................56
5.5 Gerenciamento dos Custos..............................................................................................62
5.6 Gerenciamento das Comunicações .................................................................................67
5.7 Gerenciamento dos Riscos ..............................................................................................70
5.8 Gerenciamento das Partes interessadas...........................................................................73
6 CONCLUSÕES...............................................................................................................76
7 DESDOBRAMENTOS DO ESTUDO ...........................................................................77
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .....................................................................................78
10
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1 INTRODUÇÃO
1.1 Considerações iniciais
No cenário atual, empresas de todos os segmentos e portes, estão se concentrando em
seus negócios, desta forma minimizando investimentos em áreas, como as relacionadas a
tecnologia. Uma maneira moderna de manter suas estratégias, seus projetos, seus planos de
negócios, dentre outras necessidades, com uma área de tecnologia moderna e bem estruturada,
está no uso de computação em nuvem (cloud computing).
A pesquisa de Future of Cloud Computing Survey (2016)1
é realizada anualmente pela
North Bridge, sendo iniciada em 2011 com 417 participantes, até sua edição atual, em 2015,
que contou com 952 colaboradores, sendo 65% (sessenta e cinco por cento) vendedores e
35% (trinta e cinco por cento) usuários. As respostas dessa pesquisa foram coletadas em 38
(trinta e oito) países distribuídos no mundo todo.
As nuvens computacionais podem ser divididas em 4 (quatro) modelos: públicas,
privadas, híbridas e comunitárias. Além disso, dentro destes modelos, existem também alguns
tipos distintos de implementação, dentre os quais pode-se destacar o Software como Serviço
(Software as a Service – SaaS), Plataforma como Serviço (Plataform as a Service - PaaS),
Infraestrutura como Serviço (Infrastructure as a Service - IaaS), Banco de Dados como
Serviço (Data Base as a Service - DBaaS), Redes Definidas por Software (Software Defined
Networking - SDN), dentre outras.
Ao observar os resultados das empresas participantes da pesquisa, entre 2011 e 2015,
sendo que o percentual de utilização dos modelos apresentados de nuvens estão em 47%
(quarenta e sete por cento) para híbridas, 34% (trinta e quatro por cento) para públicas e 19%
(dezenove por cento) nas privadas, foi notado:
• 43,3% de acréscimo nas nuvens públicas;
• 19,2% de acréscimo nas nuvens híbridas;
• 48,4% de decréscimo nas nuvens privadas.
1
Fonte virtual.
11
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Outro ponto interessante a se destacar, entre as pesquisas de 2014 e 2015, é que as
nuvens SaaS estão em 77% (setenta e sete por cento) das organizações, com um crescimento
de 9% (nove por cento). O tipo IaaS está em 67% (sessenta e sete por cento) das empresas,
com um crescimento de 19% (dezenove por cento) no último ano.
Analisando as receitas dos clientes associada aos serviços SaaS, PaaS e IaaS em 2015,
a pesquisa publica as seguintes valores:
• SaaS - $53B (bilhões de dólares);
• PaaS - $2,3B (bilhões de dólares);
• IaaS - $25B (bilhões de dólares).
Dentre os crescimentos de utilização, destacam-se os seguintes tipos:
• PaaS – 52% (cinquenta e dois por cento);
• DBaaS – 38% (trinta e oito por cento);
• SND – 25% (vinte e três por cento).
O crescimento do DBaaS nos próximos 2 (dois) anos é de 20% (vinte por cento).
Os fatores impulsionadores da utilização de computação em nuvem, comparando os
anos de 2011 e 2015 podem ser vistos na tabela seguinte.
TABELA 1: Fatores impulsionadores
2011 2015
Escalabilidade Escalabilidade
Custo Agilidade
Inovação Custo
Agilidade Inovação
Fonte: Future of Cloud Computing Study, 2016, North Bridge, tradução nossa.
De acordo com a pesquisa Future of Cloud Computing Survey (2016), fica claro que
os fatores escalabilidade e a agilidade são pontos chaves na implantação de computação em
12
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nuvem das principais empresas. Outro fato importante é que a inovação foi citada como fator
propulsor nos 5 (cinco) anos da pesquisa, expondo que explorar novos caminhos no ambiente
de Tecnologia da Informação (TI) tem direcionado os caminhos dessas áreas.
Embora a computação em nuvem venha crescendo de forma satisfatória nos últimos
anos, ainda existem pontos que trazem dificuldades para sua implantação dentro de alguns
cenários. Portanto, devemos demonstrar os fatores inibidores apresentados entre os anos de
2011 e 2015 na pesquisa Future of Cloud Computing Survey (2016).
TABELA 2: Fatores inibidores
2011 2015
Segurança Segurança
Interoperabilidade Regulamentação
Regulamentação Privacidade
Lock-in Lock-in
Confiabilidade Complexidade
Complexidade
Fonte: Future of Cloud Computing Study, 2016, North Bridge, tradução nossa.
Na atualidade, inibidores como segurança, regulamentação, privacidade e
complexidade já foram analisados e tratados pelos grandes provedores de serviços em nuvem
mundiais, como Amazon Web Services, Microsoft, Google, dentre outros. Estes mesmos
temas serão tratados ao longo deste documento. O lock-in, ou risco de aprisionamento
forçado, está acontecendo, pois cada provedor implementa seu próprio conjunto para Interface
de Programação de Aplicações (Application Programming Interface - API), muitas vezes seu
próprio banco de dados e seu próprio ambiente de programação. O resultado é que o usuário
pode ficar aprisionado na nuvem deste fornecedor, uma vez que o trabalho de mover suas
aplicações para outras nuvens não será simples nem de baixo valor.
13
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A redução dos custos de soluções nas nuvens vem sendo muito bem aceita dentro das
organizações. A pesquisa Future of Cloud Computing Survey (2016) aponta que os valores
caíram 3 (três) vezes, comparando os apresentados em 2015 contra os expostos em 2011.
Estes valores reforçam a viabilidade financeira da utilização de nuvens públicas e híbridas em
todo o planeta.
Embora os fatores inibidores venham sendo gerenciados, além de muitas vezes
reduzidos a taxas muito baixas, durante 2015, 38% (trinta e oito por cento) dos dados foram
movidos de nuvens públicas para nuvens privadas ou híbridas. Mas por que? Os responsáveis
pelas migrações destacam os seguintes pontos que influenciaram nessa tomada de decisão:
• 62% (sessenta e dois por cento) - privacidade;
• 56% (cinquenta e seis por cento) - controle;
• 52% (cinquenta e dois por cento) - custo;
• 52% (cinquenta e dois por cento) - velocidade.
Nesta análise, nota-se que o custo apontado anteriormente como um fator
impulsionador, aqui foi exposto como ponto que influenciou essa migração. A privacidade
estava entre os fatores inibidores da tabela anterior, o que realmente pode influenciar nesse
tipo de decisão. O controle das equipe de TI está muito relacionado com o lock-in, ou risco de
aprisionamento forçado, apresentado anteriormente. Por último devemos analisar a
velocidade, pois os recursos computacionais de uma nuvem pública, ou privada, podem ser
contratados ou configurados de acordo com as necessidades e disponibilidades financeiras da
organização contratante. Um fator que eleva a velocidade de uma aplicação em nuvem, para
um usuário de uma empresa, ao compararmos uma nuvem pública com uma privada, está que
nesta última, a velocidade de acesso ao serviço está relacionada com a velocidade de rede da
empresa, enquanto na outra, está relacionada com a velocidade da internet utilizada pela
empresa.
Ao analisar as perspectivas dos usuários finais, apresentadas na Future of Cloud
Computing Study (2016), destaca-se os seguintes pontos:
• Ainda existe uma divisão 50-50, comparando os relacionamentos ad hoc versos os que
fazem parte do plano estratégico;
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• Quanto menor o número de provedores de serviços de nuvens utilizados por uma
contratante, será melhor, pois atualmente 75% (setenta e cinco por cento) das empresas
utilizam menos que 10 fornecedores;
• 61% (sessenta e um por cento) das empresas que contratam PaaS utilizam apenas 1 (um)
fornecedor, 71% (setenta e um por cento) das empresas usuárias do SaaS fecham negócios
com mais de um fornecedor, enquanto os usuários de IaaS estão 50/50 entre um ou muitos
fornecedores;
• 45,9% (quarenta e cinco ponto nove por cento) optam por múltiplos fornecedores devido
às suas capacidades.
Observando as estratégias de venda dos fornecedores, expõem-se as seguintes
informações:
• Mais de 50% (cinquenta por cento) deles provê serviços de nuvens direto aos clientes
finais;
• 56% (cinquenta e seis por cento) deles espera que existam mais compras on-line nos
próximos 2 (dois) anos.
Ao analisar os investimentos nas nuvens, de acordo com a pesquisa Future of Cloud
Computing Survey (2016), os valores correspondentes a modalidade SaaS privada ultrapassam
$70M (setenta milhões de dólares), existindo um aumento dramático dos fundos de
investimento voltados a esse tipo de serviço nos últimos 6 (seis) anos.
Figura 1: Rodadas de financiamento para empresas de SaaS nos últimos 6 anos.
Fonte: Future of Cloud Computing Study, 2016, North Bridge, tradução nossa.
0	
5	
10	
15	
20	
25	
2010	 2011	 2012	 2013	 2014	 2015	
Número	de	transações	
Anos
15
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Figura 2: SaaS M&A e Pública - Capitais levantados.
Fonte: Future of Cloud Computing Study, 2016, North Bridge, tradução nossa.
Observando a figura anterior, obtêm-se o valor de $127,8B (cento e vinte e sete ponto
oito bilhões de dólares) em valores levantados pelas empresas fornecedoras de SaaS.
Figura 3: Nuvem & SaaS - Financiamentos privados
Fonte: Future of Cloud Computing Study, 2016, North Bridge, tradução nossa.
8369	
16067	
21985	
17005	
30118	
14978	
959	
970	
1990	
3581	
3971	
7789	
0	
5000	
10000	
15000	
20000	
25000	
30000	
35000	
40000	
2010	 2011	 2012	 2013	 2014	 2015	
Valores	de	$	em	milhões	
Anos	
M&A	 Públicas	
1,9	
3,2	
4,2	
4,8	
5,3	
7,8	
0	
1	
2	
3	
4	
5	
6	
7	
8	
9	
2010	 2011	 2012	 2013	 2014	 2015	
Valores	de	$	em	bilhões	
Anos	
323	
inves;dores	
386	
inves;dores	
417	
inves;dores	
334	inves;dores	
470	inves;dores	
203		
inves;dores
16
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Pode-se observar que o financiamento evoluiu 4 (quatro) vezes nos últimos 5 (cinco)
anos, enquanto o valor de cada investidor subiu 1,8 (um ponto oito) vezes nesses anos (2010:
$1,9B/203= $9,2M por investidor – 2015: $7,6B/470= $16,2M por investidor).
Figura 4: Capital investido em SaaS - Privado versus Público
Fonte: Future of Cloud Computing Study, 2016, North Bridge, tradução nossa.
Para finalizar os assuntos abordados nos parágrafos anteriores, pode-se realizar uma
introspecção relativa aos serviços de computação em nuvem e informações apresentadas:
• Nos últimos anos ocorreram mudanças radicais nas regras;
• A nova onda de oportunidades de dados e negócios só é possível na nuvem;
• Nuvem faz parte de cada novo produto e serviço oferecido atualmente;
• Como podemos gerenciar projetos para migrar a infraestrutura de TI das organizações
para as nuvens?
0	
1	
2	
3	
4	
5	
6	
7	
8	
9	
2010	 2011	 2012	 2013	 2014	 2015	
$	em	milhões	
Anos	
Financiamentos	privados	 Financiamentos	públicos
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1.2 Objetivos
Este trabalho tem como objetivo desenvolver um Plano de Projeto para migração de
servidores empresariais para a computação em Nuvem. Para isto, serão sistematizados os
conhecimentos relativos a computação em nuvem, para que analistas, gerentes e diretores
possam compreender essa tecnologia. Na sequencia serão aplicadas as melhores práticas em
Gerenciamentos de Projetos do PMBOK® (2013) no desenvolvimento do Plano de Projeto,
sendo que este irá aumentar a segurança de projetos de migrações de servidores empresarais,
devido à avaliação e transmissão de conhecimentos relativos ao escopo, tempo, custos, riscos,
privacidade e complexidade deste conhecimento. Ao final do trabalho, será avaliado a
relevância do uso deste método através do Plano de Projeto pelas empresas, na
implementação de seus projetos.
1.3 Delimitação do Tema
Plano de Projeto parcial, nas áreas de gerenciamento de escopo, tempo, custos,
comunicações, riscos e partes interessadas do PMBOK® (2013), com o foco na migração de
servidores empresariais para nuvem. O modelo de computação em nuvem para o qual o plano
de projeto será realizado é o Infraestrutura como Serviço (IaaS), sendo este o segundo modelo
mais utilizado atualmente pelas empresas que contratam serviços de cloud computing, de
acordo com a pesquisa Future of Cloud Computing Study, 2016.
1.4 Justificativas
No cotidiano das empresas do século XXI, a obtenção de resultados nos negócios
deixou de ser uma meta, tornando-se uma necessidade de cada colaborador. Eficiência,
estabilidade financeira e recursos tecnológicos fazem parte do dia a dia dessas organizações.
Presidentes, diretores e acionistas desejam a redução de custos de todas as áreas, embora o
rendimento das atividades não possa ser reduzido. Desta forma, simplificar o ambiente interno
18
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de tecnologia dessas empresas, reduzindo o custo dessa área, com uma maior estabilidade e
eficiência, mostra-se de grande importância nas companhias com visão para o futuro. Um
plano de projeto adequado para migração desse tipo de infraestrutura para a computação em
nuvem, será um aliado aos gerentes de projeto e gerentes de tecnologia da informação dessas
empresas.
1.5 Metodologia
Paradigma Qualitativo
Será criado um Plano de Projeto de acordo com as áreas do PMBOK® (2013) mais
relevantes aos profissionais que utilizam ou gerenciam servidores de tecnologia da
informação empresariais e/ou governamentais.
Serão coletadas informações não-probabilísticas através de pesquisas e estudos on-
line, para mapear as maiores resistências das empresas ao migrar servidores, além das áreas
mais relevantes para o desenvolvimento do Plano de Projeto. Será realizada uma interpretação
dos dados coletados empiricamente.
Tipo de Pesquisa
Fins: Metodológica, Explicativa.
Meios: Bibliográfica.
Instrumentos
Livros, artigos, pesquisas e conteúdos on-line em websites de tecnologia da
informação e fornecedores de soluções de computação em nuvem.
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1.6 Forma de Desenvolvimento do Trabalho
No capítulo 1 será realizada uma Introdução, onde será apresentado o assunto e o tema
deste trabalho. Neste capítulo será utilizada a pesquisa Future of Cloud Computing Survey
(2016) para apresentar as tendências da computação em nuvem, além dos pontos que auxiliam
e os que restringem a implantação desse tipo de tecnologia.
Nos capítulos 2, 3, 4 e 5, será realizado o desenvolvimento do material, sendo
divididos da seguinte forma:
• Capítulo 2 – Referencial teórico: Levantamento bibliográfico referente à: Computação em
nuvem; Migração de servidores para nuvem; Gestão de projetos; Plano de Projeto.
• Capítulo 3 – Conceitos da Computação em nuvem: Material explicando os conceitos e
fundamentos de computação em nuvem, incluindo temas como: O que é uma nuvem;
Diferença entre virtualização e nuvem; Aplicativos, Negócios e provedores de Nuvens;
Estratégias e Segurança nas nuvens.
• Capítulo 4 – Metodologia de Pesquisa: Metodologia de pesquisa deste estudo realizado
para desenvolver o Plano de Projeto, expondo: paradigma; tipo de pesquisa; instrumentos
utilizados.
• Capítulo 5 – Plano de Projeto: Plano de Projeto baseado no PMBOK® (2013) incluindo
ao menos as seguintes áreas: Gerenciamento da Integração; Gerenciamento de Escopo;
Gerenciamento do Tempo; Gerenciamento de Custos; Gerenciamento das Comunicações;
Gerenciamento dos Riscos; Gerenciamento das Partes Interessadas.
A Conclusão será realizada no capítulo 6, onde serão apresentadas as considerações
finais com foco em gestão de projetos, uma apresentação dos resultados, além de responder as
questões de estudo do objetivo deste documento.
No capítulo 7, serão apresentados os Desdobramentos do Estudo, onde será exposta a
forma de utilização do Plano de Projeto desenvolvido.
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2 REFERENCIAL TEÓRICO
O tema computação em nuvem está sendo cada vez mais pesquisado e publicado por
autores nacionais e internacionais. CHEE (2013) na publicação Cloud Computing –
Computação em Nuvem – Tecnologias e Estratégias Ubíquo, faz uma abordagem sobre os
conceitos e aplicações desse tipo. Pode-se destacar que na publicação de CHEEE (2013) são
abordadas as áreas como: O que é uma Nuvem; Grades; HPs e Nuvem; Virtualização;
Aplicativos; Provedores; Estratégias; Segurança e Futuro da Nuvem.
VELTE (2012) traz uma visão do mundo em serviços e aplicativos de empresas
baseadas na internet, além de explorar a cobertura de infraestrutura para nuvens, padrões,
segurança, migração, melhores práticas, dentre outros conceitos, no livro Computação em
Nuvem: Uma abordagem prática, VELTE (2012) também apresenta uma análise de uma
grande variedade de soluções oferecidas pelos principais fornecedores de computação em
nuvem que atuam no mercado.
Ao analisarmos os principais fornecedores de computação em nuvem da atualidade,
através do artigo on-line de CURTIS (2014)2
, da Computer Business Review, temos a seguinte
divisão por modalidade de serviço:
• Infraestrutura como Serviço (IaaS): Amazon Web Services e Microsoft Azure;
• Armazenamento (Storage): Google Drive e Box;
• Desktop como Serviço (DaaS): Citrix e WMware;
• Software como Serviço (SaaS): Salesforce.com e Insightly;
• Plataforma como Serviço (PaaS): Red Hat OpenShift e Heroku.
A Amazon Web Services (AWS)3
sempre está destacada entre um dos melhores
fornecedores de soluções para computação em nuvem, principalmente em IaaS. Em sua
homepage seus principais serviços são apresentados. Na sequencia seguem as opções em
destaque na AWS.
• Serviços de infraestrutura de nuvem (IaaS):
2
Fonte virtual.
3
Fonte virtual.
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o Computação: Servidores virtuais, Contêineres, Implantação de aplicativos Web 1-
Click, Funções de computação orientadas a eventos, Auto Scaling, Balanceamento de
carga;
o Armazenamento e entrega de conteúdo: Armazenamento de objetos, CDN,
Armazenamento em bloco, Armazenamento do sistema de arquivos, Armazenamento
de arquivos mortos, Transporte de dados, Armazenamento integrado;
o Banco de dados: Relacional, Migração do banco de dados, NoSQL, Armazenamento
em cache, Data Warehouse;
o Redes: Virtual Private Cloud, Conexões diretas, Balanceamento de carga, DNS.
• Serviços completos de plataforma na nuvem (PaaS):
o Análise: Hadoop, Pipelines de dados, Elasticsearch, Dados de streaming,
Aprendizagem de máquina, Inteligência de negócios, Data Warehouse;
o Aplicações empresariais: Virtualização de desktops, E-mail e calendário,
Compartilhamento e feedback de documentos;
o Serviços móveis: Desenvolvimento móvel, Gerenciamento de APIs, Identidade, Teste
de aplicativos, Mobile Analytics, Desenvolvimento, Notificações;
o Internet das Coisas: IoT.
• Serviços de produtividade e a eficiência operacional do desenvolvedor:
o Ferramentas de desenvolvedor: Gerenciamento de código fonte, Implantação de
código, Distribuição contínua;
o Ferramentas de gerenciamento: Monitoramento e logs, Modelos de recursos, Auditoria
de uso e recursos, Gerenciamento de recursos Dev/Ops, Catálogo de serviços,
Otimização de desempenho;
o Segurança e identidade: Controle de acesso, Gerenciamento de identidades, Avaliação
de segurança, Gerenciamento e armazenamento de chaves, Firewall de aplicativos da
web;
o Serviços de aplicações: Gerenciamento de APIs, Streaming de aplicativos, Pesquisa,
Transcodificação, E-mail, Notificações, Filas, Fluxo de trabalho.
A AWS disponibiliza uma série de conteúdos educacionais sobre computação em
nuvem, através de artigos e vídeos. Páginas do site de interesse aos novos usuários de cloud
computing são: O que é a computação em nuvem?, Centro de informações sobre economia,
Centro de arquitetura, Centro de segurança, Whitepapers, e Blog da AWS. Também estão
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disponíveis os seguintes Recursos e treinamentos: Desenvolvedores, Java na AWS, JavaScript
na AWS, Aplicativos móveis na AWS, PHP na AWS, Python na AWS, Ruby na AWS,
Windows e NET na AWS, SDKs e ferramentas, AWS Marketplace, Grupos de usuários,
Planos de suporte, Painel de integridade do serviço, Fóruns de discussão, Perguntas
frequentes, Documentação, Artigos e tutoriais, Programa de testes.
O estudo Future of Cloud Computing Study (2016) publicado entre 2011 e 2015 pela
North Bridge realiza uma análise do cenário atual dos usuários e fornecedores de soluções em
computação nas nuvens. A utilização de SaaS e IaaS nessas grandes empresas também é
demonstrado, inclusive o acréscimo e decréscimo desses serviços nos últimos anos. Os fatores
impulsionadores e inibidores da utilização de computação em nuvem entre 2011 e 2015 são
mapeados, demonstrando como os usuários finais enxergam essa tecnologia. Dentre as
considerações finais, o estudo aponta que a “Nuvem faz parte de cada novo produto e serviço
oferecido atualmente” na internet.
O PMBOK® (2013) é atualmente reconhecido como o padrão mundial para
gerenciamento de projetos, sendo este publicado pelo Project Management Institute. Este guia
explora os três conceitos centrais que são de grande importância para o gerenciamento de
projetos: ciclo de vida do projeto; o processo administrativo do projeto e as áreas do
conhecimento. Na edição de 2013, ou seja, a 5a
edição, existem dez áreas de conhecimento,
que são: o gerenciamento de escopo, o gerenciamento do tempo, o gerenciamento dos custos,
o gerenciamento da qualidade, o gerenciamento de recursos humanos, o gerenciamento das
comunicações, o gerenciamento de riscos, o gerenciamento de suprimentos (aquisição), o
gerenciamento da integração e o gerenciamento das partes interessadas (stakeholders). Estes
conhecimentos serão utilizados durante o desenvolvimento do “Plano de Projeto para
migração de servidores empresariais para a computação em Nuvem” que está sendo
desenvolvido.
Como auxilio do material para o desenvolvimento de um plano de projeto, será
utilizada a publicação de VIANA (2014), o Manual prático do plano de projeto: utilizando o
PMBOK® Guide. O livro é preenchido com documentos e modelos prontos para utilização no
planejamento e gerenciamento de projetos. VIANA (2014) explica as principais técnicas de
análise e modelagem de forma que esses documentos e modelos podem ser utilizados
efetivamente no gerenciamento de projetos. Ao longo do livro, um exemplo real e prático é
utilizado para explicar todas as questões relacionadas ao gerenciamento do projeto, incluindo
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escopo, tempo, custos, qualidade, recursos humanos, comunicações, aquisições e partes
interessadas. Estas informações, junto ao conhecimento de computação em nuvem, são
importantes para o Plano de Projeto para migração de servidores empresariais para a
computação em Nuvem.
A migração de dados e serviços para a nuvem é abordada no livro de VELTE (2012),
no capítulo Migrando para a Nuvem. Os principais tópicos abordados pelo autor nesta áreas
são: Serviços de Nuvem para Pessoas Físicas, Serviços de Nuvem Visando o Mercado Médio,
Ofertas de Nuvem Enterprise-Class e Migração.
Outra publicação abordando a migração, a dissertação de pós-graduação do Instituto
De Educação Tecnológica, Belo Horizonte, de SANTOS (2010), denominada Computação
em nuvem: Conceitos e Perspectivas, expõe uma metodologia para esse atividade nos
fornecedores de computação em nuvem como, Microsoft, Salesforce, Skytap, HP, IBM,
Amazon e Google. Embora o capítulo Migrando para um ambiente de computação em nuvem
seja importante para este documento, outras partes da dissertação, como Preparando o
ambiente para computação em nuvem, Computação em nuvem no ambiente corporativo e
Segurança, também merecem atenção do leitor.
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3 CONCEITOS DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM
3.1 O que é uma Nuvem?
Ao executar aplicativos que compartilham fotos com milhões de usuários móveis ou
fornecendo suporte a operações críticas de negócios, a "nuvem" oferece acesso rápido a
recursos de TI flexíveis e de baixo custo. Com a computação em nuvem, não é preciso
realizar grandes investimentos iniciais em hardware e perder tempo nas atividades de
manutenção e gerenciamento desse hardware. Ao invés disso, é possível provisionar
exatamente o tipo e tamanho corretos de recursos computacionais necessários para executar a
sua mais recente ideia ou operar o departamento de TI. O usuário final pode acessar quantos
recursos forem necessários, quase instantaneamente, e pagar apenas pelo que usa.
A computação em nuvem oferece uma forma simples de acessar servidores,
armazenamento, bancos de dados e um conjunto amplo de serviços de aplicativo pela Internet.
Os provedores de computação em nuvem, como a Amazon Web Services, Google, Microsoft,
IBM, Locaweb, dentre outros, adquirem e mantêm o hardware conectado à rede necessário
para esses serviços de aplicativo, enquanto o usuário provisiona e utiliza o que precisa através
de um aplicativo web.
De acordo com a Amazon Web Services (2016)4
, existem seis vantagens e benefícios
da computação em nuvem:
Substitua despesas de capital por despesas variáveis
Ao invés de investir substancialmente em datacenters e servidores antes de saber
como serão utilizados, você pode pagar apenas quando consumir recursos de
computação, e pagar apenas pela quantidade consumida.
Beneficie-se de economias massivas de escala
Ao utilizar a computação em nuvem, você pode alcançar um custo variável mais
baixo do que seria possível normalmente. Como a utilização de centenas de milhares
4
Fonte virtual. Amazon Web Services, 2016, disponível em: https://aws.amazon.com/pt/what-is-cloud-
computing.
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de clientes é agregada na nuvem, provedores como a Amazon Web Services
conseguem alcançar economias de escala maiores, o que se traduz em preços mais
baixos com pagamento conforme o uso.
Pare de adivinhar a capacidade
Elimine as suposições ao determinar sua necessidade de capacidade de
infraestrutura. Ao tomar uma decisão sobre a capacidade, antes da implementação
do aplicativo, você frequentemente lida com a ociosidade de recursos caros ou com
limites de capacidade. Com a computação em nuvem, esses problemas desaparecem.
Você pode acessar o quanto precisar, e escalonar para maior ou para menor
conforme necessário com apenas alguns minutos de antecedência.
Aumente a velocidade e agilidade
No ambiente de computação em nuvem, recursos adicionais de TI estão ao alcance
em apenas um clique, o que significa que o tempo necessário para disponibilizar
estes recursos aos desenvolvedores é reduzido de semanas para apenas minutos. Isso
resulta em um aumento dramático na agilidade da organização, pois o custo e tempo
necessários para experimentar e desenvolver é significantemente mais baixo.
Pare de gastar dinheiro com execução e manutenção de datacenters
Concentre-se em projetos que diferenciam sua empresa ao invés da infraestrutura. A
computação em nuvem permite que você se volte aos seus clientes, ao invés do
trabalho pesado de estruturar, empilhar e manter servidores ligados.
Torne-se global em minutos
Implante facilmente sua aplicação em várias regiões em todo o mundo com apenas
alguns cliques. Isso significa que você pode oferecer latência menor e uma
experiência melhor aos seus clientes de forma simples e por um custo mínimo.
(Amazon Web Services, 2016, https://aws.amazon.com/pt/what-is-cloud-computing/)
Neste documento, será utilizada a definição CHEE (2013) para o conceito de
computação em nuvem:
Computação em nuvem é um modelo de processamento de informação no qual
recursos de computação administrados de forma centralizada são oferecidos como
serviços, à medida que são demandados, através da rede para uma variedade de
aplicativos que permitem a interatividade com o usuário (CHEE, 2013, p.21).
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Embora algumas ideias já tenham sido apresentadas, antes de entrarmos na
computação em nuvem temos que entender sobre o que estamos falando. Inicialmente
devemos discutir conceitos fundamentais que formam a base de computação em nuvem,
depois entraremos em detalhes mais específicos. Ao longo do material, definiremos termos
usados nas discussões sobre cloud computing e veremos por que as mais variadas
organizações estão utilizando essa tecnologia em suas aplicações.
Serviços de Computador Tornam-se Abstratos
As interações e funções de sistemas computacionais com outros sistemas podem ser
analisados como um conjunto de blocos de montar. Um arquiteto de sistemas, quando inicia
seu trabalho de uma determinada aplicação, utiliza uma série de blocos, de diversas cores,
onde cada cor representa uma funcionalidade ou processo da solução. Os blocos de cores
distintas vão sendo unidos, formando uma aplicação estável e coesa, de acordo com as
necessidades especificadas pelo escopo do projeto. Utilizando o mesmo raciocínio, teremos o
conceito de uma camada de abstração: “[...] proporciona uma maneira de conectar dois
sistemas sem mudar radicalmente nenhum deles [...]” (CHEE, 2013, p.21).
Desta forma, a abstração torna-se um conceito fundamental para o entendimento de
computação em nuvem, já que ela nos permite imaginar um serviço particular, sem pensar em
que componente de hardware será utilizado. Podemos contratar serviços com uma quantidade
de CPU, uma determinada memória, um espaço de armazenamento, um sistema operacional,
atendendo uma necessidade de projeto, onde não saberemos onde, ou que que servidores, esse
serviço contratado através de um serviço Cloud IaaS foi adquirido.
Componentes da Computação em Nuvem
De uma forma simples, uma solução de computação em nuvem é composta de vários
elementos: clientes, datacenter e servidores distribuídos. Conforme as indicações da Figura 5,
estes componentes formam as três partes de uma solução de computação em nuvem.
Cada elemento tem uma finalidade, possuindo um papel específico em entregar um
aplicativo baseado em nuvem.
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Figura 5: Componentes que formam a computação em nuvem
Fonte: Criada pelo autor.
Clientes
Os clientes são em uma arquitetura de computação em nuvem (Computação em
Nuvem), exatamente o que eles são em uma simples, antiga rede local (LAN). São,
geralmente, os computadores que estão em sua mesa. Mas eles podem ser também laptops,
celulares, tablet PCs ou PDAs, todos com poderosos drivers para a computação em nuvem,
devido a sua mobilidade (VELTE, 2012, p.7).
Datacenter
O datacenter é um conjunto de servidores onde o aplicativo é armazenado. Poderia ser
um grande quarto no porão de seu edifício ou em um quarto cheio de servidores no outro lado
do mundo que você acessa através da Internet.
Uma tendência crescente no mundo de TI é a virtualização de servidores. Isto é, o
software pode ser instalado permitindo que vários servidores virtuais sejam usados. Desta
maneira, você pode ter meia dúzia de servidores virtuais funcionando em um servidor físico
(VELTE, 2012, p.7).
Servidores Distribuídos
Entretanto, os servidores não têm que estar alocados em um mesmo local.
Normalmente, os servidores estão em diferentes posições geográficas. Mas para você, usuário
da nuvem, estes servidores agem como se estivessem cantarolando um ao lado do outro.
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Isto permite ao prestador de serviços maior flexibilidade nas opções e na segurança.
Por exemplo, a Amazon possui uma solução de nuvem nos servidores no mundo inteiro. Se
algo acontecer em um local, causando uma falha, o serviço ainda poderá ser acessado através
de outro local. Também, se a nuvem precisa de mais hardware, não precisam jogar mais
servidores no cofre forte, eles podem adicioná-los em outro local e simplesmente torná-lo
parte da nuvem (VELTE, 2012, p.8).
Infraestrutura
A computação em nuvem não é um produto de uma utilidade apenas. A infraestrutura
pode ser implantada de várias maneiras diferentes. A infraestrutura dependerá do aplicativo e
como o provedor escolheu construir a solução da nuvem. Esta é uma das vantagens-chave
para utilizar a nuvem. Suas necessidades podem ser tão grandes que o número de servidores
exigidos pode exceder sua necessidade ou orçamento para funcionar localmente. Por outro
lado, você pode necessitar de pouca potência de processamento, assim você não precisa
comprar um servidor dedicado para realizar o trabalho. A nuvem atende ambas as
necessidades (VELTE, 2012, p.8).
Computação em Grade
A computação em grade é confundida frequentemente com a computação em nuvem,
porém, são completamente diferentes. A computação em grade aplica os recursos de vários
computadores em uma rede de trabalho em um único problema ao mesmo tempo. Isto é feito
geralmente para identificar um problema científico ou técnico.
Um exemplo conhecido disso é a busca para o projeto Search for Extraterrestrial
Intelligence (SEYI) @Home (2016). Neste projeto, pessoas do mundo inteiro permitem que o
projeto SEYI compartilhe os ciclos não utilizados de seus computadores na busca por sinais
da inteligência em milhares de horas de dados de rádio gravados.
A computação em grade necessita do uso de software que pode se dividir e então
enviar partes do programa aos milhares de computadores. Pode ser feito em todos os
computadores de uma empresa, ou pode ser feito como uma forma de colaboração pública
(VELTE, 2012, p.8).
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Virtualização Completa
A virtualização completa é uma técnica em que uma instalação completa de uma
máquina é rodada em outra. O resultado é um sistema no qual todo o software que roda no
servidor está dentro de uma máquina virtual.
Este tipo de implementação permite não somente que as aplicações originais
funcionem, mas que os diferentes sistemas operacionais também.
A virtualização é relevante à computação em nuvem porque é uma das maneiras em
que você acessará serviços na nuvem. Isto é, o datacenter remoto pode disponibilizar seus
serviços em um formato inteiramente virtualizado (VELTE, 2012, p.9).
Paravirtualização
A paravirtualização permite que várias operações de sistemas funcionem em um único
dispositivo de hardware ao mesmo tempo, mais eficientemente, utilizando recursos de
sistema, como processadores e memória.
Uma virtualização completa, o sistema inteiro é emulado (BIOS, drive e assim por
diante), mas na paravirtualização, seu módulo de gerenciamento opera com um sistema
operacional que foi ajustado para trabalhar em uma máquina virtual. A paravirtualização
geralmente funciona melhor do que o modelo de virtualização completa, simplesmente
porque, em uma implantação inteiramente virtualizada, todos os elementos devem ser
emulados (VELTE, 2012, p.10).
TABELA 3: Unidade de processamento de energia utilizado na virtualização e na
paravirtualização
Tipo de
virtualização
Instâncias de
Hóspedes
Despesas gerais
de virtulização
Necessidade de
processamento de sistema
Total
Virtualização
completa
5 10% (50% total) 10% (50% total) 100%
Paravirtualização 8 2% (16% total) 10% (50% total) 96%
Fonte: Computação em Nuvem: Uma abordagem prática, (2012, p.11).
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A paravirtualização permite também a melhor escalabilidade. Por exemplo, se uma
solução completa virtualizada exige 10% da utilização do processador, então cinco sistemas
poderiam funcionar em outro, antes que o desempenho chegue no máximo!
A paravirtualização exige somente 2% da utilização do processador, por exemplo, do
convidado e ainda deixa 10% do sistema operacional do convidado disponível. Isto está
ilustrado na Tabela 3.
Software Como Serviço
O Software como um Serviço (SaaS) é o modelo em que um aplicativo é oferecido
como um serviço aos clientes que o acessam através da Internet. Quando o software é
hospedado off-site, o cliente não precisa adquirir licença de uso ou de suporte. Por outro lado,
está fora do alcance do cliente quando o serviço de hospedagem decide mudar. A ideia é que
você usa o software fora da caixa e que não precisa fazer muitas mudanças ou solicitar a
integração a outros sistemas.
O provedor faz todo o processo e atualizações assim como mantém a infraestrutura
funcionando (VELTE, 2012, p.11).
Figura 6: Software como Serviço - SaaS
Fonte: Computação em Nuvem: Uma abordagem prática, (2012, p.12).
O SaaS difere das antigas distribuições de soluções de computação, uma vez que o
SaaS foi desenvolvido especificamente para uso de ferramentas da web, como o navegador.
Isto torna-os web-nativos. Foi construído também com um múltiplo back-end, que permite a
múltiplos clientes usarem o mesmo aplicativo.
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O SaaS oferece acesso à rede baseada em software disponível no mercado. Já que o
software é gerenciado em uma localização central, os clientes podem acessar seus aplicativos
sempre que o acesso à internet estiver disponível.
Plataforma como um serviço
Seguindo os passos do SaaS, a Plataforma como um Serviço (PaaS) é outro modelo de
aplicação. O PaaS fornece todos os recursos necessários para construir aplicativos e serviços
diretamente na internet, sem precisar baixar ou instalar software.
Figura 7: Plataforma como Serviço - PaaS
Fonte: Computação em Nuvem: Uma abordagem prática, (2012, p.14).
Os serviços PaaS incluem design de aplicativo, desenvolvimentos, testes, implantação
e hospedagem. Outros serviços incluem a colaboração em equipem integração de serviços
web, integração de banco de dados, segurança, escalabilidade, gerenciamento de
armazenamento, de estado de versão.
O PaaS pode ser utilizado por muitos usuários simultaneamente, ele foi projetado para
esse fim, e, geralmente, dispõe de instalações automáticas de simultaneidade, gerenciamento,
escalabilidade, fallover (redundância) e segurança.
O PaaS também apoia o desenvolvimento de interfaces web, como Simple Object
Access Protocol (SOAP) e Representational State Transfer (REST), que permitem a
construção de serviços múltiplos de web, às vezes chamado de marshups. As interfaces
também são capazes de acessar bases de dados e serviços de reutilização que estão dentro de
uma rede privada (VETEL, 2012, p.13).
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Insfraestrutura como Serviço
Neste modelo, a Insfraestrutura como Serviço (IaaS) você utiliza as máquinas
fornecedoras de cloud computing. Isto é, você utiliza o servidor virtualizado e executa o
software nele.
De maneira análoga aos modelos anteriores, neste modelo você contrata sua
infraestrutura como serviço, com uma vantagem muito interessante ao modelo tradicional,
que é a contratação de servidores virtuais (e outros dispositivos de infraestrutura) ao invés de
comprar servidores, roteadores, racks e outros hardwares. Aqui você é tarifado por alguns
fatores, como o número de servidores virtuais, quantidade de dados trafegados, dados
armazenados e outros itens, dependendo de como e com quem (fornecedor IaaS) você
trabalha. Neste caso, a Amazon EC2 e a Microsoft são fornecedores em destaque no mercado.
No IaaS, é utilizado o modelo pay-per-use, onde a cobrança é baseada no serviço e não em
produto, ou seja, se você precisa de 10 servidores para o próximo mês, você contrata a
utilização destes servidores por este período determinado e depois, simplesmente cancela a
utilização, exatamente como a compra de um serviço de TV a cabo ou um plano de serviço de
dados para seu celular.
De uma maneira bem simples, podemos dizer que os modelos SaaS, IaaS e PaaS em
cloud computing são substitutos para a infraestrutura tradicional com o diferencial do modelo
de comercialização, que, ao invés de licenciamento, utiliza um modelo baseado em
pagamento por utilização de recursos.
3.2 Provedores de Nuvens
Vale a pena ter um entendimento dos conceitos usados pelos principais provedores de
computação em nuvem, apoiando esse conhecimento em exemplos de serviços. Com essas
informações, você poderá combinar as soluções de nuvem oferecidas com a sua situação real
de TI.
Iremos analisar alguns serviços de nuvens oferecidos atualmente e o que eles
representam. Estes produtos e serviços não são a totalidade dos oferecidos no mercado,
embora representem boas alternativas disponíveis.
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Amazon
A Amazon, ou os Amazon Web Services (AWS), estão sempre na mídia digital, sendo
um dos principais fornecedores de computação em nuvem do mundo. Os AWS fornecem
serviços de hospedagem de máquina virtual (EC2), armazenamento (S3), banco de dados
(SimpleDB), fornecimento de conteúdo (Cloud Front) e Queue Service (SQS) para lidar com a
tráfego assíncrono de servidores. Toda essa magnitude fez com que os Amazon Web Services
abrissem caminho para uma nova indústria, ou pelo menos se tornaram um marca-passo que
todos os outros devem acompanhar.
Amazon S3
Simple Storage Service é simplesmente um sistema de armazenamento baseado na
Web que é extremamente simplificado e que disponibiliza enormes espaços de
armazenamento pelo valor que se escolhe pagar (CHEE, 2013, p. 121).
Ao planejar um armazenamento na nuvem não devemos esquecer que a largura de
banda não é gratuita. O primeiro mês de uso do S3 pode custar mais caro que os meses
adicionais, pois iremos realizar a migração dos HDs locais para o armazenamento virtual. A
Amazon afirma isso em sua página.
De acordo com a “Definição de preço de solicitações”, utilizando a região “América
do Sul (São Paulo)”, temos as seguintes definições de preços:
• Solicitações PUT, COPY, POST ou LIST: $0.007 por 1.000 solicitações;
• Solicitações GET e todas as outras: $0.0056 por 10.000 solicitações.
(Amazon Web Services, 2016, https://aws.amazon.com/pt/s3/pricing/)
Dentre as principais características do S3 podemos destacar:
• Replicação	entre	regiões;	
• Versionamento;	
• Gerenciamento	de	ciclo	de	vida;	
• Criptografia;	
• Gerenciamento	de	segurança	e	acesso;
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• Monitoramento	e	controles	de	custo;	
• Outros.	
Amazon EC2
A Elastic Cloud Compute da Amazon é uma combinação variada na qual imagens de
servidores virtuais podem ser ordenadas em um surpreendente arranjo de combinações de
sistemas operacionais, recursos de sistemas e, naturalmente, integração com o sistema
Amazon S3 de armazenamento. É possível optar por usar as imagens de máquinas prontas da
Amazon ou fazer o upload das suas próprias imagens de discos e fazer a geração do sistema
desde o zero. As opções são muitas, e é essa gama de opções que torna a EC2 útil para tantas
organizações diferentes (CHEE, 2013, p. 123).
A EC2 também proporciona dispersão geográfica dos seus recursos de computação e a
habilidade de mudar para qual servidor virtual são direcionados seus endereços Internet que
realmente estão apontados. Assim, por exemplo, seu grupo de TI pode ter dois ou mais
servidores idênticos rodando. Portanto, suponha que sejam aplicados upgrades de aplicativos
e um problema imprevisto trava sua máquina de produção. Em vez de ter que esperar que os
engenheiros da Amazon mudem seu endereço IP para o seu backup, seu grupo de TI pode
fazê-lo através do portal da conta (CHEE, 2013, p. 124).
O Contrato de Nível de Serviços da Amazon EC2 disponibiliza um SLA, ou seja, uma
confiabilidade em que o serviço estará no funcionando corretamente de 99,95% do tempo.
Traduzindo essa disponibilidade em tempo, ela garante que o serviço pode ficar, na máximo,
21,56 minutos fora de funcionamento em um mês (usando o mês com 30 dias).
De acordo com a “Definição de preço do Amazon EC2”, utilizando a região “América
do Sul (São Paulo)”, temos as seguintes definições de preços:
• Servidor m3.medium (1 vCPU, 3.75 Memória GiB, 1x4GB SSD, Linux): $0.095 por hora;
• Servidor m3.large (2 vCPU, 7.5 Memória GiB, 1x32GB SSD, Linux): $0.19 por hora;
• Servidor m3.xlarge (4 vCPU, 15 Memória GiB, 2x40GB SSD, Linux): $0.381 por hora;
• Servidor m3.2xlarge (8 vCPU, 30 Memória GiB, 2x80GB SSD, Linux): $0.761 por hora.
(Amazon Web Services, 2016, https://aws.amazon.com/pt/ec2/pricing/)
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Google
O Google App Engine se destina a separar o usuário dos problemas que dependem do
sistema operacional, além de fornecer um suporte nativo dos tipos Python e Java Virtual
Machine. O que torna isso mais significativo é que é possível alavancar uma enorme
quantidade de recursos livres disponíveis para qualquer um, e o usuário só será cobrado
quando seu site começar a exceder os limites de contras gratuitas. O download do kit de
desenvolvimento de software está disponível para Mac, Windows e Linux, e permite a
modelagem off-line, mesmo sem uma conta App Engine (CHEE, 2013, p. 127).
O sistema de desenvolvimento do Google fornece um ambiente de desenvolvimento
Web, integrado aos bancos de dados, Imaging API, Mail API e MemCache para lidar com
CDNs. Desta forma, o Google está fornecendo um ambiente de desenvolvimento que tem um
conjunto comum de ferramentas e recursos que por sua própria natureza forçam o código a ter
um maior nível de intercambialidade do que aquilo que você encontra em um sistema baseado
em uma máquina virtual, como o sistema da Amazon.
Microsoft
O Azure da Microsoft é, na realidade, parte de uma solução de nuvem múltipla, que
está rapidamente mudando de forma. Até o momento, não foi apresentado como sendo uma
“solução nuvem”, mas certamente consiste em um punhado de soluções que são muito
nebulosas em sua natureza. Somente o tempo dirá o que os analista irão decidir, mas é certo
que a Microsoft será um participante, mesmo que seja somente por seu domínio no mercado
de workstation e servidor (CHEE, 2013, p. 129).
3.3 Segurança na Nuvem
A segurança em computação na nuvem leva questões relacionadas à privacidade e
segurança das informações que residem nas nuvens. Apesar de inúmeras preocupações com o
assunto, o debate sobre os riscos na nuvem muitas vezes ignora a importância de criar planos
de contingência e Acordo de Níveis de Serviço (ANS), voltados a garantir confiabilidade e a
certeza de que os negócios não sofrerão grandes dificuldades no caso de um incidente.
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Os riscos referentes à segurança e privacidade das informações na nuvem, bem como a
portabilidade dos dados, costumam ser de alta criticidade. Além disso, quando as informações
críticas das empresas estão nas mãos de outras pessoas também pode refletir em menos
garantia do cumprimento das leis.
Na computação tradicional os usuários têm total controle sobre seus dados, processos e
seu computador. Por outro lado, na computação em nuvem todos os serviços e manutenção
dos dados são fornecidos por um fornecedor de nuvem. Neste contexto o cliente desconhece
quais processos estão em execução ou onde os dados estão armazenados, essa abstração de
atividades se deve justamente ao dinamismo inerente da nuvem. Sendo assim o cliente não
tem controle sobre todas as movimentações de seus dados na nuvem.
No serviço de computação em nuvem, torna-se difícil criar padrões a partir de
experiências adquiridas com a computação tradicional. Neste sentido, é necessário buscar
cada vez mais adoção das melhores práticas em segurança, para que as organizações possam
desfrutar dos benefícios da computação em nuvem.
Os serviços fornecidos pela nuvem computacional podem ser disponibilizados em
qualquer local físico de abrangência da mesma, ou utilizando componentes de infraestrutura
compatíveis com o ambiente do consumidor. A gerência de um grande número de serviços
(SaaS, PaaS, IaaS) e recursos físicos pode gerar um volume considerável de dados a ser
administrada de maneira centralizada, pois será necessário coletar, armazenar, analisar e
processar estes dados. Assim, a administração centralizada pode ser considerada impraticável,
e portanto faz-se necessário instanciar serviços de gerenciamento distribuídos e fracamente
acoplados.
Desta forma, é necessário a implantação de um modelo de gerenciamento seguro e
confiável. A implantação de mecanismos de autenticação robustos e esquemas de delegação
de direitos funcionando de maneira confiável são fundamentais para o correto gerenciamento
de identidades e para a prestação de serviços em nuvens computacionais.
MARCON (2016, p. 92) cita um modelo denominado CloudDataSec, a fim de prover a
segurança em Cloud Computing. Este modelo, conforme os autores, é composto das seguintes
camadas:
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• Análise de risco: estabelece e gerencia as avaliações de riscos sobre a terceirização de
serviços na nuvem, auxiliando na identificação das informações e serviços que devem
permanecer dentro dos limites da organização consumidora;
• Orientações de segurança: descreve as políticas e restrições legais relativas à privacidade
aplicáveis ao ambiente de computação em nuvem;
• Monitoração de qualidade de serviço (QoS): um acordo de nível de serviço (Service Level
Agreement – SLA) entre clientes e fornecedores especifica os níveis de exigência de
segurança e privacidade, além de garantir a segurança jurídica dos contratos sobre os
serviços;
• Criptografia dos dados e registros (logs): a criptografia visa proteger a confidencialidade e
integridade das informações, enquanto os registros fornecem um histórico completo das
atividades do usuário;
• Comunicação criptografada: nesta camada são utilizados os protocolos padronizados
como SSH, IPSec e suas implementações.
Para o autor, a aplicação do modelo CloudDataSec garante a aderência à e a proteção
das informações contra alguns ataques, como man-in-the-middle (ataque do intermediário).
Este modelo sugere três níveis de garantia de segurança, sumarizados abaixo. MARCON
(2016, p. 93) afirma que após uma análise de riscos, os seguintes níveis de segurança são
identificados:
• Nível Básico: para o desenvolvimento das páginas Web da empresa; não existem
informações sensíveis armazenadas no servidor Web de desenvolvimento.
• Nível Avançado: para hospedar o site da empresa. Não há restrição sobre o número de
máquinas virtuais na mesma máquina física (host), mas somente máquinas virtuais desse
domínio devem ser permitidas no mesmo host. No caso de um incidente de segurança, a
máquina virtual comprometida é movida para a quarentena, e uma imagem íntegra da
mesma é lançada, para propiciar alta disponibilidade ao serviço.
• Nível Premium: para hospedar uma loja on-line; neste caso, um vazamento de dados dos
usuários pode afetar a reputação da empresa. Em caso de incidente, o sistema é movido
para a quarentena para evitar o vazamento de informações. O serviço não é relançado
automaticamente, para evitar a repetição do ataque e a possibilidade de exposição de
dados pessoais.
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4 METODOLOGIA DE PESQUISA
Paradigma Qualitativo
Será criado um Plano de Projeto de acordo com as áreas do PMBOK® (2013) mais
relevantes aos profissionais que utilizam ou gerenciam servidores de tecnologia da
informação empresariais e/ou governamentais.
Serão coletadas informações não-probabilísticas através de um pesquisas e estudos on-
line, para mapear as maiores resistências das empresas ao migrar servidores, além das áreas
mais relevantes para o desenvolvimento do Plano de Projeto. Será realizada uma interpretação
dos dados coletados empiricamente.
Tipo de Pesquisa
Fins: Metodológica, Explicativa.
Meios: Bibliográfica.
Instrumentos
Livros, artigos, pesquisas e conteúdos on-line em websites de tecnologia da
informação e fornecedores de soluções de computação em nuvem.
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5 PLANO DE PROJETO PARA MIGRAÇÃO DE SERVIDORES EMPRESARIAIS
PARA A COMPUTAÇÃO EM NUVEM
5.1 Apresentação
O que é um projeto?
De acordo com VIANA (2014, p. 3), podemos descrever da seguinte forma:
Projeto é um empreendimento não repetitivo, caracterizado por uma sequência clara
e lógica de eventos, com início, meio e fim, que se destina a atingir um objetivo
claro e definido, sendo conduzido por pessoas dentro de parâmetros predefinidos de
tempo, custo, recursos envolvidos e qualidade.
Com essa definição, fica claro que o gerenciamento de projetos pode ser aplicado em
todas as áreas de conhecimento humano, como marketing, construção civil, pesquisa,
administração de empresas, além da computação em nuvem.
As principais características dos projetos são a temporariedade, a individualidade do
produto ou serviço a ser desenvolvido pelo projeto, a complexidade e a incerteza (VIANA,
2014, p. 3). Essas duas principais características estão relacionadas aos projetos para
migração de servidores empresariais para a computação em nuvem.
Ciclo de Vida de um Projeto
Como exposto por (VIANA, 2014, p. 9), o ciclo de vida possibilita que seja avaliada
uma série de similaridades que podem ser encontradas em todos os projetos, independente de
seu contexto, aplicabilidade ou área de atuação.
Conhecer as fases do ciclo de vida proporciona vários benefícios para quaisquer tipos
de projetos. Dentre eles, podem ser destacados os seguintes:
• a correta análise do ciclo de vida determina o que foi, ou não, feito pelo projeto;
• o ciclo de vida avalia como o projeto está progredindo até o momento;
• o ciclo de vida permite que seja indicado qual o ponto exato em que o projeto se encontra
no momento.
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Um dos principais aspectos a serem avaliados durante o ciclo de vida do projeto é o
nível de esforço. Entende-se por esforço a quantidade de pessoas envolvidas no projeto, o
dispêndio de trabalho e dinheiro com o projeto, as preocupações, as complicações, as horas-
extras etc.
O nível de esforço destinado ao projeto inicia-se em praticamente zero e vai crescendo
até atingir um máximo e, logo após esse ponto, reduz-se bruscamente até atingir o valor zero,
representante do término do projeto.
A localização do ponto máximo de esforço pode variar de projeto para projeto, mas
usualmente acontece no terço final da execução dos trabalhos.
Figura 8: Variação do esforço com o tempo em um projeto
Fonte: Manual prático do plano de projeto: utilizando o PMBOK® Guide, (2014, p. 10).
Os Grupos de Processos
VIANA (2014, p. 13) diz que os grupos de processos são as fases consideradas
genéricas dentro de um projeto. Cada projeto pode ser dividido em fases que dependem,
intimamente, da natureza do projeto.
Cada fase do projeto é caracterizada pela entrega, ou finalização, de um determinado
trabalho. Um fato importante é que toda entrega deve ser tangível e de fácil identificação,
como por exemplo um relatório confeccionado, um cronograma estabelecido ou um conjunto
de atividades realizado.
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O ciclo de vida de um projeto pode ser dividido em fases características, conforme
ilustrado na figura a seguir.
Figura 9: O ciclo de vida do projeto subdividido em fases ou Grupos de Processo
Fonte: Manual prático do plano de projeto: utilizando o PMBOK® Guide, (2014, p. 13).
Cada fase do projeto normalmente define:
• qual é o trabalho a ser realizado;
• quem deve estar envolvido (VIANA, 2014, p. 13).
VIANA (2014, p. 14) apresenta uma definição dessas 5 fases do projeto:
Iniciação – É a fase inicial do projeto, quando uma determinada necessidade é identificada e
transformada em um problema estruturado a ser resolvido por ele. Nessa fase, a missão
(justificativa ou caso de negócio) e o objetivo do projeto são definidos, os documentos iniciais
são confeccionados e as melhores estratégias são identificadas.
Planejamento – É a fase responsável por detalhar tudo aquilo que será realizado pelo
projeto, incluindo cronogramas, interdependências entre atividades, alocação dos recursos
envolvidos, análises de custos e etc., para que, no final dessa fase, ele esteja suficientemente
detalhado para ser executado sem dificuldades e imprevistos. Nessa fase, os planos de escopo,
tempo, custos, qualidade, recursos humanos, comunicações, riscos e aquisições são
desenvolvidos.
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Execução – É a fase que materializa tudo aquilo que foi planejado anteriormente,
Qualquer erro cometido nas fases anteriores fica evidente durante esta fase. Grande parte do
orçamento e do esforço do projeto é consumida nessa parte.
Monitoramento e Controle – É a fase que acontece paralelamente às demais fases do
projeto. Tem como objetivo acompanhar e controlar aquilo que está sendo realizado pelo
projeto, de modo a propor ações corretivas e preventivas no menor espaço de tempo possível
após a detecção da anormalidade. O objetivo do controle é comparar o status atual do projeto
com o status previsto pelo planejamento, tomando ações preventivas e corretivas em caso de
desvio.
Encerramento – É a fase quando a execução dos trabalhos é avaliada através de uma
auditoria interna ou externa (terceiros), os documentos do projeto são encerrados e todas as
falhas ocorridas durante o projeto são discutidas e analisadas para que erros similares não
ocorram em novos projetos. Muito conhecida como Fase de Aprendizado.
Durante o projeto, praticamente todas as fases são realizadas quase que
simultaneamente, em um ciclo dinâmico de ações.
Principais Áreas do Gerenciamento de Projetos
O PMBOK® (2013) fornece conceitos fundamentais de gerenciamento de projetos,
sendo que estes conhecimentos baseiam-se na contribuição de profissionais de todo o mundo.
Outro ponto importante é que as práticas abordadas nesse guia são aplicados na maioria dos
projetos, na maioria das vezes, e que há um consenso amplamente difundido sobre seu valor e
utilidade.
Além disso, o PMBOK® (2013) pretende fornecer uma terminologia e um glossário
comum, dentro da profissão e práticas de gerenciamento e execução de projetos, para a
linguagem oral e escrita. Neste guia, são abordados 47 processos divididos nas dez áreas de
conhecimentos, formando um fluxo de processos, como o descrito na figura a seguir:
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Figura 10: Fluxo com os 47 processos do PMBOK® Guide 5a
Edição
Fonte: Manual prático do plano de projeto: utilizando o PMBOK® Guide, (2014, p. 18).
As áreas do gerenciamento de projetos descrevem o gerenciamento de projetos em
termos de seus processos componentes. Esses processos podem ser organizados em dez
grupos integrados, como descrito na Figura 11. Cada um desses processos tem um
detalhamento específico e uma abrangência própria, porém está integrado, a todo momento,
com os demais, formando um todo único e organizado (VIANA, 2014, p. 21).
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Figura 11: As dez áreas de conhecimento do gerenciamento de projetos
Fonte: Manual prático do plano de projeto: utilizando o PMBOK® Guide, (2014, p. 22).
No Plano de Projeto Para Migração de Servidores Empresariais para a Computação
em Nuvem, apresentado neste documento, serão utilizadas sete áreas do gerenciamento de
projetos (Integração, Escopo, Tempo, Custos, Comunicações, Riscos e Partes Interessadas)
para organizar e gerenciar este tipo de projeto. VIANA (2014, p. 21) descreve essas sete áreas
como exposto na sequencia.
Gerenciamento da Integração – Área que engloba os processos requeridos para
assegurar que todos os elementos do projeto sejam adequadamente coordenados e integrados,
garantindo que o seu todo seja sempre beneficiado.
Gerenciamento do Escopo – Área que engloba os processos necessários para assegurar
que, no projeto, esteja incluído todo o trabalho requerido, e somente o trabalho requerido,
para concluí-lo de maneira bem-sucedida.
Gerenciamento do Tempo – Área que engloba os processos necessários para a
assegurar a conclusão do projeto no prazo previsto. É uma das áreas mais visíveis do
gerenciamento de projetos.
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Gerenciamento dos Custos – Área que engloba os processos requeridos para assegurar
que um projeto seja concluído de acordo com seu orçamento previsto.
Gerenciamento das Comunicações – Área que engloba os processos requeridos para assegurar
que as informações do projeto sejam adequadamente obtidas e disseminadas.
Gerenciamento dos Riscos – Área que visa planejar, identificar, qualificar, quantificar,
responder e monitorar os riscos do projeto.
Gerenciamento das Partes Interessadas – Área criada na 5a
Edição do guia que engloba
os processos requeridos para garantir que as partes interessadas no projeto (fornecedores,
equipe, patrocinador, comunicante etc.) sejam identificadas, avaliadas e estrategicamente
gerenciadas.
5.2 Gerenciamento da Integração
O processo de integração do projeto consistem em garantir que todas as demais áreas
estejam integradas em um todo único. Seu objetivo é estruturar todo o projeto de modo a
garantir que as necessidades dos envolvidos sejam atendidas ao projeto (VIANA, 2014, p.
23).
Deve-se então garantir que todas as necessidades da empresa que está realizando a
migração de servidores para computação em nuvem sejam atendidas, focando na usabilidade
dos sistemas existentes, em reduzir ao mínimo o tempo que que os aplicativos e servidores
atuais fiquem indisponíveis, além das necessidades da alta direção e dos patrocinadores do
projeto.
Os processos de gerenciamento da integração se decompõem da seguinte forma:
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Figura 12: Processos de Gerenciamento da Integração distribuídos ao longo das fases do
projeto
Fonte: Manual prático do plano de projeto: utilizando o PMBOK® Guide, (2014, p. 23).
O PMBOK® (2013) divide o gerenciamento da integração da seguinte forma:
• Desenvolver o termo de abertura do projeto (4.1);
• Desenvolver o plano de gerenciamento do projeto (4.2);
• Orientar e gerenciar o trabalho do projeto (4.3);
• Monitorar e controlar o trabalho do projeto (4.4);
• Realizar o controle integrado de mudanças (4.5);
• Encerrar o projeto ou fase (4.6).
5.2.1 Documentos do Gerenciamento da Integração para a Migração de Servidores para
as Nuvens
Deve-se garantir que os servidores empresariais sejam migrados de forma adequada
para a computação em nuvem, o que torna essencial que todas as partes do projeto estejam
integradas e estruturadas, atendendo as necessidades da empresa.
Os documentos descritos na sequencia precisam ser criados para que o projeto possa
ser planejado e executado de forma efetiva.
5.2.1.1 Termo de Abertura do Projeto (TAP)
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O Termo de Abertura do Projeto é o documento legal que reconhece a existência de
um projeto. Ele server como linha de base para o trabalho do gerente do projeto. Contém
diversas informações sobre o projeto, incluindo estimativas iniciais do prazo destinado,
recursos necessários e orçamento disponível (VIANA, 2014, p. 69).
Para o projeto destinado a migração de servidores empresariais para as nuvens, o
Termo de Abertura do Projeto costuma cobrir os seguintes aspectos:
• título do projeto;
• um resumo das condições que definem o projeto (introdução);
• justificativa do projeto de migração;
• nome do gerente do projeto e suas responsabilidades e autoridades;
• necessidades básicas do serviço a ser realizado;
• principais partes interessadas;
• descrição dos serviços do projeto;
• descrição dos servidores que serão migrados;
• cronograma básico do projeto de migração;
• estimativas iniciais de custos;
• necessidades iniciais de recursos;
• necessidade de suporte pela organização que implementa o projeto;
• premissas;
• restrições;
• controle de gerenciamento das informações do projeto;
• aprovações com assinatura do executivo responsável pelo documento (não é o gerente do
projeto).
5.2.1.2 Plano de Gerenciamento do Projeto
O plano de gerenciamento do projeto é o documento que descreve os procedimentos a
serem conduzidos durante a sua execução. É o alicerce de toda a execução. Nele estão
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contidos todos os planos secundários, cronogramas, aspectos técnicos etc (VIANA, 2014, p.
70).
O plano de gerenciamento do projeto de servidores empresariais para migração para a
nuvem deve conter:
• a visão geral dos objetivos, metas e escopo do projeto de migração de uma maneira
resumida e macro para atender aos altos executivos do projeto;
• o objetivo detalhado do projeto para atender ao gerente do projeto e ao time do projeto;
• o nome e as responsabilidades do gerente e do time principal do projeto (matriz de
responsabilidades);
• o organograma do projeto;
• estudo técnico da solução a ser adotada no projeto de migração;
• Estrutura Analítica do Projeto (EAP);
• cronogramas;
• principais marcos com suas datas;
• utilização de recursos pelo projeto (relatório com as funções);
• orçamento e fluxo de caixa;
• potenciais obstáculos a serem enfrentados durante a migração dos servidores com as
possíveis soluções;
• planos de áreas de conhecimento (também considerados planos auxiliares):
o Plano de Gerenciamento do Escopo;
o Plano de Gerenciamento do Cronograma;
o Plano de Gerenciamento dos Custos;
o Plano de Gerenciamento das Comunicações;
o Plano de Gerenciamento dos Riscos;
o Plano de Gerenciamento das Partes Interessadas.
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5.2.1.3 Sistema de Controle Integrado de Mudanças
O Sistema de Controle Integrado de Mudanças é o documento que descreve todos os
processos relacionados às mudanças no projeto, sejam elas mudanças de escopo, prazo ou
custos (VIANA, 2014, p. 71).
Ele tem como objetivo assegurar que as mudanças foram devidamente avaliadas antes
de serem aprovadas, rejeitadas ou alteradas. Usualmente o controle integrado de mudanças é
representado através de um processo contendo regras, fluxogramas, dentre outros (VIANA,
2014, p. 71).
Consistência entre os planos e as expectativas
O Controle de Mudanças pode não ser tratado adequadamente na grande maioria dos
projetos, mas em projetos de migrações de servidores para a nuvem isso não deve acontecer.
É impressionante como os erros costumam se repetir, em muitas empresas, projeto após
projeto. O mais curioso é que o processo “4.5. Realizar o Controle Integrado Mudanças” é um
dos primeiros do PMBOK® (2013), na área de Integração, que mantém unidos todos os
aspectos do projeto.
Como fazer o Gerenciamento de Mudanças?
A mudança deve sempre seguir o ciclo formal de aprovação e comunicação, conforme
a Figura 13.
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Figura 13: Ciclo de Mudanças do projeto.
Fonte: Gestão de projetos na Prática.
Segue a explicação de cada etapa do ciclo de mudanças do projeto:
• Solicitar Mudança – Preencher uma solicitação formal de mudança, explicando
detalhadamente o que se deseja alterar no escopo do serviço;
• Avaliar impacto no projeto – Avaliar os impactos técnicos e gerenciais (prazos, custos,
riscos etc);
• Aprovar / Reprovar – Nem toda mudança é aprovada, às vezes ela simplesmente não é
factível; Um comitê de controle de mudanças deve ser estabelecido para analisar e
deliberar sobre a aprovação ou não;
• Replanejar projeto – O projeto deve ser replanejado incluindo a mudança aprovada;
• Informar stakeholders – Todas as partes interessadas (stakeholders) devem ser
formalmente informados sobre a mudança e seus impactos;
• Executar – Só então deve-se executar a mudança.
5.3 Gerenciamento do Escopo
O gerenciamento do escopo tem como objetivo principal definir e controlar os
trabalhos e serem realizados pelo projeto de modo a garantir que o produto, ou serviço,
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desejado seja obtido através da menor quantidade de trabalho possível, sem abandonar
nenhuma premissa estabelecida pelo objetivo do projeto (VIANA, 2014, p. 27).
É importante que os sistemas e servidores que serão migrados para a computação em
nuvem sejam bem conhecidos, incluindo a quantidade de dados que precisarão ser migrados,
além do nível de importância de cada aplicativo ao cliente final. Caso seja necessário manter
uma redundância de servidores, ou seja, manter o atual durante os primeiros dias em que o
servidor migrado funcione, esta necessidade deve ser incluída no escopo do projeto.
Os processos de gerenciamento do escopo se decompõem da seguinte forma:
Figura 14: Processos de Gerenciamento do Escopo distribuídos ao longo das fases do
projeto.
Fonte: Manual prático do plano de projeto: utilizando o PMBOK® Guide, (2014, p. 27).
O PMBOK® (2013) divide o gerenciamento de escopo da seguinte forma:
• Planejar o gerenciamento do escopo (5.1);
• Coletar os requisitos (5.2);
• Definir o escopo (5.3);
• Criar uma estrutura analítica do projeto (EAP) (5.4);
• Validar o escopo (5.5);
• Controlar o escopo (5.6).
5.1 Planejar o gerenciamento do escopo
5.2 Coletar os requisitos
5.3 Definir o escopo
5.4 Criar a estrutura analítica do projeto (EAP)
Processos de Planejamento
5.5 Validar o escopo
5.6 Controlar o escopo
Processos de Monitoramento e Controle
GERENCIAMENTO DO ESCOPO
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5.3.1 Documentos do Gerenciamento do Escopo para a Migração de Servidores para a
Computação em Nuvem
A correta definição do escopo do projeto de migração de servidores auxiliará na
execução correta desse conjunto de serviços. A criação da Estrutura Analítica do Projeto
(EAP) da forma mais completa possível, incluindo seu dicionário, apresenta o detalhamento
dos pacotes de trabalho do projeto como um todo, o que fortalece o gerente do projeto e sua
equipe na execução do projeto e nas tomadas de decisões.
5.3.1.1 Documentação dos Requisitos
É o documento que registra os requisitos necessários para atender às necessidades do
projeto. Ele pode ser construído a partir de requisitos de alto nível, sendo detalhado
progressivamente com o projeto (VIANA, 2014, p. 73).
O documento de requisitos do projeto de migração de servidores deve conter:
• título do projeto;
• nome da pessoa que elaborou o documento;
• descrição do projeto;
• objetivo do projeto;
• requisitos funcionais desejáveis (priorizados);
• requisitos não funcionais desejáveis (desempenho, segurança, confidencialidade, etc);
• configurações mínimas e configurações desejáveis dos servidores que serão migrados;
• critérios de aceitação do projeto;
• potenciais impactos do projeto de migração em outras áreas da empresa e em clientes
externos;
• registro de alterações do documento;
• aprovações.
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5.3.1.2 Especificação do Escopo do Projeto
A Especificação do Escopo (antiga Declaração do Escopo) é o documento que
formaliza o escopo de todos os trabalhos a serem desenvolvidos no projeto, servindo de base
para definir suas características limites. É importante ressaltar que em um projeto somente
existe uma única especificação do escopo. Muitas vezes, a diferença entre especificação
preliminar e especificação final do escopo está apenas no nível de detalhamento (VIANA,
2014, p. 74).
O escopo do projeto a ser utilizado para fins de planejamento e controle será sempre a
especificação final do escopo. Ao contrário do Termo de Abertura do Projeto, a especificação
do escopo pode ter dezenas de páginas com detalhes do projeto.
A Especificação do Escopo do Projeto para a migração de servidores para as nuvens,
deve conter as seguintes informações:
• título do projeto;
• nome da pessoa que elaborou o documento;
• nome do patrocinador;
• nome do gerente do projeto e suas responsabilidades e autoridades;
• organograma;
• nome dos integrantes da equipe do projeto;
• descrição do projeto;
• objetivos do projeto;
• justificativa do projeto;
• descrição dos serviços do projeto;
• descrição dos servidores que serão migrados;
• descrição dos fornecedores de computação em nuvem que serão utilizados;
• expectativa da empresa/patrocinador na migração no projeto como um todo;
• fatores de sucesso do projeto;
• restrições;
• premissas;
• limites do projeto;
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• Estrutura Analítica do Projeto (níveis superiores da estrutura);
• principais atividades do projeto;
• principais entregas dos serviços do projeto;
• orçamento do projeto;
• planos de entregas e marcos do projeto;
• riscos iniciais do projeto;
• requisitos de gerenciamento de configuração e de mudanças do projeto;
• registro de alterações do documento;
• aprovações.
5.3.1.3 Estrutura Analítica do Projeto (EAP)
A Estrutura Analítica do Projeto, também conhecida como WBS – Work Breakdown
Structure, é a ferramenta de gerenciamento do escopo do projeto. Cada nível descendente do
projeto representa um aumento no nível de detalhamento do projeto, como se fosse um
organograma (hierárquico) (VIANA, 2014, p. 75).
O detalhamento pode ser realizado até o nível desejado, apresentando dados genéricos
ou detalhados. O detalhamento mais usual é o pacote de trabalho (work package) (VIANA,
2014, p. 75).
Uma forma de apresentação da EAP muito utilizada é a analítica, onde a EAP
apresenta o escopo de todo o trabalho e todos os serviços do projeto, através de uma lista de
elementos recuados indicando os grupos de trabalho. Normalmente a lista de elementos vem
acompanhada de uma numeração. Esse formato é comum em softwares de gerenciamento de
projetos, como o Microsoft Project.
5.3.1.4 Dicionário da EAP
O dicionário da EAP é um conjunto de definições que descrevem cada pacote de
trabalho do projeto. Ele detalha o trabalho a ser realizado, bem como aspectos relacionados
55
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aos recursos, predecessores, sucessores, dentre outros. A linha de base do escopo do projeto
nada mais é do que o agrupamento da especificação do escopo, da EAP e do dicionário da
EAP (VIANA, 2014, p. 78).
No dicionário da EAP, devemos apresentar os seguintes elementos:
• nome e código do pacote de trabalho;
• responsável pelo pacote de trabalho;
• principais tarefas contidas no pacote de trabalho;
• recursos previstos para a realização do pacote de trabalho;
• prazo estimado para a execução das tarefas do pacote de trabalho;
• custo estimado para realizar o pacote de trabalho;
• predecessores do pacote de trabalho;
• sucessores do pacote de trabalho;
• riscos associados ao pacote;
• outras informações.
O dicionário da EAP costuma ser documentado através de uma tabela, onde as linhas
são os pacotes de trabalho e as colunas suas informações.
5.3.1.5 Plano de Gerenciamento do Escopo
O plano de gerenciamento do escopo é o documento que descreve os procedimentos
que serão utilizados para gerenciar todo o escopo do projeto. É basicamente a regra com que o
escopo será gerenciado pelo projeto (VIANA, 2014, p. 78).
Este plano de gerenciamento do escopo de migração de servidores deve conter:
• título do projeto;
• nome da pessoa que elaborou o documento;
• nome da pessoa responsável pelo plano;
• descritivo dos processos de gerenciamento do escopo da migração;
• gerenciamento da configuração;
• frequência de avaliação do escopo do projeto;
56
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• frequência de atualização do plano de gerenciamento do escopo;
• outros assuntos relacionados ao gerenciamento do escopo do projeto não previstos no
plano;
• registro de alterações do documento;
• aprovações.
5.4 Gerenciamento do Tempo
O gerenciamento do tempo, juntamente com o gerenciamento dos custos, são as mais
visíveis áreas do gerenciamento de projetos. A grande maioria das pessoas que se interessa
por projetos tem como objetivo inicial controlar prazos, confeccionar diagramas de redes etc
(VIANA, 2014, p. 31).
O principal objetivo dessa área é garantir que o projeto seja concluído dentro do
prazo determinado. Os processos de gerenciamento do escopo se decompõem da seguinte
forma:
Figura 15: Processos de Gerenciamento do Tempo distribuídos ao longo das fases do
projeto.
Fonte: Manual prático do plano de projeto: utilizando o PMBOK® Guide, (2014, p. 21).
O PMBOK® (2013) divide o gerenciamento do tempo da seguinte forma:
• Planejar o gerenciamento do cronograma (6.1);
• Definir as atividades (6.2);
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  • 2. Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional. Para ver uma cópia da licença, visite https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/. FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS PROGRAMA FGV MANAGEMENT MBA EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS O Trabalho de Conclusão de Curso “Plano de Projeto para migração de servidores empresariais para Computação em Nuvem” elaborado por Diego Mendes Rodrigues e aprovado pela Coordenação Acadêmica, foi aceito como pré-requisito para a obtenção do certificado do Curso de Pós-Graduação lato sensu MBA em Gerenciamento de Projetos, Nível de Especialização, do Programa FGV Management. São Paulo, 18 de Agosto de 2016. Edmarson Bacelar Mota Coordenador Acadêmico Executivo Ana Paula R. B. Arbache Orientadora
  • 3. Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional. Para ver uma cópia da licença, visite https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/. TERMO DE COMPROMISSO O aluno Diego Mendes Rodrigues, abaixo assinado, do curso de MBA em Gerenciamento de Projetos, Turma GEEP45-Paulista do Programa FGV Management, realizado nas dependências da instituição conveniada FGV-SP, no período de 09/08/2014 a 18/06/2016, declara que o conteúdo do Trabalho de Conclusão de Curso intitulado “Plano de Projeto para migração de servidores empresariais para Computação em Nuvem”, é autêntico e original. São Paulo, 18 de Agosto de 2016. Diego Mendes Rodrigues
  • 4. Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional. Para ver uma cópia da licença, visite https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/. Dedico esse trabalho aos meus pais Sergio e Regina, que sempre estiveram ao meu lado, me apoiando incondicionalmente sempre quando necessário. Minhas irmãs Natalia e Bruna, companheiras de todos os momentos, me ajudaram emocionalmente na conclusão dessa missão.
  • 5. Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional. Para ver uma cópia da licença, visite https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/. Agradecimentos Aos professores da Fundação Getulio Vargas que transmitiram conhecimentos e ferramentas de gerenciamento de projetos para o meu crescimento profissional.
  • 6. Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional. Para ver uma cópia da licença, visite https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/. Resumo A tecnologia da informação está dentro de um processo contínuo de transformação, que anda cada vez mais rápido. Atualmente, as empresas estão colocando o foco cada vez mais em seus clientes e negócios, desejando um ambiente computacional rápido, seguro e de baixo custo, que atenda suas necessidades. Neste contexto, a aplicação da computação em nuvem para hospedar os servidores e os aplicativos on-line, torna-se uma alternativa que está sendo cada vez mais utilizada. Existem companhias que não estão prontas para utilizar a nuvem, seja por ainda não conhecer esse tipo de serviço, ou por não possuir uma metodologia adequada de implantação. Esse documento apresenta os conceitos da nuvem aos diversos mercados brasileiros, além de disponibilizar um plano de projeto que viabiliza sua utilização e a migração de servidores empresariais para a nuvem. Palavras Chave: Plano de Projeto. Computação em Nuvem. PMBOK. PMI.
  • 7. Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional. Para ver uma cópia da licença, visite https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/. Abstract Information technology is in a continuous process of transformation which goes faster and faster. Currently, companies are increasingly focusing on customers and business, demanding a fast, safe and low cost computing environment, to meet their needs. In this context, the use of cloud computing to host the servers and online applications is an alternative that has been increasingly used. There are companies that are not ready to use the cloud, because they either do not know this kind of service, or do not have an adequate methodology for its implementation. This document presents the cloud concepts to various Brazilian markets, and provides a project plan that enables its use and the migration of enterprise servers to the cloud. Key Words: Project Plan. Cloud Computing. PMBOK. PMI.
  • 8. Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional. Para ver uma cópia da licença, visite https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/. LISTA DE FIGURAS Figura 1: Rodadas de financiamento para empresas de SaaS nos últimos 6 anos....................14 Figura 2: SaaS M&A e Pública - Capitais levantados..............................................................15 Figura 3: Nuvem & SaaS - Financiamentos privados ..............................................................15 Figura 4: Capital investido em SaaS - Privado versus Público ................................................16 Figura 5: Componentes que formam a computação em nuvem ...............................................27 Figura 6: Software como Serviço - SaaS..................................................................................30 Figura 7: Plataforma como Serviço - PaaS...............................................................................31 Figura 8: Variação do esforço com o tempo em um projeto ....................................................40 Figura 9: O ciclo de vida do projeto subdividido em fases ou Grupos de Processo ................41 Figura 10: Fluxo com os 47 processos do PMBOK® Guide 5a Edição...................................43 Figura 11: As dez áreas de conhecimento do gerenciamento de projetos................................44 Figura 12: Processos de Gerenciamento da Integração distribuídos ao longo das fases do projeto...............................................................................................................................46 Figura 13: Ciclo de Mudanças do projeto ................................................................................50 Figura 14: Processos de Gerenciamento do Escopo distribuídos ao longo das fases do projeto ..........................................................................................................................................51 Figura 15: Processos de Gerenciamento do Tempo distribuídos ao longo das fases do projeto ..........................................................................................................................................56 Figura 16: Gráfico de Gantt......................................................................................................59 Figura 17: Exemplo simplificado de um diagrama de Rede ....................................................60 Figura 18: Gráfico de Marcos...................................................................................................61 Figura 19: Processos de Gerenciamento dos Custos distribuídos ao longo das fases do projeto ..........................................................................................................................................63 Figura 20: EAP como ferramenta para o cálculo do custo do projeto......................................64 Figura 21: Exemplo de visualização do orçamento..................................................................65 Figura 22: Exemplo de Cronograma de Desembolso de um projeto........................................66 Figura 23: Processos de Gerenciamento das Comunicações distribuídos ao longo das fases do projeto...............................................................................................................................67 Figura 24: Processos de Gerenciamento dos Riscos distribuídos ao longo das fases do projeto ..........................................................................................................................................70
  • 9. Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional. Para ver uma cópia da licença, visite https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/. Figura 25: Processos de Gerenciamento das Partes Interessadas distribuídos ao longo das fases do projeto.................................................................................................................73 Figura 26: Diagrama de poder/interesse das partes interessadas..............................................74
  • 10. Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional. Para ver uma cópia da licença, visite https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/. LISTA DE TABELAS TABELA 1: Fatores impulsionadores ......................................................................................11 TABELA 2: Fatores inibidores.................................................................................................12 TABELA 3: Unidade de processamento de energia utilizado na virtualização e na paravirtualização...............................................................................................................29
  • 11. Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional. Para ver uma cópia da licença, visite https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/. LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ANS Acordo de Níveis de Serviço AWS Amazon Web Services APIs Application Programming Interface, ou Interface de Programação de Aplicações BIOS Basic Input/Output System, ou Sistema Básico de Entrada/Saída CBS Cost Breakdown Structure CDN Amazon CloudFront, ou Rede de entrega de conteúdo CPU Central Processing Unit, ou Unidade central de processamento DaaS Desktop as a Service, ou Desktop como Serviço DBaaS DataBase as a Service, ou Banco de Dados como Serviço DNS Domain Name System, ou Sistema de Nomes de Domínios EAP Estrutura Analítica do Projeto EC2 Amazon Elastic Compute Cloud HD Hard Disk IaaS Infrastructure as a Service, ou Infraestrutura como Serviço IoT Internet of Things, ou Internet das Coisas IP Internet Protocol IPSec IP Security Protocol, ou Protocolo de Segurança IP LAN Local Area Network NoSQL Not Only SQL Lock-in Risco de aprisionamento forçado Log Processo de registro de eventos relevantes num sistema computacional PaaS Plataform as a Service, ou Plataforma como Serviço PC Personal Computer PDA Personal Digital Assistant
  • 12. Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional. Para ver uma cópia da licença, visite https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/. PERT Program Evaluation and Review Technique PHP Personal Home Page QoS Quality of Service, ou Qualidade de Serviço RBS Risk Breakdown Structure REST Representational State Transfer S3 Simple Storage Service SaaS Software as a Service, ou Software como Serviço SDK Software Development Kit, ou Kit de Desenvolvimento de Software/Aplicativos SDN Software Defined Networking, ou Redes Definidas por Software SETI Search for Extraterrestrial Intelligence SSH Secure Shell SLA Service Level Agreement, ou Acordo de Nível de Serviço SOAP Simple Object Access Protocol SQS Queue Service TAP Termo de Abertura do Projeto TI Tecnologia da Informação TV Televisão WBS Work Breakdown Structure Web Teia
  • 13. Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional. Para ver uma cópia da licença, visite https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ..............................................................................................................10 1.1 Considerações iniciais.....................................................................................................10 1.2 Objetivos .........................................................................................................................17 1.3 Delimitação do Tema ......................................................................................................17 1.4 Justificativas....................................................................................................................17 1.5 Metodologia ....................................................................................................................18 1.6 Forma de Desenvolvimento do Trabalho........................................................................19 2 REFERENCIAL TEÓRICO ...........................................................................................20 3 CONCEITOS DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM ........................................................24 3.1 O que é uma Nuvem?......................................................................................................24 3.2 Provedores de Nuvens.....................................................................................................32 3.3 Segurança na Nuvem.......................................................................................................35 4 METODOLOGIA DE PESQUISA.................................................................................38 5 PLANO DE PROJETO PARA MIGRAÇÃO DE SERVIDORES EMPRESARIAIS PARA A COMPUTAÇÃO EM NUVEM................................................................................39 5.1 Apresentação...................................................................................................................39 5.2 Gerenciamento da Integração..........................................................................................45 5.3 Gerenciamento do Escopo...............................................................................................50 5.4 Gerenciamento do Tempo...............................................................................................56 5.5 Gerenciamento dos Custos..............................................................................................62 5.6 Gerenciamento das Comunicações .................................................................................67 5.7 Gerenciamento dos Riscos ..............................................................................................70 5.8 Gerenciamento das Partes interessadas...........................................................................73 6 CONCLUSÕES...............................................................................................................76 7 DESDOBRAMENTOS DO ESTUDO ...........................................................................77 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .....................................................................................78
  • 14. 10 Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional. Para ver uma cópia da licença, visite https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/. 1 INTRODUÇÃO 1.1 Considerações iniciais No cenário atual, empresas de todos os segmentos e portes, estão se concentrando em seus negócios, desta forma minimizando investimentos em áreas, como as relacionadas a tecnologia. Uma maneira moderna de manter suas estratégias, seus projetos, seus planos de negócios, dentre outras necessidades, com uma área de tecnologia moderna e bem estruturada, está no uso de computação em nuvem (cloud computing). A pesquisa de Future of Cloud Computing Survey (2016)1 é realizada anualmente pela North Bridge, sendo iniciada em 2011 com 417 participantes, até sua edição atual, em 2015, que contou com 952 colaboradores, sendo 65% (sessenta e cinco por cento) vendedores e 35% (trinta e cinco por cento) usuários. As respostas dessa pesquisa foram coletadas em 38 (trinta e oito) países distribuídos no mundo todo. As nuvens computacionais podem ser divididas em 4 (quatro) modelos: públicas, privadas, híbridas e comunitárias. Além disso, dentro destes modelos, existem também alguns tipos distintos de implementação, dentre os quais pode-se destacar o Software como Serviço (Software as a Service – SaaS), Plataforma como Serviço (Plataform as a Service - PaaS), Infraestrutura como Serviço (Infrastructure as a Service - IaaS), Banco de Dados como Serviço (Data Base as a Service - DBaaS), Redes Definidas por Software (Software Defined Networking - SDN), dentre outras. Ao observar os resultados das empresas participantes da pesquisa, entre 2011 e 2015, sendo que o percentual de utilização dos modelos apresentados de nuvens estão em 47% (quarenta e sete por cento) para híbridas, 34% (trinta e quatro por cento) para públicas e 19% (dezenove por cento) nas privadas, foi notado: • 43,3% de acréscimo nas nuvens públicas; • 19,2% de acréscimo nas nuvens híbridas; • 48,4% de decréscimo nas nuvens privadas. 1 Fonte virtual.
  • 15. 11 Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional. Para ver uma cópia da licença, visite https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/. Outro ponto interessante a se destacar, entre as pesquisas de 2014 e 2015, é que as nuvens SaaS estão em 77% (setenta e sete por cento) das organizações, com um crescimento de 9% (nove por cento). O tipo IaaS está em 67% (sessenta e sete por cento) das empresas, com um crescimento de 19% (dezenove por cento) no último ano. Analisando as receitas dos clientes associada aos serviços SaaS, PaaS e IaaS em 2015, a pesquisa publica as seguintes valores: • SaaS - $53B (bilhões de dólares); • PaaS - $2,3B (bilhões de dólares); • IaaS - $25B (bilhões de dólares). Dentre os crescimentos de utilização, destacam-se os seguintes tipos: • PaaS – 52% (cinquenta e dois por cento); • DBaaS – 38% (trinta e oito por cento); • SND – 25% (vinte e três por cento). O crescimento do DBaaS nos próximos 2 (dois) anos é de 20% (vinte por cento). Os fatores impulsionadores da utilização de computação em nuvem, comparando os anos de 2011 e 2015 podem ser vistos na tabela seguinte. TABELA 1: Fatores impulsionadores 2011 2015 Escalabilidade Escalabilidade Custo Agilidade Inovação Custo Agilidade Inovação Fonte: Future of Cloud Computing Study, 2016, North Bridge, tradução nossa. De acordo com a pesquisa Future of Cloud Computing Survey (2016), fica claro que os fatores escalabilidade e a agilidade são pontos chaves na implantação de computação em
  • 16. 12 Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional. Para ver uma cópia da licença, visite https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/. nuvem das principais empresas. Outro fato importante é que a inovação foi citada como fator propulsor nos 5 (cinco) anos da pesquisa, expondo que explorar novos caminhos no ambiente de Tecnologia da Informação (TI) tem direcionado os caminhos dessas áreas. Embora a computação em nuvem venha crescendo de forma satisfatória nos últimos anos, ainda existem pontos que trazem dificuldades para sua implantação dentro de alguns cenários. Portanto, devemos demonstrar os fatores inibidores apresentados entre os anos de 2011 e 2015 na pesquisa Future of Cloud Computing Survey (2016). TABELA 2: Fatores inibidores 2011 2015 Segurança Segurança Interoperabilidade Regulamentação Regulamentação Privacidade Lock-in Lock-in Confiabilidade Complexidade Complexidade Fonte: Future of Cloud Computing Study, 2016, North Bridge, tradução nossa. Na atualidade, inibidores como segurança, regulamentação, privacidade e complexidade já foram analisados e tratados pelos grandes provedores de serviços em nuvem mundiais, como Amazon Web Services, Microsoft, Google, dentre outros. Estes mesmos temas serão tratados ao longo deste documento. O lock-in, ou risco de aprisionamento forçado, está acontecendo, pois cada provedor implementa seu próprio conjunto para Interface de Programação de Aplicações (Application Programming Interface - API), muitas vezes seu próprio banco de dados e seu próprio ambiente de programação. O resultado é que o usuário pode ficar aprisionado na nuvem deste fornecedor, uma vez que o trabalho de mover suas aplicações para outras nuvens não será simples nem de baixo valor.
  • 17. 13 Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional. Para ver uma cópia da licença, visite https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/. A redução dos custos de soluções nas nuvens vem sendo muito bem aceita dentro das organizações. A pesquisa Future of Cloud Computing Survey (2016) aponta que os valores caíram 3 (três) vezes, comparando os apresentados em 2015 contra os expostos em 2011. Estes valores reforçam a viabilidade financeira da utilização de nuvens públicas e híbridas em todo o planeta. Embora os fatores inibidores venham sendo gerenciados, além de muitas vezes reduzidos a taxas muito baixas, durante 2015, 38% (trinta e oito por cento) dos dados foram movidos de nuvens públicas para nuvens privadas ou híbridas. Mas por que? Os responsáveis pelas migrações destacam os seguintes pontos que influenciaram nessa tomada de decisão: • 62% (sessenta e dois por cento) - privacidade; • 56% (cinquenta e seis por cento) - controle; • 52% (cinquenta e dois por cento) - custo; • 52% (cinquenta e dois por cento) - velocidade. Nesta análise, nota-se que o custo apontado anteriormente como um fator impulsionador, aqui foi exposto como ponto que influenciou essa migração. A privacidade estava entre os fatores inibidores da tabela anterior, o que realmente pode influenciar nesse tipo de decisão. O controle das equipe de TI está muito relacionado com o lock-in, ou risco de aprisionamento forçado, apresentado anteriormente. Por último devemos analisar a velocidade, pois os recursos computacionais de uma nuvem pública, ou privada, podem ser contratados ou configurados de acordo com as necessidades e disponibilidades financeiras da organização contratante. Um fator que eleva a velocidade de uma aplicação em nuvem, para um usuário de uma empresa, ao compararmos uma nuvem pública com uma privada, está que nesta última, a velocidade de acesso ao serviço está relacionada com a velocidade de rede da empresa, enquanto na outra, está relacionada com a velocidade da internet utilizada pela empresa. Ao analisar as perspectivas dos usuários finais, apresentadas na Future of Cloud Computing Study (2016), destaca-se os seguintes pontos: • Ainda existe uma divisão 50-50, comparando os relacionamentos ad hoc versos os que fazem parte do plano estratégico;
  • 18. 14 Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional. Para ver uma cópia da licença, visite https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/. • Quanto menor o número de provedores de serviços de nuvens utilizados por uma contratante, será melhor, pois atualmente 75% (setenta e cinco por cento) das empresas utilizam menos que 10 fornecedores; • 61% (sessenta e um por cento) das empresas que contratam PaaS utilizam apenas 1 (um) fornecedor, 71% (setenta e um por cento) das empresas usuárias do SaaS fecham negócios com mais de um fornecedor, enquanto os usuários de IaaS estão 50/50 entre um ou muitos fornecedores; • 45,9% (quarenta e cinco ponto nove por cento) optam por múltiplos fornecedores devido às suas capacidades. Observando as estratégias de venda dos fornecedores, expõem-se as seguintes informações: • Mais de 50% (cinquenta por cento) deles provê serviços de nuvens direto aos clientes finais; • 56% (cinquenta e seis por cento) deles espera que existam mais compras on-line nos próximos 2 (dois) anos. Ao analisar os investimentos nas nuvens, de acordo com a pesquisa Future of Cloud Computing Survey (2016), os valores correspondentes a modalidade SaaS privada ultrapassam $70M (setenta milhões de dólares), existindo um aumento dramático dos fundos de investimento voltados a esse tipo de serviço nos últimos 6 (seis) anos. Figura 1: Rodadas de financiamento para empresas de SaaS nos últimos 6 anos. Fonte: Future of Cloud Computing Study, 2016, North Bridge, tradução nossa. 0 5 10 15 20 25 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Número de transações Anos
  • 19. 15 Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional. Para ver uma cópia da licença, visite https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/. Figura 2: SaaS M&A e Pública - Capitais levantados. Fonte: Future of Cloud Computing Study, 2016, North Bridge, tradução nossa. Observando a figura anterior, obtêm-se o valor de $127,8B (cento e vinte e sete ponto oito bilhões de dólares) em valores levantados pelas empresas fornecedoras de SaaS. Figura 3: Nuvem & SaaS - Financiamentos privados Fonte: Future of Cloud Computing Study, 2016, North Bridge, tradução nossa. 8369 16067 21985 17005 30118 14978 959 970 1990 3581 3971 7789 0 5000 10000 15000 20000 25000 30000 35000 40000 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Valores de $ em milhões Anos M&A Públicas 1,9 3,2 4,2 4,8 5,3 7,8 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Valores de $ em bilhões Anos 323 inves;dores 386 inves;dores 417 inves;dores 334 inves;dores 470 inves;dores 203 inves;dores
  • 20. 16 Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional. Para ver uma cópia da licença, visite https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/. Pode-se observar que o financiamento evoluiu 4 (quatro) vezes nos últimos 5 (cinco) anos, enquanto o valor de cada investidor subiu 1,8 (um ponto oito) vezes nesses anos (2010: $1,9B/203= $9,2M por investidor – 2015: $7,6B/470= $16,2M por investidor). Figura 4: Capital investido em SaaS - Privado versus Público Fonte: Future of Cloud Computing Study, 2016, North Bridge, tradução nossa. Para finalizar os assuntos abordados nos parágrafos anteriores, pode-se realizar uma introspecção relativa aos serviços de computação em nuvem e informações apresentadas: • Nos últimos anos ocorreram mudanças radicais nas regras; • A nova onda de oportunidades de dados e negócios só é possível na nuvem; • Nuvem faz parte de cada novo produto e serviço oferecido atualmente; • Como podemos gerenciar projetos para migrar a infraestrutura de TI das organizações para as nuvens? 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 2010 2011 2012 2013 2014 2015 $ em milhões Anos Financiamentos privados Financiamentos públicos
  • 21. 17 Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional. Para ver uma cópia da licença, visite https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/. 1.2 Objetivos Este trabalho tem como objetivo desenvolver um Plano de Projeto para migração de servidores empresariais para a computação em Nuvem. Para isto, serão sistematizados os conhecimentos relativos a computação em nuvem, para que analistas, gerentes e diretores possam compreender essa tecnologia. Na sequencia serão aplicadas as melhores práticas em Gerenciamentos de Projetos do PMBOK® (2013) no desenvolvimento do Plano de Projeto, sendo que este irá aumentar a segurança de projetos de migrações de servidores empresarais, devido à avaliação e transmissão de conhecimentos relativos ao escopo, tempo, custos, riscos, privacidade e complexidade deste conhecimento. Ao final do trabalho, será avaliado a relevância do uso deste método através do Plano de Projeto pelas empresas, na implementação de seus projetos. 1.3 Delimitação do Tema Plano de Projeto parcial, nas áreas de gerenciamento de escopo, tempo, custos, comunicações, riscos e partes interessadas do PMBOK® (2013), com o foco na migração de servidores empresariais para nuvem. O modelo de computação em nuvem para o qual o plano de projeto será realizado é o Infraestrutura como Serviço (IaaS), sendo este o segundo modelo mais utilizado atualmente pelas empresas que contratam serviços de cloud computing, de acordo com a pesquisa Future of Cloud Computing Study, 2016. 1.4 Justificativas No cotidiano das empresas do século XXI, a obtenção de resultados nos negócios deixou de ser uma meta, tornando-se uma necessidade de cada colaborador. Eficiência, estabilidade financeira e recursos tecnológicos fazem parte do dia a dia dessas organizações. Presidentes, diretores e acionistas desejam a redução de custos de todas as áreas, embora o rendimento das atividades não possa ser reduzido. Desta forma, simplificar o ambiente interno
  • 22. 18 Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional. Para ver uma cópia da licença, visite https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/. de tecnologia dessas empresas, reduzindo o custo dessa área, com uma maior estabilidade e eficiência, mostra-se de grande importância nas companhias com visão para o futuro. Um plano de projeto adequado para migração desse tipo de infraestrutura para a computação em nuvem, será um aliado aos gerentes de projeto e gerentes de tecnologia da informação dessas empresas. 1.5 Metodologia Paradigma Qualitativo Será criado um Plano de Projeto de acordo com as áreas do PMBOK® (2013) mais relevantes aos profissionais que utilizam ou gerenciam servidores de tecnologia da informação empresariais e/ou governamentais. Serão coletadas informações não-probabilísticas através de pesquisas e estudos on- line, para mapear as maiores resistências das empresas ao migrar servidores, além das áreas mais relevantes para o desenvolvimento do Plano de Projeto. Será realizada uma interpretação dos dados coletados empiricamente. Tipo de Pesquisa Fins: Metodológica, Explicativa. Meios: Bibliográfica. Instrumentos Livros, artigos, pesquisas e conteúdos on-line em websites de tecnologia da informação e fornecedores de soluções de computação em nuvem.
  • 23. 19 Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional. Para ver uma cópia da licença, visite https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/. 1.6 Forma de Desenvolvimento do Trabalho No capítulo 1 será realizada uma Introdução, onde será apresentado o assunto e o tema deste trabalho. Neste capítulo será utilizada a pesquisa Future of Cloud Computing Survey (2016) para apresentar as tendências da computação em nuvem, além dos pontos que auxiliam e os que restringem a implantação desse tipo de tecnologia. Nos capítulos 2, 3, 4 e 5, será realizado o desenvolvimento do material, sendo divididos da seguinte forma: • Capítulo 2 – Referencial teórico: Levantamento bibliográfico referente à: Computação em nuvem; Migração de servidores para nuvem; Gestão de projetos; Plano de Projeto. • Capítulo 3 – Conceitos da Computação em nuvem: Material explicando os conceitos e fundamentos de computação em nuvem, incluindo temas como: O que é uma nuvem; Diferença entre virtualização e nuvem; Aplicativos, Negócios e provedores de Nuvens; Estratégias e Segurança nas nuvens. • Capítulo 4 – Metodologia de Pesquisa: Metodologia de pesquisa deste estudo realizado para desenvolver o Plano de Projeto, expondo: paradigma; tipo de pesquisa; instrumentos utilizados. • Capítulo 5 – Plano de Projeto: Plano de Projeto baseado no PMBOK® (2013) incluindo ao menos as seguintes áreas: Gerenciamento da Integração; Gerenciamento de Escopo; Gerenciamento do Tempo; Gerenciamento de Custos; Gerenciamento das Comunicações; Gerenciamento dos Riscos; Gerenciamento das Partes Interessadas. A Conclusão será realizada no capítulo 6, onde serão apresentadas as considerações finais com foco em gestão de projetos, uma apresentação dos resultados, além de responder as questões de estudo do objetivo deste documento. No capítulo 7, serão apresentados os Desdobramentos do Estudo, onde será exposta a forma de utilização do Plano de Projeto desenvolvido.
  • 24. 20 Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional. Para ver uma cópia da licença, visite https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/. 2 REFERENCIAL TEÓRICO O tema computação em nuvem está sendo cada vez mais pesquisado e publicado por autores nacionais e internacionais. CHEE (2013) na publicação Cloud Computing – Computação em Nuvem – Tecnologias e Estratégias Ubíquo, faz uma abordagem sobre os conceitos e aplicações desse tipo. Pode-se destacar que na publicação de CHEEE (2013) são abordadas as áreas como: O que é uma Nuvem; Grades; HPs e Nuvem; Virtualização; Aplicativos; Provedores; Estratégias; Segurança e Futuro da Nuvem. VELTE (2012) traz uma visão do mundo em serviços e aplicativos de empresas baseadas na internet, além de explorar a cobertura de infraestrutura para nuvens, padrões, segurança, migração, melhores práticas, dentre outros conceitos, no livro Computação em Nuvem: Uma abordagem prática, VELTE (2012) também apresenta uma análise de uma grande variedade de soluções oferecidas pelos principais fornecedores de computação em nuvem que atuam no mercado. Ao analisarmos os principais fornecedores de computação em nuvem da atualidade, através do artigo on-line de CURTIS (2014)2 , da Computer Business Review, temos a seguinte divisão por modalidade de serviço: • Infraestrutura como Serviço (IaaS): Amazon Web Services e Microsoft Azure; • Armazenamento (Storage): Google Drive e Box; • Desktop como Serviço (DaaS): Citrix e WMware; • Software como Serviço (SaaS): Salesforce.com e Insightly; • Plataforma como Serviço (PaaS): Red Hat OpenShift e Heroku. A Amazon Web Services (AWS)3 sempre está destacada entre um dos melhores fornecedores de soluções para computação em nuvem, principalmente em IaaS. Em sua homepage seus principais serviços são apresentados. Na sequencia seguem as opções em destaque na AWS. • Serviços de infraestrutura de nuvem (IaaS): 2 Fonte virtual. 3 Fonte virtual.
  • 25. 21 Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional. Para ver uma cópia da licença, visite https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/. o Computação: Servidores virtuais, Contêineres, Implantação de aplicativos Web 1- Click, Funções de computação orientadas a eventos, Auto Scaling, Balanceamento de carga; o Armazenamento e entrega de conteúdo: Armazenamento de objetos, CDN, Armazenamento em bloco, Armazenamento do sistema de arquivos, Armazenamento de arquivos mortos, Transporte de dados, Armazenamento integrado; o Banco de dados: Relacional, Migração do banco de dados, NoSQL, Armazenamento em cache, Data Warehouse; o Redes: Virtual Private Cloud, Conexões diretas, Balanceamento de carga, DNS. • Serviços completos de plataforma na nuvem (PaaS): o Análise: Hadoop, Pipelines de dados, Elasticsearch, Dados de streaming, Aprendizagem de máquina, Inteligência de negócios, Data Warehouse; o Aplicações empresariais: Virtualização de desktops, E-mail e calendário, Compartilhamento e feedback de documentos; o Serviços móveis: Desenvolvimento móvel, Gerenciamento de APIs, Identidade, Teste de aplicativos, Mobile Analytics, Desenvolvimento, Notificações; o Internet das Coisas: IoT. • Serviços de produtividade e a eficiência operacional do desenvolvedor: o Ferramentas de desenvolvedor: Gerenciamento de código fonte, Implantação de código, Distribuição contínua; o Ferramentas de gerenciamento: Monitoramento e logs, Modelos de recursos, Auditoria de uso e recursos, Gerenciamento de recursos Dev/Ops, Catálogo de serviços, Otimização de desempenho; o Segurança e identidade: Controle de acesso, Gerenciamento de identidades, Avaliação de segurança, Gerenciamento e armazenamento de chaves, Firewall de aplicativos da web; o Serviços de aplicações: Gerenciamento de APIs, Streaming de aplicativos, Pesquisa, Transcodificação, E-mail, Notificações, Filas, Fluxo de trabalho. A AWS disponibiliza uma série de conteúdos educacionais sobre computação em nuvem, através de artigos e vídeos. Páginas do site de interesse aos novos usuários de cloud computing são: O que é a computação em nuvem?, Centro de informações sobre economia, Centro de arquitetura, Centro de segurança, Whitepapers, e Blog da AWS. Também estão
  • 26. 22 Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional. Para ver uma cópia da licença, visite https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/. disponíveis os seguintes Recursos e treinamentos: Desenvolvedores, Java na AWS, JavaScript na AWS, Aplicativos móveis na AWS, PHP na AWS, Python na AWS, Ruby na AWS, Windows e NET na AWS, SDKs e ferramentas, AWS Marketplace, Grupos de usuários, Planos de suporte, Painel de integridade do serviço, Fóruns de discussão, Perguntas frequentes, Documentação, Artigos e tutoriais, Programa de testes. O estudo Future of Cloud Computing Study (2016) publicado entre 2011 e 2015 pela North Bridge realiza uma análise do cenário atual dos usuários e fornecedores de soluções em computação nas nuvens. A utilização de SaaS e IaaS nessas grandes empresas também é demonstrado, inclusive o acréscimo e decréscimo desses serviços nos últimos anos. Os fatores impulsionadores e inibidores da utilização de computação em nuvem entre 2011 e 2015 são mapeados, demonstrando como os usuários finais enxergam essa tecnologia. Dentre as considerações finais, o estudo aponta que a “Nuvem faz parte de cada novo produto e serviço oferecido atualmente” na internet. O PMBOK® (2013) é atualmente reconhecido como o padrão mundial para gerenciamento de projetos, sendo este publicado pelo Project Management Institute. Este guia explora os três conceitos centrais que são de grande importância para o gerenciamento de projetos: ciclo de vida do projeto; o processo administrativo do projeto e as áreas do conhecimento. Na edição de 2013, ou seja, a 5a edição, existem dez áreas de conhecimento, que são: o gerenciamento de escopo, o gerenciamento do tempo, o gerenciamento dos custos, o gerenciamento da qualidade, o gerenciamento de recursos humanos, o gerenciamento das comunicações, o gerenciamento de riscos, o gerenciamento de suprimentos (aquisição), o gerenciamento da integração e o gerenciamento das partes interessadas (stakeholders). Estes conhecimentos serão utilizados durante o desenvolvimento do “Plano de Projeto para migração de servidores empresariais para a computação em Nuvem” que está sendo desenvolvido. Como auxilio do material para o desenvolvimento de um plano de projeto, será utilizada a publicação de VIANA (2014), o Manual prático do plano de projeto: utilizando o PMBOK® Guide. O livro é preenchido com documentos e modelos prontos para utilização no planejamento e gerenciamento de projetos. VIANA (2014) explica as principais técnicas de análise e modelagem de forma que esses documentos e modelos podem ser utilizados efetivamente no gerenciamento de projetos. Ao longo do livro, um exemplo real e prático é utilizado para explicar todas as questões relacionadas ao gerenciamento do projeto, incluindo
  • 27. 23 Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional. Para ver uma cópia da licença, visite https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/. escopo, tempo, custos, qualidade, recursos humanos, comunicações, aquisições e partes interessadas. Estas informações, junto ao conhecimento de computação em nuvem, são importantes para o Plano de Projeto para migração de servidores empresariais para a computação em Nuvem. A migração de dados e serviços para a nuvem é abordada no livro de VELTE (2012), no capítulo Migrando para a Nuvem. Os principais tópicos abordados pelo autor nesta áreas são: Serviços de Nuvem para Pessoas Físicas, Serviços de Nuvem Visando o Mercado Médio, Ofertas de Nuvem Enterprise-Class e Migração. Outra publicação abordando a migração, a dissertação de pós-graduação do Instituto De Educação Tecnológica, Belo Horizonte, de SANTOS (2010), denominada Computação em nuvem: Conceitos e Perspectivas, expõe uma metodologia para esse atividade nos fornecedores de computação em nuvem como, Microsoft, Salesforce, Skytap, HP, IBM, Amazon e Google. Embora o capítulo Migrando para um ambiente de computação em nuvem seja importante para este documento, outras partes da dissertação, como Preparando o ambiente para computação em nuvem, Computação em nuvem no ambiente corporativo e Segurança, também merecem atenção do leitor.
  • 28. 24 Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional. Para ver uma cópia da licença, visite https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/. 3 CONCEITOS DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM 3.1 O que é uma Nuvem? Ao executar aplicativos que compartilham fotos com milhões de usuários móveis ou fornecendo suporte a operações críticas de negócios, a "nuvem" oferece acesso rápido a recursos de TI flexíveis e de baixo custo. Com a computação em nuvem, não é preciso realizar grandes investimentos iniciais em hardware e perder tempo nas atividades de manutenção e gerenciamento desse hardware. Ao invés disso, é possível provisionar exatamente o tipo e tamanho corretos de recursos computacionais necessários para executar a sua mais recente ideia ou operar o departamento de TI. O usuário final pode acessar quantos recursos forem necessários, quase instantaneamente, e pagar apenas pelo que usa. A computação em nuvem oferece uma forma simples de acessar servidores, armazenamento, bancos de dados e um conjunto amplo de serviços de aplicativo pela Internet. Os provedores de computação em nuvem, como a Amazon Web Services, Google, Microsoft, IBM, Locaweb, dentre outros, adquirem e mantêm o hardware conectado à rede necessário para esses serviços de aplicativo, enquanto o usuário provisiona e utiliza o que precisa através de um aplicativo web. De acordo com a Amazon Web Services (2016)4 , existem seis vantagens e benefícios da computação em nuvem: Substitua despesas de capital por despesas variáveis Ao invés de investir substancialmente em datacenters e servidores antes de saber como serão utilizados, você pode pagar apenas quando consumir recursos de computação, e pagar apenas pela quantidade consumida. Beneficie-se de economias massivas de escala Ao utilizar a computação em nuvem, você pode alcançar um custo variável mais baixo do que seria possível normalmente. Como a utilização de centenas de milhares 4 Fonte virtual. Amazon Web Services, 2016, disponível em: https://aws.amazon.com/pt/what-is-cloud- computing.
  • 29. 25 Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional. Para ver uma cópia da licença, visite https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/. de clientes é agregada na nuvem, provedores como a Amazon Web Services conseguem alcançar economias de escala maiores, o que se traduz em preços mais baixos com pagamento conforme o uso. Pare de adivinhar a capacidade Elimine as suposições ao determinar sua necessidade de capacidade de infraestrutura. Ao tomar uma decisão sobre a capacidade, antes da implementação do aplicativo, você frequentemente lida com a ociosidade de recursos caros ou com limites de capacidade. Com a computação em nuvem, esses problemas desaparecem. Você pode acessar o quanto precisar, e escalonar para maior ou para menor conforme necessário com apenas alguns minutos de antecedência. Aumente a velocidade e agilidade No ambiente de computação em nuvem, recursos adicionais de TI estão ao alcance em apenas um clique, o que significa que o tempo necessário para disponibilizar estes recursos aos desenvolvedores é reduzido de semanas para apenas minutos. Isso resulta em um aumento dramático na agilidade da organização, pois o custo e tempo necessários para experimentar e desenvolver é significantemente mais baixo. Pare de gastar dinheiro com execução e manutenção de datacenters Concentre-se em projetos que diferenciam sua empresa ao invés da infraestrutura. A computação em nuvem permite que você se volte aos seus clientes, ao invés do trabalho pesado de estruturar, empilhar e manter servidores ligados. Torne-se global em minutos Implante facilmente sua aplicação em várias regiões em todo o mundo com apenas alguns cliques. Isso significa que você pode oferecer latência menor e uma experiência melhor aos seus clientes de forma simples e por um custo mínimo. (Amazon Web Services, 2016, https://aws.amazon.com/pt/what-is-cloud-computing/) Neste documento, será utilizada a definição CHEE (2013) para o conceito de computação em nuvem: Computação em nuvem é um modelo de processamento de informação no qual recursos de computação administrados de forma centralizada são oferecidos como serviços, à medida que são demandados, através da rede para uma variedade de aplicativos que permitem a interatividade com o usuário (CHEE, 2013, p.21).
  • 30. 26 Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional. Para ver uma cópia da licença, visite https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/. Embora algumas ideias já tenham sido apresentadas, antes de entrarmos na computação em nuvem temos que entender sobre o que estamos falando. Inicialmente devemos discutir conceitos fundamentais que formam a base de computação em nuvem, depois entraremos em detalhes mais específicos. Ao longo do material, definiremos termos usados nas discussões sobre cloud computing e veremos por que as mais variadas organizações estão utilizando essa tecnologia em suas aplicações. Serviços de Computador Tornam-se Abstratos As interações e funções de sistemas computacionais com outros sistemas podem ser analisados como um conjunto de blocos de montar. Um arquiteto de sistemas, quando inicia seu trabalho de uma determinada aplicação, utiliza uma série de blocos, de diversas cores, onde cada cor representa uma funcionalidade ou processo da solução. Os blocos de cores distintas vão sendo unidos, formando uma aplicação estável e coesa, de acordo com as necessidades especificadas pelo escopo do projeto. Utilizando o mesmo raciocínio, teremos o conceito de uma camada de abstração: “[...] proporciona uma maneira de conectar dois sistemas sem mudar radicalmente nenhum deles [...]” (CHEE, 2013, p.21). Desta forma, a abstração torna-se um conceito fundamental para o entendimento de computação em nuvem, já que ela nos permite imaginar um serviço particular, sem pensar em que componente de hardware será utilizado. Podemos contratar serviços com uma quantidade de CPU, uma determinada memória, um espaço de armazenamento, um sistema operacional, atendendo uma necessidade de projeto, onde não saberemos onde, ou que que servidores, esse serviço contratado através de um serviço Cloud IaaS foi adquirido. Componentes da Computação em Nuvem De uma forma simples, uma solução de computação em nuvem é composta de vários elementos: clientes, datacenter e servidores distribuídos. Conforme as indicações da Figura 5, estes componentes formam as três partes de uma solução de computação em nuvem. Cada elemento tem uma finalidade, possuindo um papel específico em entregar um aplicativo baseado em nuvem.
  • 31. 27 Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional. Para ver uma cópia da licença, visite https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/. Figura 5: Componentes que formam a computação em nuvem Fonte: Criada pelo autor. Clientes Os clientes são em uma arquitetura de computação em nuvem (Computação em Nuvem), exatamente o que eles são em uma simples, antiga rede local (LAN). São, geralmente, os computadores que estão em sua mesa. Mas eles podem ser também laptops, celulares, tablet PCs ou PDAs, todos com poderosos drivers para a computação em nuvem, devido a sua mobilidade (VELTE, 2012, p.7). Datacenter O datacenter é um conjunto de servidores onde o aplicativo é armazenado. Poderia ser um grande quarto no porão de seu edifício ou em um quarto cheio de servidores no outro lado do mundo que você acessa através da Internet. Uma tendência crescente no mundo de TI é a virtualização de servidores. Isto é, o software pode ser instalado permitindo que vários servidores virtuais sejam usados. Desta maneira, você pode ter meia dúzia de servidores virtuais funcionando em um servidor físico (VELTE, 2012, p.7). Servidores Distribuídos Entretanto, os servidores não têm que estar alocados em um mesmo local. Normalmente, os servidores estão em diferentes posições geográficas. Mas para você, usuário da nuvem, estes servidores agem como se estivessem cantarolando um ao lado do outro.
  • 32. 28 Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional. Para ver uma cópia da licença, visite https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/. Isto permite ao prestador de serviços maior flexibilidade nas opções e na segurança. Por exemplo, a Amazon possui uma solução de nuvem nos servidores no mundo inteiro. Se algo acontecer em um local, causando uma falha, o serviço ainda poderá ser acessado através de outro local. Também, se a nuvem precisa de mais hardware, não precisam jogar mais servidores no cofre forte, eles podem adicioná-los em outro local e simplesmente torná-lo parte da nuvem (VELTE, 2012, p.8). Infraestrutura A computação em nuvem não é um produto de uma utilidade apenas. A infraestrutura pode ser implantada de várias maneiras diferentes. A infraestrutura dependerá do aplicativo e como o provedor escolheu construir a solução da nuvem. Esta é uma das vantagens-chave para utilizar a nuvem. Suas necessidades podem ser tão grandes que o número de servidores exigidos pode exceder sua necessidade ou orçamento para funcionar localmente. Por outro lado, você pode necessitar de pouca potência de processamento, assim você não precisa comprar um servidor dedicado para realizar o trabalho. A nuvem atende ambas as necessidades (VELTE, 2012, p.8). Computação em Grade A computação em grade é confundida frequentemente com a computação em nuvem, porém, são completamente diferentes. A computação em grade aplica os recursos de vários computadores em uma rede de trabalho em um único problema ao mesmo tempo. Isto é feito geralmente para identificar um problema científico ou técnico. Um exemplo conhecido disso é a busca para o projeto Search for Extraterrestrial Intelligence (SEYI) @Home (2016). Neste projeto, pessoas do mundo inteiro permitem que o projeto SEYI compartilhe os ciclos não utilizados de seus computadores na busca por sinais da inteligência em milhares de horas de dados de rádio gravados. A computação em grade necessita do uso de software que pode se dividir e então enviar partes do programa aos milhares de computadores. Pode ser feito em todos os computadores de uma empresa, ou pode ser feito como uma forma de colaboração pública (VELTE, 2012, p.8).
  • 33. 29 Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional. Para ver uma cópia da licença, visite https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/. Virtualização Completa A virtualização completa é uma técnica em que uma instalação completa de uma máquina é rodada em outra. O resultado é um sistema no qual todo o software que roda no servidor está dentro de uma máquina virtual. Este tipo de implementação permite não somente que as aplicações originais funcionem, mas que os diferentes sistemas operacionais também. A virtualização é relevante à computação em nuvem porque é uma das maneiras em que você acessará serviços na nuvem. Isto é, o datacenter remoto pode disponibilizar seus serviços em um formato inteiramente virtualizado (VELTE, 2012, p.9). Paravirtualização A paravirtualização permite que várias operações de sistemas funcionem em um único dispositivo de hardware ao mesmo tempo, mais eficientemente, utilizando recursos de sistema, como processadores e memória. Uma virtualização completa, o sistema inteiro é emulado (BIOS, drive e assim por diante), mas na paravirtualização, seu módulo de gerenciamento opera com um sistema operacional que foi ajustado para trabalhar em uma máquina virtual. A paravirtualização geralmente funciona melhor do que o modelo de virtualização completa, simplesmente porque, em uma implantação inteiramente virtualizada, todos os elementos devem ser emulados (VELTE, 2012, p.10). TABELA 3: Unidade de processamento de energia utilizado na virtualização e na paravirtualização Tipo de virtualização Instâncias de Hóspedes Despesas gerais de virtulização Necessidade de processamento de sistema Total Virtualização completa 5 10% (50% total) 10% (50% total) 100% Paravirtualização 8 2% (16% total) 10% (50% total) 96% Fonte: Computação em Nuvem: Uma abordagem prática, (2012, p.11).
  • 34. 30 Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional. Para ver uma cópia da licença, visite https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/. A paravirtualização permite também a melhor escalabilidade. Por exemplo, se uma solução completa virtualizada exige 10% da utilização do processador, então cinco sistemas poderiam funcionar em outro, antes que o desempenho chegue no máximo! A paravirtualização exige somente 2% da utilização do processador, por exemplo, do convidado e ainda deixa 10% do sistema operacional do convidado disponível. Isto está ilustrado na Tabela 3. Software Como Serviço O Software como um Serviço (SaaS) é o modelo em que um aplicativo é oferecido como um serviço aos clientes que o acessam através da Internet. Quando o software é hospedado off-site, o cliente não precisa adquirir licença de uso ou de suporte. Por outro lado, está fora do alcance do cliente quando o serviço de hospedagem decide mudar. A ideia é que você usa o software fora da caixa e que não precisa fazer muitas mudanças ou solicitar a integração a outros sistemas. O provedor faz todo o processo e atualizações assim como mantém a infraestrutura funcionando (VELTE, 2012, p.11). Figura 6: Software como Serviço - SaaS Fonte: Computação em Nuvem: Uma abordagem prática, (2012, p.12). O SaaS difere das antigas distribuições de soluções de computação, uma vez que o SaaS foi desenvolvido especificamente para uso de ferramentas da web, como o navegador. Isto torna-os web-nativos. Foi construído também com um múltiplo back-end, que permite a múltiplos clientes usarem o mesmo aplicativo.
  • 35. 31 Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional. Para ver uma cópia da licença, visite https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/. O SaaS oferece acesso à rede baseada em software disponível no mercado. Já que o software é gerenciado em uma localização central, os clientes podem acessar seus aplicativos sempre que o acesso à internet estiver disponível. Plataforma como um serviço Seguindo os passos do SaaS, a Plataforma como um Serviço (PaaS) é outro modelo de aplicação. O PaaS fornece todos os recursos necessários para construir aplicativos e serviços diretamente na internet, sem precisar baixar ou instalar software. Figura 7: Plataforma como Serviço - PaaS Fonte: Computação em Nuvem: Uma abordagem prática, (2012, p.14). Os serviços PaaS incluem design de aplicativo, desenvolvimentos, testes, implantação e hospedagem. Outros serviços incluem a colaboração em equipem integração de serviços web, integração de banco de dados, segurança, escalabilidade, gerenciamento de armazenamento, de estado de versão. O PaaS pode ser utilizado por muitos usuários simultaneamente, ele foi projetado para esse fim, e, geralmente, dispõe de instalações automáticas de simultaneidade, gerenciamento, escalabilidade, fallover (redundância) e segurança. O PaaS também apoia o desenvolvimento de interfaces web, como Simple Object Access Protocol (SOAP) e Representational State Transfer (REST), que permitem a construção de serviços múltiplos de web, às vezes chamado de marshups. As interfaces também são capazes de acessar bases de dados e serviços de reutilização que estão dentro de uma rede privada (VETEL, 2012, p.13).
  • 36. 32 Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional. Para ver uma cópia da licença, visite https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/. Insfraestrutura como Serviço Neste modelo, a Insfraestrutura como Serviço (IaaS) você utiliza as máquinas fornecedoras de cloud computing. Isto é, você utiliza o servidor virtualizado e executa o software nele. De maneira análoga aos modelos anteriores, neste modelo você contrata sua infraestrutura como serviço, com uma vantagem muito interessante ao modelo tradicional, que é a contratação de servidores virtuais (e outros dispositivos de infraestrutura) ao invés de comprar servidores, roteadores, racks e outros hardwares. Aqui você é tarifado por alguns fatores, como o número de servidores virtuais, quantidade de dados trafegados, dados armazenados e outros itens, dependendo de como e com quem (fornecedor IaaS) você trabalha. Neste caso, a Amazon EC2 e a Microsoft são fornecedores em destaque no mercado. No IaaS, é utilizado o modelo pay-per-use, onde a cobrança é baseada no serviço e não em produto, ou seja, se você precisa de 10 servidores para o próximo mês, você contrata a utilização destes servidores por este período determinado e depois, simplesmente cancela a utilização, exatamente como a compra de um serviço de TV a cabo ou um plano de serviço de dados para seu celular. De uma maneira bem simples, podemos dizer que os modelos SaaS, IaaS e PaaS em cloud computing são substitutos para a infraestrutura tradicional com o diferencial do modelo de comercialização, que, ao invés de licenciamento, utiliza um modelo baseado em pagamento por utilização de recursos. 3.2 Provedores de Nuvens Vale a pena ter um entendimento dos conceitos usados pelos principais provedores de computação em nuvem, apoiando esse conhecimento em exemplos de serviços. Com essas informações, você poderá combinar as soluções de nuvem oferecidas com a sua situação real de TI. Iremos analisar alguns serviços de nuvens oferecidos atualmente e o que eles representam. Estes produtos e serviços não são a totalidade dos oferecidos no mercado, embora representem boas alternativas disponíveis.
  • 37. 33 Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional. Para ver uma cópia da licença, visite https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/. Amazon A Amazon, ou os Amazon Web Services (AWS), estão sempre na mídia digital, sendo um dos principais fornecedores de computação em nuvem do mundo. Os AWS fornecem serviços de hospedagem de máquina virtual (EC2), armazenamento (S3), banco de dados (SimpleDB), fornecimento de conteúdo (Cloud Front) e Queue Service (SQS) para lidar com a tráfego assíncrono de servidores. Toda essa magnitude fez com que os Amazon Web Services abrissem caminho para uma nova indústria, ou pelo menos se tornaram um marca-passo que todos os outros devem acompanhar. Amazon S3 Simple Storage Service é simplesmente um sistema de armazenamento baseado na Web que é extremamente simplificado e que disponibiliza enormes espaços de armazenamento pelo valor que se escolhe pagar (CHEE, 2013, p. 121). Ao planejar um armazenamento na nuvem não devemos esquecer que a largura de banda não é gratuita. O primeiro mês de uso do S3 pode custar mais caro que os meses adicionais, pois iremos realizar a migração dos HDs locais para o armazenamento virtual. A Amazon afirma isso em sua página. De acordo com a “Definição de preço de solicitações”, utilizando a região “América do Sul (São Paulo)”, temos as seguintes definições de preços: • Solicitações PUT, COPY, POST ou LIST: $0.007 por 1.000 solicitações; • Solicitações GET e todas as outras: $0.0056 por 10.000 solicitações. (Amazon Web Services, 2016, https://aws.amazon.com/pt/s3/pricing/) Dentre as principais características do S3 podemos destacar: • Replicação entre regiões; • Versionamento; • Gerenciamento de ciclo de vida; • Criptografia; • Gerenciamento de segurança e acesso;
  • 38. 34 Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional. Para ver uma cópia da licença, visite https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/. • Monitoramento e controles de custo; • Outros. Amazon EC2 A Elastic Cloud Compute da Amazon é uma combinação variada na qual imagens de servidores virtuais podem ser ordenadas em um surpreendente arranjo de combinações de sistemas operacionais, recursos de sistemas e, naturalmente, integração com o sistema Amazon S3 de armazenamento. É possível optar por usar as imagens de máquinas prontas da Amazon ou fazer o upload das suas próprias imagens de discos e fazer a geração do sistema desde o zero. As opções são muitas, e é essa gama de opções que torna a EC2 útil para tantas organizações diferentes (CHEE, 2013, p. 123). A EC2 também proporciona dispersão geográfica dos seus recursos de computação e a habilidade de mudar para qual servidor virtual são direcionados seus endereços Internet que realmente estão apontados. Assim, por exemplo, seu grupo de TI pode ter dois ou mais servidores idênticos rodando. Portanto, suponha que sejam aplicados upgrades de aplicativos e um problema imprevisto trava sua máquina de produção. Em vez de ter que esperar que os engenheiros da Amazon mudem seu endereço IP para o seu backup, seu grupo de TI pode fazê-lo através do portal da conta (CHEE, 2013, p. 124). O Contrato de Nível de Serviços da Amazon EC2 disponibiliza um SLA, ou seja, uma confiabilidade em que o serviço estará no funcionando corretamente de 99,95% do tempo. Traduzindo essa disponibilidade em tempo, ela garante que o serviço pode ficar, na máximo, 21,56 minutos fora de funcionamento em um mês (usando o mês com 30 dias). De acordo com a “Definição de preço do Amazon EC2”, utilizando a região “América do Sul (São Paulo)”, temos as seguintes definições de preços: • Servidor m3.medium (1 vCPU, 3.75 Memória GiB, 1x4GB SSD, Linux): $0.095 por hora; • Servidor m3.large (2 vCPU, 7.5 Memória GiB, 1x32GB SSD, Linux): $0.19 por hora; • Servidor m3.xlarge (4 vCPU, 15 Memória GiB, 2x40GB SSD, Linux): $0.381 por hora; • Servidor m3.2xlarge (8 vCPU, 30 Memória GiB, 2x80GB SSD, Linux): $0.761 por hora. (Amazon Web Services, 2016, https://aws.amazon.com/pt/ec2/pricing/)
  • 39. 35 Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional. Para ver uma cópia da licença, visite https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/. Google O Google App Engine se destina a separar o usuário dos problemas que dependem do sistema operacional, além de fornecer um suporte nativo dos tipos Python e Java Virtual Machine. O que torna isso mais significativo é que é possível alavancar uma enorme quantidade de recursos livres disponíveis para qualquer um, e o usuário só será cobrado quando seu site começar a exceder os limites de contras gratuitas. O download do kit de desenvolvimento de software está disponível para Mac, Windows e Linux, e permite a modelagem off-line, mesmo sem uma conta App Engine (CHEE, 2013, p. 127). O sistema de desenvolvimento do Google fornece um ambiente de desenvolvimento Web, integrado aos bancos de dados, Imaging API, Mail API e MemCache para lidar com CDNs. Desta forma, o Google está fornecendo um ambiente de desenvolvimento que tem um conjunto comum de ferramentas e recursos que por sua própria natureza forçam o código a ter um maior nível de intercambialidade do que aquilo que você encontra em um sistema baseado em uma máquina virtual, como o sistema da Amazon. Microsoft O Azure da Microsoft é, na realidade, parte de uma solução de nuvem múltipla, que está rapidamente mudando de forma. Até o momento, não foi apresentado como sendo uma “solução nuvem”, mas certamente consiste em um punhado de soluções que são muito nebulosas em sua natureza. Somente o tempo dirá o que os analista irão decidir, mas é certo que a Microsoft será um participante, mesmo que seja somente por seu domínio no mercado de workstation e servidor (CHEE, 2013, p. 129). 3.3 Segurança na Nuvem A segurança em computação na nuvem leva questões relacionadas à privacidade e segurança das informações que residem nas nuvens. Apesar de inúmeras preocupações com o assunto, o debate sobre os riscos na nuvem muitas vezes ignora a importância de criar planos de contingência e Acordo de Níveis de Serviço (ANS), voltados a garantir confiabilidade e a certeza de que os negócios não sofrerão grandes dificuldades no caso de um incidente.
  • 40. 36 Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional. Para ver uma cópia da licença, visite https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/. Os riscos referentes à segurança e privacidade das informações na nuvem, bem como a portabilidade dos dados, costumam ser de alta criticidade. Além disso, quando as informações críticas das empresas estão nas mãos de outras pessoas também pode refletir em menos garantia do cumprimento das leis. Na computação tradicional os usuários têm total controle sobre seus dados, processos e seu computador. Por outro lado, na computação em nuvem todos os serviços e manutenção dos dados são fornecidos por um fornecedor de nuvem. Neste contexto o cliente desconhece quais processos estão em execução ou onde os dados estão armazenados, essa abstração de atividades se deve justamente ao dinamismo inerente da nuvem. Sendo assim o cliente não tem controle sobre todas as movimentações de seus dados na nuvem. No serviço de computação em nuvem, torna-se difícil criar padrões a partir de experiências adquiridas com a computação tradicional. Neste sentido, é necessário buscar cada vez mais adoção das melhores práticas em segurança, para que as organizações possam desfrutar dos benefícios da computação em nuvem. Os serviços fornecidos pela nuvem computacional podem ser disponibilizados em qualquer local físico de abrangência da mesma, ou utilizando componentes de infraestrutura compatíveis com o ambiente do consumidor. A gerência de um grande número de serviços (SaaS, PaaS, IaaS) e recursos físicos pode gerar um volume considerável de dados a ser administrada de maneira centralizada, pois será necessário coletar, armazenar, analisar e processar estes dados. Assim, a administração centralizada pode ser considerada impraticável, e portanto faz-se necessário instanciar serviços de gerenciamento distribuídos e fracamente acoplados. Desta forma, é necessário a implantação de um modelo de gerenciamento seguro e confiável. A implantação de mecanismos de autenticação robustos e esquemas de delegação de direitos funcionando de maneira confiável são fundamentais para o correto gerenciamento de identidades e para a prestação de serviços em nuvens computacionais. MARCON (2016, p. 92) cita um modelo denominado CloudDataSec, a fim de prover a segurança em Cloud Computing. Este modelo, conforme os autores, é composto das seguintes camadas:
  • 41. 37 Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional. Para ver uma cópia da licença, visite https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/. • Análise de risco: estabelece e gerencia as avaliações de riscos sobre a terceirização de serviços na nuvem, auxiliando na identificação das informações e serviços que devem permanecer dentro dos limites da organização consumidora; • Orientações de segurança: descreve as políticas e restrições legais relativas à privacidade aplicáveis ao ambiente de computação em nuvem; • Monitoração de qualidade de serviço (QoS): um acordo de nível de serviço (Service Level Agreement – SLA) entre clientes e fornecedores especifica os níveis de exigência de segurança e privacidade, além de garantir a segurança jurídica dos contratos sobre os serviços; • Criptografia dos dados e registros (logs): a criptografia visa proteger a confidencialidade e integridade das informações, enquanto os registros fornecem um histórico completo das atividades do usuário; • Comunicação criptografada: nesta camada são utilizados os protocolos padronizados como SSH, IPSec e suas implementações. Para o autor, a aplicação do modelo CloudDataSec garante a aderência à e a proteção das informações contra alguns ataques, como man-in-the-middle (ataque do intermediário). Este modelo sugere três níveis de garantia de segurança, sumarizados abaixo. MARCON (2016, p. 93) afirma que após uma análise de riscos, os seguintes níveis de segurança são identificados: • Nível Básico: para o desenvolvimento das páginas Web da empresa; não existem informações sensíveis armazenadas no servidor Web de desenvolvimento. • Nível Avançado: para hospedar o site da empresa. Não há restrição sobre o número de máquinas virtuais na mesma máquina física (host), mas somente máquinas virtuais desse domínio devem ser permitidas no mesmo host. No caso de um incidente de segurança, a máquina virtual comprometida é movida para a quarentena, e uma imagem íntegra da mesma é lançada, para propiciar alta disponibilidade ao serviço. • Nível Premium: para hospedar uma loja on-line; neste caso, um vazamento de dados dos usuários pode afetar a reputação da empresa. Em caso de incidente, o sistema é movido para a quarentena para evitar o vazamento de informações. O serviço não é relançado automaticamente, para evitar a repetição do ataque e a possibilidade de exposição de dados pessoais.
  • 42. 38 Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional. Para ver uma cópia da licença, visite https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/. 4 METODOLOGIA DE PESQUISA Paradigma Qualitativo Será criado um Plano de Projeto de acordo com as áreas do PMBOK® (2013) mais relevantes aos profissionais que utilizam ou gerenciam servidores de tecnologia da informação empresariais e/ou governamentais. Serão coletadas informações não-probabilísticas através de um pesquisas e estudos on- line, para mapear as maiores resistências das empresas ao migrar servidores, além das áreas mais relevantes para o desenvolvimento do Plano de Projeto. Será realizada uma interpretação dos dados coletados empiricamente. Tipo de Pesquisa Fins: Metodológica, Explicativa. Meios: Bibliográfica. Instrumentos Livros, artigos, pesquisas e conteúdos on-line em websites de tecnologia da informação e fornecedores de soluções de computação em nuvem.
  • 43. 39 Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional. Para ver uma cópia da licença, visite https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/. 5 PLANO DE PROJETO PARA MIGRAÇÃO DE SERVIDORES EMPRESARIAIS PARA A COMPUTAÇÃO EM NUVEM 5.1 Apresentação O que é um projeto? De acordo com VIANA (2014, p. 3), podemos descrever da seguinte forma: Projeto é um empreendimento não repetitivo, caracterizado por uma sequência clara e lógica de eventos, com início, meio e fim, que se destina a atingir um objetivo claro e definido, sendo conduzido por pessoas dentro de parâmetros predefinidos de tempo, custo, recursos envolvidos e qualidade. Com essa definição, fica claro que o gerenciamento de projetos pode ser aplicado em todas as áreas de conhecimento humano, como marketing, construção civil, pesquisa, administração de empresas, além da computação em nuvem. As principais características dos projetos são a temporariedade, a individualidade do produto ou serviço a ser desenvolvido pelo projeto, a complexidade e a incerteza (VIANA, 2014, p. 3). Essas duas principais características estão relacionadas aos projetos para migração de servidores empresariais para a computação em nuvem. Ciclo de Vida de um Projeto Como exposto por (VIANA, 2014, p. 9), o ciclo de vida possibilita que seja avaliada uma série de similaridades que podem ser encontradas em todos os projetos, independente de seu contexto, aplicabilidade ou área de atuação. Conhecer as fases do ciclo de vida proporciona vários benefícios para quaisquer tipos de projetos. Dentre eles, podem ser destacados os seguintes: • a correta análise do ciclo de vida determina o que foi, ou não, feito pelo projeto; • o ciclo de vida avalia como o projeto está progredindo até o momento; • o ciclo de vida permite que seja indicado qual o ponto exato em que o projeto se encontra no momento.
  • 44. 40 Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional. Para ver uma cópia da licença, visite https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/. Um dos principais aspectos a serem avaliados durante o ciclo de vida do projeto é o nível de esforço. Entende-se por esforço a quantidade de pessoas envolvidas no projeto, o dispêndio de trabalho e dinheiro com o projeto, as preocupações, as complicações, as horas- extras etc. O nível de esforço destinado ao projeto inicia-se em praticamente zero e vai crescendo até atingir um máximo e, logo após esse ponto, reduz-se bruscamente até atingir o valor zero, representante do término do projeto. A localização do ponto máximo de esforço pode variar de projeto para projeto, mas usualmente acontece no terço final da execução dos trabalhos. Figura 8: Variação do esforço com o tempo em um projeto Fonte: Manual prático do plano de projeto: utilizando o PMBOK® Guide, (2014, p. 10). Os Grupos de Processos VIANA (2014, p. 13) diz que os grupos de processos são as fases consideradas genéricas dentro de um projeto. Cada projeto pode ser dividido em fases que dependem, intimamente, da natureza do projeto. Cada fase do projeto é caracterizada pela entrega, ou finalização, de um determinado trabalho. Um fato importante é que toda entrega deve ser tangível e de fácil identificação, como por exemplo um relatório confeccionado, um cronograma estabelecido ou um conjunto de atividades realizado.
  • 45. 41 Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional. Para ver uma cópia da licença, visite https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/. O ciclo de vida de um projeto pode ser dividido em fases características, conforme ilustrado na figura a seguir. Figura 9: O ciclo de vida do projeto subdividido em fases ou Grupos de Processo Fonte: Manual prático do plano de projeto: utilizando o PMBOK® Guide, (2014, p. 13). Cada fase do projeto normalmente define: • qual é o trabalho a ser realizado; • quem deve estar envolvido (VIANA, 2014, p. 13). VIANA (2014, p. 14) apresenta uma definição dessas 5 fases do projeto: Iniciação – É a fase inicial do projeto, quando uma determinada necessidade é identificada e transformada em um problema estruturado a ser resolvido por ele. Nessa fase, a missão (justificativa ou caso de negócio) e o objetivo do projeto são definidos, os documentos iniciais são confeccionados e as melhores estratégias são identificadas. Planejamento – É a fase responsável por detalhar tudo aquilo que será realizado pelo projeto, incluindo cronogramas, interdependências entre atividades, alocação dos recursos envolvidos, análises de custos e etc., para que, no final dessa fase, ele esteja suficientemente detalhado para ser executado sem dificuldades e imprevistos. Nessa fase, os planos de escopo, tempo, custos, qualidade, recursos humanos, comunicações, riscos e aquisições são desenvolvidos.
  • 46. 42 Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional. Para ver uma cópia da licença, visite https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/. Execução – É a fase que materializa tudo aquilo que foi planejado anteriormente, Qualquer erro cometido nas fases anteriores fica evidente durante esta fase. Grande parte do orçamento e do esforço do projeto é consumida nessa parte. Monitoramento e Controle – É a fase que acontece paralelamente às demais fases do projeto. Tem como objetivo acompanhar e controlar aquilo que está sendo realizado pelo projeto, de modo a propor ações corretivas e preventivas no menor espaço de tempo possível após a detecção da anormalidade. O objetivo do controle é comparar o status atual do projeto com o status previsto pelo planejamento, tomando ações preventivas e corretivas em caso de desvio. Encerramento – É a fase quando a execução dos trabalhos é avaliada através de uma auditoria interna ou externa (terceiros), os documentos do projeto são encerrados e todas as falhas ocorridas durante o projeto são discutidas e analisadas para que erros similares não ocorram em novos projetos. Muito conhecida como Fase de Aprendizado. Durante o projeto, praticamente todas as fases são realizadas quase que simultaneamente, em um ciclo dinâmico de ações. Principais Áreas do Gerenciamento de Projetos O PMBOK® (2013) fornece conceitos fundamentais de gerenciamento de projetos, sendo que estes conhecimentos baseiam-se na contribuição de profissionais de todo o mundo. Outro ponto importante é que as práticas abordadas nesse guia são aplicados na maioria dos projetos, na maioria das vezes, e que há um consenso amplamente difundido sobre seu valor e utilidade. Além disso, o PMBOK® (2013) pretende fornecer uma terminologia e um glossário comum, dentro da profissão e práticas de gerenciamento e execução de projetos, para a linguagem oral e escrita. Neste guia, são abordados 47 processos divididos nas dez áreas de conhecimentos, formando um fluxo de processos, como o descrito na figura a seguir:
  • 47. 43 Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional. Para ver uma cópia da licença, visite https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/. Figura 10: Fluxo com os 47 processos do PMBOK® Guide 5a Edição Fonte: Manual prático do plano de projeto: utilizando o PMBOK® Guide, (2014, p. 18). As áreas do gerenciamento de projetos descrevem o gerenciamento de projetos em termos de seus processos componentes. Esses processos podem ser organizados em dez grupos integrados, como descrito na Figura 11. Cada um desses processos tem um detalhamento específico e uma abrangência própria, porém está integrado, a todo momento, com os demais, formando um todo único e organizado (VIANA, 2014, p. 21).
  • 48. 44 Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional. Para ver uma cópia da licença, visite https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/. Figura 11: As dez áreas de conhecimento do gerenciamento de projetos Fonte: Manual prático do plano de projeto: utilizando o PMBOK® Guide, (2014, p. 22). No Plano de Projeto Para Migração de Servidores Empresariais para a Computação em Nuvem, apresentado neste documento, serão utilizadas sete áreas do gerenciamento de projetos (Integração, Escopo, Tempo, Custos, Comunicações, Riscos e Partes Interessadas) para organizar e gerenciar este tipo de projeto. VIANA (2014, p. 21) descreve essas sete áreas como exposto na sequencia. Gerenciamento da Integração – Área que engloba os processos requeridos para assegurar que todos os elementos do projeto sejam adequadamente coordenados e integrados, garantindo que o seu todo seja sempre beneficiado. Gerenciamento do Escopo – Área que engloba os processos necessários para assegurar que, no projeto, esteja incluído todo o trabalho requerido, e somente o trabalho requerido, para concluí-lo de maneira bem-sucedida. Gerenciamento do Tempo – Área que engloba os processos necessários para a assegurar a conclusão do projeto no prazo previsto. É uma das áreas mais visíveis do gerenciamento de projetos.
  • 49. 45 Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional. Para ver uma cópia da licença, visite https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/. Gerenciamento dos Custos – Área que engloba os processos requeridos para assegurar que um projeto seja concluído de acordo com seu orçamento previsto. Gerenciamento das Comunicações – Área que engloba os processos requeridos para assegurar que as informações do projeto sejam adequadamente obtidas e disseminadas. Gerenciamento dos Riscos – Área que visa planejar, identificar, qualificar, quantificar, responder e monitorar os riscos do projeto. Gerenciamento das Partes Interessadas – Área criada na 5a Edição do guia que engloba os processos requeridos para garantir que as partes interessadas no projeto (fornecedores, equipe, patrocinador, comunicante etc.) sejam identificadas, avaliadas e estrategicamente gerenciadas. 5.2 Gerenciamento da Integração O processo de integração do projeto consistem em garantir que todas as demais áreas estejam integradas em um todo único. Seu objetivo é estruturar todo o projeto de modo a garantir que as necessidades dos envolvidos sejam atendidas ao projeto (VIANA, 2014, p. 23). Deve-se então garantir que todas as necessidades da empresa que está realizando a migração de servidores para computação em nuvem sejam atendidas, focando na usabilidade dos sistemas existentes, em reduzir ao mínimo o tempo que que os aplicativos e servidores atuais fiquem indisponíveis, além das necessidades da alta direção e dos patrocinadores do projeto. Os processos de gerenciamento da integração se decompõem da seguinte forma:
  • 50. 46 Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional. Para ver uma cópia da licença, visite https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/. Figura 12: Processos de Gerenciamento da Integração distribuídos ao longo das fases do projeto Fonte: Manual prático do plano de projeto: utilizando o PMBOK® Guide, (2014, p. 23). O PMBOK® (2013) divide o gerenciamento da integração da seguinte forma: • Desenvolver o termo de abertura do projeto (4.1); • Desenvolver o plano de gerenciamento do projeto (4.2); • Orientar e gerenciar o trabalho do projeto (4.3); • Monitorar e controlar o trabalho do projeto (4.4); • Realizar o controle integrado de mudanças (4.5); • Encerrar o projeto ou fase (4.6). 5.2.1 Documentos do Gerenciamento da Integração para a Migração de Servidores para as Nuvens Deve-se garantir que os servidores empresariais sejam migrados de forma adequada para a computação em nuvem, o que torna essencial que todas as partes do projeto estejam integradas e estruturadas, atendendo as necessidades da empresa. Os documentos descritos na sequencia precisam ser criados para que o projeto possa ser planejado e executado de forma efetiva. 5.2.1.1 Termo de Abertura do Projeto (TAP)
  • 51. 47 Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional. Para ver uma cópia da licença, visite https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/. O Termo de Abertura do Projeto é o documento legal que reconhece a existência de um projeto. Ele server como linha de base para o trabalho do gerente do projeto. Contém diversas informações sobre o projeto, incluindo estimativas iniciais do prazo destinado, recursos necessários e orçamento disponível (VIANA, 2014, p. 69). Para o projeto destinado a migração de servidores empresariais para as nuvens, o Termo de Abertura do Projeto costuma cobrir os seguintes aspectos: • título do projeto; • um resumo das condições que definem o projeto (introdução); • justificativa do projeto de migração; • nome do gerente do projeto e suas responsabilidades e autoridades; • necessidades básicas do serviço a ser realizado; • principais partes interessadas; • descrição dos serviços do projeto; • descrição dos servidores que serão migrados; • cronograma básico do projeto de migração; • estimativas iniciais de custos; • necessidades iniciais de recursos; • necessidade de suporte pela organização que implementa o projeto; • premissas; • restrições; • controle de gerenciamento das informações do projeto; • aprovações com assinatura do executivo responsável pelo documento (não é o gerente do projeto). 5.2.1.2 Plano de Gerenciamento do Projeto O plano de gerenciamento do projeto é o documento que descreve os procedimentos a serem conduzidos durante a sua execução. É o alicerce de toda a execução. Nele estão
  • 52. 48 Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional. Para ver uma cópia da licença, visite https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/. contidos todos os planos secundários, cronogramas, aspectos técnicos etc (VIANA, 2014, p. 70). O plano de gerenciamento do projeto de servidores empresariais para migração para a nuvem deve conter: • a visão geral dos objetivos, metas e escopo do projeto de migração de uma maneira resumida e macro para atender aos altos executivos do projeto; • o objetivo detalhado do projeto para atender ao gerente do projeto e ao time do projeto; • o nome e as responsabilidades do gerente e do time principal do projeto (matriz de responsabilidades); • o organograma do projeto; • estudo técnico da solução a ser adotada no projeto de migração; • Estrutura Analítica do Projeto (EAP); • cronogramas; • principais marcos com suas datas; • utilização de recursos pelo projeto (relatório com as funções); • orçamento e fluxo de caixa; • potenciais obstáculos a serem enfrentados durante a migração dos servidores com as possíveis soluções; • planos de áreas de conhecimento (também considerados planos auxiliares): o Plano de Gerenciamento do Escopo; o Plano de Gerenciamento do Cronograma; o Plano de Gerenciamento dos Custos; o Plano de Gerenciamento das Comunicações; o Plano de Gerenciamento dos Riscos; o Plano de Gerenciamento das Partes Interessadas.
  • 53. 49 Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional. Para ver uma cópia da licença, visite https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/. 5.2.1.3 Sistema de Controle Integrado de Mudanças O Sistema de Controle Integrado de Mudanças é o documento que descreve todos os processos relacionados às mudanças no projeto, sejam elas mudanças de escopo, prazo ou custos (VIANA, 2014, p. 71). Ele tem como objetivo assegurar que as mudanças foram devidamente avaliadas antes de serem aprovadas, rejeitadas ou alteradas. Usualmente o controle integrado de mudanças é representado através de um processo contendo regras, fluxogramas, dentre outros (VIANA, 2014, p. 71). Consistência entre os planos e as expectativas O Controle de Mudanças pode não ser tratado adequadamente na grande maioria dos projetos, mas em projetos de migrações de servidores para a nuvem isso não deve acontecer. É impressionante como os erros costumam se repetir, em muitas empresas, projeto após projeto. O mais curioso é que o processo “4.5. Realizar o Controle Integrado Mudanças” é um dos primeiros do PMBOK® (2013), na área de Integração, que mantém unidos todos os aspectos do projeto. Como fazer o Gerenciamento de Mudanças? A mudança deve sempre seguir o ciclo formal de aprovação e comunicação, conforme a Figura 13.
  • 54. 50 Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional. Para ver uma cópia da licença, visite https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/. Figura 13: Ciclo de Mudanças do projeto. Fonte: Gestão de projetos na Prática. Segue a explicação de cada etapa do ciclo de mudanças do projeto: • Solicitar Mudança – Preencher uma solicitação formal de mudança, explicando detalhadamente o que se deseja alterar no escopo do serviço; • Avaliar impacto no projeto – Avaliar os impactos técnicos e gerenciais (prazos, custos, riscos etc); • Aprovar / Reprovar – Nem toda mudança é aprovada, às vezes ela simplesmente não é factível; Um comitê de controle de mudanças deve ser estabelecido para analisar e deliberar sobre a aprovação ou não; • Replanejar projeto – O projeto deve ser replanejado incluindo a mudança aprovada; • Informar stakeholders – Todas as partes interessadas (stakeholders) devem ser formalmente informados sobre a mudança e seus impactos; • Executar – Só então deve-se executar a mudança. 5.3 Gerenciamento do Escopo O gerenciamento do escopo tem como objetivo principal definir e controlar os trabalhos e serem realizados pelo projeto de modo a garantir que o produto, ou serviço,
  • 55. 51 Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional. Para ver uma cópia da licença, visite https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/. desejado seja obtido através da menor quantidade de trabalho possível, sem abandonar nenhuma premissa estabelecida pelo objetivo do projeto (VIANA, 2014, p. 27). É importante que os sistemas e servidores que serão migrados para a computação em nuvem sejam bem conhecidos, incluindo a quantidade de dados que precisarão ser migrados, além do nível de importância de cada aplicativo ao cliente final. Caso seja necessário manter uma redundância de servidores, ou seja, manter o atual durante os primeiros dias em que o servidor migrado funcione, esta necessidade deve ser incluída no escopo do projeto. Os processos de gerenciamento do escopo se decompõem da seguinte forma: Figura 14: Processos de Gerenciamento do Escopo distribuídos ao longo das fases do projeto. Fonte: Manual prático do plano de projeto: utilizando o PMBOK® Guide, (2014, p. 27). O PMBOK® (2013) divide o gerenciamento de escopo da seguinte forma: • Planejar o gerenciamento do escopo (5.1); • Coletar os requisitos (5.2); • Definir o escopo (5.3); • Criar uma estrutura analítica do projeto (EAP) (5.4); • Validar o escopo (5.5); • Controlar o escopo (5.6). 5.1 Planejar o gerenciamento do escopo 5.2 Coletar os requisitos 5.3 Definir o escopo 5.4 Criar a estrutura analítica do projeto (EAP) Processos de Planejamento 5.5 Validar o escopo 5.6 Controlar o escopo Processos de Monitoramento e Controle GERENCIAMENTO DO ESCOPO
  • 56. 52 Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional. Para ver uma cópia da licença, visite https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/. 5.3.1 Documentos do Gerenciamento do Escopo para a Migração de Servidores para a Computação em Nuvem A correta definição do escopo do projeto de migração de servidores auxiliará na execução correta desse conjunto de serviços. A criação da Estrutura Analítica do Projeto (EAP) da forma mais completa possível, incluindo seu dicionário, apresenta o detalhamento dos pacotes de trabalho do projeto como um todo, o que fortalece o gerente do projeto e sua equipe na execução do projeto e nas tomadas de decisões. 5.3.1.1 Documentação dos Requisitos É o documento que registra os requisitos necessários para atender às necessidades do projeto. Ele pode ser construído a partir de requisitos de alto nível, sendo detalhado progressivamente com o projeto (VIANA, 2014, p. 73). O documento de requisitos do projeto de migração de servidores deve conter: • título do projeto; • nome da pessoa que elaborou o documento; • descrição do projeto; • objetivo do projeto; • requisitos funcionais desejáveis (priorizados); • requisitos não funcionais desejáveis (desempenho, segurança, confidencialidade, etc); • configurações mínimas e configurações desejáveis dos servidores que serão migrados; • critérios de aceitação do projeto; • potenciais impactos do projeto de migração em outras áreas da empresa e em clientes externos; • registro de alterações do documento; • aprovações.
  • 57. 53 Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional. Para ver uma cópia da licença, visite https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/. 5.3.1.2 Especificação do Escopo do Projeto A Especificação do Escopo (antiga Declaração do Escopo) é o documento que formaliza o escopo de todos os trabalhos a serem desenvolvidos no projeto, servindo de base para definir suas características limites. É importante ressaltar que em um projeto somente existe uma única especificação do escopo. Muitas vezes, a diferença entre especificação preliminar e especificação final do escopo está apenas no nível de detalhamento (VIANA, 2014, p. 74). O escopo do projeto a ser utilizado para fins de planejamento e controle será sempre a especificação final do escopo. Ao contrário do Termo de Abertura do Projeto, a especificação do escopo pode ter dezenas de páginas com detalhes do projeto. A Especificação do Escopo do Projeto para a migração de servidores para as nuvens, deve conter as seguintes informações: • título do projeto; • nome da pessoa que elaborou o documento; • nome do patrocinador; • nome do gerente do projeto e suas responsabilidades e autoridades; • organograma; • nome dos integrantes da equipe do projeto; • descrição do projeto; • objetivos do projeto; • justificativa do projeto; • descrição dos serviços do projeto; • descrição dos servidores que serão migrados; • descrição dos fornecedores de computação em nuvem que serão utilizados; • expectativa da empresa/patrocinador na migração no projeto como um todo; • fatores de sucesso do projeto; • restrições; • premissas; • limites do projeto;
  • 58. 54 Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional. Para ver uma cópia da licença, visite https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/. • Estrutura Analítica do Projeto (níveis superiores da estrutura); • principais atividades do projeto; • principais entregas dos serviços do projeto; • orçamento do projeto; • planos de entregas e marcos do projeto; • riscos iniciais do projeto; • requisitos de gerenciamento de configuração e de mudanças do projeto; • registro de alterações do documento; • aprovações. 5.3.1.3 Estrutura Analítica do Projeto (EAP) A Estrutura Analítica do Projeto, também conhecida como WBS – Work Breakdown Structure, é a ferramenta de gerenciamento do escopo do projeto. Cada nível descendente do projeto representa um aumento no nível de detalhamento do projeto, como se fosse um organograma (hierárquico) (VIANA, 2014, p. 75). O detalhamento pode ser realizado até o nível desejado, apresentando dados genéricos ou detalhados. O detalhamento mais usual é o pacote de trabalho (work package) (VIANA, 2014, p. 75). Uma forma de apresentação da EAP muito utilizada é a analítica, onde a EAP apresenta o escopo de todo o trabalho e todos os serviços do projeto, através de uma lista de elementos recuados indicando os grupos de trabalho. Normalmente a lista de elementos vem acompanhada de uma numeração. Esse formato é comum em softwares de gerenciamento de projetos, como o Microsoft Project. 5.3.1.4 Dicionário da EAP O dicionário da EAP é um conjunto de definições que descrevem cada pacote de trabalho do projeto. Ele detalha o trabalho a ser realizado, bem como aspectos relacionados
  • 59. 55 Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional. Para ver uma cópia da licença, visite https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/. aos recursos, predecessores, sucessores, dentre outros. A linha de base do escopo do projeto nada mais é do que o agrupamento da especificação do escopo, da EAP e do dicionário da EAP (VIANA, 2014, p. 78). No dicionário da EAP, devemos apresentar os seguintes elementos: • nome e código do pacote de trabalho; • responsável pelo pacote de trabalho; • principais tarefas contidas no pacote de trabalho; • recursos previstos para a realização do pacote de trabalho; • prazo estimado para a execução das tarefas do pacote de trabalho; • custo estimado para realizar o pacote de trabalho; • predecessores do pacote de trabalho; • sucessores do pacote de trabalho; • riscos associados ao pacote; • outras informações. O dicionário da EAP costuma ser documentado através de uma tabela, onde as linhas são os pacotes de trabalho e as colunas suas informações. 5.3.1.5 Plano de Gerenciamento do Escopo O plano de gerenciamento do escopo é o documento que descreve os procedimentos que serão utilizados para gerenciar todo o escopo do projeto. É basicamente a regra com que o escopo será gerenciado pelo projeto (VIANA, 2014, p. 78). Este plano de gerenciamento do escopo de migração de servidores deve conter: • título do projeto; • nome da pessoa que elaborou o documento; • nome da pessoa responsável pelo plano; • descritivo dos processos de gerenciamento do escopo da migração; • gerenciamento da configuração; • frequência de avaliação do escopo do projeto;
  • 60. 56 Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional. Para ver uma cópia da licença, visite https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/. • frequência de atualização do plano de gerenciamento do escopo; • outros assuntos relacionados ao gerenciamento do escopo do projeto não previstos no plano; • registro de alterações do documento; • aprovações. 5.4 Gerenciamento do Tempo O gerenciamento do tempo, juntamente com o gerenciamento dos custos, são as mais visíveis áreas do gerenciamento de projetos. A grande maioria das pessoas que se interessa por projetos tem como objetivo inicial controlar prazos, confeccionar diagramas de redes etc (VIANA, 2014, p. 31). O principal objetivo dessa área é garantir que o projeto seja concluído dentro do prazo determinado. Os processos de gerenciamento do escopo se decompõem da seguinte forma: Figura 15: Processos de Gerenciamento do Tempo distribuídos ao longo das fases do projeto. Fonte: Manual prático do plano de projeto: utilizando o PMBOK® Guide, (2014, p. 21). O PMBOK® (2013) divide o gerenciamento do tempo da seguinte forma: • Planejar o gerenciamento do cronograma (6.1); • Definir as atividades (6.2);