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Romance à Maneira de DeusRomance à Maneira de Deus
Eric e Leslie Ludy
Título Original: Romance God's Way
Tradução: Ariane Nishimura
Bless Gráfica e Editora, 1ª ed., 1999
ISBN 85-87244-11-6
Digitalizado por guerreira
http://semeadoresdapalavra.top-forum.net/portal.htm
OBS.: Mantida a formatação de fontes, tanto quanto
possível.
Ilustrações não adicionadas, por serem meramente
decorativas, e não terem ficado com boa qualidade na
digitalização.
Nossos e-books são distribuídos
gratuitamente, com a única finalidade de
oferecer leitura edificante a todos aqueles que
não tem condições econômicas para comprar.
Se você é financeiramente privilegiado, então
utilize nosso acervo apenas para avaliação, e,
se gostar, abençoe autores, editoras e
livrarias, adquirindo os livros.
Semeadores da Palavra e-books evangélicos
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Para Leslie,
minha Princesa da Pureza.
Obrigado por revelar-me de forma tão
suave o que significa amar a sua vida
Eric
Para Eric,
meu Príncipe de Armadura Brilhante.
Obrigada por construir para
mim um castelo de sonhos.
Leslie
* * *
Eu é que sei que pensamentos
tenho a vosso respeito,
diz o Senhor;
pensamentos de paz,
e não de mal, para vos dar o fim que desejais.
Jeremias 29:11
* * *
O s Au t o r e s
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Eric e Leslie Ludy são escritores, palestrantes e músicos que têm viajado
muito para compartilhar a mensagem do Romance à Maneira de Deus com
jovens e adultos. O ministério desse casal inclui vários seminários e
conferências não só nos Estados Unidos como também em outros países. O
desejo de Eric e Leslie é inspirar, desafiar e equipar a sua geração para viver
de acordo com o padrão de Cristo.
O que os leitores estão
dizendo...
"A mensagem do Romance à Maneira de Deus causou em
minha vida um impacto maior do que as palavras possam
expressar. Agora sei que Deus tem escolhido a dedo um
companheiro para mim e que posso confiar essa área da minha
vida a Sua perfeita fidelidade."
Kristen Baldwin, 15
Lufkin,TK
"Por meio da mensagem do Romance à Maneira de Deus,
aprendi a colocar Deus em primeiro lugar em todas as áreas da
minha vida, especialmente nos relacionamentos com o sexo
oposto. Eu agradeço a Deus pelo testemunho de Eric e Leslie e
eu sei que este livro tocará a sua vida como tocou a minha."
Jeremy Fernando, 19
Victoria, Austrália
"Essa mensagem é o que a nossa geração precisa para
combater os caminhos do mundo. Por meio do Romance à
Maneira de Deus, encontrei a segurança em saber que existe
uma maneira melhor de construir relacionamentos... à Maneira
de Deus."
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Matt O' Neil, 15
Ontário, Canadá
"Posso ver a unção de Deus sobre Eric e Leslie por meio
de seu exemplo, seus livros e suas palavras. O desejo deles é
que as pessoas busquem a vontade de Deus em cada área de
suas vidas.Suas histórias são reais e inspirativas."
Heather Morehouse, 17
Kalamazoo, MI
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S u m á r i o
(clique para ir ao capítulo)
Prefácio
Introdução: O Que Pode Estar Acontecendo no Céu
Capítulo 1: Aquela Palavra!
Capítulo 2: Na Puberdade e Sem Saída
Capítulo 3: Aprendendo a Maneira do Mundo: a Maneira Mais Difícil
Capítulo 4: Casa de Cartões ou Castelo?
Capítulo 5: Pão no Terreiro?
Capítulo 6: A fossa do Super Bowl
Capítulo 7: Deus é um Velhote?
Capítulo 8: Sem Garota Numa Sexta-Feira à Noite?
Capítulo 9: A Visão do Túnel
Capítulo 10: Amor: Passageiro ou Eterno?
Capítulo 11: A Chave Secreta do Romance
Capítulo 12: Mais do que Flores
Capítulo 13: Os Cavaleiros de Armadura Brilhante Realmente
Existem?
Capítulo 14: Luz, Câmera, Ação!
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AG R AD E C I M E N T O S
Um agradecimento especial a
Richard Runkles
por tornar este projeto possível.
A Mark Ludy, pela sua criatividade hilariante.
E a Marlene Bagnull
por trabalhar paciente e diligentemente
no reforço desta mensagem.
Acima de tudo,
agradecemos ao verdadeiro Autor
por tudo o que possa ser digno nestas páginas.
A Ele seja a glória!
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PREFÁCIO
Conheci Eric e Leslie durante a primeira viagem deles à
Austrália, em 1996. enquanto os entrevistava para um
programa de televisão. Fiquei rapidamente entusiasmado com
a mensagem e o ministério desse casal. Sinto-me emocionado
ao recomendar com grande alegria o novo livro de Eric e Leslie
a qualquer pessoa que esteja buscando sabedoria divina na
área de relacionamentos, pois creio que a mensagem contida
no Romance à Maneira de Deus indica uma mudança de
direção para os jovens de hoje.
O livro que você está prestes a ler o encantará e o
inspirará! Eric e Leslie enriquecem estas páginas com talento e
personalidade, com lances de jornadas pessoais e com uma
visão clara de como semear sementes vivas nos corações.
Romance à Maneira de Deus é uma mensagem de
esperança. Para muitos jovens, famílias e líderes, a "esperança"
tem sido enterrada nas cinzas de sonhos queimados. Porém,
Eric e Leslie têm provado em suas vidas que não apenas existe
uma maneira melhor de construir relacionamentos, mas que
essa maneira já foi vivida com sucesso.
Isso não é um apelo sentimental às pessoas
emocionalmente vulneráveis. Estas páginas foram gravadas
com a experiência pessoal, visão de oração, obediência à fé e
uma profunda busca da realidade. O resultado é um livro pleno
de uma sabedoria que nos ensina a repensar, a reconquistar e
a vivificar a visão para um futuro santo e glorioso. O humor, os
casos, as ilustrações e a realidade do dia-a-dia trazem a
verdade a nossa compreensão.
Eric e Leslie são cem por cento sinceros, absolutamente
reais, genuínos na preocupação com a vida, sensíveis ao amor
do Senhor e ricos em seus próprios relacionamentos ao
explorar o tesouro do caminho excelente de Deus.
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Esse material tem sido várias vezes apresentado em todos
os Estados Unidos e na Austrália. O ensino tem sido testado e
aprovado por jovens de diferentes formações. Não tenho
conhecimento de outras pessoas que tenham compartilhado
todas essas verdades de forma tão poderosa. Um casal
excepcional desenvolvendo um trabalho excepcional! E o desejo
de seus corações é que essa mensagem o atraia, o liberte e o
dirija a sua própria jornada para que você também tenha uma
mensagem para as nações.
Não permita mais que o doloroso padrão do mundo
continue arruinando a sua vida. Sua mensagem singular
transformará a sua vida e semeará sementes de grande
satisfação e doce felicidade. Leia com o coração aberto. Leia
com confiança e esteja pronto para aplicar a verdade com um
compromisso real de fé. Leia e seja transformado!
Chris Field
Melbourne, Victoria, Austrália
Chris Field é um pastor australiano e uma personalidade da televisão. Ele
apresenta dois programas semanais de TV, na cidade de Melbourne, Victoria
- um programa de estudo bíblico. "Living Word" ("Palavra Viva") e um pro-
grama de entrevista. "Melbourne Alive" ("Melbourne ao Vivo"). Chris tem
cinco filhos e uma filha e ministra, principalmente, sobre família, casamento,
integridade pessoal e aplicação da Palavra.
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INTRODUÇÃO: O QUE PODE ESTAR ACONTECENDO NO
CÉU
- Eric -
Todo o Céu estava em agitação! A hoste angelical estava
na "ponta das asas" desde domingo à noite, esperando...
observando... imaginando. Todos os olhos celestiais estavam
fixos no entusiasmado Pai assentado em Seu trono, adornado
em todo o seu esplendor. Uma miríade de serafins iluminados
fitavam o Seu terno rosto, imaginando o momento em que Seus
lábios finalmente profeririam as palavras tão esperadas.
As horas passavam, e a expectativa crescia. Foi somente
na segunda-feira, às sete e meia, que Ele. finalmente, chamou
o arcanjo para o seu lado. Parecia que Ele estava rindo,
enquanto sussurrava alguma coisa no ouvido de Miguel. O céu
alvoroçava-se de curiosidade.
Com um sorriso exultante, o mensageiro do Rei
posicionou-se perante a hoste celestial. Um audível
"ssshhhhhh" ressoou entre a curiosa multidão. Cada serafim e
querubim estava quieto, esperando... observando...
imaginando.
O radiante arcanjo comprimiu o lábio, tentando reprimir e
controlar a sua própria ansiedade. Depois de uma pausa, que
pareceu durar um milênio, Miguel começou a falar com alegria
radiante e risos incontroláveis:
- Meus amigos, sua voz ecoou pelos céus, o Pai diz que É
CHEGADA A HORA!
Trepidação de asas, sons de harpas, pés de anjos
dançando sobre as ruas de ouro. É chegada a hora! Finalmente
a hora chegou!!! E todo o Céu estava exuberante!
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O pipoqueiro chegou assim que começavam a abrir as
cortinas. Todos os ansiosos serafins se acomodavam nos
assentos. Enquanto o filme começava, o Pai, todo exultante,
inclinou-Se e cutucou Miguel, dizendo:
- Fui eu mesmo quem uniu esses dois. Miguel, rindo
daquela afirmação tão conhecida, deu uns tapinhas amigáveis
nas costas do seu Herói, o Grande Diretor dos Estúdios
Universais.
Então, todos vêem um rapaz surgindo naquela tela
gigante, totalmente despercebido ao fato de que bilhões de
olhos estavam a observá-lo. Era uma sexta-feira chuvosa de
abril. Ele permanecia à porta, do lado de fora. esperando...
observando... imaginando. Em uma das mãos ele segurava um
buquê de rosas e na outra uma caixinha branca.
Os acontecimentos a seguir deixariam todo o Céu nas
pontas dos pés. Cada ser angelical imaginava como ele faria.
Como ele a surpreenderia? Qual seria a reação dela? Ela
aceitaria? Apenas o Autor Todo-Poderoso sabia o que
aconteceria e Ele sempre guardava o segredo a sete chaves.
O auditório inquietou-se quando os vizinhos, ao
retornarem para casa, curiosamente observavam o rapaz ali...
na chuva... do lado de fora da grande casa azul.
De repente, a cena mudou. Uma graciosa moça. em uma
sala iluminada por luz de velas, entrava em foco. Ela estava
rodeada pela sua família, o que dava a impressão de ser um
momento muito simbólico. Depois de lhe terem dirigido
palavras doces, a mocinha foi convidada a sentar-se no sofá,
com os olhos fechados. Fora-lhe dito que o presente, que eles
lhe desejavam dar há tanto tempo, estava do lado de fora e que
eles iriam buscá-lo
A família se afastou, deixando sua jóia preciosa. Os olhos
da mocinha estavam fechados e apertados em expectativa. Logo
que a família saiu pela porta dos fundos, ouviu-se uma linda
música. Era uma música que ela apreciava - que lhe trazia
lágrimas aos olhos.
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Novamente a cena da noite chuvosa com o rapaz
segurando o buquê de rosas apareceu na tela, dessa vez,
entretanto, a porta estava aberta. A família da mocinha passou
silenciosamente pela porta e compartilhou um breve momento
de sorrisos calorosos com o jovem de cabelos encaracolados.
Então, silenciosamente, o jovem entrou.
A porta se fechou atrás dele. Um corredor escuro,
iluminado apenas pela luz dos seus sonhos, o recebeu. Aquela
melodia enchia os seus ouvidos e tocava o seu coração,
enquanto ele se dirigia para a sala. nas pontas dos pés. Ele
estava a alguns segundos do momento que havia esperado por
toda a sua vida.
A mocinha, com a face rosada, apareceu na tela. Dessa
vez o foco estava nas lágrimas que escorriam pelo seu rosto
delicado e suave. Aquela música trazia lembranças de um
jovem à sua mente. Pensar que seu príncipe de armadura
brilhante estava a milhares de milhas distante era como
alfinetadas em seu coração.
- Um dia ele virá. ela assegurava a si mesma, ele
prometeu que voltaria.
Sem que ela percebesse, o jovem entrou na sala. Ele a
observava em toda a sua beleza, enquanto lágrimas
continuavam a escorrer pela sua face.
- Leslie. ele sussurrou, tentando conter-se.
A preciosa princesa levantou a cabeça espantada. Através
da cortina de lágrimas, ela viu a imagem do seu príncipe. Como
se fosse um sonho, ela o fitava vindo ao seu encontro e
ajoelhando-se aos seus pés. Com lágrimas nos olhos, ele
gentilmente confessou a sua adoração e o seu amor por ela. Ele
a presenteou com as rosas e com uma caixinha branca. E a
surpreendeu com um pedido de casamento.
- Minha Leslie. sua voz rouca sussurrava, você quer se
casar comigo?
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Enquanto dizia essas palavras, ele olhava fixamente nos
olhos dela. A música de fundo crescia com intensidade e
grande comoção.
Os olhos dela brilhavam, suas bochechas enrubesciam
com entusiasmo. Ela não conseguia falar. De repente, a música
chegou ao seu clímax, e ela disse "Sim".
Os céus explodiram de emoção. Alguns anjos se
cumprimentavam, enquanto outros passavam a caixa de lenço
de papel.
- Ele conseguiu, um ser angelical gritava.
Um coral de vozes cantava o "Aleluia" na versão hip-hop.
Enquanto as cortinas se fechavam, todos se dirigiam ao
trono para parabenizar o Diretor. Miguel apressou-se
triunfantemente para o lado do Rei, enquanto a congregação de
críticos de cinema rodeava o trono. O Rei inclinou-Se e
sussurrou ao ouvido de seu querido arcanjo:
- Com a experiência que eu tenho em escrever textos,
pense em alguns outros casais e me dê mais oportunidades
como essa.
Miguel sorriu e virou-se para falar à multidão:
- Eu sei que vocês devem estar se perguntando porque
hoje em dia é tão raro assistir a cenas como essas pelo telão.
Depois de uma pausa, elevou mais a sua voz: -A razão é
muito simples, não temos mais histórias românticas de boa
qualidade que sejam puras o suficiente para serem produzidas
e exibidas aqui!
Os céus responderam àquelas palavras com risos. E
Miguel continuou:
- Mas parece que as coisas lá embaixo estão mudando.
O ajuntamento celestial olhava para Miguel com
interrogações nos olhos. Seria verdade? Será que existiriam
histórias de amor que fossem puras entre as pessoas lá
embaixo?
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- Sim, meus amigos, disse Miguel, é verdade! Nosso
glorioso Criador está escrevendo o enredo para milhares de
pessoas que tenham as mais puras histórias de amor. Ele está
apenas esperando que os jovens casais aceitem os papéis de
personagens principais!
Os anjos se entreolhavam com uma expectativa jubilosa.
- Tudo o que precisamos é levar uma mensagem muito
importante para os filhos que estão lá embaixo na terra. Na
verdade, essa mensagem é tão importante que os dois jovens
que acabaram de aparecer no filme estão escrevendo um livro.
Se os jovens lá da terra entenderem essa mensagem, eles
permitirão que o Diretor Mestre escreva suas histórias de
amor. Então, meus amigos, teremos a grande possibilidade de
gastar nossos gloriosos anos assistindo a produções como essa
que acabamos de ver hoje!
- Qual é a mensagem? perguntou a multidão celestial.
- É simples, respondeu Miguel. Tudo o que eles precisam
saber é que o Criador do Universo... ADORA ROMANCES!
Uma agitação de asas surgiu da incontável multidão
entusiasmada. Miguel finalizou com um desfecho inspirativo:
- Vamos a nossa missão! Levemos essa mensagem aos
filhos da terra. O mundo nunca mais será o mesmo assim que
eles entenderem a essência do Romance à Maneira de Deus.
♥ ♥ ♥
E, querido leitor, nunca se soube como este livro foi cair
em suas mãos. Pode ter sido simplesmente o trabalho de algum
bravo mensageiro do Céu entregando-o diretamente do próprio
Pai a você. Por quê? Porque talvez Ele deseja que você saiba
que... Ele está escrevendo um romance só para você neste
exato momento!
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CAPÍTULO 1: AQUELA PALAVRA!
- Eric –
Eu me lembro do dia fatal em que minha mãe proferiu
aquela palavra pela primeira vez. Aquilo chegou aos meus
ouvidos como um carrapicho na meia e cheirou mal como uma
torrada queimando na cozinha. Eu nunca mais seria o mesmo.
Como pude ser exposto de tal forma àquela palavra?
Eu estava bem na minha quando, de repente, percebi que
o nariz de minha mãe se aproximava do meu rosto como se ela
fosse um cientista maluco analisando pelo microscópio uma
ameba amassada. Eu, sentindo-me um tanto desconfortável,
tentava desviar-me. mas o nariz persistia - aproximando-se
cada vez mais perto... e mais perto... e mais perto. Até que
finalmente:
- Ah!
Minha mãe vencera! Ela descobrira a verdade escondida...
um pontinho amarelado! Mas a pior parte estava por vir. Foi a
palavra que ela disse que provocou mal-estar e embaraço.
- Eric, parece que você está na...
E foi bem aí que ela falou aquela palavra!
Pouco tempo depois, fui novamente exposto àquela
terrível e abominável palavra. Outra vez ela saiu dos lábios
inocentes e confiantes de minha própria mãe. Dessa vez,
aconteceu na cozinha. Eu não sabia do perigo iminente,
enquanto fuçava, matava a sede e a fome em um de meus
cômodos preferidos da casa. Era lá onde eu encontrava algum
refrigério. Era naquele exato lugar onde eu encontrava paz,
alegria e satisfação. Mas também foi lá onde eu me vi face a
face com aquela palavra!
- Mãe, me dá um copo de leite?
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Enquanto dizia aquilo, minha voz falhou como uma
taquara rachada. Foi como se um enorme ovo tivesse sido
quebrado bem em minha cara. Minha mãe riu e disse:
- Que bonitinho! Eric. você está passando pela... E outra
vez. tão claro como o dia, tão mal cheiroso quanto um gambá
-aquela palavra.
É muito triste ter de dizer isto: eu, Eric, não sou o único
que foi amaldiçoado por essa terrível palavra. Essa palavra tem
uma reputação! Na realidade, é algo centenário! Sabemos que
ela fez com que os criminosos mais durões ficassem corados de
vergonha. Muitas mães já experimentaram grande desgosto, e
pais se esconderam devido ao seu simples pronunciamento. E
ela não afetou apenas a plebe. A história nos revela que ela
derrotou até mesmo o cavaleiro mais corajoso e a princesa
mais digna. Na verdade, essa palavra maluca é conhecida por
ter fraquejado os joelhos do zagueiro mais durão e por ter
amolecido como gelatina o coração do mais bravo oficial da
marinha.
Aquele dia fatal na cozinha não seria a última vez que eu
teria uma colisão frontal com aquela palavra. Não passou
muito tempo para que as espinhas começassem a brotar em
meu rosto como os cactos do nosso jardim e uns odores
estranhos começassem a exalar de minhas cuecas anunciando
em "claro e alto som" que Eric estava embarcando em um
período de sua vida chamado... AQUELA PALAVRA!
Logo depois, todo o caos culminou com um enorme
massacre da dignidade de minha infância, quando meu pai me
chamou para termos "A conversa". "A conversa" baseou-se
naquela palavra. Tudo o que era mais desagradável, tudo o que
era estranho, tudo o que era gorduroso era culpa daquela
palavra!
Uma noite meu pai me convidou para acompanhá-lo em
uma volta pela cidade. Não havia nenhuma razão em
particular, apenas um passeio inocente pela cidade. Foi uma
conspiração! Eu devia ter pressentido no ar, mas estava muito
distraído para perceber. Entramos em nosso carro amarelo cor
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de banana (uma linda lembrança dos meus tempos de criança)
e nos dirigimos para a rua para um... estacionamento! Meu pai
sabia o ambiente perfeito para fazer com que seu filho se
sentisse confortável. Com a justificativa de conversar sobre
estratégias de futebol (meu pai era o meu técnico, e nós
teríamos um jogo na manhã seguinte), ele começou a falar:
- Então. hum. Eric... ah. acho que você poderia me ajudar
a planejar a posição do time para o jogo de amanhã contra os
Blazers. o que acha? Ele perguntou com um constrangimento
que encheu todo o nosso carro amarelo cor de banana.
Concordei, e papai prosseguiu - procurando por uma
folha de papel que tirava de sua maleta. Eu podia sentir que
uma granada estava para explodir.
- Bom. porque não colocamos o Luck aqui. à direita, e
talvez o Johnny no meio do campo, à esquerda e...uh... Ele
parou.
De repente, o silêncio pairou no carro como o vento gelado
de inverno atravessa a camiseta. Passados alguns segundos,
com a coragem de um novilho que sabe que está indo para o
matadouro, ele continuou:
- Éééééé que. bem... ele murmurou.
- Hã! hã!... pigarreou e continuou, falando nisso. Eric.
tem uma coisa que quero falar com você.
A granada havia sido lançada, e eu era o alvo.
Nunca me esquecerei daquela noite no estacionamento.
Passei, praticamente, toda a noite fitando o chão do carro
amarelo cor de banana, com as bochechas enrubescidas e com
os ouvidos transbordando com aquela palavra. Naquela
monotonia, a única coisa que eu disse durante toda a noite foi
"u-hum". Era como se fossem dois terríveis pesadelos em um
só: beijar o meu irmão na boca e ir para a escola sem roupa.
Mas se para mim era difícil, imagine para o meu pai. pois ele
foi a pessoa que. de fato. falou aquela palavra!
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Se eu pudesse, nunca mais pensaria naquela palavra, ou
a ouviria, ou a pronunciaria novamente. Mas acontece que um
crime imperdoável ocorreu em nossa sociedade, e o culpado
precisa ser claramente identificado. É isso mesmo - aquela
palavra é a suspeita principal. Essa não é uma acusação
trivial. Esse foi um crime capital merecedor de uma punição
que "coloque todos os pingos nos is" até que haja o
cumprimento total da lei.
Existe alguma coisa em nossa sociedade que tem
torturado as mentes dos jovens, atormentando-os com
insegurança e ameaçando-os com constrangimento. Este
indivíduo, digno de condenação, é conhecido por desorientar
gerações inteiras de jovens da verdadeira beleza de se tornar
um adulto, jogando-os em um dilema causado pelas palavras
engraçadas e por falsas interpretações. Eu experimentei, por
conta própria, lidar dignamente com esse indivíduo e fazer
justiça sem delongas. Neste momento, quero apresentar-lhes
os maiores suspeitos, um dos quais é aquela palavra:
1) alcachofras
2) hora de dormir
3) lição de casa
4) fígado com cebolas
5) e... é... pu... pubahh...puberdade!
Agora, é óbvio para todos que cada uma dessas coisas é
uma tremenda ameaça para os jovens, mas existe uma que
sobrepuja as demais. Uma palavra que faz com que as outras
sejam "fichinha'". E! Você está absolutamente certo! É aquela
palavra1
. É aquela palavra que faz nascer espinhas na sua cara.
mas que não lhe explica como se livrar delas. É aquela palavra
que o transforma de um menininho bonitinho em um quatro
olhos desengonçado e otário com cabelo seboso, sem, ao
menos, ter a polidez de enviar um cartão de "melhore logo".
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Aquela palavra é a única responsável por nos confundir a
cabeça com todas essas palavras engraçadas.
Eu me lembro de olhar para o fundo da classe e ver Cindy
McFarlane (este não é o seu nome verdadeiro). "O que é aquilo?"
Minha mente questionou em agitação. Uma outra parte de mim
respondeu sarcasticamente: "Aquilo é uma garota, esperto!" Eu
sabia que Cindy era uma garota, mas tinha certeza de que
alguma coisa havia mudado. Até então, eu estava condicionado
a reagir comum "credo!" Mas. subitamente, o "credo!" não
coincidia com os sentimentos em meu interior. Talvez um
"uaaauuu ". mas nunca um "credo!"
Eu estava mudando. Meu rosto estava ficando cabeludo
como uma casca de pêssego. Minha voz estava falhando.
Coisas estranhas estavam acontecendo comigo, e eu me sentia
deslocado dos outros. Sentia-me como um pingo de sorvete
derretendo na calçada. Meu pai "havia me ajudado" a
compreender as mudanças físicas durante "A conversa", mas
havia algumas outras coisinhas acontecendo também. Eram
coisas internas. Desejos dentro de mim que eu nunca havia
sentido antes.
A palavra maluca, puberdade. ecoava por todos os lados e
parecia gritar para mim: Ei. você. seu otário. João Ninguém em
puberdade. apenas se olhe no espelho! Você acha que alguém
poderia amá-lo do jeito que você é?
Até então, eu nunca havia questionado se os outros me
achavam atraente ou não. ou se eu era uma pessoa que
pudesse despertar o amor de uma garota. Mas. subitamente,
eu só conseguia pensar naquilo: Puberdade! Puberdade!
Puberdade! Você está na puberdade! Aquela palavra inundava a
minha mente. Imagens de Cindy McFarlane despontavam em
minha mente, enquanto eu sussurrava: "Desiste, seu
desengonçado de boca metálica!"
Dentro de mim estavam acontecendo coisas que "A
conversa" daquela noite no estacionamento não me havia
preparado. De repente, eu sentia o desejo de ser atraente.
19 / 159
Durante os últimos doze anos. eu não me importava se o meu
cabelo estava arrepiado, se a minha camiseta estava
amarrotada ou se havia molho de pizza no meu queixo... Agora,
surgindo repentinamente do nada. eu sentia que precisava ser
atraente.
Talvez a Cindy até olhe para mim hoje! Eu advertia a mim
mesmo ao acordar uma hora mais cedo do que o normal para
me aprontar para ir à escola.
Comecei a ficar horas e horas escolhendo o traje certo,
passando esfoliante na cara para ver se me livrava daquelas
espinhas obscenas e, é claro, cuidando do item número 1 do
horário de minha agenda matutina: o penteado. Desenvolvi um
estilo de penteado que era embelezado e ornamentado à
perfeição. Eu precisava estar cem por cento. Se um fiozinho de
cabelo estivesse fora do lugar, isso era suficiente para que eu
largasse o café da manhã para colocá-lo no lugar.
Comecei a estudar revistas que tivessem homens do tipo
"machão". Lembro-me de quando folheava uma revista e me
deparei com o Arnold Schwarzenegger sem camisa. Pensei
comigo mesmo: Uau! Então é assim que devo parecer?
Imediatamente fui para o banheiro e tirei a camiseta.
Olhei para o espelho com um sorriso a La Clint Eastwood,
curvei os braços e os flexionei como o Schwarzenegger na
revista. "Puf!" Uma pelotinha de músculo apareceu em meu
braço e "Puft!" Sumiu. Foi naquele momento que enxerguei
pela primeira vez "O magrela".
Meu desejo de ser atraente levou-me, uma manhã, antes
de ir para a escola, ao estojo de maquiagem de minha mãe.
Minhas espinhas estavam se multiplicando em meu rosto como
uma ninhada de coelhos, e eu não conseguia descobrir o que
fazer. Encontrei, entre os vários produtos, uma coisa chamada
"base" e, em frente do espelho, tapei, cuidadosamente, cada um
dos pontinhos de espinha.
Maquiagem: esta era uma outra coisa não abordada pelo
meu pai naquele bate-papo que tivemos no carro amarelo cor
de banana. Eu não tinha a mínima idéia de que existiam
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diferentes tipos de tonalidades de maquiagem e de que é
necessário certificar-se de que o tom combine com a cor da
pele. Quero dizer, como é que eu deveria saber tudo isso?
Bom. aprendi rapidamente aquela lição logo que entrei no
vestiário masculino naquela tarde. Um cara superlegal, que
passou por mim e percebeu que eu não havia combinado o tom
da base com a minha cor morena, teve a bondade de,
graciosamente, anunciar bem alto para todo o vestiário ouvir:
- Você tá usando maquiagem!
Imediatamente gaguejei um "não", mas ele insistia, no
caso de alguém não ter escutado:
- O Eric tá usando maquiagem!
Tenho de admitir e dizer que, embora eu desejasse muito
ser atraente, eu estava pronto para nunca mais usar
maquiagem, mesmo que corresse o risco de deixar que minhas
espinhas arruinassem minha vida.
Outra nítida mudança que estava acontecendo dentro de
mim era um súbito desejo de compartilhar minha vida com
Cindy McFarlane. Era a coisa mais estranha, mas eu desejava
conhecê-la. E eu queria que ela me conhecesse também! Aquele
desejo continuou a crescer... e crescer... e crescer.
No início, eu apenas desejava conhecer a sua cor
preferida do arco-íris, mas, com o passar das semanas e dos
meses e com o aprofundamento daquele desejo, almejei nada
menos do que saber qual seria a sensação de ter os lábios de
Cindy contra os meus.
Lembro-me claramente de ter assistido a filmes quando
mais novo (este foi o meu primeiro grande erro) e ver o
desenrolar de uma história de amor. Rapaz conhece garota.
Rapaz convida garota para sair. Rapaz se aproxima. Rapaz
move os lábios. E rapaz dá um beijo certeiro nos lábios
vermelhos da garota. Tudo tão fácil, tão tranqüilo, tão
harmonioso (e tão melado). Sentei-me para observar aquele
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prodígio e estudei detalhadamente como eles posicionavam os
lábios, como movimentavam as cabeças e, até mesmo, onde
colocavam as mãos.
Aquele negócio era uma arte, e eu era absolutamente um
zero à esquerda naquele assunto. Eu estava intrigado com
aqueles dois pombinhos que haviam aprendido a beijar tão
bem. Eu estava convencido de que devia existir uma escola
secreta de beijo que todo o mundo conhecia, menos eu. Então,
se eles não estavam dispostos a me convidar para fazer parte,
decidi que eu mesmo iria iniciar o meu aprendizado.
Estarrecido, deitei-me em minha cama e me aconcheguei
debaixo do meu cobertor. Mas não conseguia dormir. Minha
mente continuava ligada a Cindy McFarlane! Imaginei seus
lábios e tentei beijá-los, mas aquilo não era real. Então, virei de
lado, agarrei outro travesseiro e o trouxe para perto de mim.
Movi meus lábios e "chwmack", meu travesseiro recebeu o beijo
que intencionei dar na adorável face de Cindy.
E, é verdade, confesso que eu era um beijador de
travesseiro! Aquele desejo interno estava crescendo, e eu não
tinha uma "cobaia" humana. Conseqüentemente, meu
travesseiro tornou-se a minha única opção.
Aquela palavra - aquela inútil palavra maluca - havia me
transformado em um quatro olhos, boca metálica, cabelo
seboso, cara maquiada, adorador de Cindy. beijador de
travesseiro e magrela imitador de Schwarzenegger.
Foi aí que percebi que, se um dia eu viesse a escrever um
livro sobre romance, seria melhor que eu começasse a fazer
alguma coisa rapidamente.
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CAPÍTULO 2: NA PUBERDADE E SEM SAÍDA
- Eric –
Talvez muitos dos que estão lendo este livro tenham se
identificado com alguma coisa do capítulo anterior - seja com
"aquela palavra", ou com "A conversa", ou com Cindy
McFarlane na cabeça, ou mesmo com o fato de que os únicos
beijos que você já deu tenham sido na sua mãe, na sua avó e
no seu travesseiro. Bom, pelo menos agora você sabe que existe
mais alguém neste mundo que já passou pelos mesmos
problemas! Se algum dia você precisar de um ombro amigo,
não hesite em me ligar.
Ohhhh! Estou na puberdade! Nããooo! Isso não soa como
um filme de ficção científica em que um horrível monstro
gigante engole um pobre soldado espacial? Para alguns de nós,
esse sentimento pode soar bem familiar. Quando chegamos aos
onze, doze ou treze anos. de repente, este monstrengo de cara
espinhuda. chamado Puberdade. surge de debaixo de nossas
camas, no meio da noite, e nos agarra. Uma vez que nos pega,
não há escapatória!
Não sei se você já sentiu isso ao experimentar os efeitos
"adoráveis" daquela palavra. Eu, com certeza, já senti. Cheguei
a sentir, até mesmo, vergonha daquilo que estava acontecendo
com o meu próprio corpo. Eu me sentia mal pelo que estava
acontecendo no meu exterior, mas eram as transformações
dentro de mim que faziam com que eu me sentisse miserável e
confuso. Eu desejava compartilhar minha vida com Cindy
McFarlane. Desejava uma companhia em minha vida. Queria
amar alguém e ser correspondido. E aquele estranho desejo
não desapareceu com o tempo. Pelo contrário, era um desejo
que crescia.
Com o passar dos anos. continuou crescendo... e
crescendo... e crescendo. Quando completei dezesseis anos.
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pensei seriamente que explodiria e que haveria um monte de
pedacinhos de Eric Ludy espalhados por todas as paredes.
Eu tinha aquele desejo e queria que fosse realizado! Mas
havia um enorme empecilho. Havia uma barreira gigante entre
mim e meu apaixonado caso de amor com Cindy McFarlane -
DEUS! Ali estava Ele. bem no meio do caminho! Eu costumava
vê-Lo como o "Sem Graça". Poderia ter feito o que fosse, mas o
"Sem Graça" estava sempre ali para berrar um "É proibido!"
Você já pensou em Deus como um velho de cara fechada e
cabelos grisalhos que fica no céu e cujas frases prediletas são:
"Ah! Peguei você no pulo! Mais um movimento e você será
exterminado com um raio de luz!"?
Por alguma razão, quando somos jovens, temos uma
tendência de associar Deus com qualquer coisa que seja
extremamente séria e com todas as coisas que sejam
entediantes e previsíveis. Não há divertimento no Reino de Deus,
Eric Ludy! Minha consciência me repreendia toda vez que eu
participava da classe de Escola Dominical.
Comparo isso com o "princípio da nutrição". Se eu
pudesse mencionar todos os tipos de alimentos deliciosos,
como bolo de chocolate, sorvete, sucrilhos açucarados, o que
você logo me diria sobre os seus valores nutricionais? Sim. você
acertou! Por serem saborosos, podemos automaticamente
presumir que não fazem bem para o nosso corpo. E se eu
tivesse mencionado alimentos mais leves e sem sabor como
brócolis. couve-flor e broto de feijão? O que você diria sobre
seus valores nutricionais0
É. você acertou novamente! Pelo fato
de serem sem graça e sem gosto, podemos concluir
seguramente que devem ser bons para a nossa saúde.
O "princípio da nutrição" indica que aquilo que é saboroso
e agradável é prejudicial e o que é leve e sem graça é benéfico.
Durante os anos de puberdade, somos despertados pelo
desejo de apreciar o sexo oposto. MAS. simplesmente, sentimos
Deus falando ao nosso ouvido:
- Você já leu o livro de Levítico hoje?
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Deus e a nossa sexualidade são como óleo e água - não se
misturam. Por quê? Porque Deus é enfadonho e qualquer coisa
associada à área de nossa sexualidade é estimulante.
Podemos imaginar Deus criando o ser humano. Podemos
vê-Lo formando a cabeça, moldando os braços e pernas, pode-
mos até mesmo imaginá-Lo cavando o umbigo. Mas nunca,
NUNCA conseguimos imaginá-Lo todo orgulhoso por ter sido o
criador daquelas (hum...) partes que,. você sabe (cof, cof). ficam
no meio do corpo. E como se imaginássemos isto: ao criar
Adão, Deus se esqueceu das falhas e disse que '"tudo era bom".
Mas, ao perceber o erro, Ele simplesmente grudou uma folha
de figueira "nas partes" para cobrir o defeito.
Que pensamento mais distorcido! Precisamos entender
que a puberdade é. sem duvida nenhuma, obra de Deus! Ele é
o criador da puberdade. Talvez eu deva dizer que Ele é o
criador deste período de nossas vidas. Não consigo imaginar
Deus usando aquela palavra para descrever qualquer coisa que
seja! Entretanto, todas estas coisas estranhas que estão
acontecendo em nosso corpo durante este período são
resultado de Sua inteligência e engenhosidade. A coisa mais
chocante é a novidade sobre aquele desejo interno crescente,
pronto para entrar em erupção, de compartilhar nossas vidas
com alguém do sexo oposto. Foi Deus quem colocou isso em
nós! É proposital, e eu não estou brincando!
Deus não vê os nossos "anos de puberdade" como um
período de constrangimento devido a nossa boca metálica. Sua
visão é completamente diferente! Na realidade, se Deus tivesse
um nome para esse período, certamente seria algo bonito e
nobre. Vocês percebem. Deus quer que compreendamos tudo
isso durante esse período de nossas vidas. Ele está nos
moldando em homens e nos esculpindo. Moças, este e um
período de suas vidas em que vocês estão sendo transformadas
em princesas e em rosas perfumadas.
Isso não soa romântico? Assim como um fazendeiro
planta na primavera para colher no outono. Deus planta
sementes da masculinidade e feminilidade em nós
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(respectivamente) durante esse período para que, com o passar
dos anos, possamos dar frutos de uma fase adulta madura.
♥ ♥ ♥
Se alguns de vocês estão se perguntando quando é que
começaremos a falar sobre romance, então, a hora chegou!
Toda aquela conversa sobre aquela palavra aconteceu para
compreendermos que o que tem acontecido dentro de nós,
inclusive aquele desejo crescente por uma companhia que
começa a agitar, a cutucar e a bater com o passar dos anos, é
uma obra milagrosa de Deus. Mas muitos de nós nunca
percebemos que foi Deus quem colocou em nosso interior o
desejo de amar e ser amado. Como resultado, não O buscamos
para descobrir o que Ele deseja que façamos.
Acredite ou não, Deus tem uma maneira de lidar com esse
desejo crescente. É uma maneira que talvez você nunca tenha
imaginado antes - uma maneira que, ao contrário do "princípio
da nutrição", está repleta de uma beleza surpreendente, alegria
indescritível e incomparável romance. O inimigo tem
trabalhado incansavelmente para nos desviar dessa maneira,
porque ele sabe que o destino que Deus tem para as nossas
vidas será desvendado para nós.
Você verá que essa maneira que eu e Leslie
compartilhamos com você é surpreendentemente simples e
profundamente desafiante. Você descobrirá porque o inimigo
tem tentado nos confundir tanto para nos desviarmos do
Romance à Maneira de Deus. A versão de Deus para o romance
faz com que a versão do mundo pareça uma vela de jantar
jogada no latão de lixo. O Romance à Maneira de Deus nos
desafia e nos traz muito mais satisfação!
A maioria das pessoas pensa que a maneira de Deus
encontrar um companheiro para nós seja a maneira do mundo
mais uma lista inteira de "é proibido..." Mas a maneira de Deus
é completamente diferente e excepcional em sua beleza e não
pode ser comparada com a maneira do mundo.
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Isso será muito mais do que uma jornada para descobrir
uma maneira melhor de abordar o romance. Esperamos que
seja um encontro com a pessoa de Deus! Sendo Deus o
inventor do romance, não podemos ignorá-Lo em nossa busca.
Ele sabe melhor do que qualquer um de nós a razão pela qual
Ele mesmo colocou esse ímã intrínseco dentro de nós que nos
atrai ao sexo oposto.
Antes que você continue a leitura, eu o desafio a se
perguntar: Estou disposto a ser transformado por Deus? Sabe,
se você estiver disposto. Deus está pronto e desejoso para
atuar. Permita que Ele corrija o seu conceito sobre a
puberdade. Permita que Ele lhe mostre a Sua verdadeira
natureza. E. acima de tudo, permita que Ele tenha o controle
da sua vida e que o modele a Sua imagem.
A primeira e mais importante pergunta que devemos fazer
é: Qual a diferença entre a maneira do mundo e a maneira de
Deus?
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CAPÍTULO 3: APRENDENDO A MANEIRA DO MUNDO: A
MANEIRA MAIS DIFÍCIL
- Leslie -
Nunca vou me esquecer da primeira vez que o vi. Ele
olhou para mim da frente da classe, e os seus olhos azul-escu-
ros ganharam a minha atenção. Seus belos traços e seus
cabelos dourados eram irresistíveis. Ele era alto
(aproximadamente 1,57m), esportista, popular... tudo o que eu
poderia sonhar. Sim, a partir daquele dia eu sabia que havia
encontrado o homem dos meus sonhos!
É claro que, quando você é uma garota de treze anos e
está na oitava série, bem na aula de computação da Senhora
Johnson, você enxerga o mundo com olhos que pensam saber
tudo, principalmente sobre amor e romance. Quero dizer, o
cara era maravilhoso e popular! O que mais era preciso?
Por quase treze longos anos - está bem, talvez uns três
anos, eu estivera esperando pela maravilhosa e extraordinária
experiência chamada "namoro". Eu estava mordendo a isca,
prontinha para entrar em cena. Naquele dia inesquecível,
quando o vi pela primeira vez, eu sabia que não poderia
esperar mais. Simplesmente, eu precisava ter um namorado e
queria que fosse ele.
Por várias semanas fiquei sonhando com Johnny (este
não é o seu nome verdadeiro). Subitamente, a computação
tornou-se a minha matéria favorita Duvido que eu tenha
aprendido mais do que ligar o computador, mas gastava tempo
suficiente estudando os olhos, os lábios e a personalidade de
Johnny. Perguntava-me se algum dia ele viria conversar
comigo. Eu já havia percebido que ele olhava em minha direção
algumas vezes, sempre lançando um de seus sorrisos
arrebatadores, mas nunca nos havíamos aproximado o
suficiente para termos um diálogo.
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Meu dia de sorte chegou quando a Sra Johnson nos colo-
cou juntos para fazermos aula de laboratório. Johnny mostrou-
se tão satisfeito com aquilo quanto eu, e não demorou muito
para começarmos a tagarelar e rir como se fôssemos amigos de
longa data. Ele possuía uma personalidade que combinava com
a sua aparência. Eu ansiava por estar cada vez mais próxima
dele a cada dia.
- O que é que está rolando entre você e o Johnny? Era a
pergunta que minhas amigas me faziam nos corredores.
Eu dava uma risadinha e contava tudo o que ele me dizia.
Falava sobre as cinco vezes que ele sorria para mim em apenas
uma hora! E perguntava-lhes com um sorriso confiante.
- Tudo isso deve significar alguma coisa, vocês não
acham? E elas me asseguravam:
- Até o fim da semana ele vai te convidar pra sair, com
certeza! Eu estava ganhando rapidamente atenção e
popularidade
com aquela amizade com Johnny. E eu curtia muito tudo
aquilo.
Finalmente, o dia chegou! Por intermédio de um de seus
amigos "escudeiros", ele me convidou para sair. Fiquei
eletrizada! Eu nem sabia o que dizer.
Preciso dar uma explicação àqueles que ainda não
chegaram a viver o melodrama da oitava série: "sair" não
significa que o cara a está pedindo em namoro (a maioria de
nós não podia namorar oficialmente), mas que ele deseja que
você seja a "sua garota". Isso significa dar as mãos no corredor
da escola, falar horas e horas pelo telefone e fazer questão de
que todos os seus amigos sempre se refiram a vocês como
sendo um casal. Aos treze anos, "sair" a promove da condição
de uma "menininha" à de "adulta-madura-em-sério-
relacionamento".
Nós nos considerávamos um tanto "modernas". Todas nós
vivíamos em nossa própria novelinha de oitava série, o nosso
mundo era construído ao redor de cada "relacionamento".
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Então, quando Johnny me convidou para sair. eu havia
finalmente, aterrissado nesse mundo e estava adorando cada
minuto dessa nova vida!
No princípio, sair com o "homem dos meus sonhos" era
algo sensacional. Talvez eu tenha sido bem avoada na oitava
série, mas eu tinha sólidos padrões de moral. E Johnny, além
de lindo e popular, também tinha sólidos padrões de namoro.
Algumas de minhas colegas já estavam se envolvendo com
caras e trocando de namorado como quem troca de roupa. É,
eu sei que estamos falando de garotas de treze anos, mas é a
triste verdade! Elas estavam começando a experimentar drogas
e álcool, e muitas delas tinham notas muito baixas no boletim.
Eu fora educada em um lar cristão e sabia distinguir o certo do
errado, por isso tentava evitar amizades com tais tipos de
pessoas.
As amigas com quem eu andava tinham uma tendência
para mentir, enganar, fofocar e falar palavrões, mas não eram
más e isso aliviava a minha consciência. E, embora Johnny
fosse popular e bonito, ele não me pressionava a transar com
ele. Eu tinha certeza de que havia encontrado o melhor dos
dois mundos.
Eu e Johnny nos mantivemos como "um casal" durante o
restante do ano escolar. Começamos a passar cada vez mais
tempo juntos. Toda vez que falávamos pelo telefone,
gastávamos, pelo menos, uma ou duas horas. Ele satisfazia
minhas necessidades de sentir-me apreciada e amada. É claro
que eu tinha certeza de que meus pais me amavam, mas o meu
relacionamento com Johnny era totalmente diferente. Na
realidade, isso significava que uma pessoa popular e atraente
do sexo oposto estava escolhendo ter um relacionamento
comigo! Eu compartilhava meus pensamentos, sonhos e
emoções com ele, e ele me escutava e me entendia. Seus elogios
e sua apreciação permitiam que eu passasse por um período
que, caso contrário, seria de muita solidão e insegurança.
- Eu te amo.
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Ele me dizia apaixonadamente todos os dias. Tenho de
admitir que, no começo, achava muito estranho aceitar o
"amor" de um cara de apenas quatorze anos que havia
alcançado altura suficiente para andar na montanha russa do
Six Flags *
há apenas um ano. Mas eu simplesmente percebi
que aquelas palavras era o que todos os namorados diziam um
para o outro, então, depois de alguns meses, acabei me
acostumando e comecei a acreditar nelas.
Por estarmos ligados emocionalmente um ao outro,
começamos a sentir a necessidade de expressar o nosso "amor"
por meio de outras formas além das palavras. Eu havia feito
um voto de abstinência sexual até o casamento e não tinha
nenhuma intenção de quebrá-lo, mas sinto ter de reconhecer
que eu e Johnny começamos a desenvolver coisas na área
física que nunca pensei que pudesse acontecer.
Cada vez que eu o escutava dizer "eu te amo" e cada vez
que compartilhava um pedaço do meu coração com ele, a
minha decisão quanto à área física fraquejava. Eu estava muito
dependente do afeto de Johnny. Nunca "fomos até o fim", mas
fomos muito mais além do que o recomendado. E cada vez que
nos tocávamos, um pedaço maior de mim era dado a ele.
Ao olhar para trás, me arrepio só de me lembrar daquele
tempo. Como pude dar algo tão sagrado para um garoto de
quatorze anos que apenas desejava satisfazer as suas
necessidades e desejos? Que desperdício! Talvez nos tenhamos
considerado "adultos-maduros-em-um-relacionamento-sério",
mas na realidade não tínhamos a mínima idéia de que o que
estávamos fazendo nos afetaria pelo resto de nossas vidas.
Nosso relacionamento durou mais ou menos dez meses.
Todas as minhas amigas admiravam o nosso "compromisso" e
maravilhavam-se com o longo período em que estávamos
juntos. Ter Johnny em minha vida me trazia muita segurança,
e nunca considerei terminar o relacionamento com ele. O
simples fato de ter um namorado fazia com que eu me sentisse
*
Six Flags é um parque nos USA muito conhecido pela grande variedade e
quantidade de montanhas russas. (N. da T.)
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valorizada. Mas, ao passar do ginásio para o colegial, comecei a
notar que aquele era o momento da minha vida para entrar
com tudo no "mundo do namoro". Havia muitos outros rapazes
ao meu redor, e eu comecei a me perguntar como seria
começar a namorar outra pessoa. Finalmente, Johnny e eu
percebemos que era hora de cada um de nós prosseguir no seu
próprio caminho.
Não imaginei que seria tão difícil terminar com Johnny.
Afinal de contas, nunca o levei muito a sério - quero dizer,
nunca planejei me casar com ele ou coisa parecida. Agora que
eu estava no colegial, havia, pelo menos, centenas de outros
rapazes com quem poderia sair e que eram tão atraentes e
legais como Johnny. Mas não foi tão simples assim. Na noite
em que terminamos oficialmente pelo telefone, uma onda de
comoção inundou minhas emoções. Talvez pudéssemos ter
considerado aquilo como um divórcio! Entretanto, eu não
esperava que o término causasse tanta desordem interior.
- É o fim da minha vida. Soluçava histericamente ao
jogar-me sobre a cama.
Chorei até que todas as lágrimas acabassem. Fiquei
arrasada emocionalmente e não comi nem dormi direito
durante dias. Estava confusa e ferida e não conseguia
compreender a razão daquela experiência estar sendo tão
traumática.
Ao olhar para trás, enxergo o que não conseguia enxergar
antes. Durante meses me senti emocionalmente segura
naquele relacionamento com "meu-namorado-ideal-da-oitava-
série". Embora eu não tenha me entregado a ele completamente
na área física, na área emocional entreguei-me totalmente sem
ter percebido. Depositei nele a minha segurança e o meu
conforto, e, durante dez meses, ele abrandou o meu latente
desejo interno de ser amada e apreciada por alguém do sexo
oposto. Como é que eu esperava terminar algo daquele tipo
sem que alguém se machucasse? Como mencionei
anteriormente, naquela época eu era bem imatura.
♥ ♥ ♥
32 / 159
Depois que o meu relacionamento com Johnny terminou,
fiquei tão desesperada por uma "atenção masculina" que
comecei a ter um relacionamento após o outro. Cada vez que
eu terminava o namoro, acabava com o coração partido. Mas
continuei namorando e continuei quebrando e esmagando as
minhas emoções. Meu coração tornou-se sem valor - pois eu
simplesmente o entregava, deixava-o em pedacinhos, que
catava, e começava tudo de novo. Não havia outra alternativa
(pois não namorar estava totalmente fora de questão).
Esperei tanto tempo e finalmente estava fazendo parte do
mundo do namoro. Aquilo seria superdivertido e muito
romântico. Continuei pensando que algum dia eu realmente
iria curtir aquilo. Mas, por alguma razão, esse dia nunca
chegou. Onde estava a diversão? Onde estava o romance? O
que eu tinha feito de errado? Aos quinze anos, sentia como se
tivesse casado e divorciado umas três ou quatro vezes. Era
como se o meu coração fosse nada mais do que carne de
hambúrguer.
Foi nessa situação de desesperança que Deus começou a
falar ao meu coração. Um dia estava lendo minha Bíblia - algo
que comecei a fazer cada vez menos desde que havia começado
a namorar. Um versículo de Provérbios 31 chamou minha
atenção. Você conhece o capítulo que descreve a "mulher
virtuosa"?
Preciso deixar bem claro que não era do meu costume ler
versículos sobre casamento. Casamento era algo que estava
bem distante da minha realidade, e eu não iria preocupar-me
com aquilo por um bom tempo. Mas aquele versículo estava
falando sobre uma esposa sábia. Ele diz que: "Ela lhe faz bem,
e não mal, todos os dias da sua vida."
Espere um pouco! Todos os dias da sua vida? Quer dizer
que ela pensa no seu marido antes mesmo de conhecê-lo?
Como ela poderia "fazer o bem a ele" todos os dias da sua vida
mesmo sem saber onde ele está ou o que está fazendo?
Eu pensei no meu futuro marido. Imaginei que ele
estivesse por aí... em algum lugar. Será que eu estava fazendo
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bem a ele? Sempre pensei que estivesse fazendo o melhor que
podia ao evitar o sexo antes do casamento. Quero dizer, isso
era muito mais do que todos os outros estavam fazendo. Mas
comecei a pensar que eu possuía algo mais do que apenas o
tesouro físico para guardar para ele... Um dia eu iria dar ao
meu marido o tesouro do meu coração e das minhas emoções.
Eu. certamente, não estava realizando um bom trabalho para
guardar esse tesouro.
Minhas emoções estavam sendo machucadas e moídas
pelos relacionamentos nos quais eu me envolvia. Quando eu
era mais nova. costumava pensar que. quando chegasse o
tempo de me casar. eu me esqueceria de todas as experiências
de namoro que tivesse tido no colegial e na faculdade.
Qualquer um que já tenha se envolvido em um relacionamento
sabe que isso é impossível. Não dá para esquecer. Cada pessoa,
a quem você entrega suas emoções, fica gravada em seu
coração e na sua memória.
Frágil ou Resistente?
Imagine se um dia eu aparecesse na sua frente e lhe
oferecesse um diamante valioso. (Eu sei que talvez as garotas
fiquem um pouco mais entusiasmadas do que os rapazes
quando o assunto é esse. mas. rapazes, apenas pensem que. se
o assunto sobre anéis de diamante não lhes interessa muito,
sempre haverá uma possibilidade de vendê-los e usar o
dinheiro para comprar um carro!) A única coisa é que você não
poderá usar o diamante de forma nenhuma durante cinco
anos. Você precisa guardá-lo cuidadosamente durante esse
período.
Agora você tem um probleminha. Você possui um tesouro
valiosíssimo e precisa de um lugar seguro para guardá-lo
durante os próximos cinco anos. Então, você me pede algumas
sugestões.
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Bem, tenho duas opções para você. A primeira é um copo
descartável. Ele possui muitas vantagens, incluindo o fato de
que não custa nada - uma ótima sugestão de economia para os
estudantes - e é muito fácil de ser cuidado, quero dizer, você
nem precisa lavá-lo ou poli-lo. Depois de usar é só jogar fora!
Será que consegui convencê-lo? O copo descartável seria
um excelente recipiente, não é? O quê? Você deseja olhar para
o lado negativo da coisa? Bem, se você deseja guardar algo de
valioso nele. esse copo realmente possui algumas pequenas
inconveniências. Se pegassem o copo (o cachorrinho do vizinho,
por exemplo), seria muito difícil dizer "quem" o teria pegado.
Os cachorros possuem uma estranha atração por esses
tipos de copos. Eles são conhecidos por mordê-los e danificá-
los. Então, se, por ventura, o seu diamante estiver dentro de
um desses copos quando o cãozinho decidir fazer a festa,
bem... dê tchauzinho ao seu diamante. Logo, o seu tesouro
estará no estômago do cãozinho, e eu duvido que a sociedade
humana permitiria que você realizasse uma operação no cão
para retirar o seu tesouro. Você teria de fazer o que uma
senhora de Denver fez quando o seu cachorro comeu o seu anel
de diamante: dar a ele xarope de ipecacuanha para forçá-lo a
vomitar umas sete vezes. Daí, colocar luvas de borracha e
enfrentar todas aquelas coisas asquerosas para recuperar o
diamante. O quê? Perdeu o apetite? Ó, perdão. Acho que talvez
esse copo não seja a melhor opção para o seu diamante, não é?
Os copos descartáveis são úteis apenas em piqueniques
ou churrascos, porque são facilmente amassados e jogados no
lixo depois de usados. Talvez você tenha razão, esse tipo de
material não é um dos melhores para guardar um tesouro
valioso, pois não foi projetado para durar. Portanto, um copo
descartável não é o lugar ideal para você guardar o seu
diamante.
Está bem, aqui está a segunda sugestão. Tenho um copo
resistente, de prata, que a mãe do Eric me deu recentemente. É
uma herança de família muito especial, porque os pais de Eric
mandaram gravar o nome dele no copo. Era o copinho de Eric
quando bebê. Eu nunca vi um cachorro tentando morder um
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copo desse tipo nem alguém tentando jogá-lo no lixo. Então,
sim. esse seria um lugar bem mais seguro para o seu
diamante.
Essa opção possui desvantagens? Algumas. Primeiro:
custa dinheiro. Quero dizer, você não acha que vou
simplesmente lhe dar uma herança de família, acha?
Especialmente um copinho em que está gravado o nome do
Eric! Ele é muito valioso, por isso é bem provável que você
tenha de trabalhar durante as férias para comprá-lo de nós.
Segundo: um copo de prata necessita de cuidados e dá
um pouco mais de trabalho. Você tem de limpá-lo e poli-lo. Não
é tão fácil de cuidar como acontece com o copo descartável.
Mas, ao fim dos cinco anos, você poderá ter a certeza de que o
seu diamante estará intacto. Nenhum cachorro em seu perfeito
juízo tentará mastigar um copo de prata (mesmo um cachorro
que não esteja em seu perfeito juízo!). E eu duvido que alguém
o jogue no lixo. Seu diamante estará seguro nesse copo. e você
terá a certeza de que em cinco anos colherá os benefícios de ter
tomado tal decisão.
.Quantos de vocês, ao serem dadas essas duas opções,
seriam malucos o suficiente para deixar o valioso diamante
num copinho descartável? Espero que nenhum de vocês!
Agora pense da seguinte forma: suas emoções são um
tesouro, um presente de Deus. Elas são muito mais valiosas do
que qualquer diamante. Algum dia você as entregará ao seu
futuro cônjuge. Você está cuidando direito delas? Ou. neste
momento, elas estão dentro de um copo descartável sendo
mastigadas, pisoteadas e jogadas fora?
♥ ♥ ♥
Eu me lembro do meu primeiro dia de aula da quinta
série. Eu e meus amigos entramos na sala de aula rindo e
fazendo barulho. Quando o nosso professor entrou, tínhamos
apenas uma coisa em nossas mentes: ele iria tolerar a nossa
bagunça? Ele seria um bom professor? De que forma
conseguiríamos levar aquele ano escolar?
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- Na minha aula vocês podem fazer qualquer coisa!
Aquelas foram as primeiras palavras que saíram de sua boca.
Entreolhamo-nos agitadamente sem poder acreditar na
nossa sorte. Isso é demais! Pensávamos. Vamos detonar!
Poderemos desenhar caretas no quadro-negro. esmagar giz de
cera no carpete, rabiscar nossas folhas e a lição de casa...
- Vocês poderão fazer qualquer coisa na minha aula. ele
disse novamente, contanto que estejam prontos para enfrentar
as conseqüências de suas atitudes.
Opa! Conseqüências? Aquela era uma palavra pesada!
Todos nós mudamos as nossas atitudes bem depressa.
Sentávamos direito, olhávamos para o professor, segurávamos
as risadinhas e a conversa e sempre devolvíamos nossas folhas
com a lição de casa sem rabiscos. Porquê? Simples.
Conseqüências! Percebemos, pela declaração do nosso
professor, que seríamos punidos ou recompensados
dependendo de nossas decisões tomadas dentro da sala de
aula todos os dias. É claro que isso aconteceu um tempo atrás,
quando os diretores ainda podiam usar palmatórias de
madeira! Um simples pensamento relâmpago de ser punido
com uma entrevista com "A senhora Palmatória" era o
suficiente para mudar nossas atitudes.
Conseqüências eram uma coisa que não entrava em
minha cabeça durante o tempo em que estive envolvida com
Johnny. Eu não percebia que cada decisão tomada afetaria
meu futuro casamento tanto de forma positiva como negativa.
É claro que eu sabia que sexo antes do casamento, de
alguma forma, afetaria meu futuro relacionamento. Mas,
apesar disso, eu não enxergava como alguns relacionamentos
casuais de namoro pudessem possivelmente me prejudicar. Eu
olhava para os anos de colégio e faculdade como uma grande
festa - divirta-se, deixe as coisas sérias para depois. Por alguns
anos eu iria namorar para me divertir, então, um dia. bem lá
na frente, eu encontraria o cara "certo para mim". Nós nos
apaixonaríamos, casaríamos e viveríamos felizes para sempre.
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Parece bem simples, não é? Infelizmente, eu não tinha
idéia de como as coisas realmente são - isso até Deus começar
a me desafiar a pensar sobre meu futuro marido.
Finalmente, percebi que o meu coração era um tesouro
que eu deveria guardar e proteger com cuidado para o meu
futuro marido. E esse tesouro tornava-se cada vez mais sujo e
frio quando eu me relacionava com um rapaz atrás do outro.
Subitamente, comecei a desejar lutar pelo meu futuro
casamento, investir no meu futuro casamento, embelezar e
fortalecer o meu futuro casamento. E, pela primeira vez em
minha vida, descobri como viver da maneira certa antes mesmo
de conhecer o homem com quem eu viveria pelo resto de minha
vida.
Relacionamentos temporários de namoro - dar e receber
emoções e afetos com o objetivo de viver com segurança e de
ter prazer temporário - não estavam me ajudando construir um
relacionamento visando um futuro casamento. Estavam apenas
demolindo tudo. Meu diamante estava se tornando cada vez
menos atraente! Percebi que, ainda que eu desejasse tanto
namorar e viver um incrível romance de adolescente, eu
desejava muito mais investir no relacionamento que duraria
para sempre... meu futuro casamento.
- Está bem, Deus, farei o que for necessário. Apenas me
mostra como investir no meu futuro casamento e como amar o
meu futuro marido. Estou cansada de ficar entregando o meu
coração para um rapaz atrás do outro. Mostra-me o que Tu
desejas que eu faça, Senhor. Estou pronta.
Burra, burra, burra, burrinha...Uma música tenebrosa e
nebulosa tocou em minha mente logo que fiz aquela oração. "O
que é que eu fiz? O que Deus vai exigir de mim agora? Ó não, e
se Ele tomar essa área da minha vida? Ele vai acabar comigo!!!"
O medo tomou conta de mim assim que tomei conheci-
mento do que tinha acabado de dizer a Deus. pois, tão logo
disse aquelas palavras, percebi o que Ele estava me pedindo...
Desistir do mundo do namoro! Ahhhhh! NÃO! Como eu poderia
fazer aquilo? Aquilo era ridículo! Era loucura!
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- Olha, Deus, acho que o Senhor não está entendendo
muito bem o problema pelo qual estou passando. Então, deixe-
me explicar. Tenho dezesseis anos. Eu sei que no céu talvez
isso não signifique muita coisa, mas, aqui na terra, dezesseis
anos é o momento para viver! A vida gira em torno de festas e
de dança e do... NAMORO! Se eu renunciar isso, serei uma
ninguém! Então, Deus, eu realmente não posso fazer muita
coisa, mas obrigada pelo interesse! Eu sei que foi de coração.
Por mais que eu desejasse tomar de volta a minha oração
"Senhor estou pronta", eu não podia. Sabia o que Deus estava
me pedindo e, por mais que detestasse admitir aquilo, eu sabia
que Ele estava certo. Se eu realmente desejava obedecer a Sua
vontade e investir no relacionamento do meu futuro
casamento, eu não poderia mais fazer parte do mundo do
namoro.
Então, naquele dia catastrófico de fevereiro, aos dezesseis
anos, eu, oficialmente, renunciei o namoro. Meu compromisso
era dedicar toda a minha vida para servir a Deus e confiar que,
a Seu tempo e a Sua maneira, Ele iria trazer a minha vida o
meu futuro marido. Até lá, eu nem iria procurá-lo. Eu confiaria
em Deus, esperaria pacientemente e me guardaria - física e
emocionalmente para aquele homem com quem um dia eu iria
me casar.
Aquela era uma decisão ousada e corajosa, mas eu não
me sentia tão ousada e corajosa ao tomá-la! Pensamentos
horríveis sobre o que eu me tornaria encheram minha mente.
Eu me imaginava uma triste adolescente sentada em uma
cadeira de balanço olhando para fora da janela todas as noites.
Sem telefonemas. Sem amigos. Sem vida. Apenas balançando,
balançando, balançando. Eu simplesmente sabia que havia
desperdiçado minha vida.
Algumas de minhas amigas, ao ouvirem minha decisão,
me olhavam com desgosto e falavam:
- Leslie. como você espera se casar um dia se você não
estiver namorando? Como você espera que o seu Príncipe
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Encantado bata a sua porta se ele nem ao menos sabe que
você existe? Você está sendo uma boba mesmo.
Legal! Obrigada pelo encorajamento. Era exatamente isso
que eu precisava, garotas!
O que eu ainda não percebia eram os planos maravilhosos
que Deus estava preparando para mim... bem ali no meu nariz!
Tudo o que Ele precisava era que eu desse o primeiro passo de
obediência e dissesse "Senhor, estou pronta". Uma linda
história de amor estava para ser escrita. E isto pode
surpreendê-lo, mas ela começou no mesmo dia em que eu me
comprometi a parar de namorar!
Como? Simples! O meu amor pelo meu futuro marido
tinha de começar primeiro com o meu amor por Jesus Cristo.
Não há casamento que dure. a menos que seja construído sob
o amor de Jesus. Então, quando decidi abandonar meus
relacionamentos de namoro e concentrar-me em Jesus, dei o
meu primeiro passo para a edificação de um relacionamento de
amor verdadeiro com meu futuro marido.
Jesus disse: "É impossível servir a Deus e ao dinheiro." O
mesmo acontece com os relacionamentos de namoro. Você não
pode servir a Deus e ao namoro.
Os relacionamentos de namoro haviam se tornado o
centro de minha vida. por mais que eu dissesse:
- Deus é número 1 em minha vida.
Entretanto, será que era com Deus que eu gastava horas
ao telefone todos os dias? Era Deus quem consumia cada
pensamento meu? Era com Deus que eu gastava incontáveis
noites sonhando acordada? Era sobre Deus que eu e minhas
amigas conversávamos constantemente?
Os pôsteres que eu grudava na parede do meu quarto
eram de Deus? Não! Eram de RAPAZES! Rapazes eram uma
distração constante para mim. Eu gastava todo o meu tempo e
energia tentando conquistá-los, procurá-los, impressioná-los.
Eu tinha pouco tempo de sobra para Deus.
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Bom, depois da minha oração "Senhor, estou pronta", as
coisas mudaram. Jesus Cristo tornou-se real para mim! Eu
comecei a perceber que, gradualmente, eu O havia afastado de
minha vida para que eu pudesse fazer as minhas coisas. Agora,
eu queria conhecê-Lo novamente.
Em vez de gastar o meu tempo livre concentrando-me nos
rapazes, comecei a concentrar-me Nele. Iniciei um diário. E
cada dia eu escrevia a Deus falando sobre meus temores,
sonhos e desejos. Comecei a passar horas estudando a Bíblia,
procurando maneiras de aplicá-la a minha vida. Eu realmente
comecei a me apaixonar por Jesus! Ele começou a ser tão
próximo, tão real.
Alguns meses depois de assumir meu compromisso de
"não namorar", percebi que Ele estava satisfazendo todas as
minhas necessidades. Eu não precisava de um namorado para
estar feliz! Eu não precisava estar no mundo do namoro para
estar feliz! Finalmente, eu me sentia satisfeita com o meu
relacionamento com Jesus Cristo.
Esse foi o primeiro passo para amar o meu futuro marido.
Casamentos fortes DEVEM ser construídos no princípio de
amor por Jesus Cristo - encontrar satisfação somente Nele.
Com o passar das semanas, percebi que Deus tinha algo
especial a caminho, embora aquele tempo não tenha sido fácil.
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= = = = = = = = =
Foge, outrossim, das paixões da mocidade.
Segue a justiça, a fé, o amor e a paz com
todos com os que, de coração puro, invocam o
Senhor.
2 Timóteo 2:22
♥ ♥ ♥
Senhor, reconheço como tenho vivido de forma egoísta
nessa área da minha vida. Tenho aceitado o sistema do mundo
que me diz para fazer as coisas a minha maneira.
Tenho entregado o meu coração e as emoções, e não te-
nho me guardado para aquela pessoa especial que Tu tens
escolhido para mim. Peço o Teu perdão. A partir de hoje, decido
viver para honrar e amar o meu futuro marido, para me guardar
pura, tanto fisicamente como emocionalmente para aquele com
quem viverei. Decido afastar-me de relacionamentos
temporários e confiar que Tu trarás essa pessoa para mim no
Teu perfeito tempo. Até lá, ajuda-me a tê-Lo em primeiro lugar
da minha vida.
= = = = = = = = =
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Senhor, estou pronta
Leslie Ludy
Eu já falara muitas vezes atrás,
Mas, Senhor, desejo que desta vez ...
Eu saiba com o meu coração, creia com a minha alma,
Estou pronta para dar tudo o que sou.
Coloco a minha vida nas Tuas mãos
E declaro: "Faze conforme o Teu querer"
Não importa para onde Tu me levarás, Senhor,
Se tenho a Ti, nada me faltará.
Senhor, estou pronta
Para fazer o que desejas que eu faça
Senhor, estou pronta
Para render-Te tudo que sou,
Tudo o que serei
Senhor, estou pronta para que em minha vida
A Tua vontade seja feita.
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CAPÍTULO 4: CASA DE CARTÕES OU CASTELO?
- Eric -
Aos treze anos eu era um garoto de cara empipocada e,
todas as vezes que eu me sentia entediado, eu gostava de ficar
em um lugar especial, meu closet *
, onde eu deixava a minha
imaginação fluir livremente. Ali eu me enfurnava e abria um
espaço no chão para despejar o tesouro do meu baú. Agora,
meninas, o tesouro de um rapaz é geralmente bem diferente do
de uma garota!
Eu tirava a tampa de papelão da minha desbotada caixa
de sapatos e retirava as minhas preciosidades. Então,
cuidadosamente, eu tirava a borrachinha que envolvia a pilha
de preciosidades e uma a uma eu me intoxicava com a sua
beleza indescritível. Está bem, está bem - talvez a minha
coleção de cartões de beisebol estivesse um pouco encardida.
Talvez os cartões estivessem rabiscados. Talvez alguns deles
até mesmo tivessem marcas da estima e do amor de meu
irmãozinho (uma vez, durante a noite, ele pensou que a minha
caixa fosse uma lata de lixo e vomitou em cima da minha
coleção). Mas aqueles cartões eram o meu tesouro.
Passava horas deitado no chão do meu closet,
observando-os. Eu decorava a altura, o peso, a data de
nascimento, enfim, todos os dados sobre os jogadores. Eu me
imaginava em seus lugares correndo ao redor das bases depois
de um grand slam **
. Um dia eu também poderia estar num
daqueles cartões, mesmo que eu ganhasse uns quilinhos a
mais (eu pesava mais ou menos 40 quilos).
Acredite ou não, mesmo me distraindo com as centenas
de cartões, às vezes eu me entediava. Para evitar o indesejável
*
Closet: uma dependência específica para guardar roupas. (N. da T.)
**
Grande slam: no jogo de beisebol é o golpe que permite ao batedor completar o
circuito das bases com três homens na base. (N. da T.)
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sentimento de tédio durante as férias, fui levado a criar um
Plano B -levantando um edifício.
Com as mãos de um cirurgião, eu colocava habilmente
dois cartões em pé, com as extremidades encostadas, e,
cuidadosamente, colocava outro cartão em cima. De forma
vagarosa, porém, segura, eu ia construindo uma magnífica
casa de cartões. Mas não levou muito tempo para que eu
descobrisse que bastava apenas um movimento errado e. ploft,
minha casa de cartões ia ao chão. O menor erro, o deslize mais
insignificante, a brisa mais suave e já era!
Muitas vezes, essa brisa mais suave era graciosamente
proporcionada pelo meu irmão, Mark, que aparecia de supetão,
sem dar sinal de que estava chegando. Sempre naquele
momento em que o cartão estava sendo delicadamente
colocado no lugar mais importante de minha maravilhosa
superestrutura, meu irmão abria a porta com um safanão.
Minha casa de cartões ficava apenas na lembrança, e
normalmente minha mãe tinha de lavar a minha boca com
sabão depois que toda a minha cólera era expressada com
palavrões.
Aquelas situações eram irritantes, mas Deus plantava
sementes da verdade em minha mente e em meu coração cada
vez que eu fracassava na construção da minha casa de cartões.
A minha frustração levou-me à porta de entrada da Casa
de Cartões Ilimitada, uma empresa de serviço ao consumidor
criada pela minha rica imaginação. Pronto para colocar as
minhas reclamações, ergui a mão para abrir a porta. De
repente, meus olhos fixaram uma nota pendurada na caixa de
correspondência que continha este princípio elementar das
casas de cartões:
Ei, otário! O que você esperava?
Elas são construídas para divertir e não para durar!
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Lágrimas sentimentais escorreram dos meus olhos,
enquanto eu me afastava para refletir naquela mensagem
cruel. Eu nunca mais iria aceitar o pensamento: "Certamente,
um dia, meus filhos vão apreciar esta casa de cartões. " Eu tinha
de aceitar o fato de que eles nunca a veriam.
Bem, eu tinha outro passatempo predileto que oferecia
desafios e lições semelhantes. Fui criado como um Ludy, para
amar a areia da praia. O lema dos Ludy é este: Onde existe
mar, devemos edificar!
Onde nasci, a praia era sinônimo de "castelo de areia".
Em nossas reuniões de família, meu pai era famoso pela sua
habilidade artística em trabalhar com areia molhada. E me
orgulho de dizer que essa habilidade foi passada para - está
bem. está bem. para o meu irmão. Mas a questão é.... ela foi
passada!
Nós gastávamos toda a tarde de sábado cavando fossas,
levantando os muros do castelo e esculpindo com criatividade
as torres do castelo, quando subitamente... a maré subia! Em
apenas alguns minutos, tudo o que tínhamos para mostrar de
um dia inteiro de trabalho era a foto borrada tirada
acidentalmente pelo meu primo Joey com sua câmera Polaroid.
Todo o dia de trabalho era destruído. Não havia sobrado nada
para mostrar às mulheres que haviam saído para fazer
compras.
Com o aumento progressivo de minhas frustrações no de-
correr do tempo, fui forçado a visitar a porta do Castelo de
Areia Internacional, outra empresa muito útil para prestar
serviço ao consumidor. Encostado à ombreira da porta, vi uma
nota semelhante àquela que li anteriormente.
Ei, otário! Eu já não o vi antes?
Leia os meus lábios:
Se é construído à tarde,
certamente será destruído.
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O que efeito para durar
não deve ser rapidamente edificado!
Meu cérebro em puberdade estava enfrentando sérias
dificuldades de compreender esse conceito simples, mas
finalmente eu estava começando a entender. "Quer dizer que,
mesmo que eu passe toda uma tarde construindo uma obra de
arte, nunca poderei mostrá-la para a minha esposa um dia? "
Minha mente raciocinava.
Devagar, eu começava a perceber que as casas de cartões
e os castelos tinham uma grande coisa em comum: nenhum
era construído para durar! Com a mudança mais insignificante
do meio ambiente, como vento ou marés, as casas
desmoronavam muito mais rápido do que o tempo que se
levava para edificá-las. Elas não duram porque não foram
construídas sobre uma estrutura sólida. Jesus nos dá uma
parábola no livro de Mateus, no capítulo sete. Ele nos mostra
dois homens - um tolo e um sábio.
Acho que o tolo é muito parecido comigo quando me
encontro em meus momentos de fraqueza. Ele procura uma
maneira mais fácil de terminar o seu trabalho. Ele é o
camarada mais sovina, que está sempre com pressa e que
nunca escuta quando sua mãe diz:
- Paciência é uma virtude!
Ele constrói a casa, mas a constrói em cima da areia.
Jesus diz, e eu faço a minha paráfrase:" Que tolo!"
Vejam, esse tolo pode até ter a sua casa, mas ele não a
construiu pensando no futuro. Em outras palavras, ele não
pensou que o vento e a chuva, eventualmente, pudessem vir.
Ele nunca refletiu no terrível fato de que as estações mudam e
as marés sobem. E quando isso acontece, não é necessário um
biofísico para desvendar o que está acontecendo. Tudo o que o
tolo tinha para mostrar de todo o seu trabalho eram montes de
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madeira e de entulho e uma horrível dor de cabeça (apenas
imagine uma casa caindo em cima de você!).
Agora, antes que você tenha lágrimas nos olhos, deixe-me
lembrá-lo de que havia um outro construtor. Quem? O
construtor sábio! O fato não é que ele tenha feito algo de
extraordinário, ele, simplesmente, construiu a sua casa da
maneira correta. Ele pensou: Se eu vou construir uma casa
que dure, acho que, provavelmente, eu deveria começar a
construção levantando o alicerce. Aplaudamos, então, a
engenhosidade inspirativa e a visão extraordinária desse
homem.
O homem sábio simplesmente percebeu que, para
enfrentar os futuros desafios, ele precisava fortalecer as bases
de sua casa de forma sólida. O que esse homem escolheu fazer
não é diferente do que faríamos se estivéssemos nos
preparando para construir uma casa. Vejam que o alicerce é a
chave para a estabilidade e o segredo para a longevidade de
uma casa. Quanto mais extenso e profundo o alicerce, mais
alto você poderá construir. E quanto mais sólido, mais difícil
será derrubar a casa.
♥ ♥ ♥
Você já pensou que os relacionamentos com o sexo oposto
são construídos da mesma forma que uma casa? Assim como
uma casa sem alicerce, um relacionamento sem preocupação
com o futuro ruirá com o primeiro sinal de nuvens de chuva.
Ironicamente, assim como o construtor tolo e o construtor
sábio, existem dois tipos de pessoas na área de
relacionamento: o ignorante e o esperto.
O ignorante - sem, é claro, perceber que é um ignorante
-começa a construir o seu relacionamento rapidamente. Ele só
consegue pensar naquilo que irá obter com menos tempo de
trabalho. Ele não considera o fato de que, quando as
tempestades do relacionamento aparecerem, ele não terá como
manter a sua casa de amor intacta.
Aí, você me pergunta:
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- Mas quem seria ignorante o suficiente para construir
um relacionamento dessa forma? Bom, eu mesmo já construí
alguns relacionamentos desse tipo quando era mais novo e
mais ignorante. Eu construía relacionamentos que não
poderiam ter durado muito, mesmo que eu quisesse.
Certamente, eu não estava me preparando para um casamento
que durasse para sempre.
Deus queria me ensinar como ser um construtor mais
inteligente. E Ele não desejava apenas que eu construísse uma
casa para mim - Ele queria me ensinar como construir um
castelo de sonhos! Um relacionamento que não fosse apenas
satisfatório, mas sensacional!
Agora, eu sabia como construir casas de cartões, mas não
tinha idéia nenhuma sobre aquilo que Deus estava querendo
me ensinar quando Ele começou a me mostrar a planta de um
castelo. Primeiro, eu precisava recordar um pouco de História e
aprender um pouco mais sobre os castelos.
Castelo era outro termo usado para forte ou
contraforte. Os castelos eram enormes
estruturas construídas na antigüidade e
podiam acomodar toda uma cidade quando um
exército invadia a terra. Eles eram imponentes,
como o nariz de um romano, e eram facilmente
notados por serem bem diferentes dos
inúmeros casebres que enchiam a região - não
só na estrutura e tamanho, mas também na
beleza e na graça.
A nobreza morava nos castelos, isto é, se
você fosse um príncipe ou uma princesa, o seu
destino seria ter um castelo como lar. Mas há
uma coisa importante a ser notada: Os castelos
levavam anos para serem construídos! Vejam
bem, eles eram construídos para durar
milhares de anos.
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Não era necessário apenas um bom
planejamento, mas muita disposição por parte
do construtor. Era necessário também que o
construtor se comprometesse com a obra. mas
ele sabia que o resultado superaria todos os
sacrifícios temporários.
Deus deseja que possamos construir nosso
relacionamento de futuro casamento como se estivéssemos
construindo castelos. Por quê? Porque tanto os casamentos
como os castelos são projetados para durar.
Se você viajar pela Europa nos dias de hoje, verá castelos
construídos há centenas de anos (talvez até milhares de anos)
embelezando a paisagem. É assim que Deus deseja que o nosso
casamento seja - um testemunho para as futuras gerações de
que um relacionamento, quando é construído de forma correta,
pode desafiar as tempestades da vida. Mas, assim como o sábio
construtor, precisamos estabelecer a estrutura apropriada.
♥ ♥ ♥
Quantos de vocês, quando visitam uma casa bonita,
elogiam o dono da casa pelo lindo alicerce? É ridículo, certo?
Nós nunca observamos o alicerce de uma casa, mas é a coisa
mais importante. Você poderá ter os candelabros mais lindos
do mundo, mas, se não tiver um alicerce sólido, sua casa
despencará.
O assentamento do alicerce não é a parte divertida de
uma construção; trabalhar com concreto nunca é. A cor
acinzentada não é atraente aos olhos e. certamente, não é nada
romântica. Mas, se a estrutura da casa não estiver
propriamente assentada, não há razão para nos preocuparmos
com a decoração.
Então, prepare-se para o trabalho! Nós forneceremos as
pás, vamos cavar profundamente os nossos corações e nos
preparar para o trabalho pesado do romance.
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Até o final deste livro estaremos falando sobre como
construir um castelo de sonhos. Ao descobrir o primeiro e mais
importante passo, lembre-se de que a pedra fundamental de
um relacionamento para toda a vida não está diretamente
relacionada com o seu futuro companheiro, mas com tudo o
que estiver ligado ao seu relacionamento com Jesus Cristo.
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= = = = = = = = =
"Todo aquele, pois, que ouve estas minhas
palavras e as pratica, será comparado a um
homem prudente que edificou a sua casa sobre
a rocha."
Mateus 7:24
♥ ♥ ♥
Senhor, ajuda-me a assentar um forte alicerce para o meu
futuro relacionamento com meu companheiro.
Desejo um casamento que prevaleça ao teste do tempo.
Dá-me a força e a coragem para construir o alicerce a Sua
maneira.
= = = = = = = = =
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O Seu Castelo de Sonhos
No ponto em que estamos, talvez você esteja decidido a
começar a construir um castelo, em vez de uma casa de
cartões. Se isso for verdade, parabéns! O processo é longo e
difícil, mas você nunca se arrependerá do árduo trabalho
quando receber as recompensas.
PASSO 1 na lista de trabalho: cimentar. Traduzindo para
relacionamentos, significa:
entregar a Deus e aprender a confiar Nele.
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CAPÍTULO 5: PÃO NO TERREIRO?
- Leslie -
Quando eu tinha seis anos, um de meus passatempos
favoritos era escutar discos de historinhas no meu pequeno
toca-discos de plástico vermelho e branco. Enquanto eu
escutava a historinha, eu podia olhar o livrinho com figura. E,
toda vez que chegava a hora de virar a página do livro, o toca-
disco avisava com um alto e fino "Dinnng!".
Uma de minhas historinhas favoritas era a da Pequena
Galinha Ruiva. E uma história maravilhosa, que eu gostaria de
contar a vocês agora. Não é emocionante? Bem, vamos lá.
A Pequena Galinha Ruiva estava um dia no terreiro e
decidiu assar uma fôrma de pães. (Por favor, não me pergunte
a razão pela qual uma galinha no terreiro deseja fazer pão.
Essa não é a questão principal aqui.) Então, ela foi até o cavalo
e perguntou:
- Você me ajudaria a colher trigo? O cavalo disse:
- Não, não posso ajudá-la a colher trigo. Estou muito
ocupado! (E, por favor, não me pergunte com que, neste
mundo, um cavalo poderia ocupar-se no terreiro, porque não
tenho a menor idéia, e acho que isso é problema do cavalo e
não nosso.)
Então, a Pequena Galinha Ruiva foi até o porco e repetiu
a pergunta:
- Não, estou muito ocupado para ajudá-la a colher trigo,
respondeu o porco. (Está bem, esses animais do terreiro
tinham uma vida social! O que posso fazer?)
Então, a Pequena Galinha Ruiva procurou todos os
animais do terreiro para lhes perguntar se poderiam ajudá-la a
colher trigo. Para poupá-lo da agonia de passar por todos os
animais do terreiro, vou simplesmente dizer que TODOS
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disseram a mesma coisa. Todos estavam muito ocupados para
ajudar a colher trigo. Então, a Pequena Galinha Ruiva teve de
colher o trigo sozinha. "Dinnng!" (Hora de virar a página do
livro.) Depois, a Pequena Galinha Ruiva precisou moer o trigo.
Ela procurou todos os animais, e, é claro, todos estavam muito
ocupados para ajudá-la. (O terreiro era realmente um local de
muito trabalho, como vocês já devem ter percebido.) Então, ela
moeu o trigo sozinha.
Aí, chegou a hora de misturar a massa. Mesma coisa.
Todos muito ocupados.
"Dinnng!" (Hora de virar a página outra vez.)
(No caso de você ainda não ter notado, estou resumindo
bem a história e deixando de lado muitos detalhes importantes.
Se você realmente desejar um efeito completo, é melhor
comprar um desses toca-discos de plástico!)
Então, a mesma coisa aconteceu quando ela precisou
assar os pães. Todos estavam muito ocupados para ajudar.
Pobre Pequena Galinha Ruiva. Não é para ficar com pena dela?
Aposto que você está pensando consigo mesmo: Eu ajudaria a
Pequena Galinha Ruiva! E claro que sim! Eu também ajudaria!
Bem, de qualquer forma, chegou a hora de a Pequena
Galinha Ruiva tirar os pães do forno. Aquele cheiro delicioso de
pães quentinhos encheu o terreiro (substituindo
agradavelmente alguns dos outros odores que pairavam no ar).
A Pequena Galinha Ruiva perguntou quem a ajudaria a comer
os pães.
- Eu ajudo! disseram todos os animais do terreiro a uma
só voz. Eles se apressaram desesperados para devorar os pães.
Mas a Pequena Galinha Ruiva era uma garota esperta e disse
para todos os animais:
- NÃO! Vocês estavam todos muito ocupados para me
ajudar a colher e moer o trigo, para misturar a massa e para
assar os pães, então agora, vocês não merecem comê-los! Vou
comê-los sozinha! E assim ela comeu tudo sozinha.
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♥ ♥ ♥
Grande historinha, não é? Eu também achava. Agora, eu
sei que você deve estar sentado aí refletindo: O que é que a
Leslie quer com tudo isso? Ei, relaxe! Há uma razão, apenas
continue lendo...
Cada jovem com quem já conversamos sobre a área de
relacionamentos com o sexo oposto possui o mesmo desejo -
ter um relacionamento que seja bonito e duradouro. Ninguém
(pelo menos ninguém em seu perfeito juízo) deseja crescer,
casar e se divorciar. Esse não é, normalmente, o objetivo
número 1 na lista de metas para a vida! Provavelmente, você
não é diferente.Você deseja uma vida amorosa maravilhosa e
um relacionamento que consiga vencer o teste do tempo. Mas
aqui está uma pergunta chave... Você está disposto a fazer o
que for necessário para que isso aconteça? Mesmo que isso
signifique (cof, cof) renunciar essa área e entregá-la a Jesus
Cristo? Ai! Isso dói.
Confiamos mais Nele ou em nós mesmos? Por algum
tempo, tive a certeza absoluta de que não precisava da ajuda
de Deus nessa área da minha vida. Eu sabia o que desejava em
um homem e achava que Ele não sabia. Mas toda aquela
minha confiança não me levou a lugar nenhum na área de
relacionamentos. Toda vez que eu decidia as coisas por conta
própria, eu acabava com meu coração partido. Finalmente,
cheguei à conclusão de que, sendo Deus o meu criador, Ele
sabia cada sonho e desejo do meu coração. Ele sabia o que
estava guardado para mim no futuro. Então, depois de alguns
dias de luta, choro e dúvidas, eu, finalmente, consegui
renunciar essa parte da minha vida e entregá-la a Deus. Só
depois disso é que Ele pôde começar a pintar uma linda
história de amor em minha vida... à Sua Maneira.
- Quero ter uma história de amor como a sua e a do Eric!
É a frase que sempre escutamos de garotas sonhadoras. Elas
ficam com estrelinhas nos olhos quando lêem em nosso livro as
passagens que contam a maneira doce e romântica como Eric
me pediu em casamento e a beleza do nosso primeiro beijo no
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dia do nosso casamento. Elas olham para o futuro e desejam
experimentar em suas vidas esse mesmo tipo de beleza e
romance. Mas, da mesma forma, elas não percebem que tudo
isso começa com uma cirurgia do coração. Se Jesus Cristo não
for o Senhor dessa área de nossas vidas, Ele não poderá ser o
centro de nossa vida amorosa nem nos ajudar a construir um
relacionamento que dure para sempre. Não devemos esperar
que Ele nos abençoe sem que O tenhamos feito Senhor de
nossas vidas.
♥ ♥ ♥
Qual dos animais do terreiro é o mais parecido com você
hoje? Você é como a Pequena Galinha Ruiva, que tinha o
objetivo de fazer pães fresquinhos e que estava disposta a
enfrentar todo trabalho duro, as lutas e o sacrifício para obtê-
los? Ou você é como. o cavalo, o porco, o cabrito e a vaca, que
esperavam tirar proveito das bênçãos do pão, mas que estavam
totalmente indispostos para fazer o que fosse necessário para
que o pão ficasse pronto? Se você se considera hoje um "muu-
muu" ou um "oinc-oinc", é hora de algumas mudanças!
Eric e eu não acordamos um dia e simplesmente
decidimos que queríamos ter um relacionamento puro. Tudo
começou com o nosso relacionamento com Deus. Começou com
a renúncia de nossas vidas para entregá-las a Jesus Cristo.
Você não pode contratar um engenheiro para construir uma
casa se não tiver uma propriedade. Ele não terá como começar
a trabalhar! Da mesma forma, Deus precisa ter a propriedade
da sua alma e do seu coração antes que Ele possa começar a
construir uma verdadeira e pura história de amor.
De que modo você começa a construir um castelo de
sonhos? Ao renunciar tudo. Não, não é a parte divertida. Não é
a parte emocionante. Com certeza, NÃO é a parte romântica.
Mas, sem esse alicerce. Deus não tem como trabalhar. A
renúncia é um ato radical de confiança em Deus. Não é algo
que a gente consiga fazer de qualquer forma.
A lenda nos conta que uma vez um grande conquistador
navegou até uma ilha com seus homens para conquistar
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nativos selvagens. Quando chegaram à ilha, perceberam que
estavam perdendo a batalha. O inimigo era muito mais forte do
que eles imaginavam. Os homens perceberam que talvez
tivessem de recuar para o navio e fugir para salvar suas
próprias vidas. Mas o líder da expedição tinha outros planos.
Ele ordenou aos seus homens que o navio fosse incendiado. Ele
sabia que, se os seus homens não tivessem mais escapatória,
eles lutariam o suficiente para vencer o inimigo.
Sem escapatória. Sem olhar para trás. E assim que deve
ser a renúncia. Não dá para ter um pé na canoa da renúncia e
o outro na canoa do seu próprio caminho. E tudo ou nada! A
verdadeira renúncia não dá chances para recuar. Nela,
paramos de lutar, de brigar, de tramar, de planejar, de nos
preocupar... e nos preocupar.
Renunciar é simplesmente dizer: Senhor, sou todo Teu.
Dou essa parte de minha vida a Ti. Tu podes fazer o que
quiseres. Vou esperar pelo Teu tempo. Vou esperar pelo Teu
melhor. Quero que Tu sejas o autor da minha história de amor.
A partir deste dia, essa área é Tua - não mais minha.
Renunciar não é algo que você faz uma vez e pronto. É
um compromisso diário! Você pode começar com uma decisão
de esperar pelo melhor de Deus nessa área, mas você terá de
viver essa decisão cada dia da sua vida.
Um ato de renúncia é quando você se disciplina a não
namorar, enquanto todas as suas amigas estão namorando.
Um ato de renúncia é quando você decide não paquerar. Um
ato de renúncia é quando você se recusa a ter pensamentos
errados sobre outras pessoas. Não, não é fácil. Mas um dia,
cada momento de sacrifício se transformará em um pedaço do
maravilhoso presente que Deus lhe dará por todos os seus atos
de renúncia. No final, tudo isso valerá a pena!
♥ ♥ ♥
O verdadeiro sentimento de uma pessoa que renuncia a
sua vida para entregá-la a Deus foi muito bem captado por
Laura, uma estudante universitária de vinte anos, na canção
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que ela escreveu. Talvez você esteja pronto para fazer dessa
canção uma oração.
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Eu renuncio a minha vontade
Laura Hart
Todos os dias sou desafiada com a escolha de fazer as
coisas
A Tua maneira ou a minha;
Mas quando faço ao meu modo, sempre descubro
Que os Teus caminhos são melhores, que a Tua visão é
mais forte,
E Tu simplesmente desejas o que é melhor para mim.
Então, eu renuncio a minha vontade
Renuncio a minha vontade, Senhor
Renuncio a minha vontade; entrego a Ti a minha vida.
Algumas vezes a minha vontade insiste em ter o controle
Luto para fazer as coisas a minha maneira, mas sempre
acabo
percebendo
Que os Teus caminhos são melhores, a Tua visão para
mim é
muito mais ampla,
E Tu simplesmente desejas o que é melhor para mim.
Então, eu renuncio a minha vontade
Renuncio a minha vontade, Senhor
60 / 159
Renuncio a minha vontade; entrego a Ti a minha vida.
Quando as coisas ficam mais difíceis, a minha alma se
enfraquece
Meu coração se desanima e não consigo prosseguir
sozinha...
Então, eu renuncio a minha vontade
Renuncio a minha vontade, Senhor
Renuncio a minha vontade; entrego a Ti a minha vida.
61 / 159
CAPÍTULO 6: A FOSSA DO SUPER BOWL
- Eric –
Looody! Looody! Eles gritavam, enquanto eu entrava no
refeitório, naquela trágica noite de janeiro. Parecia que todo o
campus universitário sabia da minha humilhação.
- Looody! Looody!
O sarcasmo continuava, enquanto meu rosto ficava
vermelho como a capa do Superman.
Eu havia depositado toda a minha fé no Denver Broncos *
.
Apostei o meu pescoço neles, e eles me deixaram na mão.
Parecia que todos sabiam que eu era o torcedor mais fanático
do Broncos, e todos queriam que eu reconhecesse o meu erro
em ter colocado toda a minha fé no time. Eles não perderam
apenas, eles foram mastigados e cuspidos. E eu, seu torcedor
mais fiel, estava sendo tentado a dizer que nunca havia morado
em Denver, Colorado, enquanto a multidão gritada:
- Looody! Looody!
Eu não era simplesmente um fã do Broncos, eu era um
broncomaníaco! Eu sonhava em laranja e azul e, fielmente, ao
final do quarto tempo de cada jogo, eu já havia perdido toda a
minha voz. Pôsteres dos meus heróis cobriam as paredes do
meu quarto, e até mesmo a colcha da minha cama não
permitia que eu esquecesse aquela minha devoção. Mas aquela
terrível derrota havia jogado em mim um balde de água
congelante. Fiquei deprimido. Era difícil enxergar um
significado real para a vida. Afinal de contas, o Broncos perdia
o seu quarto Super Bowl **
! Será que existia uma luz no fim do
túnel?
*
Denver Broncos: time profissional de futebol americano de Denver, Colorado. (N. da
T.)
**
Super Bowl: liga anual de futebol americano profissional. (N. da T.)
62 / 159
Foi bem aí que Deus conseguiu quebrar a barreira de som
dos meus ouvidos. Ele sabia que eu era um garotinho
magoado, desapontado com meus heróis, frustrado com meu
time. Era como se Ele tivesse sentado ao meu lado e,
carinhosamente, colocado o Seu braço sobre o meu ombro.
- Então, o seu time perdeu hoje, não é? Ele falou
suavemente como se compreendesse o meu sofrimento.
- É... murmurei, enquanto olhava para o chão.
- Você realmente colocou toda a sua fé neles, não foi? Ele
se compadecia.
- É, coloquei. Sussurrei, enquanto me segurava para não
rasgar todos os pôsteres.
- Bem. Eric, Ele falou docemente ao meu coração, você
sabia que, mesmo continuando a depositar sua fé no Denver
Broncos, você sempre se decepcionará?
Olhei para Ele com as minhas emoções despedaçadas,
imaginando curiosamente o que Ele estava para me dizer.
- Mas Eric! Ele continuou. Se você depositar a sua fé em
mim, eu nunca o decepcionarei - e sempre vencerei!
Há períodos em nossa caminhada com Deus nos quais
Ele nos leva a uma encruzilhada. É nesse lugar onde
percebemos que temos dedicado nossas afeições e fidelidade a
pessoas erradas e que nos temos esquecido, até mesmo, do
verdadeiro sentido da vida. Nessas horas preciosas, é como se
Deus se tornasse claro em nossos corações. Reconhecemos que
as nossas vidas verdadeiramente pertencem a Ele. E, nessas
horas, temos a oportunidade de fazer escolhas!
- Deus, repliquei, enquanto sentia meu coração sendo
apertado por Ele, por que parece que o Senhor está sempre me
pedindo para eu dizer "não" a todas essas coisas em minha
vida as quais todas as outras pessoas podem fazer sem
problema algum?
Simplesmente, sabia que Ele queria mais de mim e eu
compreendi rapidamente que Ele desejava ter-me por completo.
63 / 159
Dessa vez, Ele estava batendo em uma porta do meu coração
que dava em uma sala chamada "Orgulho Ludy". Era naquela
sala onde eu havia aprendido a me vestir para impressionar, a
falar para seduzir e a andar como um "machão". Todas as
minhas máscaras haviam sido criadas naquela sala. A máscara
"Tá tudo sob controle", a máscara "A sensação das gatas", a
máscara "O corajoso irmão mais velho", e, até mesmo, a
máscara "O cara legal" vinha daquele lugar.
- Mas, Deus. eu protestava, enquanto me via como um
futuro morador do "Bobosville", se eu disser "não" a todas
essas coisas, o que vai ser de mim? Quero dizer, eu já desisti
do Denver Broncos por Sua causa. Qual será o meu futuro
além de um otário sem uma vida?
Parecia que eu estava sempre brigando com Deus,
quando Ele me levava àquelas encruzilhadas. Ele começou com
isso em 1990. com a minha disposição de me identificar com o
Seu nome. Depois, Ele começou a dar umas cutucadas na área
de esportes, e de lá para cá Ele começou a mexer com o meu
"Orgulho Ludy". O seu objetivo era (e continua sendo) moldar-
me a Sua própria semelhança. Era como se Ele estivesse
estendendo a Sua mão para mim, pedindo-me que eu
entregasse a minha vida aos Seus cuidados. Pela Sua graça, eu
poderia dar a Ele aquelas áreas da minha vida e logo descobrir
uma nova liberdade e uma nova beleza na vida. Mas, de vez em
quando. Deus ultrapassa os limites e pede alguma coisa que
não é da Sua conta.
Quando Deus começou a bater na porta do meu coração
que levava à sala denominada "Relacionamentos com o Sexo
Oposto", reagi em defesa:
-Nunca! NUNCA!!!
Por algum tempo sentia que Deus estava ultrapassando
os limites. Quero dizer. Ele estava me pedindo coisas que eu
nunca O vira pedindo a ninguém mais. Por alguma razão,
quando Deus bateu naquela porta sagrada do meu coração,
descobri que eu não estava a fim de discutir.
64 / 159
- Deus. esta é a minha área! Reagi passionalmente.
Relacionamento é algo muito importante para que eu
simplesmente passe para as Suas mãos!
Se eu entregasse a Deus aquela área, sabia que uma das
duas coisas aconteceria. Ou eu seria condenado a viver
sozinho, ou eu seria sentenciado a viver para sempre com '"A
MONSTRA"! Eu ia à igreja e conhecia o tipo de gente que Deus
achava atraente. Havia sempre umas pessoas esquisitas
sentadas nos bancos.
Durante todo o tempo eu resisti a Deus. Eu não estava
conseguindo ver uma coisa: Deus não queria me "pegar"', Ele
queria me abençoar! Se, de alguma forma, eu tivesse
conseguido ver o Seu coração de Pai amoroso, saberia que
depositar completamente o meu coração em Suas mãos seria a
coisa mais sensata a fazer.
♥ ♥ ♥
Todos nós nos apegamos a várias coisas em nossa vida,
determinados a não abrir mão delas. Como pequenos
"posseiros", abraçamos nossos brinquedinhos decididos a não
permitir que o amoroso Pai os tire de nossas mãos para que Ele
possa nos presentear com coisas maiores e mais belas - e bem
mais duradouras. Precisamos aprender a desejar esses
momentos e a crer que Aquele que tira é também Aquele que
renunciou a todas as coisas por nós. Não é para o Seu próprio
benefício, mas para o nosso!
Será que estou disposto a renunciar alguma coisa a que
estou apegado? Essa é a oração que muitos temem fazer.
Temos medo de perder o controle da direção de nossas vidas.
Mas. se realmente conhecêssemos o Seu caráter, desejaríamos
fazer essa oração.
Enquanto estava na faculdade. Deus me levou a
renunciar tudo em minha vida, desde o Denver Broncos a
Cindy McFarlane.
Deus levou outras pessoas a renunciarem os Beatles e
torta de abóbora. Cada um de nós luta. secretamente, para ter
65 / 159
o controle de nossas vidas, e todos nós temos coisas diferentes
a serem rendidas nas mãos graciosas do nosso Deus.
A maioria consegue renunciar facilmente a lição de casa
por amor a Deus. mas qual de nós anseia por renunciar nossa
popularidade, nossos relacionamentos, nossa aparência - e que
tal, a música? Renunciar é o cimento do nosso castelo. Quando
Cristo, a Rocha Sólida, é o alicerce de todas as coisas em nossa
vida. é aí que estamos seguros e inabaláveis.
Lembro-me do dia em que minha mãe interrompeu-me
bem no meio de um jogo do Denver Broncos. Eu estava
berrando, gritando e vaiando, e minha mãe simplesmente
disse:
- Eric, se você fica tão entusiasmado com o futebol,
imagine quanto você deveria ficar com Jesus!
Aquelas palavras se alojaram em minha memória e me
perseguiram por anos. Só quando eu tive aquela conversa com
Jesus sobre a minha mania de futebol é que eu percebi que
estava dedicando minhas afeições e fidelidade a pessoas
erradas. Existia uma Pessoa que nunca me decepcionaria, o
Verdadeiro Herói, que havia entregado a Sua própria vida em
meu lugar. Na minha vida havia uma coisa pela qual era
realmente válido me entusiasmar, ou até mesmo morrer. Jesus
era a Pessoa que havia dado tudo o que tinha por mim. O
mínimo que eu poderia fazer era dar-Lhe tudo o que eu tinha
Renunciar por amor a Jesus é a coisa mais lógica a fazer.
Ele nos criou e Ele sabe o que é melhor para nós. Na área de
relacionamentos com o sexo oposto, podemos facilmente
duvidar da Sua credibilidade. Nos esquecemos que Ele conhece
cada pequeno detalhe de nossas vidas. Temos medo de que Ele
não saiba aquilo que nos atrai, mas Ele é Aquele que nos deu o
dom da atração.
O sucesso dos relacionamentos começa com Jesus no
centro de ambas as vidas. Renunciar a área de
relacionamentos para entregá-la a Jesus é bem assustador.
Mas temos de nos lembrar de que Ele é a pessoa mais
interessada nessa área.
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Romance à maneira de deus eric e leslie ludy

  • 2. Romance à Maneira de DeusRomance à Maneira de Deus Eric e Leslie Ludy Título Original: Romance God's Way Tradução: Ariane Nishimura Bless Gráfica e Editora, 1ª ed., 1999 ISBN 85-87244-11-6 Digitalizado por guerreira http://semeadoresdapalavra.top-forum.net/portal.htm OBS.: Mantida a formatação de fontes, tanto quanto possível. Ilustrações não adicionadas, por serem meramente decorativas, e não terem ficado com boa qualidade na digitalização. Nossos e-books são distribuídos gratuitamente, com a única finalidade de oferecer leitura edificante a todos aqueles que não tem condições econômicas para comprar. Se você é financeiramente privilegiado, então utilize nosso acervo apenas para avaliação, e, se gostar, abençoe autores, editoras e livrarias, adquirindo os livros. Semeadores da Palavra e-books evangélicos 2 / 159
  • 3. Para Leslie, minha Princesa da Pureza. Obrigado por revelar-me de forma tão suave o que significa amar a sua vida Eric Para Eric, meu Príncipe de Armadura Brilhante. Obrigada por construir para mim um castelo de sonhos. Leslie * * * Eu é que sei que pensamentos tenho a vosso respeito, diz o Senhor; pensamentos de paz, e não de mal, para vos dar o fim que desejais. Jeremias 29:11 * * * O s Au t o r e s 3 / 159
  • 4. Eric e Leslie Ludy são escritores, palestrantes e músicos que têm viajado muito para compartilhar a mensagem do Romance à Maneira de Deus com jovens e adultos. O ministério desse casal inclui vários seminários e conferências não só nos Estados Unidos como também em outros países. O desejo de Eric e Leslie é inspirar, desafiar e equipar a sua geração para viver de acordo com o padrão de Cristo. O que os leitores estão dizendo... "A mensagem do Romance à Maneira de Deus causou em minha vida um impacto maior do que as palavras possam expressar. Agora sei que Deus tem escolhido a dedo um companheiro para mim e que posso confiar essa área da minha vida a Sua perfeita fidelidade." Kristen Baldwin, 15 Lufkin,TK "Por meio da mensagem do Romance à Maneira de Deus, aprendi a colocar Deus em primeiro lugar em todas as áreas da minha vida, especialmente nos relacionamentos com o sexo oposto. Eu agradeço a Deus pelo testemunho de Eric e Leslie e eu sei que este livro tocará a sua vida como tocou a minha." Jeremy Fernando, 19 Victoria, Austrália "Essa mensagem é o que a nossa geração precisa para combater os caminhos do mundo. Por meio do Romance à Maneira de Deus, encontrei a segurança em saber que existe uma maneira melhor de construir relacionamentos... à Maneira de Deus." 4 / 159
  • 5. Matt O' Neil, 15 Ontário, Canadá "Posso ver a unção de Deus sobre Eric e Leslie por meio de seu exemplo, seus livros e suas palavras. O desejo deles é que as pessoas busquem a vontade de Deus em cada área de suas vidas.Suas histórias são reais e inspirativas." Heather Morehouse, 17 Kalamazoo, MI 5 / 159
  • 6. S u m á r i o (clique para ir ao capítulo) Prefácio Introdução: O Que Pode Estar Acontecendo no Céu Capítulo 1: Aquela Palavra! Capítulo 2: Na Puberdade e Sem Saída Capítulo 3: Aprendendo a Maneira do Mundo: a Maneira Mais Difícil Capítulo 4: Casa de Cartões ou Castelo? Capítulo 5: Pão no Terreiro? Capítulo 6: A fossa do Super Bowl Capítulo 7: Deus é um Velhote? Capítulo 8: Sem Garota Numa Sexta-Feira à Noite? Capítulo 9: A Visão do Túnel Capítulo 10: Amor: Passageiro ou Eterno? Capítulo 11: A Chave Secreta do Romance Capítulo 12: Mais do que Flores Capítulo 13: Os Cavaleiros de Armadura Brilhante Realmente Existem? Capítulo 14: Luz, Câmera, Ação! 6 / 159
  • 7. AG R AD E C I M E N T O S Um agradecimento especial a Richard Runkles por tornar este projeto possível. A Mark Ludy, pela sua criatividade hilariante. E a Marlene Bagnull por trabalhar paciente e diligentemente no reforço desta mensagem. Acima de tudo, agradecemos ao verdadeiro Autor por tudo o que possa ser digno nestas páginas. A Ele seja a glória! 7 / 159
  • 8. PREFÁCIO Conheci Eric e Leslie durante a primeira viagem deles à Austrália, em 1996. enquanto os entrevistava para um programa de televisão. Fiquei rapidamente entusiasmado com a mensagem e o ministério desse casal. Sinto-me emocionado ao recomendar com grande alegria o novo livro de Eric e Leslie a qualquer pessoa que esteja buscando sabedoria divina na área de relacionamentos, pois creio que a mensagem contida no Romance à Maneira de Deus indica uma mudança de direção para os jovens de hoje. O livro que você está prestes a ler o encantará e o inspirará! Eric e Leslie enriquecem estas páginas com talento e personalidade, com lances de jornadas pessoais e com uma visão clara de como semear sementes vivas nos corações. Romance à Maneira de Deus é uma mensagem de esperança. Para muitos jovens, famílias e líderes, a "esperança" tem sido enterrada nas cinzas de sonhos queimados. Porém, Eric e Leslie têm provado em suas vidas que não apenas existe uma maneira melhor de construir relacionamentos, mas que essa maneira já foi vivida com sucesso. Isso não é um apelo sentimental às pessoas emocionalmente vulneráveis. Estas páginas foram gravadas com a experiência pessoal, visão de oração, obediência à fé e uma profunda busca da realidade. O resultado é um livro pleno de uma sabedoria que nos ensina a repensar, a reconquistar e a vivificar a visão para um futuro santo e glorioso. O humor, os casos, as ilustrações e a realidade do dia-a-dia trazem a verdade a nossa compreensão. Eric e Leslie são cem por cento sinceros, absolutamente reais, genuínos na preocupação com a vida, sensíveis ao amor do Senhor e ricos em seus próprios relacionamentos ao explorar o tesouro do caminho excelente de Deus. 8 / 159
  • 9. Esse material tem sido várias vezes apresentado em todos os Estados Unidos e na Austrália. O ensino tem sido testado e aprovado por jovens de diferentes formações. Não tenho conhecimento de outras pessoas que tenham compartilhado todas essas verdades de forma tão poderosa. Um casal excepcional desenvolvendo um trabalho excepcional! E o desejo de seus corações é que essa mensagem o atraia, o liberte e o dirija a sua própria jornada para que você também tenha uma mensagem para as nações. Não permita mais que o doloroso padrão do mundo continue arruinando a sua vida. Sua mensagem singular transformará a sua vida e semeará sementes de grande satisfação e doce felicidade. Leia com o coração aberto. Leia com confiança e esteja pronto para aplicar a verdade com um compromisso real de fé. Leia e seja transformado! Chris Field Melbourne, Victoria, Austrália Chris Field é um pastor australiano e uma personalidade da televisão. Ele apresenta dois programas semanais de TV, na cidade de Melbourne, Victoria - um programa de estudo bíblico. "Living Word" ("Palavra Viva") e um pro- grama de entrevista. "Melbourne Alive" ("Melbourne ao Vivo"). Chris tem cinco filhos e uma filha e ministra, principalmente, sobre família, casamento, integridade pessoal e aplicação da Palavra. 9 / 159
  • 10. INTRODUÇÃO: O QUE PODE ESTAR ACONTECENDO NO CÉU - Eric - Todo o Céu estava em agitação! A hoste angelical estava na "ponta das asas" desde domingo à noite, esperando... observando... imaginando. Todos os olhos celestiais estavam fixos no entusiasmado Pai assentado em Seu trono, adornado em todo o seu esplendor. Uma miríade de serafins iluminados fitavam o Seu terno rosto, imaginando o momento em que Seus lábios finalmente profeririam as palavras tão esperadas. As horas passavam, e a expectativa crescia. Foi somente na segunda-feira, às sete e meia, que Ele. finalmente, chamou o arcanjo para o seu lado. Parecia que Ele estava rindo, enquanto sussurrava alguma coisa no ouvido de Miguel. O céu alvoroçava-se de curiosidade. Com um sorriso exultante, o mensageiro do Rei posicionou-se perante a hoste celestial. Um audível "ssshhhhhh" ressoou entre a curiosa multidão. Cada serafim e querubim estava quieto, esperando... observando... imaginando. O radiante arcanjo comprimiu o lábio, tentando reprimir e controlar a sua própria ansiedade. Depois de uma pausa, que pareceu durar um milênio, Miguel começou a falar com alegria radiante e risos incontroláveis: - Meus amigos, sua voz ecoou pelos céus, o Pai diz que É CHEGADA A HORA! Trepidação de asas, sons de harpas, pés de anjos dançando sobre as ruas de ouro. É chegada a hora! Finalmente a hora chegou!!! E todo o Céu estava exuberante! 10 / 159
  • 11. O pipoqueiro chegou assim que começavam a abrir as cortinas. Todos os ansiosos serafins se acomodavam nos assentos. Enquanto o filme começava, o Pai, todo exultante, inclinou-Se e cutucou Miguel, dizendo: - Fui eu mesmo quem uniu esses dois. Miguel, rindo daquela afirmação tão conhecida, deu uns tapinhas amigáveis nas costas do seu Herói, o Grande Diretor dos Estúdios Universais. Então, todos vêem um rapaz surgindo naquela tela gigante, totalmente despercebido ao fato de que bilhões de olhos estavam a observá-lo. Era uma sexta-feira chuvosa de abril. Ele permanecia à porta, do lado de fora. esperando... observando... imaginando. Em uma das mãos ele segurava um buquê de rosas e na outra uma caixinha branca. Os acontecimentos a seguir deixariam todo o Céu nas pontas dos pés. Cada ser angelical imaginava como ele faria. Como ele a surpreenderia? Qual seria a reação dela? Ela aceitaria? Apenas o Autor Todo-Poderoso sabia o que aconteceria e Ele sempre guardava o segredo a sete chaves. O auditório inquietou-se quando os vizinhos, ao retornarem para casa, curiosamente observavam o rapaz ali... na chuva... do lado de fora da grande casa azul. De repente, a cena mudou. Uma graciosa moça. em uma sala iluminada por luz de velas, entrava em foco. Ela estava rodeada pela sua família, o que dava a impressão de ser um momento muito simbólico. Depois de lhe terem dirigido palavras doces, a mocinha foi convidada a sentar-se no sofá, com os olhos fechados. Fora-lhe dito que o presente, que eles lhe desejavam dar há tanto tempo, estava do lado de fora e que eles iriam buscá-lo A família se afastou, deixando sua jóia preciosa. Os olhos da mocinha estavam fechados e apertados em expectativa. Logo que a família saiu pela porta dos fundos, ouviu-se uma linda música. Era uma música que ela apreciava - que lhe trazia lágrimas aos olhos. 11 / 159
  • 12. Novamente a cena da noite chuvosa com o rapaz segurando o buquê de rosas apareceu na tela, dessa vez, entretanto, a porta estava aberta. A família da mocinha passou silenciosamente pela porta e compartilhou um breve momento de sorrisos calorosos com o jovem de cabelos encaracolados. Então, silenciosamente, o jovem entrou. A porta se fechou atrás dele. Um corredor escuro, iluminado apenas pela luz dos seus sonhos, o recebeu. Aquela melodia enchia os seus ouvidos e tocava o seu coração, enquanto ele se dirigia para a sala. nas pontas dos pés. Ele estava a alguns segundos do momento que havia esperado por toda a sua vida. A mocinha, com a face rosada, apareceu na tela. Dessa vez o foco estava nas lágrimas que escorriam pelo seu rosto delicado e suave. Aquela música trazia lembranças de um jovem à sua mente. Pensar que seu príncipe de armadura brilhante estava a milhares de milhas distante era como alfinetadas em seu coração. - Um dia ele virá. ela assegurava a si mesma, ele prometeu que voltaria. Sem que ela percebesse, o jovem entrou na sala. Ele a observava em toda a sua beleza, enquanto lágrimas continuavam a escorrer pela sua face. - Leslie. ele sussurrou, tentando conter-se. A preciosa princesa levantou a cabeça espantada. Através da cortina de lágrimas, ela viu a imagem do seu príncipe. Como se fosse um sonho, ela o fitava vindo ao seu encontro e ajoelhando-se aos seus pés. Com lágrimas nos olhos, ele gentilmente confessou a sua adoração e o seu amor por ela. Ele a presenteou com as rosas e com uma caixinha branca. E a surpreendeu com um pedido de casamento. - Minha Leslie. sua voz rouca sussurrava, você quer se casar comigo? 12 / 159
  • 13. Enquanto dizia essas palavras, ele olhava fixamente nos olhos dela. A música de fundo crescia com intensidade e grande comoção. Os olhos dela brilhavam, suas bochechas enrubesciam com entusiasmo. Ela não conseguia falar. De repente, a música chegou ao seu clímax, e ela disse "Sim". Os céus explodiram de emoção. Alguns anjos se cumprimentavam, enquanto outros passavam a caixa de lenço de papel. - Ele conseguiu, um ser angelical gritava. Um coral de vozes cantava o "Aleluia" na versão hip-hop. Enquanto as cortinas se fechavam, todos se dirigiam ao trono para parabenizar o Diretor. Miguel apressou-se triunfantemente para o lado do Rei, enquanto a congregação de críticos de cinema rodeava o trono. O Rei inclinou-Se e sussurrou ao ouvido de seu querido arcanjo: - Com a experiência que eu tenho em escrever textos, pense em alguns outros casais e me dê mais oportunidades como essa. Miguel sorriu e virou-se para falar à multidão: - Eu sei que vocês devem estar se perguntando porque hoje em dia é tão raro assistir a cenas como essas pelo telão. Depois de uma pausa, elevou mais a sua voz: -A razão é muito simples, não temos mais histórias românticas de boa qualidade que sejam puras o suficiente para serem produzidas e exibidas aqui! Os céus responderam àquelas palavras com risos. E Miguel continuou: - Mas parece que as coisas lá embaixo estão mudando. O ajuntamento celestial olhava para Miguel com interrogações nos olhos. Seria verdade? Será que existiriam histórias de amor que fossem puras entre as pessoas lá embaixo? 13 / 159
  • 14. - Sim, meus amigos, disse Miguel, é verdade! Nosso glorioso Criador está escrevendo o enredo para milhares de pessoas que tenham as mais puras histórias de amor. Ele está apenas esperando que os jovens casais aceitem os papéis de personagens principais! Os anjos se entreolhavam com uma expectativa jubilosa. - Tudo o que precisamos é levar uma mensagem muito importante para os filhos que estão lá embaixo na terra. Na verdade, essa mensagem é tão importante que os dois jovens que acabaram de aparecer no filme estão escrevendo um livro. Se os jovens lá da terra entenderem essa mensagem, eles permitirão que o Diretor Mestre escreva suas histórias de amor. Então, meus amigos, teremos a grande possibilidade de gastar nossos gloriosos anos assistindo a produções como essa que acabamos de ver hoje! - Qual é a mensagem? perguntou a multidão celestial. - É simples, respondeu Miguel. Tudo o que eles precisam saber é que o Criador do Universo... ADORA ROMANCES! Uma agitação de asas surgiu da incontável multidão entusiasmada. Miguel finalizou com um desfecho inspirativo: - Vamos a nossa missão! Levemos essa mensagem aos filhos da terra. O mundo nunca mais será o mesmo assim que eles entenderem a essência do Romance à Maneira de Deus. ♥ ♥ ♥ E, querido leitor, nunca se soube como este livro foi cair em suas mãos. Pode ter sido simplesmente o trabalho de algum bravo mensageiro do Céu entregando-o diretamente do próprio Pai a você. Por quê? Porque talvez Ele deseja que você saiba que... Ele está escrevendo um romance só para você neste exato momento! 14 / 159
  • 15. CAPÍTULO 1: AQUELA PALAVRA! - Eric – Eu me lembro do dia fatal em que minha mãe proferiu aquela palavra pela primeira vez. Aquilo chegou aos meus ouvidos como um carrapicho na meia e cheirou mal como uma torrada queimando na cozinha. Eu nunca mais seria o mesmo. Como pude ser exposto de tal forma àquela palavra? Eu estava bem na minha quando, de repente, percebi que o nariz de minha mãe se aproximava do meu rosto como se ela fosse um cientista maluco analisando pelo microscópio uma ameba amassada. Eu, sentindo-me um tanto desconfortável, tentava desviar-me. mas o nariz persistia - aproximando-se cada vez mais perto... e mais perto... e mais perto. Até que finalmente: - Ah! Minha mãe vencera! Ela descobrira a verdade escondida... um pontinho amarelado! Mas a pior parte estava por vir. Foi a palavra que ela disse que provocou mal-estar e embaraço. - Eric, parece que você está na... E foi bem aí que ela falou aquela palavra! Pouco tempo depois, fui novamente exposto àquela terrível e abominável palavra. Outra vez ela saiu dos lábios inocentes e confiantes de minha própria mãe. Dessa vez, aconteceu na cozinha. Eu não sabia do perigo iminente, enquanto fuçava, matava a sede e a fome em um de meus cômodos preferidos da casa. Era lá onde eu encontrava algum refrigério. Era naquele exato lugar onde eu encontrava paz, alegria e satisfação. Mas também foi lá onde eu me vi face a face com aquela palavra! - Mãe, me dá um copo de leite? 15 / 159
  • 16. Enquanto dizia aquilo, minha voz falhou como uma taquara rachada. Foi como se um enorme ovo tivesse sido quebrado bem em minha cara. Minha mãe riu e disse: - Que bonitinho! Eric. você está passando pela... E outra vez. tão claro como o dia, tão mal cheiroso quanto um gambá -aquela palavra. É muito triste ter de dizer isto: eu, Eric, não sou o único que foi amaldiçoado por essa terrível palavra. Essa palavra tem uma reputação! Na realidade, é algo centenário! Sabemos que ela fez com que os criminosos mais durões ficassem corados de vergonha. Muitas mães já experimentaram grande desgosto, e pais se esconderam devido ao seu simples pronunciamento. E ela não afetou apenas a plebe. A história nos revela que ela derrotou até mesmo o cavaleiro mais corajoso e a princesa mais digna. Na verdade, essa palavra maluca é conhecida por ter fraquejado os joelhos do zagueiro mais durão e por ter amolecido como gelatina o coração do mais bravo oficial da marinha. Aquele dia fatal na cozinha não seria a última vez que eu teria uma colisão frontal com aquela palavra. Não passou muito tempo para que as espinhas começassem a brotar em meu rosto como os cactos do nosso jardim e uns odores estranhos começassem a exalar de minhas cuecas anunciando em "claro e alto som" que Eric estava embarcando em um período de sua vida chamado... AQUELA PALAVRA! Logo depois, todo o caos culminou com um enorme massacre da dignidade de minha infância, quando meu pai me chamou para termos "A conversa". "A conversa" baseou-se naquela palavra. Tudo o que era mais desagradável, tudo o que era estranho, tudo o que era gorduroso era culpa daquela palavra! Uma noite meu pai me convidou para acompanhá-lo em uma volta pela cidade. Não havia nenhuma razão em particular, apenas um passeio inocente pela cidade. Foi uma conspiração! Eu devia ter pressentido no ar, mas estava muito distraído para perceber. Entramos em nosso carro amarelo cor 16 / 159
  • 17. de banana (uma linda lembrança dos meus tempos de criança) e nos dirigimos para a rua para um... estacionamento! Meu pai sabia o ambiente perfeito para fazer com que seu filho se sentisse confortável. Com a justificativa de conversar sobre estratégias de futebol (meu pai era o meu técnico, e nós teríamos um jogo na manhã seguinte), ele começou a falar: - Então. hum. Eric... ah. acho que você poderia me ajudar a planejar a posição do time para o jogo de amanhã contra os Blazers. o que acha? Ele perguntou com um constrangimento que encheu todo o nosso carro amarelo cor de banana. Concordei, e papai prosseguiu - procurando por uma folha de papel que tirava de sua maleta. Eu podia sentir que uma granada estava para explodir. - Bom. porque não colocamos o Luck aqui. à direita, e talvez o Johnny no meio do campo, à esquerda e...uh... Ele parou. De repente, o silêncio pairou no carro como o vento gelado de inverno atravessa a camiseta. Passados alguns segundos, com a coragem de um novilho que sabe que está indo para o matadouro, ele continuou: - Éééééé que. bem... ele murmurou. - Hã! hã!... pigarreou e continuou, falando nisso. Eric. tem uma coisa que quero falar com você. A granada havia sido lançada, e eu era o alvo. Nunca me esquecerei daquela noite no estacionamento. Passei, praticamente, toda a noite fitando o chão do carro amarelo cor de banana, com as bochechas enrubescidas e com os ouvidos transbordando com aquela palavra. Naquela monotonia, a única coisa que eu disse durante toda a noite foi "u-hum". Era como se fossem dois terríveis pesadelos em um só: beijar o meu irmão na boca e ir para a escola sem roupa. Mas se para mim era difícil, imagine para o meu pai. pois ele foi a pessoa que. de fato. falou aquela palavra! 17 / 159
  • 18. Se eu pudesse, nunca mais pensaria naquela palavra, ou a ouviria, ou a pronunciaria novamente. Mas acontece que um crime imperdoável ocorreu em nossa sociedade, e o culpado precisa ser claramente identificado. É isso mesmo - aquela palavra é a suspeita principal. Essa não é uma acusação trivial. Esse foi um crime capital merecedor de uma punição que "coloque todos os pingos nos is" até que haja o cumprimento total da lei. Existe alguma coisa em nossa sociedade que tem torturado as mentes dos jovens, atormentando-os com insegurança e ameaçando-os com constrangimento. Este indivíduo, digno de condenação, é conhecido por desorientar gerações inteiras de jovens da verdadeira beleza de se tornar um adulto, jogando-os em um dilema causado pelas palavras engraçadas e por falsas interpretações. Eu experimentei, por conta própria, lidar dignamente com esse indivíduo e fazer justiça sem delongas. Neste momento, quero apresentar-lhes os maiores suspeitos, um dos quais é aquela palavra: 1) alcachofras 2) hora de dormir 3) lição de casa 4) fígado com cebolas 5) e... é... pu... pubahh...puberdade! Agora, é óbvio para todos que cada uma dessas coisas é uma tremenda ameaça para os jovens, mas existe uma que sobrepuja as demais. Uma palavra que faz com que as outras sejam "fichinha'". E! Você está absolutamente certo! É aquela palavra1 . É aquela palavra que faz nascer espinhas na sua cara. mas que não lhe explica como se livrar delas. É aquela palavra que o transforma de um menininho bonitinho em um quatro olhos desengonçado e otário com cabelo seboso, sem, ao menos, ter a polidez de enviar um cartão de "melhore logo". 18 / 159
  • 19. Aquela palavra é a única responsável por nos confundir a cabeça com todas essas palavras engraçadas. Eu me lembro de olhar para o fundo da classe e ver Cindy McFarlane (este não é o seu nome verdadeiro). "O que é aquilo?" Minha mente questionou em agitação. Uma outra parte de mim respondeu sarcasticamente: "Aquilo é uma garota, esperto!" Eu sabia que Cindy era uma garota, mas tinha certeza de que alguma coisa havia mudado. Até então, eu estava condicionado a reagir comum "credo!" Mas. subitamente, o "credo!" não coincidia com os sentimentos em meu interior. Talvez um "uaaauuu ". mas nunca um "credo!" Eu estava mudando. Meu rosto estava ficando cabeludo como uma casca de pêssego. Minha voz estava falhando. Coisas estranhas estavam acontecendo comigo, e eu me sentia deslocado dos outros. Sentia-me como um pingo de sorvete derretendo na calçada. Meu pai "havia me ajudado" a compreender as mudanças físicas durante "A conversa", mas havia algumas outras coisinhas acontecendo também. Eram coisas internas. Desejos dentro de mim que eu nunca havia sentido antes. A palavra maluca, puberdade. ecoava por todos os lados e parecia gritar para mim: Ei. você. seu otário. João Ninguém em puberdade. apenas se olhe no espelho! Você acha que alguém poderia amá-lo do jeito que você é? Até então, eu nunca havia questionado se os outros me achavam atraente ou não. ou se eu era uma pessoa que pudesse despertar o amor de uma garota. Mas. subitamente, eu só conseguia pensar naquilo: Puberdade! Puberdade! Puberdade! Você está na puberdade! Aquela palavra inundava a minha mente. Imagens de Cindy McFarlane despontavam em minha mente, enquanto eu sussurrava: "Desiste, seu desengonçado de boca metálica!" Dentro de mim estavam acontecendo coisas que "A conversa" daquela noite no estacionamento não me havia preparado. De repente, eu sentia o desejo de ser atraente. 19 / 159
  • 20. Durante os últimos doze anos. eu não me importava se o meu cabelo estava arrepiado, se a minha camiseta estava amarrotada ou se havia molho de pizza no meu queixo... Agora, surgindo repentinamente do nada. eu sentia que precisava ser atraente. Talvez a Cindy até olhe para mim hoje! Eu advertia a mim mesmo ao acordar uma hora mais cedo do que o normal para me aprontar para ir à escola. Comecei a ficar horas e horas escolhendo o traje certo, passando esfoliante na cara para ver se me livrava daquelas espinhas obscenas e, é claro, cuidando do item número 1 do horário de minha agenda matutina: o penteado. Desenvolvi um estilo de penteado que era embelezado e ornamentado à perfeição. Eu precisava estar cem por cento. Se um fiozinho de cabelo estivesse fora do lugar, isso era suficiente para que eu largasse o café da manhã para colocá-lo no lugar. Comecei a estudar revistas que tivessem homens do tipo "machão". Lembro-me de quando folheava uma revista e me deparei com o Arnold Schwarzenegger sem camisa. Pensei comigo mesmo: Uau! Então é assim que devo parecer? Imediatamente fui para o banheiro e tirei a camiseta. Olhei para o espelho com um sorriso a La Clint Eastwood, curvei os braços e os flexionei como o Schwarzenegger na revista. "Puf!" Uma pelotinha de músculo apareceu em meu braço e "Puft!" Sumiu. Foi naquele momento que enxerguei pela primeira vez "O magrela". Meu desejo de ser atraente levou-me, uma manhã, antes de ir para a escola, ao estojo de maquiagem de minha mãe. Minhas espinhas estavam se multiplicando em meu rosto como uma ninhada de coelhos, e eu não conseguia descobrir o que fazer. Encontrei, entre os vários produtos, uma coisa chamada "base" e, em frente do espelho, tapei, cuidadosamente, cada um dos pontinhos de espinha. Maquiagem: esta era uma outra coisa não abordada pelo meu pai naquele bate-papo que tivemos no carro amarelo cor de banana. Eu não tinha a mínima idéia de que existiam 20 / 159
  • 21. diferentes tipos de tonalidades de maquiagem e de que é necessário certificar-se de que o tom combine com a cor da pele. Quero dizer, como é que eu deveria saber tudo isso? Bom. aprendi rapidamente aquela lição logo que entrei no vestiário masculino naquela tarde. Um cara superlegal, que passou por mim e percebeu que eu não havia combinado o tom da base com a minha cor morena, teve a bondade de, graciosamente, anunciar bem alto para todo o vestiário ouvir: - Você tá usando maquiagem! Imediatamente gaguejei um "não", mas ele insistia, no caso de alguém não ter escutado: - O Eric tá usando maquiagem! Tenho de admitir e dizer que, embora eu desejasse muito ser atraente, eu estava pronto para nunca mais usar maquiagem, mesmo que corresse o risco de deixar que minhas espinhas arruinassem minha vida. Outra nítida mudança que estava acontecendo dentro de mim era um súbito desejo de compartilhar minha vida com Cindy McFarlane. Era a coisa mais estranha, mas eu desejava conhecê-la. E eu queria que ela me conhecesse também! Aquele desejo continuou a crescer... e crescer... e crescer. No início, eu apenas desejava conhecer a sua cor preferida do arco-íris, mas, com o passar das semanas e dos meses e com o aprofundamento daquele desejo, almejei nada menos do que saber qual seria a sensação de ter os lábios de Cindy contra os meus. Lembro-me claramente de ter assistido a filmes quando mais novo (este foi o meu primeiro grande erro) e ver o desenrolar de uma história de amor. Rapaz conhece garota. Rapaz convida garota para sair. Rapaz se aproxima. Rapaz move os lábios. E rapaz dá um beijo certeiro nos lábios vermelhos da garota. Tudo tão fácil, tão tranqüilo, tão harmonioso (e tão melado). Sentei-me para observar aquele 21 / 159
  • 22. prodígio e estudei detalhadamente como eles posicionavam os lábios, como movimentavam as cabeças e, até mesmo, onde colocavam as mãos. Aquele negócio era uma arte, e eu era absolutamente um zero à esquerda naquele assunto. Eu estava intrigado com aqueles dois pombinhos que haviam aprendido a beijar tão bem. Eu estava convencido de que devia existir uma escola secreta de beijo que todo o mundo conhecia, menos eu. Então, se eles não estavam dispostos a me convidar para fazer parte, decidi que eu mesmo iria iniciar o meu aprendizado. Estarrecido, deitei-me em minha cama e me aconcheguei debaixo do meu cobertor. Mas não conseguia dormir. Minha mente continuava ligada a Cindy McFarlane! Imaginei seus lábios e tentei beijá-los, mas aquilo não era real. Então, virei de lado, agarrei outro travesseiro e o trouxe para perto de mim. Movi meus lábios e "chwmack", meu travesseiro recebeu o beijo que intencionei dar na adorável face de Cindy. E, é verdade, confesso que eu era um beijador de travesseiro! Aquele desejo interno estava crescendo, e eu não tinha uma "cobaia" humana. Conseqüentemente, meu travesseiro tornou-se a minha única opção. Aquela palavra - aquela inútil palavra maluca - havia me transformado em um quatro olhos, boca metálica, cabelo seboso, cara maquiada, adorador de Cindy. beijador de travesseiro e magrela imitador de Schwarzenegger. Foi aí que percebi que, se um dia eu viesse a escrever um livro sobre romance, seria melhor que eu começasse a fazer alguma coisa rapidamente. 22 / 159
  • 23. CAPÍTULO 2: NA PUBERDADE E SEM SAÍDA - Eric – Talvez muitos dos que estão lendo este livro tenham se identificado com alguma coisa do capítulo anterior - seja com "aquela palavra", ou com "A conversa", ou com Cindy McFarlane na cabeça, ou mesmo com o fato de que os únicos beijos que você já deu tenham sido na sua mãe, na sua avó e no seu travesseiro. Bom, pelo menos agora você sabe que existe mais alguém neste mundo que já passou pelos mesmos problemas! Se algum dia você precisar de um ombro amigo, não hesite em me ligar. Ohhhh! Estou na puberdade! Nããooo! Isso não soa como um filme de ficção científica em que um horrível monstro gigante engole um pobre soldado espacial? Para alguns de nós, esse sentimento pode soar bem familiar. Quando chegamos aos onze, doze ou treze anos. de repente, este monstrengo de cara espinhuda. chamado Puberdade. surge de debaixo de nossas camas, no meio da noite, e nos agarra. Uma vez que nos pega, não há escapatória! Não sei se você já sentiu isso ao experimentar os efeitos "adoráveis" daquela palavra. Eu, com certeza, já senti. Cheguei a sentir, até mesmo, vergonha daquilo que estava acontecendo com o meu próprio corpo. Eu me sentia mal pelo que estava acontecendo no meu exterior, mas eram as transformações dentro de mim que faziam com que eu me sentisse miserável e confuso. Eu desejava compartilhar minha vida com Cindy McFarlane. Desejava uma companhia em minha vida. Queria amar alguém e ser correspondido. E aquele estranho desejo não desapareceu com o tempo. Pelo contrário, era um desejo que crescia. Com o passar dos anos. continuou crescendo... e crescendo... e crescendo. Quando completei dezesseis anos. 23 / 159
  • 24. pensei seriamente que explodiria e que haveria um monte de pedacinhos de Eric Ludy espalhados por todas as paredes. Eu tinha aquele desejo e queria que fosse realizado! Mas havia um enorme empecilho. Havia uma barreira gigante entre mim e meu apaixonado caso de amor com Cindy McFarlane - DEUS! Ali estava Ele. bem no meio do caminho! Eu costumava vê-Lo como o "Sem Graça". Poderia ter feito o que fosse, mas o "Sem Graça" estava sempre ali para berrar um "É proibido!" Você já pensou em Deus como um velho de cara fechada e cabelos grisalhos que fica no céu e cujas frases prediletas são: "Ah! Peguei você no pulo! Mais um movimento e você será exterminado com um raio de luz!"? Por alguma razão, quando somos jovens, temos uma tendência de associar Deus com qualquer coisa que seja extremamente séria e com todas as coisas que sejam entediantes e previsíveis. Não há divertimento no Reino de Deus, Eric Ludy! Minha consciência me repreendia toda vez que eu participava da classe de Escola Dominical. Comparo isso com o "princípio da nutrição". Se eu pudesse mencionar todos os tipos de alimentos deliciosos, como bolo de chocolate, sorvete, sucrilhos açucarados, o que você logo me diria sobre os seus valores nutricionais? Sim. você acertou! Por serem saborosos, podemos automaticamente presumir que não fazem bem para o nosso corpo. E se eu tivesse mencionado alimentos mais leves e sem sabor como brócolis. couve-flor e broto de feijão? O que você diria sobre seus valores nutricionais0 É. você acertou novamente! Pelo fato de serem sem graça e sem gosto, podemos concluir seguramente que devem ser bons para a nossa saúde. O "princípio da nutrição" indica que aquilo que é saboroso e agradável é prejudicial e o que é leve e sem graça é benéfico. Durante os anos de puberdade, somos despertados pelo desejo de apreciar o sexo oposto. MAS. simplesmente, sentimos Deus falando ao nosso ouvido: - Você já leu o livro de Levítico hoje? 24 / 159
  • 25. Deus e a nossa sexualidade são como óleo e água - não se misturam. Por quê? Porque Deus é enfadonho e qualquer coisa associada à área de nossa sexualidade é estimulante. Podemos imaginar Deus criando o ser humano. Podemos vê-Lo formando a cabeça, moldando os braços e pernas, pode- mos até mesmo imaginá-Lo cavando o umbigo. Mas nunca, NUNCA conseguimos imaginá-Lo todo orgulhoso por ter sido o criador daquelas (hum...) partes que,. você sabe (cof, cof). ficam no meio do corpo. E como se imaginássemos isto: ao criar Adão, Deus se esqueceu das falhas e disse que '"tudo era bom". Mas, ao perceber o erro, Ele simplesmente grudou uma folha de figueira "nas partes" para cobrir o defeito. Que pensamento mais distorcido! Precisamos entender que a puberdade é. sem duvida nenhuma, obra de Deus! Ele é o criador da puberdade. Talvez eu deva dizer que Ele é o criador deste período de nossas vidas. Não consigo imaginar Deus usando aquela palavra para descrever qualquer coisa que seja! Entretanto, todas estas coisas estranhas que estão acontecendo em nosso corpo durante este período são resultado de Sua inteligência e engenhosidade. A coisa mais chocante é a novidade sobre aquele desejo interno crescente, pronto para entrar em erupção, de compartilhar nossas vidas com alguém do sexo oposto. Foi Deus quem colocou isso em nós! É proposital, e eu não estou brincando! Deus não vê os nossos "anos de puberdade" como um período de constrangimento devido a nossa boca metálica. Sua visão é completamente diferente! Na realidade, se Deus tivesse um nome para esse período, certamente seria algo bonito e nobre. Vocês percebem. Deus quer que compreendamos tudo isso durante esse período de nossas vidas. Ele está nos moldando em homens e nos esculpindo. Moças, este e um período de suas vidas em que vocês estão sendo transformadas em princesas e em rosas perfumadas. Isso não soa romântico? Assim como um fazendeiro planta na primavera para colher no outono. Deus planta sementes da masculinidade e feminilidade em nós 25 / 159
  • 26. (respectivamente) durante esse período para que, com o passar dos anos, possamos dar frutos de uma fase adulta madura. ♥ ♥ ♥ Se alguns de vocês estão se perguntando quando é que começaremos a falar sobre romance, então, a hora chegou! Toda aquela conversa sobre aquela palavra aconteceu para compreendermos que o que tem acontecido dentro de nós, inclusive aquele desejo crescente por uma companhia que começa a agitar, a cutucar e a bater com o passar dos anos, é uma obra milagrosa de Deus. Mas muitos de nós nunca percebemos que foi Deus quem colocou em nosso interior o desejo de amar e ser amado. Como resultado, não O buscamos para descobrir o que Ele deseja que façamos. Acredite ou não, Deus tem uma maneira de lidar com esse desejo crescente. É uma maneira que talvez você nunca tenha imaginado antes - uma maneira que, ao contrário do "princípio da nutrição", está repleta de uma beleza surpreendente, alegria indescritível e incomparável romance. O inimigo tem trabalhado incansavelmente para nos desviar dessa maneira, porque ele sabe que o destino que Deus tem para as nossas vidas será desvendado para nós. Você verá que essa maneira que eu e Leslie compartilhamos com você é surpreendentemente simples e profundamente desafiante. Você descobrirá porque o inimigo tem tentado nos confundir tanto para nos desviarmos do Romance à Maneira de Deus. A versão de Deus para o romance faz com que a versão do mundo pareça uma vela de jantar jogada no latão de lixo. O Romance à Maneira de Deus nos desafia e nos traz muito mais satisfação! A maioria das pessoas pensa que a maneira de Deus encontrar um companheiro para nós seja a maneira do mundo mais uma lista inteira de "é proibido..." Mas a maneira de Deus é completamente diferente e excepcional em sua beleza e não pode ser comparada com a maneira do mundo. 26 / 159
  • 27. Isso será muito mais do que uma jornada para descobrir uma maneira melhor de abordar o romance. Esperamos que seja um encontro com a pessoa de Deus! Sendo Deus o inventor do romance, não podemos ignorá-Lo em nossa busca. Ele sabe melhor do que qualquer um de nós a razão pela qual Ele mesmo colocou esse ímã intrínseco dentro de nós que nos atrai ao sexo oposto. Antes que você continue a leitura, eu o desafio a se perguntar: Estou disposto a ser transformado por Deus? Sabe, se você estiver disposto. Deus está pronto e desejoso para atuar. Permita que Ele corrija o seu conceito sobre a puberdade. Permita que Ele lhe mostre a Sua verdadeira natureza. E. acima de tudo, permita que Ele tenha o controle da sua vida e que o modele a Sua imagem. A primeira e mais importante pergunta que devemos fazer é: Qual a diferença entre a maneira do mundo e a maneira de Deus? 27 / 159
  • 28. CAPÍTULO 3: APRENDENDO A MANEIRA DO MUNDO: A MANEIRA MAIS DIFÍCIL - Leslie - Nunca vou me esquecer da primeira vez que o vi. Ele olhou para mim da frente da classe, e os seus olhos azul-escu- ros ganharam a minha atenção. Seus belos traços e seus cabelos dourados eram irresistíveis. Ele era alto (aproximadamente 1,57m), esportista, popular... tudo o que eu poderia sonhar. Sim, a partir daquele dia eu sabia que havia encontrado o homem dos meus sonhos! É claro que, quando você é uma garota de treze anos e está na oitava série, bem na aula de computação da Senhora Johnson, você enxerga o mundo com olhos que pensam saber tudo, principalmente sobre amor e romance. Quero dizer, o cara era maravilhoso e popular! O que mais era preciso? Por quase treze longos anos - está bem, talvez uns três anos, eu estivera esperando pela maravilhosa e extraordinária experiência chamada "namoro". Eu estava mordendo a isca, prontinha para entrar em cena. Naquele dia inesquecível, quando o vi pela primeira vez, eu sabia que não poderia esperar mais. Simplesmente, eu precisava ter um namorado e queria que fosse ele. Por várias semanas fiquei sonhando com Johnny (este não é o seu nome verdadeiro). Subitamente, a computação tornou-se a minha matéria favorita Duvido que eu tenha aprendido mais do que ligar o computador, mas gastava tempo suficiente estudando os olhos, os lábios e a personalidade de Johnny. Perguntava-me se algum dia ele viria conversar comigo. Eu já havia percebido que ele olhava em minha direção algumas vezes, sempre lançando um de seus sorrisos arrebatadores, mas nunca nos havíamos aproximado o suficiente para termos um diálogo. 28 / 159
  • 29. Meu dia de sorte chegou quando a Sra Johnson nos colo- cou juntos para fazermos aula de laboratório. Johnny mostrou- se tão satisfeito com aquilo quanto eu, e não demorou muito para começarmos a tagarelar e rir como se fôssemos amigos de longa data. Ele possuía uma personalidade que combinava com a sua aparência. Eu ansiava por estar cada vez mais próxima dele a cada dia. - O que é que está rolando entre você e o Johnny? Era a pergunta que minhas amigas me faziam nos corredores. Eu dava uma risadinha e contava tudo o que ele me dizia. Falava sobre as cinco vezes que ele sorria para mim em apenas uma hora! E perguntava-lhes com um sorriso confiante. - Tudo isso deve significar alguma coisa, vocês não acham? E elas me asseguravam: - Até o fim da semana ele vai te convidar pra sair, com certeza! Eu estava ganhando rapidamente atenção e popularidade com aquela amizade com Johnny. E eu curtia muito tudo aquilo. Finalmente, o dia chegou! Por intermédio de um de seus amigos "escudeiros", ele me convidou para sair. Fiquei eletrizada! Eu nem sabia o que dizer. Preciso dar uma explicação àqueles que ainda não chegaram a viver o melodrama da oitava série: "sair" não significa que o cara a está pedindo em namoro (a maioria de nós não podia namorar oficialmente), mas que ele deseja que você seja a "sua garota". Isso significa dar as mãos no corredor da escola, falar horas e horas pelo telefone e fazer questão de que todos os seus amigos sempre se refiram a vocês como sendo um casal. Aos treze anos, "sair" a promove da condição de uma "menininha" à de "adulta-madura-em-sério- relacionamento". Nós nos considerávamos um tanto "modernas". Todas nós vivíamos em nossa própria novelinha de oitava série, o nosso mundo era construído ao redor de cada "relacionamento". 29 / 159
  • 30. Então, quando Johnny me convidou para sair. eu havia finalmente, aterrissado nesse mundo e estava adorando cada minuto dessa nova vida! No princípio, sair com o "homem dos meus sonhos" era algo sensacional. Talvez eu tenha sido bem avoada na oitava série, mas eu tinha sólidos padrões de moral. E Johnny, além de lindo e popular, também tinha sólidos padrões de namoro. Algumas de minhas colegas já estavam se envolvendo com caras e trocando de namorado como quem troca de roupa. É, eu sei que estamos falando de garotas de treze anos, mas é a triste verdade! Elas estavam começando a experimentar drogas e álcool, e muitas delas tinham notas muito baixas no boletim. Eu fora educada em um lar cristão e sabia distinguir o certo do errado, por isso tentava evitar amizades com tais tipos de pessoas. As amigas com quem eu andava tinham uma tendência para mentir, enganar, fofocar e falar palavrões, mas não eram más e isso aliviava a minha consciência. E, embora Johnny fosse popular e bonito, ele não me pressionava a transar com ele. Eu tinha certeza de que havia encontrado o melhor dos dois mundos. Eu e Johnny nos mantivemos como "um casal" durante o restante do ano escolar. Começamos a passar cada vez mais tempo juntos. Toda vez que falávamos pelo telefone, gastávamos, pelo menos, uma ou duas horas. Ele satisfazia minhas necessidades de sentir-me apreciada e amada. É claro que eu tinha certeza de que meus pais me amavam, mas o meu relacionamento com Johnny era totalmente diferente. Na realidade, isso significava que uma pessoa popular e atraente do sexo oposto estava escolhendo ter um relacionamento comigo! Eu compartilhava meus pensamentos, sonhos e emoções com ele, e ele me escutava e me entendia. Seus elogios e sua apreciação permitiam que eu passasse por um período que, caso contrário, seria de muita solidão e insegurança. - Eu te amo. 30 / 159
  • 31. Ele me dizia apaixonadamente todos os dias. Tenho de admitir que, no começo, achava muito estranho aceitar o "amor" de um cara de apenas quatorze anos que havia alcançado altura suficiente para andar na montanha russa do Six Flags * há apenas um ano. Mas eu simplesmente percebi que aquelas palavras era o que todos os namorados diziam um para o outro, então, depois de alguns meses, acabei me acostumando e comecei a acreditar nelas. Por estarmos ligados emocionalmente um ao outro, começamos a sentir a necessidade de expressar o nosso "amor" por meio de outras formas além das palavras. Eu havia feito um voto de abstinência sexual até o casamento e não tinha nenhuma intenção de quebrá-lo, mas sinto ter de reconhecer que eu e Johnny começamos a desenvolver coisas na área física que nunca pensei que pudesse acontecer. Cada vez que eu o escutava dizer "eu te amo" e cada vez que compartilhava um pedaço do meu coração com ele, a minha decisão quanto à área física fraquejava. Eu estava muito dependente do afeto de Johnny. Nunca "fomos até o fim", mas fomos muito mais além do que o recomendado. E cada vez que nos tocávamos, um pedaço maior de mim era dado a ele. Ao olhar para trás, me arrepio só de me lembrar daquele tempo. Como pude dar algo tão sagrado para um garoto de quatorze anos que apenas desejava satisfazer as suas necessidades e desejos? Que desperdício! Talvez nos tenhamos considerado "adultos-maduros-em-um-relacionamento-sério", mas na realidade não tínhamos a mínima idéia de que o que estávamos fazendo nos afetaria pelo resto de nossas vidas. Nosso relacionamento durou mais ou menos dez meses. Todas as minhas amigas admiravam o nosso "compromisso" e maravilhavam-se com o longo período em que estávamos juntos. Ter Johnny em minha vida me trazia muita segurança, e nunca considerei terminar o relacionamento com ele. O simples fato de ter um namorado fazia com que eu me sentisse * Six Flags é um parque nos USA muito conhecido pela grande variedade e quantidade de montanhas russas. (N. da T.) 31 / 159
  • 32. valorizada. Mas, ao passar do ginásio para o colegial, comecei a notar que aquele era o momento da minha vida para entrar com tudo no "mundo do namoro". Havia muitos outros rapazes ao meu redor, e eu comecei a me perguntar como seria começar a namorar outra pessoa. Finalmente, Johnny e eu percebemos que era hora de cada um de nós prosseguir no seu próprio caminho. Não imaginei que seria tão difícil terminar com Johnny. Afinal de contas, nunca o levei muito a sério - quero dizer, nunca planejei me casar com ele ou coisa parecida. Agora que eu estava no colegial, havia, pelo menos, centenas de outros rapazes com quem poderia sair e que eram tão atraentes e legais como Johnny. Mas não foi tão simples assim. Na noite em que terminamos oficialmente pelo telefone, uma onda de comoção inundou minhas emoções. Talvez pudéssemos ter considerado aquilo como um divórcio! Entretanto, eu não esperava que o término causasse tanta desordem interior. - É o fim da minha vida. Soluçava histericamente ao jogar-me sobre a cama. Chorei até que todas as lágrimas acabassem. Fiquei arrasada emocionalmente e não comi nem dormi direito durante dias. Estava confusa e ferida e não conseguia compreender a razão daquela experiência estar sendo tão traumática. Ao olhar para trás, enxergo o que não conseguia enxergar antes. Durante meses me senti emocionalmente segura naquele relacionamento com "meu-namorado-ideal-da-oitava- série". Embora eu não tenha me entregado a ele completamente na área física, na área emocional entreguei-me totalmente sem ter percebido. Depositei nele a minha segurança e o meu conforto, e, durante dez meses, ele abrandou o meu latente desejo interno de ser amada e apreciada por alguém do sexo oposto. Como é que eu esperava terminar algo daquele tipo sem que alguém se machucasse? Como mencionei anteriormente, naquela época eu era bem imatura. ♥ ♥ ♥ 32 / 159
  • 33. Depois que o meu relacionamento com Johnny terminou, fiquei tão desesperada por uma "atenção masculina" que comecei a ter um relacionamento após o outro. Cada vez que eu terminava o namoro, acabava com o coração partido. Mas continuei namorando e continuei quebrando e esmagando as minhas emoções. Meu coração tornou-se sem valor - pois eu simplesmente o entregava, deixava-o em pedacinhos, que catava, e começava tudo de novo. Não havia outra alternativa (pois não namorar estava totalmente fora de questão). Esperei tanto tempo e finalmente estava fazendo parte do mundo do namoro. Aquilo seria superdivertido e muito romântico. Continuei pensando que algum dia eu realmente iria curtir aquilo. Mas, por alguma razão, esse dia nunca chegou. Onde estava a diversão? Onde estava o romance? O que eu tinha feito de errado? Aos quinze anos, sentia como se tivesse casado e divorciado umas três ou quatro vezes. Era como se o meu coração fosse nada mais do que carne de hambúrguer. Foi nessa situação de desesperança que Deus começou a falar ao meu coração. Um dia estava lendo minha Bíblia - algo que comecei a fazer cada vez menos desde que havia começado a namorar. Um versículo de Provérbios 31 chamou minha atenção. Você conhece o capítulo que descreve a "mulher virtuosa"? Preciso deixar bem claro que não era do meu costume ler versículos sobre casamento. Casamento era algo que estava bem distante da minha realidade, e eu não iria preocupar-me com aquilo por um bom tempo. Mas aquele versículo estava falando sobre uma esposa sábia. Ele diz que: "Ela lhe faz bem, e não mal, todos os dias da sua vida." Espere um pouco! Todos os dias da sua vida? Quer dizer que ela pensa no seu marido antes mesmo de conhecê-lo? Como ela poderia "fazer o bem a ele" todos os dias da sua vida mesmo sem saber onde ele está ou o que está fazendo? Eu pensei no meu futuro marido. Imaginei que ele estivesse por aí... em algum lugar. Será que eu estava fazendo 33 / 159
  • 34. bem a ele? Sempre pensei que estivesse fazendo o melhor que podia ao evitar o sexo antes do casamento. Quero dizer, isso era muito mais do que todos os outros estavam fazendo. Mas comecei a pensar que eu possuía algo mais do que apenas o tesouro físico para guardar para ele... Um dia eu iria dar ao meu marido o tesouro do meu coração e das minhas emoções. Eu. certamente, não estava realizando um bom trabalho para guardar esse tesouro. Minhas emoções estavam sendo machucadas e moídas pelos relacionamentos nos quais eu me envolvia. Quando eu era mais nova. costumava pensar que. quando chegasse o tempo de me casar. eu me esqueceria de todas as experiências de namoro que tivesse tido no colegial e na faculdade. Qualquer um que já tenha se envolvido em um relacionamento sabe que isso é impossível. Não dá para esquecer. Cada pessoa, a quem você entrega suas emoções, fica gravada em seu coração e na sua memória. Frágil ou Resistente? Imagine se um dia eu aparecesse na sua frente e lhe oferecesse um diamante valioso. (Eu sei que talvez as garotas fiquem um pouco mais entusiasmadas do que os rapazes quando o assunto é esse. mas. rapazes, apenas pensem que. se o assunto sobre anéis de diamante não lhes interessa muito, sempre haverá uma possibilidade de vendê-los e usar o dinheiro para comprar um carro!) A única coisa é que você não poderá usar o diamante de forma nenhuma durante cinco anos. Você precisa guardá-lo cuidadosamente durante esse período. Agora você tem um probleminha. Você possui um tesouro valiosíssimo e precisa de um lugar seguro para guardá-lo durante os próximos cinco anos. Então, você me pede algumas sugestões. 34 / 159
  • 35. Bem, tenho duas opções para você. A primeira é um copo descartável. Ele possui muitas vantagens, incluindo o fato de que não custa nada - uma ótima sugestão de economia para os estudantes - e é muito fácil de ser cuidado, quero dizer, você nem precisa lavá-lo ou poli-lo. Depois de usar é só jogar fora! Será que consegui convencê-lo? O copo descartável seria um excelente recipiente, não é? O quê? Você deseja olhar para o lado negativo da coisa? Bem, se você deseja guardar algo de valioso nele. esse copo realmente possui algumas pequenas inconveniências. Se pegassem o copo (o cachorrinho do vizinho, por exemplo), seria muito difícil dizer "quem" o teria pegado. Os cachorros possuem uma estranha atração por esses tipos de copos. Eles são conhecidos por mordê-los e danificá- los. Então, se, por ventura, o seu diamante estiver dentro de um desses copos quando o cãozinho decidir fazer a festa, bem... dê tchauzinho ao seu diamante. Logo, o seu tesouro estará no estômago do cãozinho, e eu duvido que a sociedade humana permitiria que você realizasse uma operação no cão para retirar o seu tesouro. Você teria de fazer o que uma senhora de Denver fez quando o seu cachorro comeu o seu anel de diamante: dar a ele xarope de ipecacuanha para forçá-lo a vomitar umas sete vezes. Daí, colocar luvas de borracha e enfrentar todas aquelas coisas asquerosas para recuperar o diamante. O quê? Perdeu o apetite? Ó, perdão. Acho que talvez esse copo não seja a melhor opção para o seu diamante, não é? Os copos descartáveis são úteis apenas em piqueniques ou churrascos, porque são facilmente amassados e jogados no lixo depois de usados. Talvez você tenha razão, esse tipo de material não é um dos melhores para guardar um tesouro valioso, pois não foi projetado para durar. Portanto, um copo descartável não é o lugar ideal para você guardar o seu diamante. Está bem, aqui está a segunda sugestão. Tenho um copo resistente, de prata, que a mãe do Eric me deu recentemente. É uma herança de família muito especial, porque os pais de Eric mandaram gravar o nome dele no copo. Era o copinho de Eric quando bebê. Eu nunca vi um cachorro tentando morder um 35 / 159
  • 36. copo desse tipo nem alguém tentando jogá-lo no lixo. Então, sim. esse seria um lugar bem mais seguro para o seu diamante. Essa opção possui desvantagens? Algumas. Primeiro: custa dinheiro. Quero dizer, você não acha que vou simplesmente lhe dar uma herança de família, acha? Especialmente um copinho em que está gravado o nome do Eric! Ele é muito valioso, por isso é bem provável que você tenha de trabalhar durante as férias para comprá-lo de nós. Segundo: um copo de prata necessita de cuidados e dá um pouco mais de trabalho. Você tem de limpá-lo e poli-lo. Não é tão fácil de cuidar como acontece com o copo descartável. Mas, ao fim dos cinco anos, você poderá ter a certeza de que o seu diamante estará intacto. Nenhum cachorro em seu perfeito juízo tentará mastigar um copo de prata (mesmo um cachorro que não esteja em seu perfeito juízo!). E eu duvido que alguém o jogue no lixo. Seu diamante estará seguro nesse copo. e você terá a certeza de que em cinco anos colherá os benefícios de ter tomado tal decisão. .Quantos de vocês, ao serem dadas essas duas opções, seriam malucos o suficiente para deixar o valioso diamante num copinho descartável? Espero que nenhum de vocês! Agora pense da seguinte forma: suas emoções são um tesouro, um presente de Deus. Elas são muito mais valiosas do que qualquer diamante. Algum dia você as entregará ao seu futuro cônjuge. Você está cuidando direito delas? Ou. neste momento, elas estão dentro de um copo descartável sendo mastigadas, pisoteadas e jogadas fora? ♥ ♥ ♥ Eu me lembro do meu primeiro dia de aula da quinta série. Eu e meus amigos entramos na sala de aula rindo e fazendo barulho. Quando o nosso professor entrou, tínhamos apenas uma coisa em nossas mentes: ele iria tolerar a nossa bagunça? Ele seria um bom professor? De que forma conseguiríamos levar aquele ano escolar? 36 / 159
  • 37. - Na minha aula vocês podem fazer qualquer coisa! Aquelas foram as primeiras palavras que saíram de sua boca. Entreolhamo-nos agitadamente sem poder acreditar na nossa sorte. Isso é demais! Pensávamos. Vamos detonar! Poderemos desenhar caretas no quadro-negro. esmagar giz de cera no carpete, rabiscar nossas folhas e a lição de casa... - Vocês poderão fazer qualquer coisa na minha aula. ele disse novamente, contanto que estejam prontos para enfrentar as conseqüências de suas atitudes. Opa! Conseqüências? Aquela era uma palavra pesada! Todos nós mudamos as nossas atitudes bem depressa. Sentávamos direito, olhávamos para o professor, segurávamos as risadinhas e a conversa e sempre devolvíamos nossas folhas com a lição de casa sem rabiscos. Porquê? Simples. Conseqüências! Percebemos, pela declaração do nosso professor, que seríamos punidos ou recompensados dependendo de nossas decisões tomadas dentro da sala de aula todos os dias. É claro que isso aconteceu um tempo atrás, quando os diretores ainda podiam usar palmatórias de madeira! Um simples pensamento relâmpago de ser punido com uma entrevista com "A senhora Palmatória" era o suficiente para mudar nossas atitudes. Conseqüências eram uma coisa que não entrava em minha cabeça durante o tempo em que estive envolvida com Johnny. Eu não percebia que cada decisão tomada afetaria meu futuro casamento tanto de forma positiva como negativa. É claro que eu sabia que sexo antes do casamento, de alguma forma, afetaria meu futuro relacionamento. Mas, apesar disso, eu não enxergava como alguns relacionamentos casuais de namoro pudessem possivelmente me prejudicar. Eu olhava para os anos de colégio e faculdade como uma grande festa - divirta-se, deixe as coisas sérias para depois. Por alguns anos eu iria namorar para me divertir, então, um dia. bem lá na frente, eu encontraria o cara "certo para mim". Nós nos apaixonaríamos, casaríamos e viveríamos felizes para sempre. 37 / 159
  • 38. Parece bem simples, não é? Infelizmente, eu não tinha idéia de como as coisas realmente são - isso até Deus começar a me desafiar a pensar sobre meu futuro marido. Finalmente, percebi que o meu coração era um tesouro que eu deveria guardar e proteger com cuidado para o meu futuro marido. E esse tesouro tornava-se cada vez mais sujo e frio quando eu me relacionava com um rapaz atrás do outro. Subitamente, comecei a desejar lutar pelo meu futuro casamento, investir no meu futuro casamento, embelezar e fortalecer o meu futuro casamento. E, pela primeira vez em minha vida, descobri como viver da maneira certa antes mesmo de conhecer o homem com quem eu viveria pelo resto de minha vida. Relacionamentos temporários de namoro - dar e receber emoções e afetos com o objetivo de viver com segurança e de ter prazer temporário - não estavam me ajudando construir um relacionamento visando um futuro casamento. Estavam apenas demolindo tudo. Meu diamante estava se tornando cada vez menos atraente! Percebi que, ainda que eu desejasse tanto namorar e viver um incrível romance de adolescente, eu desejava muito mais investir no relacionamento que duraria para sempre... meu futuro casamento. - Está bem, Deus, farei o que for necessário. Apenas me mostra como investir no meu futuro casamento e como amar o meu futuro marido. Estou cansada de ficar entregando o meu coração para um rapaz atrás do outro. Mostra-me o que Tu desejas que eu faça, Senhor. Estou pronta. Burra, burra, burra, burrinha...Uma música tenebrosa e nebulosa tocou em minha mente logo que fiz aquela oração. "O que é que eu fiz? O que Deus vai exigir de mim agora? Ó não, e se Ele tomar essa área da minha vida? Ele vai acabar comigo!!!" O medo tomou conta de mim assim que tomei conheci- mento do que tinha acabado de dizer a Deus. pois, tão logo disse aquelas palavras, percebi o que Ele estava me pedindo... Desistir do mundo do namoro! Ahhhhh! NÃO! Como eu poderia fazer aquilo? Aquilo era ridículo! Era loucura! 38 / 159
  • 39. - Olha, Deus, acho que o Senhor não está entendendo muito bem o problema pelo qual estou passando. Então, deixe- me explicar. Tenho dezesseis anos. Eu sei que no céu talvez isso não signifique muita coisa, mas, aqui na terra, dezesseis anos é o momento para viver! A vida gira em torno de festas e de dança e do... NAMORO! Se eu renunciar isso, serei uma ninguém! Então, Deus, eu realmente não posso fazer muita coisa, mas obrigada pelo interesse! Eu sei que foi de coração. Por mais que eu desejasse tomar de volta a minha oração "Senhor estou pronta", eu não podia. Sabia o que Deus estava me pedindo e, por mais que detestasse admitir aquilo, eu sabia que Ele estava certo. Se eu realmente desejava obedecer a Sua vontade e investir no relacionamento do meu futuro casamento, eu não poderia mais fazer parte do mundo do namoro. Então, naquele dia catastrófico de fevereiro, aos dezesseis anos, eu, oficialmente, renunciei o namoro. Meu compromisso era dedicar toda a minha vida para servir a Deus e confiar que, a Seu tempo e a Sua maneira, Ele iria trazer a minha vida o meu futuro marido. Até lá, eu nem iria procurá-lo. Eu confiaria em Deus, esperaria pacientemente e me guardaria - física e emocionalmente para aquele homem com quem um dia eu iria me casar. Aquela era uma decisão ousada e corajosa, mas eu não me sentia tão ousada e corajosa ao tomá-la! Pensamentos horríveis sobre o que eu me tornaria encheram minha mente. Eu me imaginava uma triste adolescente sentada em uma cadeira de balanço olhando para fora da janela todas as noites. Sem telefonemas. Sem amigos. Sem vida. Apenas balançando, balançando, balançando. Eu simplesmente sabia que havia desperdiçado minha vida. Algumas de minhas amigas, ao ouvirem minha decisão, me olhavam com desgosto e falavam: - Leslie. como você espera se casar um dia se você não estiver namorando? Como você espera que o seu Príncipe 39 / 159
  • 40. Encantado bata a sua porta se ele nem ao menos sabe que você existe? Você está sendo uma boba mesmo. Legal! Obrigada pelo encorajamento. Era exatamente isso que eu precisava, garotas! O que eu ainda não percebia eram os planos maravilhosos que Deus estava preparando para mim... bem ali no meu nariz! Tudo o que Ele precisava era que eu desse o primeiro passo de obediência e dissesse "Senhor, estou pronta". Uma linda história de amor estava para ser escrita. E isto pode surpreendê-lo, mas ela começou no mesmo dia em que eu me comprometi a parar de namorar! Como? Simples! O meu amor pelo meu futuro marido tinha de começar primeiro com o meu amor por Jesus Cristo. Não há casamento que dure. a menos que seja construído sob o amor de Jesus. Então, quando decidi abandonar meus relacionamentos de namoro e concentrar-me em Jesus, dei o meu primeiro passo para a edificação de um relacionamento de amor verdadeiro com meu futuro marido. Jesus disse: "É impossível servir a Deus e ao dinheiro." O mesmo acontece com os relacionamentos de namoro. Você não pode servir a Deus e ao namoro. Os relacionamentos de namoro haviam se tornado o centro de minha vida. por mais que eu dissesse: - Deus é número 1 em minha vida. Entretanto, será que era com Deus que eu gastava horas ao telefone todos os dias? Era Deus quem consumia cada pensamento meu? Era com Deus que eu gastava incontáveis noites sonhando acordada? Era sobre Deus que eu e minhas amigas conversávamos constantemente? Os pôsteres que eu grudava na parede do meu quarto eram de Deus? Não! Eram de RAPAZES! Rapazes eram uma distração constante para mim. Eu gastava todo o meu tempo e energia tentando conquistá-los, procurá-los, impressioná-los. Eu tinha pouco tempo de sobra para Deus. 40 / 159
  • 41. Bom, depois da minha oração "Senhor, estou pronta", as coisas mudaram. Jesus Cristo tornou-se real para mim! Eu comecei a perceber que, gradualmente, eu O havia afastado de minha vida para que eu pudesse fazer as minhas coisas. Agora, eu queria conhecê-Lo novamente. Em vez de gastar o meu tempo livre concentrando-me nos rapazes, comecei a concentrar-me Nele. Iniciei um diário. E cada dia eu escrevia a Deus falando sobre meus temores, sonhos e desejos. Comecei a passar horas estudando a Bíblia, procurando maneiras de aplicá-la a minha vida. Eu realmente comecei a me apaixonar por Jesus! Ele começou a ser tão próximo, tão real. Alguns meses depois de assumir meu compromisso de "não namorar", percebi que Ele estava satisfazendo todas as minhas necessidades. Eu não precisava de um namorado para estar feliz! Eu não precisava estar no mundo do namoro para estar feliz! Finalmente, eu me sentia satisfeita com o meu relacionamento com Jesus Cristo. Esse foi o primeiro passo para amar o meu futuro marido. Casamentos fortes DEVEM ser construídos no princípio de amor por Jesus Cristo - encontrar satisfação somente Nele. Com o passar das semanas, percebi que Deus tinha algo especial a caminho, embora aquele tempo não tenha sido fácil. 41 / 159
  • 42. = = = = = = = = = Foge, outrossim, das paixões da mocidade. Segue a justiça, a fé, o amor e a paz com todos com os que, de coração puro, invocam o Senhor. 2 Timóteo 2:22 ♥ ♥ ♥ Senhor, reconheço como tenho vivido de forma egoísta nessa área da minha vida. Tenho aceitado o sistema do mundo que me diz para fazer as coisas a minha maneira. Tenho entregado o meu coração e as emoções, e não te- nho me guardado para aquela pessoa especial que Tu tens escolhido para mim. Peço o Teu perdão. A partir de hoje, decido viver para honrar e amar o meu futuro marido, para me guardar pura, tanto fisicamente como emocionalmente para aquele com quem viverei. Decido afastar-me de relacionamentos temporários e confiar que Tu trarás essa pessoa para mim no Teu perfeito tempo. Até lá, ajuda-me a tê-Lo em primeiro lugar da minha vida. = = = = = = = = = 42 / 159
  • 43. Senhor, estou pronta Leslie Ludy Eu já falara muitas vezes atrás, Mas, Senhor, desejo que desta vez ... Eu saiba com o meu coração, creia com a minha alma, Estou pronta para dar tudo o que sou. Coloco a minha vida nas Tuas mãos E declaro: "Faze conforme o Teu querer" Não importa para onde Tu me levarás, Senhor, Se tenho a Ti, nada me faltará. Senhor, estou pronta Para fazer o que desejas que eu faça Senhor, estou pronta Para render-Te tudo que sou, Tudo o que serei Senhor, estou pronta para que em minha vida A Tua vontade seja feita. 43 / 159
  • 44. CAPÍTULO 4: CASA DE CARTÕES OU CASTELO? - Eric - Aos treze anos eu era um garoto de cara empipocada e, todas as vezes que eu me sentia entediado, eu gostava de ficar em um lugar especial, meu closet * , onde eu deixava a minha imaginação fluir livremente. Ali eu me enfurnava e abria um espaço no chão para despejar o tesouro do meu baú. Agora, meninas, o tesouro de um rapaz é geralmente bem diferente do de uma garota! Eu tirava a tampa de papelão da minha desbotada caixa de sapatos e retirava as minhas preciosidades. Então, cuidadosamente, eu tirava a borrachinha que envolvia a pilha de preciosidades e uma a uma eu me intoxicava com a sua beleza indescritível. Está bem, está bem - talvez a minha coleção de cartões de beisebol estivesse um pouco encardida. Talvez os cartões estivessem rabiscados. Talvez alguns deles até mesmo tivessem marcas da estima e do amor de meu irmãozinho (uma vez, durante a noite, ele pensou que a minha caixa fosse uma lata de lixo e vomitou em cima da minha coleção). Mas aqueles cartões eram o meu tesouro. Passava horas deitado no chão do meu closet, observando-os. Eu decorava a altura, o peso, a data de nascimento, enfim, todos os dados sobre os jogadores. Eu me imaginava em seus lugares correndo ao redor das bases depois de um grand slam ** . Um dia eu também poderia estar num daqueles cartões, mesmo que eu ganhasse uns quilinhos a mais (eu pesava mais ou menos 40 quilos). Acredite ou não, mesmo me distraindo com as centenas de cartões, às vezes eu me entediava. Para evitar o indesejável * Closet: uma dependência específica para guardar roupas. (N. da T.) ** Grande slam: no jogo de beisebol é o golpe que permite ao batedor completar o circuito das bases com três homens na base. (N. da T.) 44 / 159
  • 45. sentimento de tédio durante as férias, fui levado a criar um Plano B -levantando um edifício. Com as mãos de um cirurgião, eu colocava habilmente dois cartões em pé, com as extremidades encostadas, e, cuidadosamente, colocava outro cartão em cima. De forma vagarosa, porém, segura, eu ia construindo uma magnífica casa de cartões. Mas não levou muito tempo para que eu descobrisse que bastava apenas um movimento errado e. ploft, minha casa de cartões ia ao chão. O menor erro, o deslize mais insignificante, a brisa mais suave e já era! Muitas vezes, essa brisa mais suave era graciosamente proporcionada pelo meu irmão, Mark, que aparecia de supetão, sem dar sinal de que estava chegando. Sempre naquele momento em que o cartão estava sendo delicadamente colocado no lugar mais importante de minha maravilhosa superestrutura, meu irmão abria a porta com um safanão. Minha casa de cartões ficava apenas na lembrança, e normalmente minha mãe tinha de lavar a minha boca com sabão depois que toda a minha cólera era expressada com palavrões. Aquelas situações eram irritantes, mas Deus plantava sementes da verdade em minha mente e em meu coração cada vez que eu fracassava na construção da minha casa de cartões. A minha frustração levou-me à porta de entrada da Casa de Cartões Ilimitada, uma empresa de serviço ao consumidor criada pela minha rica imaginação. Pronto para colocar as minhas reclamações, ergui a mão para abrir a porta. De repente, meus olhos fixaram uma nota pendurada na caixa de correspondência que continha este princípio elementar das casas de cartões: Ei, otário! O que você esperava? Elas são construídas para divertir e não para durar! 45 / 159
  • 46. Lágrimas sentimentais escorreram dos meus olhos, enquanto eu me afastava para refletir naquela mensagem cruel. Eu nunca mais iria aceitar o pensamento: "Certamente, um dia, meus filhos vão apreciar esta casa de cartões. " Eu tinha de aceitar o fato de que eles nunca a veriam. Bem, eu tinha outro passatempo predileto que oferecia desafios e lições semelhantes. Fui criado como um Ludy, para amar a areia da praia. O lema dos Ludy é este: Onde existe mar, devemos edificar! Onde nasci, a praia era sinônimo de "castelo de areia". Em nossas reuniões de família, meu pai era famoso pela sua habilidade artística em trabalhar com areia molhada. E me orgulho de dizer que essa habilidade foi passada para - está bem. está bem. para o meu irmão. Mas a questão é.... ela foi passada! Nós gastávamos toda a tarde de sábado cavando fossas, levantando os muros do castelo e esculpindo com criatividade as torres do castelo, quando subitamente... a maré subia! Em apenas alguns minutos, tudo o que tínhamos para mostrar de um dia inteiro de trabalho era a foto borrada tirada acidentalmente pelo meu primo Joey com sua câmera Polaroid. Todo o dia de trabalho era destruído. Não havia sobrado nada para mostrar às mulheres que haviam saído para fazer compras. Com o aumento progressivo de minhas frustrações no de- correr do tempo, fui forçado a visitar a porta do Castelo de Areia Internacional, outra empresa muito útil para prestar serviço ao consumidor. Encostado à ombreira da porta, vi uma nota semelhante àquela que li anteriormente. Ei, otário! Eu já não o vi antes? Leia os meus lábios: Se é construído à tarde, certamente será destruído. 46 / 159
  • 47. O que efeito para durar não deve ser rapidamente edificado! Meu cérebro em puberdade estava enfrentando sérias dificuldades de compreender esse conceito simples, mas finalmente eu estava começando a entender. "Quer dizer que, mesmo que eu passe toda uma tarde construindo uma obra de arte, nunca poderei mostrá-la para a minha esposa um dia? " Minha mente raciocinava. Devagar, eu começava a perceber que as casas de cartões e os castelos tinham uma grande coisa em comum: nenhum era construído para durar! Com a mudança mais insignificante do meio ambiente, como vento ou marés, as casas desmoronavam muito mais rápido do que o tempo que se levava para edificá-las. Elas não duram porque não foram construídas sobre uma estrutura sólida. Jesus nos dá uma parábola no livro de Mateus, no capítulo sete. Ele nos mostra dois homens - um tolo e um sábio. Acho que o tolo é muito parecido comigo quando me encontro em meus momentos de fraqueza. Ele procura uma maneira mais fácil de terminar o seu trabalho. Ele é o camarada mais sovina, que está sempre com pressa e que nunca escuta quando sua mãe diz: - Paciência é uma virtude! Ele constrói a casa, mas a constrói em cima da areia. Jesus diz, e eu faço a minha paráfrase:" Que tolo!" Vejam, esse tolo pode até ter a sua casa, mas ele não a construiu pensando no futuro. Em outras palavras, ele não pensou que o vento e a chuva, eventualmente, pudessem vir. Ele nunca refletiu no terrível fato de que as estações mudam e as marés sobem. E quando isso acontece, não é necessário um biofísico para desvendar o que está acontecendo. Tudo o que o tolo tinha para mostrar de todo o seu trabalho eram montes de 47 / 159
  • 48. madeira e de entulho e uma horrível dor de cabeça (apenas imagine uma casa caindo em cima de você!). Agora, antes que você tenha lágrimas nos olhos, deixe-me lembrá-lo de que havia um outro construtor. Quem? O construtor sábio! O fato não é que ele tenha feito algo de extraordinário, ele, simplesmente, construiu a sua casa da maneira correta. Ele pensou: Se eu vou construir uma casa que dure, acho que, provavelmente, eu deveria começar a construção levantando o alicerce. Aplaudamos, então, a engenhosidade inspirativa e a visão extraordinária desse homem. O homem sábio simplesmente percebeu que, para enfrentar os futuros desafios, ele precisava fortalecer as bases de sua casa de forma sólida. O que esse homem escolheu fazer não é diferente do que faríamos se estivéssemos nos preparando para construir uma casa. Vejam que o alicerce é a chave para a estabilidade e o segredo para a longevidade de uma casa. Quanto mais extenso e profundo o alicerce, mais alto você poderá construir. E quanto mais sólido, mais difícil será derrubar a casa. ♥ ♥ ♥ Você já pensou que os relacionamentos com o sexo oposto são construídos da mesma forma que uma casa? Assim como uma casa sem alicerce, um relacionamento sem preocupação com o futuro ruirá com o primeiro sinal de nuvens de chuva. Ironicamente, assim como o construtor tolo e o construtor sábio, existem dois tipos de pessoas na área de relacionamento: o ignorante e o esperto. O ignorante - sem, é claro, perceber que é um ignorante -começa a construir o seu relacionamento rapidamente. Ele só consegue pensar naquilo que irá obter com menos tempo de trabalho. Ele não considera o fato de que, quando as tempestades do relacionamento aparecerem, ele não terá como manter a sua casa de amor intacta. Aí, você me pergunta: 48 / 159
  • 49. - Mas quem seria ignorante o suficiente para construir um relacionamento dessa forma? Bom, eu mesmo já construí alguns relacionamentos desse tipo quando era mais novo e mais ignorante. Eu construía relacionamentos que não poderiam ter durado muito, mesmo que eu quisesse. Certamente, eu não estava me preparando para um casamento que durasse para sempre. Deus queria me ensinar como ser um construtor mais inteligente. E Ele não desejava apenas que eu construísse uma casa para mim - Ele queria me ensinar como construir um castelo de sonhos! Um relacionamento que não fosse apenas satisfatório, mas sensacional! Agora, eu sabia como construir casas de cartões, mas não tinha idéia nenhuma sobre aquilo que Deus estava querendo me ensinar quando Ele começou a me mostrar a planta de um castelo. Primeiro, eu precisava recordar um pouco de História e aprender um pouco mais sobre os castelos. Castelo era outro termo usado para forte ou contraforte. Os castelos eram enormes estruturas construídas na antigüidade e podiam acomodar toda uma cidade quando um exército invadia a terra. Eles eram imponentes, como o nariz de um romano, e eram facilmente notados por serem bem diferentes dos inúmeros casebres que enchiam a região - não só na estrutura e tamanho, mas também na beleza e na graça. A nobreza morava nos castelos, isto é, se você fosse um príncipe ou uma princesa, o seu destino seria ter um castelo como lar. Mas há uma coisa importante a ser notada: Os castelos levavam anos para serem construídos! Vejam bem, eles eram construídos para durar milhares de anos. 49 / 159
  • 50. Não era necessário apenas um bom planejamento, mas muita disposição por parte do construtor. Era necessário também que o construtor se comprometesse com a obra. mas ele sabia que o resultado superaria todos os sacrifícios temporários. Deus deseja que possamos construir nosso relacionamento de futuro casamento como se estivéssemos construindo castelos. Por quê? Porque tanto os casamentos como os castelos são projetados para durar. Se você viajar pela Europa nos dias de hoje, verá castelos construídos há centenas de anos (talvez até milhares de anos) embelezando a paisagem. É assim que Deus deseja que o nosso casamento seja - um testemunho para as futuras gerações de que um relacionamento, quando é construído de forma correta, pode desafiar as tempestades da vida. Mas, assim como o sábio construtor, precisamos estabelecer a estrutura apropriada. ♥ ♥ ♥ Quantos de vocês, quando visitam uma casa bonita, elogiam o dono da casa pelo lindo alicerce? É ridículo, certo? Nós nunca observamos o alicerce de uma casa, mas é a coisa mais importante. Você poderá ter os candelabros mais lindos do mundo, mas, se não tiver um alicerce sólido, sua casa despencará. O assentamento do alicerce não é a parte divertida de uma construção; trabalhar com concreto nunca é. A cor acinzentada não é atraente aos olhos e. certamente, não é nada romântica. Mas, se a estrutura da casa não estiver propriamente assentada, não há razão para nos preocuparmos com a decoração. Então, prepare-se para o trabalho! Nós forneceremos as pás, vamos cavar profundamente os nossos corações e nos preparar para o trabalho pesado do romance. 50 / 159
  • 51. Até o final deste livro estaremos falando sobre como construir um castelo de sonhos. Ao descobrir o primeiro e mais importante passo, lembre-se de que a pedra fundamental de um relacionamento para toda a vida não está diretamente relacionada com o seu futuro companheiro, mas com tudo o que estiver ligado ao seu relacionamento com Jesus Cristo. 51 / 159
  • 52. = = = = = = = = = "Todo aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as pratica, será comparado a um homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha." Mateus 7:24 ♥ ♥ ♥ Senhor, ajuda-me a assentar um forte alicerce para o meu futuro relacionamento com meu companheiro. Desejo um casamento que prevaleça ao teste do tempo. Dá-me a força e a coragem para construir o alicerce a Sua maneira. = = = = = = = = = 52 / 159
  • 53. O Seu Castelo de Sonhos No ponto em que estamos, talvez você esteja decidido a começar a construir um castelo, em vez de uma casa de cartões. Se isso for verdade, parabéns! O processo é longo e difícil, mas você nunca se arrependerá do árduo trabalho quando receber as recompensas. PASSO 1 na lista de trabalho: cimentar. Traduzindo para relacionamentos, significa: entregar a Deus e aprender a confiar Nele. 53 / 159
  • 54. CAPÍTULO 5: PÃO NO TERREIRO? - Leslie - Quando eu tinha seis anos, um de meus passatempos favoritos era escutar discos de historinhas no meu pequeno toca-discos de plástico vermelho e branco. Enquanto eu escutava a historinha, eu podia olhar o livrinho com figura. E, toda vez que chegava a hora de virar a página do livro, o toca- disco avisava com um alto e fino "Dinnng!". Uma de minhas historinhas favoritas era a da Pequena Galinha Ruiva. E uma história maravilhosa, que eu gostaria de contar a vocês agora. Não é emocionante? Bem, vamos lá. A Pequena Galinha Ruiva estava um dia no terreiro e decidiu assar uma fôrma de pães. (Por favor, não me pergunte a razão pela qual uma galinha no terreiro deseja fazer pão. Essa não é a questão principal aqui.) Então, ela foi até o cavalo e perguntou: - Você me ajudaria a colher trigo? O cavalo disse: - Não, não posso ajudá-la a colher trigo. Estou muito ocupado! (E, por favor, não me pergunte com que, neste mundo, um cavalo poderia ocupar-se no terreiro, porque não tenho a menor idéia, e acho que isso é problema do cavalo e não nosso.) Então, a Pequena Galinha Ruiva foi até o porco e repetiu a pergunta: - Não, estou muito ocupado para ajudá-la a colher trigo, respondeu o porco. (Está bem, esses animais do terreiro tinham uma vida social! O que posso fazer?) Então, a Pequena Galinha Ruiva procurou todos os animais do terreiro para lhes perguntar se poderiam ajudá-la a colher trigo. Para poupá-lo da agonia de passar por todos os animais do terreiro, vou simplesmente dizer que TODOS 54 / 159
  • 55. disseram a mesma coisa. Todos estavam muito ocupados para ajudar a colher trigo. Então, a Pequena Galinha Ruiva teve de colher o trigo sozinha. "Dinnng!" (Hora de virar a página do livro.) Depois, a Pequena Galinha Ruiva precisou moer o trigo. Ela procurou todos os animais, e, é claro, todos estavam muito ocupados para ajudá-la. (O terreiro era realmente um local de muito trabalho, como vocês já devem ter percebido.) Então, ela moeu o trigo sozinha. Aí, chegou a hora de misturar a massa. Mesma coisa. Todos muito ocupados. "Dinnng!" (Hora de virar a página outra vez.) (No caso de você ainda não ter notado, estou resumindo bem a história e deixando de lado muitos detalhes importantes. Se você realmente desejar um efeito completo, é melhor comprar um desses toca-discos de plástico!) Então, a mesma coisa aconteceu quando ela precisou assar os pães. Todos estavam muito ocupados para ajudar. Pobre Pequena Galinha Ruiva. Não é para ficar com pena dela? Aposto que você está pensando consigo mesmo: Eu ajudaria a Pequena Galinha Ruiva! E claro que sim! Eu também ajudaria! Bem, de qualquer forma, chegou a hora de a Pequena Galinha Ruiva tirar os pães do forno. Aquele cheiro delicioso de pães quentinhos encheu o terreiro (substituindo agradavelmente alguns dos outros odores que pairavam no ar). A Pequena Galinha Ruiva perguntou quem a ajudaria a comer os pães. - Eu ajudo! disseram todos os animais do terreiro a uma só voz. Eles se apressaram desesperados para devorar os pães. Mas a Pequena Galinha Ruiva era uma garota esperta e disse para todos os animais: - NÃO! Vocês estavam todos muito ocupados para me ajudar a colher e moer o trigo, para misturar a massa e para assar os pães, então agora, vocês não merecem comê-los! Vou comê-los sozinha! E assim ela comeu tudo sozinha. 55 / 159
  • 56. ♥ ♥ ♥ Grande historinha, não é? Eu também achava. Agora, eu sei que você deve estar sentado aí refletindo: O que é que a Leslie quer com tudo isso? Ei, relaxe! Há uma razão, apenas continue lendo... Cada jovem com quem já conversamos sobre a área de relacionamentos com o sexo oposto possui o mesmo desejo - ter um relacionamento que seja bonito e duradouro. Ninguém (pelo menos ninguém em seu perfeito juízo) deseja crescer, casar e se divorciar. Esse não é, normalmente, o objetivo número 1 na lista de metas para a vida! Provavelmente, você não é diferente.Você deseja uma vida amorosa maravilhosa e um relacionamento que consiga vencer o teste do tempo. Mas aqui está uma pergunta chave... Você está disposto a fazer o que for necessário para que isso aconteça? Mesmo que isso signifique (cof, cof) renunciar essa área e entregá-la a Jesus Cristo? Ai! Isso dói. Confiamos mais Nele ou em nós mesmos? Por algum tempo, tive a certeza absoluta de que não precisava da ajuda de Deus nessa área da minha vida. Eu sabia o que desejava em um homem e achava que Ele não sabia. Mas toda aquela minha confiança não me levou a lugar nenhum na área de relacionamentos. Toda vez que eu decidia as coisas por conta própria, eu acabava com meu coração partido. Finalmente, cheguei à conclusão de que, sendo Deus o meu criador, Ele sabia cada sonho e desejo do meu coração. Ele sabia o que estava guardado para mim no futuro. Então, depois de alguns dias de luta, choro e dúvidas, eu, finalmente, consegui renunciar essa parte da minha vida e entregá-la a Deus. Só depois disso é que Ele pôde começar a pintar uma linda história de amor em minha vida... à Sua Maneira. - Quero ter uma história de amor como a sua e a do Eric! É a frase que sempre escutamos de garotas sonhadoras. Elas ficam com estrelinhas nos olhos quando lêem em nosso livro as passagens que contam a maneira doce e romântica como Eric me pediu em casamento e a beleza do nosso primeiro beijo no 56 / 159
  • 57. dia do nosso casamento. Elas olham para o futuro e desejam experimentar em suas vidas esse mesmo tipo de beleza e romance. Mas, da mesma forma, elas não percebem que tudo isso começa com uma cirurgia do coração. Se Jesus Cristo não for o Senhor dessa área de nossas vidas, Ele não poderá ser o centro de nossa vida amorosa nem nos ajudar a construir um relacionamento que dure para sempre. Não devemos esperar que Ele nos abençoe sem que O tenhamos feito Senhor de nossas vidas. ♥ ♥ ♥ Qual dos animais do terreiro é o mais parecido com você hoje? Você é como a Pequena Galinha Ruiva, que tinha o objetivo de fazer pães fresquinhos e que estava disposta a enfrentar todo trabalho duro, as lutas e o sacrifício para obtê- los? Ou você é como. o cavalo, o porco, o cabrito e a vaca, que esperavam tirar proveito das bênçãos do pão, mas que estavam totalmente indispostos para fazer o que fosse necessário para que o pão ficasse pronto? Se você se considera hoje um "muu- muu" ou um "oinc-oinc", é hora de algumas mudanças! Eric e eu não acordamos um dia e simplesmente decidimos que queríamos ter um relacionamento puro. Tudo começou com o nosso relacionamento com Deus. Começou com a renúncia de nossas vidas para entregá-las a Jesus Cristo. Você não pode contratar um engenheiro para construir uma casa se não tiver uma propriedade. Ele não terá como começar a trabalhar! Da mesma forma, Deus precisa ter a propriedade da sua alma e do seu coração antes que Ele possa começar a construir uma verdadeira e pura história de amor. De que modo você começa a construir um castelo de sonhos? Ao renunciar tudo. Não, não é a parte divertida. Não é a parte emocionante. Com certeza, NÃO é a parte romântica. Mas, sem esse alicerce. Deus não tem como trabalhar. A renúncia é um ato radical de confiança em Deus. Não é algo que a gente consiga fazer de qualquer forma. A lenda nos conta que uma vez um grande conquistador navegou até uma ilha com seus homens para conquistar 57 / 159
  • 58. nativos selvagens. Quando chegaram à ilha, perceberam que estavam perdendo a batalha. O inimigo era muito mais forte do que eles imaginavam. Os homens perceberam que talvez tivessem de recuar para o navio e fugir para salvar suas próprias vidas. Mas o líder da expedição tinha outros planos. Ele ordenou aos seus homens que o navio fosse incendiado. Ele sabia que, se os seus homens não tivessem mais escapatória, eles lutariam o suficiente para vencer o inimigo. Sem escapatória. Sem olhar para trás. E assim que deve ser a renúncia. Não dá para ter um pé na canoa da renúncia e o outro na canoa do seu próprio caminho. E tudo ou nada! A verdadeira renúncia não dá chances para recuar. Nela, paramos de lutar, de brigar, de tramar, de planejar, de nos preocupar... e nos preocupar. Renunciar é simplesmente dizer: Senhor, sou todo Teu. Dou essa parte de minha vida a Ti. Tu podes fazer o que quiseres. Vou esperar pelo Teu tempo. Vou esperar pelo Teu melhor. Quero que Tu sejas o autor da minha história de amor. A partir deste dia, essa área é Tua - não mais minha. Renunciar não é algo que você faz uma vez e pronto. É um compromisso diário! Você pode começar com uma decisão de esperar pelo melhor de Deus nessa área, mas você terá de viver essa decisão cada dia da sua vida. Um ato de renúncia é quando você se disciplina a não namorar, enquanto todas as suas amigas estão namorando. Um ato de renúncia é quando você decide não paquerar. Um ato de renúncia é quando você se recusa a ter pensamentos errados sobre outras pessoas. Não, não é fácil. Mas um dia, cada momento de sacrifício se transformará em um pedaço do maravilhoso presente que Deus lhe dará por todos os seus atos de renúncia. No final, tudo isso valerá a pena! ♥ ♥ ♥ O verdadeiro sentimento de uma pessoa que renuncia a sua vida para entregá-la a Deus foi muito bem captado por Laura, uma estudante universitária de vinte anos, na canção 58 / 159
  • 59. que ela escreveu. Talvez você esteja pronto para fazer dessa canção uma oração. 59 / 159
  • 60. Eu renuncio a minha vontade Laura Hart Todos os dias sou desafiada com a escolha de fazer as coisas A Tua maneira ou a minha; Mas quando faço ao meu modo, sempre descubro Que os Teus caminhos são melhores, que a Tua visão é mais forte, E Tu simplesmente desejas o que é melhor para mim. Então, eu renuncio a minha vontade Renuncio a minha vontade, Senhor Renuncio a minha vontade; entrego a Ti a minha vida. Algumas vezes a minha vontade insiste em ter o controle Luto para fazer as coisas a minha maneira, mas sempre acabo percebendo Que os Teus caminhos são melhores, a Tua visão para mim é muito mais ampla, E Tu simplesmente desejas o que é melhor para mim. Então, eu renuncio a minha vontade Renuncio a minha vontade, Senhor 60 / 159
  • 61. Renuncio a minha vontade; entrego a Ti a minha vida. Quando as coisas ficam mais difíceis, a minha alma se enfraquece Meu coração se desanima e não consigo prosseguir sozinha... Então, eu renuncio a minha vontade Renuncio a minha vontade, Senhor Renuncio a minha vontade; entrego a Ti a minha vida. 61 / 159
  • 62. CAPÍTULO 6: A FOSSA DO SUPER BOWL - Eric – Looody! Looody! Eles gritavam, enquanto eu entrava no refeitório, naquela trágica noite de janeiro. Parecia que todo o campus universitário sabia da minha humilhação. - Looody! Looody! O sarcasmo continuava, enquanto meu rosto ficava vermelho como a capa do Superman. Eu havia depositado toda a minha fé no Denver Broncos * . Apostei o meu pescoço neles, e eles me deixaram na mão. Parecia que todos sabiam que eu era o torcedor mais fanático do Broncos, e todos queriam que eu reconhecesse o meu erro em ter colocado toda a minha fé no time. Eles não perderam apenas, eles foram mastigados e cuspidos. E eu, seu torcedor mais fiel, estava sendo tentado a dizer que nunca havia morado em Denver, Colorado, enquanto a multidão gritada: - Looody! Looody! Eu não era simplesmente um fã do Broncos, eu era um broncomaníaco! Eu sonhava em laranja e azul e, fielmente, ao final do quarto tempo de cada jogo, eu já havia perdido toda a minha voz. Pôsteres dos meus heróis cobriam as paredes do meu quarto, e até mesmo a colcha da minha cama não permitia que eu esquecesse aquela minha devoção. Mas aquela terrível derrota havia jogado em mim um balde de água congelante. Fiquei deprimido. Era difícil enxergar um significado real para a vida. Afinal de contas, o Broncos perdia o seu quarto Super Bowl ** ! Será que existia uma luz no fim do túnel? * Denver Broncos: time profissional de futebol americano de Denver, Colorado. (N. da T.) ** Super Bowl: liga anual de futebol americano profissional. (N. da T.) 62 / 159
  • 63. Foi bem aí que Deus conseguiu quebrar a barreira de som dos meus ouvidos. Ele sabia que eu era um garotinho magoado, desapontado com meus heróis, frustrado com meu time. Era como se Ele tivesse sentado ao meu lado e, carinhosamente, colocado o Seu braço sobre o meu ombro. - Então, o seu time perdeu hoje, não é? Ele falou suavemente como se compreendesse o meu sofrimento. - É... murmurei, enquanto olhava para o chão. - Você realmente colocou toda a sua fé neles, não foi? Ele se compadecia. - É, coloquei. Sussurrei, enquanto me segurava para não rasgar todos os pôsteres. - Bem. Eric, Ele falou docemente ao meu coração, você sabia que, mesmo continuando a depositar sua fé no Denver Broncos, você sempre se decepcionará? Olhei para Ele com as minhas emoções despedaçadas, imaginando curiosamente o que Ele estava para me dizer. - Mas Eric! Ele continuou. Se você depositar a sua fé em mim, eu nunca o decepcionarei - e sempre vencerei! Há períodos em nossa caminhada com Deus nos quais Ele nos leva a uma encruzilhada. É nesse lugar onde percebemos que temos dedicado nossas afeições e fidelidade a pessoas erradas e que nos temos esquecido, até mesmo, do verdadeiro sentido da vida. Nessas horas preciosas, é como se Deus se tornasse claro em nossos corações. Reconhecemos que as nossas vidas verdadeiramente pertencem a Ele. E, nessas horas, temos a oportunidade de fazer escolhas! - Deus, repliquei, enquanto sentia meu coração sendo apertado por Ele, por que parece que o Senhor está sempre me pedindo para eu dizer "não" a todas essas coisas em minha vida as quais todas as outras pessoas podem fazer sem problema algum? Simplesmente, sabia que Ele queria mais de mim e eu compreendi rapidamente que Ele desejava ter-me por completo. 63 / 159
  • 64. Dessa vez, Ele estava batendo em uma porta do meu coração que dava em uma sala chamada "Orgulho Ludy". Era naquela sala onde eu havia aprendido a me vestir para impressionar, a falar para seduzir e a andar como um "machão". Todas as minhas máscaras haviam sido criadas naquela sala. A máscara "Tá tudo sob controle", a máscara "A sensação das gatas", a máscara "O corajoso irmão mais velho", e, até mesmo, a máscara "O cara legal" vinha daquele lugar. - Mas, Deus. eu protestava, enquanto me via como um futuro morador do "Bobosville", se eu disser "não" a todas essas coisas, o que vai ser de mim? Quero dizer, eu já desisti do Denver Broncos por Sua causa. Qual será o meu futuro além de um otário sem uma vida? Parecia que eu estava sempre brigando com Deus, quando Ele me levava àquelas encruzilhadas. Ele começou com isso em 1990. com a minha disposição de me identificar com o Seu nome. Depois, Ele começou a dar umas cutucadas na área de esportes, e de lá para cá Ele começou a mexer com o meu "Orgulho Ludy". O seu objetivo era (e continua sendo) moldar- me a Sua própria semelhança. Era como se Ele estivesse estendendo a Sua mão para mim, pedindo-me que eu entregasse a minha vida aos Seus cuidados. Pela Sua graça, eu poderia dar a Ele aquelas áreas da minha vida e logo descobrir uma nova liberdade e uma nova beleza na vida. Mas, de vez em quando. Deus ultrapassa os limites e pede alguma coisa que não é da Sua conta. Quando Deus começou a bater na porta do meu coração que levava à sala denominada "Relacionamentos com o Sexo Oposto", reagi em defesa: -Nunca! NUNCA!!! Por algum tempo sentia que Deus estava ultrapassando os limites. Quero dizer. Ele estava me pedindo coisas que eu nunca O vira pedindo a ninguém mais. Por alguma razão, quando Deus bateu naquela porta sagrada do meu coração, descobri que eu não estava a fim de discutir. 64 / 159
  • 65. - Deus. esta é a minha área! Reagi passionalmente. Relacionamento é algo muito importante para que eu simplesmente passe para as Suas mãos! Se eu entregasse a Deus aquela área, sabia que uma das duas coisas aconteceria. Ou eu seria condenado a viver sozinho, ou eu seria sentenciado a viver para sempre com '"A MONSTRA"! Eu ia à igreja e conhecia o tipo de gente que Deus achava atraente. Havia sempre umas pessoas esquisitas sentadas nos bancos. Durante todo o tempo eu resisti a Deus. Eu não estava conseguindo ver uma coisa: Deus não queria me "pegar"', Ele queria me abençoar! Se, de alguma forma, eu tivesse conseguido ver o Seu coração de Pai amoroso, saberia que depositar completamente o meu coração em Suas mãos seria a coisa mais sensata a fazer. ♥ ♥ ♥ Todos nós nos apegamos a várias coisas em nossa vida, determinados a não abrir mão delas. Como pequenos "posseiros", abraçamos nossos brinquedinhos decididos a não permitir que o amoroso Pai os tire de nossas mãos para que Ele possa nos presentear com coisas maiores e mais belas - e bem mais duradouras. Precisamos aprender a desejar esses momentos e a crer que Aquele que tira é também Aquele que renunciou a todas as coisas por nós. Não é para o Seu próprio benefício, mas para o nosso! Será que estou disposto a renunciar alguma coisa a que estou apegado? Essa é a oração que muitos temem fazer. Temos medo de perder o controle da direção de nossas vidas. Mas. se realmente conhecêssemos o Seu caráter, desejaríamos fazer essa oração. Enquanto estava na faculdade. Deus me levou a renunciar tudo em minha vida, desde o Denver Broncos a Cindy McFarlane. Deus levou outras pessoas a renunciarem os Beatles e torta de abóbora. Cada um de nós luta. secretamente, para ter 65 / 159
  • 66. o controle de nossas vidas, e todos nós temos coisas diferentes a serem rendidas nas mãos graciosas do nosso Deus. A maioria consegue renunciar facilmente a lição de casa por amor a Deus. mas qual de nós anseia por renunciar nossa popularidade, nossos relacionamentos, nossa aparência - e que tal, a música? Renunciar é o cimento do nosso castelo. Quando Cristo, a Rocha Sólida, é o alicerce de todas as coisas em nossa vida. é aí que estamos seguros e inabaláveis. Lembro-me do dia em que minha mãe interrompeu-me bem no meio de um jogo do Denver Broncos. Eu estava berrando, gritando e vaiando, e minha mãe simplesmente disse: - Eric, se você fica tão entusiasmado com o futebol, imagine quanto você deveria ficar com Jesus! Aquelas palavras se alojaram em minha memória e me perseguiram por anos. Só quando eu tive aquela conversa com Jesus sobre a minha mania de futebol é que eu percebi que estava dedicando minhas afeições e fidelidade a pessoas erradas. Existia uma Pessoa que nunca me decepcionaria, o Verdadeiro Herói, que havia entregado a Sua própria vida em meu lugar. Na minha vida havia uma coisa pela qual era realmente válido me entusiasmar, ou até mesmo morrer. Jesus era a Pessoa que havia dado tudo o que tinha por mim. O mínimo que eu poderia fazer era dar-Lhe tudo o que eu tinha Renunciar por amor a Jesus é a coisa mais lógica a fazer. Ele nos criou e Ele sabe o que é melhor para nós. Na área de relacionamentos com o sexo oposto, podemos facilmente duvidar da Sua credibilidade. Nos esquecemos que Ele conhece cada pequeno detalhe de nossas vidas. Temos medo de que Ele não saiba aquilo que nos atrai, mas Ele é Aquele que nos deu o dom da atração. O sucesso dos relacionamentos começa com Jesus no centro de ambas as vidas. Renunciar a área de relacionamentos para entregá-la a Jesus é bem assustador. Mas temos de nos lembrar de que Ele é a pessoa mais interessada nessa área. 66 / 159