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DESENVOLVIMENTO DE HABILIDADES MOTORAS EM

                               CRIANÇAS JOGADORES DE FUTEBOL.

                            Desenvolvimento de crianças no futebol.




                              Autores: Luiz Felipe de Moraes Silva *
                                       Marruan Luis Mariano




Orientador Científico: Prof. Ms. Ana Caroline Prioli




Curso de Educação Física
Avenida São Francisco de Assis, 218
Jardim São José
CEP 12916-900
Bragança Paulista-SP




* E-mail: personaluiz@hotmail.com
 CREF: 14855-G/MG
RESUMO

O Brasil é considerado o país do futebol, ou popularmente a “pátria de chuteiras”. Devido este
contexto histórico-cultural que o esporte carrega consigo, é capaz de transformar um simples
gramado em um campo de sonhos onde crianças se transformam em ídolos devido à louca paixão
que move o futebol. Esta revisão bibliográfica visa proporcionar que os profissionais da área de
Educação Física compreendam o processo de desenvolvimento motor decorrente de cada faixa
etária correspondente no processo de desenvolvimento das crianças praticantes deste esporte.
Porque a prática esportiva atualmente tem-se iniciado em idades cada vez mais precoces,
acarretando cuidados com os processos de ensino-aprendizagem que influenciam no
desenvolvimento das crianças. Portanto este artigo não traz receitas prontas sobre a metodologia
ideal, porém proporciona uma reflexão sobre os aspectos metodológicos no processo de ensino-
aprendizagem do futebol que se diferencia de acordo com cada faixa etária. Propondo uma
metodologia baseada no lúdico de forma a contribuir na formação destas crianças não somente
como atletas, mas como seres humanos.

Palavras-chave: Futebol; Crianças; Desenvolvimento Motor; Metodologia.

                                              ABSTRACT

Brazil is considered the country's football, or popularly the “homeland of soccer shoes”. Because
this historical and cultural context that the sport carries with, it is capable of turning a simple lawn
into a field of dreams where children are transformed into idols because of the mad passion that
move the football. This review aims to provide that health care providers Fitness understand the
development process due to engine each corresponding age group in the process of development of
children practicing this sport because the sport practice. Currently has been initiated in ever earlier
ages, causing care of the teaching-learning processes that influence the development of children.
So this article does not bring revenue ready on the methodology ideal, but provides a reflection on
methodological issues in the teaching-learning process of football which differs according to each
age group. Propose a methodology based on playful way of helping in the formation of these
children          not         only        as         athletes          more         like        humans.

Key words: Football; Children; Motor Development; Methodology.
1


                                         1. INTRODUÇÃO

Visando o desenvolvimento psicomotor básico da criança e as capacidades motoras complexas, bem
como o sistema cognitivo e a socialização, procura-se entender a problemática que atualmente os
clubes de futebol demonstram em relação ao desenvolver treinamentos específicos de acordo com a
faixa etária das crianças.
Contudo há de se compreender melhor o processo de ensino aprendizagem do futebol a fim de
alcançar uma metodologia adequada. Atualmente o que se vê muito são profissionais de escolinhas
de futebol despreparados, atuando como professores de futebol, porém alguns nunca tiveram uma
preparação que ao menos lhe de uma noção para importância de tal cargo (SCAGLIA, 1996).
O esporte deve ser ajustado de acordo com a condição técnica, psíquica e física da criança,
compatível as suas necessidades e possibilidades, onde nem sempre o que se espera para um melhor
desenvolvimento infantil acontece (FILGUEIRA, 2006).
 Acredita-se que o trabalho com as escolinhas de esportes se realiza por meio de uma prática
pedagógica, voltada para um desenvolvimento global de seus alunos, respeitando seus estágios de
crescimento e desenvolvimento, físico e cognitivo no qual a escola de esporte, através de sua
atividade pedagógica, deve contemplar várias possibilidades, tais como: sociais, intelectuais,
motoras, educacionais e também esportivas (SCAGLIA apud. FREIRE, PARLEBÁS, SÉRGIO, PAES,
1996).
 O processo de ensino-aprendizagem do futebol é uma função básica das escolinhas, mas este
desenvolvimento deve ser envolto pelo meio em que o aluno está, ou seja, de acordo com as
capacidades individuais de cada aluno (SCAGLIA, 1996). O presente estudo voltou sua atenção no
sentido de captar dentro da literatura sugestões e propostas para cada fase da criança, respeitando
seus limites motores e fisiológicos.

                                           2. OBJETIVO

Identificar as fases de desenvolvimento das crianças, de acordo com a faixa etária e relacioná-las
aos conteúdos que são aplicados no futebol. Entender como ocorre o desenvolvimento de
habilidades motoras fundamentais e especificas em crianças, de modo que ocorra a junção entre
teoria e prática no processo de ensino e aprendizagem do futebol, para que haja um melhor
entendimento de qual tipo de abordagem metodológica é melhor para o desenvolvimento das
crianças.

                                    2.1. Objetivos Específicos

Mostrar a realidade do futebol;
Entender a aprendizagem da criança;
Entender o desenvolvimento da criança;
Analisar o caráter metodológico do ensino do futebol;


                                      3. DESENVOLVIMENTO

                                           3.1 Futebol

Segundo Freire (2003), o esporte é muito importante para as pessoas, cada povo tem seu esporte
que é transformando numa paixão nacional, caso do beisebol nos Estados Unidos, hóquei no Canadá,
futebol no Brasil. O Brasil e o futebol têm uma relação muito íntima, tanto que alguns imaginam
que o Brasil inventou o futebol, mas não, foram os ingleses, os quais tempos depois passaram a
apreciar a ginga brasileira. De acordo com alguns cronistas o Brasil é “a pátria de chuteiras”,
mesmo com insucessos sociais, o futebol se torna para muitos, alegrias inexplicáveis.
 No Brasil o futebol é também encarado como uma simples brincadeira. Nota-se pelas regiões
brasileiras que ainda existem meninos jogando descalço nas ruas, asfaltadas, de terra, pelas
quadras de areia, quadras de futsal, enfim faz parte da infância de meninos menos favorecidos
economicamente (FREIRE, 2003).
2


Freire (2003) cita a origem do futebol brasileiro, que nasceu nas cidades, nos chamados campos de
várzeas, eram espaços livres em que as crianças brincavam e jogavam futebol, os quais de acordo
com o tempo foram desaparecendo devido ao crescimento social, casas, indústrias, entre outros.
A história do futebol no Brasil pode ser dividida em duas fases diferentes, a primeira fase por volta
de 1894 a 1904 (fase amadora), de 1905 a 1933 (fase do profissionalismo e a fase do
reconhecimento internacional) ocorrendo a transferências de jogadores brasileiros para diversos
países (RODRIGUES, 2004).
Em meados de 1930 o futebol brasileiro torna-se uma identidade popular, a partir disso, jornalista e
cronistas prestavam mais atenção ao aparecimento de uma forma brasileira, rápida e de
improvisações, de acordo com o que o jogo necessitava. Essa maneira de jogar que apenas os
brasileiros conseguiam aplicar cresceu depois de 1938, os tornando “mestres da bola” (PEREIRA at.
SOARES, HELAL, SANTORO, 2004).
Segundo Soares, Helal e Santoro (2004) com relação a seleção brasileira de 1970, sempre será
lembrada pelos jornais como uma seleção de tradição. O futebol brasileiro tem dois pólos que se
interligam em sua história, passado e presente, através de narrativas que são divididas em
narrativas “épicas” e complementares. A narrativa “épica” consiste dos feitos heróicos do passado,
jogos e jogadores como Garrincha, Pelé, Zagallo. A narrativa complementar é aquela que mistura
passado e presente, ou seja, devido as glórias de antigamente há o estímulo do povo para assistir os
espetáculos de hoje. Esses craques da seleção brasileira de 1970 carregam a imagem de “futebol
arte”, com suas rápidas improvisações, dribles denominados estilo brasileiro de futebol.
O futebol no Brasil é capaz de mover uma nação que se encanta a cada jogada, repleta de
movimentos plásticos, nos quais se mostra evidente a versatilidade que cada jogador carrega
consigo, fruto de um país cenário de várias raças. O futebol brasileiro faz parte da vida de cada
cidadão, que se sente mais brasileiro ao assistir a seleção jogar. Mesmo o país em meio a
dificuldades, o campo de futebol se torna também o campo dos sonhos, onde meninos viram heróis
como em passe de mágica e simples mortais se tornam imortais ao longo da história pelas conquistas
obtidas (RENÓ, 1999).
Por outro lado, por este esporte ser de alto-nível, sendo considerado um espetáculo universal,
torna-se objeto de consumo dos meios de comunicação que visam a parte lucrativa do esporte. O
Brasil pode ser considerado o país do futebol e esta paixão ultrapassa as linhas dos gramados,
gerando bons lucros através de patrocinadores, que atuam nos meios de comunicação, como a
televisão, que abrangem uma gama grande de telespectadores. Isto faz com que cada vez mais o
esporte se torne um grande negócio, que movimenta milhões e expõem os atletas em suas vidas
pessoais, a fim de que tudo vire notícia no meio esportivo. O esporte que mais encanta multidões no
Brasil se vê influenciado pela mídia, em contra partida vê o futebol como uma caixa registradora
sem levar em consideração uma nação apaixonada, que acredita nos milagres deste jogo fantástico
que é o futebol (SANFELICE, 2001).
A mídia de forma geral tem dois papéis, um que mostrava para todas as pessoas como é o futebol e
o outro papel desempenhado pela mídia é a vantagem financeira através do futebol que, com passar
do tempo foi deixando de lado todo processo de aprendizagem motora que pode ser obtido através
do futebol (FREIRE, 2003).

                                   3.2 Aprendizagem no futebol

O futebol no cenário brasileiro se faz presente há tempos, porém no processo de formação de
jogadores o problema central vem sendo que os profissionais não entendem que cada indivíduo
possui sua universalidade e seu tempo de resposta ocorrendo à separação entre homem e sua
natureza. O esporte proporciona aos seus participantes um conhecimento e domínio sobre o corpo,
que permitem que suas vivências sociais modernas sejam construídas através deste corpo. Vivemos
em meio a uma sociedade que busca cada vez mais o aperfeiçoamento deste corpo em beneficio do
esporte, contudo temos de compreender o processo que abrange a aprendizagem motora de novos
movimentos que a cada momento são criados pelos jogadores de futebol (RODRIGUES, 2004).
 O processo de aprendizagem faz parte da conduta humana e é proporcionado pelos fenômenos de
natureza biológica, sociológica e psicológica. No entanto, no processo de aprendizagem motora
procura-se entender os mecanismos decorrentes do processo de aquisição de habilidades motoras e
os fatores que os influenciam para alcançar determinada meta (BENDA, 2006).
3


 Ao longo da evolução das pesquisas em comportamento motor algumas descobertas foram de
grande importância para o processo de aprendizagem motora, como na década de 70 com o
aparecimento da abordagem de processamento de informações que enfatizou entender os fatores
cognitivos entre estímulo - resposta. Por isto a abordagem de processamento de informação
entende o ser humano como um processador de informação, de modo que se realiza o ínicio da
operação quando ocorre um estímulo, que por sua vez é processado em vários estágios tendo como
“resultado” a resposta (WRISBERG, SCHMIDT, 2001).
Segundo Wrisberg e Schmidt (2001) ao ocorrer o processo de estímulo vindo de uma informação
externa ou ambiental dá-se ínicio então a três fases. Na primeira, a identificação do estímulo, o
receptor do estímulo analisa o conteúdo da informação utilizando uma variedade de fontes para
interpretá-lo, como a visão, audição, contato ou toque. O resultado deste estágio é considerado
como uma representação da informação ambiental.
O segundo estágio, a seleção da resposta, começa após o executante ter absorvido informação
suficiente e tem de decidir se alguma resposta deve ser dada. Se ocorrer a decisão pela resposta,
seleciona-se o movimento adequado, havendo assim neste estágio uma tradução de várias classes
que ocorre entre o estímulo sensorial que foi identificado, é uma das várias formas possíveis de
resposta de movimento (WRISBERG, SCHMIDT, 2001).
Segundo Wrisberg e Schmidt (2001) o terceiro estágio entende-se como, após a decisão de qual
movimento será feito, esta informação é encaminhada para o processo de programação da resposta,
que por sua vez tem como função organizar o sistema motor para produção do movimento desejado
para um melhor desempenho no seu desenvolvimento motor.
Porém na década de 80 surgiu a abordagem dos sistemas dinâmicos que é diferente da abordagem
anterior e visa à ênfase ecológica para compreender o sistema motor, buscando compreender os
princípios físicos e como eles se interagem com as funções biológicas. Devido a relação no processo
de aprendizagem motora ser complexa entende–se que a aquisição de habilidades motoras é por
natureza um processo relativamente permanente no comportamento motor humano (TANI, 2005).
 O processo de aprendizagem motora caracteriza-se por mudança de comportamento pelo qual o
aprendiz passa de uma fase inicial (inexperiente) para uma fase final (habilidosa). Este processo se
dá devido a evolução na performance, ou seja, um desenvolvimento de forma positiva no seu
rendimento, que se caracteriza em um processo homeostático (equilíbrio) após várias tentativas,
ocorrendo a diminuição no número de erros identificados por meio de feedback (BENDA, 2006).
 De acordo com o que foi abordado até o momento sobre o processo de aprendizagem motora, os
profissionais que pretendem atuar no cenário do futebol deve compreender que cada faixa etária
possui suas características de desenvolvimento e atividades, sendo prejudicial a criança ultrapassar
este processo (TANI apud. FREUDENHEIM, MEIRA JÚNIOR, CORRÊA, 2004).
 Portanto, as crianças não podem ser especializadas em determinado movimento, nas escolinhas de
futebol só após as crianças terem estabelecido uma base motora sólida é que se deve iniciar o
trabalho específico, que no caso, são os fundamentos do futebol (WEINECK, 1999).
 No início o que deve ocorrer durante a aprendizagem motora da criança, é uma preocupação em
não atropelar nenhuma etapa durante o processo, proporcionando a criança vivenciar um
emaranhado de movimentos que posteriormente servirão como base na aprendizagem da técnica
específica do futebol (WEINECK,1999).
 Segundo Benda (2006) a criança até atingir a puberdade não tem a capacidade física adequada a
suportar um treinamento de alto nível direcionado à perfeição da prática, devido a este ser o
período necessário para que a criança crie seu próprio mundo de movimentos com objetivo de
aplicá-los de modo correto. Por este motivo durante a aprendizagem do movimento técnico deve se
evitar a especialização de forma precoce respeitando a faixa etária de cada criança. Devido ao
processo de aprendizagem motora relacionar-se com os estímulos oferecidos, que proporcionam aos
indivíduos passarem de inexperientes para experientes, a seguir veremos a importância deste
estímulo no processo de desenvolvimento motor, para que possamos entender os fatores que
influenciam este processo contínuo da vida humana.

                         3.3 Desenvolvimento motor aplicado ao futebol

O futebol possui regras universais, porém todos os países entendem o futebol de acordo com suas
culturas. No Brasil este modo diferente que os jogadores contextualizam o futebol é que o
transforma no que chamamos de “futebol-arte”, devido à capacidade de criação e improvisação que
4


nossos atletas possuem. O futebol profissional é marcado pela busca ao alto rendimento, visando a
capacidade dos jogadores de suportar esforços. Para que este processo não seja desencadeador de
vários problemas posteriores aos atletas, necessita-se compreender o processo de desenvolvimento
motor que ocorre ao longo desta profissão que move multidões de apaixonados (RODRIGUES, 2004).
O ato de movimentar-se faz parte de nossas vidas, da inabilidade para a habilidade e, novamente,
para a inabilidade na idade avançada (SANTOS, DANTAS, OLIVEIRA apud. KRETCHMAR, 2004). Ainda
que o significado de ficar em pé pela primeira vez e a dificuldade em levantar-se no final da vida
sejam diferentes. O desenvolvimento motor enfoca o estudo das mudanças qualitativas e
quantitativas de ações motoras do ser humano ao longo de sua vida. Estas mudanças ocorrem desde
o momento de sua fecundação até o momento da morte (SANTOS, DANTAS, OLIVEIRA, 2004).
Devido desenvolvimento motor sofrer a contínua alteração no comportamento ao longo da vida, e
por tornar possível a interação entre as necessidades da tarefa, a biologia do indivíduo e as
condições do ambiente. Esta área do comportamento motor visa analisar como ocorre o processo de
desenvolvimento de habilidades motoras desde componentes genéticos e os resultados da interação
dos fatores endógenos e exógenos no processo de capacidades motoras, não apenas com a
preocupação de observar e descrever mudanças no comportamento motor ao longo da vida do ser
humano, mas também buscando esclarecer como ocorrem estas mudanças (GALLAHUE, OZMUN,
2005).
Partindo do princípio que habilidades denominadas básicas são vistas como o alicerce para a
aquisição de habilidades motoras especializadas, o ser humano modifica suas ações em razão do
ambiente, e a modificação deste ambiente, conseqüentemente, muda as ações do indivíduo,
estimulando-o a novas, e assim sucessivamente. Sendo assim, o educador físico, como atua sobre
corpo em movimento, deve dar total atenção ao estudo e a perspectiva das experiências motoras de
cada indivíduo fundamentando estes estudos com relação a dados motores, mas sem esquecer as
emoções embutidas nos movimentos. O profissional de Educação Física deve assim associar a sua
profissão, a ligação de que o ambiente e as emoções são partes essenciais do desenvolvimento
motor (SANTOS, DANTAS, OLIVEIRA, 2004).
Segundo Santos, Dantas e Oliveira (2004) o processo de desenvolvimento motor por si só, como um
ato contínuo ao longo da vida humana, sofre estímulos que o modifica, tendo como base este
pressuposto, a seguir visaremos entender o processo maturação que ocorre em cada faixa etária no
processo de desenvolvimento de habilidades motoras em crianças.

                    3.4 Desenvolvimento de habilidades motoras em crianças

O futebol vem cada vez mais despertando nas crianças a vontade de se tornarem profissionais. Isto
se deve, ao processo de transformação que o esporte mais popular do país sofre, ao ser colocado
nos meios de comunicação como vitrine para o sucesso. Em muitos casos os clubes e treinadores
visando este sucesso financeiro ultrapassam os processos de desenvolvimento motor da criança, a
fim de se obter uma resposta imediata no que se refere ao lucro que gira no esporte, no qual a
transição de criança a ídolo nacional ocorre algumas vezes em um período muito curto (ALCÂNTARA,
2006).
Na infância o desenvolvimento motor se caracteriza pelas inúmeras aquisições de habilidades
motoras, que proporcionam a criança o domínio sobre o corpo. Estas habilidades motoras básicas
servem como base para as habilidades motoras específicas então se entende a importância do
desenvolvimento de habilidades motoras iniciais adquiridas na 1º e 2º infância. Contudo, fatores
como as restrições da tarefa ao organismo e meio são fatores que exercem influência sobre a
aquisição de habilidades por parte da criança (SANTOS, DANTAS, OLIVEIRA, 2004).
O processo de desenvolvimento motor da criança conta com três aspectos, à seqüência que não
indica apenas aquilo que a criança pode aprender mais as suas necessidades; a velocidade, que
varia de criança para criança; e a interdependência entre as mudanças de habilidades simples para
as complexas. Portanto, ao realizar o estímulo á aquisição de habilidades motoras deve-se levar em
consideração o processo adaptativo da criança para que a elaboração de combinações motoras nas
atividades sejam elaboradas da melhor forma (SANTOS, DANTAS, OLIVEIRA, 2004).
No futebol devido à variação na formação das categorias, às diferenças de faixas etárias, idade
mental, idade óssea, idade morfológica, sexual, torna-se fácil identificar que existem exercícios e
atividades diferentes para cada grupo a serem trabalhados. Portanto, para as crianças parti-se do
5


referencial que estas não são adultos em miniatura, e seu acréscimo motor e psicológico acompanha
o processo de desenvolvimento (GALLAHUE, OZMUN, 2005).
Desde o nascimento, o bebê trava uma constante luta para sobreviver, onde nos primeiros estágios
sua única forma de interação com o ambiente se dá através do movimento que basicamente se
divide em estabilidade, locomoção e manipulação (GALLAHUE, OZMUN, 2005).
Considerando que o processo de aquisição de habilidade na primeira infância é invariável, partindo
do princípio que o ritmo de criança para criança é diferente. Devemos considerar que o fator de
maturação neural não é o único influenciador no processo de desenvolvimento motor que consiste
também, em um sistema auto–organizado que envolve a tarefa, o ambiente e o indivíduo
(GALLAHUE, OZMUN, 2005).
Após o momento em que a criança observa a execução do movimento do colega, a criança parte
para tentar a imitação, sendo que se ela executar o movimento com êxito serve como um estímulo
ou “porta” para que a mesma tente cada vez mais desenvolver o ato motor. Portanto, deve-se
considerar que a aprendizagem se baseia na transgressão do básico para o sofisticado por tratar-se
de movimento humano, com isso a metodologia aplicada deve ser bem avaliada (WRISBERG,
SCHMIDT, 2001).
As crianças são quanto ao seu desenvolvimento imaturas e, por isso, faz-se necessário estruturar
experiências motoras significativas e apropriadas para seus níveis desenvolvimentistas particulares.
Com isso, ao entender que as crianças não são adultas em miniaturas, e seu processo de
desenvolvimento de habilidades motoras é diferente em cada faixa etária, estabelece-se a
importância de adequar a metodologia a cada faixa etária, compreendendo as necessidades de cada
criança. Metodologia esta que deve ser adaptada ao decorrer do processo de ensino-aprendizagem
do futebol como será aprofundado no tópico a seguir (GALLAHUE, OZMUN, 2005).

                              3.5 Metodologia de ensino do futebol

Historicamente, de uma forma geral, o futebol cresceu muito, rompendo barreiras e se
transformando em um fenômeno social grandioso que inclusive é objeto de estudo de outras áreas
de conhecimento como, Sociologia, Antropologia, entre outras (NETO, 1995).
De acordo com Santos (2006), na prática do futebol, a técnica consiste na execução de habilidades
fundamentais do jogo, que podem ser aprimoradas quanto mais cedo pelas crianças para estas
desenvolverem suas técnicas. Existem outros tipos de treinamentos para a iniciação, o
aprimoramento e desenvolvimento da técnica: recepção, domínio e condução de bola; drible e
finta; passe; chute; cabeceio; e goleiro. Os principais fundamentos são: Domínio, passe, drible,
chute e cabeceio.
O coletivo é considerado um excelente exercício de competição, pois oferece uma intensidade e um
aprimoramento da técnica muito parecido de um jogo real de futebol. Para ser melhor aproveitado,
o coletivo deve ser utilizado nos primeiros estágios de iniciação do futebol, pois a fixação dos
elementos técnicos é essencial no processo de aprendizagem (SANTOS at. FRISSELLI, MONTOVANI,
2006).
De acordo com Freire (2003) o futebol é uma enorme brincadeira. Porque não aprender essa
brincadeira com técnicas lúdicas e prazerosas? Ao contrário das formas tradicionais e mecanicistas.
O jogo é a forma lúdica para a realização de atos sem compromissos objetivos (SANTOS apud.
SCAGLIA, 2006).
O jogo em si demonstra ser um fator fundamental no processo de ensino-aprendizagem devido a sua
função motivacional e é o melhor indicador da evolução dos atletas (SANTOS at. GARGANTA, 2006).
O futebol no Brasil se desenvolveu em torno de quatro brincadeiras: bobinho, controle, repetida e
pelada. Sendo que em cada região tem algumas diferenciações no nome. Cada uma destas
brincadeiras exercita uma habilidade motora, adaptada da forma que acredita ser melhor. Talvez
por isso seja fácil praticar o futebol, por sua diversidade. A pelada, por exemplo, reúne todas as
outras brincadeiras para formar o futebol, ela desenvolve bastante a inteligência para um jogo de
futebol, existem lugares que ela é chamada de baba, racha, entre outros nomes (FREIRE, 2003).
 De acordo com Freire (2003), o bobinho (os atletas em círculo, onde um deles se encontra no meio
do círculo e quando o mesmo toca a bola mudando seu trajeto ocorre á troca com o atleta que
errou o passe) não apenas acontece no Brasil como também já ultrapassou a fronteira. É um
excelente método de treino para um dos mais importantes fundamentos, o passe. O futebol
brasileiro não gosta muito deste fundamento, mas obrigatoriamente o faz e faz bem.
6


 Freire (2003) relata que brincava muito de repetida, em outras cidades chamadas de rebatida, que
desenvolve o chutar, driblar e a defender. “Jogava-se com uma meta improvisada, dois jogadores
contra dois. Uma dupla realizava os chutes a gol a outra defendia”. Se a bola fosse rebatida pelo
goleiro os quatro disputavam a bola (os dois para fazer o gol, os outros dois para evitá-lo) valia mais
do que se a bola entrasse direto no gol (FREIRE, 2003).
Já o controle é uma brincadeira que exige muita habilidade, pois a brincadeira consiste em não
deixar a bola cair no chão antes dos três passes, no mínimo e fazer o gol. Caso os dois jogadores
errem ao total de três vezes quem errou por último vai para o gol, essa brincadeira também é
chamada de três dentro três fora de acordo com a região. Existem outros tipos de brincadeiras,
porém estas eram ou são mais utilizadas, além de malabarismos com a bola, entre outros (FREIRE,
2003).
De acordo com Santos (2006), esse método de aplicar os jogos e brincadeiras é a forma mais
prazerosa de aprender as técnicas do futebol. Além do que o aluno aprenderá a cooperar, a ter
respeito com o próximo, ser solidário e ético, ou seja, o aluno possa ser um agente no processo
ensino-aprendizagem.
Devido às escolinhas de esportes terem como função proporcionar aos seus participantes um outro
aspecto além dos fundamentos específicos de cada modalidade, ela como qualquer outra entidade
onde se envolve um processo de ensino-aprendizagem dá ênfase ao papel social que vai além dos
gramados, que abrange o desenvolvimento da criança como um todo (SCAGLIA, 1996).
Segundo Scaglia (1996) não cometendo grandes erros de especialização precocemente aos alunos,
seu processo de desenvolvimento terá sido menos afetado e como conseqüência terá menos
seqüelas. O profissional da área da Educação Física utilizando-se de uma prática pedagógica em
meio à ludicidade irá proporcionar aos alunos uma melhor capacidade de contextualizar o
aprendizado obtido no campo de futebol, beneficiando em sua qualidade de vida. Evita-se também,
que as escolinhas de futebol sejam apenas um seleiro de craques e em somente o lucro, fazendo
com que o dinheiro se torne secundário em relação ao bem estar que o esporte pode proporcionar
aos alunos.

                                     4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Devido à presente revisão bibliográfica ter abordado o futebol e o seu contexto, no qual se envolve
os processos de desenvolvimento motor e sua relação no processo de aprendizagem relativo a cada
faixa etária específica, conclui-se que devido ao aspecto cultural do futebol no Brasil, sendo
intitulado o país do futebol, aspectos relacionados ao processo de desenvolvimento de habilidades
motora e cognitiva que o esporte em si proporciona aos seus praticantes, devem ter como principal
base à faixa etária na qual se encontra os atletas, para que o processo metodológico se encaixe nas
necessidades de cada período.
No Brasil, as crianças que jogam ou praticam o futebol são vistas como jogadores, independente de
sua faixa etária. Isto se deve à história que o esporte carrega consigo. Portanto, cabe a cada
profissional da área de Educação Física que tem como objetivo trabalhar com este esporte,
delimitar os aspectos do desenvolvimento motor, físico e cognitivo de acordo com cada idade da
criança, para que estes processos sejam respeitados e não ultrapassem em nenhum momento as
limitações de cada faixa etária, para que não acarrete danos no processo de desenvolvimento das
crianças como um todo.

                                  5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALCÂNTARA, H. A magia do futebol. Estudos Avançados, vol.20, n. 57, 2006.

BENDA, R. N. Sobre a natureza da aprendizagem motora: mudança e estabilidade... e mudança.
Rev. bras. Educ. Fís. Esp., São Paulo, v.20, set. 2006.

FILGUEIRA, F. M. Aspectos físicos, técnicos e táticos da iniciação ao futebol. Revista Digital, 2006.

FREIRE, J. B. Pedagogia do Futebol. Campinas: Autores Associados. Coleção Educação Física e
Esportes, São Paulo, 2003. 98 p.
7


GALLAHUE, D. L.; OZMUN, J. C. Compreendendo o desenvolvimento motor: bebês, crianças,
adolescentes e adultos. 3ª ed. São Paulo. Editora: Nadine J. Kann. Phorte, 2005. 585p.

NETO, V. M. Uma experiência de ensino do futebol no currículo de licenciatura em Educação Física.
Revista Movimento, Escola de Educação Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, vol.2,
n.2, 1995.

OLIVEIRA, O. R. F.; OLIVEIRA, K. C. C. F. Desenvolvimento motor da criança e estimulação precoce
motor. Fisioweb, 2006. Disponível em: < http://www.wgate.com.br >.

RENÓ, I. M. Futebol, clãs e nação. Scielo: Rio de Janeiro, v.43, n.1, 2000.

RODRIGUES, F. X. F. Modernity, discipline and soccer: a sociological analysis of the social production
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SANFELICE, G.R. Futebol, espetáculo e mídia: reflexões, relações e implicações. Características e
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SANTOS, V. P. A metodologia do ensino do futebol no Programa Segundo Tempo. Universidade de
Brasília: Especialista em Esporte Escolar, abr. 2006.

SANTOS, S.; DANTAS, L.; OLIVEIRA, J. A. Desenvolvimento motor de crianças, de idosos e de pessoas
com transtornos na coordenação. Rev. paul. Educ. Fís., São Paulo, v.18, ago. 2004.

SCAGLIA, A. J. Escolinha de futebol: uma questão pedagógica. Revista Motriz, Vol 2. Nº 1, 1996.

SOARES, C. L. HELAL. SANTORO. Educação física: raízes européias e Brasil. Educação
contemporânea educação especial. 3ª ed. Campinas: Autores Associados, 2004.

TANI, G. Comportamento Motor: Aprendizagem e Desenvolvimento. 1ª ed. Rio de Janeiro. Editora:
Guanabara Koogan, 2005. 333 p.

TANI, G.; FREUDENHEIM, A. M.; MEIRA JÚNIOR, C. M..; CÔRREA, U. C. Aprendizagem motora:
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WEINECK, J. Treinamento Ideal. 9ª ed., Barueri: Manole, 1999.

WRISBERG, A.C.; SCHMIDT, R.A. Aprendizagem e performance motora. 2ª edição, Rio Grande do Sul:
Porto Alegre, 2001.

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  • 1. DESENVOLVIMENTO DE HABILIDADES MOTORAS EM CRIANÇAS JOGADORES DE FUTEBOL. Desenvolvimento de crianças no futebol. Autores: Luiz Felipe de Moraes Silva * Marruan Luis Mariano Orientador Científico: Prof. Ms. Ana Caroline Prioli Curso de Educação Física Avenida São Francisco de Assis, 218 Jardim São José CEP 12916-900 Bragança Paulista-SP * E-mail: personaluiz@hotmail.com CREF: 14855-G/MG
  • 2. RESUMO O Brasil é considerado o país do futebol, ou popularmente a “pátria de chuteiras”. Devido este contexto histórico-cultural que o esporte carrega consigo, é capaz de transformar um simples gramado em um campo de sonhos onde crianças se transformam em ídolos devido à louca paixão que move o futebol. Esta revisão bibliográfica visa proporcionar que os profissionais da área de Educação Física compreendam o processo de desenvolvimento motor decorrente de cada faixa etária correspondente no processo de desenvolvimento das crianças praticantes deste esporte. Porque a prática esportiva atualmente tem-se iniciado em idades cada vez mais precoces, acarretando cuidados com os processos de ensino-aprendizagem que influenciam no desenvolvimento das crianças. Portanto este artigo não traz receitas prontas sobre a metodologia ideal, porém proporciona uma reflexão sobre os aspectos metodológicos no processo de ensino- aprendizagem do futebol que se diferencia de acordo com cada faixa etária. Propondo uma metodologia baseada no lúdico de forma a contribuir na formação destas crianças não somente como atletas, mas como seres humanos. Palavras-chave: Futebol; Crianças; Desenvolvimento Motor; Metodologia. ABSTRACT Brazil is considered the country's football, or popularly the “homeland of soccer shoes”. Because this historical and cultural context that the sport carries with, it is capable of turning a simple lawn into a field of dreams where children are transformed into idols because of the mad passion that move the football. This review aims to provide that health care providers Fitness understand the development process due to engine each corresponding age group in the process of development of children practicing this sport because the sport practice. Currently has been initiated in ever earlier ages, causing care of the teaching-learning processes that influence the development of children. So this article does not bring revenue ready on the methodology ideal, but provides a reflection on methodological issues in the teaching-learning process of football which differs according to each age group. Propose a methodology based on playful way of helping in the formation of these children not only as athletes more like humans. Key words: Football; Children; Motor Development; Methodology.
  • 3. 1 1. INTRODUÇÃO Visando o desenvolvimento psicomotor básico da criança e as capacidades motoras complexas, bem como o sistema cognitivo e a socialização, procura-se entender a problemática que atualmente os clubes de futebol demonstram em relação ao desenvolver treinamentos específicos de acordo com a faixa etária das crianças. Contudo há de se compreender melhor o processo de ensino aprendizagem do futebol a fim de alcançar uma metodologia adequada. Atualmente o que se vê muito são profissionais de escolinhas de futebol despreparados, atuando como professores de futebol, porém alguns nunca tiveram uma preparação que ao menos lhe de uma noção para importância de tal cargo (SCAGLIA, 1996). O esporte deve ser ajustado de acordo com a condição técnica, psíquica e física da criança, compatível as suas necessidades e possibilidades, onde nem sempre o que se espera para um melhor desenvolvimento infantil acontece (FILGUEIRA, 2006). Acredita-se que o trabalho com as escolinhas de esportes se realiza por meio de uma prática pedagógica, voltada para um desenvolvimento global de seus alunos, respeitando seus estágios de crescimento e desenvolvimento, físico e cognitivo no qual a escola de esporte, através de sua atividade pedagógica, deve contemplar várias possibilidades, tais como: sociais, intelectuais, motoras, educacionais e também esportivas (SCAGLIA apud. FREIRE, PARLEBÁS, SÉRGIO, PAES, 1996). O processo de ensino-aprendizagem do futebol é uma função básica das escolinhas, mas este desenvolvimento deve ser envolto pelo meio em que o aluno está, ou seja, de acordo com as capacidades individuais de cada aluno (SCAGLIA, 1996). O presente estudo voltou sua atenção no sentido de captar dentro da literatura sugestões e propostas para cada fase da criança, respeitando seus limites motores e fisiológicos. 2. OBJETIVO Identificar as fases de desenvolvimento das crianças, de acordo com a faixa etária e relacioná-las aos conteúdos que são aplicados no futebol. Entender como ocorre o desenvolvimento de habilidades motoras fundamentais e especificas em crianças, de modo que ocorra a junção entre teoria e prática no processo de ensino e aprendizagem do futebol, para que haja um melhor entendimento de qual tipo de abordagem metodológica é melhor para o desenvolvimento das crianças. 2.1. Objetivos Específicos Mostrar a realidade do futebol; Entender a aprendizagem da criança; Entender o desenvolvimento da criança; Analisar o caráter metodológico do ensino do futebol; 3. DESENVOLVIMENTO 3.1 Futebol Segundo Freire (2003), o esporte é muito importante para as pessoas, cada povo tem seu esporte que é transformando numa paixão nacional, caso do beisebol nos Estados Unidos, hóquei no Canadá, futebol no Brasil. O Brasil e o futebol têm uma relação muito íntima, tanto que alguns imaginam que o Brasil inventou o futebol, mas não, foram os ingleses, os quais tempos depois passaram a apreciar a ginga brasileira. De acordo com alguns cronistas o Brasil é “a pátria de chuteiras”, mesmo com insucessos sociais, o futebol se torna para muitos, alegrias inexplicáveis. No Brasil o futebol é também encarado como uma simples brincadeira. Nota-se pelas regiões brasileiras que ainda existem meninos jogando descalço nas ruas, asfaltadas, de terra, pelas quadras de areia, quadras de futsal, enfim faz parte da infância de meninos menos favorecidos economicamente (FREIRE, 2003).
  • 4. 2 Freire (2003) cita a origem do futebol brasileiro, que nasceu nas cidades, nos chamados campos de várzeas, eram espaços livres em que as crianças brincavam e jogavam futebol, os quais de acordo com o tempo foram desaparecendo devido ao crescimento social, casas, indústrias, entre outros. A história do futebol no Brasil pode ser dividida em duas fases diferentes, a primeira fase por volta de 1894 a 1904 (fase amadora), de 1905 a 1933 (fase do profissionalismo e a fase do reconhecimento internacional) ocorrendo a transferências de jogadores brasileiros para diversos países (RODRIGUES, 2004). Em meados de 1930 o futebol brasileiro torna-se uma identidade popular, a partir disso, jornalista e cronistas prestavam mais atenção ao aparecimento de uma forma brasileira, rápida e de improvisações, de acordo com o que o jogo necessitava. Essa maneira de jogar que apenas os brasileiros conseguiam aplicar cresceu depois de 1938, os tornando “mestres da bola” (PEREIRA at. SOARES, HELAL, SANTORO, 2004). Segundo Soares, Helal e Santoro (2004) com relação a seleção brasileira de 1970, sempre será lembrada pelos jornais como uma seleção de tradição. O futebol brasileiro tem dois pólos que se interligam em sua história, passado e presente, através de narrativas que são divididas em narrativas “épicas” e complementares. A narrativa “épica” consiste dos feitos heróicos do passado, jogos e jogadores como Garrincha, Pelé, Zagallo. A narrativa complementar é aquela que mistura passado e presente, ou seja, devido as glórias de antigamente há o estímulo do povo para assistir os espetáculos de hoje. Esses craques da seleção brasileira de 1970 carregam a imagem de “futebol arte”, com suas rápidas improvisações, dribles denominados estilo brasileiro de futebol. O futebol no Brasil é capaz de mover uma nação que se encanta a cada jogada, repleta de movimentos plásticos, nos quais se mostra evidente a versatilidade que cada jogador carrega consigo, fruto de um país cenário de várias raças. O futebol brasileiro faz parte da vida de cada cidadão, que se sente mais brasileiro ao assistir a seleção jogar. Mesmo o país em meio a dificuldades, o campo de futebol se torna também o campo dos sonhos, onde meninos viram heróis como em passe de mágica e simples mortais se tornam imortais ao longo da história pelas conquistas obtidas (RENÓ, 1999). Por outro lado, por este esporte ser de alto-nível, sendo considerado um espetáculo universal, torna-se objeto de consumo dos meios de comunicação que visam a parte lucrativa do esporte. O Brasil pode ser considerado o país do futebol e esta paixão ultrapassa as linhas dos gramados, gerando bons lucros através de patrocinadores, que atuam nos meios de comunicação, como a televisão, que abrangem uma gama grande de telespectadores. Isto faz com que cada vez mais o esporte se torne um grande negócio, que movimenta milhões e expõem os atletas em suas vidas pessoais, a fim de que tudo vire notícia no meio esportivo. O esporte que mais encanta multidões no Brasil se vê influenciado pela mídia, em contra partida vê o futebol como uma caixa registradora sem levar em consideração uma nação apaixonada, que acredita nos milagres deste jogo fantástico que é o futebol (SANFELICE, 2001). A mídia de forma geral tem dois papéis, um que mostrava para todas as pessoas como é o futebol e o outro papel desempenhado pela mídia é a vantagem financeira através do futebol que, com passar do tempo foi deixando de lado todo processo de aprendizagem motora que pode ser obtido através do futebol (FREIRE, 2003). 3.2 Aprendizagem no futebol O futebol no cenário brasileiro se faz presente há tempos, porém no processo de formação de jogadores o problema central vem sendo que os profissionais não entendem que cada indivíduo possui sua universalidade e seu tempo de resposta ocorrendo à separação entre homem e sua natureza. O esporte proporciona aos seus participantes um conhecimento e domínio sobre o corpo, que permitem que suas vivências sociais modernas sejam construídas através deste corpo. Vivemos em meio a uma sociedade que busca cada vez mais o aperfeiçoamento deste corpo em beneficio do esporte, contudo temos de compreender o processo que abrange a aprendizagem motora de novos movimentos que a cada momento são criados pelos jogadores de futebol (RODRIGUES, 2004). O processo de aprendizagem faz parte da conduta humana e é proporcionado pelos fenômenos de natureza biológica, sociológica e psicológica. No entanto, no processo de aprendizagem motora procura-se entender os mecanismos decorrentes do processo de aquisição de habilidades motoras e os fatores que os influenciam para alcançar determinada meta (BENDA, 2006).
  • 5. 3 Ao longo da evolução das pesquisas em comportamento motor algumas descobertas foram de grande importância para o processo de aprendizagem motora, como na década de 70 com o aparecimento da abordagem de processamento de informações que enfatizou entender os fatores cognitivos entre estímulo - resposta. Por isto a abordagem de processamento de informação entende o ser humano como um processador de informação, de modo que se realiza o ínicio da operação quando ocorre um estímulo, que por sua vez é processado em vários estágios tendo como “resultado” a resposta (WRISBERG, SCHMIDT, 2001). Segundo Wrisberg e Schmidt (2001) ao ocorrer o processo de estímulo vindo de uma informação externa ou ambiental dá-se ínicio então a três fases. Na primeira, a identificação do estímulo, o receptor do estímulo analisa o conteúdo da informação utilizando uma variedade de fontes para interpretá-lo, como a visão, audição, contato ou toque. O resultado deste estágio é considerado como uma representação da informação ambiental. O segundo estágio, a seleção da resposta, começa após o executante ter absorvido informação suficiente e tem de decidir se alguma resposta deve ser dada. Se ocorrer a decisão pela resposta, seleciona-se o movimento adequado, havendo assim neste estágio uma tradução de várias classes que ocorre entre o estímulo sensorial que foi identificado, é uma das várias formas possíveis de resposta de movimento (WRISBERG, SCHMIDT, 2001). Segundo Wrisberg e Schmidt (2001) o terceiro estágio entende-se como, após a decisão de qual movimento será feito, esta informação é encaminhada para o processo de programação da resposta, que por sua vez tem como função organizar o sistema motor para produção do movimento desejado para um melhor desempenho no seu desenvolvimento motor. Porém na década de 80 surgiu a abordagem dos sistemas dinâmicos que é diferente da abordagem anterior e visa à ênfase ecológica para compreender o sistema motor, buscando compreender os princípios físicos e como eles se interagem com as funções biológicas. Devido a relação no processo de aprendizagem motora ser complexa entende–se que a aquisição de habilidades motoras é por natureza um processo relativamente permanente no comportamento motor humano (TANI, 2005). O processo de aprendizagem motora caracteriza-se por mudança de comportamento pelo qual o aprendiz passa de uma fase inicial (inexperiente) para uma fase final (habilidosa). Este processo se dá devido a evolução na performance, ou seja, um desenvolvimento de forma positiva no seu rendimento, que se caracteriza em um processo homeostático (equilíbrio) após várias tentativas, ocorrendo a diminuição no número de erros identificados por meio de feedback (BENDA, 2006). De acordo com o que foi abordado até o momento sobre o processo de aprendizagem motora, os profissionais que pretendem atuar no cenário do futebol deve compreender que cada faixa etária possui suas características de desenvolvimento e atividades, sendo prejudicial a criança ultrapassar este processo (TANI apud. FREUDENHEIM, MEIRA JÚNIOR, CORRÊA, 2004). Portanto, as crianças não podem ser especializadas em determinado movimento, nas escolinhas de futebol só após as crianças terem estabelecido uma base motora sólida é que se deve iniciar o trabalho específico, que no caso, são os fundamentos do futebol (WEINECK, 1999). No início o que deve ocorrer durante a aprendizagem motora da criança, é uma preocupação em não atropelar nenhuma etapa durante o processo, proporcionando a criança vivenciar um emaranhado de movimentos que posteriormente servirão como base na aprendizagem da técnica específica do futebol (WEINECK,1999). Segundo Benda (2006) a criança até atingir a puberdade não tem a capacidade física adequada a suportar um treinamento de alto nível direcionado à perfeição da prática, devido a este ser o período necessário para que a criança crie seu próprio mundo de movimentos com objetivo de aplicá-los de modo correto. Por este motivo durante a aprendizagem do movimento técnico deve se evitar a especialização de forma precoce respeitando a faixa etária de cada criança. Devido ao processo de aprendizagem motora relacionar-se com os estímulos oferecidos, que proporcionam aos indivíduos passarem de inexperientes para experientes, a seguir veremos a importância deste estímulo no processo de desenvolvimento motor, para que possamos entender os fatores que influenciam este processo contínuo da vida humana. 3.3 Desenvolvimento motor aplicado ao futebol O futebol possui regras universais, porém todos os países entendem o futebol de acordo com suas culturas. No Brasil este modo diferente que os jogadores contextualizam o futebol é que o transforma no que chamamos de “futebol-arte”, devido à capacidade de criação e improvisação que
  • 6. 4 nossos atletas possuem. O futebol profissional é marcado pela busca ao alto rendimento, visando a capacidade dos jogadores de suportar esforços. Para que este processo não seja desencadeador de vários problemas posteriores aos atletas, necessita-se compreender o processo de desenvolvimento motor que ocorre ao longo desta profissão que move multidões de apaixonados (RODRIGUES, 2004). O ato de movimentar-se faz parte de nossas vidas, da inabilidade para a habilidade e, novamente, para a inabilidade na idade avançada (SANTOS, DANTAS, OLIVEIRA apud. KRETCHMAR, 2004). Ainda que o significado de ficar em pé pela primeira vez e a dificuldade em levantar-se no final da vida sejam diferentes. O desenvolvimento motor enfoca o estudo das mudanças qualitativas e quantitativas de ações motoras do ser humano ao longo de sua vida. Estas mudanças ocorrem desde o momento de sua fecundação até o momento da morte (SANTOS, DANTAS, OLIVEIRA, 2004). Devido desenvolvimento motor sofrer a contínua alteração no comportamento ao longo da vida, e por tornar possível a interação entre as necessidades da tarefa, a biologia do indivíduo e as condições do ambiente. Esta área do comportamento motor visa analisar como ocorre o processo de desenvolvimento de habilidades motoras desde componentes genéticos e os resultados da interação dos fatores endógenos e exógenos no processo de capacidades motoras, não apenas com a preocupação de observar e descrever mudanças no comportamento motor ao longo da vida do ser humano, mas também buscando esclarecer como ocorrem estas mudanças (GALLAHUE, OZMUN, 2005). Partindo do princípio que habilidades denominadas básicas são vistas como o alicerce para a aquisição de habilidades motoras especializadas, o ser humano modifica suas ações em razão do ambiente, e a modificação deste ambiente, conseqüentemente, muda as ações do indivíduo, estimulando-o a novas, e assim sucessivamente. Sendo assim, o educador físico, como atua sobre corpo em movimento, deve dar total atenção ao estudo e a perspectiva das experiências motoras de cada indivíduo fundamentando estes estudos com relação a dados motores, mas sem esquecer as emoções embutidas nos movimentos. O profissional de Educação Física deve assim associar a sua profissão, a ligação de que o ambiente e as emoções são partes essenciais do desenvolvimento motor (SANTOS, DANTAS, OLIVEIRA, 2004). Segundo Santos, Dantas e Oliveira (2004) o processo de desenvolvimento motor por si só, como um ato contínuo ao longo da vida humana, sofre estímulos que o modifica, tendo como base este pressuposto, a seguir visaremos entender o processo maturação que ocorre em cada faixa etária no processo de desenvolvimento de habilidades motoras em crianças. 3.4 Desenvolvimento de habilidades motoras em crianças O futebol vem cada vez mais despertando nas crianças a vontade de se tornarem profissionais. Isto se deve, ao processo de transformação que o esporte mais popular do país sofre, ao ser colocado nos meios de comunicação como vitrine para o sucesso. Em muitos casos os clubes e treinadores visando este sucesso financeiro ultrapassam os processos de desenvolvimento motor da criança, a fim de se obter uma resposta imediata no que se refere ao lucro que gira no esporte, no qual a transição de criança a ídolo nacional ocorre algumas vezes em um período muito curto (ALCÂNTARA, 2006). Na infância o desenvolvimento motor se caracteriza pelas inúmeras aquisições de habilidades motoras, que proporcionam a criança o domínio sobre o corpo. Estas habilidades motoras básicas servem como base para as habilidades motoras específicas então se entende a importância do desenvolvimento de habilidades motoras iniciais adquiridas na 1º e 2º infância. Contudo, fatores como as restrições da tarefa ao organismo e meio são fatores que exercem influência sobre a aquisição de habilidades por parte da criança (SANTOS, DANTAS, OLIVEIRA, 2004). O processo de desenvolvimento motor da criança conta com três aspectos, à seqüência que não indica apenas aquilo que a criança pode aprender mais as suas necessidades; a velocidade, que varia de criança para criança; e a interdependência entre as mudanças de habilidades simples para as complexas. Portanto, ao realizar o estímulo á aquisição de habilidades motoras deve-se levar em consideração o processo adaptativo da criança para que a elaboração de combinações motoras nas atividades sejam elaboradas da melhor forma (SANTOS, DANTAS, OLIVEIRA, 2004). No futebol devido à variação na formação das categorias, às diferenças de faixas etárias, idade mental, idade óssea, idade morfológica, sexual, torna-se fácil identificar que existem exercícios e atividades diferentes para cada grupo a serem trabalhados. Portanto, para as crianças parti-se do
  • 7. 5 referencial que estas não são adultos em miniatura, e seu acréscimo motor e psicológico acompanha o processo de desenvolvimento (GALLAHUE, OZMUN, 2005). Desde o nascimento, o bebê trava uma constante luta para sobreviver, onde nos primeiros estágios sua única forma de interação com o ambiente se dá através do movimento que basicamente se divide em estabilidade, locomoção e manipulação (GALLAHUE, OZMUN, 2005). Considerando que o processo de aquisição de habilidade na primeira infância é invariável, partindo do princípio que o ritmo de criança para criança é diferente. Devemos considerar que o fator de maturação neural não é o único influenciador no processo de desenvolvimento motor que consiste também, em um sistema auto–organizado que envolve a tarefa, o ambiente e o indivíduo (GALLAHUE, OZMUN, 2005). Após o momento em que a criança observa a execução do movimento do colega, a criança parte para tentar a imitação, sendo que se ela executar o movimento com êxito serve como um estímulo ou “porta” para que a mesma tente cada vez mais desenvolver o ato motor. Portanto, deve-se considerar que a aprendizagem se baseia na transgressão do básico para o sofisticado por tratar-se de movimento humano, com isso a metodologia aplicada deve ser bem avaliada (WRISBERG, SCHMIDT, 2001). As crianças são quanto ao seu desenvolvimento imaturas e, por isso, faz-se necessário estruturar experiências motoras significativas e apropriadas para seus níveis desenvolvimentistas particulares. Com isso, ao entender que as crianças não são adultas em miniaturas, e seu processo de desenvolvimento de habilidades motoras é diferente em cada faixa etária, estabelece-se a importância de adequar a metodologia a cada faixa etária, compreendendo as necessidades de cada criança. Metodologia esta que deve ser adaptada ao decorrer do processo de ensino-aprendizagem do futebol como será aprofundado no tópico a seguir (GALLAHUE, OZMUN, 2005). 3.5 Metodologia de ensino do futebol Historicamente, de uma forma geral, o futebol cresceu muito, rompendo barreiras e se transformando em um fenômeno social grandioso que inclusive é objeto de estudo de outras áreas de conhecimento como, Sociologia, Antropologia, entre outras (NETO, 1995). De acordo com Santos (2006), na prática do futebol, a técnica consiste na execução de habilidades fundamentais do jogo, que podem ser aprimoradas quanto mais cedo pelas crianças para estas desenvolverem suas técnicas. Existem outros tipos de treinamentos para a iniciação, o aprimoramento e desenvolvimento da técnica: recepção, domínio e condução de bola; drible e finta; passe; chute; cabeceio; e goleiro. Os principais fundamentos são: Domínio, passe, drible, chute e cabeceio. O coletivo é considerado um excelente exercício de competição, pois oferece uma intensidade e um aprimoramento da técnica muito parecido de um jogo real de futebol. Para ser melhor aproveitado, o coletivo deve ser utilizado nos primeiros estágios de iniciação do futebol, pois a fixação dos elementos técnicos é essencial no processo de aprendizagem (SANTOS at. FRISSELLI, MONTOVANI, 2006). De acordo com Freire (2003) o futebol é uma enorme brincadeira. Porque não aprender essa brincadeira com técnicas lúdicas e prazerosas? Ao contrário das formas tradicionais e mecanicistas. O jogo é a forma lúdica para a realização de atos sem compromissos objetivos (SANTOS apud. SCAGLIA, 2006). O jogo em si demonstra ser um fator fundamental no processo de ensino-aprendizagem devido a sua função motivacional e é o melhor indicador da evolução dos atletas (SANTOS at. GARGANTA, 2006). O futebol no Brasil se desenvolveu em torno de quatro brincadeiras: bobinho, controle, repetida e pelada. Sendo que em cada região tem algumas diferenciações no nome. Cada uma destas brincadeiras exercita uma habilidade motora, adaptada da forma que acredita ser melhor. Talvez por isso seja fácil praticar o futebol, por sua diversidade. A pelada, por exemplo, reúne todas as outras brincadeiras para formar o futebol, ela desenvolve bastante a inteligência para um jogo de futebol, existem lugares que ela é chamada de baba, racha, entre outros nomes (FREIRE, 2003). De acordo com Freire (2003), o bobinho (os atletas em círculo, onde um deles se encontra no meio do círculo e quando o mesmo toca a bola mudando seu trajeto ocorre á troca com o atleta que errou o passe) não apenas acontece no Brasil como também já ultrapassou a fronteira. É um excelente método de treino para um dos mais importantes fundamentos, o passe. O futebol brasileiro não gosta muito deste fundamento, mas obrigatoriamente o faz e faz bem.
  • 8. 6 Freire (2003) relata que brincava muito de repetida, em outras cidades chamadas de rebatida, que desenvolve o chutar, driblar e a defender. “Jogava-se com uma meta improvisada, dois jogadores contra dois. Uma dupla realizava os chutes a gol a outra defendia”. Se a bola fosse rebatida pelo goleiro os quatro disputavam a bola (os dois para fazer o gol, os outros dois para evitá-lo) valia mais do que se a bola entrasse direto no gol (FREIRE, 2003). Já o controle é uma brincadeira que exige muita habilidade, pois a brincadeira consiste em não deixar a bola cair no chão antes dos três passes, no mínimo e fazer o gol. Caso os dois jogadores errem ao total de três vezes quem errou por último vai para o gol, essa brincadeira também é chamada de três dentro três fora de acordo com a região. Existem outros tipos de brincadeiras, porém estas eram ou são mais utilizadas, além de malabarismos com a bola, entre outros (FREIRE, 2003). De acordo com Santos (2006), esse método de aplicar os jogos e brincadeiras é a forma mais prazerosa de aprender as técnicas do futebol. Além do que o aluno aprenderá a cooperar, a ter respeito com o próximo, ser solidário e ético, ou seja, o aluno possa ser um agente no processo ensino-aprendizagem. Devido às escolinhas de esportes terem como função proporcionar aos seus participantes um outro aspecto além dos fundamentos específicos de cada modalidade, ela como qualquer outra entidade onde se envolve um processo de ensino-aprendizagem dá ênfase ao papel social que vai além dos gramados, que abrange o desenvolvimento da criança como um todo (SCAGLIA, 1996). Segundo Scaglia (1996) não cometendo grandes erros de especialização precocemente aos alunos, seu processo de desenvolvimento terá sido menos afetado e como conseqüência terá menos seqüelas. O profissional da área da Educação Física utilizando-se de uma prática pedagógica em meio à ludicidade irá proporcionar aos alunos uma melhor capacidade de contextualizar o aprendizado obtido no campo de futebol, beneficiando em sua qualidade de vida. Evita-se também, que as escolinhas de futebol sejam apenas um seleiro de craques e em somente o lucro, fazendo com que o dinheiro se torne secundário em relação ao bem estar que o esporte pode proporcionar aos alunos. 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS Devido à presente revisão bibliográfica ter abordado o futebol e o seu contexto, no qual se envolve os processos de desenvolvimento motor e sua relação no processo de aprendizagem relativo a cada faixa etária específica, conclui-se que devido ao aspecto cultural do futebol no Brasil, sendo intitulado o país do futebol, aspectos relacionados ao processo de desenvolvimento de habilidades motora e cognitiva que o esporte em si proporciona aos seus praticantes, devem ter como principal base à faixa etária na qual se encontra os atletas, para que o processo metodológico se encaixe nas necessidades de cada período. No Brasil, as crianças que jogam ou praticam o futebol são vistas como jogadores, independente de sua faixa etária. Isto se deve à história que o esporte carrega consigo. Portanto, cabe a cada profissional da área de Educação Física que tem como objetivo trabalhar com este esporte, delimitar os aspectos do desenvolvimento motor, físico e cognitivo de acordo com cada idade da criança, para que estes processos sejam respeitados e não ultrapassem em nenhum momento as limitações de cada faixa etária, para que não acarrete danos no processo de desenvolvimento das crianças como um todo. 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALCÂNTARA, H. A magia do futebol. Estudos Avançados, vol.20, n. 57, 2006. BENDA, R. N. Sobre a natureza da aprendizagem motora: mudança e estabilidade... e mudança. Rev. bras. Educ. Fís. Esp., São Paulo, v.20, set. 2006. FILGUEIRA, F. M. Aspectos físicos, técnicos e táticos da iniciação ao futebol. Revista Digital, 2006. FREIRE, J. B. Pedagogia do Futebol. Campinas: Autores Associados. Coleção Educação Física e Esportes, São Paulo, 2003. 98 p.
  • 9. 7 GALLAHUE, D. L.; OZMUN, J. C. Compreendendo o desenvolvimento motor: bebês, crianças, adolescentes e adultos. 3ª ed. São Paulo. Editora: Nadine J. Kann. Phorte, 2005. 585p. NETO, V. M. Uma experiência de ensino do futebol no currículo de licenciatura em Educação Física. Revista Movimento, Escola de Educação Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, vol.2, n.2, 1995. OLIVEIRA, O. R. F.; OLIVEIRA, K. C. C. F. Desenvolvimento motor da criança e estimulação precoce motor. Fisioweb, 2006. Disponível em: < http://www.wgate.com.br >. RENÓ, I. M. Futebol, clãs e nação. Scielo: Rio de Janeiro, v.43, n.1, 2000. RODRIGUES, F. X. F. Modernity, discipline and soccer: a sociological analysis of the social production of soccer players in Brazil. Sociologias, vol. n. 11, 2004. SANFELICE, G.R. Futebol, espetáculo e mídia: reflexões, relações e implicações. Características e valores veiculados em programas esportivos de televisão. Revista Comunicação, Movimento e Mídia na Educação Física. v.6, n.7. Santa Maria: UFSM, 2001. SANTOS, V. P. A metodologia do ensino do futebol no Programa Segundo Tempo. Universidade de Brasília: Especialista em Esporte Escolar, abr. 2006. SANTOS, S.; DANTAS, L.; OLIVEIRA, J. A. Desenvolvimento motor de crianças, de idosos e de pessoas com transtornos na coordenação. Rev. paul. Educ. Fís., São Paulo, v.18, ago. 2004. SCAGLIA, A. J. Escolinha de futebol: uma questão pedagógica. Revista Motriz, Vol 2. Nº 1, 1996. SOARES, C. L. HELAL. SANTORO. Educação física: raízes européias e Brasil. Educação contemporânea educação especial. 3ª ed. Campinas: Autores Associados, 2004. TANI, G. Comportamento Motor: Aprendizagem e Desenvolvimento. 1ª ed. Rio de Janeiro. Editora: Guanabara Koogan, 2005. 333 p. TANI, G.; FREUDENHEIM, A. M.; MEIRA JÚNIOR, C. M..; CÔRREA, U. C. Aprendizagem motora: tendências, perspectivas e aplicações. Rev. paul. Educ. Fís., São Paulo, v.18, ago. 2004. WEINECK, J. Treinamento Ideal. 9ª ed., Barueri: Manole, 1999. WRISBERG, A.C.; SCHMIDT, R.A. Aprendizagem e performance motora. 2ª edição, Rio Grande do Sul: Porto Alegre, 2001.