SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 12
A função exponencial

A função exponencial natural é a função exp:R   R+, definida como a inversa da
função logarítmo natural, isto é:

Ln[exp(x)]=x,     exp[Ln(x)]=x

O gráfico da função exponencial é obtido pela reflexão do gráfico da função Logaritmo
natural em relação à identidade dada pela reta y=x.




Como o domínio da função Logaritmo natural é o conjunto dos números reais positivos,
então a imagem da função exp é o conjunto dos números reais positivos e como a
imagem de Ln é o conjunto R de todos os números reais, então o domínio de exp
também é o conjunto R de todos os números reais.




Observação: Através do gráfico de f(x)=exp(x), observamos que:

1.   exp(x)>0     se   x é real)
2.   0<exp(x)<1   se   x<0
3.   exp(x)=1     se   x=0
4.   exp(x)>1     se   x>0

No Ensino Médio, a função exponencial é definida a partir da função logarítmica e
ciclicamente define-se a função logarítmica em função da exponencial como:

f(x)=exp(x), se e somente se, x=Ln(y)

Para uma definição mais cuidadosa, veja Logaritmos.

Exemplos:

     1. Ln[exp(5)]=5
     2. exp[ln(5)]=5
     3. Ln[exp(x+1)1/2]=(x+1)1/2
     4. exp[Ln((x+1)1/2]=(x+1)1/2
     5. exp[3.Ln(x)]=exp(Ln(x³)]=x³
     6. exp[k.Ln(x)]=exp[Ln(xk)]=xk
     7. exp[(7(Ln(3)-Ln(4)]=exp[7(Ln(3/4))]=exp[(Ln(3/4)]7)=(3/4)7




A Constante e de Euler

Existe uma importantíssima constante matemática definida por
e = exp(1)

O número e é um número irracional e positivo e em função da definição da função
exponencial, temos que:

Ln(e)=1

Este número é denotado por e em homenagem ao matemático suíço Leonhard Euler
(1707-1783), um dos primeiros a estudar as propriedades desse número.

O valor deste número expresso com 40 dígitos decimais, é:

e=2,718281828459045235360287471352662497757



Conexão entre o número e e a função exponencial

Se x é um número real, a função exponencial exp(.) pode ser escrita como a potência de
base e com expoente x, isto é:

ex = exp(x)



Significado geométrico de e

Tomando um ponto v do eixo OX, com v>1 tal que a área da região do primeiro
quadrante localizada sob a curva y=1/x e entre as retas x=1 e x=v seja unitária, então o
valor de v será igual a e.




Propriedades básicas da função exponencial

Se x e y são números reais e k é um número racional, então:

   1. y=exp(x) se, e somente se, x=Ln(y).
   2. exp[Ln(y)]=y para todo y>0.
   3. Ln[exp(x)]=x para todo x real.
   4. exp(x+y)=exp(x) exp(y)
   5. exp(x-y)=exp(x)/exp(y)
   6. exp(x.k)=[exp(x)]k




Simplificações matemáticas

Podemos simplificar algumas expressões matemáticas com as propriedades das funções
exponenciais e logaritmos:
1. exp[Ln(3)]=3.
   2. Ln[exp(20x)]=20x.
   3. exp[5.Ln(2)]=exp[Ln(25)]=25=32.
   4. exp[2+5.ln(2)]=exp(2)exp(5.Ln(2))=32e².



Outras funções exponenciais

Podemos definir outras funções exponenciais como g(x)=ax, onde a é um número real
positivo diferente de 1 e de x. Primeiro, consideremos o caso onde o expoente é um
número racional r.

Tomando x=ar na equação x=exp[Ln(x)], obtemos:

ar=exp[Ln(ar)]

Como Ln[ar]=r.Ln(a), a relação acima fica na forma:

ar = exp[r.Ln(a)]

Esta última expressão, juntamente com a informação que todo número real pode ser
escrito como limite de uma sequência de números racionais, justifica a definição para
g(x)=ax, onde x é um número real:

ax=exp[x.Ln(a)]



Leis dos expoentes

Se x e y são números reais, a e b são números reais positivos, então:

   1.   axay=ax+y
   2.   ax/ay=ax-y
   3.   (ax) y=ax.y
   4.   (a b)x=axbx
   5.   (a/b)x=ax/bx
   6.   a-x=1/ax



Relação de Euler

Se i é a unidade imaginária e x é um número real, então vale a relação:

eix = exp(ix) = cos(x) + i sen(x)



Algumas Aplicações

Funções exponenciais desempenham papéis fundamentais na Matemática e nas ciências
envolvidas com ela, como: Física, Química, Engenharia, Astronomia, Economia,
Biologia, Psicologia e outras. Vamos apresentar alguns exemplos com aplicações destas
funções.

Lei do resfriamento dos corpos: Um indivíduo foi encontrado morto em uma sala com
temperatura ambiente constante. O legista tomou a temperatura do corpo às 21:00 h e
constatou que a mesma era de 32 graus Celsius. Uma hora depois voltou ao local e
tomou novamente a temperatura do corpo e constatou que a mesma estava a 30 graus
Celsius. Aproximadamente a que horas morreu o indivíduo, sabendo-se que a
temperatura média de um corpo humano normal é de 37 graus Celsius?




Partindo de estudos matemáticos pode-se construir uma função exponencial decrescente
que passa pelos pontos (21,32) e (22,30) onde abscissas representam o tempo e as
ordenadas a temperatura do corpo.

A curva que descreve este fenômeno é uma função exponencial da forma:

f(t) = C eA t

então obtemos que:

A = Ln(30)-Ln(32)
C = 32/ (30/32)21

A função exponencial que rege este fenômeno de resfriamento deste corpo é dada por:

f(t) = 124,09468 e-0,0645385t

e quando f(t) = 37 temos que:

t = 18,7504... = 18 horas + 45 minutos

que pode ser observado através do gráfico.

Observação: Neste exemplo, usamos a construção de um gráfico e as propriedades
operatórias das funções exponenciais e logarítmicas.

Curvas de aprendizagem: Devido ao seu uso por psicólogos e educadores na descrição
do processo de aprendizagem, as curvas exponenciais realizam um papel importante.




A curva básica para este tipo de estudo é da forma:

f(x) = c - a e-k.x

onde c, a e k são constantes positivas. Considerando o caso especial em que c=a temos
uma das equações básicas para descrever a relação entre a consolidação da
aprendizagem y=f(x) e o número de reforços x.
A função:

f(x) = c - a e-k.x

cresce rapidamente no começo, nivela-se e então aproxima-se de sua assíntota y=c.

Estas curvas também são estudadas em Economia, na representação de várias funções
de custo e produção.

Crescimento populacional: Em 1798, Thomas Malthus, no trabalho "An Essay on the
Principle of Population" formulou um modelo para descrever a população presente em
um ambiente em função do tempo. Considerou N=N(t) o número de indivíduos em certa
população no instante t. Tomou as hipóteses que os nascimentos e mortes naquele
ambiente eram proporcionais à população presente e a variação do tempo conhecida
entre os dois períodos. Chegou à seguinte equação para descrever a população presente
em um instante t:

N(t)=No ert

onde No é a população presente no instante inicial t=0 e r é uma constante que varia com
a espécie de população.

O gráfico correto desta função depende dos valores de No e de r. Mas sendo uma função
exponencial, a forma do gráfico será semelhante ao da função y=Kex.

Este modelo supõe que o meio ambiente tenha pouca ou nenhuma influência sobre a
população.




Desse modo, ele é mais um indicador do potencial de sobrevivência e de crescimento de
cada espécie de população do que um modelo que mostre o que realmente ocorre.

Consideremos por exemplo uma população de bactérias em um certo ambiente. De
acordo com esta equação se esta população duplicar a cada 20 minutos, dentro de dois
dias, estaria formando uma camada em volta da terra de 30 cm de espessura. Assim,
enquanto os efeitos do meio ambiente são nulos, a população obedece ao modelo
N=Noert. Na realidade, se N=N(t) aumenta, o meio ambiente oferece resistência ao seu
crescimento e tende a mantê-lo sobre controle. Exemplos destes fatores são, a
quantidade disponível de alimentos, acidentes, guerras, epidemias,...

Como aplicação numérica, consideremos uma colônia de bactérias se reproduzindo
normalmente. Se num certo instante havia 200 bactérias na colônia, passadas 12 horas
havia 600 bactérias. Quantas bactérias haverá na colônia após 36 horas da última
contagem?

No instante inicial havia 200 bactérias, então No=200, após 12 horas havia 600
bactérias, então

N(12)=600=200 er12
logo

e12r=600/200=3

assim

ln(e12r)=ln(3)

Como Ln e exp são funções inversas uma da outra, segue que 12r=ln(3), assim:

r=ln(3)/12=0,0915510

Finalmente:

N(48) = 200 e48.(0,0915510) = 16200 bactérias

Então, após 36 horas da útima contagem ou seja, 48 horas do início da contagem,
haverá 16200 bactérias.

Desintegração radioativa: Os fundamentos do estudo da radioatividade ocorrerram no
início do século por Rutherford e outros. Alguns átomos são naturalmente instáveis, de
tal modo que após algum tempo, sem qualquer influência externa sofrem transições para
um átomo de um novo elemento químico e durante esta transição eles emitem radiações.
Rutherford formulou um modelo para descrever o modo no qual a radioatividade decai.
Se N=N(t) representa o número de átomos da substância radioativa no instante t, No o
número de átomos no instante t=0 e k é uma constante positiva chamada de constante de
decaimento, então:

N(t) = No e-k.t

esta constante de decaimento k, tem valores diferentes para substâncias diferentes,
constantes que são obtidas experimentalmente.

Na prática usamos uma outra constante T, denominada meia-vida do elemento químico,
que é o tempo necessário para que a quantidade de átomos da substância decaia pela
metade.

Se N=No/2 para t=T, temos

No/2 = No e-k.T

assim

T=Ln(2)/k

Na tabela, apresentamos indicadores de meia-vida de alguns elementos químicos:

                              Substância    Meia-vida T
                             Xenônio 133         5 dias
                              Bário 140         13 dias
                             Chumbo 210         22 anos
                             Estrôncio 90       25 anos
                             Carbono 14       5.568 anos
                               Plutônio      23.103 anos
                              Urânio 238 4.500.000.000 anos

Para o Carbono 14, a constante de decaimento é:
k = Ln(2)/T = Ln(2)/5568 = 12,3386 por ano

Trigonometria e aplicações

Introduzimos aqui alguns conceitos relacionados com a Trigonometria no triângulo
retângulo, assunto comum na oitava série do Ensino Fundamental. Também dispomos
de uma página mais aprofundada sobre o assunto tratado no âmbito do Ensino Médio.

A trigonometria possui uma infinidade de aplicações práticas. Desde a antiguidade já se
usava da trigonometria para obter distâncias impossíveis de serem calculadas por
métodos comuns.

Algumas aplicações da trigonometria são:

      Determinação da altura de um certo prédio.




      Os gregos determinaram a medida do raio de terra, por um processo muito
       simples.
      Seria impossível se medir a distância da Terra à Lua, porém com a trigonometria
       se torna simples.
      Um engenheiro precisa saber a largura de um rio para construir uma ponte, o
       trabalho dele é mais fácil quando ele usa dos recursos trigonométricos.
      Um cartógrafo (desenhista de mapas) precisa saber a altura de uma montanha, o
       comprimento de um rio, etc. Sem a trigonometria ele demoraria anos para
       desenhar um mapa.

Tudo isto é possível calcular com o uso da trigonometria do triângulo retângulo.



Triângulo Retângulo

É um triângulo que possui um ângulo reto, isto é, um dos seus ângulos mede noventa
graus, daí o nome triângulo retângulo. Como a soma das medidas dos ângulos internos
de um triângulo é igual a 180°, então os outros dois ângulos medirão 90°.

Observação: Se a soma de dois ângulos mede 90°, estes ângulos são denominados
complementares, portanto podemos dizer que o triângulo retângulo possui dois ângulos
complementares.

Para ver mais detalhes sobre triângulos clique aqui.
Lados de um triângulo retângulo

Os lados de um triângulo retângulo recebem nomes especiais. Estes nomes são dados de
acordo com a posição em relação ao ângulo reto. O lado oposto ao ângulo reto é a
hipotenusa. Os lados que formam o ângulo reto (adjacentes a ele) são os catetos.


         Termo                           Origem da palavra
                                              Cathetós:
         Cateto
                                           (perpendicular)
                                            Hypoteinusa:
       Hipotenusa
                                  Hypó(por baixo) + teino(eu estendo)


Para padronizar o estudo da Trigonometria, adotaremos as seguintes notações:


       Letra Lado                 Triângulo           Vértice = Ângulo Medida
         a Hipotenusa                                 A = Ângulo reto A=90°
         b   Cateto                                   B = Ângulo agudo B<90°

         c       Cateto                               C = Ângulo agudo C<90°




Para ver mais detalhes sobre ângulos clique aqui.



Nomenclatura dos catetos

Os catetos recebem nomes especiais de acordo com a sua posição em relação ao ângulo
sob análise. Se estivermos operando com o ângulo C, então o lado oposto, indicado por
c, é o cateto oposto ao ângulo C e o lado adjacente ao ângulo C, indicado por b, é o
cateto adjacente ao ângulo C.


        Ângulo Lado oposto Lado adjacente
          C c cateto oposto b cateto adjacente

             B   b cateto oposto c cateto adjacente




Um dos objetivos da trigonometria é mostrar a utilidade do conceitos matemáticos no
nosso cotidiano. Iniciaremos estudando as propriedades geométricas e trigonométricas
no triângulo retângulo. O estudo da trigonometria é extenso e minucioso.



Propriedades do triângulo retângulo

   1. Ângulos: Um triângulo retângulo possui um ângulo reto e dois ângulos agudos
       complementares.
2. Lados: Um triângulo retângulo é formado por três lados, uma hipotenusa (lado
       maior) e outros dois lados que são os catetos.
   3. Altura: A altura de um triângulo é um segmento que tem uma extremidade num
       vértice e a outra extremidade no lado oposto ao vértice, sendo que este segmento
       é perpendicular ao lado oposto ao vértice. Existem 3 alturas no triângulo
       retângulo, sendo que duas delas são os catetos. A outra altura (ver gráfico acima)
       é obtida tomando a base como a hipotenusa, a altura relativa a este lado será o
       segmento AD, denotado por h e perpendicular à base.




A hipotenusa como base de um triângulo retângulo

Tomando informações da mesma figura acima, obtemos:

   1. o segmento AD, denotado por h, é a altura relativa à hipotenusa CB, indicada
      por a.
   2. o segmento BD, denotado por m, é a projeção ortogonal do cateto c sobre a
      hipotenusa CB, indicada por a.
   3. o segmento DC, denotado por n, é a projeção ortogonal do cateto b sobre a
      hipotenusa CB, indicada por a.



Projeções de segmentos

Introduziremos algumas idéias básicas sobre projeção. Já mostramos, no início deste
trabalho, que a luz do Sol ao incidir sobre um prédio, determina uma sombra que é a
projeção oblíqua do prédio sobre o solo.

Tomando alguns segmentos de reta e uma reta não coincidentes é possível obter as
projeções destes segmentos sobre a reta.




Nas quatro situações apresentadas, as projeções dos segmentos AB são indicadas por
A'B', sendo que no último caso A'=B' é um ponto.




Projeções no triângulo retângulo
Agora iremos indicar as projeções dos catetos no triângulo retângulo.




   1. m = projeção de c sobre a hipotenusa.
   2. n = projeção de b sobre a hipotenusa.
   3. a = m+n.
   4. h = média geométrica entre m e n. Para saber mais, clique sobre média
      geométrica.



Relações Métricas no triângulo retângulo

Para extrair algumas propriedades, faremos a decomposição do triângulo retângulo
ABC em dois triângulos retângulos menores: ACD e ADB. Dessa forma, o ângulo A
será decomposto na soma dos ângulos CÂD=B e DÂB=C.




Observamos que os triângulos retângulos ABC, ADC e ADB são semelhantes.

                  Triângulo hipotenusa cateto maior cateto menor
                    ABC          a           b            c
                    ADC          b           n            h
                    ADB          c           h            m

Assim:

a/b = b/n = c/h
a/c = b/h = c/m
b/c = n/h = h/m

logo:

a/c = c/m   equivale a     c² = a.m
a/b = b/n   equivale a    b² = a.n
a/c = b/h   equivale a    a.h = b.c
h/m = n/h    equivale a    h² = m.n
Existem também outras relações do triângulo inicial ABC. Como a=m+n, somando c²
com b², obtemos:

c² + b² = a.m + a.n = a.(m+n) = a.a = a²

que resulta no Teorema de Pitágoras:

a² = b² + c²

A demonstração acima, é uma das várias demonstrações do Teorema de Pitágoras.



Funções trigonométricas básicas

As Funções trigonométricas básicas são relações entre as medidas dos lados do
triângulo retângulo e seus ângulos. As três funções básicas mais importantes da
trigonometria são: seno, cosseno e tangente. O ângulo é indicado pela letra x.



                 Função     Notação                  Definição

                                            medida do cateto oposto a x
                  seno       sen(x)
                                              medida da hipotenusa

                                           medida do cateto adjacente a x
                cosseno      cos(x)
                                              medida da hipotenusa

                                            medida do cateto oposto a x
                tangente     tan(x)
                                           medida do cateto adjacente a x



Tomando um triângulo retângulo ABC, com hipotenusa H medindo 1 unidade, então o
seno do ângulo sob análise é o seu cateto oposto CO e o cosseno do mesmo é o seu
cateto adjacente CA. Portanto a tangente do ângulo analisado será a razão entre seno e
cosseno desse ângulo.
sen(x)=
  CO
   H
   =
  CO
   1

cos(x)=
  CA
   H
   =
  CA
   1

tan(x)=
  CO
  CA
   =
 sen(x)
 cos(x)




Relação fundamental: Para todo ângulo x (medido em radianos), vale a importante
relação:

cos²(x) + sen²(x) = 1

Más contenido relacionado

La actualidad más candente

Apostila atendimento ao cliente
Apostila atendimento ao clienteApostila atendimento ao cliente
Apostila atendimento ao clienteJuliana Pinheiro
 
Recnei movimento - quadro sinótico
Recnei   movimento - quadro sinóticoRecnei   movimento - quadro sinótico
Recnei movimento - quadro sinóticoCarlosEdMusical
 
Conceito de relacionamento intrapessoal
Conceito de relacionamento intrapessoalConceito de relacionamento intrapessoal
Conceito de relacionamento intrapessoalProfessorRogerioSant
 
Apresentação Inteligência Emocional
Apresentação Inteligência EmocionalApresentação Inteligência Emocional
Apresentação Inteligência Emocionalanaediteaires
 
ética no ambiente de trabalho.pdf
ética no ambiente de trabalho.pdfética no ambiente de trabalho.pdf
ética no ambiente de trabalho.pdfEliezerBordinho
 
Palestra PNL 2009 4h
Palestra PNL 2009 4hPalestra PNL 2009 4h
Palestra PNL 2009 4hJorge Elarrat
 
Relacionalmento interpessoal
Relacionalmento interpessoalRelacionalmento interpessoal
Relacionalmento interpessoalLeandro Lopes
 
Apresentação gestão de conflitos
Apresentação gestão de conflitosApresentação gestão de conflitos
Apresentação gestão de conflitosEquipepedagogicafv
 
Aula 6 propriedades mecânicas , emgenharia
Aula 6 propriedades mecânicas  , emgenhariaAula 6 propriedades mecânicas  , emgenharia
Aula 6 propriedades mecânicas , emgenhariaFelipe Rosa
 
Analise dimensional
Analise dimensionalAnalise dimensional
Analise dimensionalRafael Cwb
 
(63 alíneas) Exercicios resolvidos sobre logaritmos e equações logaritmicas
(63 alíneas) Exercicios resolvidos sobre logaritmos e equações logaritmicas (63 alíneas) Exercicios resolvidos sobre logaritmos e equações logaritmicas
(63 alíneas) Exercicios resolvidos sobre logaritmos e equações logaritmicas wilkerfilipel
 
Aula 07 empatia (rapport)
Aula 07   empatia (rapport)Aula 07   empatia (rapport)
Aula 07 empatia (rapport)Carlos Sousa
 
Etica profissional
Etica profissionalEtica profissional
Etica profissionalFatima Silva
 
Análise para licenciatura g,ávila completo.pdf
Análise para  licenciatura g,ávila completo.pdfAnálise para  licenciatura g,ávila completo.pdf
Análise para licenciatura g,ávila completo.pdfAntonio Batista Mota
 
DETERMINAÇÃO DA CONCENTRAÇÃO POR ESPECTOFOTOMETRIA
DETERMINAÇÃO DA CONCENTRAÇÃO POR ESPECTOFOTOMETRIADETERMINAÇÃO DA CONCENTRAÇÃO POR ESPECTOFOTOMETRIA
DETERMINAÇÃO DA CONCENTRAÇÃO POR ESPECTOFOTOMETRIATaline Góes
 

La actualidad más candente (20)

Apostila atendimento ao cliente
Apostila atendimento ao clienteApostila atendimento ao cliente
Apostila atendimento ao cliente
 
Tópico 05 - Funções Exponenciais e Logarítmicas
Tópico 05 - Funções Exponenciais e LogarítmicasTópico 05 - Funções Exponenciais e Logarítmicas
Tópico 05 - Funções Exponenciais e Logarítmicas
 
Recnei movimento - quadro sinótico
Recnei   movimento - quadro sinóticoRecnei   movimento - quadro sinótico
Recnei movimento - quadro sinótico
 
Conceito de relacionamento intrapessoal
Conceito de relacionamento intrapessoalConceito de relacionamento intrapessoal
Conceito de relacionamento intrapessoal
 
Apresentação Inteligência Emocional
Apresentação Inteligência EmocionalApresentação Inteligência Emocional
Apresentação Inteligência Emocional
 
ética no ambiente de trabalho.pdf
ética no ambiente de trabalho.pdfética no ambiente de trabalho.pdf
ética no ambiente de trabalho.pdf
 
Palestra PNL 2009 4h
Palestra PNL 2009 4hPalestra PNL 2009 4h
Palestra PNL 2009 4h
 
Relacionalmento interpessoal
Relacionalmento interpessoalRelacionalmento interpessoal
Relacionalmento interpessoal
 
Apresentação gestão de conflitos
Apresentação gestão de conflitosApresentação gestão de conflitos
Apresentação gestão de conflitos
 
Aula 6 propriedades mecânicas , emgenharia
Aula 6 propriedades mecânicas  , emgenhariaAula 6 propriedades mecânicas  , emgenharia
Aula 6 propriedades mecânicas , emgenharia
 
Curvas De Energia Livre
Curvas De Energia LivreCurvas De Energia Livre
Curvas De Energia Livre
 
Analise dimensional
Analise dimensionalAnalise dimensional
Analise dimensional
 
Apresentação motivacional
Apresentação motivacionalApresentação motivacional
Apresentação motivacional
 
(63 alíneas) Exercicios resolvidos sobre logaritmos e equações logaritmicas
(63 alíneas) Exercicios resolvidos sobre logaritmos e equações logaritmicas (63 alíneas) Exercicios resolvidos sobre logaritmos e equações logaritmicas
(63 alíneas) Exercicios resolvidos sobre logaritmos e equações logaritmicas
 
Aula 07 empatia (rapport)
Aula 07   empatia (rapport)Aula 07   empatia (rapport)
Aula 07 empatia (rapport)
 
Etica profissional
Etica profissionalEtica profissional
Etica profissional
 
Análise para licenciatura g,ávila completo.pdf
Análise para  licenciatura g,ávila completo.pdfAnálise para  licenciatura g,ávila completo.pdf
Análise para licenciatura g,ávila completo.pdf
 
Palestra motivacional
Palestra motivacional Palestra motivacional
Palestra motivacional
 
DETERMINAÇÃO DA CONCENTRAÇÃO POR ESPECTOFOTOMETRIA
DETERMINAÇÃO DA CONCENTRAÇÃO POR ESPECTOFOTOMETRIADETERMINAÇÃO DA CONCENTRAÇÃO POR ESPECTOFOTOMETRIA
DETERMINAÇÃO DA CONCENTRAÇÃO POR ESPECTOFOTOMETRIA
 
Escuta Ativa
Escuta AtivaEscuta Ativa
Escuta Ativa
 

Similar a A função exponencial & trigonometria e aplicações

Aula 1 fic
Aula 1   ficAula 1   fic
Aula 1 ficBUIAR
 
Aula 1 fic
Aula 1   ficAula 1   fic
Aula 1 ficBUIAR
 
Aula 21: Exercícios
Aula 21: ExercíciosAula 21: Exercícios
Aula 21: ExercíciosAdriano Silva
 
Mat ppt8
Mat ppt8Mat ppt8
Mat ppt8zozima
 
Função logarítmica
Função logarítmicaFunção logarítmica
Função logarítmicaNathalyNara
 
ApresentaçãO FunçãO
ApresentaçãO FunçãOApresentaçãO FunçãO
ApresentaçãO FunçãOKeyla Bruck
 
Aula 7 - Uma Aula de Quântica no Ensino Médio
Aula 7 - Uma Aula de Quântica no Ensino MédioAula 7 - Uma Aula de Quântica no Ensino Médio
Aula 7 - Uma Aula de Quântica no Ensino MédioNewton Silva
 
Trabalho de matematica_as_funções_trigonométricas_verdadeira[1]
Trabalho de matematica_as_funções_trigonométricas_verdadeira[1]Trabalho de matematica_as_funções_trigonométricas_verdadeira[1]
Trabalho de matematica_as_funções_trigonométricas_verdadeira[1]Lucas Albano Anibal Khanbanca
 
2010 volume3 cadernodoaluno_matematica_ensinomedio_3aserie_gabarito
2010 volume3 cadernodoaluno_matematica_ensinomedio_3aserie_gabarito2010 volume3 cadernodoaluno_matematica_ensinomedio_3aserie_gabarito
2010 volume3 cadernodoaluno_matematica_ensinomedio_3aserie_gabaritoprofzwipp
 
Aula 15: O oscilador harmônico
Aula 15: O oscilador harmônicoAula 15: O oscilador harmônico
Aula 15: O oscilador harmônicoAdriano Silva
 
Mat funcao polinomial 1 grau
Mat funcao polinomial 1 grauMat funcao polinomial 1 grau
Mat funcao polinomial 1 grautrigono_metria
 
Atividades - Matemática discreta
Atividades - Matemática discretaAtividades - Matemática discreta
Atividades - Matemática discretaluiz10filho
 

Similar a A função exponencial & trigonometria e aplicações (20)

Schrodinger.pdf
Schrodinger.pdfSchrodinger.pdf
Schrodinger.pdf
 
Aula 1 fic
Aula 1   ficAula 1   fic
Aula 1 fic
 
Aula 1 fic
Aula 1   ficAula 1   fic
Aula 1 fic
 
Aula 21: Exercícios
Aula 21: ExercíciosAula 21: Exercícios
Aula 21: Exercícios
 
Mat ppt8
Mat ppt8Mat ppt8
Mat ppt8
 
92 268-1-pb (2)
92 268-1-pb (2)92 268-1-pb (2)
92 268-1-pb (2)
 
Trigonometria básica
Trigonometria básicaTrigonometria básica
Trigonometria básica
 
Trigonometria
TrigonometriaTrigonometria
Trigonometria
 
Trigonometria
TrigonometriaTrigonometria
Trigonometria
 
Função logarítmica
Função logarítmicaFunção logarítmica
Função logarítmica
 
ApresentaçãO FunçãO
ApresentaçãO FunçãOApresentaçãO FunçãO
ApresentaçãO FunçãO
 
Aula 7 - Uma Aula de Quântica no Ensino Médio
Aula 7 - Uma Aula de Quântica no Ensino MédioAula 7 - Uma Aula de Quântica no Ensino Médio
Aula 7 - Uma Aula de Quântica no Ensino Médio
 
Trabalho de matematica_as_funções_trigonométricas_verdadeira[1]
Trabalho de matematica_as_funções_trigonométricas_verdadeira[1]Trabalho de matematica_as_funções_trigonométricas_verdadeira[1]
Trabalho de matematica_as_funções_trigonométricas_verdadeira[1]
 
Princípios básicos da matemática do movimento
Princípios básicos da matemática do movimentoPrincípios básicos da matemática do movimento
Princípios básicos da matemática do movimento
 
Princípios básicos da matemática do movimento - PDF
Princípios básicos da matemática do movimento - PDFPrincípios básicos da matemática do movimento - PDF
Princípios básicos da matemática do movimento - PDF
 
2010 volume3 cadernodoaluno_matematica_ensinomedio_3aserie_gabarito
2010 volume3 cadernodoaluno_matematica_ensinomedio_3aserie_gabarito2010 volume3 cadernodoaluno_matematica_ensinomedio_3aserie_gabarito
2010 volume3 cadernodoaluno_matematica_ensinomedio_3aserie_gabarito
 
Aula 15: O oscilador harmônico
Aula 15: O oscilador harmônicoAula 15: O oscilador harmônico
Aula 15: O oscilador harmônico
 
Capitulo1
Capitulo1Capitulo1
Capitulo1
 
Mat funcao polinomial 1 grau
Mat funcao polinomial 1 grauMat funcao polinomial 1 grau
Mat funcao polinomial 1 grau
 
Atividades - Matemática discreta
Atividades - Matemática discretaAtividades - Matemática discreta
Atividades - Matemática discreta
 

Más de Dinho Paulo Clakly (20)

Música traduzida
Música traduzidaMúsica traduzida
Música traduzida
 
3ª aula
3ª aula3ª aula
3ª aula
 
Inglês fácil 2
Inglês fácil 2Inglês fácil 2
Inglês fácil 2
 
Música e tradução
Música e traduçãoMúsica e tradução
Música e tradução
 
Aula 1
Aula 1Aula 1
Aula 1
 
Equações trigonométricas
Equações trigonométricasEquações trigonométricas
Equações trigonométricas
 
Sistemas lineares
Sistemas linearesSistemas lineares
Sistemas lineares
 
Função quadrática
Função quadráticaFunção quadrática
Função quadrática
 
Função de 1º grau
Função de 1º grauFunção de 1º grau
Função de 1º grau
 
Binômio de newton
Binômio de newtonBinômio de newton
Binômio de newton
 
Binômio de newton
Binômio de newtonBinômio de newton
Binômio de newton
 
Binômio de newton
Binômio de newtonBinômio de newton
Binômio de newton
 
Binômio de newton
Binômio de newtonBinômio de newton
Binômio de newton
 
Conjuntos
ConjuntosConjuntos
Conjuntos
 
Func mod
Func modFunc mod
Func mod
 
Func log
Func logFunc log
Func log
 
Func log
Func logFunc log
Func log
 
Func exp
Func expFunc exp
Func exp
 
Identidades trigonométricas
Identidades trigonométricasIdentidades trigonométricas
Identidades trigonométricas
 
Progressões geométricas
Progressões geométricasProgressões geométricas
Progressões geométricas
 

A função exponencial & trigonometria e aplicações

  • 1. A função exponencial A função exponencial natural é a função exp:R R+, definida como a inversa da função logarítmo natural, isto é: Ln[exp(x)]=x, exp[Ln(x)]=x O gráfico da função exponencial é obtido pela reflexão do gráfico da função Logaritmo natural em relação à identidade dada pela reta y=x. Como o domínio da função Logaritmo natural é o conjunto dos números reais positivos, então a imagem da função exp é o conjunto dos números reais positivos e como a imagem de Ln é o conjunto R de todos os números reais, então o domínio de exp também é o conjunto R de todos os números reais. Observação: Através do gráfico de f(x)=exp(x), observamos que: 1. exp(x)>0 se x é real) 2. 0<exp(x)<1 se x<0 3. exp(x)=1 se x=0 4. exp(x)>1 se x>0 No Ensino Médio, a função exponencial é definida a partir da função logarítmica e ciclicamente define-se a função logarítmica em função da exponencial como: f(x)=exp(x), se e somente se, x=Ln(y) Para uma definição mais cuidadosa, veja Logaritmos. Exemplos: 1. Ln[exp(5)]=5 2. exp[ln(5)]=5 3. Ln[exp(x+1)1/2]=(x+1)1/2 4. exp[Ln((x+1)1/2]=(x+1)1/2 5. exp[3.Ln(x)]=exp(Ln(x³)]=x³ 6. exp[k.Ln(x)]=exp[Ln(xk)]=xk 7. exp[(7(Ln(3)-Ln(4)]=exp[7(Ln(3/4))]=exp[(Ln(3/4)]7)=(3/4)7 A Constante e de Euler Existe uma importantíssima constante matemática definida por
  • 2. e = exp(1) O número e é um número irracional e positivo e em função da definição da função exponencial, temos que: Ln(e)=1 Este número é denotado por e em homenagem ao matemático suíço Leonhard Euler (1707-1783), um dos primeiros a estudar as propriedades desse número. O valor deste número expresso com 40 dígitos decimais, é: e=2,718281828459045235360287471352662497757 Conexão entre o número e e a função exponencial Se x é um número real, a função exponencial exp(.) pode ser escrita como a potência de base e com expoente x, isto é: ex = exp(x) Significado geométrico de e Tomando um ponto v do eixo OX, com v>1 tal que a área da região do primeiro quadrante localizada sob a curva y=1/x e entre as retas x=1 e x=v seja unitária, então o valor de v será igual a e. Propriedades básicas da função exponencial Se x e y são números reais e k é um número racional, então: 1. y=exp(x) se, e somente se, x=Ln(y). 2. exp[Ln(y)]=y para todo y>0. 3. Ln[exp(x)]=x para todo x real. 4. exp(x+y)=exp(x) exp(y) 5. exp(x-y)=exp(x)/exp(y) 6. exp(x.k)=[exp(x)]k Simplificações matemáticas Podemos simplificar algumas expressões matemáticas com as propriedades das funções exponenciais e logaritmos:
  • 3. 1. exp[Ln(3)]=3. 2. Ln[exp(20x)]=20x. 3. exp[5.Ln(2)]=exp[Ln(25)]=25=32. 4. exp[2+5.ln(2)]=exp(2)exp(5.Ln(2))=32e². Outras funções exponenciais Podemos definir outras funções exponenciais como g(x)=ax, onde a é um número real positivo diferente de 1 e de x. Primeiro, consideremos o caso onde o expoente é um número racional r. Tomando x=ar na equação x=exp[Ln(x)], obtemos: ar=exp[Ln(ar)] Como Ln[ar]=r.Ln(a), a relação acima fica na forma: ar = exp[r.Ln(a)] Esta última expressão, juntamente com a informação que todo número real pode ser escrito como limite de uma sequência de números racionais, justifica a definição para g(x)=ax, onde x é um número real: ax=exp[x.Ln(a)] Leis dos expoentes Se x e y são números reais, a e b são números reais positivos, então: 1. axay=ax+y 2. ax/ay=ax-y 3. (ax) y=ax.y 4. (a b)x=axbx 5. (a/b)x=ax/bx 6. a-x=1/ax Relação de Euler Se i é a unidade imaginária e x é um número real, então vale a relação: eix = exp(ix) = cos(x) + i sen(x) Algumas Aplicações Funções exponenciais desempenham papéis fundamentais na Matemática e nas ciências envolvidas com ela, como: Física, Química, Engenharia, Astronomia, Economia, Biologia, Psicologia e outras. Vamos apresentar alguns exemplos com aplicações destas funções. Lei do resfriamento dos corpos: Um indivíduo foi encontrado morto em uma sala com temperatura ambiente constante. O legista tomou a temperatura do corpo às 21:00 h e constatou que a mesma era de 32 graus Celsius. Uma hora depois voltou ao local e
  • 4. tomou novamente a temperatura do corpo e constatou que a mesma estava a 30 graus Celsius. Aproximadamente a que horas morreu o indivíduo, sabendo-se que a temperatura média de um corpo humano normal é de 37 graus Celsius? Partindo de estudos matemáticos pode-se construir uma função exponencial decrescente que passa pelos pontos (21,32) e (22,30) onde abscissas representam o tempo e as ordenadas a temperatura do corpo. A curva que descreve este fenômeno é uma função exponencial da forma: f(t) = C eA t então obtemos que: A = Ln(30)-Ln(32) C = 32/ (30/32)21 A função exponencial que rege este fenômeno de resfriamento deste corpo é dada por: f(t) = 124,09468 e-0,0645385t e quando f(t) = 37 temos que: t = 18,7504... = 18 horas + 45 minutos que pode ser observado através do gráfico. Observação: Neste exemplo, usamos a construção de um gráfico e as propriedades operatórias das funções exponenciais e logarítmicas. Curvas de aprendizagem: Devido ao seu uso por psicólogos e educadores na descrição do processo de aprendizagem, as curvas exponenciais realizam um papel importante. A curva básica para este tipo de estudo é da forma: f(x) = c - a e-k.x onde c, a e k são constantes positivas. Considerando o caso especial em que c=a temos uma das equações básicas para descrever a relação entre a consolidação da aprendizagem y=f(x) e o número de reforços x.
  • 5. A função: f(x) = c - a e-k.x cresce rapidamente no começo, nivela-se e então aproxima-se de sua assíntota y=c. Estas curvas também são estudadas em Economia, na representação de várias funções de custo e produção. Crescimento populacional: Em 1798, Thomas Malthus, no trabalho "An Essay on the Principle of Population" formulou um modelo para descrever a população presente em um ambiente em função do tempo. Considerou N=N(t) o número de indivíduos em certa população no instante t. Tomou as hipóteses que os nascimentos e mortes naquele ambiente eram proporcionais à população presente e a variação do tempo conhecida entre os dois períodos. Chegou à seguinte equação para descrever a população presente em um instante t: N(t)=No ert onde No é a população presente no instante inicial t=0 e r é uma constante que varia com a espécie de população. O gráfico correto desta função depende dos valores de No e de r. Mas sendo uma função exponencial, a forma do gráfico será semelhante ao da função y=Kex. Este modelo supõe que o meio ambiente tenha pouca ou nenhuma influência sobre a população. Desse modo, ele é mais um indicador do potencial de sobrevivência e de crescimento de cada espécie de população do que um modelo que mostre o que realmente ocorre. Consideremos por exemplo uma população de bactérias em um certo ambiente. De acordo com esta equação se esta população duplicar a cada 20 minutos, dentro de dois dias, estaria formando uma camada em volta da terra de 30 cm de espessura. Assim, enquanto os efeitos do meio ambiente são nulos, a população obedece ao modelo N=Noert. Na realidade, se N=N(t) aumenta, o meio ambiente oferece resistência ao seu crescimento e tende a mantê-lo sobre controle. Exemplos destes fatores são, a quantidade disponível de alimentos, acidentes, guerras, epidemias,... Como aplicação numérica, consideremos uma colônia de bactérias se reproduzindo normalmente. Se num certo instante havia 200 bactérias na colônia, passadas 12 horas havia 600 bactérias. Quantas bactérias haverá na colônia após 36 horas da última contagem? No instante inicial havia 200 bactérias, então No=200, após 12 horas havia 600 bactérias, então N(12)=600=200 er12
  • 6. logo e12r=600/200=3 assim ln(e12r)=ln(3) Como Ln e exp são funções inversas uma da outra, segue que 12r=ln(3), assim: r=ln(3)/12=0,0915510 Finalmente: N(48) = 200 e48.(0,0915510) = 16200 bactérias Então, após 36 horas da útima contagem ou seja, 48 horas do início da contagem, haverá 16200 bactérias. Desintegração radioativa: Os fundamentos do estudo da radioatividade ocorrerram no início do século por Rutherford e outros. Alguns átomos são naturalmente instáveis, de tal modo que após algum tempo, sem qualquer influência externa sofrem transições para um átomo de um novo elemento químico e durante esta transição eles emitem radiações. Rutherford formulou um modelo para descrever o modo no qual a radioatividade decai. Se N=N(t) representa o número de átomos da substância radioativa no instante t, No o número de átomos no instante t=0 e k é uma constante positiva chamada de constante de decaimento, então: N(t) = No e-k.t esta constante de decaimento k, tem valores diferentes para substâncias diferentes, constantes que são obtidas experimentalmente. Na prática usamos uma outra constante T, denominada meia-vida do elemento químico, que é o tempo necessário para que a quantidade de átomos da substância decaia pela metade. Se N=No/2 para t=T, temos No/2 = No e-k.T assim T=Ln(2)/k Na tabela, apresentamos indicadores de meia-vida de alguns elementos químicos: Substância Meia-vida T Xenônio 133 5 dias Bário 140 13 dias Chumbo 210 22 anos Estrôncio 90 25 anos Carbono 14 5.568 anos Plutônio 23.103 anos Urânio 238 4.500.000.000 anos Para o Carbono 14, a constante de decaimento é:
  • 7. k = Ln(2)/T = Ln(2)/5568 = 12,3386 por ano Trigonometria e aplicações Introduzimos aqui alguns conceitos relacionados com a Trigonometria no triângulo retângulo, assunto comum na oitava série do Ensino Fundamental. Também dispomos de uma página mais aprofundada sobre o assunto tratado no âmbito do Ensino Médio. A trigonometria possui uma infinidade de aplicações práticas. Desde a antiguidade já se usava da trigonometria para obter distâncias impossíveis de serem calculadas por métodos comuns. Algumas aplicações da trigonometria são:  Determinação da altura de um certo prédio.  Os gregos determinaram a medida do raio de terra, por um processo muito simples.  Seria impossível se medir a distância da Terra à Lua, porém com a trigonometria se torna simples.  Um engenheiro precisa saber a largura de um rio para construir uma ponte, o trabalho dele é mais fácil quando ele usa dos recursos trigonométricos.  Um cartógrafo (desenhista de mapas) precisa saber a altura de uma montanha, o comprimento de um rio, etc. Sem a trigonometria ele demoraria anos para desenhar um mapa. Tudo isto é possível calcular com o uso da trigonometria do triângulo retângulo. Triângulo Retângulo É um triângulo que possui um ângulo reto, isto é, um dos seus ângulos mede noventa graus, daí o nome triângulo retângulo. Como a soma das medidas dos ângulos internos de um triângulo é igual a 180°, então os outros dois ângulos medirão 90°. Observação: Se a soma de dois ângulos mede 90°, estes ângulos são denominados complementares, portanto podemos dizer que o triângulo retângulo possui dois ângulos complementares. Para ver mais detalhes sobre triângulos clique aqui.
  • 8. Lados de um triângulo retângulo Os lados de um triângulo retângulo recebem nomes especiais. Estes nomes são dados de acordo com a posição em relação ao ângulo reto. O lado oposto ao ângulo reto é a hipotenusa. Os lados que formam o ângulo reto (adjacentes a ele) são os catetos. Termo Origem da palavra Cathetós: Cateto (perpendicular) Hypoteinusa: Hipotenusa Hypó(por baixo) + teino(eu estendo) Para padronizar o estudo da Trigonometria, adotaremos as seguintes notações: Letra Lado Triângulo Vértice = Ângulo Medida a Hipotenusa A = Ângulo reto A=90° b Cateto B = Ângulo agudo B<90° c Cateto C = Ângulo agudo C<90° Para ver mais detalhes sobre ângulos clique aqui. Nomenclatura dos catetos Os catetos recebem nomes especiais de acordo com a sua posição em relação ao ângulo sob análise. Se estivermos operando com o ângulo C, então o lado oposto, indicado por c, é o cateto oposto ao ângulo C e o lado adjacente ao ângulo C, indicado por b, é o cateto adjacente ao ângulo C. Ângulo Lado oposto Lado adjacente C c cateto oposto b cateto adjacente B b cateto oposto c cateto adjacente Um dos objetivos da trigonometria é mostrar a utilidade do conceitos matemáticos no nosso cotidiano. Iniciaremos estudando as propriedades geométricas e trigonométricas no triângulo retângulo. O estudo da trigonometria é extenso e minucioso. Propriedades do triângulo retângulo 1. Ângulos: Um triângulo retângulo possui um ângulo reto e dois ângulos agudos complementares.
  • 9. 2. Lados: Um triângulo retângulo é formado por três lados, uma hipotenusa (lado maior) e outros dois lados que são os catetos. 3. Altura: A altura de um triângulo é um segmento que tem uma extremidade num vértice e a outra extremidade no lado oposto ao vértice, sendo que este segmento é perpendicular ao lado oposto ao vértice. Existem 3 alturas no triângulo retângulo, sendo que duas delas são os catetos. A outra altura (ver gráfico acima) é obtida tomando a base como a hipotenusa, a altura relativa a este lado será o segmento AD, denotado por h e perpendicular à base. A hipotenusa como base de um triângulo retângulo Tomando informações da mesma figura acima, obtemos: 1. o segmento AD, denotado por h, é a altura relativa à hipotenusa CB, indicada por a. 2. o segmento BD, denotado por m, é a projeção ortogonal do cateto c sobre a hipotenusa CB, indicada por a. 3. o segmento DC, denotado por n, é a projeção ortogonal do cateto b sobre a hipotenusa CB, indicada por a. Projeções de segmentos Introduziremos algumas idéias básicas sobre projeção. Já mostramos, no início deste trabalho, que a luz do Sol ao incidir sobre um prédio, determina uma sombra que é a projeção oblíqua do prédio sobre o solo. Tomando alguns segmentos de reta e uma reta não coincidentes é possível obter as projeções destes segmentos sobre a reta. Nas quatro situações apresentadas, as projeções dos segmentos AB são indicadas por A'B', sendo que no último caso A'=B' é um ponto. Projeções no triângulo retângulo
  • 10. Agora iremos indicar as projeções dos catetos no triângulo retângulo. 1. m = projeção de c sobre a hipotenusa. 2. n = projeção de b sobre a hipotenusa. 3. a = m+n. 4. h = média geométrica entre m e n. Para saber mais, clique sobre média geométrica. Relações Métricas no triângulo retângulo Para extrair algumas propriedades, faremos a decomposição do triângulo retângulo ABC em dois triângulos retângulos menores: ACD e ADB. Dessa forma, o ângulo A será decomposto na soma dos ângulos CÂD=B e DÂB=C. Observamos que os triângulos retângulos ABC, ADC e ADB são semelhantes. Triângulo hipotenusa cateto maior cateto menor ABC a b c ADC b n h ADB c h m Assim: a/b = b/n = c/h a/c = b/h = c/m b/c = n/h = h/m logo: a/c = c/m equivale a c² = a.m a/b = b/n equivale a b² = a.n a/c = b/h equivale a a.h = b.c h/m = n/h equivale a h² = m.n
  • 11. Existem também outras relações do triângulo inicial ABC. Como a=m+n, somando c² com b², obtemos: c² + b² = a.m + a.n = a.(m+n) = a.a = a² que resulta no Teorema de Pitágoras: a² = b² + c² A demonstração acima, é uma das várias demonstrações do Teorema de Pitágoras. Funções trigonométricas básicas As Funções trigonométricas básicas são relações entre as medidas dos lados do triângulo retângulo e seus ângulos. As três funções básicas mais importantes da trigonometria são: seno, cosseno e tangente. O ângulo é indicado pela letra x. Função Notação Definição medida do cateto oposto a x seno sen(x) medida da hipotenusa medida do cateto adjacente a x cosseno cos(x) medida da hipotenusa medida do cateto oposto a x tangente tan(x) medida do cateto adjacente a x Tomando um triângulo retângulo ABC, com hipotenusa H medindo 1 unidade, então o seno do ângulo sob análise é o seu cateto oposto CO e o cosseno do mesmo é o seu cateto adjacente CA. Portanto a tangente do ângulo analisado será a razão entre seno e cosseno desse ângulo.
  • 12. sen(x)= CO H = CO 1 cos(x)= CA H = CA 1 tan(x)= CO CA = sen(x) cos(x) Relação fundamental: Para todo ângulo x (medido em radianos), vale a importante relação: cos²(x) + sen²(x) = 1