3. Título do tópico
FATORES DE TEXTUALIDADE
SEGMENTAÇÃO
MODALIZAÇÃO
COESÃO refere-se ao modo é o processo de
refere-se ao encadeamento e à como o decompor um
estruturação dos enunciados na texto em unidades
enunciador
linearidade textual. menores, que
qualifica o podem ser
enunciado por ele orações, sentença
produzido. s, parágrafos e
Pode expressar-se até mesmo
Coesão pelo verbo da tópicos. (A
Coesão oração principal; pontuação
referencial
sequencial: por advérbio; pelo assume
ou remissiva:
responsável importante função
responsável modo verbal; por
pela em relação a esse
pela auxiliares modais.
progressão aspecto).
manutenção
temática.
temática.
4. Título do tópico
Relações Gramaticais: Presas: são as que - artigos definidos e indefinidos
coesivas se prendem
sintaticamente ao
remissivas não fornecem nome
- pronomes adjetivos
ou instruções de (determinantes)
- numerais.
sentido; apenas
referenciais: instruções de Livres: - pronomes substantivos
conexão. substituem todo o
grupo nominal - numerais
- advérbios.
- grupos nominais definidos
Lexicais:
grupos - nominalizações
nominais que
- expressões sinônimas
fornecem
instruções de - hiperônimos
conexão e
instruções de - nomes genéricos
sentido.
- repetições total ou parcial
5. COESÃO REFERENCIAL
A rã e o boi
Monteiro Lobato
Tomavam sol à beira dum brejo uma rã e uma saracura. Nisto chegou um
boi, que vinha para o bebedouro.
– Quer ver, disse a rã, como fico do tamanho deste animal?
– Impossível, rãzinha. Cada qual como Deus o fez.
– Pois olhe lá! – retorquiu a rã estufando-se toda. Não estou “quase” igual a
ele?
– Capaz! Falta muito, amiga.
A rã estufou-se mais um bocado.
– E agora?
– Longe ainda! ...
A rã fez novo esforço.
– E agora?
– Que esperança! ...
A rã, concentrando todas as forças, engoliu mais ar e foi-se
estufando, estufando, até que, plaft! rebentou como um balãozinho de
elástico.
O boi, que tinha acabado de beber, lançou um olhar filosófico sobre a rã
moribunda e disse:
– Quem nasce para dez reis não chega a vintém.
LOBATO, Monteiro. Fábulas. São Paulo: Editora Brasiliense, 1962. p.8.
6. Título do tópico
Relações Recorrências de termos, de estruturas sintáticas,
coesivas de conteúdos semânticos, de elementos
fonológicos ou prosódicos;
sequenciais:
Correlação dos tempos verbais;
Progressão tópica;
Conectores do tipo lógico-semântico que apontam
a relação entre o conteúdo de duas orações;
Articuladores textuais , responsáveis pela
amarração textual, pelo encadeamento e
estruturação dos tópicos discursivos.
7. COESÃO SEQUENCIAL
A rã e o boi
Monteiro Lobato
Tomavam sol à beira dum brejo uma rã e uma saracura. Nisto chegou um boi, que
vinha para o bebedouro.
– Quer ver, disse a rã, como fico do tamanho deste animal?
– Impossível, rãzinha. Cada qual como Deus o fez.
– Pois olhe lá! – retorquiu a rã estufando-se toda. Não estou “quase” igual a ele?
– Capaz! Falta muito, amiga.
A rã estufou-se mais um bocado.
– E agora?
– Longe ainda! ...
A rã fez novo esforço.
– E agora?
– Que esperança! ...
A rã, concentrando todas as forças, engoliu mais ar e foi-se estufando, estufando, até
que, plaft! rebentou como um balãozinho de elástico.
O boi, que tinha acabado de beber, lançou um olhar filosófico sobre a rã moribunda e
disse:
– Quem nasce para dez reis não chega a vintém.
LOBATO, Monteiro. Fábulas. São Paulo: Editora Brasiliense, 1962. p.8.
8. Recorrência dos tempos verbais
(WEINRICH, Harald)
Mundo Mundo
Narrado Comentado
Pretérito perfeito (1º plano) Presente
/ imperfeito (2º plano)
(tempo básico que não
(tempo básico que não expressa perspectiva)
expressa perspectiva)
Retrospecção:
Prospecção: Retrospecção: Prospecção:
Pretérito
Futuro do pretérito Pretérito perfeito Futuro do pretérito
mais-que-perfeito
9. Recorrência dos tempos verbais
(WEINRICH, Harald)
Mundo Narrado Mundo Comentado
Pret. Perf. (1º) Pret. Imperf. (2º) Presente
chegou, tomavam nasce
retorquiu, vinha chega
estufou, fez,
engoliu, foi-se
estufando,
rebentou, lançou,
disse
Retrospecção:
mais-que-perfeito Prospecção: Retrospecção: Prospecção:
tinha acabado de futuro do pretérito pretérito perfeito futuro do pretérito
beber
10. Organização tópica
diferentes formas
MONTANHAS PLANALTOS PLANÍCIES DEPRESSÕES
[montanhas de
dobramentos] cristalinos absoluta
montanha
vulcânica sedimentares relativa
basálticos
13
11. Segmentação em parágrafos
apoiada no léxico
As formas do relevo
Quem costuma observar as paisagens do bairro ou da cidade onde
mora logo percebe que existem áreas mais elevadas do que outras, com
trechos inclinados e planos. Essas formas do terreno e suas diferentes
altitudes constituem o relevo.
Assim, o relevo pode ser definido como o conjunto das variadas
formas da litosfera, ou, mais especificamente, da superfície terrestre, como
montanhas (continentais ou submersas no mar), vales, planícies e
depressões, apresentando áreas mais ou menos elevadas, planas ou
acidentadas.
Ao observar as paisagens, podemos perceber diferentes formas de
relevo. Você sabe quais são elas?
12. Segmentação em parágrafos
apoiada no léxico
Na superfície terrestre, existem diversas formas de relevo. As
principais são quatro (montanhas, planaltos, planícies e
depressões), mas há também diversas outras, como falésias (relevo
litorâneo), colinas, vales, chapadas e cuestas. Vamos estudar cada
uma delas.
As montanhas são grandes elevações de terreno que se
destacam por apresentar altitudes superiores às regiões vizinhas. Já
vimos que as montanhas mais elevadas do globo são as que
resultaram de dobramentos, isto é, de forças internas (em geral, do
encontro de placas tectônicas) que provocaram enormes dobras nas
rochas, dando origem a elevadas cadeias de montanhas.
As montanhas mais antigas – como as do Brasil, por exemplo
– e menos elevadas também resultaram de dobramentos, há centenas
de milhões de anos. Em todo esse tempo, elas foram sendo
desgastadas, principalmente, pela ação das chuvas, o que provocou o
seu lento rebaixamento.
13. Segmentação em parágrafos
apoiada no léxico
Outro tipo de montanha é aquela resultante da formação de
um vulcão, denominada montanha vulcânica.
Os planaltos, também chamados de platôs, são áreas
normalmente altas, com topos relativamente planos e bordas nítidas.
Nos planaltos, predomina a erosão, ou seja, o desgaste das rochas.
Os planaltos podem ser classificados em três categorias, de acordo
com as rochas a partir das quais se formaram. São eles: planaltos
cristalinos, sedimentares e basálticos.
Os planaltos cristalinos são formados por rochas cristalinas,
isto é, ígneas ou magmáticas (resultantes da solidificação do magma)
e metamórficas (que se originam a partir da transformação sofrida
pelas rochas magmáticas, sedimentares e mesmo metamórficas).
Os planaltos sedimentares são formados em áreas de rochas
sedimentares, erguidas por movimentos internos da crosta.
14. Segmentação em parágrafos
apoiada no léxico
Os planaltos basálticos são formados por rochas vulcânicas.
Essas regiões, no passado, foram palco da ação intensa de enormes
erupções vulcânicas, que cobriram o solo de rochas basálticas. Em
geral, essas rochas dão origem a solos férteis. Grandes extensões do
território brasileiro são ocupadas por planaltos desse tipo. Como
exemplo, podemos mencionar o planalto Meridional, no sul do país.
As planícies são áreas geralmente baixas e planas, onde
predomina a sedimentação, isto é, acúmulo ou deposição de
sedimentos. As planícies costumam se situar ao lado e abaixo dos
planaltos e das montanhas, áreas onde predomina a erosão. Os vales
podem ter várias origens: vales fluviais (de rios), sedimentos trazidos
pelos ventos, pelas geleiras, pelo entulhamento de lagos, entre outras.
15. Segmentação em parágrafos
apoiada no léxico
As depressões são áreas que se encontram rebaixadas em
relação às vizinhas. Quando uma depressão se situa abaixo do nível do
mar, dizemos que é uma depressão absoluta. Um exemplo é o mar
Morto, situado entre Israel e Jordânia, na Ásia, que se encontra a 395
metros abaixo do nível do mar (é a área mais baixa da superfície
terrestre). Já quando uma depressão se situa acima do nível do mar,
mas abaixo das áreas vizinhas, dizemos que é uma depressão relativa.
VESENTINI, José William; VLACH, Vânia. Geografia Crítica - O espaço
natural e a ação humana - 6º ano. São Paulo: Ática, 2008 (p. 126-128).