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Língua Portuguesa:
a pesquisa e o trabalho em sala de aula

                                  dlp em ação
                 diálogos sobre ensino e pesquisa - 2012
Ensinar gramática funcional
             e textualidade

            3º encontro – 20/03/2012
                 Maria José Nóbrega
Título do tópico

            FATORES DE TEXTUALIDADE

                                                      SEGMENTAÇÃO
                                  MODALIZAÇÃO
          COESÃO                 refere-se ao modo      é o processo de
refere-se ao encadeamento e à          como o            decompor um
estruturação dos enunciados na                        texto em unidades
                                     enunciador
      linearidade textual.                               menores, que
                                     qualifica o           podem ser
                                 enunciado por ele    orações, sentença
                                     produzido.         s, parágrafos e
                                 Pode expressar-se        até mesmo
   Coesão                           pelo verbo da          tópicos. (A
                    Coesão        oração principal;        pontuação
 referencial
                 sequencial:     por advérbio; pelo          assume
ou remissiva:
                 responsável                          importante função
 responsável                      modo verbal; por
                     pela                             em relação a esse
     pela                        auxiliares modais.
                  progressão                                aspecto).
 manutenção
                   temática.
  temática.
Título do tópico
Relações        Gramaticais:         Presas: são as que      - artigos definidos e indefinidos
coesivas                             se prendem
                                     sintaticamente ao
remissivas      não fornecem         nome
                                                             - pronomes adjetivos

ou              instruções de        (determinantes)
                                                             - numerais.
                sentido; apenas
referenciais:   instruções de        Livres:                 - pronomes substantivos
                conexão.             substituem todo o
                                     grupo nominal           - numerais

                                                             - advérbios.


                                  - grupos nominais definidos
                Lexicais:
                grupos            - nominalizações
                nominais que
                                  - expressões sinônimas
                fornecem
                instruções de     - hiperônimos
                conexão e
                instruções de     - nomes genéricos
                sentido.
                                  - repetições total ou parcial
COESÃO REFERENCIAL
A rã e o boi
Monteiro Lobato
Tomavam sol à beira dum brejo uma rã e uma saracura. Nisto chegou um
boi, que  vinha para o bebedouro.
– Quer ver, disse a rã, como fico do tamanho deste animal?
– Impossível, rãzinha. Cada qual como Deus o fez.
– Pois olhe lá! – retorquiu a rã estufando-se toda. Não estou “quase” igual a
ele?
– Capaz! Falta muito, amiga.
A rã estufou-se mais um bocado.
– E agora?
– Longe ainda! ...
A rã fez novo esforço.
– E agora?
– Que esperança! ...
A rã, concentrando todas as forças, engoliu mais ar e  foi-se
estufando, estufando, até que, plaft!  rebentou como um balãozinho de
elástico.
O boi, que  tinha acabado de beber, lançou um olhar filosófico sobre a rã
moribunda e  disse:
– Quem nasce para dez reis não chega a vintém.
                                    LOBATO, Monteiro. Fábulas. São Paulo: Editora Brasiliense, 1962. p.8.
Título do tópico
Relações       Recorrências de termos, de estruturas sintáticas,
coesivas       de conteúdos semânticos, de elementos
               fonológicos ou prosódicos;
sequenciais:
               Correlação dos tempos verbais;



               Progressão tópica;



               Conectores do tipo lógico-semântico que apontam
               a relação entre o conteúdo de duas orações;


               Articuladores textuais , responsáveis pela
               amarração textual, pelo encadeamento e
               estruturação dos tópicos discursivos.
COESÃO SEQUENCIAL
A rã e o boi
Monteiro Lobato

Tomavam sol à beira dum brejo uma rã e uma saracura. Nisto chegou um boi, que
vinha para o bebedouro.
– Quer ver, disse a rã, como fico do tamanho deste animal?
– Impossível, rãzinha. Cada qual como Deus o fez.
– Pois olhe lá! – retorquiu a rã estufando-se toda. Não estou “quase” igual a ele?
– Capaz! Falta muito, amiga.
A rã estufou-se mais um bocado.
– E agora?
– Longe ainda! ...
A rã fez novo esforço.
– E agora?
– Que esperança! ...
A rã, concentrando todas as forças, engoliu mais ar e foi-se estufando, estufando, até
que, plaft! rebentou como um balãozinho de elástico.
O boi, que tinha acabado de beber, lançou um olhar filosófico sobre a rã moribunda e
disse:
– Quem nasce para dez reis não chega a vintém.
                                        LOBATO, Monteiro. Fábulas. São Paulo: Editora Brasiliense, 1962. p.8.
Recorrência dos tempos verbais
(WEINRICH, Harald)




              Mundo                                    Mundo
              Narrado                                Comentado
    Pretérito perfeito (1º plano)                          Presente
       / imperfeito (2º plano)
                                                    (tempo básico que não
      (tempo básico que não                          expressa perspectiva)
       expressa perspectiva)


 Retrospecção:
                       Prospecção:          Retrospecção:          Prospecção:
     Pretérito
                      Futuro do pretérito   Pretérito perfeito    Futuro do pretérito
 mais-que-perfeito
Recorrência dos tempos verbais
(WEINRICH, Harald)




           Mundo Narrado                              Mundo Comentado
   Pret. Perf. (1º)   Pret. Imperf. (2º)                            Presente
  chegou,           tomavam                                          nasce
  retorquiu,        vinha                                            chega
  estufou, fez,
  engoliu, foi-se
  estufando,
  rebentou, lançou,
  disse


   Retrospecção:
 mais-que-perfeito         Prospecção:         Retrospecção:                   Prospecção:
 tinha acabado de        futuro do pretérito   pretérito perfeito            futuro do pretérito
       beber
Organização tópica


                     diferentes formas

   MONTANHAS         PLANALTOS        PLANÍCIES   DEPRESSÕES



     [montanhas de
      dobramentos]      cristalinos                   absoluta


       montanha
       vulcânica      sedimentares                    relativa



                        basálticos

                                                                 13
Segmentação em parágrafos
 apoiada no léxico

As formas do relevo
         Quem costuma observar as paisagens do bairro ou da cidade onde
mora logo percebe que existem áreas mais elevadas do que outras, com
trechos inclinados e planos. Essas formas do terreno e suas diferentes
altitudes constituem o relevo.
         Assim, o relevo pode ser definido como o conjunto das variadas
formas da litosfera, ou, mais especificamente, da superfície terrestre, como
montanhas (continentais ou submersas no mar), vales, planícies e
depressões, apresentando áreas mais ou menos elevadas, planas ou
acidentadas.
         Ao observar as paisagens, podemos perceber diferentes formas de
relevo. Você sabe quais são elas?
Segmentação em parágrafos
apoiada no léxico
         Na superfície terrestre, existem diversas formas de relevo. As
principais são quatro (montanhas, planaltos, planícies e
depressões), mas há também diversas outras, como falésias (relevo
litorâneo), colinas, vales, chapadas e cuestas. Vamos estudar cada
uma delas.
         As montanhas são grandes elevações de terreno que se
destacam por apresentar altitudes superiores às regiões vizinhas. Já
vimos que as montanhas mais elevadas do globo são as que
resultaram de dobramentos, isto é, de forças internas (em geral, do
encontro de placas tectônicas) que provocaram enormes dobras nas
rochas, dando origem a elevadas cadeias de montanhas.
         As montanhas mais antigas – como as do Brasil, por exemplo
– e menos elevadas também resultaram de dobramentos, há centenas
de milhões de anos. Em todo esse tempo, elas foram sendo
desgastadas, principalmente, pela ação das chuvas, o que provocou o
seu lento rebaixamento.
Segmentação em parágrafos
apoiada no léxico
          Outro tipo de montanha é aquela resultante da formação de
um vulcão, denominada montanha vulcânica.
          Os planaltos, também chamados de platôs, são áreas
normalmente altas, com topos relativamente planos e bordas nítidas.
Nos planaltos, predomina a erosão, ou seja, o desgaste das rochas.
Os planaltos podem ser classificados em três categorias, de acordo
com as rochas a partir das quais se formaram. São eles: planaltos
cristalinos, sedimentares e basálticos.
          Os planaltos cristalinos são formados por rochas cristalinas,
isto é, ígneas ou magmáticas (resultantes da solidificação do magma)
e metamórficas (que se originam a partir da transformação sofrida
pelas rochas magmáticas, sedimentares e mesmo metamórficas).
          Os planaltos sedimentares são formados em áreas de rochas
sedimentares, erguidas por movimentos internos da crosta.
Segmentação em parágrafos
apoiada no léxico
          Os planaltos basálticos são formados por rochas vulcânicas.
Essas regiões, no passado, foram palco da ação intensa de enormes
erupções vulcânicas, que cobriram o solo de rochas basálticas. Em
geral, essas rochas dão origem a solos férteis. Grandes extensões do
território brasileiro são ocupadas por planaltos desse tipo. Como
exemplo, podemos mencionar o planalto Meridional, no sul do país.
          As planícies são áreas geralmente baixas e planas, onde
predomina a sedimentação, isto é, acúmulo ou deposição de
sedimentos. As planícies costumam se situar ao lado e abaixo dos
planaltos e das montanhas, áreas onde predomina a erosão. Os vales
podem ter várias origens: vales fluviais (de rios), sedimentos trazidos
pelos ventos, pelas geleiras, pelo entulhamento de lagos, entre outras.
Segmentação em parágrafos
apoiada no léxico
         As depressões são áreas que se encontram rebaixadas em
relação às vizinhas. Quando uma depressão se situa abaixo do nível do
mar, dizemos que é uma depressão absoluta. Um exemplo é o mar
Morto, situado entre Israel e Jordânia, na Ásia, que se encontra a 395
metros abaixo do nível do mar (é a área mais baixa da superfície
terrestre). Já quando uma depressão se situa acima do nível do mar,
mas abaixo das áreas vizinhas, dizemos que é uma depressão relativa.




      VESENTINI, José William; VLACH, Vânia. Geografia Crítica - O espaço
       natural e a ação humana - 6º ano. São Paulo: Ática, 2008 (p. 126-128).
Anselm Kiefer




   http://www.youtube.com/watch?v=J5tPFrthUZA&feature=related

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Dlp em ação 03

  • 1. Língua Portuguesa: a pesquisa e o trabalho em sala de aula dlp em ação diálogos sobre ensino e pesquisa - 2012
  • 2. Ensinar gramática funcional e textualidade 3º encontro – 20/03/2012 Maria José Nóbrega
  • 3. Título do tópico FATORES DE TEXTUALIDADE SEGMENTAÇÃO MODALIZAÇÃO COESÃO refere-se ao modo é o processo de refere-se ao encadeamento e à como o decompor um estruturação dos enunciados na texto em unidades enunciador linearidade textual. menores, que qualifica o podem ser enunciado por ele orações, sentença produzido. s, parágrafos e Pode expressar-se até mesmo Coesão pelo verbo da tópicos. (A Coesão oração principal; pontuação referencial sequencial: por advérbio; pelo assume ou remissiva: responsável importante função responsável modo verbal; por pela em relação a esse pela auxiliares modais. progressão aspecto). manutenção temática. temática.
  • 4. Título do tópico Relações Gramaticais: Presas: são as que - artigos definidos e indefinidos coesivas se prendem sintaticamente ao remissivas não fornecem nome - pronomes adjetivos ou instruções de (determinantes) - numerais. sentido; apenas referenciais: instruções de Livres: - pronomes substantivos conexão. substituem todo o grupo nominal - numerais - advérbios. - grupos nominais definidos Lexicais: grupos - nominalizações nominais que - expressões sinônimas fornecem instruções de - hiperônimos conexão e instruções de - nomes genéricos sentido. - repetições total ou parcial
  • 5. COESÃO REFERENCIAL A rã e o boi Monteiro Lobato Tomavam sol à beira dum brejo uma rã e uma saracura. Nisto chegou um boi, que  vinha para o bebedouro. – Quer ver, disse a rã, como fico do tamanho deste animal? – Impossível, rãzinha. Cada qual como Deus o fez. – Pois olhe lá! – retorquiu a rã estufando-se toda. Não estou “quase” igual a ele? – Capaz! Falta muito, amiga. A rã estufou-se mais um bocado. – E agora? – Longe ainda! ... A rã fez novo esforço. – E agora? – Que esperança! ... A rã, concentrando todas as forças, engoliu mais ar e  foi-se estufando, estufando, até que, plaft!  rebentou como um balãozinho de elástico. O boi, que  tinha acabado de beber, lançou um olhar filosófico sobre a rã moribunda e  disse: – Quem nasce para dez reis não chega a vintém. LOBATO, Monteiro. Fábulas. São Paulo: Editora Brasiliense, 1962. p.8.
  • 6. Título do tópico Relações Recorrências de termos, de estruturas sintáticas, coesivas de conteúdos semânticos, de elementos fonológicos ou prosódicos; sequenciais: Correlação dos tempos verbais; Progressão tópica; Conectores do tipo lógico-semântico que apontam a relação entre o conteúdo de duas orações; Articuladores textuais , responsáveis pela amarração textual, pelo encadeamento e estruturação dos tópicos discursivos.
  • 7. COESÃO SEQUENCIAL A rã e o boi Monteiro Lobato Tomavam sol à beira dum brejo uma rã e uma saracura. Nisto chegou um boi, que vinha para o bebedouro. – Quer ver, disse a rã, como fico do tamanho deste animal? – Impossível, rãzinha. Cada qual como Deus o fez. – Pois olhe lá! – retorquiu a rã estufando-se toda. Não estou “quase” igual a ele? – Capaz! Falta muito, amiga. A rã estufou-se mais um bocado. – E agora? – Longe ainda! ... A rã fez novo esforço. – E agora? – Que esperança! ... A rã, concentrando todas as forças, engoliu mais ar e foi-se estufando, estufando, até que, plaft! rebentou como um balãozinho de elástico. O boi, que tinha acabado de beber, lançou um olhar filosófico sobre a rã moribunda e disse: – Quem nasce para dez reis não chega a vintém. LOBATO, Monteiro. Fábulas. São Paulo: Editora Brasiliense, 1962. p.8.
  • 8. Recorrência dos tempos verbais (WEINRICH, Harald) Mundo Mundo Narrado Comentado Pretérito perfeito (1º plano) Presente / imperfeito (2º plano) (tempo básico que não (tempo básico que não expressa perspectiva) expressa perspectiva) Retrospecção: Prospecção: Retrospecção: Prospecção: Pretérito Futuro do pretérito Pretérito perfeito Futuro do pretérito mais-que-perfeito
  • 9. Recorrência dos tempos verbais (WEINRICH, Harald) Mundo Narrado Mundo Comentado Pret. Perf. (1º) Pret. Imperf. (2º) Presente chegou, tomavam nasce retorquiu, vinha chega estufou, fez, engoliu, foi-se estufando, rebentou, lançou, disse Retrospecção: mais-que-perfeito Prospecção: Retrospecção: Prospecção: tinha acabado de futuro do pretérito pretérito perfeito futuro do pretérito beber
  • 10. Organização tópica diferentes formas MONTANHAS PLANALTOS PLANÍCIES DEPRESSÕES [montanhas de dobramentos] cristalinos absoluta montanha vulcânica sedimentares relativa basálticos 13
  • 11. Segmentação em parágrafos apoiada no léxico As formas do relevo Quem costuma observar as paisagens do bairro ou da cidade onde mora logo percebe que existem áreas mais elevadas do que outras, com trechos inclinados e planos. Essas formas do terreno e suas diferentes altitudes constituem o relevo. Assim, o relevo pode ser definido como o conjunto das variadas formas da litosfera, ou, mais especificamente, da superfície terrestre, como montanhas (continentais ou submersas no mar), vales, planícies e depressões, apresentando áreas mais ou menos elevadas, planas ou acidentadas. Ao observar as paisagens, podemos perceber diferentes formas de relevo. Você sabe quais são elas?
  • 12. Segmentação em parágrafos apoiada no léxico Na superfície terrestre, existem diversas formas de relevo. As principais são quatro (montanhas, planaltos, planícies e depressões), mas há também diversas outras, como falésias (relevo litorâneo), colinas, vales, chapadas e cuestas. Vamos estudar cada uma delas. As montanhas são grandes elevações de terreno que se destacam por apresentar altitudes superiores às regiões vizinhas. Já vimos que as montanhas mais elevadas do globo são as que resultaram de dobramentos, isto é, de forças internas (em geral, do encontro de placas tectônicas) que provocaram enormes dobras nas rochas, dando origem a elevadas cadeias de montanhas. As montanhas mais antigas – como as do Brasil, por exemplo – e menos elevadas também resultaram de dobramentos, há centenas de milhões de anos. Em todo esse tempo, elas foram sendo desgastadas, principalmente, pela ação das chuvas, o que provocou o seu lento rebaixamento.
  • 13. Segmentação em parágrafos apoiada no léxico Outro tipo de montanha é aquela resultante da formação de um vulcão, denominada montanha vulcânica. Os planaltos, também chamados de platôs, são áreas normalmente altas, com topos relativamente planos e bordas nítidas. Nos planaltos, predomina a erosão, ou seja, o desgaste das rochas. Os planaltos podem ser classificados em três categorias, de acordo com as rochas a partir das quais se formaram. São eles: planaltos cristalinos, sedimentares e basálticos. Os planaltos cristalinos são formados por rochas cristalinas, isto é, ígneas ou magmáticas (resultantes da solidificação do magma) e metamórficas (que se originam a partir da transformação sofrida pelas rochas magmáticas, sedimentares e mesmo metamórficas). Os planaltos sedimentares são formados em áreas de rochas sedimentares, erguidas por movimentos internos da crosta.
  • 14. Segmentação em parágrafos apoiada no léxico Os planaltos basálticos são formados por rochas vulcânicas. Essas regiões, no passado, foram palco da ação intensa de enormes erupções vulcânicas, que cobriram o solo de rochas basálticas. Em geral, essas rochas dão origem a solos férteis. Grandes extensões do território brasileiro são ocupadas por planaltos desse tipo. Como exemplo, podemos mencionar o planalto Meridional, no sul do país. As planícies são áreas geralmente baixas e planas, onde predomina a sedimentação, isto é, acúmulo ou deposição de sedimentos. As planícies costumam se situar ao lado e abaixo dos planaltos e das montanhas, áreas onde predomina a erosão. Os vales podem ter várias origens: vales fluviais (de rios), sedimentos trazidos pelos ventos, pelas geleiras, pelo entulhamento de lagos, entre outras.
  • 15. Segmentação em parágrafos apoiada no léxico As depressões são áreas que se encontram rebaixadas em relação às vizinhas. Quando uma depressão se situa abaixo do nível do mar, dizemos que é uma depressão absoluta. Um exemplo é o mar Morto, situado entre Israel e Jordânia, na Ásia, que se encontra a 395 metros abaixo do nível do mar (é a área mais baixa da superfície terrestre). Já quando uma depressão se situa acima do nível do mar, mas abaixo das áreas vizinhas, dizemos que é uma depressão relativa. VESENTINI, José William; VLACH, Vânia. Geografia Crítica - O espaço natural e a ação humana - 6º ano. São Paulo: Ática, 2008 (p. 126-128).
  • 16. Anselm Kiefer  http://www.youtube.com/watch?v=J5tPFrthUZA&feature=related