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Introdução à Análise de redes: aspectos
conceituais fundamentais para o analista
Prof. Dalton Martins
dmartins@gmail.com
FATEC – São Paulo
Depto. de Tecnologia da Informação
Aula 02 – Projeto de Redes de Computadores
Redes, redes, redes...
● As redes estão hoje em dia praticamente por
todos os lugares onde olhamos:
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iremos considerar como membros da rede.
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– As relações entre os objetos é o que dá
coesão a rede como um todo.
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suas ações vistas como interdependentes, ao invés de unidades
autônomas;
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as relações entre atores são canais para transferência ou
fluxo de recursos, sejam eles materiais ou imateriais;
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modelos de rede evidenciam características individuais dos
atores em relação ao ambiente da rede, explicitando oportunidades ou
restrições para suas ações;
● modelos matemáticos e computacionais de rede conceitualizam
estrutura e dinâmica (social, econômica, política, etc.) como
emergentes do padrão de relação entre os atores.
O que faz um analista de redes?
●
Os analistas de redes tratam os sistemas sociais como
redes de relações de dependência de recursos
escassos localizados nos nós e a estrutura de
alocação desses recursos nas conexões.
●
Alguns analisam múltiplos tipos de conexão entre
indivíduos de forma a estudar as formas complexas nas quais essas
conexões conectam membros específicos do
sistema social.
●
Outros analisam poucos tipos de conexão em busca de
estudar o padrão geral de um sistema social
6 princípios analíticos
● as conexões são assimetricamente recíprocas, diferindo
em conteúdo e intensidade: uma conexão de amizade entre uma pessoa não
significa que é correspondida pela outra;
● as conexões ligam membros direta e indiretamente,
dado que podem ser analisadas em contextos de redes maiores: a análise de
uma rede pode sempre ser expandida, dado que podemos ampliar o olhar e
observar como as conexões de uma determinada camada se organizam em
relação a outras camadas;
● a estrutura das conexões sociais cria redes não-
aleatórias, formando grupos, fronteiras e conexões
cruzadas com outras redes: as estruturas são determinadas e
determinam uma rede, sendo que configuram atributos característicos,
permitindo a comparação entre redes;
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conexões cruzadas conectam indivíduos mas
também subgrupos: as conexões não são analisadas apenas
entre indivíduos numa rede, mas também entre os grupos dos quais os
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● incompletude: dificilmente teremos sistemas de
informação que registrem todas as relações sociais de
interesse sobre um determinado contexto;
● limites imprecisos: a dificuldade de decidir quem deve
ser incluído e quem não deve ser;
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Padrões dinâmicos: como as redes
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6 princípios de organização das
redes complexas
● redes de livre escala: muitos pequenos nós são
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● evolução: os hubs emergem por crescimento da rede e
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rede se tornam hubs;
● robustez: a rede é resistente a ataques, pois há muitos
caminhos que mantém a rede conectada se poucos nós
desaparecem;
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hierárquicas.
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Oportunidades
● Há muitos dados disponíveis na Internet para
análise, permitindo mapearmos tendências,
padrões e melhorarmos nosso entendimento da
dinâmica de funcionamento dos sistemas humanos;
● Podemos ter muitas motivações para isso:
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Como estudar análise de redes?
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Banco de dados: SQL e a estruturação de dados de sua análise em
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Linguagem de scripts: nem sempre conseguimos os dados no formato
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Planilhas: kit básico do analista. Facilitam gerar gráficos facilmente e
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ajudar no trabalho, facilitando muitos processos de forma automática. Ex:
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rede. Eles sempre dependem do contexto em que analisamos. As
posições estruturais e dinâmicas podem significar coisas em um
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movimento dos nós e das conexões permite visualizar uma dinâmica
social de relacionamento. Entender a motivação dessa dinâmica é
fundamental para a análise.
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Análise: o analista não deve ser visto como o especialista em
redes. Ele sabe analisar, mas o que aquilo significa é sempre
interessante dialogar com as comunidades analisadas. Elas
conhecem seu contexto e sua dinâmica melhor que ninguém.
Obrigado!
Contato:
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http://daltonmartins.blogspot.com

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Introdução à Análise de Redes

  • 1. Introdução à Análise de redes: aspectos conceituais fundamentais para o analista Prof. Dalton Martins dmartins@gmail.com FATEC – São Paulo Depto. de Tecnologia da Informação Aula 02 – Projeto de Redes de Computadores
  • 2. Redes, redes, redes... ● As redes estão hoje em dia praticamente por todos os lugares onde olhamos: – Rede elétrica; – Rede de água; – Rede de celular; – Internet; – Rede de metrô, – Redes sociais; – Cadeia alimentar; – DNA, etc, etc, etc...
  • 10. Redes: um padrão que se repete ● Podemos ver então que: – As redes servem para descrever e “gerenciar” uma série de sistemas importantes para a constituição da vida urbana e das formas atuais de produção e comunicação; – Redes se tornam uma tecnologia de disseminação e controle de diferentes tipos de fluxos, sejam de informação, água, energia, etc.... – Entender como esses padrões podem ser analisados amplia nosso conhecimento sobre como projetar e intervir nesses sistemas.
  • 11. O que são redes? ● As redes podem ser entendidas como um conjunto de objetos e suas relações. – Os objetos são os componentes ou partes da rede, são as unidades simples que iremos considerar como membros da rede. – Os atributos são as propriedades dos objetos. – As relações entre os objetos é o que dá coesão a rede como um todo.
  • 12. O que são redes sociais? ● os objetos são vistos como atores dentro da rede, sendo suas ações vistas como interdependentes, ao invés de unidades autônomas; ● as relações entre atores são canais para transferência ou fluxo de recursos, sejam eles materiais ou imateriais; ● modelos de rede evidenciam características individuais dos atores em relação ao ambiente da rede, explicitando oportunidades ou restrições para suas ações; ● modelos matemáticos e computacionais de rede conceitualizam estrutura e dinâmica (social, econômica, política, etc.) como emergentes do padrão de relação entre os atores.
  • 13. O que faz um analista de redes? ● Os analistas de redes tratam os sistemas sociais como redes de relações de dependência de recursos escassos localizados nos nós e a estrutura de alocação desses recursos nas conexões. ● Alguns analisam múltiplos tipos de conexão entre indivíduos de forma a estudar as formas complexas nas quais essas conexões conectam membros específicos do sistema social. ● Outros analisam poucos tipos de conexão em busca de estudar o padrão geral de um sistema social
  • 14. 6 princípios analíticos ● as conexões são assimetricamente recíprocas, diferindo em conteúdo e intensidade: uma conexão de amizade entre uma pessoa não significa que é correspondida pela outra; ● as conexões ligam membros direta e indiretamente, dado que podem ser analisadas em contextos de redes maiores: a análise de uma rede pode sempre ser expandida, dado que podemos ampliar o olhar e observar como as conexões de uma determinada camada se organizam em relação a outras camadas; ● a estrutura das conexões sociais cria redes não- aleatórias, formando grupos, fronteiras e conexões cruzadas com outras redes: as estruturas são determinadas e determinam uma rede, sendo que configuram atributos característicos, permitindo a comparação entre redes;
  • 15. 6 princípios analíticos ● conexões cruzadas conectam indivíduos mas também subgrupos: as conexões não são analisadas apenas entre indivíduos numa rede, mas também entre os grupos dos quais os indivíduos fazem parte; ● conexões assimétricas e redes complexas distribuem os escassos recursos de formas particulares: os recursos não fluem de forma aleatória, podendo ser identificados caminhos preferenciais, padrões de conexão e interação; ● redes estruturam ações colaborativas e competitivas na articulação dos recursos escassos: grupos e indivíduos podem competir e/ou colaborar em relação a distribuição dos recursos finitos.
  • 16. Dificuldades na análise de redes ● incompletude: dificilmente teremos sistemas de informação que registrem todas as relações sociais de interesse sobre um determinado contexto; ● limites imprecisos: a dificuldade de decidir quem deve ser incluído e quem não deve ser; ● dinâmica: essas redes não são estáticas, estando em contante mudança. Conseguir dados que registrem as séries históricas dessas mudanças torna-se um desafio a mais.
  • 17. Aplicações ● dinâmica humana; ● contágio social e de doenças; ● modelos de dinâmicas de sistemas; ● algoritmos de buscas de informações; ● sistemas robustos; ● Gestão de políticas públicas; ● Etc.....
  • 18. Padrões dinâmicos: como as redes se formam
  • 19. Padrões dinâmicos: o papel dos hubs Redes aleatórias: conexões mais distribuídas Redes de livre escala: Centralização das conexões
  • 20. Padrões dinâmicos: mundo pequeno Poucas conexões servem para ampliar o potencial e alternativas de caminhos na rede.
  • 24. 6 princípios de organização das redes complexas ● redes de livre escala: muitos pequenos nós são agrupados e articulados por poucos grandes hubs; ● redes mundo-pequeno: caminhos de conexão pequenos entre dois nós quaisquer; ● evolução: os hubs emergem por crescimento da rede e conexões preferenciais; ● competição: nós com alto desempenho na articulação da rede se tornam hubs; ● robustez: a rede é resistente a ataques, pois há muitos caminhos que mantém a rede conectada se poucos nós desaparecem; ● comunidades: grupos terminam por formar estruturas hierárquicas.
  • 25. Exemplos: rede de um grupo facebook Azuis: mulheres Vermelho: homens
  • 26. Exemplos: educandos e tutores num ambiente de EAD
  • 28. Oportunidades ● Há muitos dados disponíveis na Internet para análise, permitindo mapearmos tendências, padrões e melhorarmos nosso entendimento da dinâmica de funcionamento dos sistemas humanos; ● Podemos ter muitas motivações para isso: – Melhoria e proposição de novos sistemas de ensino e aprendizagem; – Novas técnicas de avaliação de resultados em estratégias relacionais; – Melhor entendimento de como operam nossos grupos de trabalho e relacionamento; – Pensar novos modos de intervir e projetar sistemas que funcionem sobre outros modos de comunicação...
  • 29. Como estudar análise de redes? Aspectos técnicos ● Banco de dados: SQL e a estruturação de dados de sua análise em bancos facilitam a tarefa e o esforço envolvido na mineração ● Linguagem de scripts: nem sempre conseguimos os dados no formato que precisamos. Muitas vezes, é preciso mexer e transformar as relações com dados. Linguagens como Python, Perl e PHP podem ajudar muito. ● Planilhas: kit básico do analista. Facilitam gerar gráficos facilmente e calcular dados de base para avaliação do trabalho; ● Estatística: conhecimento fundamental para análise exploratória e testes de validação de hipóteses; ● Softwares de análise: há muitos softwares hoje em dia que podem ajudar no trabalho, facilitando muitos processos de forma automática. Ex: Gephi, Pajek, Netdraw, UCINET, Visone, etc....
  • 30. Como estudar análise de redes? Aspectos sociais ● Contexto: os dados nunca refletem uma verdade única sobre a rede. Eles sempre dependem do contexto em que analisamos. As posições estruturais e dinâmicas podem significar coisas em um contexto e coisas bem diferentes em outro contexto. ● Dinâmica: o modo como a rede se modifica, considerando o movimento dos nós e das conexões permite visualizar uma dinâmica social de relacionamento. Entender a motivação dessa dinâmica é fundamental para a análise. ● Análise: o analista não deve ser visto como o especialista em redes. Ele sabe analisar, mas o que aquilo significa é sempre interessante dialogar com as comunidades analisadas. Elas conhecem seu contexto e sua dinâmica melhor que ninguém.