Este documento resume o estado atual da pesquisa em análise de redes sociais realizada por Dalton Lopes Martins em 2009. Ele discute os pontos trabalhados no ano de 2009, como levantamento metodológico, bibliográfico e estudo de softwares. Também apresenta os conceitos básicos de análise de redes sociais, incluindo atores, relações, métodos de representação e medições.
1. ECA – Ciências da Informação Doutorado Análise de Redes Sociais Estado atual da Pesquisa Dalton Lopes Martins Novembro, 2009
2. Pontos Trabalhados em 2009 -> Levantamento metodológico de análise de redes sociais; -> Levantamento bibliográfico de referência sobre análise e redes sociais; -> Estudo de Softwares de Análise de Redes Sociais; -> Experimento de uso da metodologia e software de análise.
3. Análise de Redes Sociais Considera-se na ARS que um ator é uma unidade social que pode ser de diferentes tipos: Um indivíduo; Uma organização/instituição/organismo; Um conjunto de unidades sociais. O conceito de ator é flexível , permitindo diferentes níveis de agregação, o que permite sua adequação a diferentes problemas de pesquisa. Podem ser de dois tipos: One-Mode (um modo) – rede em que os atores pertencem a apenas um grupo. Two-Mode (dois modos) – rede em que os atores pertencem a grupos distintos.
4. Análise de Redes Sociais O enfoque da ARS constitui-se nos vínculos relacionais (do inglês relational tie) , ou seja os atores estão ligados uns aos outros por vínculos sociais. O conjunto de atributos de uma rede é que denomina a composição de uma rede social. Tipos de vínculos: Social (Amizade); Associação e afiliação (Clubes e associações); Interação profissional (Trabalho, científica, tecnológica etc.); Física (Rede Internet, cidade, bairro etc.); Biológico (Família); Etc.
5. Análise de Redes Sociais Díade (do inglês Dyad) – é o estabelecimento de uma ligação entre dois atores. Tríade (do inglês Triad) – é um subconjunto de três atores e suas ligações. Subgrupo – é qualquer subconjunto de atores e suas ligações. Grupo – é a somatória de todos os atores em que as ligações serão medidas na ARS. Relação – é a somatória de ligações entre os membros de um determinado grupo de atores.
6. Análise de Redes Sociais O laço relacional (do inglês relational tie ) também denominado simplesmente de laço ou ligação (do inglês linkage ) é responsável por estabelecer a ligação entre pares de atores. Uma relação em uma rede (do inglês relation ) define o conjunto de laços estabelecidos pelo mesmo critério de relacionamento do referido conjunto de atores. As ligações/laços têm propriedades importantes que devem ser consideradas na pesquisa, e que condicionam os métodos de análise disponíveis: Direcionais – quando há um ator como transmissor e outro como receptor; Não-direcionais - quando não há um único ator como transmissor e outro como receptor; Simétrico – quando as ligações são bidirecionais; Assimétrico – quando as ligações são monodirecional;
7. Análise de Redes Sociais Atores (Nós da Rede) Pessoas, organizações, organismos etc. Informação (estudos bibliométricos, cientométricos) Relações (Laços da Rede) Profissional Amizade Produção de conhecimento Produção de tecnologia Citação etc. Métodos (Representação da Rede) Grafos Medições Grau de Centralidade - mede o quanto um ator está centralizado em relação aos demais atores da rede; Grau de Proximidade - mede o quanto um ator está próximo ou pode alcançar os demais atores da rede; Grau de Intermediação – mede o quanto um ator exerce papel de mediador sob outros atores ou está entre dois ou mais atores.
8. Análise de Redes Sociais Medições Gerais Tamanho – número de atores pertencentes à rede; Abrangência – número total da rede menos o número de atores isolados; Conectividade – quantidade de ligações entre os atores da rede (direcional e não-direcional); Densidade – número atual de ligações entre os atores da rede e o número possível de ligações entre os atores da rede; Simetria – média entre as ligações simétricas e assimétricas entre os atores da rede; Etc.
9. Análise de Redes Sociais Dimensão Organizacional: análise da configuração de uma rede em uma determinada organização/instituição; Dimensão Temporal: análise da configuração de uma rede com enfoque na velocidade, fluxos e freqüência com que ela se estabelece; Dimensão Espacial: análise da configuração de uma rede com enfoque espacial e das conexões existentes.
13. Artigos Pesquisados MARTELETO, R. M.; TOMAÉL, M. I. A metodologia de análise de redes sociais. In: VALENTIM, M. L. P. Métodos qualitativos de pesquisa em Ciência da Informação . São Paulo: Polis, 2005. 176p. (Coleção Palavra-Chave, 16) MARTELETO, R. M. Análise de redes sociais – aplicação nos estudos de transferência da informação. Ci. Inf., Brasília, v. 30, n.1, p. 71-81, jan./abr. 2001 MATHEUS, R. F.; SILVA, A. B. de O. Análise de redes sociais como método para a Ciência da Informação. DataGramaZero , Rio de Janeiro, v.7, n.2, abr. 2006. SILVA, A. B. de O. et al. Análise de rede sociais como metodologia de apoio para a discussão da interdisciplinaridade na Ciência da Informação. Ciência da Informação , Brasília, v.35, n.1, p.72-93, jan./abr. 2006. SOUSA, P. de T. C. de. Metodologia de análise de redes sociais. In: MUELLER, S. P. M. (Org.). Métodos para a pesquisa em Ciência da Informação . Brasília: Thesaurus, 2007. 192p. (Série Ciência da Informação e da Comunicação) VALENTIM, Marta. Métodos de pesquisa: análise de redes sociais. Unesp. 2008. BRANDÃO, Wladmir, PARREIRAS, F. S., SILVA, An. Braz. Redes em Ciência da Informação: evidências comportamentais dos pesquisadores e tendências evolutivas das redes de co-autoria. Inf. Inf., Londrina, v. 12, n. Esp., 2007 WASSERMAN, S.; FAUST, K. Social network analysis : methods and applications. Cambridge: Cambridge University Press, 1994. 857p.