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Instituto Ciências Sociais
Universidade do Minho
Licenciatura Geografia e Planeamento
Expressão Gráfica e Cartografia
Prática
1º Semestre - 2014/2015
Docente:
Discente: Duarte Nunes A73789
Luís Moreira
Caracterização do mapa:
Oporto [Porto]
Mapa Oporto [Porto]
Fonte: http://www.raremaps.com/gallery/detail/36968/Oporto_Porto/SDUK.html
1
3
2
1,2,3: Elementos cientificos (1,2) e puramente ilustrativo (3).
Geografia e Planeamento Expressão Gráfica e Cartografia – Prática
Docente: Luís Moreira
Discente: Duarte Nunes A73789 1º Ano | 1º Semestre | 2014/2015
Licenciatura Geografia e Planeamento | Universidade do Minho
Introdução
Com a introdução do estudo da cartografia e suas características que, ao longo
dos séculos evoluiu consoante a necessidade das sociedades e as suas respectivas
ideologias que estes pretendiam representar na sua própria cartografia, este trabalho
surge com o objectivo de analisar e caracterizar um mapa escolhido por nós.
Com o desenvolvimento dos conteúdos teóricos e práticos ao longo da unidade
curricular Expressão Gráfica e Cartografia, a identificação dos mapas e as suas
particularidades permitiu criar uma cronologia distintiva desde a época grega até aos
nossos dias. A cartografia, como ciência produtora de mapas deriva de uma evolução
histórica marcada por grandes picos (e estagnação) de desenvolvimento tanto científico
como intelectual. Iniciando-se na época grega com o primeiro mapa conhecido de
Anaximandro de Mileto (650-615 a.c.). e a introdução de medidas quantitativas,
meridianos e paralelos por Eratóstenes (276-196 a.c.), passando pela Roma antigo, e
após esta fase inicia-se um retrocesso devido à igreja católica influenciando fortemente
o poder e a incutir apenas a sua visão (Idade média).
A minha escolha do mapa, apesar de não se tratar cartografia propriamente portuguesa
retrata uma fase importante e uma nova realidade que mantem-se até ao presente.
Ao longo dos tempos a cartografia que serviria a ser unicamente instrumento alicerçado
ao poder e militar, apesar de actualmente se encontrar ainda conectada a esses poderes
governamentais, viria a se torna acessível ao grande público, servindo por vezes como
forma de propaganda de impérios mas igualmente de forma educativa no ensino e para
o grande público em geral.
Tratando-se de um mapa com objecto de estudo território português, fundamentei
pontos de vista tendo por base o livro: Os mapas em Portugal, da tradição aos novos
rumos da cartografia, Coordenação de Maria Helena Dias.
O mapa sobre o qual irei debruçar a minha análise encontra-se na nova tendência, de
apresentar o território de modo mais rigoroso e cientificamente correcto, possibilitando
múltiplas utilizações.
Fig.3: Pesquisa bibliográfia, Duarte Nunes
2014.
Fig.1: O mundo de Anaximandro. Fig.2: Mapa de Eratóstenes.
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Geografia e Planeamento Expressão Gráfica e Cartografia – Prática
Docente: Luís Moreira
Discente: Duarte Nunes A73789 1º Ano | 1º Semestre | 2014/2015
Licenciatura Geografia e Planeamento | Universidade do Minho
Informações do mapa
Apresento alguns elementos informativos do mapa, sendo que este se encontra num
website de vendas e compras de mapas antigos, existindo grande diversidade e
tipologia, divididos por categorias, mundiais, regionais e outros recursos cartográficos.
Sendo que foi neste sítio web onde efectuei a minha pesquisa e escolha de mapa. Os
dados apresentados anexados ao mapa são:
Título: Oporto (Porto) Publicação por: SDUK
Data: 1833 Londres Tamanho: 15.5 x 12 polegadas ( 1 polegada = 2,54 cm)
Preço: 104€
Caracterização
“He inquestionável que o Cadastro, a Topografia e a Estatística são os três os grandes
elementos da sciência de governar, dellas deriam o conhecimento dos factos, que he
fundamento do verdadeiro saber; por consequência, he da rigorosa obrigação de um governo
que se chama de ilustrado, de um governo próprio do grande século em que vivemos,
estabelecer incessantemente estes meios governativos.”
Filipe Folque (1800-74)
O mapa Oporto, datado de 1833, foi produzida pela SDUK, antiga organização: Society
for the Diffusion of Useful Knowledge, Sociedade para a Difusão do Conhecimento Útil
que visava expandir e permitir o acesso ao conhecimento do público em geral e com
material didático de baixo custo, sediada em Londes, fundada em 1826 até 1848. Esta
planta foi desenhada por William Branwhite Clarke.
À primeira vista o mapa assemelha-se em grande medida ao actuais, produzidos pelas
instituições com tutela e jurisdição do território tais como camaras municipais, direcções
regionais de ordenamento do território, exercito, etc.. e Porquê?
Ao evoluir da cartografia a consolidação como ciência que comunica de um modo
universal e legível através de signos geográficos e linguagem própria, fez com que
Fonte adaptada:
http://www.raremaps.com/gallery/detail/36968/Oporto_Porto/SDUK.html
3
Geografia e Planeamento Expressão Gráfica e Cartografia – Prática
Docente: Luís Moreira
Discente: Duarte Nunes A73789 1º Ano | 1º Semestre | 2014/2015
Licenciatura Geografia e Planeamento | Universidade do Minho
certos elementos caracterizem o mapa. Estes elementos, escala, orientação, legenda,
título, fonte/autor tornam o mapa “cientificamente correcto”. Não significa que
determinada representação espacial não seja considerada mapa, mas, por termos
globalmente instituídos assim se constituí um mapa. É com esta realidade que se insere
o mapa escolhido, pois, observamos a presença destes elementos,logo um mapa
moderno.
Este mapa apesar de não ser propriamente fruto de uma cartografia exclusivamente
portuguesa, segue, a tendência que décadas atrás viriam a tornar numa nova realidade
para o destino final de um mapa. Em Portugal tinhamos assistido a mudanças de visão
com Marquês de Pombal a implementar um sentido de interpretação e planeamento do
território <<...a iconografia retrata normalmente Pombal na atitude de atenta
examinação de plantas e mapas, respeitantes aos muitos problemas de obras públicas,
sobre os quais teve de debruçar-se e decidir (...) foi o primeiro estadista lusitano a
servir-se da Cartografia como ferramenta imprescindível do trabalho de todos os dias.>>
Esta nova realidade é visível na nova cartografia produzida pelo mundo, altera-se a visão
da importância de um mapa, um modo <<.. A cartografia viria a ganhar um destaque,
pois em 1788, o governo português reconheceu que sem a cartografia não podia
governar, mandando que se iniciassem os trabalhos geodésicos necessários para a
cobertura do país.>>
A Cartografia já há muitos séculos tinha deixado de utilizar uma linguagem de fantasia
com representações divinas e seres míticos.
Como tal, trata-se de um mapa que podendo ser utilizado para fins lúdicos, também
poderia ter tido na altura uma utilização com vista ao planeamento e ordenamento do
terriório. Encontramos ao longo do mapa referência às cotas altimétricas, direcção do
rio Douro, representação de edifícios e assim como as zonas com vegetação e estrato
arbóreo.
É uma representação multifuncional, pois,
e segundo S. Rimbert 1995 que define as
funções de um mapa, encontramos neste
exemplo um mapa que nos satisfaz ao
permitir dar informações a nível:
localização; documental e ilustração.
Fig.4: Representação vegetação e estrato arbóreo.
4
Geografia e Planeamento Expressão Gráfica e Cartografia – Prática
Docente: Luís Moreira
Discente: Duarte Nunes A73789 1º Ano | 1º Semestre | 2014/2015
Licenciatura Geografia e Planeamento | Universidade do Minho
No canto superior esquerdo da imagem ( 1 ) temos um mapa de maior abrangência
territorial que serve como elemento de localização relativamente aos arredores do
Porto, um elemento fundamental que não era usado em tempos anteriores e tornando-
se hoje muito utilizado, permite ao leitor uma contextualização do território em estudo.
No canto superior direito do mapa (2) encontramos a conhecida escala numérica em
jardas e metros (500 m) e abaixo encontramos uma notas “note”, estas notas consistem
em traduções das expressões portuguesas encontradas no mapa para língua
inglesa,assim, intencionalidade de atingir o público britânico.
No parte inferior do mapa ( 3 ), temos um elemento diferente, mas tendo em conta, os
potenciais leitores, objectivo primordial de educação, esta imagem apresenta-se como
uma fonte de noção espacial, mostrando a paisagem característica da zona
representada no mapa, as suas gentes, e uma actividade muito forte ligada ao rio Douro.
5
Fig.7: Elemento ilustrativo do mapa,vista sobre a cidade desde a Torre da Barca.
Fig.5: Contextualização do mapa relativamente ao território nos arredores.
Fig.6: Escala e notas, canto superior direito do mapa.
Geografia e Planeamento Expressão Gráfica e Cartografia – Prática
Docente: Luís Moreira
Discente: Duarte Nunes A73789 1º Ano | 1º Semestre | 2014/2015
Licenciatura Geografia e Planeamento | Universidade do Minho
Comparação Porto 1833 e 2014
Comparando o mapa escolhido a um mapa oficial recente produzido pela Câmara
Municipal do Porto, podemos encontrar elementos constantes, apesar de uma nova
realidade, o Sistema de Informação Geográfica permitiram um fundo e delimitação das
costas muito mais rigoroso e correcto. A escala mantêm-se um elemento fundamental
por forma a entender a conversão e a dimensão da mesma, as notas transformam-se
em legenda por forma a entender os elementos representado, perdendo-se o sentido
ilustrativo da imagem ( 3 ), mas atendendo ao aspecto formal da utilização final do mapa
recente, não fazia sentido transformá-lo em algo mais didático.
Ambos os mapas permitem uma visão de planeamento mas sendo a Fig.9, a
representação da ciência cartográfica oficial nestas questões, não conseguindo ser
legível para todos os leitores. Representa a Carta de Ocupação da Superfície.
Fig.9:Carta Ocupação da Superfície.Fig.8:Mapa Oporto.
6
Geografia e Planeamento Expressão Gráfica e Cartografia – Prática
Docente: Luís Moreira
Discente: Duarte Nunes A73789 1º Ano | 1º Semestre | 2014/2015
Licenciatura Geografia e Planeamento | Universidade do Minho
Conclusão
O papel do geógrafo na sociedade incube de tratar e olhar para o espaço como nenhuma
outra ciência o faz, é através de uma análise aos elementos cartográficos, à vivência no
território que podemos fazer geografia, um exercício de análise a um mapa, remete
muito além de mera localização e uma subjectividade de visão de opinião. O mapa serve
e sempre servirá como ponto de partida para um conhecimento do território, mas nunca
substituindo um conhecimento vivencial, um mapa além de meras linhas e pontos e sua
simbologia característica, apresenta um cartão visita do natural ao humanizado,
esvaziando e empobrecendo por um lado a dinâmica que se sucede no determinado
espaço, as suas gentes, as suas culturas.
É através de um exercício de reflexão sobre um mapa, que nós, como geógrafos e
agentes essenciais e necessários participativos nas decisões com enfoque territorial,
aprendemos a olhar os aspectos de outra forma e à multiplicidade de factores e
atributos que agem num dado local. Com este mapa apercebemo-nos da evolução
comparativamente aos instrumentos que hoje nos são acessíveis, o acesso à informação
computorizada permite-nos produzir mais e mais, mas, este tipo de mapas são pequenas
raridades. Com uma leitura de uma mapa temos que nos posicionar na época, no
contexto social-cultural, não são admitindo o que é cientificamente correcto como
objecto de estudo e tentando perceber a visão e a mensagem que se pretendia
transmitir. De uma cartografia em evolução, mas mantendo traços característicos,
sempre em prol de uma verdadeira produção e reprodução do espaço geográfico com
rigor e verdade.
O aluno,
Duarte Nunes
Webgrafia
in Infopédia. Porto: Porto Editora, 2003-2015. [consult. 2014-12-28]. Disponível na
Internet: http://www.infopedia.pt/$cartografia;
Câmara Municipal do Porto: http://www.cm-porto.pt/cidade/carta-geotecnica-do-porto
Consultado a 30-12-2014 ;
http://en.wikipedia.org/wiki/William_Branwhite_Clarke
Consultado a 2-01-2014;
http://portoarc.blogspot.pt/2013/07/caractergenio-e-costumes-dos-portuenses.html
Consultado a 2-01-2014;
http://www.davidrumsey.com/luna/servlet/detail/RUMSEY~8~1~21026~540003;
Consultado a 2-01-2014;
Bibliografia
Os mapas em Portugal, da tradição dos novos rumos da cartografia, Coordenação Maria
Helena Dias
Páginas 70-73;98; 127-128
7

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  • 1. Instituto Ciências Sociais Universidade do Minho Licenciatura Geografia e Planeamento Expressão Gráfica e Cartografia Prática 1º Semestre - 2014/2015 Docente: Discente: Duarte Nunes A73789 Luís Moreira Caracterização do mapa: Oporto [Porto]
  • 2. Mapa Oporto [Porto] Fonte: http://www.raremaps.com/gallery/detail/36968/Oporto_Porto/SDUK.html 1 3 2 1,2,3: Elementos cientificos (1,2) e puramente ilustrativo (3).
  • 3. Geografia e Planeamento Expressão Gráfica e Cartografia – Prática Docente: Luís Moreira Discente: Duarte Nunes A73789 1º Ano | 1º Semestre | 2014/2015 Licenciatura Geografia e Planeamento | Universidade do Minho Introdução Com a introdução do estudo da cartografia e suas características que, ao longo dos séculos evoluiu consoante a necessidade das sociedades e as suas respectivas ideologias que estes pretendiam representar na sua própria cartografia, este trabalho surge com o objectivo de analisar e caracterizar um mapa escolhido por nós. Com o desenvolvimento dos conteúdos teóricos e práticos ao longo da unidade curricular Expressão Gráfica e Cartografia, a identificação dos mapas e as suas particularidades permitiu criar uma cronologia distintiva desde a época grega até aos nossos dias. A cartografia, como ciência produtora de mapas deriva de uma evolução histórica marcada por grandes picos (e estagnação) de desenvolvimento tanto científico como intelectual. Iniciando-se na época grega com o primeiro mapa conhecido de Anaximandro de Mileto (650-615 a.c.). e a introdução de medidas quantitativas, meridianos e paralelos por Eratóstenes (276-196 a.c.), passando pela Roma antigo, e após esta fase inicia-se um retrocesso devido à igreja católica influenciando fortemente o poder e a incutir apenas a sua visão (Idade média). A minha escolha do mapa, apesar de não se tratar cartografia propriamente portuguesa retrata uma fase importante e uma nova realidade que mantem-se até ao presente. Ao longo dos tempos a cartografia que serviria a ser unicamente instrumento alicerçado ao poder e militar, apesar de actualmente se encontrar ainda conectada a esses poderes governamentais, viria a se torna acessível ao grande público, servindo por vezes como forma de propaganda de impérios mas igualmente de forma educativa no ensino e para o grande público em geral. Tratando-se de um mapa com objecto de estudo território português, fundamentei pontos de vista tendo por base o livro: Os mapas em Portugal, da tradição aos novos rumos da cartografia, Coordenação de Maria Helena Dias. O mapa sobre o qual irei debruçar a minha análise encontra-se na nova tendência, de apresentar o território de modo mais rigoroso e cientificamente correcto, possibilitando múltiplas utilizações. Fig.3: Pesquisa bibliográfia, Duarte Nunes 2014. Fig.1: O mundo de Anaximandro. Fig.2: Mapa de Eratóstenes. 1
  • 4. Geografia e Planeamento Expressão Gráfica e Cartografia – Prática Docente: Luís Moreira Discente: Duarte Nunes A73789 1º Ano | 1º Semestre | 2014/2015 Licenciatura Geografia e Planeamento | Universidade do Minho Informações do mapa Apresento alguns elementos informativos do mapa, sendo que este se encontra num website de vendas e compras de mapas antigos, existindo grande diversidade e tipologia, divididos por categorias, mundiais, regionais e outros recursos cartográficos. Sendo que foi neste sítio web onde efectuei a minha pesquisa e escolha de mapa. Os dados apresentados anexados ao mapa são: Título: Oporto (Porto) Publicação por: SDUK Data: 1833 Londres Tamanho: 15.5 x 12 polegadas ( 1 polegada = 2,54 cm) Preço: 104€ Caracterização “He inquestionável que o Cadastro, a Topografia e a Estatística são os três os grandes elementos da sciência de governar, dellas deriam o conhecimento dos factos, que he fundamento do verdadeiro saber; por consequência, he da rigorosa obrigação de um governo que se chama de ilustrado, de um governo próprio do grande século em que vivemos, estabelecer incessantemente estes meios governativos.” Filipe Folque (1800-74) O mapa Oporto, datado de 1833, foi produzida pela SDUK, antiga organização: Society for the Diffusion of Useful Knowledge, Sociedade para a Difusão do Conhecimento Útil que visava expandir e permitir o acesso ao conhecimento do público em geral e com material didático de baixo custo, sediada em Londes, fundada em 1826 até 1848. Esta planta foi desenhada por William Branwhite Clarke. À primeira vista o mapa assemelha-se em grande medida ao actuais, produzidos pelas instituições com tutela e jurisdição do território tais como camaras municipais, direcções regionais de ordenamento do território, exercito, etc.. e Porquê? Ao evoluir da cartografia a consolidação como ciência que comunica de um modo universal e legível através de signos geográficos e linguagem própria, fez com que Fonte adaptada: http://www.raremaps.com/gallery/detail/36968/Oporto_Porto/SDUK.html 3
  • 5. Geografia e Planeamento Expressão Gráfica e Cartografia – Prática Docente: Luís Moreira Discente: Duarte Nunes A73789 1º Ano | 1º Semestre | 2014/2015 Licenciatura Geografia e Planeamento | Universidade do Minho certos elementos caracterizem o mapa. Estes elementos, escala, orientação, legenda, título, fonte/autor tornam o mapa “cientificamente correcto”. Não significa que determinada representação espacial não seja considerada mapa, mas, por termos globalmente instituídos assim se constituí um mapa. É com esta realidade que se insere o mapa escolhido, pois, observamos a presença destes elementos,logo um mapa moderno. Este mapa apesar de não ser propriamente fruto de uma cartografia exclusivamente portuguesa, segue, a tendência que décadas atrás viriam a tornar numa nova realidade para o destino final de um mapa. Em Portugal tinhamos assistido a mudanças de visão com Marquês de Pombal a implementar um sentido de interpretação e planeamento do território <<...a iconografia retrata normalmente Pombal na atitude de atenta examinação de plantas e mapas, respeitantes aos muitos problemas de obras públicas, sobre os quais teve de debruçar-se e decidir (...) foi o primeiro estadista lusitano a servir-se da Cartografia como ferramenta imprescindível do trabalho de todos os dias.>> Esta nova realidade é visível na nova cartografia produzida pelo mundo, altera-se a visão da importância de um mapa, um modo <<.. A cartografia viria a ganhar um destaque, pois em 1788, o governo português reconheceu que sem a cartografia não podia governar, mandando que se iniciassem os trabalhos geodésicos necessários para a cobertura do país.>> A Cartografia já há muitos séculos tinha deixado de utilizar uma linguagem de fantasia com representações divinas e seres míticos. Como tal, trata-se de um mapa que podendo ser utilizado para fins lúdicos, também poderia ter tido na altura uma utilização com vista ao planeamento e ordenamento do terriório. Encontramos ao longo do mapa referência às cotas altimétricas, direcção do rio Douro, representação de edifícios e assim como as zonas com vegetação e estrato arbóreo. É uma representação multifuncional, pois, e segundo S. Rimbert 1995 que define as funções de um mapa, encontramos neste exemplo um mapa que nos satisfaz ao permitir dar informações a nível: localização; documental e ilustração. Fig.4: Representação vegetação e estrato arbóreo. 4
  • 6. Geografia e Planeamento Expressão Gráfica e Cartografia – Prática Docente: Luís Moreira Discente: Duarte Nunes A73789 1º Ano | 1º Semestre | 2014/2015 Licenciatura Geografia e Planeamento | Universidade do Minho No canto superior esquerdo da imagem ( 1 ) temos um mapa de maior abrangência territorial que serve como elemento de localização relativamente aos arredores do Porto, um elemento fundamental que não era usado em tempos anteriores e tornando- se hoje muito utilizado, permite ao leitor uma contextualização do território em estudo. No canto superior direito do mapa (2) encontramos a conhecida escala numérica em jardas e metros (500 m) e abaixo encontramos uma notas “note”, estas notas consistem em traduções das expressões portuguesas encontradas no mapa para língua inglesa,assim, intencionalidade de atingir o público britânico. No parte inferior do mapa ( 3 ), temos um elemento diferente, mas tendo em conta, os potenciais leitores, objectivo primordial de educação, esta imagem apresenta-se como uma fonte de noção espacial, mostrando a paisagem característica da zona representada no mapa, as suas gentes, e uma actividade muito forte ligada ao rio Douro. 5 Fig.7: Elemento ilustrativo do mapa,vista sobre a cidade desde a Torre da Barca. Fig.5: Contextualização do mapa relativamente ao território nos arredores. Fig.6: Escala e notas, canto superior direito do mapa.
  • 7. Geografia e Planeamento Expressão Gráfica e Cartografia – Prática Docente: Luís Moreira Discente: Duarte Nunes A73789 1º Ano | 1º Semestre | 2014/2015 Licenciatura Geografia e Planeamento | Universidade do Minho Comparação Porto 1833 e 2014 Comparando o mapa escolhido a um mapa oficial recente produzido pela Câmara Municipal do Porto, podemos encontrar elementos constantes, apesar de uma nova realidade, o Sistema de Informação Geográfica permitiram um fundo e delimitação das costas muito mais rigoroso e correcto. A escala mantêm-se um elemento fundamental por forma a entender a conversão e a dimensão da mesma, as notas transformam-se em legenda por forma a entender os elementos representado, perdendo-se o sentido ilustrativo da imagem ( 3 ), mas atendendo ao aspecto formal da utilização final do mapa recente, não fazia sentido transformá-lo em algo mais didático. Ambos os mapas permitem uma visão de planeamento mas sendo a Fig.9, a representação da ciência cartográfica oficial nestas questões, não conseguindo ser legível para todos os leitores. Representa a Carta de Ocupação da Superfície. Fig.9:Carta Ocupação da Superfície.Fig.8:Mapa Oporto. 6
  • 8. Geografia e Planeamento Expressão Gráfica e Cartografia – Prática Docente: Luís Moreira Discente: Duarte Nunes A73789 1º Ano | 1º Semestre | 2014/2015 Licenciatura Geografia e Planeamento | Universidade do Minho Conclusão O papel do geógrafo na sociedade incube de tratar e olhar para o espaço como nenhuma outra ciência o faz, é através de uma análise aos elementos cartográficos, à vivência no território que podemos fazer geografia, um exercício de análise a um mapa, remete muito além de mera localização e uma subjectividade de visão de opinião. O mapa serve e sempre servirá como ponto de partida para um conhecimento do território, mas nunca substituindo um conhecimento vivencial, um mapa além de meras linhas e pontos e sua simbologia característica, apresenta um cartão visita do natural ao humanizado, esvaziando e empobrecendo por um lado a dinâmica que se sucede no determinado espaço, as suas gentes, as suas culturas. É através de um exercício de reflexão sobre um mapa, que nós, como geógrafos e agentes essenciais e necessários participativos nas decisões com enfoque territorial, aprendemos a olhar os aspectos de outra forma e à multiplicidade de factores e atributos que agem num dado local. Com este mapa apercebemo-nos da evolução comparativamente aos instrumentos que hoje nos são acessíveis, o acesso à informação computorizada permite-nos produzir mais e mais, mas, este tipo de mapas são pequenas raridades. Com uma leitura de uma mapa temos que nos posicionar na época, no contexto social-cultural, não são admitindo o que é cientificamente correcto como objecto de estudo e tentando perceber a visão e a mensagem que se pretendia transmitir. De uma cartografia em evolução, mas mantendo traços característicos, sempre em prol de uma verdadeira produção e reprodução do espaço geográfico com rigor e verdade. O aluno, Duarte Nunes Webgrafia in Infopédia. Porto: Porto Editora, 2003-2015. [consult. 2014-12-28]. Disponível na Internet: http://www.infopedia.pt/$cartografia; Câmara Municipal do Porto: http://www.cm-porto.pt/cidade/carta-geotecnica-do-porto Consultado a 30-12-2014 ; http://en.wikipedia.org/wiki/William_Branwhite_Clarke Consultado a 2-01-2014; http://portoarc.blogspot.pt/2013/07/caractergenio-e-costumes-dos-portuenses.html Consultado a 2-01-2014; http://www.davidrumsey.com/luna/servlet/detail/RUMSEY~8~1~21026~540003; Consultado a 2-01-2014; Bibliografia Os mapas em Portugal, da tradição dos novos rumos da cartografia, Coordenação Maria Helena Dias Páginas 70-73;98; 127-128 7