1) A Fortaleza de São José de Macapá foi construída entre 1764 e 1782 para defender a região dos ataques franceses.
2) Após o Tratado de Madri em 1750, Portugal começou a se preocupar com a exploração e defesa da região do atual Amapá, trazendo imigrantes açorianos e marroquinos.
3) A construção da Fortaleza de São José de Macapá facilitou a defesa contra os franceses estabelecidos na Guiana, embora tenha levado 18 anos para ser con
1. FORTALEZA DE SÃO JOSÉ DE MACAPÁ - Após vários projetos,
finalmente Henrique Antônio Gallucio, em 1764 iniciou a construção da
atual fortaleza que só foi inaugurada em 19 de março de 1782. 1
2. GEOGRAFIA – A área
do atual Amapá, pelo
Tratado de
Tordesilhas, pertencia
aos espanhóis.
Durante a União
Ibérica entre Portugal
e Espanha, a região é
doada ao português
Bento Maciel Parente,
com o nome de
capitania da Costa do
Cabo Norte.
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3. Após a assinatura do Tratado de
Madri, em 1750, Portugal começa
a se preocupar com a exploração
e a defesa da região. Imigrantes
açorianos e marroquinos
começam a chegar na região.
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4. Com a construção da Fortaleza de São
José do Macapá, os portugueses
dificultam os ataques dos franceses,
estabelecidos na vizinha Guiana. O
forte levou 18 anos para ser construído
e era o maior do Brasil colonial.
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6. Com a independência, em 1822, o
Amapá permanece ligado à província
do Pará e continua a enfrentar
problemas de fronteira com a França.
Os dois países disputam a região entre
os rios Oiapoque e Araguari, que
corresponde quase à metade do
território do estado.
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7. A questão só se resolve
definitivamente com a
intermediação do presidente
suíço Walter Hauser, em 1900,
que concede a área ao Brasil.
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8. Em 1943, numa tentativa de
apoiar o desenvolvimento da
região, o governo federal
desvincula o Amapá do Pará e
o transforma em território
federal com capital em Macapá.
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9. Em 1946 inicia-se a exploração
das ricas jazidas de manganês
recém-descobertas na serra do
Navio, concedidas à Indústria e
Comércio de Minérios S.A.
(Icomi), subsidiária da norte-
americana Bethlehem Steel.
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10. Nos anos 70, junto do rio Jari, na
divisa com o Pará, é implantado o
Projeto Jari, ambicioso programa do
empresário norte-americano Daniel
Ludwig, ligado à exploração de
madeira, ao cultivo de arroz e à
produção de celulose.
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11. Daniel Ludwig, um
magnata norte-
americano, foi o
idealizador do
Projeto Jari.
Comprou a maior
propriedade rural
do mundo e
trouxe, de navio,
uma indústria de
celulose. Nesse
empreendimento
perdeu mais de 1
bilhão de dólares.
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12. Apesar do grande investimento, o
projeto não se consolida, e, em
1982, o que restava do
empreendimento é assumido por
empresas brasileiras lideradas
pelo Grupo Caemi e pelo Banco
do Brasil.
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13. Projeto foi caso de segurança nacional
O Projeto Jari - hoje Jari Florestal - é fruto do
biliardário americano Daniel Keith Ludwig, que em
1967 comprou por ínfimos US$ 4,7 milhões 1,6 milhão
de hectares na Amazônia, em Monte Dourado (PA). Em
valores atualizados, ele investiu mais de US$ 20
bilhões no seu plano megalômano de erguer um
complexo agro-industrial de arroz, papel e celulose.
Não deu certo. Ludwig explorou trabalho escravo,
plantou árvores ruins que sucumbiram às pragas.
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14. De tão grande, o Jari foi considerado pelo
Regime Militar, nos anos 70, um risco à
segurança nacional. Os militares incentivaram
a adquirir o controle do Jari o empresário
Augusto Trajano Antunes, que liderou 23
empresários no investimento.
A Jari Florestal teve prejuízo por mais de 30
anos. Em 98, tinha US$ 320 milhões de dívida.
A favor, conta o sustento de 55 mil pessoas.
Ludwig morreu em 92. Antunes, em 96, quando
seus netos já dirigiam o grupo.
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18. O BEIRADÃO
• O Beiradão é um amontoado de
pequenas casas de madeira
construídas sobre o rio Jarí, no
município de Laranjal do Jari, na
divisa entre o Amapá e o Pará. Ali
não há rede de água, nem esgoto.
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19. •O lixo circula pelas águas a céu
aberto e o mau cheiro é forte,
especialmente durante os seis
meses que mais chovem no ano,
entre o outono e o inverno. Há dois
anos as chuvas quase deixaram a
pequena vila completamente debaixo
d´água.
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20. Ainda que sob custódia do ritmo
das águas, várias são as casas
que possuem um televisor e uma
antena parabólica. É comum
encontrá-los onde falta geladeira,
fogão, e até cama para dormir.
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22. No meio dessa embolada de
palafitas a vida segue seu
rumo: as crianças inventam
traquinagens e esbaldam-se
nas águas poluídas do Jarí, de
onde também saem os peixes
que as famílias servem à mesa.
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31. Isto é o que
restou
do Projeto
Jari.
O BEIRADÃO
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32. Barreira na porta da
casa tenta impedir que criança
caminhe nas passarelas. Grande
parte das donas de casa têm de
cuidar de pequenos negócios
durante o dia para ganhar a vida
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