SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 3
Descargar para leer sin conexión
HCA

RESUMO – A CULTURA DA CATEDRAL

Contextualização:
Considera-se que o Gótico tenha nascido perto de Paris (Île-deFrance), no séc. XII pelas mãos de Suger, abade de Saint-Denis,
tendo findado no séc. XV. O estilo surgiu quando Suger pretendeu transformar a Abadia Beneditina de Saint-Denis, após ter sido
encarregado por Luís VII da regência da Igreja francesa. Os trabalhos de ampliação da igreja deram lugar a um local que viria a
reunir os traços gerais daquilo que é o gótico: graças à abóboda de cruzaria de ogivas – que permitia construir uma cobertura
sem o recurso a paredes – Suger conseguiu aligeirar as paredes do edifício, conferindo-lhes uma leveza capaz de albergar vitrais
de grandes dimensões que inundavam a igreja de luz divina, transportando os seus visitantes para o “mundo superior”.
Contextualização do Gótico [séc. XII – séc. XV]:
 O tempo da renovação e da recessão;
 Séc. XII – feudalismo ainda em fase de expansão
 Séc. XIII – fragilidade na estrutura feudal (burguesia vem quebrar esse sistema, trazendo nova visão e
novas hipóteses de vida social)
 Séc. XIV – recessão económica; guerra dos 100 anos; grande divisão do ocidente
 Séc. XV – recuperação
A catedral toma um lugar central na cultura do Gótico, acabando por materializar uma Cidade de Deus; local onde residia o bisco,
este edifício autonomizava agora em relação ao poder do rei. O que imediatamente distinguia as catedrais góticas eram a sua
elevação e verticalidade, com um exterior imponente e abundantemente decorado e um interior amplo, elevado e
luminoso.
O facto era que a construção das catedrais envolvia toda a sociedade e todos acabavam por participar na sua edificação, fossem
os mais poderosos, fossem até as prostitutas, pois todos queriam manifestar a sua crença e devoção a Deus.
A catedral era arquitetada cuidadosamente, de forma a enaltecer a ideia de mística, de metafísico e, assim, os seus vitrais – a
rosácea, por exemplo – serviam para iluminar o edifício, envolvendo-o numa atmosfera de luz quase sobrenatural e mágica que
elevava os fiéis a Deus, aproximando-os. A verticalidade destas construções (seja através da elevação dos arcos, quebrando-os;
seja através da introdução de pináculos) fortalece, mais uma vez, a ideia de que, entrando no edifício, o caminho até Deus
encurta.
Por fim, a catedral – suprema realização do Gótico – simboliza os valores estruturados por S. Tomás de Aquino reunindo em
perfeita harmonia a ordem racional dos conhecimentos geométricos e matemáticos com a espiritualidade cristã e a metafísica da
luz.
Com o cessar das invasões bárbaras e dos seus ataques constantes, a sociedade podia agora sair das trevas e após o
desaparecimento do sistema feudal, que canalizava a riqueza para as terras, e o crescimento do comércio, a vida urbana ia
ressurgindo. O próprio aparecimento da burguesia ira fomentar o dinamismo urbano, através do desenvolvimento económico e
comercial que avivam as ruas da cidade. Ela torna-se agora mais lúdica, com cerimónias tanto laicas como religiosas e faz da
Catedral o seu centro, demonstrando a devoção religiosa vigente na época. Esse ressurgimento urbano comprova o facto de o
Homem se ter afastado da figura castigadora que fizera de Deus e, apesar de ainda procurar assegurar um lugar no Paraíso, ele é
agora capaz de se valorizar.
Arquitetura:

Existe na arquitetura gótica uma inovação técnica a nível dos arcos (ao invés dos arcos românicos – arcos de volta perfeita –, o
arco gótica quebra-se e eleva-se para acompanhar a verticalidade que habita a catedral ); a nível das abóbodas de cruzaria de
ogivas (estas abóbodas derivam da abóboda de aresta do românico, que lhe dava uma utilização meramente decorativa. Estas
abóbodas góticas deixam de descarregar o seu peso sobre as paredes e passam a ser compostas por secções independentes –
tramos – permitindo uma concentração do peso em pontos específicos fragilizando as paredes.); os contrafortes góticos também
se distinguem dos românicos e deixam de estar encostados às paredes do edifício para albergarem um arcobotante que permite
o afastamento do estribo e assim aligeirar as paredes da catedral.

HCA

Elementos constituintes da arquitetura gótica:

1
HCA

RESUMO – A CULTURA DA CATEDRAL

Identificar as inovações estruturais a nível de planta e alçado.:
 Verticalidade da volumetria;
 Nova articulação do espaço (edifício de planta basilical orientado; espaço amplo, concebido como um todo; transepto
menos desenvolvido; abside mais alongada e complexa; três entradas na fachada ocidentalque permitem a escolha)
 Paredes libertadas da função de suporte
 Rigor matemático na proporção e na ordem e na divisão tripartida dos alçados
 Relação espacial de abertura ao exterior (luz e cor)
Conceção espacial e a ideologia religiosa:
A conceção espacial advém da influência direta do abade Suger e da filosofia escolástica, uma vez que o primeiro acreditava que
“Deus é Luz” e, assim, a inserção de vitrais nas frechas criadas pela introdução da abóboda de cruzaria de ogivas permitem que a
catedral seja banhada de luz (cuja intensidade modifica conforme as horas do dia) e crie um jogo de cores, apelando à metafísica
dessa luz e trazendo Deus para dentro da catedral. Por outro lado, a filosofia escolástica é aludida na construção da catedral uma
vez que se conjuga a razão com a fé na própria edificação do edifício, através do rigor matemático que se aliará aos jogos de
luzes.
Por outro lado, a verticalidade é uma constante na catedral e existe através da expressão mais elegante e adelgada dos
elementos constituintes do edifício, tanto no interior (colunas e colunelos) como no exterior (pináculos, agulhas, estátuas de vulto
redondo)
Escultura:
Está patente entre a escultura gótica e românica uma ligação, visível, por exemplo, no facto de persistir a relação entre a
arquitetura e a escultura. No entanto, os escultores do séc. XIII alargaram os seus suportes e as suas temáticas (assim como as
suas técnicas) e desencadearam uma renovação formal, plástica e estética muito forte. Em comparação com o românico,
existiu no gótico uma evolução no sentido da composição, da expressividade, da monumentalidade e da aproximação à
realidade no que toca à representação de figuras. A escultura gótica aproxima-se, assim, da cultura humanista e cria figuras mais
realistas, havendo uma representação mais fiel do corpo humano e da sua anatomia escondida por baixo de roupagens tratadas
com grande naturalismo. Elas autonomizam-se da arquitetura, dando lugar a figuras de vulto redondo, apoiadas firmemente no
solo, que enaltecem a verticalidade da própria catedral, no sentido de elevar a obra e desencadear a contemplação.
O rosto das representações humaniza-se e os seus olhos ganham vida, havendo uma representação mais plástica, mais
verdadeira e mais dinâmica. As temáticas tratadas na escultura gótica voltam-se, na grande maioria para o Novo Testamento – ou
seja, para a vida de Cristo – e passam a representar Cristo em Majestade, os Apóstolos e a Virgem em Majestade de forma mais
humana e criando uma relação afetiva com as figuras. Os próprios santos patronos das regiões onde estão inseridos passam a ter
destaque na representação escultórica do gótico. A imagem passa a ter uma função didática e educa com valores da igreja
Ao analisar as temáticas tratadas e as figuras representadas, deixamos de estar perante um Deus castigador e severo que pune
as almas que pecam (como era o caso no Românico) e passamos a estar perante um Cristo em Majestade, quase sorridente, e
acolhedor que convida os fiéis a entrarem no seu templo – a catedral. Existe, assim, uma aproximação das divindades ao ser
humano e sabe-se que no Gótico, o homem, continuando extremamente devoto, passa a valorizar-se um pouco mais e faz,
portanto, sentido que as representações se relacionem com essa valorização crescente (representa-se uma mãe, a Virgem; o
Cristo, algo vulnerável e condescendente e os santos patronos, em tempos humanos, que ganharam o seu lugar nos altares;
todos com expressões grandemente fiéis às do ser humano e obedientes à sua anatomia). Essa humanização das divindades
aproxima, uma vez mais, os fiéis ao seu Criador.

A pintura gótica renova-se em relação à românica, no sentido em que a pintura mural é substituída pela pintura em madeira
(painéis, retábulos, quadros, etc.) e existe uma tendência forte para a representação naturalista.
A pintura gótica desenvolve-se, assim, segundo três técnica principais: o vitral, a iluminura e o retábulo.
O vitral tornou-se num dos mais poderosos elementos visuais e um forte canal narrativo da fé cristã que veio substituir os murais
românicos e, assim, um elemento forte da pintura gótica. Graças à introdução da abóboda de cruzaria de ogivas, existem, agora,
mais vão abertos à luz na catedral e uma janela que será a tela do pintor gótico. São altas janelas e grandes rosáceas das quais o

HCA

Pintura:

2
HCA

RESUMO – A CULTURA DA CATEDRAL

pintor podia tirar partido da relação luz-cor e criar reflexos e projeções cromáticas divinas, que acolhiam narrativas religiosas. O
vitral constituiu, assim, um dos elementos mais importantes da estética de Suger, que acreditava que “Deus é luz”.
S. Francisco de Assis pregava a igualdade perante Deus de todos os seres da criação e isso incutiu nos artistas plásticos a
possibilidade de representar a natureza e o mundo físico num retrato fiel e exato. Por outro lado, o próprio Cristo assumia agora a
dor e os sentimentos humanos – ele humanizava-se, deixando de parecer tão altivo nas suas representações – e, por isso, os
seus retratos incluíam uma imagem de Jesus despido e praticamente nu, arqueado de dor e aceitando a morte.
A iluminura, paralelamente, deixava de estar constrita aos mosteiros e avançava gradualmente para as oficinas urbanas.

HCA

Pode-se dizer que a temática da pintura e da escultura gótica, muito relacionada com o Novo Testamento, servia um propósito:
ensinar os analfabetos sobre os escritos bíblicos, aproximando-os assim de Deus.

3

Más contenido relacionado

La actualidad más candente

Módulo 4 . A arte sob o signo de Alá
Módulo 4 . A arte sob o signo de AláMódulo 4 . A arte sob o signo de Alá
Módulo 4 . A arte sob o signo de AláCarla Freitas
 
Arte ao redor de 1900
Arte ao redor de 1900Arte ao redor de 1900
Arte ao redor de 1900Ana Barreiros
 
Arquitetura Neoclássica
Arquitetura NeoclássicaArquitetura Neoclássica
Arquitetura NeoclássicaIsis Magalhães
 
Arte na idade média
Arte na idade médiaArte na idade média
Arte na idade médiaSofia Yuna
 
02 arquitetura gótica
02 arquitetura gótica02 arquitetura gótica
02 arquitetura góticaVítor Santos
 
Módulo 7 arquitetura neoclássica
Módulo 7   arquitetura neoclássicaMódulo 7   arquitetura neoclássica
Módulo 7 arquitetura neoclássicaCarla Freitas
 
Módulo 6 escultura barroca
Módulo 6   escultura barrocaMódulo 6   escultura barroca
Módulo 6 escultura barrocaCarla Freitas
 
Cultura da Catedral - Arte Mudejar
Cultura da Catedral - Arte MudejarCultura da Catedral - Arte Mudejar
Cultura da Catedral - Arte MudejarCarlos Vieira
 
A pintura gótica iii
A pintura gótica iiiA pintura gótica iii
A pintura gótica iiiAna Barreiros
 
Cultura do mosteiro_2_arquitetura
Cultura do mosteiro_2_arquiteturaCultura do mosteiro_2_arquitetura
Cultura do mosteiro_2_arquiteturaVítor Santos
 
Cultura da Catedral - Arquitectura Gótica
Cultura da Catedral - Arquitectura GóticaCultura da Catedral - Arquitectura Gótica
Cultura da Catedral - Arquitectura GóticaCarlos Vieira
 
Palácio da Pena - caso prático
Palácio da Pena - caso práticoPalácio da Pena - caso prático
Palácio da Pena - caso práticoHca Faro
 
A arte gótica I
A arte gótica IA arte gótica I
A arte gótica Icattonia
 

La actualidad más candente (20)

Módulo 4 . A arte sob o signo de Alá
Módulo 4 . A arte sob o signo de AláMódulo 4 . A arte sob o signo de Alá
Módulo 4 . A arte sob o signo de Alá
 
Pintura barroca
Pintura barrocaPintura barroca
Pintura barroca
 
Arte ao redor de 1900
Arte ao redor de 1900Arte ao redor de 1900
Arte ao redor de 1900
 
Arte Gótica
Arte GóticaArte Gótica
Arte Gótica
 
Arquitetura Neoclássica
Arquitetura NeoclássicaArquitetura Neoclássica
Arquitetura Neoclássica
 
Arte românica
Arte românicaArte românica
Arte românica
 
A pintura gótica i
A pintura gótica iA pintura gótica i
A pintura gótica i
 
Arte na idade média
Arte na idade médiaArte na idade média
Arte na idade média
 
02 arquitetura gótica
02 arquitetura gótica02 arquitetura gótica
02 arquitetura gótica
 
Arte islamica
Arte islamicaArte islamica
Arte islamica
 
Módulo 7 arquitetura neoclássica
Módulo 7   arquitetura neoclássicaMódulo 7   arquitetura neoclássica
Módulo 7 arquitetura neoclássica
 
A Arte Rococó
A Arte RococóA Arte Rococó
A Arte Rococó
 
Módulo 6 escultura barroca
Módulo 6   escultura barrocaMódulo 6   escultura barroca
Módulo 6 escultura barroca
 
Cultura da Catedral - Arte Mudejar
Cultura da Catedral - Arte MudejarCultura da Catedral - Arte Mudejar
Cultura da Catedral - Arte Mudejar
 
A pintura gótica iii
A pintura gótica iiiA pintura gótica iii
A pintura gótica iii
 
Cultura do mosteiro_2_arquitetura
Cultura do mosteiro_2_arquiteturaCultura do mosteiro_2_arquitetura
Cultura do mosteiro_2_arquitetura
 
Cultura da Catedral - Arquitectura Gótica
Cultura da Catedral - Arquitectura GóticaCultura da Catedral - Arquitectura Gótica
Cultura da Catedral - Arquitectura Gótica
 
Palácio da Pena - caso prático
Palácio da Pena - caso práticoPalácio da Pena - caso prático
Palácio da Pena - caso prático
 
Arte gótica
Arte góticaArte gótica
Arte gótica
 
A arte gótica I
A arte gótica IA arte gótica I
A arte gótica I
 

Destacado

Ficha formativa cultura da catedral
Ficha formativa cultura da catedralFicha formativa cultura da catedral
Ficha formativa cultura da catedralAna Barreiros
 
Cultura da Catedral - Introdução ao Módulo
Cultura da Catedral - Introdução ao MóduloCultura da Catedral - Introdução ao Módulo
Cultura da Catedral - Introdução ao MóduloCarlos Vieira
 
01 cultura da catedral
01 cultura da catedral01 cultura da catedral
01 cultura da catedralVítor Santos
 
A cultura da catedral contexto
A cultura da catedral   contextoA cultura da catedral   contexto
A cultura da catedral contextocattonia
 
A arquitetura gótica
A arquitetura góticaA arquitetura gótica
A arquitetura góticaAna Barreiros
 
Roma apresentação 2
Roma apresentação 2Roma apresentação 2
Roma apresentação 2Vítor Santos
 
Roma apresentação 1
Roma apresentação 1Roma apresentação 1
Roma apresentação 1Vítor Santos
 
Roma apresentação 3
Roma apresentação 3Roma apresentação 3
Roma apresentação 3Vítor Santos
 
Exame mod 4 2 taar - correção
Exame mod 4  2 taar - correçãoExame mod 4  2 taar - correção
Exame mod 4 2 taar - correçãoteresagoncalves
 
01 cultura da catedral
01 cultura da catedral01 cultura da catedral
01 cultura da catedralVítor Santos
 
4 04 15_16 construção da modernidade europeia
4 04 15_16 construção da modernidade europeia4 04 15_16 construção da modernidade europeia
4 04 15_16 construção da modernidade europeiaVítor Santos
 
Exame mod 4 - critérios.
Exame mod 4 - critérios.Exame mod 4 - critérios.
Exame mod 4 - critérios.teresagoncalves
 
Proposta Correção - mód IV
Proposta Correção  - mód IVProposta Correção  - mód IV
Proposta Correção - mód IVteresagoncalves
 
4 03 15_16triunfo dos estados e dinamicas economicas nos seculos xvii e xviii
4 03 15_16triunfo dos estados e dinamicas economicas nos seculos xvii e xviii4 03 15_16triunfo dos estados e dinamicas economicas nos seculos xvii e xviii
4 03 15_16triunfo dos estados e dinamicas economicas nos seculos xvii e xviiiVítor Santos
 
4 04 construção da modernidade europeia
4 04 construção da modernidade europeia4 04 construção da modernidade europeia
4 04 construção da modernidade europeiavitormbsantos
 
Idade Média: Gótico
Idade Média: GóticoIdade Média: Gótico
Idade Média: GóticoJoão Lima
 

Destacado (20)

Cultura da catedral
Cultura da catedralCultura da catedral
Cultura da catedral
 
Ficha formativa cultura da catedral
Ficha formativa cultura da catedralFicha formativa cultura da catedral
Ficha formativa cultura da catedral
 
Cultura da Catedral - Introdução ao Módulo
Cultura da Catedral - Introdução ao MóduloCultura da Catedral - Introdução ao Módulo
Cultura da Catedral - Introdução ao Módulo
 
MóDulo 4
MóDulo 4MóDulo 4
MóDulo 4
 
01 cultura da catedral
01 cultura da catedral01 cultura da catedral
01 cultura da catedral
 
A cultura da catedral contexto
A cultura da catedral   contextoA cultura da catedral   contexto
A cultura da catedral contexto
 
A arquitetura gótica
A arquitetura góticaA arquitetura gótica
A arquitetura gótica
 
Roma apresentação 2
Roma apresentação 2Roma apresentação 2
Roma apresentação 2
 
Roma apresentação 1
Roma apresentação 1Roma apresentação 1
Roma apresentação 1
 
Roma apresentação 3
Roma apresentação 3Roma apresentação 3
Roma apresentação 3
 
Arte Gótica
Arte GóticaArte Gótica
Arte Gótica
 
Exame mod 4 2 taar - correção
Exame mod 4  2 taar - correçãoExame mod 4  2 taar - correção
Exame mod 4 2 taar - correção
 
A escultura gótica
A escultura góticaA escultura gótica
A escultura gótica
 
01 cultura da catedral
01 cultura da catedral01 cultura da catedral
01 cultura da catedral
 
4 04 15_16 construção da modernidade europeia
4 04 15_16 construção da modernidade europeia4 04 15_16 construção da modernidade europeia
4 04 15_16 construção da modernidade europeia
 
Exame mod 4 - critérios.
Exame mod 4 - critérios.Exame mod 4 - critérios.
Exame mod 4 - critérios.
 
Proposta Correção - mód IV
Proposta Correção  - mód IVProposta Correção  - mód IV
Proposta Correção - mód IV
 
4 03 15_16triunfo dos estados e dinamicas economicas nos seculos xvii e xviii
4 03 15_16triunfo dos estados e dinamicas economicas nos seculos xvii e xviii4 03 15_16triunfo dos estados e dinamicas economicas nos seculos xvii e xviii
4 03 15_16triunfo dos estados e dinamicas economicas nos seculos xvii e xviii
 
4 04 construção da modernidade europeia
4 04 construção da modernidade europeia4 04 construção da modernidade europeia
4 04 construção da modernidade europeia
 
Idade Média: Gótico
Idade Média: GóticoIdade Média: Gótico
Idade Média: Gótico
 

Similar a Resumo Cultura do Gótico - Hisatória da Cultura e das Artes

Similar a Resumo Cultura do Gótico - Hisatória da Cultura e das Artes (20)

O gótico português e a sua vertente manuelina
O gótico português e a sua vertente manuelinaO gótico português e a sua vertente manuelina
O gótico português e a sua vertente manuelina
 
Idade Média - Gótico (aula integrada)
Idade Média - Gótico (aula integrada)Idade Média - Gótico (aula integrada)
Idade Média - Gótico (aula integrada)
 
Estilo arte gótica
Estilo arte góticaEstilo arte gótica
Estilo arte gótica
 
2C26 Arte Gótica e British Museum 2012
2C26 Arte Gótica e British Museum 20122C26 Arte Gótica e British Museum 2012
2C26 Arte Gótica e British Museum 2012
 
Idade mdia-gtico-25805
Idade mdia-gtico-25805Idade mdia-gtico-25805
Idade mdia-gtico-25805
 
Catedral de Chartres
Catedral de ChartresCatedral de Chartres
Catedral de Chartres
 
Arte Gótica
Arte GóticaArte Gótica
Arte Gótica
 
O aparecimento da arte gotica
O aparecimento da arte goticaO aparecimento da arte gotica
O aparecimento da arte gotica
 
Arte idade média 8º ano
Arte  idade média 8º anoArte  idade média 8º ano
Arte idade média 8º ano
 
Arte Medieval
Arte MedievalArte Medieval
Arte Medieval
 
imagens arte românica e gótica (7º ano)
imagens arte românica e gótica (7º ano)imagens arte românica e gótica (7º ano)
imagens arte românica e gótica (7º ano)
 
História da Arte: Arte Medieval
História da Arte: Arte MedievalHistória da Arte: Arte Medieval
História da Arte: Arte Medieval
 
ARTE GÓTICA
ARTE GÓTICAARTE GÓTICA
ARTE GÓTICA
 
Arte gótica
Arte gótica Arte gótica
Arte gótica
 
Valores, vivências e quotidiano
Valores, vivências e quotidianoValores, vivências e quotidiano
Valores, vivências e quotidiano
 
Arte Românica e Gótica / 3º ano Médio Toulouse Lautrec
Arte Românica e Gótica / 3º ano Médio Toulouse LautrecArte Românica e Gótica / 3º ano Médio Toulouse Lautrec
Arte Românica e Gótica / 3º ano Médio Toulouse Lautrec
 
Introdução
IntroduçãoIntrodução
Introdução
 
Arte gótica
Arte gótica Arte gótica
Arte gótica
 
artegotica
artegoticaartegotica
artegotica
 
Linha-Do-Tempo ARTE
Linha-Do-Tempo ARTELinha-Do-Tempo ARTE
Linha-Do-Tempo ARTE
 

Más de Dylan Bonnet

A Cultura do Salão
A Cultura do SalãoA Cultura do Salão
A Cultura do SalãoDylan Bonnet
 
A Cultura do Palácio: Renascimento
A Cultura do Palácio: RenascimentoA Cultura do Palácio: Renascimento
A Cultura do Palácio: RenascimentoDylan Bonnet
 
A cultura académica em portugal
A cultura académica em portugalA cultura académica em portugal
A cultura académica em portugalDylan Bonnet
 
Resumo Cultura do Ágora - HCA
Resumo Cultura do Ágora - HCAResumo Cultura do Ágora - HCA
Resumo Cultura do Ágora - HCADylan Bonnet
 
Resumos filosofia 11
Resumos filosofia 11Resumos filosofia 11
Resumos filosofia 11Dylan Bonnet
 

Más de Dylan Bonnet (6)

A Cultura do Salão
A Cultura do SalãoA Cultura do Salão
A Cultura do Salão
 
A Cultura do Palácio: Renascimento
A Cultura do Palácio: RenascimentoA Cultura do Palácio: Renascimento
A Cultura do Palácio: Renascimento
 
O livro de kells
O livro de kellsO livro de kells
O livro de kells
 
A cultura académica em portugal
A cultura académica em portugalA cultura académica em portugal
A cultura académica em portugal
 
Resumo Cultura do Ágora - HCA
Resumo Cultura do Ágora - HCAResumo Cultura do Ágora - HCA
Resumo Cultura do Ágora - HCA
 
Resumos filosofia 11
Resumos filosofia 11Resumos filosofia 11
Resumos filosofia 11
 

Último

Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Ilda Bicacro
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdfLeloIurk1
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfLeloIurk1
 
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfFrancisco Márcio Bezerra Oliveira
 
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptx
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptxSlide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptx
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptxedelon1
 
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfApresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfcomercial400681
 
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdfmarlene54545
 
Projeto Nós propomos! Sertã, 2024 - Chupetas Eletrónicas.pptx
Projeto Nós propomos! Sertã, 2024 - Chupetas Eletrónicas.pptxProjeto Nós propomos! Sertã, 2024 - Chupetas Eletrónicas.pptx
Projeto Nós propomos! Sertã, 2024 - Chupetas Eletrónicas.pptxIlda Bicacro
 
Nós Propomos! Autocarros Elétricos - Trabalho desenvolvido no âmbito de Cidad...
Nós Propomos! Autocarros Elétricos - Trabalho desenvolvido no âmbito de Cidad...Nós Propomos! Autocarros Elétricos - Trabalho desenvolvido no âmbito de Cidad...
Nós Propomos! Autocarros Elétricos - Trabalho desenvolvido no âmbito de Cidad...Ilda Bicacro
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfHELENO FAVACHO
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)ElliotFerreira
 
matematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecnimatematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecniCleidianeCarvalhoPer
 
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...Francisco Márcio Bezerra Oliveira
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMHELENO FAVACHO
 
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxResponde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxAntonioVieira539017
 
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxSlides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfHELENO FAVACHO
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSOLeloIurk1
 
Modelo de Plano Plano semanal Educação Infantil 5 anossemanal Educação Infant...
Modelo de Plano Plano semanal Educação Infantil 5 anossemanal Educação Infant...Modelo de Plano Plano semanal Educação Infantil 5 anossemanal Educação Infant...
Modelo de Plano Plano semanal Educação Infantil 5 anossemanal Educação Infant...AndreaCavalcante14
 

Último (20)

Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
 
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
 
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptx
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptxSlide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptx
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptx
 
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfApresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
 
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
 
Projeto Nós propomos! Sertã, 2024 - Chupetas Eletrónicas.pptx
Projeto Nós propomos! Sertã, 2024 - Chupetas Eletrónicas.pptxProjeto Nós propomos! Sertã, 2024 - Chupetas Eletrónicas.pptx
Projeto Nós propomos! Sertã, 2024 - Chupetas Eletrónicas.pptx
 
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIXAula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
 
Nós Propomos! Autocarros Elétricos - Trabalho desenvolvido no âmbito de Cidad...
Nós Propomos! Autocarros Elétricos - Trabalho desenvolvido no âmbito de Cidad...Nós Propomos! Autocarros Elétricos - Trabalho desenvolvido no âmbito de Cidad...
Nós Propomos! Autocarros Elétricos - Trabalho desenvolvido no âmbito de Cidad...
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
 
matematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecnimatematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecni
 
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
 
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxResponde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
 
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxSlides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
 
Modelo de Plano Plano semanal Educação Infantil 5 anossemanal Educação Infant...
Modelo de Plano Plano semanal Educação Infantil 5 anossemanal Educação Infant...Modelo de Plano Plano semanal Educação Infantil 5 anossemanal Educação Infant...
Modelo de Plano Plano semanal Educação Infantil 5 anossemanal Educação Infant...
 

Resumo Cultura do Gótico - Hisatória da Cultura e das Artes

  • 1. HCA RESUMO – A CULTURA DA CATEDRAL Contextualização: Considera-se que o Gótico tenha nascido perto de Paris (Île-deFrance), no séc. XII pelas mãos de Suger, abade de Saint-Denis, tendo findado no séc. XV. O estilo surgiu quando Suger pretendeu transformar a Abadia Beneditina de Saint-Denis, após ter sido encarregado por Luís VII da regência da Igreja francesa. Os trabalhos de ampliação da igreja deram lugar a um local que viria a reunir os traços gerais daquilo que é o gótico: graças à abóboda de cruzaria de ogivas – que permitia construir uma cobertura sem o recurso a paredes – Suger conseguiu aligeirar as paredes do edifício, conferindo-lhes uma leveza capaz de albergar vitrais de grandes dimensões que inundavam a igreja de luz divina, transportando os seus visitantes para o “mundo superior”. Contextualização do Gótico [séc. XII – séc. XV]:  O tempo da renovação e da recessão;  Séc. XII – feudalismo ainda em fase de expansão  Séc. XIII – fragilidade na estrutura feudal (burguesia vem quebrar esse sistema, trazendo nova visão e novas hipóteses de vida social)  Séc. XIV – recessão económica; guerra dos 100 anos; grande divisão do ocidente  Séc. XV – recuperação A catedral toma um lugar central na cultura do Gótico, acabando por materializar uma Cidade de Deus; local onde residia o bisco, este edifício autonomizava agora em relação ao poder do rei. O que imediatamente distinguia as catedrais góticas eram a sua elevação e verticalidade, com um exterior imponente e abundantemente decorado e um interior amplo, elevado e luminoso. O facto era que a construção das catedrais envolvia toda a sociedade e todos acabavam por participar na sua edificação, fossem os mais poderosos, fossem até as prostitutas, pois todos queriam manifestar a sua crença e devoção a Deus. A catedral era arquitetada cuidadosamente, de forma a enaltecer a ideia de mística, de metafísico e, assim, os seus vitrais – a rosácea, por exemplo – serviam para iluminar o edifício, envolvendo-o numa atmosfera de luz quase sobrenatural e mágica que elevava os fiéis a Deus, aproximando-os. A verticalidade destas construções (seja através da elevação dos arcos, quebrando-os; seja através da introdução de pináculos) fortalece, mais uma vez, a ideia de que, entrando no edifício, o caminho até Deus encurta. Por fim, a catedral – suprema realização do Gótico – simboliza os valores estruturados por S. Tomás de Aquino reunindo em perfeita harmonia a ordem racional dos conhecimentos geométricos e matemáticos com a espiritualidade cristã e a metafísica da luz. Com o cessar das invasões bárbaras e dos seus ataques constantes, a sociedade podia agora sair das trevas e após o desaparecimento do sistema feudal, que canalizava a riqueza para as terras, e o crescimento do comércio, a vida urbana ia ressurgindo. O próprio aparecimento da burguesia ira fomentar o dinamismo urbano, através do desenvolvimento económico e comercial que avivam as ruas da cidade. Ela torna-se agora mais lúdica, com cerimónias tanto laicas como religiosas e faz da Catedral o seu centro, demonstrando a devoção religiosa vigente na época. Esse ressurgimento urbano comprova o facto de o Homem se ter afastado da figura castigadora que fizera de Deus e, apesar de ainda procurar assegurar um lugar no Paraíso, ele é agora capaz de se valorizar. Arquitetura: Existe na arquitetura gótica uma inovação técnica a nível dos arcos (ao invés dos arcos românicos – arcos de volta perfeita –, o arco gótica quebra-se e eleva-se para acompanhar a verticalidade que habita a catedral ); a nível das abóbodas de cruzaria de ogivas (estas abóbodas derivam da abóboda de aresta do românico, que lhe dava uma utilização meramente decorativa. Estas abóbodas góticas deixam de descarregar o seu peso sobre as paredes e passam a ser compostas por secções independentes – tramos – permitindo uma concentração do peso em pontos específicos fragilizando as paredes.); os contrafortes góticos também se distinguem dos românicos e deixam de estar encostados às paredes do edifício para albergarem um arcobotante que permite o afastamento do estribo e assim aligeirar as paredes da catedral. HCA Elementos constituintes da arquitetura gótica: 1
  • 2. HCA RESUMO – A CULTURA DA CATEDRAL Identificar as inovações estruturais a nível de planta e alçado.:  Verticalidade da volumetria;  Nova articulação do espaço (edifício de planta basilical orientado; espaço amplo, concebido como um todo; transepto menos desenvolvido; abside mais alongada e complexa; três entradas na fachada ocidentalque permitem a escolha)  Paredes libertadas da função de suporte  Rigor matemático na proporção e na ordem e na divisão tripartida dos alçados  Relação espacial de abertura ao exterior (luz e cor) Conceção espacial e a ideologia religiosa: A conceção espacial advém da influência direta do abade Suger e da filosofia escolástica, uma vez que o primeiro acreditava que “Deus é Luz” e, assim, a inserção de vitrais nas frechas criadas pela introdução da abóboda de cruzaria de ogivas permitem que a catedral seja banhada de luz (cuja intensidade modifica conforme as horas do dia) e crie um jogo de cores, apelando à metafísica dessa luz e trazendo Deus para dentro da catedral. Por outro lado, a filosofia escolástica é aludida na construção da catedral uma vez que se conjuga a razão com a fé na própria edificação do edifício, através do rigor matemático que se aliará aos jogos de luzes. Por outro lado, a verticalidade é uma constante na catedral e existe através da expressão mais elegante e adelgada dos elementos constituintes do edifício, tanto no interior (colunas e colunelos) como no exterior (pináculos, agulhas, estátuas de vulto redondo) Escultura: Está patente entre a escultura gótica e românica uma ligação, visível, por exemplo, no facto de persistir a relação entre a arquitetura e a escultura. No entanto, os escultores do séc. XIII alargaram os seus suportes e as suas temáticas (assim como as suas técnicas) e desencadearam uma renovação formal, plástica e estética muito forte. Em comparação com o românico, existiu no gótico uma evolução no sentido da composição, da expressividade, da monumentalidade e da aproximação à realidade no que toca à representação de figuras. A escultura gótica aproxima-se, assim, da cultura humanista e cria figuras mais realistas, havendo uma representação mais fiel do corpo humano e da sua anatomia escondida por baixo de roupagens tratadas com grande naturalismo. Elas autonomizam-se da arquitetura, dando lugar a figuras de vulto redondo, apoiadas firmemente no solo, que enaltecem a verticalidade da própria catedral, no sentido de elevar a obra e desencadear a contemplação. O rosto das representações humaniza-se e os seus olhos ganham vida, havendo uma representação mais plástica, mais verdadeira e mais dinâmica. As temáticas tratadas na escultura gótica voltam-se, na grande maioria para o Novo Testamento – ou seja, para a vida de Cristo – e passam a representar Cristo em Majestade, os Apóstolos e a Virgem em Majestade de forma mais humana e criando uma relação afetiva com as figuras. Os próprios santos patronos das regiões onde estão inseridos passam a ter destaque na representação escultórica do gótico. A imagem passa a ter uma função didática e educa com valores da igreja Ao analisar as temáticas tratadas e as figuras representadas, deixamos de estar perante um Deus castigador e severo que pune as almas que pecam (como era o caso no Românico) e passamos a estar perante um Cristo em Majestade, quase sorridente, e acolhedor que convida os fiéis a entrarem no seu templo – a catedral. Existe, assim, uma aproximação das divindades ao ser humano e sabe-se que no Gótico, o homem, continuando extremamente devoto, passa a valorizar-se um pouco mais e faz, portanto, sentido que as representações se relacionem com essa valorização crescente (representa-se uma mãe, a Virgem; o Cristo, algo vulnerável e condescendente e os santos patronos, em tempos humanos, que ganharam o seu lugar nos altares; todos com expressões grandemente fiéis às do ser humano e obedientes à sua anatomia). Essa humanização das divindades aproxima, uma vez mais, os fiéis ao seu Criador. A pintura gótica renova-se em relação à românica, no sentido em que a pintura mural é substituída pela pintura em madeira (painéis, retábulos, quadros, etc.) e existe uma tendência forte para a representação naturalista. A pintura gótica desenvolve-se, assim, segundo três técnica principais: o vitral, a iluminura e o retábulo. O vitral tornou-se num dos mais poderosos elementos visuais e um forte canal narrativo da fé cristã que veio substituir os murais românicos e, assim, um elemento forte da pintura gótica. Graças à introdução da abóboda de cruzaria de ogivas, existem, agora, mais vão abertos à luz na catedral e uma janela que será a tela do pintor gótico. São altas janelas e grandes rosáceas das quais o HCA Pintura: 2
  • 3. HCA RESUMO – A CULTURA DA CATEDRAL pintor podia tirar partido da relação luz-cor e criar reflexos e projeções cromáticas divinas, que acolhiam narrativas religiosas. O vitral constituiu, assim, um dos elementos mais importantes da estética de Suger, que acreditava que “Deus é luz”. S. Francisco de Assis pregava a igualdade perante Deus de todos os seres da criação e isso incutiu nos artistas plásticos a possibilidade de representar a natureza e o mundo físico num retrato fiel e exato. Por outro lado, o próprio Cristo assumia agora a dor e os sentimentos humanos – ele humanizava-se, deixando de parecer tão altivo nas suas representações – e, por isso, os seus retratos incluíam uma imagem de Jesus despido e praticamente nu, arqueado de dor e aceitando a morte. A iluminura, paralelamente, deixava de estar constrita aos mosteiros e avançava gradualmente para as oficinas urbanas. HCA Pode-se dizer que a temática da pintura e da escultura gótica, muito relacionada com o Novo Testamento, servia um propósito: ensinar os analfabetos sobre os escritos bíblicos, aproximando-os assim de Deus. 3