3. Existia uma menina, Joana, que vivia bem longe daqui.
Era baixa, de cabelo grisalho; usava calças rotas e
camisolas velhas! Todos os meninos daquela aldeia a
criticavam por ela ser como era – tinham vergonha,
“nojo” dela!
A menina vivia numa solidão, rodeada de “nada”, uma
vida sem amigos.
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4. Ou melhor, Joana nem sabia o significado da palavra
“amigo”.Via os meninos da aldeia juntos, a pular, a
brincar, a gritar e jogar, com um sorriso estampado na
cara…e a menina ficava a um canto, a pensar para si
própria, já que ninguém a ouvia. Sentia-se triste, tão
Sentia-
triste que nem sabia como sorrir, como viver daquela
maneira. Chorava, chorava…. Os meninos viam, mas não
chorava….
ligavam; deixavam estar. Era como se ela fosse só mais
um pequeno objecto ali, num canto.
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5. Houve alguém que quis ajudá-la.Veio uma menina, a
ajudá-
passo de caracol e Joana ficou meio - assustada; não
sabia o que ela lhe iria fazer. Pensava que era apenas
mais outra, mas não! A menina perguntou-lhe a razão
perguntou-
daquele choro e Joana não sabia o que dizer…mas, com
os olhos repletos de lágrimas, disse que nem uma pessoa
havia com quem pudesse brincar.
_ Não te preocupes – respondeu-lhe a outra criança. A
respondeu-
partir de hoje, vou estar ao teu lado e ninguém te vai
desprezar. O que conta é o teu interior, o teu coração, e
não o que aparentas.
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7. No monte dos homens guerreiros vivia uma menina diferente. Em criança
tinha apanhado uma doença e, presentemente, tem a cara toda deformada.
A menina é feia, mas muito especial. Tem uma força do tamanho do
mundo! Não vive triste nem em solidão por ter a cara assim; anda sempre
com um sorriso na cara.
Mas por detrás do sorriso vive uma grande mágoa - a mãe não tinha
aguentado ver a filha assim e tinha-a abandonado. Nega ser a sua mãe e não a
visita. Portanto, ela vive com o pai que é muito seu amigo e lhe dá força, além
dos amigos.
Ela detesta que tenham pena e prefere pessoas que a ajudam a ultrapassar
os seus problemas.
Esta é a história de uma menina forte e guerreira que tem a sorte de ter
pai e amigos que a ajudam; mas há quem não tenha ninguém e aí entras tu que
não deves desprezar, gozar ou fazer dela alvo de piadas. Deves sim ajudá-la e
tratá-la como ela merece.
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9. Era uma vez uma menina feia chamada Rute.
Estava sempre muito triste porque todas as amigas tinham namorados,
menos ela.
Um dia, pediu ao pai, que era médico, que lhe fizesse uma plástica. Mas
o pai, muito zangado, disse-lhe que não porque ela era linda e não
precisava disso. Quando ouviu essas palavras, desatou a correr e,
inesperadamente, foi de encontro a um rapaz lindo! Ficou surpreendida
e… nas nuvens.
Passado algum tempo, resolveu ir visitá-lo, pois tinha ficado com o seu
contacto, mas ele não estava. Triste e desgostosa, iniciou o caminho de
regresso. De repente, viu-o. Aproximou-se e disse-lhe que gostava dele,
afastando-se, em seguida, pois sendo gorda e feia, não acreditava ter
qualquer hipótese. Mas enganou-se… acabaram por ficar juntos., pois a
beleza não é tudo.
Mais vale ser linda por dentro do que por fora.
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12. Era uma vez uma menina feia chamada Gabriela. Ela era tão
feia, tão feia que os seus amigos não gostavam de estar ao seu
lado.
Resolveram chamar-lhe “aberração” e foi o que fizeram numa
quarta-feira.
No dia seguinte, quando a Gabriela chegou à escola, os amigos
disseram:
_ Olá, aberração!
Cheia de vergonha, fugiu, e foi contar o que acontecera à
Directora de Turma, que falou com eles. Obrigou-os a pedir
desculpa e perguntou-lhes, também, o motivo de a tratarem assim.
A directora disse que não queria que isso se voltasse a repetir
e a partir desse dia todos passaram a respeitar a Gabriela.
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13. A menina feia,
Era baixa e gorda.
Quem por ela passava,
Gozava e gozava.
Mas ela até nem se importava.
Certo dia, a menina deu uma lição,
Pois uns rapazitos
Andavam a bater num cão.
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14. - Que estão a fazer?
- Cala-te, gorda feia!
- Posso ser feia e gorda,
Mas não faria isso.
- Não estamos a fazer nada de mal!
- Mas se fossem um cão,
Não gostavam de ser tratados assim!
Os rapazes meteram-se no “papel” do cão
E lágrimas lhes vieram aos olhos.
Afinal, a menina podia ser feia,
Mas tinha um excelente coração.
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