Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Como nos arrumamos
1. Eu conto! – PNL – março 2012
Era uma vez um mundo especial onde todos os habitantes tinham formas especiais, nomes
especiais, tudo especial! Nesse mundo, todos viviam felizes a fazer contas, a resolver problemas,
a dizer tabuadas… Era o mundo da Matemática, o mundo mais interessante que alguma vez se
viu… E, nesse mundo, os habitantes andavam sempre em grupos, em grupos muito divertidos!
FONSECA SANTOS, Margarida (2010). Desarrumar. Alfragide: Gailivro.
A Maria parou de ler a história e olhou para a professora.
- Ó professora, estava agora a pensar… É como na história!
- O que é como na história?! – perguntou a professora.
- Nós. Nós, também nos arrumamos em grupos! O grupo dos rapazes e o grupo das
raparigas, por exemplo.
Alunas: Catarina Reis, 8B, e Oksana Figol, 9B
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2. Eu conto! – PNL – março 2012
- Ou o grupo dos mais altos e o grupo dos mais baixos. – acrescentou a Sara.
A Maria e a Sara estavam cada vez mais entusiasmadas.
Nunca tinham pensado a sério naquilo que torna cada um de nós único e ao mesmo tempo
parte de um grupo.
- Professora, em quantos grupos podemos arrumar a nossa turma? – perguntou a Maria.
- Não sei. Mas podemos tentar descobrir. – propôs a professora. Vamos pensar nas nossas
características e formar grupos. Cada cor corresponde a uma característica e vamos colando os
autocolantes coloridos na camisola de cada um.
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3. Eu conto! – PNL – março 2012
E logo ali nasceu o grupo dos mais velhos e o dos mais novos, depois o grupo dos loiros e o
dos morenos, o grupo dos mais introvertidos e o dos mais extrovertidos,
e o grupo dos que gostam mais de desporto e o dos que gostam mais de música.
- Agora podíamos agrupar os que têm irmãos e os que não têm irmãos. – sugeriu o Tomás.
Isto mais parecia um jogo de xadrez, mas muito colorido. Cada um ia mudando de grupo de
acordo com as características e acumulando autocolantes de cores diferentes. Parecia uma
dança.
Afinal, em vez de se arrumarem, pareciam desarrumar-se, parecia tudo baralhado! Que
grande confusão!
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Cada um pertencia a vários grupos. Quase nunca era só um, quase sempre eram alguns e até
mesmo muitos.
Havia grupos maiores e grupos mais pequenos.
- Mas afinal, será possível pertencermos todos a um grupo? Parece não haver nada comum
a todos! – exclamou o Miguel.
Fez-se silêncio.
- Claro que há! – gritou a Maria. Todos somos uma turma. Cada um de nós, com aspeto
físico diferente, maneira de ser diferente, gostos diferentes, famílias diferentes, …. formamos um
grupo – uma turma.
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5. Eu conto! – PNL – março 2012
E porque somos diferentes é que é divertido brincarmos e aprendermos uns com os outros.
A Sara estava a ouvir a Maria com muita atenção e assim que ela acabou de falar
levantou o braço e disse:
+
- É verdade! Na nossa turma podemos arrumar-nos de maneiras diferentes: até por ordem
alfabética dos nossos nomes.
Mas aquela de que eu gosto mais é de nos arrumarmos num grande grupo de afetos e
companheirismo.
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6. Eu conto! – PNL – março 2012
E neste grupo,
Eu conto!
Tu contas!
Nós contamos!
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7. Eu conto! – PNL – março 2012
Texto construído na disciplina de Língua e Comunicação, com duas alunas com
Necessidades Educativas Especiais/ Currículo Especifico Individual (Decreto-lei 3/2008, 7 de
janeiro), a partir do trabalho do livro Desarrumar, de Margarida Fonseca Santos, e como resposta
ao desafio lançado pela autora no fim do mesmo:
E aí na vossa sala? Como é que vocês se arrumam?
Será pelas cores dos cabelos?
Ou por alturas?
O texto é acompanhado por símbolos pictográficos para a comunicação com o objetivo de
maximizar o acesso à mensagem/ ao texto por uma maior diversidade de alunos.
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