SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 16
Descargar para leer sin conexión
PR
IM
EIRO
C
A
PÍTU
LO
G
R
ÁTIS
 
A CEIA DO
SENHOR
Thomas Watson
A CEIA DO SENHOR
— Thomas Watson
Traduzido do original inglês: The Lord’s Supper
Os Puritanos © 2015.
1.a
Edição em Português – Junho de 2015 – 1.000 exemplares.
É proibida a reprodução total ou parcial desta publicação sem a
autorização por escrito do editor, exceto citações em resenhas.
EDITOR: Manoel Canuto
TRADUTOR: Valter Graciano Martins
REVISORES: Márcio Santana Sobrinho, Waldemir Magalhães
DESIGNER: Heraldo Almeida
ISBN: 978-85-62828-29-4
Gravura da capa: “A Scottish Sacrament” (óleo sobre tela) do pintor
Henry John Dobson (1858-1928) que retrata a administração da
Ceia do Senhor em uma igreja presbiteriana escocesa. A pintura está
agora na Galeria de Arte Cartwright Hall, em Bradford, Inglaterra.
SUMÁRIO
Epístola ao Leitor.............................................................. 7
Apresentação do Editor da Versão em Inglês..................... 9
1.	 O Mistério da Ceia do Senhor...................................11
2.	 A Consagração dos Elementos.................................. 17
3.	 Os Benefícios da Ceia do Senhor.............................. 25
4.	 O Amor de Cristo Exibido no Sacramento................31
5.	 O Corpo Partido de Cristo....................................... 37
6.	 O Sangue de Cristo...................................................41
7.	 Autoexame................................................................ 47
8.	 Verdadeira e Falsa Fé................................................. 55
9.	 Objeções Contra o Achegar-se ao Sacramento.......... 65
10.	Gratidão a Deus....................................................... 77
11.	Consolação para os Crentes e Advertências Para
os Incrédulos.............................................................81
 
EPÍSTOLA AO LEITOR
Leitor cristão,
 
Q
uando contemplo a santidade e solenidade do bendi-
to sacramento, outra coisa não me ocorre senão certa
punção em meu espírito, e vejo em mim a obrigação
de manter este mistério na mais elevada veneração. Os elementos
do pão e vinho são em si mesmos comuns, mas sob estas repre-
sentações simbólicas jazem ocultas excelências divinas. Eis aqui
a melhor das guloseimas: Deus nos convida à sua festa. Eis aqui
o fruto da Árvore da Vida; eis aqui a “casa do banquete” onde a
bandeira da livre graça é gloriosamente exibida: “Levou-me à casa
do banquete, e seu estandarte sobre mim era o amor” (Ct 2.4).
No sacramento vemos Cristo partido diante de nós, e seu cor-
po partido é o único conforto para o coração alquebrado. Enquan-
to nos assentamos em torno desta mesa, o precioso condimento
de Cristo exala sua fragrância de mérito e graça. O sacramento é
tanto uma ordenança curadora quanto seladora. Aqui nosso Sal-
vador conduz seu povo ao Monte da Transfiguração e lhes dá um
vislumbre do paraíso. Quão bem-vindo deve ser este jubileu da
alma, no qual Cristo se manifesta no esplendor de sua beleza e
traça douradas linhas de amor no centro do coração crente.
Oh! Que chamas de devoção deveriam arder em nosso cora-
ção! Quão ágeis e lépidos deveríamos ser, subindo com asas de
querubins, quando somos capacitados a encontrar o Príncipe da
A CEIA DO SENHOR
10
Glória, que traz em sua boca o ramo de oliveira de paz e cujos
ósculos deixam uma marca celestial impressa na alma. O propó-
sito deste discurso que se segue é exercitar santos ardores de alma
quanto à participação neste sacramento.
Não se deve pensar que é suficiente ser exteriormente devoto
junto à mesa de Deus, achegando-se a ele com os lábios, quan-
do o coração está longe dele: “este povo se aproxima de mim, e
com sua boca, e com seus lábios me honra, mas seu coração se
afasta para longe de mim e seu temor para comigo consiste só
em mandamentos de homens, em que foi instruído; portanto,
eis que continuarei a fazer uma obra maravilhosa no meio deste
povo, uma obra maravilhosa e um assombro; porque a sabedo-
ria de seus lábios perecerá, e o entendimento de seus prudentes
se esconderá” (Is 29.13-14). O que é isto senão que Efraim se
achega a Deus com mentiras (Os 11.12)? Os que se achegam a
Deus com meras exibições, ele lhes despedirá com meros sinais.
Os que prestam a Deus apenas uma obediência rasa terão de
contentar-se com uma casca de conforto.
A espiritualidade é a vida do culto. Se nos achegamos ao sa-
cramento em devida ordem, veremos aquele a quem nossas al-
mas amam: “Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim
coma deste pão e beba deste cálice” (1Co 11.28).
O Senhor nos dará aqui um antegozo, e reservará a fruição
da glória para o reino celestial. Que isto seja efetuado é a oração
deste que é vosso na obra do evangelho,
Thomas Watson
Londres, 1665.
 
APRESENTAÇÃO DO EDITOR
DA VERSÃO EM INGLÊS
E
sta rara obra foi originalmente publicada em 1665 com o
título The Holy Eucharist, ou The Mystery of the Lord’s
Supper Briefly Explained. Ainda que sucinto, ele é digno
de perfilar com outros escritos de Thomas Watson republicados
pela Trust.[1]
Para Watson, a Ceia do Senhor era um espelho no qual con-
templamos os sofrimentos e morte de Cristo, e era, em certos
aspectos, um meio de graça mais excelente do que a pregação
da Palavra: “Um sacramento é um sermão visível. E nisto o sa-
cramento sobressai à Palavra pregada. A Palavra é uma trombeta
que proclama Cristo; o sacramento é um espelho que o represen-
ta... Deus, para ajudar nossa fé, não só nos dá a Palavra audível,
mas também um sinal visível.”
Ele cria que o sacramento era uma inestimável dádiva do
Salvador à igreja, em cujo correto uso a fé do povo de Deus é
confirmada e fortalecida e suas almas recebem grande benefício.
Ele cria que se devem evitar dois extremos. Um deles é a
doutrina da transubstanciação, a qual vai de encontro tanto à
Escritura quanto à razão e profana a instituição da Ceia feita por
[1]  A Body of Divinity, The Ten Commandments, e The Lord’s Prayer, que, juntos,
formam o Watson’s Body of Practical Divinity, e, na série de brochuras puritanas, All
Things for Good, The Doctrine of Repentance, The Godly Man’s Picture e The Great Gain
of Godliness.
A CEIA DO SENHOR
12
Cristo. O outro é o erro dos que consideravam a Ceia apenas
como uma sombra vazia sem nenhuma eficácia intrínseca para
os crentes: “Por que a Ceia do Senhor é chamada ‘a comunhão
do corpo de Cristo’ (1Co 10.16), senão porque na celebração
correta dela temos doce comunhão com Cristo? (...) Fazer do
sacramento apenas uma representação de Cristo é apequenar o
sacramento, o que redunda em pouco conforto.” Esse ponto de
vista se fundamenta no ensino de Calvino que considerava o sa-
cramento um meio de graça pelo qual, através da fé, Cristo opera
eficazmente no crente.
Alguns protestantes podem estar dispostos a dissentir desta
posição, mas ninguém que ama a nosso Senhor Jesus Cristo dei-
xará de ser tocado e abençoado pelo ardor e devoção ao Salvador
que se encontram na exposição de Watson.
Os editores desejam agradecer ao Sr. Roger N. McDermott
que transcreveu cuidadosamente a obra de Watson de uma có-
pia da Bodleian Library, Oxford, e ajudou a prepará-la para sua
publicação.
O EDITOR
Edinburgh
Janeiro de 2004
1
O MISTÉRIO DA
CEIA DO SENHOR
“Enquanto comiam, tomou Jesus um pão, e, abençoando-o, o
partiu, e o deu aos discípulos, dizendo: Tomai, comei; isto é o meu
corpo. A seguir, tomou um cálice e, tendo dado graças, o deu aos
discípulos, dizendo: Bebei dele todos; porque isto é o meu sangue,
o sangue da [nova] aliança, derramado em favor de muitos, para
remissão de pecados” (Mt 26.26-28).
 
N
estas palavras, temos a instituição da Ceia do Senhor.
Os gregos chamam o sacramento de musterion: um
mistério. Há nela um mistério de maravilha e um mis-
tério de misericórdia. “A celebração da Ceia do Senhor é a co-
memoração da maior bênção que o mundo já desfrutou”, diz
Crisóstomo.[2]
Um sacramento é um sermão visível. E nisto o
sacramento sobressai à Palavra pregada. A Palavra é uma trom-
beta que proclama Cristo; o sacramento é um espelho que o
representa.
 
Pergunta: Mas, por que o sacramento da Ceia do Senhor foi
instituído? Acaso a Palavra não é suficiente para conduzir-nos ao céu?
[2]  João Crisóstomo (347-407), “a boca de ouro”; bispo de Constantinopla e
notável pregador.
14
A CEIA DO SENHOR
Resposta: A Palavra é para a implantação da fé; o sacramento
é para a confirmação da fé. A Palavra nos conduz a Cristo; o sacra-
mento nos edifica nele. A palavra é a fonte em que somos batiza-
dos com o Espírito Santo; o sacramento é a mesa onde somos ali-
mentados e nutridos. O Senhor condescende à nossa fraqueza. Se
fôssemos formados somente de espírito, não haveria necessidade
de pão e vinho; todavia, somos criaturas compostas. Por isso Deus,
para socorrer nossa fé, não só nos dá uma Palavra audível, mas
também um sinal visível. “Et sensus fovetur, et fides firmatur” [O
sentido é alimentado e a fé é fortalecida]. Recorro aqui à palavra
de nosso Salvador: “Se não virdes sinais e milagres, não crereis” (Jo
4.48). “Por sermos alimentados por coisas externas, Deus aumenta
em nós a fé por meio desses símbolos” (Gualter).[3]
Aquilo que entra pelos nossos olhos opera em nós mais do
que aquilo que entra pelos ouvidos. Uma grave cena de morte
nos afeta mais do que uma oração. Assim, quando vemos Cristo
partido no pão, como se fosse crucificado diante de nós, isso
afeta mais nosso coração do que a mera pregação da cruz.
E assim passo ao texto de Mateus 26.26-28 para dar início a
estes cinco particulares em referência ao sacramento: 1. O autor;
2. O tempo; 3. O modo; 4. Os participantes; e 5. Os benefícios.
1. O autor do sacramento é Jesus Cristo.
“Jesus tomou o pão.”Instituir sacramentos pertence por direito
a Cristo, e é o ornamento de sua coroa. Somente aquele que
pode outorgar graça pode instituir os sacramentos, os quais são
o selo da graça. Sendo Cristo o fundador do sacramento, ele lhe
concede glória e esplendor. Quando um rei faz uma festa, ele
lhe adiciona mais pompa e magnificência. “Jesus tomou o pão”,
aquele cujo Nome é acima de todo nome (Fp 2.9); Deus bendito
para todo o sempre.
[3]  Quia externis ducimur, hisce symbolis fidem in nobis adauget Deus. Rudolf Gualter
(1519-86) foi um reformador suíço e sucessor de Bullinger em Zurique.
15
O MISTÉRIO DA CEIA DO SENHOR
2. O tempo em que Cristo instituiu o sacramento.
Quanto ao tempo em que Cristo instituiu o sacramento, pode-
mos observar duas circunstâncias:
 
i. Isso se deu quando haviam ceado (Lc 22.20: “depois de
cear”); ceia que continha mistério, para mostrar que a meta do
sacramento é ser principalmente um banquete espiritual; não
visa a empanturrar os sentidos, e sim a suprir as graças. Isso se
deu “depois de cear”.
 
ii. A outra circunstância de tempo é que Cristo instituiu o
sacramento pouco antes de seus sofrimentos. “O Senhor Jesus,
na noite em que foi traído, tomou o pão” (1Co 11.23). Ele tinha
plena ciência dos problemas que sobreviriam aos seus discípulos;
a perplexidade deles não seria pouca por ver seu Senhor e Mestre
crucificado; e logo depois teriam de beber com ele um cálice
amargo; por isso, para armá-los contra tal momento e animar­
lhes o espírito, naquela mesma noite em que foi traído ele lhes
dá seu corpo e sangue no sacramento.
Isto pode nos sugerir que em toda aflição mental, especial-
mente ante a aproximação do perigo, é necessário que recorra-
mos à Ceia do Senhor. O sacramento é, respectivamente, um
antídoto contra o temor, e a restauração da fé. “Na noite em que
foi traído, ele tomou o pão” (1Co 11.23).
3. O modo da instituição, no qual há
quatro coisas a serem observadas:
 
i. O ato de tomar o pão;
ii.O ato de abençoá-lo;
iii. O ato de parti-lo;
iv. O ato de administrar o cálice.
16
A CEIA DO SENHOR
i. O ato de tomar o pão: “Jesus tomou o pão.”
Pergunta: O que está implícito na frase “tomou o pão”?
Resposta: O ato de Cristo tomar o pão do uso comum im-
plicava um duplo mistério.
a. Significava que Deus, em seu decreto eterno, separou Cris-
to para a obra de nossa redenção. Ele era o kechorismenos, separa-
do dos pecadores (Hb 7.26).
b. O ato de Cristo separar os elementos do pão e do vinho
comuns revelava que ele não se destina à nutrição de pessoas
comuns. Deve ser divinamente purificado aquele que toca estas
santas coisas de Deus. Devem ser exteriormente separados do
mundo e interiormente santificados pelo Espírito.
Pergunta: Por que Cristo tomou o pão, em vez de outro
elemento?
Resposta: Porque o pão o prefigura. Cristo foi tipificado (a)
pelo pão da proposição:“Também fez Salomão todos os objetos
que convinham à casa do Senhor; o altar de ouro, e a mesa de
ouro, sobre a qual estavam os pães da proposição” (1Rs 7.48); (b)
pelo pão que Melquisedeque ofereceu a Abraão. “E Melquisedeque,
rei de Salém, trouxe pão e vinho” (Gn 14.18); e (c) pelo pão que o
anjo trouxe a Elias. “E olhou, e eis que à sua cabeceira estava um
pão cozido sobre as brasas” (1Rs 19.6). Portanto, Cristo tomou
o pão em correspondência ao tipo.
Cristo tomou o pão também por causa da analogia; pão o
lembra bem de perto: “Eu sou o pão da vida” (Jo 6.48). Há uma
tríplice semelhança.
17
O MISTÉRIO DA CEIA DO SENHOR
a. O pão é útil. Outros confortos servem mais ao deleite que à
utilidade. A música deleita aos ouvidos; as cores, aos olhos; mas o
pão é o arrimo da vida. Portanto, Cristo é proveitoso. Não há subsis-
tência sem ele: “quem de mim se alimenta por mim viverá” (Jo 6.57).
b. O pão satisfaz. Se uma pessoa tem fome e você lhe traz
flores ou quadros, tais coisas não satisfazem; mas o pão satisfaz
plenamente. Assim Jesus Cristo, o pão da alma, satisfaz; ele sa-
tisfaz os olhos com beleza, o coração com dulçor, a consciência
com paz.
c. O pão fortalece. “O pão que fortalece o coração do ho-
mem” (Sl 104.15, ACRF). Assim Cristo, o pão da alma, trans-
mite vigor. Ele nos fortalece contra as tentações, comunica vigor
para realizar e suportar trabalho. Ele é como o pão que o anjo
levou ao profeta: “Levantou-se, pois, e comeu e bebeu; e com a
força daquela comida caminhou quarenta dias e quarenta noites
até Horebe, o monte de Deus” (1Rs 19.8).
ii. A segunda coisa na instituição é Cristo abençoando o
pão. Ele o abençoou: “Pela bênção de Cristo, o pão comum ad-
quiriu uso santo” (Gualter).[4]
Esta foi a consagração dos elemen-
tos. Cristo, por sua bênção, os santificou e fez deles símbolos de
seu corpo e sangue: “Consagrar significa tornar solenes coisas em
si mesmas indiferentes aos mistérios religiosos, tal como o sacra-
mento do corpo e sangue de Cristo” (Chamier, De Eucharistia).[5]
Nossa análise disto continua no próximo capítulo.
[4]  Benedictione Christi panis communis in sacrum mutatus est.
[5]  Consecratio vocabulum est solenne significans id quo per se aliena sunt a mysteriis
religiosis, sint sacramenta corporis et sanguinis Christi. A referência é a uma obra de
Daniel Chamier publicada em Genebra em 1626.
V
ISITE-N
O
S
O
S-PU
R
ITA
N
O
S.C
O
M

Más contenido relacionado

La actualidad más candente

Lição 14 - O Milenio
Lição 14 - O MilenioLição 14 - O Milenio
Lição 14 - O MilenioSergio Silva
 
Três campos de batalha espiritual
Três campos de batalha espiritualTrês campos de batalha espiritual
Três campos de batalha espiritualPaulo Roberto
 
Armadura Celestial no Tempo do Fim
Armadura Celestial no Tempo do FimArmadura Celestial no Tempo do Fim
Armadura Celestial no Tempo do FimAnderson Damasceno
 
Lição 6 - A grande e perfeita salvação de Cristo Jesus
Lição 6 - A grande e perfeita salvação de Cristo JesusLição 6 - A grande e perfeita salvação de Cristo Jesus
Lição 6 - A grande e perfeita salvação de Cristo JesusÉder Tomé
 
Dons do Espírito Santo
Dons do Espírito SantoDons do Espírito Santo
Dons do Espírito SantoRogério Nunes
 
Lição 11 - A Importância da Bíblia como única regra de Fé
Lição 11 - A Importância da Bíblia como única regra de FéLição 11 - A Importância da Bíblia como única regra de Fé
Lição 11 - A Importância da Bíblia como única regra de FéÉder Tomé
 
O Cristão e a Depressão
O Cristão e a DepressãoO Cristão e a Depressão
O Cristão e a DepressãoLeandro Sales
 
Lição 1- As obras da carne e o fruto do espírito
Lição 1- As obras da carne e o fruto do espíritoLição 1- As obras da carne e o fruto do espírito
Lição 1- As obras da carne e o fruto do espíritoErberson Pinheiro
 
O fruto do espírito a essencia do carater cristão
O fruto do espírito a essencia do carater cristãoO fruto do espírito a essencia do carater cristão
O fruto do espírito a essencia do carater cristãoEduardo Sousa Gomes
 
O Arrebatamento da Igreja
O Arrebatamento da IgrejaO Arrebatamento da Igreja
O Arrebatamento da IgrejaMárcio Martins
 
Maturidade e crescimento espiritual
Maturidade e crescimento espiritualMaturidade e crescimento espiritual
Maturidade e crescimento espiritualmgno42
 
Antropologia Bíblica.pptx
Antropologia Bíblica.pptxAntropologia Bíblica.pptx
Antropologia Bíblica.pptxEduardo Sousa
 

La actualidad más candente (20)

Lição 14 - O Milenio
Lição 14 - O MilenioLição 14 - O Milenio
Lição 14 - O Milenio
 
Estudo biblico 22
Estudo biblico 22Estudo biblico 22
Estudo biblico 22
 
Três campos de batalha espiritual
Três campos de batalha espiritualTrês campos de batalha espiritual
Três campos de batalha espiritual
 
Armadura Celestial no Tempo do Fim
Armadura Celestial no Tempo do FimArmadura Celestial no Tempo do Fim
Armadura Celestial no Tempo do Fim
 
Lição 6 - A grande e perfeita salvação de Cristo Jesus
Lição 6 - A grande e perfeita salvação de Cristo JesusLição 6 - A grande e perfeita salvação de Cristo Jesus
Lição 6 - A grande e perfeita salvação de Cristo Jesus
 
Apocalipse
ApocalipseApocalipse
Apocalipse
 
Dons do Espírito Santo
Dons do Espírito SantoDons do Espírito Santo
Dons do Espírito Santo
 
A armadura de_deus_completa
A armadura de_deus_completaA armadura de_deus_completa
A armadura de_deus_completa
 
Batalha espiritual
Batalha espiritualBatalha espiritual
Batalha espiritual
 
O pecado e suas consequencias parte 1-22.02.2015
O pecado e suas consequencias parte 1-22.02.2015O pecado e suas consequencias parte 1-22.02.2015
O pecado e suas consequencias parte 1-22.02.2015
 
Lição 11 - A Importância da Bíblia como única regra de Fé
Lição 11 - A Importância da Bíblia como única regra de FéLição 11 - A Importância da Bíblia como única regra de Fé
Lição 11 - A Importância da Bíblia como única regra de Fé
 
O Cristão e a Depressão
O Cristão e a DepressãoO Cristão e a Depressão
O Cristão e a Depressão
 
Maturidade CRISTA
Maturidade CRISTAMaturidade CRISTA
Maturidade CRISTA
 
Atributos de deus
Atributos de deusAtributos de deus
Atributos de deus
 
Lição 1- As obras da carne e o fruto do espírito
Lição 1- As obras da carne e o fruto do espíritoLição 1- As obras da carne e o fruto do espírito
Lição 1- As obras da carne e o fruto do espírito
 
O fruto do espírito a essencia do carater cristão
O fruto do espírito a essencia do carater cristãoO fruto do espírito a essencia do carater cristão
O fruto do espírito a essencia do carater cristão
 
O Arrebatamento da Igreja
O Arrebatamento da IgrejaO Arrebatamento da Igreja
O Arrebatamento da Igreja
 
Maturidade e crescimento espiritual
Maturidade e crescimento espiritualMaturidade e crescimento espiritual
Maturidade e crescimento espiritual
 
Judas
JudasJudas
Judas
 
Antropologia Bíblica.pptx
Antropologia Bíblica.pptxAntropologia Bíblica.pptx
Antropologia Bíblica.pptx
 

Destacado

A ceia do senhor, por william r. downing
A ceia do senhor, por william r. downingA ceia do senhor, por william r. downing
A ceia do senhor, por william r. downingsoarescastrodf
 
A súplica do espírito santo (charles haddon spurgeon)
A súplica do espírito santo (charles haddon spurgeon)A súplica do espírito santo (charles haddon spurgeon)
A súplica do espírito santo (charles haddon spurgeon)Deusdete Soares
 
A sós com deus (john mac arthur jr)
A sós com deus (john mac arthur jr)A sós com deus (john mac arthur jr)
A sós com deus (john mac arthur jr)Deusdete Soares
 
A obra de deus (watchman nee)
A obra de deus (watchman nee)A obra de deus (watchman nee)
A obra de deus (watchman nee)Deusdete Soares
 
A excelência de cristo jonathan edwards
A excelência de cristo   jonathan edwardsA excelência de cristo   jonathan edwards
A excelência de cristo jonathan edwardssoarescastrodf
 
Estudos no sermão do monte d.m.lloyd jones
Estudos no sermão do monte   d.m.lloyd jonesEstudos no sermão do monte   d.m.lloyd jones
Estudos no sermão do monte d.m.lloyd jonesJoão Eduardo
 
Feuerbach, ludwig. a essência do cristianismo
Feuerbach, ludwig. a essência do cristianismoFeuerbach, ludwig. a essência do cristianismo
Feuerbach, ludwig. a essência do cristianismoAntonio Elias Coelho Silva
 
A fé salvadora (charles haddon spurgeon)
A fé salvadora (charles haddon spurgeon)A fé salvadora (charles haddon spurgeon)
A fé salvadora (charles haddon spurgeon)Deusdete Soares
 
A livre graça charles haddon spurgeon
A livre graça   charles haddon spurgeonA livre graça   charles haddon spurgeon
A livre graça charles haddon spurgeonDeusdete Soares
 
Evangélico samuel nelson - esboços de samuel nelson cpad
Evangélico   samuel nelson - esboços de samuel nelson cpadEvangélico   samuel nelson - esboços de samuel nelson cpad
Evangélico samuel nelson - esboços de samuel nelson cpadmanoel ramos de oliveira
 
John piper como matar o pecado
John piper   como matar o pecadoJohn piper   como matar o pecado
John piper como matar o pecadoEney Araujo
 
A liberação do espírito (watchman nee)
A liberação do espírito (watchman nee)A liberação do espírito (watchman nee)
A liberação do espírito (watchman nee)Jonatas Mendes
 
Evangélico anísio batista dantas - como preparar sermões cpad
Evangélico   anísio batista dantas - como preparar sermões cpadEvangélico   anísio batista dantas - como preparar sermões cpad
Evangélico anísio batista dantas - como preparar sermões cpadmanoel ramos de oliveira
 

Destacado (16)

A ceia do senhor, por william r. downing
A ceia do senhor, por william r. downingA ceia do senhor, por william r. downing
A ceia do senhor, por william r. downing
 
A súplica do espírito santo (charles haddon spurgeon)
A súplica do espírito santo (charles haddon spurgeon)A súplica do espírito santo (charles haddon spurgeon)
A súplica do espírito santo (charles haddon spurgeon)
 
A sós com deus (john mac arthur jr)
A sós com deus (john mac arthur jr)A sós com deus (john mac arthur jr)
A sós com deus (john mac arthur jr)
 
Quatro estágios importantes na jornada da vida
Quatro estágios importantes na jornada da vidaQuatro estágios importantes na jornada da vida
Quatro estágios importantes na jornada da vida
 
A obra de deus (watchman nee)
A obra de deus (watchman nee)A obra de deus (watchman nee)
A obra de deus (watchman nee)
 
A excelência de cristo jonathan edwards
A excelência de cristo   jonathan edwardsA excelência de cristo   jonathan edwards
A excelência de cristo jonathan edwards
 
Estudos no sermão do monte d.m.lloyd jones
Estudos no sermão do monte   d.m.lloyd jonesEstudos no sermão do monte   d.m.lloyd jones
Estudos no sermão do monte d.m.lloyd jones
 
Feuerbach, ludwig. a essência do cristianismo
Feuerbach, ludwig. a essência do cristianismoFeuerbach, ludwig. a essência do cristianismo
Feuerbach, ludwig. a essência do cristianismo
 
A fé salvadora (charles haddon spurgeon)
A fé salvadora (charles haddon spurgeon)A fé salvadora (charles haddon spurgeon)
A fé salvadora (charles haddon spurgeon)
 
A livre graça charles haddon spurgeon
A livre graça   charles haddon spurgeonA livre graça   charles haddon spurgeon
A livre graça charles haddon spurgeon
 
Watchman nee autoridade espiritual
Watchman nee   autoridade espiritualWatchman nee   autoridade espiritual
Watchman nee autoridade espiritual
 
Evangélico samuel nelson - esboços de samuel nelson cpad
Evangélico   samuel nelson - esboços de samuel nelson cpadEvangélico   samuel nelson - esboços de samuel nelson cpad
Evangélico samuel nelson - esboços de samuel nelson cpad
 
John piper como matar o pecado
John piper   como matar o pecadoJohn piper   como matar o pecado
John piper como matar o pecado
 
A liberação do espírito (watchman nee)
A liberação do espírito (watchman nee)A liberação do espírito (watchman nee)
A liberação do espírito (watchman nee)
 
Evangélico anísio batista dantas - como preparar sermões cpad
Evangélico   anísio batista dantas - como preparar sermões cpadEvangélico   anísio batista dantas - como preparar sermões cpad
Evangélico anísio batista dantas - como preparar sermões cpad
 
Watchman nee as três atitudes do crente
Watchman nee   as três atitudes do crenteWatchman nee   as três atitudes do crente
Watchman nee as três atitudes do crente
 

Similar a A Ceia do Senhor: Um Mistério de Maravilha e Misericórdia

A ceia do Senhor - Thomas Watson
A ceia do Senhor - Thomas WatsonA ceia do Senhor - Thomas Watson
A ceia do Senhor - Thomas WatsonHilton da Silva
 
A ceia do senhor thomas watson-1
A ceia do senhor   thomas watson-1A ceia do senhor   thomas watson-1
A ceia do senhor thomas watson-1Carlos Alves
 
Livreto CEBs - Comunidade: Igreja de todos e para todos
Livreto CEBs  - Comunidade:  Igreja de todos e para todosLivreto CEBs  - Comunidade:  Igreja de todos e para todos
Livreto CEBs - Comunidade: Igreja de todos e para todosBernadetecebs .
 
4º culto sábado - segundo culto jovem
4º culto   sábado - segundo culto jovem4º culto   sábado - segundo culto jovem
4º culto sábado - segundo culto jovemwendelberg
 
10 sermões vol. i, por robert murray m'cheyne
10 sermões vol. i, por  robert murray m'cheyne10 sermões vol. i, por  robert murray m'cheyne
10 sermões vol. i, por robert murray m'cheynesoarescastrodf
 
10 sermões vol. i, por robert murray m'cheyne
10 sermões vol. i, por  robert murray m'cheyne10 sermões vol. i, por  robert murray m'cheyne
10 sermões vol. i, por robert murray m'cheynesoarescastrodf
 
Adoração bom jesus
Adoração bom jesusAdoração bom jesus
Adoração bom jesusbabins
 
Modelo novo tempo da criação
Modelo novo tempo da criaçãoModelo novo tempo da criação
Modelo novo tempo da criaçãoLeonardoMoraisJr
 
Ordem da Celebração da Reforma Luterana 2010 (IECLB e IELB)
Ordem da Celebração da Reforma Luterana 2010 (IECLB e IELB)Ordem da Celebração da Reforma Luterana 2010 (IECLB e IELB)
Ordem da Celebração da Reforma Luterana 2010 (IECLB e IELB)Congregação da Paz
 
Deus requer santificação aos cristãos 36
Deus requer santificação aos cristãos 36Deus requer santificação aos cristãos 36
Deus requer santificação aos cristãos 36Silvio Dutra
 
Estudo adicional_O Espírito Santo_332014
Estudo adicional_O Espírito Santo_332014Estudo adicional_O Espírito Santo_332014
Estudo adicional_O Espírito Santo_332014Gerson G. Ramos
 
Confissão e arrependimento: as condições do reavivamento_Resumo_632013
Confissão e arrependimento: as condições do reavivamento_Resumo_632013Confissão e arrependimento: as condições do reavivamento_Resumo_632013
Confissão e arrependimento: as condições do reavivamento_Resumo_632013Gerson G. Ramos
 

Similar a A Ceia do Senhor: Um Mistério de Maravilha e Misericórdia (20)

A ceia do Senhor - Thomas Watson
A ceia do Senhor - Thomas WatsonA ceia do Senhor - Thomas Watson
A ceia do Senhor - Thomas Watson
 
A ceia do senhor thomas watson-1
A ceia do senhor   thomas watson-1A ceia do senhor   thomas watson-1
A ceia do senhor thomas watson-1
 
Livreto CEBs - Comunidade: Igreja de todos e para todos
Livreto CEBs  - Comunidade:  Igreja de todos e para todosLivreto CEBs  - Comunidade:  Igreja de todos e para todos
Livreto CEBs - Comunidade: Igreja de todos e para todos
 
MISSA 3DADVENTO.pptx
MISSA 3DADVENTO.pptxMISSA 3DADVENTO.pptx
MISSA 3DADVENTO.pptx
 
4º culto sábado - segundo culto jovem
4º culto   sábado - segundo culto jovem4º culto   sábado - segundo culto jovem
4º culto sábado - segundo culto jovem
 
Cat02
Cat02Cat02
Cat02
 
10 sermões vol. i, por robert murray m'cheyne
10 sermões vol. i, por  robert murray m'cheyne10 sermões vol. i, por  robert murray m'cheyne
10 sermões vol. i, por robert murray m'cheyne
 
10 sermões vol. i, por robert murray m'cheyne
10 sermões vol. i, por  robert murray m'cheyne10 sermões vol. i, por  robert murray m'cheyne
10 sermões vol. i, por robert murray m'cheyne
 
Adoração bom jesus
Adoração bom jesusAdoração bom jesus
Adoração bom jesus
 
Caminhada-2.pdf
Caminhada-2.pdfCaminhada-2.pdf
Caminhada-2.pdf
 
Modelo novo tempo da criação
Modelo novo tempo da criaçãoModelo novo tempo da criação
Modelo novo tempo da criação
 
Missa 09.05.10
Missa 09.05.10Missa 09.05.10
Missa 09.05.10
 
Reforma luterana 2010
Reforma luterana 2010Reforma luterana 2010
Reforma luterana 2010
 
Ordem da Celebração da Reforma Luterana 2010 (IECLB e IELB)
Ordem da Celebração da Reforma Luterana 2010 (IECLB e IELB)Ordem da Celebração da Reforma Luterana 2010 (IECLB e IELB)
Ordem da Celebração da Reforma Luterana 2010 (IECLB e IELB)
 
Reforma luterana 2010
Reforma luterana 2010Reforma luterana 2010
Reforma luterana 2010
 
Invocacao espirito
Invocacao espiritoInvocacao espirito
Invocacao espirito
 
Deus requer santificação aos cristãos 36
Deus requer santificação aos cristãos 36Deus requer santificação aos cristãos 36
Deus requer santificação aos cristãos 36
 
Estudo adicional_O Espírito Santo_332014
Estudo adicional_O Espírito Santo_332014Estudo adicional_O Espírito Santo_332014
Estudo adicional_O Espírito Santo_332014
 
Sunday Portuguese Mass
Sunday Portuguese MassSunday Portuguese Mass
Sunday Portuguese Mass
 
Confissão e arrependimento: as condições do reavivamento_Resumo_632013
Confissão e arrependimento: as condições do reavivamento_Resumo_632013Confissão e arrependimento: as condições do reavivamento_Resumo_632013
Confissão e arrependimento: as condições do reavivamento_Resumo_632013
 

Último

Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 132 - Em tudo
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 132 - Em tudoSérie Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 132 - Em tudo
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 132 - Em tudoRicardo Azevedo
 
As violações das leis do Criador (material em pdf)
As violações das leis do Criador (material em pdf)As violações das leis do Criador (material em pdf)
As violações das leis do Criador (material em pdf)natzarimdonorte
 
Lição 5 - Os Inimigos do Cristão - EBD.pptx
Lição 5 - Os Inimigos do Cristão - EBD.pptxLição 5 - Os Inimigos do Cristão - EBD.pptx
Lição 5 - Os Inimigos do Cristão - EBD.pptxCelso Napoleon
 
Vivendo a vontade de Deus para adolescentes - Cleide Silva
Vivendo a vontade de Deus para adolescentes - Cleide SilvaVivendo a vontade de Deus para adolescentes - Cleide Silva
Vivendo a vontade de Deus para adolescentes - Cleide SilvaSammis Reachers
 
Oração A Bem-Aventurada Irmã Dulce Dos Pobres
Oração A Bem-Aventurada Irmã Dulce Dos PobresOração A Bem-Aventurada Irmã Dulce Dos Pobres
Oração A Bem-Aventurada Irmã Dulce Dos PobresNilson Almeida
 
o cristão e as finanças a luz da bíblia .
o cristão e as finanças a luz da bíblia .o cristão e as finanças a luz da bíblia .
o cristão e as finanças a luz da bíblia .Steffany69
 
O Livro dos Mortos do Antigo Egito_240402_210013.pdf
O Livro dos Mortos do Antigo Egito_240402_210013.pdfO Livro dos Mortos do Antigo Egito_240402_210013.pdf
O Livro dos Mortos do Antigo Egito_240402_210013.pdfmhribas
 
Paulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingo
Paulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingoPaulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingo
Paulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingoPIB Penha
 
Cópia de Ideais - Desbravadores e Aventureiros.pdf.pptx
Cópia de Ideais - Desbravadores e Aventureiros.pdf.pptxCópia de Ideais - Desbravadores e Aventureiros.pdf.pptx
Cópia de Ideais - Desbravadores e Aventureiros.pdf.pptxLennySilva15
 
Dar valor ao Nada! No Caminho da Autorrealização
Dar valor ao Nada! No Caminho da AutorrealizaçãoDar valor ao Nada! No Caminho da Autorrealização
Dar valor ao Nada! No Caminho da Autorrealizaçãocorpusclinic
 
EUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRA
EUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRAEUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRA
EUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRAMarco Aurélio Rodrigues Dias
 
METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...
METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA  AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA  AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...
METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...PIB Penha
 
Lição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptx
Lição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptxLição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptx
Lição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptxCelso Napoleon
 

Último (14)

Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 132 - Em tudo
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 132 - Em tudoSérie Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 132 - Em tudo
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 132 - Em tudo
 
As violações das leis do Criador (material em pdf)
As violações das leis do Criador (material em pdf)As violações das leis do Criador (material em pdf)
As violações das leis do Criador (material em pdf)
 
Lição 5 - Os Inimigos do Cristão - EBD.pptx
Lição 5 - Os Inimigos do Cristão - EBD.pptxLição 5 - Os Inimigos do Cristão - EBD.pptx
Lição 5 - Os Inimigos do Cristão - EBD.pptx
 
Centros de Força do Perispírito (plexos, chacras)
Centros de Força do Perispírito (plexos, chacras)Centros de Força do Perispírito (plexos, chacras)
Centros de Força do Perispírito (plexos, chacras)
 
Vivendo a vontade de Deus para adolescentes - Cleide Silva
Vivendo a vontade de Deus para adolescentes - Cleide SilvaVivendo a vontade de Deus para adolescentes - Cleide Silva
Vivendo a vontade de Deus para adolescentes - Cleide Silva
 
Oração A Bem-Aventurada Irmã Dulce Dos Pobres
Oração A Bem-Aventurada Irmã Dulce Dos PobresOração A Bem-Aventurada Irmã Dulce Dos Pobres
Oração A Bem-Aventurada Irmã Dulce Dos Pobres
 
o cristão e as finanças a luz da bíblia .
o cristão e as finanças a luz da bíblia .o cristão e as finanças a luz da bíblia .
o cristão e as finanças a luz da bíblia .
 
O Livro dos Mortos do Antigo Egito_240402_210013.pdf
O Livro dos Mortos do Antigo Egito_240402_210013.pdfO Livro dos Mortos do Antigo Egito_240402_210013.pdf
O Livro dos Mortos do Antigo Egito_240402_210013.pdf
 
Paulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingo
Paulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingoPaulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingo
Paulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingo
 
Cópia de Ideais - Desbravadores e Aventureiros.pdf.pptx
Cópia de Ideais - Desbravadores e Aventureiros.pdf.pptxCópia de Ideais - Desbravadores e Aventureiros.pdf.pptx
Cópia de Ideais - Desbravadores e Aventureiros.pdf.pptx
 
Dar valor ao Nada! No Caminho da Autorrealização
Dar valor ao Nada! No Caminho da AutorrealizaçãoDar valor ao Nada! No Caminho da Autorrealização
Dar valor ao Nada! No Caminho da Autorrealização
 
EUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRA
EUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRAEUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRA
EUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRA
 
METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...
METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA  AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA  AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...
METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...
 
Lição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptx
Lição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptxLição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptx
Lição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptx
 

A Ceia do Senhor: Um Mistério de Maravilha e Misericórdia

  • 2.
  • 4. A CEIA DO SENHOR — Thomas Watson Traduzido do original inglês: The Lord’s Supper Os Puritanos © 2015. 1.a Edição em Português – Junho de 2015 – 1.000 exemplares. É proibida a reprodução total ou parcial desta publicação sem a autorização por escrito do editor, exceto citações em resenhas. EDITOR: Manoel Canuto TRADUTOR: Valter Graciano Martins REVISORES: Márcio Santana Sobrinho, Waldemir Magalhães DESIGNER: Heraldo Almeida ISBN: 978-85-62828-29-4 Gravura da capa: “A Scottish Sacrament” (óleo sobre tela) do pintor Henry John Dobson (1858-1928) que retrata a administração da Ceia do Senhor em uma igreja presbiteriana escocesa. A pintura está agora na Galeria de Arte Cartwright Hall, em Bradford, Inglaterra.
  • 5. SUMÁRIO Epístola ao Leitor.............................................................. 7 Apresentação do Editor da Versão em Inglês..................... 9 1. O Mistério da Ceia do Senhor...................................11 2. A Consagração dos Elementos.................................. 17 3. Os Benefícios da Ceia do Senhor.............................. 25 4. O Amor de Cristo Exibido no Sacramento................31 5. O Corpo Partido de Cristo....................................... 37 6. O Sangue de Cristo...................................................41 7. Autoexame................................................................ 47 8. Verdadeira e Falsa Fé................................................. 55 9. Objeções Contra o Achegar-se ao Sacramento.......... 65 10. Gratidão a Deus....................................................... 77 11. Consolação para os Crentes e Advertências Para os Incrédulos.............................................................81
  • 6.
  • 7.   EPÍSTOLA AO LEITOR Leitor cristão,   Q uando contemplo a santidade e solenidade do bendi- to sacramento, outra coisa não me ocorre senão certa punção em meu espírito, e vejo em mim a obrigação de manter este mistério na mais elevada veneração. Os elementos do pão e vinho são em si mesmos comuns, mas sob estas repre- sentações simbólicas jazem ocultas excelências divinas. Eis aqui a melhor das guloseimas: Deus nos convida à sua festa. Eis aqui o fruto da Árvore da Vida; eis aqui a “casa do banquete” onde a bandeira da livre graça é gloriosamente exibida: “Levou-me à casa do banquete, e seu estandarte sobre mim era o amor” (Ct 2.4). No sacramento vemos Cristo partido diante de nós, e seu cor- po partido é o único conforto para o coração alquebrado. Enquan- to nos assentamos em torno desta mesa, o precioso condimento de Cristo exala sua fragrância de mérito e graça. O sacramento é tanto uma ordenança curadora quanto seladora. Aqui nosso Sal- vador conduz seu povo ao Monte da Transfiguração e lhes dá um vislumbre do paraíso. Quão bem-vindo deve ser este jubileu da alma, no qual Cristo se manifesta no esplendor de sua beleza e traça douradas linhas de amor no centro do coração crente. Oh! Que chamas de devoção deveriam arder em nosso cora- ção! Quão ágeis e lépidos deveríamos ser, subindo com asas de querubins, quando somos capacitados a encontrar o Príncipe da
  • 8. A CEIA DO SENHOR 10 Glória, que traz em sua boca o ramo de oliveira de paz e cujos ósculos deixam uma marca celestial impressa na alma. O propó- sito deste discurso que se segue é exercitar santos ardores de alma quanto à participação neste sacramento. Não se deve pensar que é suficiente ser exteriormente devoto junto à mesa de Deus, achegando-se a ele com os lábios, quan- do o coração está longe dele: “este povo se aproxima de mim, e com sua boca, e com seus lábios me honra, mas seu coração se afasta para longe de mim e seu temor para comigo consiste só em mandamentos de homens, em que foi instruído; portanto, eis que continuarei a fazer uma obra maravilhosa no meio deste povo, uma obra maravilhosa e um assombro; porque a sabedo- ria de seus lábios perecerá, e o entendimento de seus prudentes se esconderá” (Is 29.13-14). O que é isto senão que Efraim se achega a Deus com mentiras (Os 11.12)? Os que se achegam a Deus com meras exibições, ele lhes despedirá com meros sinais. Os que prestam a Deus apenas uma obediência rasa terão de contentar-se com uma casca de conforto. A espiritualidade é a vida do culto. Se nos achegamos ao sa- cramento em devida ordem, veremos aquele a quem nossas al- mas amam: “Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim coma deste pão e beba deste cálice” (1Co 11.28). O Senhor nos dará aqui um antegozo, e reservará a fruição da glória para o reino celestial. Que isto seja efetuado é a oração deste que é vosso na obra do evangelho, Thomas Watson Londres, 1665.
  • 9.   APRESENTAÇÃO DO EDITOR DA VERSÃO EM INGLÊS E sta rara obra foi originalmente publicada em 1665 com o título The Holy Eucharist, ou The Mystery of the Lord’s Supper Briefly Explained. Ainda que sucinto, ele é digno de perfilar com outros escritos de Thomas Watson republicados pela Trust.[1] Para Watson, a Ceia do Senhor era um espelho no qual con- templamos os sofrimentos e morte de Cristo, e era, em certos aspectos, um meio de graça mais excelente do que a pregação da Palavra: “Um sacramento é um sermão visível. E nisto o sa- cramento sobressai à Palavra pregada. A Palavra é uma trombeta que proclama Cristo; o sacramento é um espelho que o represen- ta... Deus, para ajudar nossa fé, não só nos dá a Palavra audível, mas também um sinal visível.” Ele cria que o sacramento era uma inestimável dádiva do Salvador à igreja, em cujo correto uso a fé do povo de Deus é confirmada e fortalecida e suas almas recebem grande benefício. Ele cria que se devem evitar dois extremos. Um deles é a doutrina da transubstanciação, a qual vai de encontro tanto à Escritura quanto à razão e profana a instituição da Ceia feita por [1]  A Body of Divinity, The Ten Commandments, e The Lord’s Prayer, que, juntos, formam o Watson’s Body of Practical Divinity, e, na série de brochuras puritanas, All Things for Good, The Doctrine of Repentance, The Godly Man’s Picture e The Great Gain of Godliness.
  • 10. A CEIA DO SENHOR 12 Cristo. O outro é o erro dos que consideravam a Ceia apenas como uma sombra vazia sem nenhuma eficácia intrínseca para os crentes: “Por que a Ceia do Senhor é chamada ‘a comunhão do corpo de Cristo’ (1Co 10.16), senão porque na celebração correta dela temos doce comunhão com Cristo? (...) Fazer do sacramento apenas uma representação de Cristo é apequenar o sacramento, o que redunda em pouco conforto.” Esse ponto de vista se fundamenta no ensino de Calvino que considerava o sa- cramento um meio de graça pelo qual, através da fé, Cristo opera eficazmente no crente. Alguns protestantes podem estar dispostos a dissentir desta posição, mas ninguém que ama a nosso Senhor Jesus Cristo dei- xará de ser tocado e abençoado pelo ardor e devoção ao Salvador que se encontram na exposição de Watson. Os editores desejam agradecer ao Sr. Roger N. McDermott que transcreveu cuidadosamente a obra de Watson de uma có- pia da Bodleian Library, Oxford, e ajudou a prepará-la para sua publicação. O EDITOR Edinburgh Janeiro de 2004
  • 11. 1 O MISTÉRIO DA CEIA DO SENHOR “Enquanto comiam, tomou Jesus um pão, e, abençoando-o, o partiu, e o deu aos discípulos, dizendo: Tomai, comei; isto é o meu corpo. A seguir, tomou um cálice e, tendo dado graças, o deu aos discípulos, dizendo: Bebei dele todos; porque isto é o meu sangue, o sangue da [nova] aliança, derramado em favor de muitos, para remissão de pecados” (Mt 26.26-28).   N estas palavras, temos a instituição da Ceia do Senhor. Os gregos chamam o sacramento de musterion: um mistério. Há nela um mistério de maravilha e um mis- tério de misericórdia. “A celebração da Ceia do Senhor é a co- memoração da maior bênção que o mundo já desfrutou”, diz Crisóstomo.[2] Um sacramento é um sermão visível. E nisto o sacramento sobressai à Palavra pregada. A Palavra é uma trom- beta que proclama Cristo; o sacramento é um espelho que o representa.   Pergunta: Mas, por que o sacramento da Ceia do Senhor foi instituído? Acaso a Palavra não é suficiente para conduzir-nos ao céu? [2]  João Crisóstomo (347-407), “a boca de ouro”; bispo de Constantinopla e notável pregador.
  • 12. 14 A CEIA DO SENHOR Resposta: A Palavra é para a implantação da fé; o sacramento é para a confirmação da fé. A Palavra nos conduz a Cristo; o sacra- mento nos edifica nele. A palavra é a fonte em que somos batiza- dos com o Espírito Santo; o sacramento é a mesa onde somos ali- mentados e nutridos. O Senhor condescende à nossa fraqueza. Se fôssemos formados somente de espírito, não haveria necessidade de pão e vinho; todavia, somos criaturas compostas. Por isso Deus, para socorrer nossa fé, não só nos dá uma Palavra audível, mas também um sinal visível. “Et sensus fovetur, et fides firmatur” [O sentido é alimentado e a fé é fortalecida]. Recorro aqui à palavra de nosso Salvador: “Se não virdes sinais e milagres, não crereis” (Jo 4.48). “Por sermos alimentados por coisas externas, Deus aumenta em nós a fé por meio desses símbolos” (Gualter).[3] Aquilo que entra pelos nossos olhos opera em nós mais do que aquilo que entra pelos ouvidos. Uma grave cena de morte nos afeta mais do que uma oração. Assim, quando vemos Cristo partido no pão, como se fosse crucificado diante de nós, isso afeta mais nosso coração do que a mera pregação da cruz. E assim passo ao texto de Mateus 26.26-28 para dar início a estes cinco particulares em referência ao sacramento: 1. O autor; 2. O tempo; 3. O modo; 4. Os participantes; e 5. Os benefícios. 1. O autor do sacramento é Jesus Cristo. “Jesus tomou o pão.”Instituir sacramentos pertence por direito a Cristo, e é o ornamento de sua coroa. Somente aquele que pode outorgar graça pode instituir os sacramentos, os quais são o selo da graça. Sendo Cristo o fundador do sacramento, ele lhe concede glória e esplendor. Quando um rei faz uma festa, ele lhe adiciona mais pompa e magnificência. “Jesus tomou o pão”, aquele cujo Nome é acima de todo nome (Fp 2.9); Deus bendito para todo o sempre. [3]  Quia externis ducimur, hisce symbolis fidem in nobis adauget Deus. Rudolf Gualter (1519-86) foi um reformador suíço e sucessor de Bullinger em Zurique.
  • 13. 15 O MISTÉRIO DA CEIA DO SENHOR 2. O tempo em que Cristo instituiu o sacramento. Quanto ao tempo em que Cristo instituiu o sacramento, pode- mos observar duas circunstâncias:   i. Isso se deu quando haviam ceado (Lc 22.20: “depois de cear”); ceia que continha mistério, para mostrar que a meta do sacramento é ser principalmente um banquete espiritual; não visa a empanturrar os sentidos, e sim a suprir as graças. Isso se deu “depois de cear”.   ii. A outra circunstância de tempo é que Cristo instituiu o sacramento pouco antes de seus sofrimentos. “O Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão” (1Co 11.23). Ele tinha plena ciência dos problemas que sobreviriam aos seus discípulos; a perplexidade deles não seria pouca por ver seu Senhor e Mestre crucificado; e logo depois teriam de beber com ele um cálice amargo; por isso, para armá-los contra tal momento e animar­ lhes o espírito, naquela mesma noite em que foi traído ele lhes dá seu corpo e sangue no sacramento. Isto pode nos sugerir que em toda aflição mental, especial- mente ante a aproximação do perigo, é necessário que recorra- mos à Ceia do Senhor. O sacramento é, respectivamente, um antídoto contra o temor, e a restauração da fé. “Na noite em que foi traído, ele tomou o pão” (1Co 11.23). 3. O modo da instituição, no qual há quatro coisas a serem observadas:   i. O ato de tomar o pão; ii.O ato de abençoá-lo; iii. O ato de parti-lo; iv. O ato de administrar o cálice.
  • 14. 16 A CEIA DO SENHOR i. O ato de tomar o pão: “Jesus tomou o pão.” Pergunta: O que está implícito na frase “tomou o pão”? Resposta: O ato de Cristo tomar o pão do uso comum im- plicava um duplo mistério. a. Significava que Deus, em seu decreto eterno, separou Cris- to para a obra de nossa redenção. Ele era o kechorismenos, separa- do dos pecadores (Hb 7.26). b. O ato de Cristo separar os elementos do pão e do vinho comuns revelava que ele não se destina à nutrição de pessoas comuns. Deve ser divinamente purificado aquele que toca estas santas coisas de Deus. Devem ser exteriormente separados do mundo e interiormente santificados pelo Espírito. Pergunta: Por que Cristo tomou o pão, em vez de outro elemento? Resposta: Porque o pão o prefigura. Cristo foi tipificado (a) pelo pão da proposição:“Também fez Salomão todos os objetos que convinham à casa do Senhor; o altar de ouro, e a mesa de ouro, sobre a qual estavam os pães da proposição” (1Rs 7.48); (b) pelo pão que Melquisedeque ofereceu a Abraão. “E Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho” (Gn 14.18); e (c) pelo pão que o anjo trouxe a Elias. “E olhou, e eis que à sua cabeceira estava um pão cozido sobre as brasas” (1Rs 19.6). Portanto, Cristo tomou o pão em correspondência ao tipo. Cristo tomou o pão também por causa da analogia; pão o lembra bem de perto: “Eu sou o pão da vida” (Jo 6.48). Há uma tríplice semelhança.
  • 15. 17 O MISTÉRIO DA CEIA DO SENHOR a. O pão é útil. Outros confortos servem mais ao deleite que à utilidade. A música deleita aos ouvidos; as cores, aos olhos; mas o pão é o arrimo da vida. Portanto, Cristo é proveitoso. Não há subsis- tência sem ele: “quem de mim se alimenta por mim viverá” (Jo 6.57). b. O pão satisfaz. Se uma pessoa tem fome e você lhe traz flores ou quadros, tais coisas não satisfazem; mas o pão satisfaz plenamente. Assim Jesus Cristo, o pão da alma, satisfaz; ele sa- tisfaz os olhos com beleza, o coração com dulçor, a consciência com paz. c. O pão fortalece. “O pão que fortalece o coração do ho- mem” (Sl 104.15, ACRF). Assim Cristo, o pão da alma, trans- mite vigor. Ele nos fortalece contra as tentações, comunica vigor para realizar e suportar trabalho. Ele é como o pão que o anjo levou ao profeta: “Levantou-se, pois, e comeu e bebeu; e com a força daquela comida caminhou quarenta dias e quarenta noites até Horebe, o monte de Deus” (1Rs 19.8). ii. A segunda coisa na instituição é Cristo abençoando o pão. Ele o abençoou: “Pela bênção de Cristo, o pão comum ad- quiriu uso santo” (Gualter).[4] Esta foi a consagração dos elemen- tos. Cristo, por sua bênção, os santificou e fez deles símbolos de seu corpo e sangue: “Consagrar significa tornar solenes coisas em si mesmas indiferentes aos mistérios religiosos, tal como o sacra- mento do corpo e sangue de Cristo” (Chamier, De Eucharistia).[5] Nossa análise disto continua no próximo capítulo. [4]  Benedictione Christi panis communis in sacrum mutatus est. [5]  Consecratio vocabulum est solenne significans id quo per se aliena sunt a mysteriis religiosis, sint sacramenta corporis et sanguinis Christi. A referência é a uma obra de Daniel Chamier publicada em Genebra em 1626.