A Guerra Fria foi um período de tensão política e ideológica entre os Estados Unidos e a União Soviética após a Segunda Guerra Mundial, marcado pela corrida armamentista e espacial entre as superpotências e pela divisão do mundo em blocos capitalista e comunista.
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A GUERRA FRIA
A Guerra Fria foi a designação atribuída ao conflito
político-ideológico entre os Estados Unidos (EUA),
defensores do capitalismo, e a União Soviética
(URSS), defensora do socialismo, compreendendo
o período entre o final da Segunda Guerra Mundial
e a extinção da União Soviética.
É chamada "fria" porque não ho ve
u
qualquer combate físico, embora o mundo todo
temesse a vinda de um novo conflito mundial por se
tratarem de duas potências com grande arsenal de
armas nucleares. Norte-americanos e soviéticos
travaram uma luta ideológica, política e econômica
durante esse período. Se um go
verno socialista
fosse implantado em algum país do Terceiro
Mundo, o governo norte-americano via aí logo uma
ameaça aos seus interesses; se um movimento
popular combatesse um governo alinhado aos EUA,
logo receberia apoio soviético.
reuniria grande parte das naçõ do mundo
es
divididas em dois blocos. De um lado, os países do
Eixo, liderados pela Alemanha, pela Itália e pelo
Japão, e do outro, os Aliados, comandados
principalmente pelos EUA, pela URSS, pela
Inglaterra e pela França.
Em dezembro de 1941, os japonees
s
bombardearam a base militar de Pearl Harbor, no
Havaí, que pertencia aos EUA. Esse ataque
determinou a entrada dos EUA na guerra, ao lado
das forças aliadas contra os países do Eixo.
A entrada da maior potência industrial do
mundo na guerra significou um gigantesco aumento
do poder de fogo das forças aliadas. No início de
1942, a situação se inverteu. De atacantes, as forças
do Eixo passaram a atacadas.
Período que antecedeu a Guerra Fria
Para que tenhamos uma idéia mais ampla da
Guerra Fria, em 1919, período pós-Primeira Guerra,
foi assinado o Tratado de Versalhes, por este, os
países vencidos na Primeira Guerra fica
vam
proibidos de possuir ou ainda de fabricar produtos
bélicos, o que atingiu a Alemanha. Contudo, para
conquistar
os
territórios
perddos,
i
Hitler
desobedeceu ao tratado e empreendeu uma política
de rearmamento. Em 1935, aumentou o seu efetivo
militar e construiu uma poderosa força aérea e uma
numerosa esquadra.
Em agosto de 1939, Alemanha e URSS
assinaram o Pacto de não-agressão. Pelo acordo, a
União Soviética não reagiria diante de uma agressão
alemã à Polônia. Em troca, Hitler prometia apoiar
uma invasão soviética à Finlândia, além de outras
concessões. Em 1º de setembro de 1939, a ambição
imperialista de Hitler fez com seu exército invadisse
a Polônia. Aquele dia marcou o alvorecer de seis
anos consecutivos de uma guerra mundial, que
Em agosto 1945, o Japão que ai da se
n
recusava a se render, obrigou aos americanos a dar
uma demonstração de seu poder lançando duas
bombas atômicas sobre as cidades de Hiroshima e
Nagasaki matando cerca de 170 mil pessoas no
Japão. Não restou outra altern
ativa. Em 02 de
setembro 1945, os japoneses assinaram, assim como
já havia feito Alemanha e a Itália, sua rendição.
Terminava assim, a Segunda Guerra Mundial e
dava início uma nova guerra, d
essa vez fria; a
Guerra Fria.
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O Mundo da Guerra Fria
Com o final da Segunda Guerra Mundial,
EUA e URSS acirraram a disputa pela hegemonia
no Globo. Deram início, assim, à Guerra Fria, um
dos períodos mais tensos da hi tória, que se
s
estendeu do imediato pós-guerra até o final da
década de 1980.
A Guerra Fria baseou
-se na chamada
Doutrina Truman, anunciada pelo presidente Harry
Truman em março de 1947. O pressuosto
p
geopolítico fundamental da Doutrina Truman era
impedir o expansionismo da URS fazendo
S,
alianças com outros países para isolá-lo.
Plano Marshall e COMECON
Com as nações européias frágeis, após uma
guerra violenta, os Estados Unidos estenderam uma
série de apoios econômicos à Europa aliada, para
que estes países pudessem se reerguer e mostrar as
vantagens do capitalismo. Assim, o Secretário de
Estado dos Estados Unidos, Geo
rge Marshall,
propõe a criação de um amplo plano econômico,
que veio a ser conhecido como Plano Marshall. Era
uma série de empréstimos a bai os juros e
x
investimentos públicos para facilitar o fim da crise
na Europa Ocidental e repelir a ameaça do
socialismo entre a população descontente. Em 1951,
foi elaborado o Plano Colombo, similar ao Plano
Marshall, porém bem menos ambi ioso, para
c
estimular o desenvolvimento de países do sul e
sudeste da Ásia. Somente o Japão, entre 1947 e
1950, recebeu uma ajuda financeira na ordem de 2,5
bilhões de dólares diretamente do Tesouro dos
Estados Unidos, possibilitando assim, a vazão de
produtos e capitais estadunidenses e a contenção do
expansionismo soviético, consolidando, assim, o
bloco capitalista. Em resposta ao plano econômico
estadunidense, a União Soviética propôs-se a ajudar
também seus países aliados, co a criação do
m
COMECON (Conselho para Assistência Econômica
Mútua). Este conselho tinha co
mo meta a
recuperação dos países orientais, também para
mostrar como vitrine as
socialismo fazia ao povo.
benfeiorias
t
que
o
A bipolarização mundial
O mundo da Guerra Fria foi marcado pela
bipolarização de poder entre os EUA e URSS, que
buscavam ampliar suas respecti as zonas de
v
influência. Como bem definiu o cientista político
francês Raymond Aron: "Guerra Fria, paz
impossível, guerra improvável". A paz er
a
impossível porque as superpotências apresentavam,
sob vários aspectos, um antagonismo insuperável e
um conflito de interesses. No entanto, a guerra era
improvável, pois um enfrentamento direto entre as
superpotências poderia significar o fim de todos.
A Segunda Guerra Mundial marco o
u
declínio da supremacia européi no mundo.
a
Estabeleceu-se uma política global bipolar, ou seja,
centrada em dois grandes pólos (denominadas na
época superpotências): EUA e URSS. Formadas por
ideais distintos, ambos os pólos de poder tinham
como principal meta a difusão de seus sistemas
políticos e culturais no resto do mundo.
Os EUA defendiam a política ca
pitalista,
argumentando ser ela a represetação da
n
democracia e da liberdade. Em contrapartida a
URSS enfatizava o socialismo como resposta ao
domínio burguês e solução dos problemas sociais.
Sob a influência das duas doutinas, o
r
mundo foi dividido em dois blocos liderados cada
um por uma das superpotências: a Europa Ocidental
e a América Central e do Sul receberam forte
influência cultural e econômica estadunidense e a
maior parte da Ásia e o leste europeu, ficava sob
domínio soviético.
As Conferências de Cúpula
Ainda durante a Segunda Guerra foram
realizadas algumas Conferências destacando-se as
de Yalta (União Soviética), em 1945. Nessa
reunião, representantes dos EUA, Reino Unido e
URSS decidiram que os soviéticos passavam a ter
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direito de implantar áreas de influência na Polônia e
na Península Balcânica (Grécia, Albânia, Bulgária,
Macedônia,
Iugoslávia,
Bósnia
-Herzegóvina,
Croácia, Eslovênia e Romênia; a parte européia da
Turquia também se localiza na península.), exceto
influência sobre a Grécia, de receber parte da
indenização que seria exigida à Alemanha e de
controlar a Manchúria e a parte norte da Coréia.
Em junho de 1948, os EUA e seus aliados
deram a largada para a reconstrução do capitalismo
na Alemanha. Sem consultar a URSS, implantaram
uma nova moeda nas zonas alemãs sob sua
ocupação, pois uma economia forte precisa de uma
moeda igualmente forte, que seja respeitada nos
mercados financeiros do mundo. Foi assim que
nasceu o deustch Mark, o marco alemão.
A Conferência de Potsdam (Alemanha), na
decidiu dividir a Alemanha em quatro zonas de
ocupação entre os principais países vitoriosos na
Segunda Guerra, isto é, EUA, Reino Unido e depois
a França, tomariam conta do lado Oeste; e a URSS
permaneceria no lado Leste.
A URSS, é claro, não gostou nada, e armou
um estratégico contra-ataque. Berlim, como vimos,
havia sido dividida entre as potências vencedoras.
Entretanto, todas as estradas e ferrovias que
abasteciam a cidade estavam sob o controle das
tropas soviéticas. Para mostrar sua força e dificultar
os planos norte-americanos, em 24 de junho do
mesmo ano, o governo da URSS d
ecretou o
Bloqueio de Berlim: só poderiam circular por essas
vias caminhões e trens autorizados pelo comando
soviético. Assim, os EUA e seus aliados não teriam
como abastecer os setores de B
erlim sob sua
responsabilidade. O bloqueio só terminaria caso
eles desistissem da nova moeda e da política de
empréstimos.
O Bloqueio de Berlim
Junto com a França e o Reino U
nido, os
EUA pretendiam colaborar para a reconstrução da
economia alemã nos moldes capitalistas. Estavam
dispostos a emprestar dinheiro para os donos das
grandes indústrias e a a
judá-los a retomar a
produção o mais rápido possível. A União Soviética
por sua vez queria implantar o regime socialista na
Alemanha e transformar as fábricas, assim como as
terras, as lojas e todo o resto, em propriedade do
governo. A política de emprestar dinheiro para os
industriais tornava os capitalistas mais fortes e
atrapalhava os planos soviéticos.
Toda cidade utiliza diariament muitos
e
produtos que vêm de fora. Alguns são essenciais:
seus habitantes precisam comer e na cidade
praticamente não se produzem alimentos. Grande
parte das toneladas de artigos industrializados
consumidos diariamente em uma grande cidade,
como remédios e produtos de higiene, também são
adquiridas de outros centros urbanos. Abastecer
uma grande cidade sem dispo de meios de
r
transporte terrestre é quase impossível.
Enquanto durou o Bloqueio de B
erlim,
aconteceu o que parecia impossível. Durante onze
meses, as zonas de ocupação francesa, britânica e
norte-americana foram abastecidas exclusivamente
por aviões, que subiam e desciam sem parar,
durante todas as horas do dia, transformando os
aeroportos locais nos mais mov
imentados do
mundo. Claro que isso custou uma fortuna para os
EUA, que pagaram a maior parte da conta. Mas eles
conseguiram provar que era impossível controlar
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uma parte de Berlim mesmo com todas as vias de
acesso terrestre para cidade fechada.
Em maio de 1949, a URSS recuou e
suspendeu o bloqueio. Ela havi perdido uma
a
batalha, mas a Guerra Fria est
ava apenas
começando.
Durante o período do bloqueio, os EUA não
tentaram abrir as estradas à força. A URSS não
abateu nenhum avião. Não houve enfrentamento
direto entre os dois países, mas eles também não
estavam em paz.
Corrida Espacial e Armamentista
Um dos campos que mais se beneficiaram
com a Guerra Fria foi o da tecnologia. Na urgência
de se mostrarem superiores aos rivais, Estados
Unidos e União Soviética procuraram melhorar os
seus arsenais militares. Como conseqüência,
algumas tecnologias conhecidas hoje.
A corrida espacial está nesse contexto.
Tecnologias de lançamento de mísseis e de foguetes
são muito próximas, e, portanto, os dois países
investiram pesadamente na tecnologia espacial. No
ano de 1957, os Soviéticos lançaram Sputnik, o
primeiro artefato humano a ir ao espaço e orbitar o
planeta. Em novembro do mesmo ano, os russos
lançaram Sputnik II e, dentro da nave foi a bordo o
primeiro ser vivo a sair do pl neta: uma cadela
a
laika. Ela morreu na reentrada da atmosfera, devido
ao calor.
Após as missões Sputnik, os Estados Unidos
entraram na corrida, lançando o Explorer I, em
1958. Mas a União Soviética tinha um passo na
frente, e em 1961 os soviéticos conseguiram lançar
Vostok I, que era tripulada por Yuri Gagarin, o
primeiro ser humano a ir ao espaço e voltar são e
salvo e autor da célebre decla
ração: "Eu vejo a
Terra. Ela é azul!".
A partir daí, a rivalidade aumentou a ponto
de o presidente dos Estados Un
idos, John F.
Kennedy, prometer enviar estadunidenses à Lua e
trazê-los de volta até o fim da década. Os soviéticos
apressaram-se para vencer os estadunidenses na
chegada ao satélite. As missões Zond deveriam
levar os primeiros humanos a orbitarem a Lua, mas
devido a falhas, só foi possível aos soviéticos o
envio de missões não-tripuladas, Zond 5 e Zond 6,
em 1968.
Os Estados Unidos, por outro lado, enviaram
a missão Apollo 11, lançada em 16 de julho de
1969, e conseguiu realizar com sucesso a missão
tripulada ao solo lunar em 20 de julho de 1969. Neil
Armstrong, Michael Collins e E
dwin Aldrin
tornaram-se os primeiros humanos a caminhar em
outro corpo celeste.
A corrida armamentista foi um outro
empreendimento das superpetências. Cada uma das
potências justificava os gasto alegando que
s
precisava de armas poderosas, inclusive atômicas, e
exércitos maiores para se defender, caso houvesse
uma guerra entre os dois blocos. Essa corrida
caracterizou o chamado "equilíbrio do terror" no
qual o poder de destruição de um não poderia
ultrapassar a do outro, já que a cada novo invento
bélico, o opositor tentava superar com um mais
potente ainda.
As Alianças Militares da Guerra Fria
A posse dos arsenais nucleares capazes de
eliminar a vida humana da Terra conferia aos EUA
e à URSS a condição de superpotências. A Guerra
Fria foi um período de delicado equilíbrio de poder,
no qual não podia haver paz e a guerra seria
sinônimo de extermínio mútuo.
Na Europa, a bipolaridade se concretizou na
divisão entre os países alinhados com os EUA e
aqueles subordinados política, econômica e
militarmente à URSS. A linha d fronteira que
e
delimitava os dois blocos ficou conhecida como
Cortina de Ferro, um dos principais símbolos da
Guerra Fria. Dos dois lados da Cortina de Ferro
firmaram-se alianças militares sob o comando das
superpotências. Por causa dela, passamos a estudar
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a Europa dividindo-a em duas partes: Europa
Ocidental e Europa Oriental.
A mais importante das organizaões
ç
militares foi a Organização do Tratado do Atlântico
Norte (Otan), criada em 1949 p
ara defender a
Europa ocidental do ameaça soviética. Seus países
membros são os EUA, o Canadá, Portugal,
Noruega, Islândia, Dinamarca, Grécia, entre outros.
A partir desta criação surge a República Federal da
Alemanha (RFA), ou Alemanha Ocidental.
A resposta soviética viria no mesmo ano
com a criação da República Democrática Alemã
(RDA) em sua respectiva zona d ocupação.
e
Quando a Alemanha Ocidental ingressou na Otan,
em 1955, a resposta soviética veio com a criação de
sua aliança militar, o Pacto de Varsóvia. A URSS
delimitava, assim, sua respectiva zona de influência
e seu principal mercado de armas.
Até a década de 1960, a Alemanha Oriental
atravessou períodos de crise econômica. Muitos
berlinenses deixaram o setor oriental em busca de
melhores oportunidades no setor ocidental. Para
acabar com esse êxodo de trabalhadores e reafirmar
sua soberania, as autoridades orientais construíram
o Muro de Berlim. Na noite de 13 de agosto de
1961, a parte ocidental de Berlim foi isolada: arame
farpado e soldados armados impediam a passagem
dos berlinenses. A partir de então, foi erguido um
muro de dividindo a cidade e que se tornou símbolo
da Guerra Fria, exemplo de um mundo dividido por
conflitos ideológicos. O muro foi largamente
utilizado como propaganda anticomunista.
Crise dos mísseis
Em 1962, quando os soviéticos instalaram
uma base de mísseis em Cuba, a Guerra Fria quase
virou guerra quente. O governo dos EUA
anunciaram que estavam dispostos a utilizar suas
armas atômicas caso fosse implantada uma base
militar inimiga tão perto de seu território. A URSS
recuou, mas a ameaça de guerra total continuou no
ar muito tempo. Esse episódi ficou conhecido
o
como a Crise dos Mísseis.
Após a Revolução Cubana, os noter
americanos, temendo que o regime socialista se
espalhasse pela América, inici ram uma dura
a
política de repressão aos movimentos guerrilheiros
da América Central e patrocinaram golpes militares
e ditaduras em todo continente. Em nome dos
valores do "mundo livre", muita gente foi silenciada
à força e muitos governos mili
tares foram
implantados. O golpe militar de 1964, no Brasil,
que deu origem a um longo período de ditadura,
teve o apoio estratégico dos EUA.
Rumo a Uma Nova Ordem Mundial
Na Segunda metade da década de 1980, o
líder soviético Mikhail Gorbatchev iniciou um
amplo processo de libertação da economia e da
política na URSS. Essas mudanças foram marcadas
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pela glasnost (abertura ou transparência política) e
pela perestroika (processo de reestruturação
econômica do país).
Essas reformas repercutiram em todos os
países socialistas da Europa, com a ascensão de
movimentos democráticos e a queda dos regimes de
partido único.
O fim da Guerra Fria é caracterizado, para
alguns estudiosos, pela queda do Muro de Berlim
ocorrido na noite de 9 para 10 de novembro de
1989, e sua unificação.
No ano seguinte, o Pacto de Vasóvia
r
anunciou o fim de suas funções militares e
finalmente, em 1991, a própria URSS deixou de
existir e em seu lugar, surgir m quinze países
a
independentes formando a CEI (Comunidade de
Estados Independentes).
A Rússia, a mais importante da antigas
s
repúblicas soviéticas, continua sendo uma potência
militar, pois mantém o controle sobre as armas
nucleares da extinta União Sov
iética, mas
certamente já perdeu a condição de superpotência.
No plano militar, os EUA continuam sendo
uma potência planetária. Porém no plano
,
econômico, o país encontrou rivais no Japão e na
Alemanha, exatamente os dois grandes derrotados
na Segunda Guerra Mundial. A bipolaridade é coisa
do passado. Hoje o mundo é mul ipolar, embora
t
tenhamos uma supremacia norte-americana.
completamente. Os impérios coloniais das potências
européias pouco a pouco foram ruindo. Ocorreu a
descolonização das nações africanas e asiáticas.
Após a Segunda Guerra Mundial, o quadro
geopolítico mundial mudou completamente. Nasceu
uma nova ordem mundial, a ordem bipolar.
O mundo bipolar entra em colapso nos anos
1980, principalmente entre 1989 e 1991. Esse
colapso foi resultado, princip
almente, de dois
fatores conjugados: o esgotamento das economias
planificadas e o surgimento de novos pólos
mundiais de poder: a União Européia, o Japão e,
mais recentemente, a China.
Com a crise do mundo socialista e com o
advento de novos pólos ou cent os econômicos
r
mundiais, ingressamos novamente num mundo
multipolar. Mas alguns autores preferem denominar
a nova ordem mundial de unimultipolar, pois, no
aspecto militar, existe apenas uma superpotência
atuante nos vários recantos do globo – os Estados
Unidos –, e, no aspecto econômico e tecnológico,
que é o mais importante atualmente, existem vários
centros de poder: a União Européia, os Estados
Unidos, o Japão e a China. Do ponto de vista
militar, a Rússia, em tese, ai
nda é uma
superpotência com capacidade p
ara exterminar
praticamente toda a humanidade.
Uma ordem geopolítica mundial, portanto, é
essa situação, sempre provisória, no nível das
relações – econômicas, diplomáticas e militares –
entre os Estados nacionais.
No início do século XX, antes da Segunda
Guerra Mundial, havia uma orde mundial
m
multipolar. Isso quer dizer que existiam múltiplas
grandes potências mundiais, que disputavam a
hegemonia internacional.
A partir de 1945, a ordem mundial existente
antes
da
Segunda
Guerra
desmor
onou
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