2. CONCEITO
Hemorragia é a saída de
sangue dos vasos sanguíneos
ou do coração para o exterior,
para o interstício ou para
cavidades pré-formadas do
organismo.
3. CLASSIFICAÇÃO E NOMENCLATURA
hemorragias externas
• a) gastrorragia: hemorragia gástrica;
• b) enterorragia: hemorragia intestinal. Alguns conceituam enterorragia
como a eliminação anal de sangue vivo;
• c) melena: evacuação de fezes escuras, pastosas e fétidas pela presença
de sangue alterado pelas secreções gastrintestinais;
• d) hematêmese: sangue parcialmente digerido, eliminado sob forma de
vômitos;
• e) otorragia: hemorragia pelo conduto auditivo externo;
• f) hemoptise: hemorragia proveniente dos pulmões ou de outras partes
do trato respiratório;
• g) epistaxe: hemorragia que ocorre na mucosa nasal ou através das fossas
nasais;
• h) hematúria: presença de sangue na urina;
• i) metrorragia: hemorragia uterina anormal, acíclica.
4. As hemorragias internas
• a) petéquia ou hemorragia petequial: hemorragia minúscula na pele,
mucosas ou serosas;
• b) equimose ou sufusão hemorrágica: hemorragia cutânea, mucosa ou
serosa de dimensões maiores. O termo "equimose" é empregado por
muitos legistas para indicar sufusão hemorrágica cutânea de origem
traumática;
• c) hematoma: hemorragia maior, na qual o sangue não se difunde das
malhas do tecido e forma uma coleção;
• d) bossa sanguínea: coleção sanguínea localizada sobre um plano ósseo
fazendo saliência na superfície da pele;
• e) apoplexia: termo utilizado para indicar hemorragia que se dá na
intimidade de um órgão (encéfalo, pâncreas, supra-renais) com destruição
parcial deste e manifestações gerais súbitas e graves.
• Já as hemorragias que ocorrem nas cavidades pré-formadas recebem as
seguintes denominações:
• a) hemotórax: na cavidade pleural;
• b) hemopericárdio: no saco pericárdico;
• c) hemoperitônio: na cavidade peritonial;
• d) hemorragia ventricular ou intraventricular: nos ventrículos cerebrais.
5. As hemorragias podem ocorrer com ou sem solução de
continuidade de parede vascular ou cardíaca.
As hemorragias com solução de continuidade da parede dos
vasos ou do coração podem se dever a:
1) ruptura ou laceração (são as mais freqüentes). Podem ser:
• traumáticas, causadas por instrumentos contundentes,
cortantes, perfurantes, etc., intencional ou acidentalmente;
• espontâneas, que ocorrem em aneurismas, hematoma
dissecantes da aorta, hipertensão arterial maligna, infarto
transmural do miocárdio e diversas outras condições de
fragilidade da parede vascular (inflamações, por exemplo);
2) erosão ou digestão da parede vascular, como ocorre em:
• cavernas tuberculosas quando a necrose atinge a parede
dos vasos;
• erosão vascular por neoplasias malignas;
• úlcera péptica em que o suco gástrico digere a parede do
vaso.