1. LETRANOVA
Publicação livre e informativa de cultura e assuntos profissionais
Ano I - Número 06 - Janeiro/2008
EDITORIAL
Enfim o Ano é Novo
Atingimos nesta edição, o sexto mês, ou seja, meio ano de existência
da LETRANOVA. Como já é fato e hábito, neste número apresenta-se
algo novo. É a indicação musical. A linha editoral começa dar sinais de
alguma definição, com seções que se tornam fixas e a flexibilidade
suficiente para a aparição de temas e seções de acordo com as circunstâncias e o que
dita o momento. E por falar, em momento, e como esta é a primeira edição de 2008, é
bem propício aproveitar para desejar um ano repleto de conquistas em todos os
campos da vida. Que seja também um ano produtivo para o avanço das questões
econômicas no mundo e no Brasil em especial, e para a evolução das relações sociais,
da justiça, dos direitos humanos, e das relações do Homem com o ecossistema. A
Revista continua contando com o apoio cultural da Livraria Virtual CLIQUELIVROS.
Esperamos que neste ano, conquistemos outros apoios culturais, pois isto ajuda a
garantir a continuidade da publicação. Continuamos aí, abertos a novas propostas e
a novos apoios, afinal o objetivo é que a revista perpetue e aumente seu público
leitor. Tratando, agora dos temas desta edição, abordaremos o Amor, a educação e a
sala de aula, a relação professor-aluno, o tráfico internacional de mulheres para a
prostituição, entre outros assuntos. E tem mais: indicação de filme, leitura
fundamental, prestação de serviço, classiNOVA , vamos interagir, e muito mais.
Esta edição é, a exemplo da anterior, muito especial, pois é o momento de desejarmos
a todos os nossos leitores: feliz ano novo!
CAMPANHA entre Profissionais
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“A presunção – tão desculpável e divertida nos moços – é o mais certo sinal de burrice nos velhos. O
verdadeiro fruto da árvore do conhecimento é a simplicidade. “ (Mário Quintana)
2. 2
Sumário
ESPECIAL DO MÊS
Tráfico Internacional de Mulheres para Prostituição
O tráfico internacional de mulheres trata da promoção ou da facilitação tanto da entrada de mulheres
no território brasileiro, quanto da saída de brasileiras para outros países, e que estas venham exercer a
prostituição. Página três
LINK PARA ARTIGO CIENTÍFICO
Nesta edição, a LETRANOVA indica um link. mentes são perigosas?” publicado no site
Trata-se de um artigo de Edner Braga, cujo www.ebragaconsultoria.profissional.ws no
título é “A relação professor –aluno: por que as mês corrente. Página quatro
A COR DO AMOR
O amor tem cor? Se tiver, qual é a cor do amor? Ao longo da história da humanidade a questão do amor, suas
definições, seus conceitos, seus sentidos são recorrentes e parecem ser frutos da própria necessidade do homem
em explicar a si mesmo e a sua existência.Tanto é, que o amor é tema de uma grande parte dos trabalhos, estudos
e escritos dos grandes pensadores e filósofos. Página seis
PARTICIPAÇÃO ESPECIAL
O GERENCIAMENTO DO FLUXO DE ATIVIDADES EM SALA DE AULA
Desenvolvendo competências e prevenindo indisciplina
A indisciplina em sala de aula apresenta-se hoje, pela dimensão que, aos poucos, tem ganho e exibido, como
sendo um dos maiores problemas da escola atual. Alguns autores e suas pesquisas apontam para uma percepção
generalizada dos problemas disciplinares, da violência e da falta de civismo, num ambiente que se vê marcado
pela falta de autoridade, pelas facilitações e permissividades mútuas (entre professores e alunos). Página oito
INDICAÇÃO DE SITE
LEITURA FUNDAMENTAL
DHnet Página onze
Homens, Engenharias e Rumos Sociais
Página cinco
INDICAÇÃO MUSICAL
MONOGRAFIA Nana Caymmi – Brasil MPB Página doze
As principais causas e consequências dos
acidentes de trabalho Página onze CLASSINOVA
Classificados Gratuitos Página doze
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
Palestras e oficinas Página treze
INDICAÇÃO DE FILME
VAMOS INTERAGIR? Baden Powell Página quatorze
Cultura Organizacional Página treze
ORIENTAÇÃO DE CARREIRA
POESIA DA HORA Página quatorze
Narciso Página quinze
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO
Formação de Consultores Página quinze
“O lugar da alma é onde se tocam o mundo interior e o exterior. Porque ninguém se conhece, a si
mesmo, se é só ele mesmo e não também o outro, ao mesmo tempo.” (Novalis)
3. 3
ARTIGO EM DESTAQUE
Tipos de delitos relacionados ao tráfico de seres humanos: o tráfico
internacional de mulheres para prostituição
O tráfico internacional de mulheres para prostituição é um dos tipos de delitos
associados ao tráfico de seres humanos, que começamos a tratar na edição de
novembro de 2007. . Este crime está previsto no nosso
Código Penal, que no artigo 231 define-o como “promover
ou facilitar a entrada, no território nacional, de mulher que
venha exercer a prostituição, ou a saída de mulher que vá
exerce-la no estrangeiro”. A pena prevista para tal ato
criminoso varia de três a oito anos, e pode ser aumentada se
há uso de violência, ameaça ou fraude, se do ato violento resulta lesão corporal grave
ou morte. Se o crime é cometido devido a ganância por lucros, há também aplicação
de multa. A situação do criminoso fica pior ainda se a vítima for menor de idade, se
for alienada ou se tem necessidades especiais.
Segundo os comentários do IBISS-CO (Instituto Brasileiro de Inovações Pró-
Sociedade Saudável/Centro-oeste), o autor do crime é qualquer pessoa que o cometa
– homem ou mulher – e a vítima só pode ser mulher. Não há relevância se há
aceitação ou não da mulher que pode ser “levada ao erro com promessas de trabalho
e ganho (conceito de fraude)”.
O crime fica assim caracterizado quer tenha se concretizado ou não a efetiva
prostituição, e o objetivo de lucro não é um determinante do crime, mas sim, um
agravante.
O artigo que define o crime, não torna claras as possibilidades de responsabilização
de toda a rede de tráfico, e, portanto, faz-se necessário pesquisar outros artigos e a
sustentação legal para isto.
A composição do crime se dá primordialmente por dois elementos: mulher e
prostituição, e assim, o tipo penal não protege pessoas do sexo masculino.
A situação brasileira em relação ao tráfico de mulheres para prostituição é bastante
complicada, pois é um tipo de crime pouco investigado, principalmente porque de
forma geral há funcionários públicos e até políticos envolvidos com as quadrilhas.
Em 2004, uma investigação realizada no Rio de Janeiro e que se relacionava com
lavagem de dinheiro, fizeram chegar numa quadrilha de policiais e funcionários
públicos que facilitavam o embarque de mulheres brasileiras. Nesta época a
Organização Internacional de Migrações (OIM) apontava as rotas de tráfico de
mulheres entre o Brasil e a Europa, e estimava que setenta e cinco mil brasileiras
trabalhavam na prostituição. O número de prostitutas brasileiras na Europa é sempre
crescente. As vítimas destas quadrilhas de prostituição internacional são mulheres
bonitas, menores de 30 anos, mães solteiras ou mulheres separadas e com sérios
problemas financeiros. Promete-se excelentes salários, ajudas aos familiares e
trabalho digno, mas quando chegam aos seus destinos retém-se seus documentos e
obrigam-nas a prostituir-se para pagar as despesas de viagem, documentos falsos e
estadia.
4. 4
Os recordistas em recepção de prostitutas brasileiras são a Espanha e Portugal.
Entende-se que seja assim devido às facilidades de comunicação pela proximidade
com o idioma.
É muito complicado conseguir dados estatísticos sobre tal crime, pois a maior parte
das mulheres vítimas deste crime tem vergonha de fazer denúncia, porque terão que
revelar que foram enganadas e que trabalharam na prostituição. E das poucas
denúncias que são efetivadas, há poucas condenações.
Se você se interessou em saber mais sobre o assunto, e até quem sabe participar de
alguma organização de combate ao tráfico internacional de mulheres para
prostituição, como uma forma de fazer sua parte para o avanço do respeito aos
direitos humanos no Brasil, entre em contato com a Rede Social de Justiça e Direitos
Humanos, através do e-mail rede@social.org.br ou acesse o site www.social.org.br .
Ou ainda acesse estas opções: www.ubmulheres.org.br e http://www.interlegis.gov.br.
Edner Braga, psicólogo, mestre em gestão de pessoas, professor universitário e
consultor.
LINK PARA ARTIGO CIENTÍFICO
Nesta edição, a LETRANOVA indica um link. Trata-se de um artigo tem como objetivo
refletir sobre a relação professor-aluno, a partir da análise do
filme Mentes Perigosas. Com base em alguns trechos do
filme, vai-se abordando o tema em seus diversos aspectos:
atenção, interesse, motivação, orientação, desenvolvimento,
vinculação e afetividade. Ao considerar-se cada aspecto
revela-se com este se traduz concretamente na relação:
sentido de realidade, formação para a vida pessoal, construção do conhecimento,
mentalidade científica, adaptabilidade, formação profissional, realização pessoal,
espírito de tolerância, participação social, cidadania e respeito ao ser humano.
Conclui-se abordando a importância desta relação no que se refere qualidade do
processo ensino-aprendizagem, pois é esta relação que permite ao educando
significar o conteúdo, e que o enfoque nesta relação se define a partir de uma
abordagem humanista e sistêmica da educação.
O acesso ao artigo na íntegra pode ser feito através do
www.ebragaconsultoria.profissional.ws
CAMPANHA entre Profissionais
Fale da LETRANOVA no seu site e a LETRANOVA fala do seu
site aqui.
Entre em contato através do ebraga@ebragaconsultoria.profissional.ws
“ O real não está na saída e nem na chegada, ele se dispõe pra gente é na travessia.” (Guimarães Rosa)
5. 5
LEITURA FUNDAMENTAL
Homens, Engenharias e Rumos Sociais
Nesta edição, com a colaboração da Cliquelivros, indicamos a obra de Gilberto Freyre. Para apresentar o livro
vamos deixar que o próprio autor se pronuncie a partir de fragmentos do seu prefácio.
“Engenhar, dizem os dicionários, é inventar, engendrar, maquinar. Vem de engenho:
faculdade universitária. Da mesma origem é engenharia: arte de aplicar conhecimentos
científicos ou empírico á criação de estruturas a serviço do homem. Arte ou ciência.
Arte ou ciência - em sentido mais restrito - do emprego de dispositivos e de processo
na conversão de recursos naturais ou humanos em formas adequadas ao atendimento
de necessidades do mesmo homem. Sempre engenho, invenção criativa, a serviço do
homem. A serviço do seu físico. De necessidades físicas. Mas também de relações do
seu físico com o ambiente. Com a natureza. Mas, indo além: a serviço do homem social
que inclui o homem econômico, o homem político, o homem aprendiz, (existem
máquinas de ensinar ou de aprender), o próprio homem lúcido ( que são patins,
raquetes, bastões de jogar golfe, taco de bilhar, senão engenhos para fins recreativos?).
Além do que, dentro de uma moderna concepção de engenharia humana, é engenharia
o ajustamento do homem físico a engenhos, a máquinas, a veículos, a dimensões, iluminação, aeração de casas de
residência e de locais de trabalho ou de lazer ou de devoção ou de recreação.” [...] “O que principalmente se
sugere neste livro, desde as primeiras páginas do seu prefácio, é que dependem de engenharias - de três, que se
completam - quer o desenvolvimento global do homem - ou de grupos humanos constituídos em sociedades, de
que são exemplos as nacionais - quer a preservação, por essas sociedades, dos característicos de seus ambientes
ou de suas ecologias, com as quais precisam de ajustar suas formas de vivência, de convivência e de
desenvolvimento. Quer de desenvolvimento global, quer de desenvolvimentos específicos. As três engenharias: a
física, a humana e social. A física, a mais evidente. Ela se manifesta em quase todas as coisas técnicas, ou
construções, a serviço essencial e imediato dos homens: casas, pontes, instrumentos de trabalho, veículos,
equipamentos: inclusive o culinário. Das relações técnicas ao mesmo tempo que antropométricas, dos homens
com tais coisas, cuida a engenharia humana. E das inter-relações de ordem social entre homens uns com os outros
e de métodos com instituições de várias espécies dentro de uma sociedade humana, cuida a engenharia social.
Todas consideradas nas suas sistemáticas e nos seus objetivos definidos: definições recentes.” [...] “Que é
‘engenharia humana’? Define-a o professor Ernest J. McCormick no seu Human Engineering, aparecido em 1957,
mas desde logo um clássico na matéria, como quot;adaptação ao uso humano de espaço, equipamento e ambiente de
trabalhoquot;. Alguns preferem á expressão ‘engenharia humana’ a palavra ‘biomecânica’; outros, a palavra
‘ergonomia’, ainda outros, a expressão ‘engenharia psicológica’. A discrepância é significativa: indica que se trata
de uma especialidade complexa. Interessa ao engenheiro físico. Interessa no administrador. Mas interessa
também ao antropólogo, ao médico, ao fisiólogo ao psicólogo. Todos esses, segundo o professor McCormick, vêm
contribuindo para o desenvolvimento da nova especialidade através de conhecimentos diversos do ser humano e
de métodos diferentes de pesquisa em torno do assunto.” [...] Lembre-se, a propósito, que do Brasil vêm partindo,
no campo da engenharia social, no que essa engenharia significa ciência social aplicado ou aplicável, várias
conceituações originais de operação econômica ou social. Entre as primeiras, a de ‘valorização’, iniciada em São
Paulo com a valorização do café quando superabundante sua produção, através de técnica em seguida adotada
por vários países; e mais recentemente, a chamada ‘correção monetária’: outro brasileirismo. Brasileiríssimos são
os conceitos socioantropológicos de ‘homem situado no trópico’ - aprovado publicamente pela Sorbonne - de
‘ecologia telúrica’, de ‘pluralismo metodológico em estudos sociais’, de ‘tempo tríbio’, de ‘metarraça’, de
‘morenidade’. Brasileiro, também, uma arquitetura de casa vinda dos dias coloniais do Brasil e adaptável a
circunstâncias atuais através de modernizações possíveis e necessárias. Tanto assim que a sugestões desse tipo de
casa tradicional e ecologicamente brasileira recorreu - repita-se aqui - o moderníssimo arquiteto brasileiro Oscar
Niemeyer para, de acordo com elas, construir em Brasília casa para sua própria residência. Você pode encontrá-
lo no www.cliquelivros.com
FREIRE, Gilberto. Homens, engenharias e rumos sociais. São Paulo, Record, 1987. 223p.
“Lá fora, quando terminar a chuva, haverá sol.” (Oswald de Andrade)
6. 6
A Hora do Ensaio
A Cor do Amor
O amor tem cor? Se tiver, qual é a cor do amor? Ao longo da história da h
umanidade a questão do amor, suas definições, seus conceitos, seus sentidos são
recorrentes e parecem ser frutos da própria necessidade do homem em explicar a
si mesmo e a sua existência.
Tanto é, que o amor é tema de uma grande parte dos trabalhos, estudos e escritos
dos grandes pensadores e filósofos.
Além disso, amor e paixão parecem às vezes andar de mãos dadas e em outras,
separados por caminhos paralelos sem nunca poderem se encontrar.
O amor é assunto de livros, artigos, poesias, músicas, e mesmo quando não é
escrito e cantado, é falado e praticado (ainda que se diga que o mundo esteja
carecendo de amor).
Ao tentar definir o conceito de paixão, Lebrum (1987:17) cita Leibniz: “Prefiro
dizer que as paixões não são contentamentos, desprazeres, nem opiniões, mas
tendências, ou antes, modificações de tendência, que vem da opinião ou do
sentimento e que são acompanhadas de prazer ou desprazer”.
Parece-nos que esta passagem a respeito das paixões acaba por colocá-la como fruto do amor e põe por terra a
idéia de que paixão nasce antes do amor como aparece em diversos pensamentos sobre a questão.
Prosseguindo, podemos encontrar em Platão uma tentativa de explicar o amor, e neste sentido indica que o
verdadeiro amor não passa pela conveniência de quem realmente deve amar e nem por questões de condições de
honradez ou não entre amado e amante, e se coloca a refletir sobre a essência do amor. Faz uma discussão sobre
sua essência, e por fim, acaba relacionando o amor com a lógica e com a razão.
Neste sentido, será que poderíamos dizer que a paixão é uma manifestação mais irracional de um sentimento,
enquanto que o amor se traduz numa manifestação do sentimento através da razão?
Encontramos diversas explicações sobre as origens e sobre a essência do amor em todas as culturas e mitologias.
Num plano mitológico, o amor é explicado através da saga de Eros e Psiquê.
Psiquê é jovem e bela, mas que não encontra um noivo porque sua beleza excessiva põe medo aos homens. Por
aconselhamento do oráculo, ela é colocada num cume de uma montanha, vestida de noiva e fica a espera de um
monstro que vem para levá-la e desposá-la. É carregada para o fundo de um vale e passa a habitar um castelo em
que só se relaciona com vozes sem poder ver seus interlocutores.
Vive feliz com seu marido sem poder vê-lo, pois ele lhe diz que se ela o vir, o perderá para sempre. Tem vontade
de rever seus pais, volta para casa para passar uns dias e suas irmãs despertam-lhe as desconfianças. De volta ao
seu lar, durante a noite, ao dormir ao lado do seu marido, acende uma lâmpada e vê um belo adolescente
adormecido.
Nesse instante, uma gota de azeite quente cai da lâmpada sobre o
marido. Eros, ao ser descoberto, desperta e foge.
Assim começa uma série de agruras na vida de Psiquê que passa a ser
vítima da raiva de Afrodite, sua sogra.
Entretanto, Eros não consegue mais viver sem Psiquê, e esta também
não.
Eros consegue permissão de Zeus para casar com sua amada e Psiquê
reconcilia-se com Afrodite.
Como sabemos Eros é símbolo do amor e conforme Chevalier e
Gheerbrant (1990:47), em especial ele simboliza o desejo de gozo. Psiquê é
a alma que deseja conhecer esse amor. Os pais simbolizam a razão. O castelo representa a luxúria.
Vejamos a continuidade desse sentido na citação a seguir:
“A noite, a proibição aceita de ver o amante, e a sensação de uma presença significam a
renúncia do espírito e da consciência em face do desejo e imaginação exaltados, e o
abandono cego ao desconhecido. O retorno a casa dos pais é um despertar da razão, as
indagações das irmãs são as do espírito, curioso e inseguro [...] Descoberto, o amor foge
[...] mas, desta vez, autorização para o casamento é pedida a Zeus, o que significa que a
união de Eros e Psiquê se realizara já não mais apenas no nível dos desejos sexuais, mas
de acordo com o espírito.” (CHEVALIER e GHEERBRANT, 1990:47)
Por essa passagem podemos entender que a frase o amor é cego é improcedente, porque cega é a paixão. O
amor vê tudo a partir dos olhos da razão. A paixão está no campo do desejo puro e imediato e o amor na
compreensão lógica e vidente do objeto do amor.
7. 7
Numa busca nas obras completas de Sigmund Freud, encontram-se inúmeras menções ao amor, e entre elas o que
nos chamou a atenção é a reflexão que o autor faz sobre o amor ser um dos fundamentos da civilização. E mais
uma vez o amor é colocado como um sentimento humano racional. Esta referência pode ser encontrada no seu
texto “O mal estar na civilização”. Mas se o amor não é cego e pode ver, com que cor ele se apresenta?
Num breve levantamento que fizemos não localizamos nenhuma referência ou alusão a cor do amor.
Será que o amor não tem cor? Por que ele não haveria de ter?
Se recorrermos aos estudos da cromatologia, talvez possamos encontrar algumas pistas que nos elucidem tal
questão.
De forma geral estes estudos dão simbologia e encaminham alusões e associações do vermelho como a cor
associada ao amor e a paixão.
Entretanto, faz-se interessante abordar brevemente as mais diversas simbologias associadas às certas cores para
podermos pensar mais profundamente sobre com qual cor se tinge o amor:
• Vermelho: fogo, mal, avidez, violência, maldade, perversidade,
sangue, vida, conhecimento, graça divina, luz do espírito, luz do
juízo, concupiscência, estímulo, paixão, sentimento, inteligência, rigor
e glória.
• Amarelo: ar, nutrição, ouro, imortalidade, neutralidade, crença, luz
do coração, imaginação, natureza, intuição.
• Branco: ar, promessa, esperança, alegria, fé, castidade, cura, bom
agouro, natureza do espírito, alma, sabedoria, vitória.
• Verde: água, juventude, saúde, esperança, iniciação, boa sorte, paz,
devoção, crescimento.
• Preto: terra, origens, germinações, invisibilidade, renascimento,
penitência, provação, sofrimento, mistério, existência divina,
primeira inteligência.
• Azul: benefício, intuição, meditação, exorbitância, pacificante, pensamento, beleza, fundamento.
Poderíamos pressupor diversas cores conforme o tipo de amor?
Assim teríamos um amor vermelho para aquele sentimento que nos consome feito fogo e que desperta a avidez
ou que gera uma personalidade perversa, maldosa e violenta; ou um amor amarelo, aquele tipo de sentimento
que se assemelha a uma crença ao ser amado, um amor duradouro, natural, intuitivo e cheio de imaginação; ou
ainda podemos pensar num amor alegre, cheio de esperança, casto, um sentimento que cura, que bate forte, que é
sábio e que envolve a própria alma, um amor branco; ou o amor pode ser verde, jovial, saudável, pacífico,
devotado e que faça o ser amado crescer. Pode ser também preto, misterioso, existencial, temporal, que faça
renascer ou que faça sofrer, que represente provações e imponha resistências. E por fim, que seja azul, benéfico,
pacificante, belo e fundamental.
Que seja multicolor!!! Qual a cor do seu amor?
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CHEVALIER, Jean; GHEERBRANT, Alain. Dicionário de símbolos. 3 ed. Rio de Janeiro: Jose Olympio Editora,
1990.
CARDOSO, Sérgio et al. Os sentidos da paixão. São Paulo: Cia das Letras, 1997.
FREUD, Sigmund. Obras completas. Edição em CD-ROM, s.n.t.
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“ Não apresse o rio, ele corre sozinho”
8. 8
Provérbio Zen
PARTICIPAÇÃO ESPECIAL
O GERENCIAMENTO DO FLUXO DE ATIVIDADES EM SALA DE AULA
Desenvolvendo competências e prevenindo indisciplina
José Antonio Lourenço Simas
1. Introdução:
A indisciplina em sala de aula apresenta-se hoje, pela dimensão que, aos poucos, tem ganho e
exibido, como sendo um dos maiores problemas da escola atual. Alguns autores e suas pesquisas
apontam para uma percepção generalizada dos problemas disciplinares, da
violência e da falta de civismo, num ambiente que se vê marcado pela falta de
autoridade, pelas facilitaç ões e permissividades mútuas (entre professores e
alunos). O papel do professor, tradicionalmente confinado à transmissão de
conhecimentos, teve que evoluir e o professor necessita, atualmente, ser um
bom administrador em sala de aula, um organizador da aprendizagem, o
detentor de um conjunto de competências relacionais a par das competências
didáticas e de outras tantas inerentes à disciplina que leciona.
A preparação dos professores para os aspectos relacionais em geral e, particularmente, para os
aspectos disciplinares é uma das grandes preocupações atuais, podendo o gerenciamento das
atividades em sala de aula contribuir para a prevenção da indisciplina e dar, relativamente a estes
últimos, uma valiosa contribuição. Como faz referência o relatório Elton citado por Estrela (1992),
onde diz que o problema central da indisciplina poderá ser consideravelmente reduzido se ajudarmos
os professores a encontrar elementos e procedimentos que sirvam de apoio para se tornarem
organizadores mais eficazes das aulas.
2. A Formação do Docente:
Em sua formação inicial, no domínio disciplinar, os professores têm um papel a desempenhar,
mas, apesar de se justificar cada vez mais uma formação docente relacionada à função “organizador
da aprendizagem” é mister que nela se integre uma preparação para a prevenção dos problemas
disciplinares dos alunos em classe,. O que se percebe é que os programas de formação inicial e
contínua de professores parecem continuar a atribuir menor importância a esses aspectos, ou quando
não, chegam mesmo a ignorá-los. A formação de professores é hoje considerada simultaneamente, por
vários autores como sendo uma das pedras angulares do projeto de reforma do sistema educativo
(GARCIA, 1995:54) e, possivelmente, um dos pontos mais críticos deste processo (CORTESÃO, 1991;
FERRY, 1987; e ESTRELA, 1977) e, segundo diz o próprio Perrenoud (1993), essa tem sido, também, o
bode expiatório de quase todas as críticas do sistema escolar.
A insatisfação da sociedade ocidental causada pelo fato da preparação técnico-científica ou da
formação cultural e humana não terem alcançado o grau de satisfação prometido (GOMEZ, 1995), tem
contribuído para que a formação de professores tenha vindo
progressivamente a se tornar a protagonista, e o professor
tem se tornado, atualmente, o foco das atenções. Isto está bem
patente nas afirmações de Patrício (1989) quando diz que uma
sociedade que queira construir um futuro repleto de
prosperidade e de felicidade para os que a compõem necessita
investir a fundo na educação; o professor, cada vez mais, é
visto como um elemento-chave no funcionamento da escola e
no êxito ou no fracasso de todas as políticas educativas que
adaptarmos, e a grande aposta na educação bem estruturada
não pode deixar de ser um investimento no professor
como sendo o principal instrumento da realização da
educação escolar.
Se parece impossível negar que nenhum outro corpo profissional conseguirá produzir, a longo
prazo, efeitos tão importantes e profundos no futuro da sociedade (LESOURNE, 1988 citado por
RODRIGUES e ESTEVES, 1993), então, o que justifica a atual preocupação com a formação do
professor. Percebe-se, também, que ela não pode ser considerada como a panacéia para todos os males
nem ser transformada num meio miraculoso que permitiria ultrapassar os limites e as contradições do
sistema educacional (PERRENOUD, 1993:94).
9. 9
Entretanto, dado o atual ritmo das transformações sociais, os processos das mudanças para
um novo sentido da escola e da educação escolar, aquelas preocupações não podem permanecer
dissociadas da formação dos professores. Algumas mudanças têm repercutido na concepção da
formação e no modelo a utilizar e, atualmente, segundo Patrício (1989), o professor que a lei de Bases
do Sistema educacional determina que se forme é praticamente idêntico ao que vem sendo formado
no âmbito das licenciaturas do ensino no país. É agora já dentro de um modelo existente e não lutando
por outro modelo, é que os avanços qualitativos precisam ser revistos e, obviamente, alcançados.
Existe uma diversidade de modelos de formação de professores, espalhados pelo mundo, uns
seqüenciais, outros integrados, mas o que se faz necessário é ter a consciência que, mesmo quando
oficialmente se adotam estes últimos, a integração se faz, por vezes, mais formal do que real.
Entretanto, apesar das questões que a formação do docente sugere, a fé nela depositada parece
se assentar em dois pressupostos: se por um lado esta tem repercussões nas práticas do professor, isto
é, almeja-se que ela seja um meio privilegiado do desenvolvimento da ação; por outro lado, percebe-se
que a transformação das práticas pedagógicas contribuirá para mudar a escola e possivelmente o
homem e a sociedade (PERRENOUD, 1993). Para o autor, sendo a formação inicial, o início de um
processo de desenvolvimento profissional docente, essa merece ser periodicamente repensada em
função da evolução das condições de trabalho, da formulação do pedido do mercado de trabalho, das
novas tecnologias disponíveis ou do estado dos saberes. Vejamos, então, quais as principais
contribuições que podem ser adicionadas à formação docente, para atender o mercado.
3. A Contribuição à Formação Docente:
Como contribuição na formação do Docente Principiante, é que vemos sentido nesta reflexão,
realizada a partir das leituras referidas e suas contextualizações. A
ssim, a partir das reflexões dos autores expostos e das nossas próprias
tornou-se possível identificar um conjunto de competências que são
consideradas necessárias para uma bem sucedida administração do
fluxo das atividades em sala de aula, bem como as concepções que se
têm da formação inicial do professor, o que faz emergir algumas
necessidades dentro da própria formação.
Dentre todos, três aspectos mereceriam maior importância,
que seriam: da vigilância dos comportamentos individuais, como
sendo a preocupação dominante, a evidenciar que a indisciplina
ainda é o maior problema com que os professores se confrontam em
sala de aula; e as estratégias de início do ano, sendo que essas são os elementos reveladores da
importância da aprendizagem dos comportamentos e dos procedimentos nesta fase, percebendo aqui
que os primeiros encontros entre os professores e os alunos são episódios determinantes para o que
vai acontecer ao longo do período letivo; a motivação e a manutenção do interesse do grupo discente
que, ao evitar a saturação e aborrecimento dos alunos, evita correr riscos dentro dos quais os alunos
desmotivados se tornariam elementos desviantes do foco do grupo.
Esta diversidade de aspectos evidencia a grande complexidade do gerenciamento da vida
ativa dentro da sala de aula e, a necessidade que se tenham procedimentos conjugados a uma
abordagem sistêmica à administração da sala de aula como metodologia para prevenção da
indisciplina. Nesse sentido em que as atitudes e os comportamentos a serem descritos complementam-
se e reforçam-se uns aos outros, ganha ênfase a idéia que é necessária a formação de uma abordagem
sistemática e internamente consistente, segundo reflexões dos autores Good e Brophy (1978).
Em todo esse conjunto, foi possível identificar um leque de competências de administração das
atividades em sala de aula como método de prevenção da indisciplina. Portanto, baseados nas
reflexões feitas, julgamos plausível agrupá-las em três grandes blocos, conforme descrito abaixo:
1. A gestão do ambiente de ensino-aprendizagem,
2. A gestão da instrução e
3. A gestão dos comportamentos.
O primeiro bloco abrange as estratégias de início do ano, as estratégias prévias às atividades e as
outras conducentes ao estabelecimento das boas relações interpessoais; no segundo bloco,
encontramos as estratégias do início da aula, as estratégias para motivação e manutenção do interesse
do grupo discente e da manutenção do ritmo da aula; o último inclui as estratégias de vigilância e
supervisão dos comportamentos individuais.
10. 10
São as ações que combinassem e articulassem as estratégias destas três áreas e não as ações
individuais do professor apenas com estratégias de uma dessas áreas, que conduziriam a um
gerenciamento bem sucedido do fluxo das atividades dentro da sala de aula. Uma gestão da sala de
aula bem sucedida e eficaz pode por isso ser representada pela forma contida na confluência dessas
três dimensões. Vejamos, então, quais as aplicações que, combinadas, poderiam articular as estratégias
supracitadas objetivando uma eficácia no gerenciamento sistêmico dentro da sala de aula.
4. Conclusões:
O que podemos perceber é que, os temores naturais e a falta de preparo que é manifestada
pelos professores não são, certamente, estranhos à tensão que eles têm com a experiência
principalmente no início do estágio e contribuem, certamente, para um choque contra a realidade no
início da sua atividade profissional. Atendendo a seqüência de idéias, também Smith (1980) citado por
Veenman (1988) propõe um conjunto de áreas nas quais se devem assentar a formação dos
professores, sendo uma delas o gerenciamento dentro da sala de aula. Para aquele autor esta é a
competência, excetuando a do diagnóstico, aquela que mais tempo se deve dedicar na formação dos
professores. Para reforçar esta necessidade estão os autores Fuller (1969) e Veenman (1984) citadas por
Evertson (1990), que fazem referência à organização e gerenciamento das atividades em a sala de aula
como sendo das primeiras preocupações dos professores principiantes.
Por sua vez, o que nos parece ser urgente é dar resposta às necessidades e dificuldades
vivenciadas pelos docentes nesta área e isso aponta para os currículos da formação, que passem a
contemplar o campo disciplinar. Segundo ESTRELA (1992:99), numa perspectiva pedagógica e de
acordo com a investigação atual nesta área, a formação deve ser “mais orientada por princípios de
prevenção da indisciplina do que por princípios de correção” e “deve assentar essencialmente em dois
eixos aglutinadores de outros elementos da investigação científica sobre o processo pedagógico dentro
da sala de aula e sobre a escola: o professor enquanto agente normativo e o professor enquanto
organizador do ensino e aprendizagem em sala de aula”.
José António Lourenço Simas é Arquiteto e Professor em Curso de Edificações.
5. Referências Bibliográficas:
CORTESÃO, L. (1991), Supervisão Numa Perspectiva Crítica, Ciências da Educação em Portugal. Situação Actual e Perspectivas,
Porto, SPCE, pp. 617-625
ESTRELA, M. T. (1992), Relação Pedagógica, Disciplina e Indisciplina na aula, Porto, Porto Editora
ESTRELA, M.T. (1996), Prevenção da Indisciplina e Formação de Professores, Noésis, Janeiro/Março IIE, pp. 34-36
ESTRELA, M.T., ESTRELA, A. (1977), Perspectivas Actuais sobre a Formação de Professores, Lisboa, Estampa
EVERTSON, C. (1990), Classroom Organition and Management, in M. C. REYNOLDS, (ed.), Knowledge Base for the Beginning
Teacher, 2ª ed., Oxford, Pergamon Press
FERRY, G. (1987), Le Trajet de la Formation, Paris, Dunod
G. E. P. (1986), Licenciaturas do Ramo de Formação Educacional e Licenciaturas em Ensino, Lisboa, M. E. C.
GARCIA, C. (1995b), A Formação de Professores: novas perspectivas baseadas na investigação sobre o pensamento do
professor, in A. NÓVOA (coord.), Os Professores e a sua Formação, Lisboa, D. Quixote, pp. 51-76
GOOD, T., BROPHY, J. (1978), Looking in Classroom, London, Harper and Row
HUBERMAN, M. (1989), La Maîtrise Pédagogique à Différents Moments de la Carrière de l’Enseignant Secondaire, European
Journal of Teacher Education, vol. 12, nº 1, pp. 35-41
PATRÍCIO, M. (1989), Traços Principais do Perfil do Professor do Ano 2000, Revista Inovação, vol. 2, nº3, pp. 229-245
PERRENOUD, P. (1993), Práticas Pedagógicas, Profissão Docente e Formação. Perspectivas Sociológicas, Lisboa, D. Quixote
RODRIGUES, A., ESTEVES, M. (1993), A Análise de Necessidades na Formação de Professores, Porto, Porto Editora
SCHÖN, D. A. (1991) The Reflective Turn: Case Studies In and On Educational Practice, New York: Teachers Press, Columbia
University.
VEENMAN, S. (1988), El Proceso de llegar a ser Profesor: un análisis de la formación inicial, in A. VILLA (coord.), Problemas e
Perspectivas de la Funcion Docente, Madrid, Nancea
Enquanto você está ainda
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11. 11
INDICAÇÃO DE SITE
DHnet
Nesta edição, e já que temos desde o início desta revista, falado de Direitos
Humanos, indicamos o site http://www.dhnet.org.br. Vá neste endereço eletrônico
e veja quanta informação útil você pode obter para tomar
conhecimento. O portal trabalha com os seguintes macrotemas:
Direitos Humanos, Desejos Humanos, Educação e Direitos
Humanos, Cibercidadania, Memória Histórica, entre outros.
Mantém informação sobre uma extensa rede de direitos
humanos em nível nacional e estadual, com dados de
conselhos de direitos, ministério público, poder executivo, legislativo e judiciário,
sociedade civil e mídia. Você ainda encontra o Dicionário dos Desejos Humanos e o
ABC dos Direitos Humanos.Se você é cidadão, não deixa de passear um pouquinho
por lá!
MONOGRAFIA
As principais causas e conseqüências dos acidentes de
trabalho.
PEREIRA, Jani de Araújo. As principais causas e conseqüências
dos acidentes de trabalho. São Paulo, Faculdade Campos Elíseos,
2006. 51p. (Trabalho de Conclusão de Curso de Bacharelado em
Administração).
Resumo: Os acidentes de trabalho na vida do Homem há muito vêm sendo objeto de
estudo na história da humanidade. No Brasil, esta questão necessita ser melhor
compreendida, principalmente pelo fato de possuir um dos melhores arcabouços
legislativos referente a esta matéria. Os aspectos preventivos, se colocados em prática
e aliados a um processo educativo voltado ao trabalho, seriam fatores importantes
para a eliminação dos eventos infortunísticos a que estão submetidos os
trabalhadores. Para tanto, delineamos como objeto do nosso trabalho, o estudo da
literatura pertinente ao assunto, com entrevistas a trabalhadores e profissionais
ligados diretamente ao tema. Traçando um paralelo entre os entrevistados,
verificamos que os trabalhadores ainda são vítimas da violência e da precarização
social. Isso indica que ainda há um longo caminho pela frente para se obter melhores
condições de trabalho e para que este possa contribuir para a realização do homem.
Capítulos: Introdução, Revisão de literatura, Acidente de trabalho, Procedimentos e
atenção sobre o cumprimento das normas de trabalho, Metas de produção e acidente
de trabalho, O papel do treinamento e qualificação profissional na prevenção de
acidentes, Pesquisa, Conclusão, Recomendação e Referências bibliográficas.
Para acesso a outros resumos é só clicar www.ebragaconsultoria.profissional.ws
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INDICAÇÃO MUSICAL
NANA CAYMMI – Brasil MPB
A grande intérprete e cantora Nana Caymmi dispensa qualquer
apresentação. Não é? Quem gosta de ouvir boa música, e principalmente,
se for bem brasileira, com certeza, conhece esta brilhante artista. Se não
conhece, é bom conhecer!!!! Principalmente neste raro trabalho que se
compõe de 11 faixas, mas que perfazem um total de 22 músicas. Mais de
duas dezenas das melhores canções gravadas por Nana até o ano de
1991. Em todas as faixas a cantora está acompanhada somente por belos
arranjos de piano. É um dos poucos títulos da Academia Brasileira de
Música. Vale a pena conferir pela beleza e raridade. As faixas são:
01.Você não sabe amar/Nem eu - 02. Insensatez/De onde vens -03. Eu
sei que vou te amar/O bem e o mal - 04. Vitoriosa/Outra vez - 05. Acontece/Dom de iludir -06. Atrás
da porta/Canção do Amanhecer - 07. Canção da volta/Até quem sabe - 08. Não me culpe/Sem
companhia - 09. Ninguém me ama/Prece - 10. Dois pra lá, dois pra cá/Ouça - 11. De volta pro meu
aconchego/Faltando um pedaço. Lançado nacionalmente em 1991 pela Columbia através da Coleção
Brasil MPB, volume 8. Pode procurar, mas esta raridade você só vai encontrar na
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PRESTAÇÃO DE SERVIÇO
PALESTRAS E OFICINAS
As palestras e oficinas relacionadas e oferecidas às empresas, faculdades,
universidades, centros culturais e de estudos, foram elaboradas a partir de
estudos próprios, e já apresentadas e aprovadas pelos públicos que às
assistiram.
• A Compreensão Sistêmica da Cultura Organizacional
• A Cultura Organizacional nas Empresas Tradicionais
• Atuação do Administrador no Teletrabalho
• Características de um Modelo de Gestão Brasileiro
• Empreendedorismo, Mercado de Trabalho e Empregabilidade
• O Processo de Consultoria e o Perfil do Consultor
• Os Elementos Formadores da Cultura Organizacional e os Tipos de Cultura
• Qualidade de Vida no Trabalho (Oficina)
• Qualidade Pessoal e Satisfação do Usuário da Saúde
• Responsabilidade Social das Organizações
• Traços Culturais Brasileiros e Práticas Organizacionais
(para ver o conteúdo de cada um dos temas acima, basta pressionar a tecla Ctrl e clicar em cima do título escolhido)
Para contatar o Prof. Ms. Edner Braga para proferir uma destas palestras, basta acessar
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diretamente para 013 31133353.
VAMOS INTERAGIR?
CULTURA ORGANIZACIONAL
Comunidade
para os interessados em discutir, refletir, trocar
experiências, postar artigos, indicar livros, e expor metodologias
para diagnóstico e intervenção na cultura organizacional. Conta
atualmente com quase trinta participantes e já foram postados por
lá trinta tópicos, como por exemplo: Liderança masculina e
feminina, Direitos Humanos, Assédio Sexual, assédio moral e
outras ocorrências no trabalho, Vídeo sobre Cultura
Organizacional, O que é cultura organizacional?, Cultura Organizacional, Bin Laden
e Paradigmas, Filme para trabalhar Gestão de Mudanças, entre outros. Você também
poderá acessar a partir da comunidade, todos os meses, a última edição da
LETRANOVA.
Acesse http://cultura_organizacional.com.via6.com, faça sua filiação e participe! Abraços
14. 14
INDICAÇÃO DE FILME
BADEN POWELL
Este documentário permite compreender a trajetória incomum seguida por Baden Powell e,
acima de tudo, conhecer o homem que ele foi. Baden Powell foi um virtuoso do violão. Na
história da música brasileira, ele se destaca como o músico que partiu em busca de suas raízes
africanas, abrindo caminho para as novas gerações de cantores e
violonistas. Como resultado do seu trabalho, inúmeros ritmos
brasileiros foram catalogados e salvos do esquecimento. Na
história da música ocidental, ele se destaca como um músico
ímpar, dominando a literatura do violão clássico, do folclore
brasileiro na sua forma mais completa, da música barroca e do
jazz. Um violonista excepcional, que nunca caiu na armadilha do
virtuosismo meramente técnico, que deu provas de sensibilidade e
criatividade exemplares que, lhe permitiram se firmar como um
compositor notável. Suas parcerias com Vinicius de Moraes ou
Billy Blanco imediatamente vêm à mente como exemplos dessa
faceta de seu talento. Jean Claude Guiter, o diretor do
documentário, era amigo de Baden Powell. Longe de querer traçar um retrato superficial do
músico, ele passou três anos seguindo o violonista que, pouco a pouco, relatou toda a história
de sua vida. Juntos eles retornaram a lugares importantes para Baden no Brasil e em Paris.
Através das visitas a esses lugares, nos é oferecido um excepcional panorama que inclui o seu
aprendizado, seu começo como músico profissional no Rio dos anos cinquenta, sua parceria
com Vinicius de Moraes, seu encontro com o poeta francês Pierre Barouh e com Claude
Nougaro e o seu amor pela Europa, que o recebeu de braços abertos e o aclamou. O
documentário foi lançado em 2003, tendo a duração de 54 minutos. É distribuído pela
Universal. O idioma original é o português, mas tem também legendas em português, inglês e
francês. O formato é Full Screen, o processo digital é Ntsc, e vem com uns videoclipes como
extras. Pode ser encontrado na www.cliquelivros.com.
Orientação de Carreira
Coordenado por Prof. Ms. Edner Braga
Março e Junho de 2008 (de 8 a 12 encontros)
Sábados das 11h30 às 13h30
Em datas previamente agendadas
As Inscrições devem ser feitas entre fevereiro
Informações e inscrições:
Informações poderão ser obtidas na Faculdade Campos Elíseos através do telefone (011) 3661-
5400 com Bárbara ou através de nosso campo de Contato no site
www.ebragaconsultoria.profissional.ws ou ainda pelo fone 013 31133353
“Não é na maneira como uma alma se aproxima da outra, mas da maneira como se afasta, que
reconheço seu parentesco e afinidade com a outra.” (F. Nietzche)
15. 15
POESIA DA HORA
NARCISO
Ah! Narciso!
Mar ciso!
Mar cisudo do amar,
verde mar
cisudo de amar.
Ciso do juízo do mar.
Cisão de Narciso:
o outro no espelho
a se admirar.
O outro de Narciso
é o ciso do mar.
O outro é traidor
atrai a dor de Narciso
Ao mar.
Trai a sua dor
ao lhe espelhar.
Atrai o dom de Narciso
Pro fundo do mar,
Trai o dom de Narciso
Ao lhe afogar.
Narciso tão lindo caído no
rio,
virou mar.
(Nillo Chamas)
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO – LATO SENSO
FORMAÇÃO DE CONSULTORES
Inicia-se em 15 de Março de 2008, a segunda turma do Programa de Pós Graduação
para formação de consultores da FCE. O curso dá direito a titulação de especialista e
permite o acesso ao Ensino Superior como docente. As inscrições e participação no
processo seletivo se iniciam em 11 de Fevereiro de 2008 e se encerram no dia 14 de
Março de 2004, e enquanto existirem vagas. Serão apenas 40 vagas, e o processo
seletivo terá as seguintes etapas: Entrevista via internet e Análise de Curriculum. As
aulas serão quinzenais, ou seja, dois sábados por mês, no horário das 8h às 18h.
Interessados devem fazer contato através do e-mail mestrado@fce.edu.br ou pelo
telefone 011 36615400 com Bárbara, a partir das 13 horas. Acesse www.fce.edu.br e
veja mais detalhes.