Diante das noticias de relacionamentos conturbados, devido a grande maioria das pessoas confundirem a paixão pelo amor decide publicar esse pequeno texto sobre o mesmo.
2. O amor é fonte inesgotável de benção e medicamento
eficaz para curar as feridas do sentimento. Quanto mais
se expande no coração, mais concede alegria e
felicidade. Depositário de força incomum, arrasta outras
vidas que estavam para sucumbir, na direção dos altos
cimos da esperança e da paz. É o mais vigoroso elo de
sustentação dos relacionamentos humanos
especialmente quando sustentado pela generosidade
que mantém vivos os ideais de enobrecimento. Não se
entorpece quando surgem dificuldades, nem desiste de
lutar se enfrenta desafios que devem ser superados.
Ocorre, no entanto, que as heranças psicológicas
humanas, nem sempre felizes quando se referem ao
amor, estabelecem parâmetros para que brilhe ditoso, e
porque destituídos de legitimidade produzem
desencantos e sofrimentos.
3. Nos relacionamentos familiares, o comportamento de
pais castradores ou possessivos, negligentes ou
manipuladores, marca de tal forma o sentimento do
amor, que aqueles que o experimentaram nessa
condição, armam-se para evitá-lo ou negam-se a dar-
lhe, receando tornar-se vítimas novamente. Em outras
ocasiões, a confusão dos sentimentos que decorre da
incompreensão do seu conteúdo, confundido com
desejos sexuais e arbitrárias dominações, leva a uma
total distorção dos seus elementos essenciais, gerando
reações que não lhe correspondem à realidade.
Insegurança e instabilidade emocional apresentam-se
com necessitadas de amor, quando, em realidade,
precisam mais de terapia do que de envolvimentos
afetivos, afim de que não descarreguem noutrem os
conflitos que não foram resolvidos, gerando
agressividade e cobrança.
4. É comum viver-se o presente, pensando-se no futuro,
desejando-se que nunca sofra modificação, como se a
vida fosse feita de mesmices e repetições de
sentimentos da mesma qualidade.
Noutras vezes a lembranças do que já se fruiu
estabelecem falsas necessidades para que novamente
repitam-se, tornando o presente um campo de batalha
em contínuo combate. Hoje não pode ser como o ontem
e certamente não será igual ao amanhã. Cada época é
portadora das suas específicas manifestações,
expressando fatores próprios que o caracterizam. O
amor somente é válido quando vivido no momento,
conforme se apresenta, sem saudades do pretérito nem
ansiedades pelo porvir.
5. Decorrente do egoísmo que predomina em
a natureza humana, sempre se pensa em
utilizar o amor como meio para reter
aqueles que devem avançar, cortando-lhes
a asas do progresso, fixando-os na
retaguarda, aprisionados nas células
estreitas da paixão que lhes é dirigida. O
amor não encarcera, e felicita-se, sempre
quando liberta. O amor não retém e sempre
é favorável ao progresso daquele a quem se
dedica.
6. Podem ser dolorosas uma separação ou uma ruptura
de um relacionamento por um motivo ou outro. No
entanto, mais grave é permanecer exigindo que o
outro perca o seu direito à felicidade dentro dos
seus padrões, afim de tornar vitorioso aquele que
se lhe agarra sem nenhum respeito, fixando em
conflitos de posse e de insegurança. Se alguém não
pode mais ficar vinculado a outro coração, é
necessário que siga adiante, levando as lembranças
felizes, enriquecido de gratidão por tudo quanto
vivenciou, continuando o relacionamento agora sob
outra condição.
7. Quando alguém segue em frente , não deixa atrás quem o
ama, que também deve avançar. Somente amplia o laço da
afetividade que ora dilata-se no rumo do infinito. E quando se
trata da ruptura da afetividade, por certo foi chegado o
momento de assim acontecer, sem produzir dilaceração no
sentimento e sem ressentimentos. Toda vez que alguém se
apresenta ressentido pelo amor não correspondido, é porque
pretendia negociar -eu te amo, afim de que me ames. Atitude
incorreta que não encontra respaldo no amor. Quando ele
parece ter gerado desencanto e decepção, é porque não foi
realmente vivenciado conforme deveria. Quem assim se
sente, desprestigiado e infeliz, por não haver recebido o
correspondente ao que pensava e pelo que lutava, em
verdade não estabeleceu um vínculo de amor profundo, mas
transferiu para o outro os seus desejos não realizados, as
suas ambições não vividas.
8. Quando jesus recomendou o amor como condição
essencial para a felicidade humana, estabeleceu
que era necessario torná-lo amplo e irrestrito,
de forma que iniciasse em si mesmo,
agigantasse-se até o seu próximo e rumasse na
direção de Deus.
Esse amor é incondicional, sem limite,
libertador.
Quanto mais se ama,tanto mais se é feliz.
O amor irradia paz e sempre gera satisfação
física,emocional e psíquica. O amor, portanto,
abarca todas as aspirações da criatura
inteligente que um dia se lhe renderá
totalmente feliz.