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XXII Congresso da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Música – João Pessoa – 2012


     Por uma reestruturação da Filarmônica do Município de Pocinhos

                                                                                   Hermes de Oliveira Filho
                                        Universidade Federal de Campina Grande – hermes.filho@hotmail.com

                                                                                Gilson José de Albuquerque
                                          Universidade Federal de Campina Grande – gilson300a@gmail.com
                                                                                        Jean Márcio Sousa
                                      Universidade Federal de Campina Grande – jms_trombone@hotmail.com
                                                                                                 Emy Porto
                                            Universidade Federal de Campina Grande – emyporto@gmail.com




       Resumo: O objetivo deste trabalho é descrever o surgimento e relatar as causas da extinção da
       Filarmônica São José da cidade de Pocinhos, tendo em vista a viabilização de sua reestruturação. Os
       dados foram coletados através de pesquisa exploratória, com aplicação de questionários e entrevistas
       com alguns músicos que fizeram parte da história dessa filarmônica entre 1944 e 1970. Os resultados
       apontam para uma possibilidade real de reativação da Filarmônica de Pocinhos, em face da importância
       da música para a inclusão social.

       Palavras-chave: Filarmônica, Música, Inclusão social


                             For a restructuration of Pocinhos Philharmonics

       Abstract: The purpose of this paper is to describe the beginning of the Philharmonic San José in
       Pocinhos City, then report the causes of its extinction in view of the viability of its restructuration. Data
       were collected through exploratory research with questionnaires and interviews with a few musicians
       who took part in this philharmonic history between 1944 and 1970. The results point to a real
       possibility of reactivation of the Pocinhos Philharmonic, given the importance of music for social
       inclusion.

       Keywords: Philharmonic, Music, Social inclusion



            1. Introdução

            Quem não guarda lembranças dos tempos de outrora, quando as bandas de música
desfilavam pelas ruas centrais de cidades do interior em busca do seu coreto, geralmente
situado em frente à matriz local, onde a população ansiosa esperava reunida para ouvir as
melodias previamente preparadas pelo Mestre para o deleite dos expectadores? Entretanto, ao
passar dos anos, temos visto o desaparecimento dessa prática salutar que representa um
fenômeno histórico e sociológico importante para a cultura de nosso país, como instrumento
de grande influência na formação musical e inclusão social e com capacidade para despertar
nas crianças e nos jovens o gosto pela arte musical. De acordo com teorias de vários autores,
com experiências em bandas de música, percebe-se que a música é capaz de despertar os
indivíduos para os valores da vida, a fim de vencer novos desafios, aflorando suas virtudes e
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seus dotes inatos, capacitando-os para a vida em sociedade. Com isso, as pessoas envolvidas
nos projetos de musicalidade aprendem a respeitar a individualidade de seus semelhantes,
aumenta sua própria autoestima, melhorando sua criatividade. Portanto, cresce a
probabilidade de uma ação harmônica, visando promover a interação entre o corpo e a mente.
Ao se tornar um músico, o indivíduo adquire uma profissão que lhe dará renda para o sustento
familiar, além de estabelecer na sua personalidade um sentimento de integração social.
            Esse fato nos estimulou a escrever sobre a saudosa Filarmônica São José, do
município de Pocinhos, a fim de mostrarmos as causas do seu desaparecimento, com a
intenção de estimular na comunidade local o desejo de sua reabilitação. As informações aqui
relatadas foram colhidas a partir de contatos com pessoas que viveram na época ou que
participaram ativamente da Banda. No contexto histórico, foram utilizados os livros: História
e tradição da música militar (CARVALHO, 2006) e A formação da música popular carioca
(DINIZ, 2007).

            2. A banda de música na história do Brasil

            De início, definir a palavra banda é de extrema importância para o nosso trabalho,
uma vez que diversos grupos são indiscriminadamente assim denominados.
            De acordo com o The New GROVE dictionary of music e musicians, o termo
“banda” é definido como:
                         Um conjunto instrumental. Em sua forma mais livre “banda” é usada para qualquer
                         conjunto maior do que um grupo de câmara. A palavra pode ter origem do latim
                         medieval bandum (“estandarte”), a bandeira sob a qual marchavam os soldados.
                         Essa origem parece refletir em seu uso para um grupo de músicos militares, tocando
                         metais, madeiras e percussão, que vão de alguns pífaros e tambores até uma banda
                         militar de grande escala (SADE, 1980 p. 71).

             A história das sociedades filarmônicas brasileiras remonta ao período em que D.
João VI chegou ao Brasil. Acompanhando a Corte, estava a Banda da Armada Real de
Portugal, um conjunto militar muito conhecido na Europa. Na época, atuavam no Brasil
pequenas orquestras de cordas e couros destinados aos ambientes das igrejas e outros espaços
religiosos, nas residências, salões, teatros e no âmbito das manifestações de rua (procissões,
serestas, festas de largo). A música dita das ruas era feita pelas bandas de barbeiros, que
executavam instrumentos de sopro. Com antecedentes das bandas de barbeiros, as sociedades
filarmônicas e suas bandas foram se estruturando e se firmando, durante a segunda metade do
século XIX e começo do século XX, ocupando espaços cada vez maiores na vida musical
urbana, cívica e/ou militar.
             Em seu trabalho de pesquisa, Alfredo José Moura de Assis relata:
                         A organização de uma sociedade filarmônica não se restringia a arte da execução
                         musical. Com o advento das primeiras entidades, suas diretorias interessavam-se
                         pela criação de bibliotecas e de salas para audição de poemas e apresentações de
                         dança (ASSIS, 2005).
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            Durante o século XIX, as bandas de música foram uma das instituições musicais
mais presentes no Brasil, e no século XX transformaram-se em uma das mais populares
manifestações da cultura nacional. As bandas estavam presentes em praticamente todos os
eventos sociais, sacros e profanos, militares e civis; ainda hoje são os centros geradores de
vasto repertório de diversos gêneros, como chorinhos, marchas e dobrados e nelas formam-se
músicos profissionais e amadores.
            Alguns anos após a chegada da família real, em 1810, foram criadas as bandas
para os regimentos de infantaria e cavalaria da Corte (CARVALHO, 2006). Devido à
decadência do ouro no século XIX a pompa dos cerimoniais religiosos foi reduzida,
provocando a diminuição no número de instrumentistas, e a dificuldade de formação de
orquestras resultou na criação de bandas civis, inicialmente formadas por músicos militares.
Em 1831 foram criadas as bandas de música da Guarda Nacional dando início ao
desenvolvimento das bandas militares e civis nos grandes centros urbanos do Império
(DINIZ, 2007). Mais tarde surgiram as bandas civis imitando a sua formação, tocando em
bares e apresentando-se nos coretos das praças.
            As bandas civis proliferam no fim do século XIX, ostentando nomes iniciados em
geral por “Lira”, “Filarmônica”, “Associação”, “Corporação” ou mesmo “Banda”, com
uniformes que remetem aos uniformes militares e com os tradicionais quepes (CARVALHO,
2006). A partir do século XX a música das bandas perdeu espaço para outras formas de
representação musical, como por exemplo, os grupos de choro.

            3. A Filarmônica São José

            A Filarmônica São José atuava no município de Pocinhos, cidade situada no
agreste/cariri paraibano, região metropolitana de Campina Grande, com uma população, de
acordo com o IBGE, censo 2010, de 17.032 habitantes, com uma área territorial de 630 km².
            O povoado de Pocinhos teve sua origem em 1790, quando José Ayres Pereira
deixou Alagoa Nova e se estabeleceu no Olho D’água do Bravo, erguendo a casa grande do
Bravo, bem próxima ao manancial, fundando o que viria ser o núcleo que daria origem a
Pocinhos. Em 1815, José Ayres solicita através do padre Leonardo Ribeiro, autorização a
Diocese de Olinda para edificar uma capela em sua propriedade, que deixa de se chamar Olho
D’água do Bravo e passa a ser Pocinhos. A capela foi construída no mesmo lugar onde hoje se
encontra a atual Matriz.
            Em 20 de fevereiro de 1938 chega a Pocinhos o padre José Augusto da Silva
Galvão, ou simplesmente o Padre Galvão (foto 1), que certamente não imaginava a magnitude
das transformações que viria a realizar na cultura desta então pequena povoação e que pouco
tempo depois (02.03.1938) seria elevada a vila com status de Distrito de Campina grande.
            Vale ressaltar que naquela época, segundo os dados do censo demográfico
realizado no Brasil em 1935, Pocinhos contava apenas com 226 moradias e 775 habitantes.
            Após organizar e dinamizar os trabalhos paroquiais, o Padre Galvão passou a
cuidar da educação da juventude Pocinhense e criou, em 1º de maio de 1944 a Escola
Paroquial de Música com a contratação do Mestre Oscar, um potiguar de Carnaúbas dos
Dantas, que ficou encarregado da formação musical dos alunos. Para dirigi-la foi eleita a
seguinte diretoria: Pe. José Galvão, como Presidente; José Martins de Oliveiral, como
Secretário; e, José Manoel dos Santos (Zé Grande), como Tesoureiro.
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            Foto 1: Padre José Augusto da Silva Galvão, fundador da Filarmônica São José

            Ainda naquele mesmo ano, no dia 08 de dezembro, em plena festa da Padroeira
Nossa Senhora da Conceição, deu-se a primeira apresentação da filarmônica São José, com a
seguinte composição (foto 2): Antonio Vital e José Lourenço (trombones); Geraldo Veríssimo
(trompete); Otávio Herculano de Melo (soprano); João Veríssimo Ferreira (sax alto); Luis
Martins de Oliveira, Arnaldo Herculano de Melo, José Felinto e José Herculano de Melo
(Clarinetes); Hernandes Herculano de Melo e Nino Januário (tubas); Hermes Oliveira da
Rocha, Nicodemos de Brito e José Augusto da Silva – “Zé Caneta” – (trompas); José
Herculano de Melo –“Ciba” – (pratos); Carlos Herculano de Melo (tarol); José Veríssimo
(surdo) e José Gusmão (bombo)




            Foto 2: Primeira formação da Filarmônica São José, regida pelo Mestre Oscar
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            Durante dezesseis anos, a Filarmônica São José animou a festa da Padroeira de
Pocinhos, além de outros eventos e solenidades que aconteceram, enchendo o orgulho do
povo de uma terra que começava a despertar para o futuro.
            Em meados da década de 60, o mestre Oscar, por motivos pessoais, teve que
voltar a sua terra natal deixando a banda sem regente, causando a paralisação dos trabalhos da
Filarmônica. Em 1966, Padre Galvão, prefeito do município, reativou os trabalhos da banda.
Para isso, convidou o Sr. João Veríssimo, contra mestre da antiga banda para atuar como
mestre. De início, foi reaberta a Escola Paroquial de Música para que novos componentes
fossem formados, dando oportunidade aos jovens da comunidade á aprender a arte musical.
Depois de seis meses a banda estava em plena atividade graças à junção dos antigos
componentes com os alunos formados pela atual escola. A partir desse momento, a igreja se
afastou da direção da banda, cedendo apenas o prédio onde os músicos ensaiavam, ficando o
comando dos trabalhos a cargo do mestre e dos próprios músicos que se empenhavam ao
máximo para que não houvesse interrupção das atividades, inclusive arcando com as despesas
de material e remuneração do Sr. João Veríssimo. A sociedade Pocinhense, sensibilizada pela
situação precária da banda, se mobilizou promovendo bingos beneficentes cuja renda seria
utilizada na aquisição de novos instrumentos, além das pessoas que faziam doações
individualmente. Apesar das dificuldades a banda continuava fazendo seu papel cultural e
social dentro do previsto, participando das festas tradicionais do município e formando novos
componentes.
            Este trabalho não se restringia apenas à banda de música. Os componentes da
Filarmônica participavam de outros grupos musicais paralelos, formando pequenas orquestras
(foto 3) que atuavam nas festas de clube e carnavais, tanto de Pocinhos como de outros
municípios paraibanos.




            Foto 3: Orquestra formada por músicos pertencentes a Filarmônica São José.

            A filarmônica São José (foto 4) era formada, na maioria, por jovens na faixa etária
de 13 a 17 anos, além dos componentes remanescentes da antiga associação musical. Era uma
prática habitual pessoas de uma mesma família tocarem juntos, visto que prevalecia interesse
de que a arte musical fosse passada de geração a geração.
            Em 1970, ocorreram fatos decisivos para a extinção da banda de música. Vários
componentes tiveram que se ausentar para prosseguir seus estudos na cidade de Campina
Grande com a intenção de concluir o ensino médio e prestar vestibular, seguindo caminhos
diferentes. A falta de apoio das autoridades constituintes fez com o maestro João Veríssimo
ao receber uma proposta financeira de outro município, deixasse sua terra natal em troca de
uma garantia de estabilidade visando o bem estar de sua família. Sem ninguém da
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comunidade qualificado para substituir o maestro na formação de novos componentes, a
banda não se renovou e acabou sucumbindo e parando suas atividades.




            Foto 4: A Filarmônica São José em 1970, no ano que foi extinta, em sua última formação.


            4. Metodologia

            Os procedimentos adotados foram através de uma pesquisa de natureza
exploratória em que a coleta de dados se deu com base em entrevistas e questionários, cujos
participantes são integrantes da população do município. As perguntas foram direcionadas ao
motivo da problemática, história e sugestões para uma possível solução da questão. Foram
utilizadas coletas de informações na internet, livros e fotos, com a intenção de ressaltar o
trabalho realizado. Então, a metodologia de nossa pesquisa compreende três passos:
levantamento, coleta e análise interpretativa. O levantamento foi preparado através de
perguntas para buscar evidências que respondesse as questões, confirmando ou refutando as
hipóteses elaboradas. A coleta de deu por meio de questionário previamente elaborado com
perguntas fechadas, fáceis de responder e os entrevistados não precisaram escrever, mas
apenas marcar com um “x” a alternativa que melhor se lhe aplique. A análise e interpretação
do conteúdo se darão através da codificação dos dados colhidos.

Referências:

SADE, Stanley. The New GROVE Dictionary of Music and Musicians. London: Macmillan
Publishers Limited, 1980.
CARVALHO, Vinícius Mariano de. História e tradução da Música militar. Disponível em
http://www.defesa.ufjf.br/fts/musicamilitar.pdf. Acesso em 06.03.2012.
DINIZ, André. A formação da música popular: Bandas e Chorões. Curso on-line.junho, 2007.
Disponível em http://www.niteroiartes.com.br/cursos/muspop/modulo1.php. Acesso em
22.03.2012.
XXII Congresso da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Música – João Pessoa – 2012


ASSIS, Alfredo José Moura de. A história das sociedades filarmônicas brasileiras.
Disponível em: www.bandasfilarmonicas.com/documentos/notassoltas/aa_história, acesso em
12 de novembro de 2011.

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Congresso Música Filarmônica Pocinhos

  • 1. XXII Congresso da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Música – João Pessoa – 2012 Por uma reestruturação da Filarmônica do Município de Pocinhos Hermes de Oliveira Filho Universidade Federal de Campina Grande – hermes.filho@hotmail.com Gilson José de Albuquerque Universidade Federal de Campina Grande – gilson300a@gmail.com Jean Márcio Sousa Universidade Federal de Campina Grande – jms_trombone@hotmail.com Emy Porto Universidade Federal de Campina Grande – emyporto@gmail.com Resumo: O objetivo deste trabalho é descrever o surgimento e relatar as causas da extinção da Filarmônica São José da cidade de Pocinhos, tendo em vista a viabilização de sua reestruturação. Os dados foram coletados através de pesquisa exploratória, com aplicação de questionários e entrevistas com alguns músicos que fizeram parte da história dessa filarmônica entre 1944 e 1970. Os resultados apontam para uma possibilidade real de reativação da Filarmônica de Pocinhos, em face da importância da música para a inclusão social. Palavras-chave: Filarmônica, Música, Inclusão social For a restructuration of Pocinhos Philharmonics Abstract: The purpose of this paper is to describe the beginning of the Philharmonic San José in Pocinhos City, then report the causes of its extinction in view of the viability of its restructuration. Data were collected through exploratory research with questionnaires and interviews with a few musicians who took part in this philharmonic history between 1944 and 1970. The results point to a real possibility of reactivation of the Pocinhos Philharmonic, given the importance of music for social inclusion. Keywords: Philharmonic, Music, Social inclusion 1. Introdução Quem não guarda lembranças dos tempos de outrora, quando as bandas de música desfilavam pelas ruas centrais de cidades do interior em busca do seu coreto, geralmente situado em frente à matriz local, onde a população ansiosa esperava reunida para ouvir as melodias previamente preparadas pelo Mestre para o deleite dos expectadores? Entretanto, ao passar dos anos, temos visto o desaparecimento dessa prática salutar que representa um fenômeno histórico e sociológico importante para a cultura de nosso país, como instrumento de grande influência na formação musical e inclusão social e com capacidade para despertar nas crianças e nos jovens o gosto pela arte musical. De acordo com teorias de vários autores, com experiências em bandas de música, percebe-se que a música é capaz de despertar os indivíduos para os valores da vida, a fim de vencer novos desafios, aflorando suas virtudes e
  • 2. XXII Congresso da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Música – João Pessoa – 2012 seus dotes inatos, capacitando-os para a vida em sociedade. Com isso, as pessoas envolvidas nos projetos de musicalidade aprendem a respeitar a individualidade de seus semelhantes, aumenta sua própria autoestima, melhorando sua criatividade. Portanto, cresce a probabilidade de uma ação harmônica, visando promover a interação entre o corpo e a mente. Ao se tornar um músico, o indivíduo adquire uma profissão que lhe dará renda para o sustento familiar, além de estabelecer na sua personalidade um sentimento de integração social. Esse fato nos estimulou a escrever sobre a saudosa Filarmônica São José, do município de Pocinhos, a fim de mostrarmos as causas do seu desaparecimento, com a intenção de estimular na comunidade local o desejo de sua reabilitação. As informações aqui relatadas foram colhidas a partir de contatos com pessoas que viveram na época ou que participaram ativamente da Banda. No contexto histórico, foram utilizados os livros: História e tradição da música militar (CARVALHO, 2006) e A formação da música popular carioca (DINIZ, 2007). 2. A banda de música na história do Brasil De início, definir a palavra banda é de extrema importância para o nosso trabalho, uma vez que diversos grupos são indiscriminadamente assim denominados. De acordo com o The New GROVE dictionary of music e musicians, o termo “banda” é definido como: Um conjunto instrumental. Em sua forma mais livre “banda” é usada para qualquer conjunto maior do que um grupo de câmara. A palavra pode ter origem do latim medieval bandum (“estandarte”), a bandeira sob a qual marchavam os soldados. Essa origem parece refletir em seu uso para um grupo de músicos militares, tocando metais, madeiras e percussão, que vão de alguns pífaros e tambores até uma banda militar de grande escala (SADE, 1980 p. 71). A história das sociedades filarmônicas brasileiras remonta ao período em que D. João VI chegou ao Brasil. Acompanhando a Corte, estava a Banda da Armada Real de Portugal, um conjunto militar muito conhecido na Europa. Na época, atuavam no Brasil pequenas orquestras de cordas e couros destinados aos ambientes das igrejas e outros espaços religiosos, nas residências, salões, teatros e no âmbito das manifestações de rua (procissões, serestas, festas de largo). A música dita das ruas era feita pelas bandas de barbeiros, que executavam instrumentos de sopro. Com antecedentes das bandas de barbeiros, as sociedades filarmônicas e suas bandas foram se estruturando e se firmando, durante a segunda metade do século XIX e começo do século XX, ocupando espaços cada vez maiores na vida musical urbana, cívica e/ou militar. Em seu trabalho de pesquisa, Alfredo José Moura de Assis relata: A organização de uma sociedade filarmônica não se restringia a arte da execução musical. Com o advento das primeiras entidades, suas diretorias interessavam-se pela criação de bibliotecas e de salas para audição de poemas e apresentações de dança (ASSIS, 2005).
  • 3. XXII Congresso da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Música – João Pessoa – 2012 Durante o século XIX, as bandas de música foram uma das instituições musicais mais presentes no Brasil, e no século XX transformaram-se em uma das mais populares manifestações da cultura nacional. As bandas estavam presentes em praticamente todos os eventos sociais, sacros e profanos, militares e civis; ainda hoje são os centros geradores de vasto repertório de diversos gêneros, como chorinhos, marchas e dobrados e nelas formam-se músicos profissionais e amadores. Alguns anos após a chegada da família real, em 1810, foram criadas as bandas para os regimentos de infantaria e cavalaria da Corte (CARVALHO, 2006). Devido à decadência do ouro no século XIX a pompa dos cerimoniais religiosos foi reduzida, provocando a diminuição no número de instrumentistas, e a dificuldade de formação de orquestras resultou na criação de bandas civis, inicialmente formadas por músicos militares. Em 1831 foram criadas as bandas de música da Guarda Nacional dando início ao desenvolvimento das bandas militares e civis nos grandes centros urbanos do Império (DINIZ, 2007). Mais tarde surgiram as bandas civis imitando a sua formação, tocando em bares e apresentando-se nos coretos das praças. As bandas civis proliferam no fim do século XIX, ostentando nomes iniciados em geral por “Lira”, “Filarmônica”, “Associação”, “Corporação” ou mesmo “Banda”, com uniformes que remetem aos uniformes militares e com os tradicionais quepes (CARVALHO, 2006). A partir do século XX a música das bandas perdeu espaço para outras formas de representação musical, como por exemplo, os grupos de choro. 3. A Filarmônica São José A Filarmônica São José atuava no município de Pocinhos, cidade situada no agreste/cariri paraibano, região metropolitana de Campina Grande, com uma população, de acordo com o IBGE, censo 2010, de 17.032 habitantes, com uma área territorial de 630 km². O povoado de Pocinhos teve sua origem em 1790, quando José Ayres Pereira deixou Alagoa Nova e se estabeleceu no Olho D’água do Bravo, erguendo a casa grande do Bravo, bem próxima ao manancial, fundando o que viria ser o núcleo que daria origem a Pocinhos. Em 1815, José Ayres solicita através do padre Leonardo Ribeiro, autorização a Diocese de Olinda para edificar uma capela em sua propriedade, que deixa de se chamar Olho D’água do Bravo e passa a ser Pocinhos. A capela foi construída no mesmo lugar onde hoje se encontra a atual Matriz. Em 20 de fevereiro de 1938 chega a Pocinhos o padre José Augusto da Silva Galvão, ou simplesmente o Padre Galvão (foto 1), que certamente não imaginava a magnitude das transformações que viria a realizar na cultura desta então pequena povoação e que pouco tempo depois (02.03.1938) seria elevada a vila com status de Distrito de Campina grande. Vale ressaltar que naquela época, segundo os dados do censo demográfico realizado no Brasil em 1935, Pocinhos contava apenas com 226 moradias e 775 habitantes. Após organizar e dinamizar os trabalhos paroquiais, o Padre Galvão passou a cuidar da educação da juventude Pocinhense e criou, em 1º de maio de 1944 a Escola Paroquial de Música com a contratação do Mestre Oscar, um potiguar de Carnaúbas dos Dantas, que ficou encarregado da formação musical dos alunos. Para dirigi-la foi eleita a seguinte diretoria: Pe. José Galvão, como Presidente; José Martins de Oliveiral, como Secretário; e, José Manoel dos Santos (Zé Grande), como Tesoureiro.
  • 4. XXII Congresso da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Música – João Pessoa – 2012 Foto 1: Padre José Augusto da Silva Galvão, fundador da Filarmônica São José Ainda naquele mesmo ano, no dia 08 de dezembro, em plena festa da Padroeira Nossa Senhora da Conceição, deu-se a primeira apresentação da filarmônica São José, com a seguinte composição (foto 2): Antonio Vital e José Lourenço (trombones); Geraldo Veríssimo (trompete); Otávio Herculano de Melo (soprano); João Veríssimo Ferreira (sax alto); Luis Martins de Oliveira, Arnaldo Herculano de Melo, José Felinto e José Herculano de Melo (Clarinetes); Hernandes Herculano de Melo e Nino Januário (tubas); Hermes Oliveira da Rocha, Nicodemos de Brito e José Augusto da Silva – “Zé Caneta” – (trompas); José Herculano de Melo –“Ciba” – (pratos); Carlos Herculano de Melo (tarol); José Veríssimo (surdo) e José Gusmão (bombo) Foto 2: Primeira formação da Filarmônica São José, regida pelo Mestre Oscar
  • 5. XXII Congresso da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Música – João Pessoa – 2012 Durante dezesseis anos, a Filarmônica São José animou a festa da Padroeira de Pocinhos, além de outros eventos e solenidades que aconteceram, enchendo o orgulho do povo de uma terra que começava a despertar para o futuro. Em meados da década de 60, o mestre Oscar, por motivos pessoais, teve que voltar a sua terra natal deixando a banda sem regente, causando a paralisação dos trabalhos da Filarmônica. Em 1966, Padre Galvão, prefeito do município, reativou os trabalhos da banda. Para isso, convidou o Sr. João Veríssimo, contra mestre da antiga banda para atuar como mestre. De início, foi reaberta a Escola Paroquial de Música para que novos componentes fossem formados, dando oportunidade aos jovens da comunidade á aprender a arte musical. Depois de seis meses a banda estava em plena atividade graças à junção dos antigos componentes com os alunos formados pela atual escola. A partir desse momento, a igreja se afastou da direção da banda, cedendo apenas o prédio onde os músicos ensaiavam, ficando o comando dos trabalhos a cargo do mestre e dos próprios músicos que se empenhavam ao máximo para que não houvesse interrupção das atividades, inclusive arcando com as despesas de material e remuneração do Sr. João Veríssimo. A sociedade Pocinhense, sensibilizada pela situação precária da banda, se mobilizou promovendo bingos beneficentes cuja renda seria utilizada na aquisição de novos instrumentos, além das pessoas que faziam doações individualmente. Apesar das dificuldades a banda continuava fazendo seu papel cultural e social dentro do previsto, participando das festas tradicionais do município e formando novos componentes. Este trabalho não se restringia apenas à banda de música. Os componentes da Filarmônica participavam de outros grupos musicais paralelos, formando pequenas orquestras (foto 3) que atuavam nas festas de clube e carnavais, tanto de Pocinhos como de outros municípios paraibanos. Foto 3: Orquestra formada por músicos pertencentes a Filarmônica São José. A filarmônica São José (foto 4) era formada, na maioria, por jovens na faixa etária de 13 a 17 anos, além dos componentes remanescentes da antiga associação musical. Era uma prática habitual pessoas de uma mesma família tocarem juntos, visto que prevalecia interesse de que a arte musical fosse passada de geração a geração. Em 1970, ocorreram fatos decisivos para a extinção da banda de música. Vários componentes tiveram que se ausentar para prosseguir seus estudos na cidade de Campina Grande com a intenção de concluir o ensino médio e prestar vestibular, seguindo caminhos diferentes. A falta de apoio das autoridades constituintes fez com o maestro João Veríssimo ao receber uma proposta financeira de outro município, deixasse sua terra natal em troca de uma garantia de estabilidade visando o bem estar de sua família. Sem ninguém da
  • 6. XXII Congresso da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Música – João Pessoa – 2012 comunidade qualificado para substituir o maestro na formação de novos componentes, a banda não se renovou e acabou sucumbindo e parando suas atividades. Foto 4: A Filarmônica São José em 1970, no ano que foi extinta, em sua última formação. 4. Metodologia Os procedimentos adotados foram através de uma pesquisa de natureza exploratória em que a coleta de dados se deu com base em entrevistas e questionários, cujos participantes são integrantes da população do município. As perguntas foram direcionadas ao motivo da problemática, história e sugestões para uma possível solução da questão. Foram utilizadas coletas de informações na internet, livros e fotos, com a intenção de ressaltar o trabalho realizado. Então, a metodologia de nossa pesquisa compreende três passos: levantamento, coleta e análise interpretativa. O levantamento foi preparado através de perguntas para buscar evidências que respondesse as questões, confirmando ou refutando as hipóteses elaboradas. A coleta de deu por meio de questionário previamente elaborado com perguntas fechadas, fáceis de responder e os entrevistados não precisaram escrever, mas apenas marcar com um “x” a alternativa que melhor se lhe aplique. A análise e interpretação do conteúdo se darão através da codificação dos dados colhidos. Referências: SADE, Stanley. The New GROVE Dictionary of Music and Musicians. London: Macmillan Publishers Limited, 1980. CARVALHO, Vinícius Mariano de. História e tradução da Música militar. Disponível em http://www.defesa.ufjf.br/fts/musicamilitar.pdf. Acesso em 06.03.2012. DINIZ, André. A formação da música popular: Bandas e Chorões. Curso on-line.junho, 2007. Disponível em http://www.niteroiartes.com.br/cursos/muspop/modulo1.php. Acesso em 22.03.2012.
  • 7. XXII Congresso da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Música – João Pessoa – 2012 ASSIS, Alfredo José Moura de. A história das sociedades filarmônicas brasileiras. Disponível em: www.bandasfilarmonicas.com/documentos/notassoltas/aa_história, acesso em 12 de novembro de 2011.