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OFERENDAS NA UMBANDA
“Vós pouco dais quando dais de vossas posses.
 É quando dais de vós próprios que realmente
                     dais.”

             Gibran Khalil Gibran
 Desde a mais longínqua antiguidade o ser humano sempre tentou
  alcançar as benesses de seres superiores, seus deuses, através de
  presentes que julgavam ser do agrado destes.


 Sem entrar muito profundamente na história de cada religião, podemos
  ver alusões a oferendas em todas elas, inclusive com matança de animais
  até mesmo no Antigo Testamento, tendo sido inclusive o fato de Jeová
  não ter aceito a oferenda de Caim tão bem quanto aceitou a de Abel o que
  desencadeou o ciúme, a inveja e o posterior assassinato de um pelo outro.

 É certo também que com o passar dos tempos, muitos hábitos antes tidos
  como fundamentais, foram se modificando em todas as Religiões e Seitas,
  baseados na pressuposição de que não teriam real fundamento porque o
  Deus que procuravam não poderia mais ser ligado a presentes materiais
  como os que então eram oferecidos.
•   Aprendemos que se entidades que não chegam a serem deuses, por não
    terem alcançado um nível evolutivo maior, já não se prendem às coisas
    materiais, que dirá um Deus ou mesmo um "Orixá", seja ele quem for. Por que
    então as oferendas na Umbanda? Por acaso não seria para alcançar as
    benesses dos Orixás e do próprio DEUS? Sabendo que os Orixás são
    irradiações puras do criador e não necessitam dessas oferendas, então quem
    realmente as recebe?

•   Quem as recebe são entidades conhecidas como Elementais da Natureza,
    também conhecidos por Espíritos da Natureza.

•   Os sábios da Antiguidade acreditavam que o mundo era formado por quatro
    elementos básicos: terra, água, ar e fogo. Não obstante, com o transcorrer do
    tempo, a ciência viesse a contribuir com maiores informações a respeito da
    constituição da matéria, não tornou o conhecimento antigo obsoleto. A
    medicina milenar da China, por exemplo, que já começa a ser endossada pelas
    pesquisas científicas atuais, igualmente identifica os quatro elementos. Sob o
    ponto de vista da magia, os quatro elementos ainda permanecem, sem entrar
    em conflito com as explicações científicas modernas. Os magistas e ocultistas
    estabeleceram uma classificação dos elementais sob o ponto de vista desses
    elementos, considerando-os como forças da natureza ou tipos de energia.
•   Os elementais são entidades espirituais relacionadas com os elementos da
    natureza. Lá, em meio aos elementos, desempenham tarefas muito
    importantes. Na verdade, não seria exagero dizer inclusive que são essenciais
    à totalidade da vida no mundo. Através dos elementais e de sua ação direta
    nos elementos é que chegam às mãos do homem as ervas, flores e frutos, bem
    como o oxigênio, a água e tudo o mais que a ciência denomina como sendo
    forças ou produtos naturais. Na natureza, esses seres se agrupam segundo
    suas afinidades.

•   Os Elementais são os dinamizadores das energias das formas e integram-se
    aos Elementos da Natureza. Essas famílias elementais, como as denominamos,
    estão profundamente ligadas a este ou aquele elemento: fogo, terra, água e
    ar, conforme a especialidade, a natureza e a procedência de cada uma delas.

•   Protegem os vegetais, os animais, os homens. Contribuem para
    acontecimentos diversos: tempestades, chuvas, maremotos, terremotos...
    interferindo nos fenômenos “normais” da Natureza sob o comando dos
    Engenheiros Espirituais que operam em nome de Deus, que “não exerce ação
    direta sobre a matéria. Ele encontra agentes dedicados em todos os graus da
    escala dos mundos”, como responderam os Venerandos Guias a Kardec, na
    questão 536-b de “O Livro dos Espíritos”.
•   São eles:
    · Silfos - os elementais do ar;
    · Salamandras - os elementais do fogo;
    · Ondinas - os elementais da água;
    · Gnomos - os elementais da terra.

•   O trato com Elementais pode ser perigosíssimo para os que não sabem se
    precaver, e é por isso mesmo que na Umbanda, o trato com esses seres é feito
    através daqueles que realmente sabem e podem, com segurança, determinar
    junto a eles as diretrizes desse ou daquele trabalho.

•   Não é que seja tão difícil entrar em contato com eles. O problema está,
    principalmente, na tendência dos humanos quererem fazer desses seres os
    seus "geninhos particulares", pensando que são mais inteligentes e podem
    comprá-los com as oferendas que colocam em certos lugares sem se
    preocuparem com mais nada. Em casos assim eles podem transformar-se em
    obsessores difíceis de serem afastados.
• Os Elementais são amplamente utilizados em trabalhos de magia tanto
  positiva quanto negativamente por entidades astrais. Quando uma
  entidade pede uma oferenda para a realização deste ou daquele trabalho,
  estará solicitando a mesma para que possa atrair e comandar certos
  elementais que têm ação direta sobre o tipo de trabalho a ser executado.

• A Entidade espiritual que já passou por um processo evolutivo não precisa
  comer nem beber, muito menos de sangue de animais sacrificados, já os
  Elementais e certos Espíritos Elementares (quiumbas e certos obsessores)
  sim, pois pertencem a um nível astral quase igual ao nosso e na verdade o
  que fazem é absorver a energia que emana desses elementos a eles
  oferecidos e não da matéria propriamente dita.

• Quanto às oferendas utilizadas na Umbanda são oferecidas exatamente na
  intenção de liberarem ou como forma de canalizarem certas energias, que
  por sua vez serão absorvidas e usadas para a realização do trabalho
  proposto.
• Existem médiuns e assistentes dentro da Umbanda que acreditam
  piamente que só através de oferendas é que conseguirão os seus objetivos
  e fazem isto com tanto freqüência e fé que acabam “viciando” nesta
  prática a si mesmo e a entidade ou entidades oferendadas. Deveriam
  saber que com uma simples oração, conseguiriam seu intento, mas não o
  consegue por não estar habituado a fazer as coisas de maneira simples e
  espiritualizada, ou seja, precisa da matéria, de uma muleta psíquica para
  canalizar sua fé.

•    É claro que em determinados momentos elas são necessárias, mas não
    devem fazer parte do dia-a-dia do médium ou do consulente. Devem ser
    orientadas, explicadas e justificadas. Antes de mais nada, um verdadeiro
    umbandista deve sempre se preocupar em não poluir os reinos da
    natureza, considerar sempre a lógica e não esquecer de que a Umbanda
    considera a natureza como manifestação de Deus na terra, por tanto tem
    o dever preservá-la.

•   O ideal é realizá-la dentro de um terreiro de Umbanda.
Como preparar uma oferenda?

• Os primeiros ingredientes, aqueles que não podem faltar em
  nenhuma oferenda são fé e amor, desde a colheita, escolha ou
  compra dos ingredientes, o preparo até a entrega em um ponto de
  força da natureza de todos os elementos a serem ofertados.
• Um bom banho de folhas é um princípio fundamental, pois
  imprescindível estar limpo de corpo e alma para oferecer algo ao
  divino.
• Vestir-se de branco demonstra respeito e ajuda no processo da
  oferenda.
• No processo de oferenda, não pode jamais faltar concentração,
  oração e intenção.
• Cânticos ou pontos das entidades são a mais pura essência desse
  processo, este gesto cria uma sintonia entre os plano material e o
  plano espiritual.
• Relacionei, a seguir, alguns exemplos de oferendas, baseadas nos
  ensinamentos da Umbanda Esotérica de W. W. da Matta e Silva – Mestre
  Yapacani :
• Oxalá – pão, canjica, azeite, suco de uva (alguns utilizam vinho branco
  puro), frutas, cravos ou jasmins brancos e vela branca comum. O lugar
  mais indicado é a beira de um rio, às margens de uma cachoeira, ou na
  falta destes, na entrada de uma mata ou bosque, em um Domingo, dia
  regido pelo Sol.
• Iemanjá – ovo cozido, água de coco verde (alguns utilizam também o
  champanha), perfume (ou essência) de qualquer natureza sobre algodão,
  flores diversas, velas amarelas. Devemos fazer a oferenda na praia e,
  quando no interior, em uma lagoa. O melhor dia é a Segunda-Feira, regido
  pela Lua.
• Xangô - batata-doce, espigas de milho verde, postas de coco ou abóbora;
  cerveja preta ou vinho misturado com leite de coco; fumo na forma de
  charuto ou cigarro de palha; velas marrons e flores. O melhor dia é
  Quinta-feira (ligado a Júpiter) e as oferendas devem ser colocadas nas
  cachoeiras ou pedreiras.
• Ogum – aipim, frutas diversas, fumo na forma de charutos ou cigarros de
  palha, velas na cor vermelha , espada de São Jorge, flores como crista-de-
  galo, palmas vermelhas, cerveja branca ou vinho misturado com chá
  preto. O melhor dia seria Terça-feira (ligado a Marte). Os locais de entrega
  podem ser na mata ou na beira da praia, dependendo se o caboclo
  trabalha com o mar ou com a mata (Ogum Beira-Mar, Sete Ondas, etc,
  trabalham com Mar; Ogum Rompe-Mato, 7 Espadas, etc, trabalham com
  Mata).
• Oxóssi – mel de abelha, frutas, hortelã, cerveja branca, vinho, fumo na
  forma de charutos ou cigarros de palha, velas verdes, folhas de bananeira.
  Melhor dia Sexta-feira (Vênus), e o local é a mata.
• Yorimá (pretos-velhos) – tutu de feijão, milho, abóbora, farinha torrada
  com sal, café amargo ou vinho tinto, flores e frutas diversas, arruda,
  cachimbo e fumo de rolo, velas brancas ou brancas e pretas (alguns
  lugares utilizam a vela roxa). Melhor dia é Sábado (Saturno) e o local mais
  apropriado é na Mata, na base do tronco de árvores frondosas.
• Yori (crianças) – cocadas, doces diversos, maçã, amendoim, sucos,
  refresco de guaraná, manjar branco, rosas, flores diversas e frutas
  diversas, velas cor-de-rosa, azuis ou brancas. Melhor dia: Quarta-feira
  (Mercúrio). Os locais mais indicados são os campos abertos e os jardins
  floridos.
• Exu – Encruzilhada preferivelmente de terra, uma garrafa de cachaça, 1
  vela preta e vermelha, 1 charuto e uma caixa de fósforos: após agradecer
  a Entidade o que ela lhe tem feito de bom, abra a cachaça, derrame um
  pouco na terra. Acenda a vela, acenda o charuto, de 3 baforadas, e
  coloque o mesmo sobre a caixa de fósforos entreaberta.
• Pomba-Gira – Três rosas vermelhas, 1 carteira de cigarrilhas, um garrafa
  de licor de anis, uma vela preta e vermelha. Procedimento como acima.
  Atenção a encruzilhada para Pomba gira é aquela em T.

• O intuito da oferenda também faz diferença :
• se for para pedidos materiais, deve-se utilizar número par de velas, flores,
  etc;
• Caso seja pedido espiritual ou de ordem mediúnica, o número deve ser
  ímpar.
• As fases da Lua também são levadas em consideração ao fazermos as
  oferendas.
• Esta regra é válida para todos os orixás.
Um grande Caboclo dirigente de um terreiro de Umbanda sempre ao se
 deparar com médiuns e assistência lhe perguntando sobre qual oferenda
 deveria entregar no dia de determinado Orixá, resolveu então passar uma
   receita básica que pode ser utilizada para qualquer Orixá ou Entidade.


           Chamou o Cambono e lhe disse, anote aí meu filho:
“Material necessário:
· 01 pacote de amor, em pó, para que qualquer brisa possa espalhar entre
as pessoas que estiverem perto ou longe de você;
· 01 pedaço (bem generoso) de fé, em estado rochoso, para que ela seja
inabalável;
· Algumas páginas de estudo doutrinário, para que você possa entender as
intuições que recebe;
· 01 pacote de desejo de fazer caridade desinteressada, em retribuição,
para não "desandar" a massa.

Modo de Preparo:
Junte tudo isto num alguidar feito com o barro da resignação e
determinação e venha para o terreiro.
Coloque em frente ao Congá e reze a seguinte prece:
"Pai, recebe esta humilde oferenda dada com a totalidade da minha alma
e revigora o meu Ser para que eu possa ser um perfeito veículo dos teus
enviados. Amém."
Pronto!

Você acabou de fazer a maior oferenda que
  qualquer Orixá, Guia ou Entidade pode
           desejar ou precisar:

   Você se dispôs a ser um MÉDIUM!”
BIBLIOGRAFIA

•   Mistérios e Práticas na Lei de Umbanda - W.W. da Matta e Silva
•   Umbanda - A Proto-Síntese Cósmica - F. Rivas Neto
•   O Livro dos Espíritos - Alan Kardec
•   Os espíritos da Natureza - Paracelso
•   O Profeta - Gibran Khalil Gibran
•   Pesquisa na internet

                            Palestra proferida na
                   Fraternidade Espírita Monsenhor Horta
                    Belo Horizonte - Minas Gerais - Brasil
                             Primavera de 2012
                          Autor - Rômulo Pimenta

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Oferendas na Umbanda

  • 2. “Vós pouco dais quando dais de vossas posses. É quando dais de vós próprios que realmente dais.” Gibran Khalil Gibran
  • 3.  Desde a mais longínqua antiguidade o ser humano sempre tentou alcançar as benesses de seres superiores, seus deuses, através de presentes que julgavam ser do agrado destes.  Sem entrar muito profundamente na história de cada religião, podemos ver alusões a oferendas em todas elas, inclusive com matança de animais até mesmo no Antigo Testamento, tendo sido inclusive o fato de Jeová não ter aceito a oferenda de Caim tão bem quanto aceitou a de Abel o que desencadeou o ciúme, a inveja e o posterior assassinato de um pelo outro.  É certo também que com o passar dos tempos, muitos hábitos antes tidos como fundamentais, foram se modificando em todas as Religiões e Seitas, baseados na pressuposição de que não teriam real fundamento porque o Deus que procuravam não poderia mais ser ligado a presentes materiais como os que então eram oferecidos.
  • 4. Aprendemos que se entidades que não chegam a serem deuses, por não terem alcançado um nível evolutivo maior, já não se prendem às coisas materiais, que dirá um Deus ou mesmo um "Orixá", seja ele quem for. Por que então as oferendas na Umbanda? Por acaso não seria para alcançar as benesses dos Orixás e do próprio DEUS? Sabendo que os Orixás são irradiações puras do criador e não necessitam dessas oferendas, então quem realmente as recebe? • Quem as recebe são entidades conhecidas como Elementais da Natureza, também conhecidos por Espíritos da Natureza. • Os sábios da Antiguidade acreditavam que o mundo era formado por quatro elementos básicos: terra, água, ar e fogo. Não obstante, com o transcorrer do tempo, a ciência viesse a contribuir com maiores informações a respeito da constituição da matéria, não tornou o conhecimento antigo obsoleto. A medicina milenar da China, por exemplo, que já começa a ser endossada pelas pesquisas científicas atuais, igualmente identifica os quatro elementos. Sob o ponto de vista da magia, os quatro elementos ainda permanecem, sem entrar em conflito com as explicações científicas modernas. Os magistas e ocultistas estabeleceram uma classificação dos elementais sob o ponto de vista desses elementos, considerando-os como forças da natureza ou tipos de energia.
  • 5. Os elementais são entidades espirituais relacionadas com os elementos da natureza. Lá, em meio aos elementos, desempenham tarefas muito importantes. Na verdade, não seria exagero dizer inclusive que são essenciais à totalidade da vida no mundo. Através dos elementais e de sua ação direta nos elementos é que chegam às mãos do homem as ervas, flores e frutos, bem como o oxigênio, a água e tudo o mais que a ciência denomina como sendo forças ou produtos naturais. Na natureza, esses seres se agrupam segundo suas afinidades. • Os Elementais são os dinamizadores das energias das formas e integram-se aos Elementos da Natureza. Essas famílias elementais, como as denominamos, estão profundamente ligadas a este ou aquele elemento: fogo, terra, água e ar, conforme a especialidade, a natureza e a procedência de cada uma delas. • Protegem os vegetais, os animais, os homens. Contribuem para acontecimentos diversos: tempestades, chuvas, maremotos, terremotos... interferindo nos fenômenos “normais” da Natureza sob o comando dos Engenheiros Espirituais que operam em nome de Deus, que “não exerce ação direta sobre a matéria. Ele encontra agentes dedicados em todos os graus da escala dos mundos”, como responderam os Venerandos Guias a Kardec, na questão 536-b de “O Livro dos Espíritos”.
  • 6. São eles: · Silfos - os elementais do ar; · Salamandras - os elementais do fogo; · Ondinas - os elementais da água; · Gnomos - os elementais da terra. • O trato com Elementais pode ser perigosíssimo para os que não sabem se precaver, e é por isso mesmo que na Umbanda, o trato com esses seres é feito através daqueles que realmente sabem e podem, com segurança, determinar junto a eles as diretrizes desse ou daquele trabalho. • Não é que seja tão difícil entrar em contato com eles. O problema está, principalmente, na tendência dos humanos quererem fazer desses seres os seus "geninhos particulares", pensando que são mais inteligentes e podem comprá-los com as oferendas que colocam em certos lugares sem se preocuparem com mais nada. Em casos assim eles podem transformar-se em obsessores difíceis de serem afastados.
  • 7. • Os Elementais são amplamente utilizados em trabalhos de magia tanto positiva quanto negativamente por entidades astrais. Quando uma entidade pede uma oferenda para a realização deste ou daquele trabalho, estará solicitando a mesma para que possa atrair e comandar certos elementais que têm ação direta sobre o tipo de trabalho a ser executado. • A Entidade espiritual que já passou por um processo evolutivo não precisa comer nem beber, muito menos de sangue de animais sacrificados, já os Elementais e certos Espíritos Elementares (quiumbas e certos obsessores) sim, pois pertencem a um nível astral quase igual ao nosso e na verdade o que fazem é absorver a energia que emana desses elementos a eles oferecidos e não da matéria propriamente dita. • Quanto às oferendas utilizadas na Umbanda são oferecidas exatamente na intenção de liberarem ou como forma de canalizarem certas energias, que por sua vez serão absorvidas e usadas para a realização do trabalho proposto.
  • 8. • Existem médiuns e assistentes dentro da Umbanda que acreditam piamente que só através de oferendas é que conseguirão os seus objetivos e fazem isto com tanto freqüência e fé que acabam “viciando” nesta prática a si mesmo e a entidade ou entidades oferendadas. Deveriam saber que com uma simples oração, conseguiriam seu intento, mas não o consegue por não estar habituado a fazer as coisas de maneira simples e espiritualizada, ou seja, precisa da matéria, de uma muleta psíquica para canalizar sua fé. • É claro que em determinados momentos elas são necessárias, mas não devem fazer parte do dia-a-dia do médium ou do consulente. Devem ser orientadas, explicadas e justificadas. Antes de mais nada, um verdadeiro umbandista deve sempre se preocupar em não poluir os reinos da natureza, considerar sempre a lógica e não esquecer de que a Umbanda considera a natureza como manifestação de Deus na terra, por tanto tem o dever preservá-la. • O ideal é realizá-la dentro de um terreiro de Umbanda.
  • 9. Como preparar uma oferenda? • Os primeiros ingredientes, aqueles que não podem faltar em nenhuma oferenda são fé e amor, desde a colheita, escolha ou compra dos ingredientes, o preparo até a entrega em um ponto de força da natureza de todos os elementos a serem ofertados. • Um bom banho de folhas é um princípio fundamental, pois imprescindível estar limpo de corpo e alma para oferecer algo ao divino. • Vestir-se de branco demonstra respeito e ajuda no processo da oferenda. • No processo de oferenda, não pode jamais faltar concentração, oração e intenção. • Cânticos ou pontos das entidades são a mais pura essência desse processo, este gesto cria uma sintonia entre os plano material e o plano espiritual.
  • 10. • Relacionei, a seguir, alguns exemplos de oferendas, baseadas nos ensinamentos da Umbanda Esotérica de W. W. da Matta e Silva – Mestre Yapacani : • Oxalá – pão, canjica, azeite, suco de uva (alguns utilizam vinho branco puro), frutas, cravos ou jasmins brancos e vela branca comum. O lugar mais indicado é a beira de um rio, às margens de uma cachoeira, ou na falta destes, na entrada de uma mata ou bosque, em um Domingo, dia regido pelo Sol. • Iemanjá – ovo cozido, água de coco verde (alguns utilizam também o champanha), perfume (ou essência) de qualquer natureza sobre algodão, flores diversas, velas amarelas. Devemos fazer a oferenda na praia e, quando no interior, em uma lagoa. O melhor dia é a Segunda-Feira, regido pela Lua. • Xangô - batata-doce, espigas de milho verde, postas de coco ou abóbora; cerveja preta ou vinho misturado com leite de coco; fumo na forma de charuto ou cigarro de palha; velas marrons e flores. O melhor dia é Quinta-feira (ligado a Júpiter) e as oferendas devem ser colocadas nas cachoeiras ou pedreiras.
  • 11. • Ogum – aipim, frutas diversas, fumo na forma de charutos ou cigarros de palha, velas na cor vermelha , espada de São Jorge, flores como crista-de- galo, palmas vermelhas, cerveja branca ou vinho misturado com chá preto. O melhor dia seria Terça-feira (ligado a Marte). Os locais de entrega podem ser na mata ou na beira da praia, dependendo se o caboclo trabalha com o mar ou com a mata (Ogum Beira-Mar, Sete Ondas, etc, trabalham com Mar; Ogum Rompe-Mato, 7 Espadas, etc, trabalham com Mata). • Oxóssi – mel de abelha, frutas, hortelã, cerveja branca, vinho, fumo na forma de charutos ou cigarros de palha, velas verdes, folhas de bananeira. Melhor dia Sexta-feira (Vênus), e o local é a mata. • Yorimá (pretos-velhos) – tutu de feijão, milho, abóbora, farinha torrada com sal, café amargo ou vinho tinto, flores e frutas diversas, arruda, cachimbo e fumo de rolo, velas brancas ou brancas e pretas (alguns lugares utilizam a vela roxa). Melhor dia é Sábado (Saturno) e o local mais apropriado é na Mata, na base do tronco de árvores frondosas. • Yori (crianças) – cocadas, doces diversos, maçã, amendoim, sucos, refresco de guaraná, manjar branco, rosas, flores diversas e frutas diversas, velas cor-de-rosa, azuis ou brancas. Melhor dia: Quarta-feira (Mercúrio). Os locais mais indicados são os campos abertos e os jardins floridos.
  • 12. • Exu – Encruzilhada preferivelmente de terra, uma garrafa de cachaça, 1 vela preta e vermelha, 1 charuto e uma caixa de fósforos: após agradecer a Entidade o que ela lhe tem feito de bom, abra a cachaça, derrame um pouco na terra. Acenda a vela, acenda o charuto, de 3 baforadas, e coloque o mesmo sobre a caixa de fósforos entreaberta. • Pomba-Gira – Três rosas vermelhas, 1 carteira de cigarrilhas, um garrafa de licor de anis, uma vela preta e vermelha. Procedimento como acima. Atenção a encruzilhada para Pomba gira é aquela em T. • O intuito da oferenda também faz diferença : • se for para pedidos materiais, deve-se utilizar número par de velas, flores, etc; • Caso seja pedido espiritual ou de ordem mediúnica, o número deve ser ímpar. • As fases da Lua também são levadas em consideração ao fazermos as oferendas. • Esta regra é válida para todos os orixás.
  • 13. Um grande Caboclo dirigente de um terreiro de Umbanda sempre ao se deparar com médiuns e assistência lhe perguntando sobre qual oferenda deveria entregar no dia de determinado Orixá, resolveu então passar uma receita básica que pode ser utilizada para qualquer Orixá ou Entidade. Chamou o Cambono e lhe disse, anote aí meu filho:
  • 14. “Material necessário: · 01 pacote de amor, em pó, para que qualquer brisa possa espalhar entre as pessoas que estiverem perto ou longe de você; · 01 pedaço (bem generoso) de fé, em estado rochoso, para que ela seja inabalável; · Algumas páginas de estudo doutrinário, para que você possa entender as intuições que recebe; · 01 pacote de desejo de fazer caridade desinteressada, em retribuição, para não "desandar" a massa. Modo de Preparo: Junte tudo isto num alguidar feito com o barro da resignação e determinação e venha para o terreiro. Coloque em frente ao Congá e reze a seguinte prece: "Pai, recebe esta humilde oferenda dada com a totalidade da minha alma e revigora o meu Ser para que eu possa ser um perfeito veículo dos teus enviados. Amém."
  • 15. Pronto! Você acabou de fazer a maior oferenda que qualquer Orixá, Guia ou Entidade pode desejar ou precisar: Você se dispôs a ser um MÉDIUM!”
  • 16. BIBLIOGRAFIA • Mistérios e Práticas na Lei de Umbanda - W.W. da Matta e Silva • Umbanda - A Proto-Síntese Cósmica - F. Rivas Neto • O Livro dos Espíritos - Alan Kardec • Os espíritos da Natureza - Paracelso • O Profeta - Gibran Khalil Gibran • Pesquisa na internet Palestra proferida na Fraternidade Espírita Monsenhor Horta Belo Horizonte - Minas Gerais - Brasil Primavera de 2012 Autor - Rômulo Pimenta