O documento discute a angústia da perfeição e como aceitar as próprias imperfeições é parte do processo de crescimento espiritual. A continuidade dos esforços de melhoria, mesmo com obstáculos, é mais importante do que esperar facilidades. Devemos recomeçar sempre e não desistir no caminho.
2. Angústia da Perfeição
“Pode alguém, por um proceder impecável na vida
atual, transpor todos os gruas da escala do
aperfeiçoamento e tornar-se Espírito puro, sem
passar por outros graus intermédios?”
“Não, pois o que o homem julga perfeito longe está da
perfeição. Há qualidades que lhe são desconhecidas
e incompreensíveis. Poderá ser tão perfeito quanto o
comporte a sua natureza terrena, mas isso não é a
perfeição absoluta. (...)”
(O Livro dos Espíritos – Questão 192)
3. Angústia da Perfeição
Ante a penúria de teus valores, declaras-te sem mérito
para receber a ajuda Divina. Perante a extensão de tuas
falhas, açoitas a consciência com lancinante
sentimento de hipocrisia ao repetires os mesmos
desvios dos quais já gostarias de não se permitir. Essa é
a estrada da perfeição, não te martirizes.
A angústia da melhora é impulso para promoção. O
remédio salutar para amenizá-la é a aceitação
incondicional de ti mesmo.
4. Angústia da Perfeição
Aceitando-te humildemente como és e fazendo o
melhor que possas, vitalizar-te-ás com mais fortes
apelos interiores para a continuidade do projeto de
melhoria e corrigenda. Por outro lado, se te punes
estarás assinando um decreto de desamor contra ti.
Afeiçoa-te com devotamento e sensatez aos exercícios
que te são delegados pelas tarefas renovadoras do bem,
aprimorando-te em regime de vigilância e paciência.
5. Angústia da Perfeição
Faças as pazes com tuas imperfeições. Descubra tuas
qualidades, acredite nelas e coloque-as a serviço de suas
metas de crescimento, essa é a fórmula da verdadeira
transformação.
O tempo concederá valor e experiência a teus esforços,
ajustando teus propósitos aos limites de tuas
possibilidades, libertando-te da angústia que provém dos
excessos.
Caminha um dia após o outro na certeza de que Deus te
espera sempre com irrestrito respeito pelas tuas mazelas,
guardando o único direito de um Pai zeloso e bom que é a
esperança de que amanhã sejas melhor que hoje, para
tua própria felicidade.
6. Prefácio – Uma Palavra Inspiradora
“Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não
quero esse faço”. (Paulo de Tarso – Romanos, 7:19)
A única postura que nos assegurará a mínima certeza de
que algo estamos realizando em favor de nossa ascensão
espiritual, na carne ou fora dela, é a continuidade que
damos aos projetos de renovação que idealizamos. Os
obstáculos serão incessantes até o fim da existência, não
nos competindo nutrir expectativas com facilidades mas
sim a coragem e o otimismo indispensáveis para vencer um
desafio após o outro.
7. Prefácio – Uma Palavra Inspiradora
Nossa palavra de ordem é recomeçar – uma palavra
inspiradora.
Em meio ao lodaçal do desânimo nasce o lírio da
personalidade tenra que estamos, paulatinamente,
cultivando. Sob o peso cruel da angústia, estamos
construindo a condição imunizadora do poder mental.
Desde que não desistamos, sempre haverá uma chance
para a vitória.
Prossigamos sem expectativas de angelitude que não
temos como alcançar por agora.
8. Prefácio – Uma Palavra Inspiradora
Não queremos ser mais quem fomos, mas ainda não
somos quem queremos ser. Então, quem somos?
Isso gera uma etapa definida por profunda inaceitação
com tudo na vida. Corpo, profissão, relações, afetos e
mesmo os sucessos do caminho são dramaticamente
abalados pela diminuição da alegria e do encanto face a
essas “provas de ajustamento”.
Todavia, a lei estabelece a morte do pecado, e não do
pecador.
Para todos é abundante a misericórdia – lei universal da
piedade Paternal – que assegura-nos: o amor cobre
multidão de pecados (Pedro, 4:8)
9. Prefácio – Uma Palavra Inspiradora
“(...)tornai a levantar as mãos cansadas, e os joelhos
desconjuntados, e fazeis veredas direitas para os vossos
pés(...)” (Hebreus, 12:12 e 13)
“E não nos cansemos de fazer bem, porque a seu tempo
ceifaremos, se não houvermos desfalecido.” (Gálatas,
6:9)
“(...)não sou digno de ser chamado apóstolo (...) mas pela
graça de Deus sou o que sou.” (I Coríntios, 15:9 e 10)
10. Prefácio – Uma Palavra Inspiradora
Por nossa vez, estejamos convictos de que não somos
eleitos especiais para a obra a que nos entregamos,
contudo, já nos encontramos dispostos a esquecer o
mal e a construir o bem que pudermos. Existe um
melhor recomeço do que esse?