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Internet e inclusão: otimismos exacerbados e lucidez pedagógica

                                                            Eduardo Vieira Corrêa

      Este texto é parte de estudos mais amplos realizados na disciplina de
Comunicação    e Tecnologias     em Supervisão     Pedagógica    e   Formação    de
Formadores. Tem no livro Educação e comunicação: O Ideal de inclusão pelas
tecnologias da informação, São Paulo, Cortez, 2006, a base para reflexões e
análises. O objetivo desta produção é introduzir a reflexão sobre a inclusão pelas
tecnologias, suas contradições e as análises que a autora desenvolve. Este tema
relaciona-se com nosso objeto de pesquisa na medida em que oferece
possibilidades de reflexão sobre o papel da tecnologia na educação e, em particular,
na supervisão educacional e na formação de professores.



Introdução

      Segundo nossa leitura de Galli Soares (2006), no início eram as estradas as
linhas de comunicação. Evidente que a fala – obra magistral da espécie humana –
revolucionou as conexões entre os indivíduos da espécie. A tecnologia da
informação que ao longo da história vem se desenvolvendo a passos largos quebrou
barreiras nacionais e pessoais. Filosoficamente situa o homem entre o ser real e o
ser virtual. Sociologicamente transmuta as possibilidades de relações e ações
sociais. Observações feitas, ressaltamos o objetivo de Galli que é relacionar a
globalização e a comunicação global iniciando o debate sobre a utilização das
tecnologias informacionais na Educação.
      É salutar dizer que a evolução da internet e o acesso a esse meio
comunicacional revolucionou a conservação das informações e conhecimentos. A
nova “Biblioteca de Alexandria” guarda infindáveis tesouros e inúmeras intempéries
morais. O idealismo do acesso para todos encontra eco em programas
governamentais como o do governo brasileiro (programa de banda larga) e do
indiano (tablet a custo baixo para uso escolar). Estudos desnudam o debate que se
avizinha no tocante aos limites éticos, responsabilidades, objetivos sociais e
ausência (ou não) de mercados consumidores. Não obstante, inclusão pelo acesso
aos meios informacionais, EAD, interconexão entre máquina e homem para fins
médicos (restauração da visão, audição e movimentos) constituem possibilidades já
palpáveis na atualidade. Galli ressalta que:
                     ...pesquisadores de novas tecnologias ditas inclusivas apostam na solução de
                     problemas como: acesso a localidades distantes suprindo carências de
                     informação e atendimentos públicos em tempo real; compensação de deficiências
                     físicas e ou neurológicas com os dispositivos viabilizados pelas tecnologias de
                     comunicação, promovendo a aprendizagem de portadores de necessidades
                     especiais das mais diversas ordens; educação a distância em massa para
                     equacionar a problemática de baixa ou nenhuma escolaridade, reduzindo os
                     índices de analfabetismo; outras soluções específicas de áreas como a medicina
                     e a própria engenharia, elétrica, eletrônica e de software.


          O futuro está cada vez mais presente e o presente espera cada vez mais pelo
futuro. A questão que se apresenta é até que ponto o processo de evolução das
tecnologias informacionais representarão acréscimo para o desenvolvimento da
humanidade? Quanto dessa simbiose representará proporcionará aos indivíduos
serem melhores? Em que medida, de fato, contribuirá para a construção da
democracia? Será virtual?
          Em posse dessas questões prosseguimos nossas análises sobre tecnologias
e as mudanças que elas operam nas atividades educacionais por exemplo.



Tecnologias aplicadas à Educação: possibilidades

          Lousa e giz são representantes de tecnologias aplicadas à educação.
Ferramental este pertencente a um passado distante ainda insistente em
permanecer apesar dos avanços em microinformática e internet. Etimologicamente a
palavra tecnologia (do grego téchné + logos) nos remete a pensar sobre a arte do
fazer1 ou aprimoramento do conhecimento das técnicas. Especificamente sobre as
tecnologias informacionais aplicadas à Educação, como essas foram inseridas no
cenário educacional brasileiro e o que mudou com a utilização delas?
          A modernização tecnológica trouxe benefícios tanto para a gestão
educacional. O Sistema Nacional de Educação Superior, por exemplo, disponibiliza
no site, para os gestores, subsídios para o desenvolvimento de planos de
desenvolvimento institucionais. O MEC regulamentou os cursos EAD e credenciou

1
    http://www.casadaciencia.ufrj.br/Publicacoes/Artigos/EduBytes96/AlgumasReflexoes.htm
diversos cursos com o objetivo de democratizar o acesso ao conhecimento e formar
contingente populacional em todos os níveis.
        A tecnologia aplicada ao ensino também revolucionou pedagogicamente a
sala de aula. O professor não é mais o oráculo do conhecimento e detentor dos
meios de pesquisa avançada. A internet coloca ao alcance do aluno as informações,
os saberes científicos, as produções literárias e artísticas, de modo geral. É
Biblioteca de Alexandria da atualidade. Requer, por parte do docente, conhecimento
do ferramental disponível, traquejo para lidar didaticamente com a tecnologia e
criatividade na utilização para os diversos fins educacionais.
        Pretende-se, com efeito, utilizar o ferramental tecnológico como um dos
facilitadores de acesso à cidadania. O Brasil é um país que ainda encobre uma
divida social gigantesca. Os recursos tecnológicos sozinhos não farão milagre. Por
outro lado “ao analisar as perspectivas já expostas, pode-se considerar que se
aposta muito na cidadania pela inclusão digital, ou seja, há mais otimismo do que
pessimismo nas perspectivas da internet em seu potencial de inclusão (GALLI, p.
101).
        Portanto, o aprimoramento do uso dos meios comunicacionais modernos se
dará pelo uso e pela constante obra reflexiva que só se dá pelo intelecto humano. O
aperfeiçoamento tecnológico trouxe benefícios para a gestão educacional a partir da
facilitação de processos educacionais e burocráticos e vem revolucionando a sala de
aula com o uso da internet, lousa digital, softwares dentre diversas outras
ferramentas que devem, necessariamente, ser meio para a construção do
conhecimento.



Professor: lousa e giz ou lousa digital?

        O desenvolvimento tecnológico das indústrias, a revolução dos mecanismos
de comunicação individual e de massa e o desenvolvimento de programas de
computador que facilitam processos no comércio demonstram a velocidade com que
diferentes ramos da atividade produtiva humana se apropriam de recursos
tecnológicos com vistas à simplificação de processos. Não é o que observamos, de
maneira geral, nas escolas. Pouquíssimas fazem uso criativo e refletido das
ferramentas tecnológicas para a construção do conhecimento. Lousa e giz é
presença constante e muitas escolas brasileiras. O professorado está preparado
para adentrar neste mundo tecnológico e dele fazer uso consciente?
       O atual momento histórico e social nos remete ao questionamento da função
da escola na atualidade e da formação do profissional docente. Se antes este era o
detentor do saber enciclopédico, hoje se encontra em posição de equidade com
relação às possibilidades de acesso ao saber produzido presente no mundo virtual
da internet.
       A   sociedade   atual   requer   um    profissional    docente   que   dialogue
constantemente com o novo que a todo o momento surge. Com efeito, não no
sentido de apropriar-se de todo ferramental tecnológico – o que seria impossível
visto à produção exponencial dos conteúdos e ferramentais tecnológicos – mas no
de atuar criativamente aliando ao ambiente escolar as tecnologias objetivando a
construção do saber significativo. Galli, em seu texto, explicita que “o debate deve
ser levado para os espaços pedagógicos escolares, envolvendo o professor e
reconhecendo sua práxis, como forma de inovação por meio de novos ferramentais,
cuja aplicação com êxito, na sala de aula, poderá elevar o conceito de educação e
qualidade da relação ensino e aprendizagem (...)” (p. 109).
       Forçoso dizer que a formação dos professores não favorece, na atualidade, o
debate sobre a utilização de tecnologia na escola. Concordamos com a autora no
que se refere à possibilidade de elevação da qualidade do que se ensina e do que se
aprende a partir da utilização de recursos tecnológicos. Não obstante, enquanto
diversas profissões ganham notoriedade e reconhecimento social, o professorado
vive mergulhado no desprestígio. É a classe dos baixos salários e da visibilidade
deturpada e ambígua que vive entre a importância da existência e a berlinda da
desnecessidade.
       A situação sócio-histórica atual não comporta profissionais de educação sem
a devida formação acadêmica e profissionalização que se dá apenas com o exercício
docente, na busca constante por novos conhecimentos. Não se admite hoje – apesar
de existirem muitos – profissionais desconectados da tecnologia. O novo paradigma
da educação relaciona professor à capacidade de lidar com os multimeios
tecnológicos. A facilitação da aprendizagem se dará através da comunicação
eficiente aliada às informações refletidas e mediatizadas pelo profissional docente a
partir da investigação do objeto de estudo. Nesse processo a cidadania se
completará com o ingrediente das experiências democráticas de acesso e uso dos
meios informacionais para apropriação do conhecimento.

Novas interações sociais a partir das tecnologias informacionais
      Mantendo nossa linha de análise, essas experiências de apropriação de
conhecimento podem ocorrer por meio dos sistemas de comunicação, disponíveis
socialmente que integram indivíduos, processos e informações de maneira cada vez
mais veloz economizando tempo e espaço. Galli enfatiza que os contatos e as
interações passam de um universo já ampliado pela telefonia e pelo fax, para outros
que reconfiguram limites profissionais e sociais, modificando as perspectivas de
comunicação e organização das pessoas de qualquer idade, situação e lugar,
redefinindo o envelhecimento e a solidão.
      A autora destaca os novos limites das relações humanas a partir dos
processos comunicacionais cada vez mais acessíveis e rápidos estabelecendo
novos conceitos sociais e redefinindo a posição social dos indivíduos em sua
condição humana.

Ação à distância: entendimento e explicações

      São muitas as formas de interação criadas a partir do desenvolvimento
tecnológico dos meios de comunicação. Com efeito, vem revolucionando o modo
como as pessoas estabelecem os laços sociais. O uso da tecnologia para alcançar
pessoas nos rincões do país (alfabetização, processos bancários, etc) para
aperfeiçoar profissionais nas mais diversas áreas e para solucionar problemas das
mais diversas ordens (diagnósticos médicos, assessoria jurídica dentre outros)
mostra a tendência da atualidade: encurtamento das distâncias através da tecnologia
e aceleração das transformações sociais e das transações informacionais.
      Operações cirúrgicas – efetuadas por robôs – ocorreram à distância graças
aos novos ambientes comunicacionais. Médicos acompanham procedimentos em
tempo real de um profissional à distância. Transações financeiras são efetuadas
instantaneamente movimentando valores de um lado para o outro do planeta.
Correspondências eletrônicas são imediatamente visualizadas pelo destinatário
instantaneamente. Decisões governamentais são tomadas mesmo o mandatário do
país estando num outro, tanto para a paz quanto para a guerra.
Evidenciam-se, na atualidade, novas formas de interação social propiciadas
pelo uso da tecnologia da informação.           A acessibilidade aos ferramentais
tecnológicos está cada vez mais facilitada por conta dos preços cada vez mais
cadentes de computadores, notebooks e telefones celulares com acesso à internet.
Mesmo quem não dispõe de equipamentos pode encontrá-los nas Lan Houses
espalhadas por diversas cidades.
       Uma das ações à distância que nos deteremos liga-se à educação.
Historicamente os cursos por correspondência, como por exemplo alfabetização,
profissionalizantes e de conclusão de níveis viabilizavam, de maneira revolucionária,
aquilo que o sistema educacional público estadual ou municipal de educação formal,
de modo geral, não conseguiam dar conta. Nesse sentido, profissionais buscavam
aperfeiçoamento, pessoas intentavam uma profissão e qualificação educacional. As
tele-aulas representaram um avanço extraordinário nesse modelo de cursos à
distância recorrendo à tecnologia televisiva a partir das gravações de aulas por
atores em cenários previamente performatizados. Contudo, a internet veio com um
leque inimaginável de possibilidades.
       O acesso à rede mundial de computadores trouxe novas perspectivas
interativas.   Cursos on-line de aperfeiçoamento profissional, de graduação, de
alfabetização e de conclusão de níveis de ensino abriram novas oportunidades nos
rincões do país. Não obstante, as diversas possibilidades que se abrem só resultam
em prática positiva na medida em que se faz uso pedagógico do instrumental.
       Uma nova filosofia educacional se apresenta na medida em que o ambiente
virtual oferece um leque gigantesco de oportunidades e possibilidades. A autonomia,
o   compromisso     e   a   responsabilidade,   nesse   ínterim,   tornam-se   valores
indispensáveis nessa forma de interagir. Não obstante, todo o aparato tecnológico
deve favorecer tal interação. Galli afirma que “a interação professor aluno é
favorecida pelo próprio ambiente que, definido no Projeto Pedagógico do curso, é
assegurado pela própria filosofia que embasa a visão de educação e formação, que
o ferramental tecnológico seja apropriado como meio e não como fim nas relações
ensino e aprendizagem” (GALLI. 2006: p.119).
       A autora ressalta a preocupação com a qualidade do que se ensina e aprende
na construção das relações virtuais que se estabelecem com esse novo modelo.
Ainda mais porque o ambiente virtual oferece um leque fenomenal de possibilidades.
Nesse sentido, plataformas elaboradas para fins educacionais e a capacitação de
profissionais para a efetivação do trabalho devem constar da pauta de discussões
educacionais.
      Por fim, ressalta-se a tecnologia comunicacional como possibilitadora de
inclusão social a partir da inclusão digital. Os espaços interacionais aperfeiçoaram-se
no tempo e no espaço. A internet trouxe novas possibilidades de alcance de
indivíduos nos cantos mais remotos do país. A significância da palavra cidadania
ganhou novo adendo a partir do momento em que as tecnologias passaram a fazer
parte do cotidiano das pessoas. As ações à distância encurtaram os percursos
através do hiperespaço. No entanto novos conceitos há que se ocuparem desse
novo contexto de aprendizagens, por exemplo, letramento digital.


Letramento digital
      Tomamos a reflexão da autora que define letramento como condição de quem
é letrado. A palavra tem origem no inglês leteracy e indica aquele que, além de
alfabetizado, lê, interpreta e analisa as demandas sociais. Logo, vai além do simples
identificar de símbolos grafados e grafar símbolos gerando significados isolados. O
letramento vai além do identificar. Expressa-se na capacidade de entendimento
semântico estruturante e simbólico da língua.
Por letramento digital, em condição análoga ao letramento propriamente dito,
implica na apreensão dos mecanismos de comunicação facilitadores da interação
individuo – máquina – ambiente virtual. Nesse sentido, ressalta-se:
          1. O caráter didático para compreensão dos percursos da informação;
          2. Potencial de comunicação do site;
          3. Interatividade com os usuários;
          4. Construção da autonomia de uso.

      É imperativo dizer que a compreensão dos processos informacionais está no
cerne do letramento digital no qual a comunicação constitui elemento chave do
processo interativo. O domínio implica na capacidade analítica de explorar os
diversos links, hipertextos, conteúdo imagético e filmográfico ampliando, dessa
forma, o olhar investigativo com vistas à construção do conhecimento.
      No caso do Currículo Oculto e internet, caracterizados pela autora como
condição para além da organização de saberes desinteressados, o currículo cumpre
papel social relevante na medida em que materializa o conjunto da sociedade.
Apresenta-se na dimensão ideológica, política, cultural e histórica. Nesse sentido,
camuflam-se valores e intenções. Nesse sentido, a crítica aos conteúdos torna-se
necessária para desnudar interesses e ideologias. A internet, com viés libertário e
sem censura esconde, nas nuvens de informações e servidores espalhados pelo
mundo, controles sociais sutis e possibilidades de implosão de muros e barreiras de
acesso à informação. A acessibilidade do ciberespaço caracteriza uma sociedade
em constante (e veloz) transformação.

Espaço virtual: das possibilidades de interação ao isolamento social
      É interessante notar o quanto, em tão pouco tempo, a tecnologia invadiu lares,
bairros, cidades e países. A revolução dos sistemas de comunicação encurtou
distancias e possibilitou acesso a uma infinidade de conteúdos. A complexidade das
relações reais confunde-se, na essência, com a virtualidade agora presente. O
conceito sociológico de isolamento social merece reconsideração na atualidade.
      As configurações dos ambientes virtuais merecem atenção especial do
planejamento analogamente ao que fazem as grandes empresas. Nesse sentido,
pensar estrategicamente um site vislumbrando sua intencionalidade, público-alvo,
conceituação, linguagem, perspectivas de compreensão, objetivos e resultados
esperados.
      As demandas veiculadas no mundo virtual fazem emergir a instantaneidade
das respostas fazendo surgir uma geração imediatista e síncrona. Com efeito, urge a
necessidade de um profissional eclético e transdisciplinar que consiga traduzir numa
pagina de web as particularidades de um projeto.
      Para a educação as possibilidades são inúmeras. A mudança de paradigma
que situa os atores sociais – professores e alunos – no ambiente de aprendizagem
em pé de igualdade com relação às possibilidades de investigação – não
menosprezando, evidentemente, as experiências do profissional de educação e sua
maturidade – na medida em que ambos acessam os conteúdos de aprendizagem.
      É notório que a revolução causada pelo desenvolvimento tecnológico dos
meios de comunicação imprimiu na sociedade atual uma dinâmica de relações
interpessoais fluidas. O encurtamento das distancias e as novas fronteiras
educacionais movimentam o vasto repertorio do saber disposto no mundo virtual.
Não obstante, reiteramos a preocupação causada com a fluidez das relações
interpessoais   possibilitando   o   isolamento   e   a   virtualidade   das   relações,
desdobramentos dignos de análise aprofundada.
      Essas análises não se esgotam neste estudo, ao contrário, são retomadas e
ampliadas em nossa pesquisa de mestrado sempre que a questão das tecnologias
fizer parte do contexto do fenômeno pesquisado.

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Internet e inclusão: otimismos e limites da educação digital

  • 1. Internet e inclusão: otimismos exacerbados e lucidez pedagógica Eduardo Vieira Corrêa Este texto é parte de estudos mais amplos realizados na disciplina de Comunicação e Tecnologias em Supervisão Pedagógica e Formação de Formadores. Tem no livro Educação e comunicação: O Ideal de inclusão pelas tecnologias da informação, São Paulo, Cortez, 2006, a base para reflexões e análises. O objetivo desta produção é introduzir a reflexão sobre a inclusão pelas tecnologias, suas contradições e as análises que a autora desenvolve. Este tema relaciona-se com nosso objeto de pesquisa na medida em que oferece possibilidades de reflexão sobre o papel da tecnologia na educação e, em particular, na supervisão educacional e na formação de professores. Introdução Segundo nossa leitura de Galli Soares (2006), no início eram as estradas as linhas de comunicação. Evidente que a fala – obra magistral da espécie humana – revolucionou as conexões entre os indivíduos da espécie. A tecnologia da informação que ao longo da história vem se desenvolvendo a passos largos quebrou barreiras nacionais e pessoais. Filosoficamente situa o homem entre o ser real e o ser virtual. Sociologicamente transmuta as possibilidades de relações e ações sociais. Observações feitas, ressaltamos o objetivo de Galli que é relacionar a globalização e a comunicação global iniciando o debate sobre a utilização das tecnologias informacionais na Educação. É salutar dizer que a evolução da internet e o acesso a esse meio comunicacional revolucionou a conservação das informações e conhecimentos. A nova “Biblioteca de Alexandria” guarda infindáveis tesouros e inúmeras intempéries morais. O idealismo do acesso para todos encontra eco em programas governamentais como o do governo brasileiro (programa de banda larga) e do indiano (tablet a custo baixo para uso escolar). Estudos desnudam o debate que se avizinha no tocante aos limites éticos, responsabilidades, objetivos sociais e ausência (ou não) de mercados consumidores. Não obstante, inclusão pelo acesso aos meios informacionais, EAD, interconexão entre máquina e homem para fins
  • 2. médicos (restauração da visão, audição e movimentos) constituem possibilidades já palpáveis na atualidade. Galli ressalta que: ...pesquisadores de novas tecnologias ditas inclusivas apostam na solução de problemas como: acesso a localidades distantes suprindo carências de informação e atendimentos públicos em tempo real; compensação de deficiências físicas e ou neurológicas com os dispositivos viabilizados pelas tecnologias de comunicação, promovendo a aprendizagem de portadores de necessidades especiais das mais diversas ordens; educação a distância em massa para equacionar a problemática de baixa ou nenhuma escolaridade, reduzindo os índices de analfabetismo; outras soluções específicas de áreas como a medicina e a própria engenharia, elétrica, eletrônica e de software. O futuro está cada vez mais presente e o presente espera cada vez mais pelo futuro. A questão que se apresenta é até que ponto o processo de evolução das tecnologias informacionais representarão acréscimo para o desenvolvimento da humanidade? Quanto dessa simbiose representará proporcionará aos indivíduos serem melhores? Em que medida, de fato, contribuirá para a construção da democracia? Será virtual? Em posse dessas questões prosseguimos nossas análises sobre tecnologias e as mudanças que elas operam nas atividades educacionais por exemplo. Tecnologias aplicadas à Educação: possibilidades Lousa e giz são representantes de tecnologias aplicadas à educação. Ferramental este pertencente a um passado distante ainda insistente em permanecer apesar dos avanços em microinformática e internet. Etimologicamente a palavra tecnologia (do grego téchné + logos) nos remete a pensar sobre a arte do fazer1 ou aprimoramento do conhecimento das técnicas. Especificamente sobre as tecnologias informacionais aplicadas à Educação, como essas foram inseridas no cenário educacional brasileiro e o que mudou com a utilização delas? A modernização tecnológica trouxe benefícios tanto para a gestão educacional. O Sistema Nacional de Educação Superior, por exemplo, disponibiliza no site, para os gestores, subsídios para o desenvolvimento de planos de desenvolvimento institucionais. O MEC regulamentou os cursos EAD e credenciou 1 http://www.casadaciencia.ufrj.br/Publicacoes/Artigos/EduBytes96/AlgumasReflexoes.htm
  • 3. diversos cursos com o objetivo de democratizar o acesso ao conhecimento e formar contingente populacional em todos os níveis. A tecnologia aplicada ao ensino também revolucionou pedagogicamente a sala de aula. O professor não é mais o oráculo do conhecimento e detentor dos meios de pesquisa avançada. A internet coloca ao alcance do aluno as informações, os saberes científicos, as produções literárias e artísticas, de modo geral. É Biblioteca de Alexandria da atualidade. Requer, por parte do docente, conhecimento do ferramental disponível, traquejo para lidar didaticamente com a tecnologia e criatividade na utilização para os diversos fins educacionais. Pretende-se, com efeito, utilizar o ferramental tecnológico como um dos facilitadores de acesso à cidadania. O Brasil é um país que ainda encobre uma divida social gigantesca. Os recursos tecnológicos sozinhos não farão milagre. Por outro lado “ao analisar as perspectivas já expostas, pode-se considerar que se aposta muito na cidadania pela inclusão digital, ou seja, há mais otimismo do que pessimismo nas perspectivas da internet em seu potencial de inclusão (GALLI, p. 101). Portanto, o aprimoramento do uso dos meios comunicacionais modernos se dará pelo uso e pela constante obra reflexiva que só se dá pelo intelecto humano. O aperfeiçoamento tecnológico trouxe benefícios para a gestão educacional a partir da facilitação de processos educacionais e burocráticos e vem revolucionando a sala de aula com o uso da internet, lousa digital, softwares dentre diversas outras ferramentas que devem, necessariamente, ser meio para a construção do conhecimento. Professor: lousa e giz ou lousa digital? O desenvolvimento tecnológico das indústrias, a revolução dos mecanismos de comunicação individual e de massa e o desenvolvimento de programas de computador que facilitam processos no comércio demonstram a velocidade com que diferentes ramos da atividade produtiva humana se apropriam de recursos tecnológicos com vistas à simplificação de processos. Não é o que observamos, de maneira geral, nas escolas. Pouquíssimas fazem uso criativo e refletido das ferramentas tecnológicas para a construção do conhecimento. Lousa e giz é
  • 4. presença constante e muitas escolas brasileiras. O professorado está preparado para adentrar neste mundo tecnológico e dele fazer uso consciente? O atual momento histórico e social nos remete ao questionamento da função da escola na atualidade e da formação do profissional docente. Se antes este era o detentor do saber enciclopédico, hoje se encontra em posição de equidade com relação às possibilidades de acesso ao saber produzido presente no mundo virtual da internet. A sociedade atual requer um profissional docente que dialogue constantemente com o novo que a todo o momento surge. Com efeito, não no sentido de apropriar-se de todo ferramental tecnológico – o que seria impossível visto à produção exponencial dos conteúdos e ferramentais tecnológicos – mas no de atuar criativamente aliando ao ambiente escolar as tecnologias objetivando a construção do saber significativo. Galli, em seu texto, explicita que “o debate deve ser levado para os espaços pedagógicos escolares, envolvendo o professor e reconhecendo sua práxis, como forma de inovação por meio de novos ferramentais, cuja aplicação com êxito, na sala de aula, poderá elevar o conceito de educação e qualidade da relação ensino e aprendizagem (...)” (p. 109). Forçoso dizer que a formação dos professores não favorece, na atualidade, o debate sobre a utilização de tecnologia na escola. Concordamos com a autora no que se refere à possibilidade de elevação da qualidade do que se ensina e do que se aprende a partir da utilização de recursos tecnológicos. Não obstante, enquanto diversas profissões ganham notoriedade e reconhecimento social, o professorado vive mergulhado no desprestígio. É a classe dos baixos salários e da visibilidade deturpada e ambígua que vive entre a importância da existência e a berlinda da desnecessidade. A situação sócio-histórica atual não comporta profissionais de educação sem a devida formação acadêmica e profissionalização que se dá apenas com o exercício docente, na busca constante por novos conhecimentos. Não se admite hoje – apesar de existirem muitos – profissionais desconectados da tecnologia. O novo paradigma da educação relaciona professor à capacidade de lidar com os multimeios tecnológicos. A facilitação da aprendizagem se dará através da comunicação eficiente aliada às informações refletidas e mediatizadas pelo profissional docente a partir da investigação do objeto de estudo. Nesse processo a cidadania se
  • 5. completará com o ingrediente das experiências democráticas de acesso e uso dos meios informacionais para apropriação do conhecimento. Novas interações sociais a partir das tecnologias informacionais Mantendo nossa linha de análise, essas experiências de apropriação de conhecimento podem ocorrer por meio dos sistemas de comunicação, disponíveis socialmente que integram indivíduos, processos e informações de maneira cada vez mais veloz economizando tempo e espaço. Galli enfatiza que os contatos e as interações passam de um universo já ampliado pela telefonia e pelo fax, para outros que reconfiguram limites profissionais e sociais, modificando as perspectivas de comunicação e organização das pessoas de qualquer idade, situação e lugar, redefinindo o envelhecimento e a solidão. A autora destaca os novos limites das relações humanas a partir dos processos comunicacionais cada vez mais acessíveis e rápidos estabelecendo novos conceitos sociais e redefinindo a posição social dos indivíduos em sua condição humana. Ação à distância: entendimento e explicações São muitas as formas de interação criadas a partir do desenvolvimento tecnológico dos meios de comunicação. Com efeito, vem revolucionando o modo como as pessoas estabelecem os laços sociais. O uso da tecnologia para alcançar pessoas nos rincões do país (alfabetização, processos bancários, etc) para aperfeiçoar profissionais nas mais diversas áreas e para solucionar problemas das mais diversas ordens (diagnósticos médicos, assessoria jurídica dentre outros) mostra a tendência da atualidade: encurtamento das distâncias através da tecnologia e aceleração das transformações sociais e das transações informacionais. Operações cirúrgicas – efetuadas por robôs – ocorreram à distância graças aos novos ambientes comunicacionais. Médicos acompanham procedimentos em tempo real de um profissional à distância. Transações financeiras são efetuadas instantaneamente movimentando valores de um lado para o outro do planeta. Correspondências eletrônicas são imediatamente visualizadas pelo destinatário instantaneamente. Decisões governamentais são tomadas mesmo o mandatário do país estando num outro, tanto para a paz quanto para a guerra.
  • 6. Evidenciam-se, na atualidade, novas formas de interação social propiciadas pelo uso da tecnologia da informação. A acessibilidade aos ferramentais tecnológicos está cada vez mais facilitada por conta dos preços cada vez mais cadentes de computadores, notebooks e telefones celulares com acesso à internet. Mesmo quem não dispõe de equipamentos pode encontrá-los nas Lan Houses espalhadas por diversas cidades. Uma das ações à distância que nos deteremos liga-se à educação. Historicamente os cursos por correspondência, como por exemplo alfabetização, profissionalizantes e de conclusão de níveis viabilizavam, de maneira revolucionária, aquilo que o sistema educacional público estadual ou municipal de educação formal, de modo geral, não conseguiam dar conta. Nesse sentido, profissionais buscavam aperfeiçoamento, pessoas intentavam uma profissão e qualificação educacional. As tele-aulas representaram um avanço extraordinário nesse modelo de cursos à distância recorrendo à tecnologia televisiva a partir das gravações de aulas por atores em cenários previamente performatizados. Contudo, a internet veio com um leque inimaginável de possibilidades. O acesso à rede mundial de computadores trouxe novas perspectivas interativas. Cursos on-line de aperfeiçoamento profissional, de graduação, de alfabetização e de conclusão de níveis de ensino abriram novas oportunidades nos rincões do país. Não obstante, as diversas possibilidades que se abrem só resultam em prática positiva na medida em que se faz uso pedagógico do instrumental. Uma nova filosofia educacional se apresenta na medida em que o ambiente virtual oferece um leque gigantesco de oportunidades e possibilidades. A autonomia, o compromisso e a responsabilidade, nesse ínterim, tornam-se valores indispensáveis nessa forma de interagir. Não obstante, todo o aparato tecnológico deve favorecer tal interação. Galli afirma que “a interação professor aluno é favorecida pelo próprio ambiente que, definido no Projeto Pedagógico do curso, é assegurado pela própria filosofia que embasa a visão de educação e formação, que o ferramental tecnológico seja apropriado como meio e não como fim nas relações ensino e aprendizagem” (GALLI. 2006: p.119). A autora ressalta a preocupação com a qualidade do que se ensina e aprende na construção das relações virtuais que se estabelecem com esse novo modelo. Ainda mais porque o ambiente virtual oferece um leque fenomenal de possibilidades. Nesse sentido, plataformas elaboradas para fins educacionais e a capacitação de
  • 7. profissionais para a efetivação do trabalho devem constar da pauta de discussões educacionais. Por fim, ressalta-se a tecnologia comunicacional como possibilitadora de inclusão social a partir da inclusão digital. Os espaços interacionais aperfeiçoaram-se no tempo e no espaço. A internet trouxe novas possibilidades de alcance de indivíduos nos cantos mais remotos do país. A significância da palavra cidadania ganhou novo adendo a partir do momento em que as tecnologias passaram a fazer parte do cotidiano das pessoas. As ações à distância encurtaram os percursos através do hiperespaço. No entanto novos conceitos há que se ocuparem desse novo contexto de aprendizagens, por exemplo, letramento digital. Letramento digital Tomamos a reflexão da autora que define letramento como condição de quem é letrado. A palavra tem origem no inglês leteracy e indica aquele que, além de alfabetizado, lê, interpreta e analisa as demandas sociais. Logo, vai além do simples identificar de símbolos grafados e grafar símbolos gerando significados isolados. O letramento vai além do identificar. Expressa-se na capacidade de entendimento semântico estruturante e simbólico da língua. Por letramento digital, em condição análoga ao letramento propriamente dito, implica na apreensão dos mecanismos de comunicação facilitadores da interação individuo – máquina – ambiente virtual. Nesse sentido, ressalta-se: 1. O caráter didático para compreensão dos percursos da informação; 2. Potencial de comunicação do site; 3. Interatividade com os usuários; 4. Construção da autonomia de uso. É imperativo dizer que a compreensão dos processos informacionais está no cerne do letramento digital no qual a comunicação constitui elemento chave do processo interativo. O domínio implica na capacidade analítica de explorar os diversos links, hipertextos, conteúdo imagético e filmográfico ampliando, dessa forma, o olhar investigativo com vistas à construção do conhecimento. No caso do Currículo Oculto e internet, caracterizados pela autora como condição para além da organização de saberes desinteressados, o currículo cumpre papel social relevante na medida em que materializa o conjunto da sociedade.
  • 8. Apresenta-se na dimensão ideológica, política, cultural e histórica. Nesse sentido, camuflam-se valores e intenções. Nesse sentido, a crítica aos conteúdos torna-se necessária para desnudar interesses e ideologias. A internet, com viés libertário e sem censura esconde, nas nuvens de informações e servidores espalhados pelo mundo, controles sociais sutis e possibilidades de implosão de muros e barreiras de acesso à informação. A acessibilidade do ciberespaço caracteriza uma sociedade em constante (e veloz) transformação. Espaço virtual: das possibilidades de interação ao isolamento social É interessante notar o quanto, em tão pouco tempo, a tecnologia invadiu lares, bairros, cidades e países. A revolução dos sistemas de comunicação encurtou distancias e possibilitou acesso a uma infinidade de conteúdos. A complexidade das relações reais confunde-se, na essência, com a virtualidade agora presente. O conceito sociológico de isolamento social merece reconsideração na atualidade. As configurações dos ambientes virtuais merecem atenção especial do planejamento analogamente ao que fazem as grandes empresas. Nesse sentido, pensar estrategicamente um site vislumbrando sua intencionalidade, público-alvo, conceituação, linguagem, perspectivas de compreensão, objetivos e resultados esperados. As demandas veiculadas no mundo virtual fazem emergir a instantaneidade das respostas fazendo surgir uma geração imediatista e síncrona. Com efeito, urge a necessidade de um profissional eclético e transdisciplinar que consiga traduzir numa pagina de web as particularidades de um projeto. Para a educação as possibilidades são inúmeras. A mudança de paradigma que situa os atores sociais – professores e alunos – no ambiente de aprendizagem em pé de igualdade com relação às possibilidades de investigação – não menosprezando, evidentemente, as experiências do profissional de educação e sua maturidade – na medida em que ambos acessam os conteúdos de aprendizagem. É notório que a revolução causada pelo desenvolvimento tecnológico dos meios de comunicação imprimiu na sociedade atual uma dinâmica de relações interpessoais fluidas. O encurtamento das distancias e as novas fronteiras educacionais movimentam o vasto repertorio do saber disposto no mundo virtual. Não obstante, reiteramos a preocupação causada com a fluidez das relações
  • 9. interpessoais possibilitando o isolamento e a virtualidade das relações, desdobramentos dignos de análise aprofundada. Essas análises não se esgotam neste estudo, ao contrário, são retomadas e ampliadas em nossa pesquisa de mestrado sempre que a questão das tecnologias fizer parte do contexto do fenômeno pesquisado.