2. A Influência Budista
• A tradição atribui a introdução do budismo na China ao imperador Ming de Han,o
segundo imperador da dinastia Han do leste (25-220 d.C.).
• Diz a lenda que o imperador teve um sonho no qual viu um ser voador dourado,
interpretado por seus conselheiros como uma visão do Buda. O imperador enviou
emissários a outros países, a oeste da Chin, para obter informações sobre a doutrina
de Buda.
• Escrituras budistas teriam sido trazidas à China, nas costas de cavalos brancos, por
Dharmarakṣa e Kaśyapa Mātaṅga, dois grandes monges indianos.
• Fora a lenda o que podemos ter a certeza é que os primeiros contactos com a
doutrina budista chegaram através das rotas do cavalo e do chá.
3. Fresco representando o Imperador
Ming de Hang a louvar estátuas de
Budas dourados, Cavernas de Mogao.
5. A Influência Budista
• O período da idade de ouro da arte budista na China é a Dinastia Tang (618-907),
com as suas esculturas, algumas monumentais, considerados tesouros da arte
mundial.
• A princípio, a arte, a serviço da nova fé, limitava-se a reproduzir temas estrangeiros,
em particular os indianos. Com o passar do tempo, a arte começa a adaptar-se à
cultura chinesa, ganhando características iconográficas regionais.
• O artista este possui a tarefa de captar a sabedoria dos Lohans, utilizando a arte
como auxilio na meditação.
7. Lohan, Arhat e Buda
• Arhat em sânscrito ou Lohan em chinês, significa literalmente "o digno; aquele que
merece louvores divinos"; santo.
• O Budismo considera o próprio Buda um Arhat, pois o requisito para ser
considerado como tal é atingir o nirvana.
• A diferença entre um Buda e um Arhat, é que o primeiro alcança a iluminação por si
mesmo, enquanto o segundo atinge-a por seguir os ensinamentos de outrem
8. Lohan - Escultura
Doação: Camilo Pessanha
Material: Escultura em bronze com vestigíos de policromia.
Datação: ? (Possivelmente da dinastia Ming ou Qing.)
Este tipo de figuras era muito comum durante a dinastia Tang (618-907), chegando ao
seu apogeu de representação na dinastia Yuan (1271-1368). Esta por sua vez é
bastante posterior o que nos poderá levar a pensar que é uma réplica de outra já
existente.
9. Descrição
A peça representa um dos dezoito Lohan, os principais apóstolos do Budismo.
Presumivelmente seria parte de um conjunto uma vez que, na China, os Lohans são
normalmente encontrados em grupos de 18 ou 500 elementos.
Possivelmente o Lohan aqui representado seja Ba Tuoluo, que é conhecido por
trazer os sutras de Este para o resto do mundo. Este normalmente é representado em
posição de lótus com uma das mãos levantas com a palma aberta (mudra da proteção e
destemor). O seu rosto encontra-se sempre sereno e num estado de paz.
Este Lohan encontra-se com uma das pernas em posição de lótus, mas a outra refletida.
Igualmente podemos verificar a sua mão elevada e com a palma aberta. Da mesma
maneira no seu rosto podemos verificar um estado sereno e de paz.
.
10. Comparação do Lohan do Museu Nacional de Machado de Castro, com um 跋陀羅 Ba Tuoluo.
11. Descrição
Nesta figura podemos ver algo bastante comum na arte budista da China que é o
realismo expressivo. Este consiste em dotar o rosto com caracter real e refletir um
estado de espirito. Por sua vez, o resto do corpo sofre um certo descuido, fazendo com
que muitas das vezes pareça que a cabeça não pretence ao corpo.
Podemos ver no rosto desta figura careca, estas caracteristicas, desde a barba da
figura, os lábios bem desenhado, os olhos amendoados e até os furos nas orelhas. Por
sua vez, a expresividade pode ser visivel pelo assentuar das sobrancelhas, que ajudam
a focar o olhar do observador nos olhos do Lohan, que transmitem a calma e a pureza
da sua mente. Igualmente, os lábios da figura deixam transpassar um sorriso que mostra
a serenidade e bondade.
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12. Bibliografia
BEDIN, Franca.-Como reconhecer a arte chinesa. Lisboa:Edições 70, 1986. (Como
reconhecer a arte ; vol.11);
Faure, Bernard.-Budismos, filosofias e religiões.Lisboa : Notícias, 1999;
GOMES,Luís Gonzaga.-Arte chinesa.Macau : Notícias de Macau, 1954. (Notícias de
Macau ; vol. 10);
MENDES, Manuel da Silva.-Arte chinesa : colectânea de artigos.Macau : Leal Senado,
1983.