O documento discute o Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar de São Paulo (SARESP), que avalia o desempenho de alunos em matemática, língua portuguesa, ciências humanas e ciências da natureza. Ele descreve a escala de proficiência usada e os níveis de desempenho dos alunos. Também explica três grupos de competências avaliadas: observar (Grupo I), realizar procedimentos (Grupo II) e compreender (Grupo III).
4. Desde 1995, o desempenho
dos alunos da educação básica
do Brasil tem sido medido por
meio da mé-
trica do Saeb. A escala de
proficiência já é bastante
conhecida e seu uso permite a
comparação dos resultados
dos alunos no Saresp com
aqueles obtidos no Saeb e na
Prova Brasil.
6. conteúdos
+competências
formas de raciocinar e tomar decisões.
(correspondem, assim, às diferentes habilidades a serem consideradas nas respostas às
diferentes questões ou tarefas das provas).
Habilidad
es
Possibilitam inferir, pela Escala de
Proficiência adotada, o nível em
que os alunos dominam as
competências cognitivas.
avaliadas relativamente aos conteúdos das disciplinas e em cada série
ou ano escolares.
MATEMÁTICA , L. PORTUGUESA, CIÊNCIAS HUMANAS E CIÊNCIAS DA
NATUREZA
7. Por isso, a concepção de competência implica uma visão ou compreensão da
inteligência humana que realiza ou compreende, no nível em que o faz, como
estrutura de conjunto.
São vários os aspectos cognitivos em jogo: saber inferir, atribuir sentido, articular
partes e todo, excluir, comparar, observar, identificar, tomar decisões, reconhecer,
fazer correspondências.
Do ponto de vista afetivo, ocorre o mesmo: saber prestar atenção, sustentar um
foco, ter calma, não ser impulsivo, ser determinado, confiante, otimizar recursos
internos etc.
Igualmente, do ponto de vista social, verifica-se se o aluno é capaz de seguir
regras, ser avaliado em uma situação coletiva que envolva cooperação e
competição (limites de tempo, definição das respostas, número de questões,
entre outros), respeito mútuo etc.
9. Grupo I: Competências para observar. O Grupo I refere-se aos esquemas
presentativos ou representativos, propostos por Jean Piaget. Graças a eles, os
alunos podem ler a prova, em sua dupla condição: registrar perceptivamente o
que está proposto nos textos, imagens, tabelas ou quadros e interpretar este
registro como informação que torna possível assimilar a questão e decidir sobre a
alternativa que julgam mais correta.
A leitura do objeto (a prova) supõe, como mínimo, o domínio e, portanto, o uso
das seguintes habilidades: observar, identificar, descrever, localizar, diferenciar
ou discriminar, constatar, reconhecer, indicar, apontar. Graças a elas pode-se
avaliar o nível de desenvolvimento de uma forma de abstração fundamental aos
processos de conhecimento.
10. Grupo II: Competências para realizar. As habilidades relativas às competências
do Grupo II caracterizam-se pelas capacidades de o aluno realizar os proce-
dimentos necessários às suas tomadas de decisão em relação às questões ou
tarefas propostas na prova.
Estas habilidades implicam procedimentos de classificar, seriar, ordenar,
conservar, compor, decompor, fazer antecipações, calcular, medir, interpretar.
Procedimentos são modos de
estabelecer relações que transformam
os conteúdos relacionados, dando
a eles uma configuração diferente de
acordo com essas relações:
11. Grupo III: Competências para compreender. Estas competências
implicam o uso de esquemas operatórios. As competências relativas a esse
Grupo III devem ser analisadas em duas perspectivas. Primeiro, estão
presentes e são mesmo essenciais às competências cognitivas ou às
operações mentais destacadas nos Grupos I e II. Porém, quando referidas
a eles, têm um lugar de meio ou condição, mas não de fim. Ou seja,
atuam de modo a possibilitar realizações via esquemas procedimentais
(Grupo II) ou leituras via esquemas de representação (Grupo I).