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Aprendendo com Daniel como
ser fiel a Deus.
Por Elaine Mesquita Alves
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5
Ao Senhor Jesus, toda a glória, to-
da a honra e todo o louvor.
Ao Fabio, Sarah e Daniel,
A minha admiração e amor.
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7
Apresentação
Que darei eu ao senhor por
todos os benefícios que me tem fei-
to?
Sou grata ao Senhor por tudo
que Ele me tem proporcionado até
hoje, e sei que muito mais está por
vir.
Este livreto faz parte de um
sonho e um propósito que o Pai me
proporcionou sonhar e viver. Pre-
tendo aqui falar de maneira simples
aquilo que Deus colocou no meu
coração.
De algum modo espero ser
um instrumento de Deus para po-
der ajudar a você a conhecer um
pouco de alguém tão importante
como o profeta Daniel, que viveu
sua vida de maneira muito simples,
mas cheia do poder de Deus.
Elaine
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9
Introdução
DANIEL foi, em sua época, e
é ainda hoje uma pessoa muito im-
portante para a história do povo de
Deus. Ele é retratado como uma
das principais pessoas da Bíblia.
Se pararmos para analisar,
veremos que Daniel tinha sabedori-
a, capacitação, fé, vida espiritual e
vigor, entre outras coisas.
Mas, será que eu posso ser
como Daniel?
É claro que sim! Daniel era
desse jeito porque Deus o capacitou
para ser assim. Ele não nasceu as-
sim, mas fez opções que o torna-
ram assim.
Podemos ser tão sábios e fiéis
como Daniel se tão somente deci-
dirmos por seguir os mandamentos
do Senhor.
10
“Porque Deus é o que OPERA em vós
tanto o querer como o efetuar, segundo a
sua boa vontade.”
Filipenses 2.13
Eu posso ser como Daniel,
mas eu preciso percorrer o mesmo
caminho de obediência e entrega
que Daniel percorreu.
Vamos conhecer um pouco da
vida deste valoroso servo de Deus,
sua forma de agir, falar, sua intimi-
dade com Deus e procurar seguir os
exemplos deixados por ele.
Jamais seremos iguais a nin-
guém, mas podemos seguir os bons
exemplos deixados pelos servos do
Senhor. Não é a toa que eles estão
na Bíblia.
11
Quem era Daniel?
Não se sabe muito a respeito
da família de Daniel, mas acredita-
se pela Bíblia, que ele era de linha-
gem nobre, pois o rei mandou levar
os da linhagem real e os nobres pa-
ra servirem no palácio.
Segundo estudiosos da Bíblia,
Daniel era ainda muito jovem, tinha
menos de 18 anos, quando ele e
seus três amigos foram levados ca-
tivos à Babilônia pelo rei Nabuco-
donosor.
Lá, por serem qualificados pa-
ra isso, foram instruídos na língua e
nas ciências babilônicas, unindo es-
sa instrução ao conhecimento que
já tinham.
“No ano terceiro do reinado de Jeoi-
aquim, rei de Judá, veio Nabucodonosor,
rei de Babilônia, a Jerusalém, e a sitiou.
E o Senhor lhe entregou nas mãos a
Jeoiaquim, rei de Judá, e uma parte dos va-
12
sos da casa de Deus; e ele os levou para a
terra de Sinar, para a casa do seu deus; e
os pôs na casa do tesouro do seu deus.
Então disse o rei a Aspenaz, chefe
dos seus eunucos que trouxesse alguns dos
filhos de Israel, dentre a linhagem real e
dos nobres,
jovens em quem não houvesse de-
feito algum, de bela aparência, dotados de
sabedoria, inteligência e instrução, e que
tivessem capacidade para assistirem no pa-
lácio do rei; e que lhes ensinasse as letras e
a língua dos caldeus.”
Daniel 1. 1-4
Mesmo sendo levado para
uma terra estrangeira, sendo obri-
gado a servir a um rei que não era
o seu, vivendo no meio de um povo
pagão que não reverenciava ao seu
Deus, ele ainda assim se manteve
fiel ao Senhor, e cumpriu todo seu
trabalho de maneira correta e dig-
na.
Aquele jovem andou com
Deus e tornou-se um dos maiores
profetas de todos os tempos. Tor-
13
nou-se uma pessoa de autoridade,
ocupando essa posição por mais de
setenta anos.
Daniel tinha características
morais essenciais àquele que serve
ao Senhor, que o fizeram ser reve-
renciado no meio daquele povo e
exaltaram o nome do Senhor Deus
de Israel. Quais são essas caracte-
rísticas?
Vejamos agora:
1. Domínio próprio
“Daniel, porém, propôs no seu cora-
ção não se contaminar com a porção das
iguarias do rei, nem com o vinho que ele
bebia; portanto pediu ao chefe dos eunu-
cos que lhe concedesse não se contami-
nar.”
Daniel 1.8
“Eu, pois, dirigi o meu rosto ao Se-
nhor Deus, para o buscar com oração e sú-
plicas, com jejum, e saco e cinza.”
Daniel 10.03
14
2. Coragem
“Todos os presidentes do reino, os
prefeitos e os sátrapas, os conselheiros e os
governadores, concordaram em que o rei
devia baixar um decreto e publicar o res-
pectivo interdito, que qualquer que, por
espaço de trinta dias, fizer uma petição a
qualquer deus, ou a qualquer homem, ex-
ceto a ti, ó rei, seja lançado na cova dos le-
ões.
Agora pois, ó rei, estabelece o inter-
dito, e assina o edital, para que não seja
mudado, conforme a lei dos medos e dos
persas, que não se pode revogar.
Em virtude disto o rei Dario assinou
o edital e o interdito.
Quando Daniel soube que o edital
estava assinado, entrou em sua casa, no
seu quarto em cima, onde estavam abertas
as janelas que davam para o lado de Jeru-
salém; e três vezes no dia se punha de joe-
lhos e orava, e dava graças diante do seu
Deus, como também antes costumava fa-
zer. “
Daniel 6. 7-10
15
3. Integridade
“Nisso os presidentes e os sátrapas
procuravam achar ocasião contra Daniel a
respeito do reino, mas não podiam achar
ocasião ou falta alguma; porque ele era fi-
el, e não se achava nele nenhum erro nem
falta.” Daniel 6.4
4. Devoção
“Quando Daniel soube que o edital
estava assinado, entrou em sua casa, no
seu quarto em cima, onde estavam abertas
as janelas que davam para o lado de Jeru-
salém; e três vezes no dia se punha de joe-
lhos e orava, e dava graças diante do seu
Deus, como também antes costumava fa-
zer”.
Daniel 6.10
5. Humildade
“Como, pois, pode o servo do meu
Senhor falar com o meu Senhor? pois,
quanto a mim, desde agora não resta força
em mim, nem fôlego ficou em mim.”
Daniel 10.17
16
6. Visão Espiritual
“No dia vinte e quatro do primeiro
mês, estava eu à borda do grande rio, o Ti-
gre;
Levantei os meus olhos, e olhei, e
eis um homem vestido de linho e os seus
lombos cingidos com ouro fino de Ufaz;
O seu corpo era como o berilo, e o
seu rosto como um relâmpago; os seus o-
lhos eram como tochas de fogo, e os seus
braços e os seus pés como o brilho de bron-
ze polido; e a voz das suas palavras como a
voz duma multidão.”
Daniel 10.5,6
E por conta destas qualidades
a Bíblia afirma:
“Ora, quanto a estes quatro jovens,
Deus lhes deu o conhecimento e a inteli-
gência em todas as letras e em toda a sa-
bedoria; e Daniel era entendido em todas
as visões e todos os sonhos.”
Daniel 1.17
Daniel era especial, e você e
eu também somos, pois fomos for-
17
mados à imagem e semelhança de
Deus.
Fomos feitos para andar com
Deus e usufruir de todas as bên-
çãos Dele para nós. Mas, infeliz-
mente, muitas vezes caminhamos
para um lado oposto ao de Deus.
O que precisamos é aprender
a tomar decisões, a fazer opções
que vão nos diferenciar e nos des-
tacar deste mundo para a glória de
Deus.
E mais! Devemos estar pron-
tos para sofrer perseguições e ten-
tações, pois, se formos firmes, pre-
valeceremos em Deus.
18
19
O que fazer?
Entendi que mesmo com toda
sabedoria que Daniel tinha e mais
aquilo que ele teve oportunidade de
aprender na Babilônia, precisou
tomar algumas decisões importan-
tes que fariam muita diferença em
sua vida, decisões que faziam parte
de seu caráter e da vontade que ele
tinha de ser diferente.
Nem sempre ser inteligente
implica em dizer que nossas deci-
sões serão corretas, principalmente
quando a situação ao nosso redor
não é confortável. Nem sempre é
fácil fazer o que é correto, na ver-
dade, é algo que demanda muito
esforço. Por isso é importante ver
que pessoas como Daniel, apesar
de todas as dificuldades, escolhe-
ram o melhor caminho.
20
Ele seguiu alguns passos e
nós também devemos seguir. São
eles:
Fidelidade ao senhor
Ninguém gosta de ser escravo
de outra pessoa. Acredito que nem
Daniel gostava. Ele era um jovem
estudado, bonito, capaz. Mesmo
assim, e justamente por isso ele foi
levado para a Babilônia.
E onde vemos a fidelidade de-
le para com Deus?
Você pode procurar em toda a
Bíblia, você pode ler em várias ver-
sões, mas você nunca vai ler que
Daniel reclamou, contestou ou
murmurou com Deus. Ele, sendo
servo do Senhor nunca questionou
sua escravidão. E mais! Ele não a-
bandonou, não virou as costas para
o senhor.
21
Quantas vezes nos vemos
tentados a duvidar dos planos e
promessas de Deus. Quantas vezes
nos vemos tentados a questioná-lo
e até mesmo a nos rebelarmos con-
tra Ele, porque o Senhor permitiu
que passássemos por alguma pro-
vação, permitiu que ficássemos “ca-
tivos” de uma determinada situa-
ção, ainda que temporária, seja ela
uma doença, uma dificuldade finan-
ceira, impedimentos no nosso mi-
nistério, ou ausências inesperadas
daqueles que amamos ou qualquer
outro tipo de aflição que nos são
comuns acontecer.
Hoje em dia ouvimos muitas
pregações dizendo que temos direi-
to a isso e aquilo. Que Deus tem
que nos conceder o que nós dese-
jamos. Que nós não podemos “acei-
tar” determinadas situações, como
se fossemos nós os senhores, e
Deus, o servo.
22
Dizem-nos que devemos rei-
vindicar nossos direitos e até mes-
mo, por incrível que pareça colocar
Deus “contra a parede”.
Quanta falta de temor temos
encontrado no meio do povo de
Deus!
Temos esquecido de que um
coração contrito e quebrantado a-
grada ao Senhor. E que com um
pouco de estudo da palavra, vería-
mos que a Bíblia nos diz que:
Neste mundo teremos prova-
ções;
“Tu, porém, sê sóbrio em tudo, sofre
as aflições, faze a obra de um evangelista,
cumpre o teu ministério”.
II Timóteo 4.5
“Tenho-vos dito estas coisas, para
que em mim tenhais paz. No mundo tereis
tribulações; mas tende bom ânimo, eu ven-
ci o mundo.”
João 16.33
23
Que não somos deste mundo,
portanto o nosso descanso não
é aqui;
“Se fôsseis do mundo, o mundo a-
maria o que era seu; mas, porque não sois
do mundo, antes eu vos escolhi do mundo,
por isso é que o mundo vos odeia.”
João 15.19 (grifo da autora)
Que algumas enfermidades nos
sobrevêm para que quando cu-
radas, se manifeste a Glória de
Deus;
“Jesus, porém, ao ouvir isto, disse:
Esta enfermidade não é para a morte, mas
para glória de Deus, para que o Filho de
Deus seja glorificado por ela.”
João 11.4
Que todas as coisas cooperam
para o bem daqueles que amam
a Deus;
24
“E sabemos que todas as coisas
concorrem para o bem daqueles que amam
a deus, daqueles que são chamados segun-
do o seu propósito.”
Romanos 8.28
E principalmente que devemos
saber dar graças ao Senhor em
todos os momentos.
“Sempre dando graças por tudo a
deus, o pai, em nome de nosso senhor jesus
cristo,”
Efésios 5.20
Daniel não pensou errado, ele
não questionou nem se rebelou
contra Deus. Ele se manteve fiel ao
Senhor servindo-o com intensidade.
Seja qual for a situação pelo
qual estejamos passando, acreditar
que o Senhor nos vê e cuida de nós
deve ser a nossa conduta. Tudo o
que nos acontece é permitido por
Deus, e há uma razão e um propó-
sito. Nossas palavras e ações de-
25
vem glorificar a Deus da mesma
forma que fez Daniel.
Rejeição ao que vem do mundo
Daniel optou por não se con-
taminar com o manjar do rei.
“Daniel, porém, propôs no seu cora-
ção não se contaminar com a porção das
iguarias do rei, nem com o vinho que ele
bebia; portanto pediu ao chefe dos eunu-
cos que lhe concedesse não se contaminar.
Ora, Deus fez com que Daniel achasse gra-
ça e misericórdia diante do chefe dos eunu-
cos.”
“Experimenta, peço-te, os teus ser-
vos dez dias; e que se nos dêem legumes a
comer e água a beber.”
Daniel 1.8,9, 12
Às vezes somos tentados a
concordar ou aceitar situações que
desagradam ao Senhor. Pensamos
que não há outro jeito e aí nos con-
26
taminamos com o pecado, e nos
tornamos sujos e indignos do Se-
nhor.
Daniel poderia ter pensado
assim quando esteve na Babilônia.
Seria muito fácil para ele fa-
zer as mesmas coisas que aquele
povo fazia, já que ele era escravo
do rei. Mas ele optou por resistir,
por não se igualar. Havia um risco
muito grande em rejeitar o manjar
do rei e ainda assim, ele o fez, co-
locando sua confiança em Deus e
Deus o exaltou por isso.
Nós que servimos ao Senhor
precisamos entender que se optar-
mos pela obediência ao Senhor, por
uma vida de santidade e pelo afas-
tamento do pecado, Deus nos exal-
tará.
Não adianta nos desculpar-
mos dizendo que se nós não men-
tirmos no trabalho, o patrão manda
embora, ou se todo mundo faz en-
27
tão também fazemos, para não
sermos excluídos do grupo.
Nós não podemos nos moldar
aos padrões deste mundo. Não po-
demos ficar como o mundo é para
não sermos rejeitados.
“E não vos conformeis com este
mundo, mas transformai-vos pela renova-
ção do vosso entendimento, para que expe-
rimenteis a boa, agradável e perfeita von-
tade de Deus.”
Romanos 12. 2
Crer que Deus vai nos ajudar
é o primeiro passo para obedecê-lo.
E obedecê-lo é o primeiro passo
para agradá-lo.
Se nós conhecemos a grande-
za e o poder do Deus de Israel não
tememos o mal. Se confiamos no
poder de Deus, seguimos firmes.
A Bíblia fala que obedecer é
melhor do que depois fazer sacrifí-
cios, ou seja, obedecer é melhor do
28
que depois sofrer as conseqüências
e ter de lidar com a dor do arre-
pendimento e da culpa.
“Samuel, porém, disse: tem, porven-
tura, o senhor tanto prazer em holocaustos
e sacrifícios, como em que se obedeça à
voz do senhor? Eis que o obedecer é melhor
do que o sacrificar, e o atender, do que a
gordura de carneiros.”
I Samuel 15.22
Não alcançaremos o favor de
Deus enquanto não optarmos por uma
vida reta, santa e longe do pecado.
Longe dos manjares deste mundo. Das
suas facilidades, da sua carnalidade.
Não importa em que circunstâncias nós
vivemos, o que importa é cumprir os
mandamentos do Senhor, e viver a vida
que Ele preparou para nós.
“Portanto santificai-vos, e sede san-
tos, pois eu sou o senhor vosso Deus.”
Levítico 20.7
29
“Mas, como é santo aquele que vos
chamou, sede vós também santos em todo
o vosso procedimento;”
I Pedro 1.15
Oração
“Alegrai-vos na esperança, sede pa-
cientes na tribulação, perseverai na ora-
ção;”
Romanos 12.12
Daniel não se pronunciava
sem antes buscar a Deus. Daniel
não interpretava sonhos, nem usa-
va palavras de sabedoria por si só.
Ele sempre orava ao Senhor. Ele
tinha comunhão, intimidade com
Deus.
Ele adquiriu tal fama por sua
fé e intercessão como profeta de
Deus, que Ezequiel o compara na
Palavra de Deus, com Noé e Jó, a-
presentando os três, como os maio-
30
res intercessores de todos os tem-
pos.
“Filho do homem, quando uma terra
pecar contra mim, agindo traiçoeiramente,
então estenderei a minha mão contra ela, e
lhe quebrarei o báculo do pão, e enviarei
contra ela a fome, e dela exterminarei ho-
mens e animais;
ainda que estivessem no meio dela
estes três homens, Noé, Daniel e Jó, eles
pela sua justiça, livrariam apenas a sua
própria vida, diz o Senhor Deus.
Se eu fizer passar pela terra bestas
feras, e estas a assolarem, de modo que ela
fique desolada, sem que ninguém possa
passar por ela por causa das feras;
ainda que esses três homens esti-
vessem no meio dela, vivo eu, diz o Senhor
Deus, que nem a filhos nem a filhas livrari-
am; eles só ficariam livres; a terra, porém,
seria assolada.
Ou, se eu trouxer a espada sobre
aquela terra, e disser: Espada, passa pela
terra; de modo que eu extermine dela ho-
mens e animais;
ainda que aqueles três homens esti-
vessem nela, vivo eu, diz o Senhor Deus, e-
31
les não livrariam nem filhos nem filhas,
mas eles só ficariam livres.
Ou, se eu enviar a peste sobre aque-
la terra, e derramar o meu furor sobre ela
com sangue, para exterminar dela homens
e animais;
ainda que Noé, Daniel e Jó estives-
sem no meio dela, vivo eu, diz o Senhor
Deus, eles não livrariam nem filho nem fi-
lha, tão somente livrariam as suas próprias
vidas pela sua justiça.”
Ezequiel 14. 13-20
Esses versículos mostram
como Daniel honrou ao Senhor com
sua vida e atitudes. Muitos outros
homens de Deus foram honrados,
mas não como Noé, Jó e Daniel que
foram até usados como exemplo
naquela situação.
Até quando as circunstâncias
eram difíceis e parecia impossível
buscar a Deus, Daniel não recuou.
Pois o rei havia baixado um decreto
dizendo que “qualquer que, por espaço de
trinta dias, fizer uma petição a qualquer deus, ou
32
a qualquer homem, exceto a ti, ó rei, seja lança-
do na cova dos leões.”( Daniel 6.7)
Mas esse decreto não o ame-
drontou. No momento de persegui-
ção, ele buscou a face de Deus, ele
continuou buscando a Deus em o-
ração. E sem se esconder!
“Quando Daniel soube que o edital
estava assinado, entrou em sua casa, no
seu quarto em cima, onde estavam abertas
as janelas que davam para o lado de Jeru-
salém; e três vezes no dia se punha de joe-
lhos e orava, e dava graças diante do seu
Deus, como também antes costumava fa-
zer.
Então aqueles homens foram juntos,
e acharam a Daniel orando e suplicando
diante do seu Deus.”
Daniel 6. 10,11
Daniel sofreu ameaças, foi
perseguido e até jogado na cova
dos leões porque continuou orando
e reverenciando somente ao Senhor
Deus.
33
Além de sua atitude provar
mais uma vez sua fidelidade, tam-
bém mostrou sua devoção a Deus.
Ele não se curvou a nenhum outro
Deus, nem adorou a nenhum outro.
E algo importante que a bíblia
faz questão de falar é que em suas
orações ele sempre dava graças a
Deus. Ele glorificava a Deus.
Mas justamente porque ele
vivia na presença de Deus e coloca-
va n’Ele toda a sua confiança, ele
saiu vivo da cova dos leões, porque
o Senhor era com ele.
“Então o rei se levantou ao romper
do dia, e foi com pressa à cova dos leões.
E, chegando-se à cova, chamou por
Daniel com voz triste; e disse o rei a Daniel:
Ó Daniel, servo do Deus vivo, dar-se-ia o
caso que o teu Deus, a quem tu continua-
mente serves, tenha podido livrar-te dos
leões?
Então Daniel falou ao rei: Ó rei, vive
para sempre.
34
O meu Deus enviou o seu anjo, e fe-
chou a boca dos leões, e eles não me fize-
ram mal algum; porque foi achada em mim
inocência diante dele; e também diante de
ti, ó rei, não tenho cometido delito algum.”
Daniel 6.19-22
Nós não podemos nos ame-
drontar por qualquer afronta que
venha contra nós. Nada pode nos
impedir de buscar ao Senhor. Não
podemos permitir que NADA tire
nosso tempo de oração e comunhão
com Deus.
Saiba que se nós vivermos
dia após dia na presença de Deus,
nós poderemos até ser jogados na
cova dos leões, poderemos até ser
perseguidos, maltratados, humilha-
dos, mas o Senhor será conosco
para nos livrar! Não devemos recu-
ar na nossa vida de oração. É oran-
do que nos aproximamos de Deus,
é orando que nos fortalecemos em
Deus. É orando que conseguimos
35
vencer as dificuldades das batalhas.
Oremos como Daniel.
Busca pela sabedoria
O jovem Daniel era uma pes-
soa com inteligência, sábia, que te-
ve oportunidade de aprender mui-
tas coisas. E nós precisamos enten-
der que Deus dá sabedoria a todo
aquele que deseja ser sábio.
Nós adquirimos o conheci-
mento a partir do momento que o
buscamos.
“Ora, se algum de vós tem falta de
sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá
liberalmente e não censura, e ser-lhe-á da-
da.”
Tiago 1.5
“Mas a sabedoria que vem do alto
é, primeiramente, pura, depois pacífica,
moderada, tratável, cheia de misericórdia e
36
de bons frutos, sem parcialidade, e sem hi-
pocrisia.”
Tiago 3.17
Devemos nos instruir tanto na
sabedoria secular, quanto na sabe-
doria que vem de Deus. Aprender
as questões atuais do dia-a-dia, do
mundo em que vivemos e também
conhecer sempre mais e mais de
Deus, do Seu reino, da Sua palavra.
Precisamos aproveitar todas
as oportunidades de aprendizado e
conhecimento, para que possamos
estar preparados para agir em
qualquer situação.
Não é correto achar que por-
que Deus nos usa e nos chama da
maneira como nós estamos, nós
devemos permanecer assim. Se
quisermos honrar ao senhor, de-
vemos dar o melhor para Ele.
E o melhor também consiste
em transformar, mudar, melhorar
37
aquilo somos, temos e podemos
fazer.
De graça recebestes de graça dai
Daniel exercia seus dons espi-
rituais sem requerer nada em troca,
nem favores.
Quando o rei Beltsazar viu a
mão misteriosa e chamou Daniel
para interpretar aquilo, ele ofereceu
muita coisa a Daniel, muitos bene-
fícios.
Sabe o Daniel respondeu a
ele?
“...os teus dons fiquem contigo, e
dá os teus presentes a outro; todavia lerei
ao rei a escritura, e lhe farei saber a inter-
pretação.”
Daniel 5.17
Hoje, nós vemos tantos pro-
fetas comprados, tantas pessoas
38
que usam seus dons em mérito e
favor próprio.
Hoje, pregadores cobram “o-
fertas” específicas de valores ab-
surdos para pregar, cantores co-
bram cachês altíssimos para cantar,
não se diferenciando em nada de
um “artista”.
O que vemos hoje em dia são
poucos servos de Deus e muitos
artistas cristãos.
Nada contra o recebimento de
salário para se manter, pois a bíblia
diz que o obreiro é digno de seu
salário, mas o exagero e a ganância
devem ser combatidos, sempre!
Devemos crer que o nosso sustento
vem de Deus.
O Reino de Deus, o poder de
Deus não pode se transformar em
um negócio!
Daniel fazia aquilo que Jesus
nos orienta a fazer em Mateus 10.8:
“de graça recebestes, de graça dai.”
39
Daniel sempre esteve pronto
a fazer o que era necessário para
glorificar a Deus. Toda sabedoria e
capacitação que Deus dera a Dani-
el, todo dom espiritual era usado
por ele sem interesse pessoal. E
Deus que é justo, sempre recom-
pensou Daniel por sua conduta para
com seus dons.
“Então o rei engrandeceu a Daniel, e
lhe deu muitas e grandes dádivas, e o pôs
por governador sobre toda a província de
Babilônia, como também o fez chefe prin-
cipal de todos os sábios de Babilônia.”
Daniel 2.48
“Então Belsazar deu ordem, e vesti-
ram a Daniel de púrpura, puseram-lhe uma
cadeia de ouro ao pescoço, e proclamaram
a respeito dele que seria o terceiro em au-
toridade no reino.”
Daniel 5.29
“Este Daniel, pois, prosperou no rei-
nado de Dario, e no reinado de Ciro, o per-
sa.” Daniel 6.28
40
É importante tomarmos cons-
ciência de que tudo o que conhe-
cemos e sabemos fazer, todos os
nossos dons, sejam eles ministeri-
ais ou espirituais, todas as nossas
habilidades vêem de Deus e nos
são dadas para serem usados para
a glória Dele.
Devemos para e pensar tam-
bém no fato de que muitas vezes
fazemos a obra de Deus como se
fosse um favor para Ele e não uma
honra para nós.
“Tudo quanto te vier à mão para fa-
zer, faze-o conforme as tuas forças, porque
na sepultura, para onde tu vais, não há o-
bra, nem indústria, nem ciência, nem sabe-
doria alguma.”
Eclesiastes 9.10
Quando o Pai nos capacita pa-
ra fazer algo, devemos fazer com
todas as nossas forças, sabendo
que o mérito nunca foi nem será
41
nosso. Porque é o poder de Deus,
através do seu Espírito Santo que
opera em nós.
“Ora, àquele que é poderoso para
fazer tudo muito mais abundantemente a-
lém daquilo que pedimos ou pensamos, se-
gundo o poder que em nós opera, a esse
glória na igreja, por Jesus Cristo, em todas
as gerações, para todo o sempre. Amém!”
Efésios 3. 20,21
Se assim o fizermos Deus nos
recompensará.
Não é a riqueza deste mundo,
não é a honra, nem a glória deste
mundo que devemos almejar, mas
sim aquela preparada por Deus.
Certamente, se formos hu-
mildes e conduzirmos nossa vida de
modo a fazer a obra de Deus sem
querer usufruir de nada além do
que o Senhor nos permitir, Ele nos
dará muito mais e nos fará ir muito
mais além.
42
Daniel era assim e por causa
disso ele crescia cada vez na pre-
sença de Deus. E Deus o usava ca-
da vez mais.
Ele, como João, teve o privi-
légio de ver coisas que virão no fim
dos tempos.
Revelações dadas a ele, tão
profundas, tão tremendas...
Mas o fundamental de tudo
isso, é que Daniel não era melhor
do que eu ou você. Daniel era hu-
mano, sujeito às paixões da carne e
ao pecado como nós somos.
43
Conclusão
Talvez você ache impossível
ser como Daniel. Talvez você se
ache incapaz de ser melhor do que
você é hoje.
Talvez para você, ter uma vi-
da de santidade e intimidade com
Deus esteja fora do seu alcance.
Ver seu ministério crescer nas mãos
do Senhor seja algo muito difícil.
Mas, vou te dar uma boa no-
tícia!
Ser cheio de sabedoria huma-
na e ser cheio da sabedoria celesti-
al, ser usado sobremaneira por
Deus, ser cheio do Espírito Santo,
receber dons de Deus é algo para
você e para mim, com foi para Da-
niel.
Mas nós precisamos fazer op-
ções como Daniel fez.
Talvez essas opções nos cau-
sem algumas tribulações, dores,
44
cansaço, nos leve a fazer renúncias,
mas permanecendo firmes veremos
o impossível acontecer nas nossas
vidas.
Que eu e você possamos fa-
zer parte de um grupo de cristãos
que fazem a opção de não se con-
taminar nem se sujeitar a forma
deste mundo.
Pai,
Peço-te que se levante sobre
esta terra uma geração de pesso-
as, como foi Daniel, que buscam a
Deus em oração, que são fiéis, que
servem sem exigir serem servidos
em troca, e que optam por se afas-
tar do pecado e das facilidades do
mundo.
E que eu possa fazer parte
dessa geração.
Em nome de Jesus,
Amém!
45
Ao Senhor Jesus, aquele que
era que é e que há de ser, seja da-
da toda glória, toda honra e todo
louvor, pelos séculos dos séculos.
46
47
48
Neste pequeno livro, veremos um pou-
co da vida do profeta Daniel.
Um homem comum, que fez a opção
de servir ao Senhor e obedecê-lo em
todas as circunstâncias.
Que você seja abençoado na leitura
deste livro!
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Posso ser como daniel

  • 1.
  • 2. 2
  • 3. 3 Aprendendo com Daniel como ser fiel a Deus. Por Elaine Mesquita Alves
  • 4. 4
  • 5. 5 Ao Senhor Jesus, toda a glória, to- da a honra e todo o louvor. Ao Fabio, Sarah e Daniel, A minha admiração e amor.
  • 6. 6
  • 7. 7 Apresentação Que darei eu ao senhor por todos os benefícios que me tem fei- to? Sou grata ao Senhor por tudo que Ele me tem proporcionado até hoje, e sei que muito mais está por vir. Este livreto faz parte de um sonho e um propósito que o Pai me proporcionou sonhar e viver. Pre- tendo aqui falar de maneira simples aquilo que Deus colocou no meu coração. De algum modo espero ser um instrumento de Deus para po- der ajudar a você a conhecer um pouco de alguém tão importante como o profeta Daniel, que viveu sua vida de maneira muito simples, mas cheia do poder de Deus. Elaine
  • 8. 8
  • 9. 9 Introdução DANIEL foi, em sua época, e é ainda hoje uma pessoa muito im- portante para a história do povo de Deus. Ele é retratado como uma das principais pessoas da Bíblia. Se pararmos para analisar, veremos que Daniel tinha sabedori- a, capacitação, fé, vida espiritual e vigor, entre outras coisas. Mas, será que eu posso ser como Daniel? É claro que sim! Daniel era desse jeito porque Deus o capacitou para ser assim. Ele não nasceu as- sim, mas fez opções que o torna- ram assim. Podemos ser tão sábios e fiéis como Daniel se tão somente deci- dirmos por seguir os mandamentos do Senhor.
  • 10. 10 “Porque Deus é o que OPERA em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade.” Filipenses 2.13 Eu posso ser como Daniel, mas eu preciso percorrer o mesmo caminho de obediência e entrega que Daniel percorreu. Vamos conhecer um pouco da vida deste valoroso servo de Deus, sua forma de agir, falar, sua intimi- dade com Deus e procurar seguir os exemplos deixados por ele. Jamais seremos iguais a nin- guém, mas podemos seguir os bons exemplos deixados pelos servos do Senhor. Não é a toa que eles estão na Bíblia.
  • 11. 11 Quem era Daniel? Não se sabe muito a respeito da família de Daniel, mas acredita- se pela Bíblia, que ele era de linha- gem nobre, pois o rei mandou levar os da linhagem real e os nobres pa- ra servirem no palácio. Segundo estudiosos da Bíblia, Daniel era ainda muito jovem, tinha menos de 18 anos, quando ele e seus três amigos foram levados ca- tivos à Babilônia pelo rei Nabuco- donosor. Lá, por serem qualificados pa- ra isso, foram instruídos na língua e nas ciências babilônicas, unindo es- sa instrução ao conhecimento que já tinham. “No ano terceiro do reinado de Jeoi- aquim, rei de Judá, veio Nabucodonosor, rei de Babilônia, a Jerusalém, e a sitiou. E o Senhor lhe entregou nas mãos a Jeoiaquim, rei de Judá, e uma parte dos va-
  • 12. 12 sos da casa de Deus; e ele os levou para a terra de Sinar, para a casa do seu deus; e os pôs na casa do tesouro do seu deus. Então disse o rei a Aspenaz, chefe dos seus eunucos que trouxesse alguns dos filhos de Israel, dentre a linhagem real e dos nobres, jovens em quem não houvesse de- feito algum, de bela aparência, dotados de sabedoria, inteligência e instrução, e que tivessem capacidade para assistirem no pa- lácio do rei; e que lhes ensinasse as letras e a língua dos caldeus.” Daniel 1. 1-4 Mesmo sendo levado para uma terra estrangeira, sendo obri- gado a servir a um rei que não era o seu, vivendo no meio de um povo pagão que não reverenciava ao seu Deus, ele ainda assim se manteve fiel ao Senhor, e cumpriu todo seu trabalho de maneira correta e dig- na. Aquele jovem andou com Deus e tornou-se um dos maiores profetas de todos os tempos. Tor-
  • 13. 13 nou-se uma pessoa de autoridade, ocupando essa posição por mais de setenta anos. Daniel tinha características morais essenciais àquele que serve ao Senhor, que o fizeram ser reve- renciado no meio daquele povo e exaltaram o nome do Senhor Deus de Israel. Quais são essas caracte- rísticas? Vejamos agora: 1. Domínio próprio “Daniel, porém, propôs no seu cora- ção não se contaminar com a porção das iguarias do rei, nem com o vinho que ele bebia; portanto pediu ao chefe dos eunu- cos que lhe concedesse não se contami- nar.” Daniel 1.8 “Eu, pois, dirigi o meu rosto ao Se- nhor Deus, para o buscar com oração e sú- plicas, com jejum, e saco e cinza.” Daniel 10.03
  • 14. 14 2. Coragem “Todos os presidentes do reino, os prefeitos e os sátrapas, os conselheiros e os governadores, concordaram em que o rei devia baixar um decreto e publicar o res- pectivo interdito, que qualquer que, por espaço de trinta dias, fizer uma petição a qualquer deus, ou a qualquer homem, ex- ceto a ti, ó rei, seja lançado na cova dos le- ões. Agora pois, ó rei, estabelece o inter- dito, e assina o edital, para que não seja mudado, conforme a lei dos medos e dos persas, que não se pode revogar. Em virtude disto o rei Dario assinou o edital e o interdito. Quando Daniel soube que o edital estava assinado, entrou em sua casa, no seu quarto em cima, onde estavam abertas as janelas que davam para o lado de Jeru- salém; e três vezes no dia se punha de joe- lhos e orava, e dava graças diante do seu Deus, como também antes costumava fa- zer. “ Daniel 6. 7-10
  • 15. 15 3. Integridade “Nisso os presidentes e os sátrapas procuravam achar ocasião contra Daniel a respeito do reino, mas não podiam achar ocasião ou falta alguma; porque ele era fi- el, e não se achava nele nenhum erro nem falta.” Daniel 6.4 4. Devoção “Quando Daniel soube que o edital estava assinado, entrou em sua casa, no seu quarto em cima, onde estavam abertas as janelas que davam para o lado de Jeru- salém; e três vezes no dia se punha de joe- lhos e orava, e dava graças diante do seu Deus, como também antes costumava fa- zer”. Daniel 6.10 5. Humildade “Como, pois, pode o servo do meu Senhor falar com o meu Senhor? pois, quanto a mim, desde agora não resta força em mim, nem fôlego ficou em mim.” Daniel 10.17
  • 16. 16 6. Visão Espiritual “No dia vinte e quatro do primeiro mês, estava eu à borda do grande rio, o Ti- gre; Levantei os meus olhos, e olhei, e eis um homem vestido de linho e os seus lombos cingidos com ouro fino de Ufaz; O seu corpo era como o berilo, e o seu rosto como um relâmpago; os seus o- lhos eram como tochas de fogo, e os seus braços e os seus pés como o brilho de bron- ze polido; e a voz das suas palavras como a voz duma multidão.” Daniel 10.5,6 E por conta destas qualidades a Bíblia afirma: “Ora, quanto a estes quatro jovens, Deus lhes deu o conhecimento e a inteli- gência em todas as letras e em toda a sa- bedoria; e Daniel era entendido em todas as visões e todos os sonhos.” Daniel 1.17 Daniel era especial, e você e eu também somos, pois fomos for-
  • 17. 17 mados à imagem e semelhança de Deus. Fomos feitos para andar com Deus e usufruir de todas as bên- çãos Dele para nós. Mas, infeliz- mente, muitas vezes caminhamos para um lado oposto ao de Deus. O que precisamos é aprender a tomar decisões, a fazer opções que vão nos diferenciar e nos des- tacar deste mundo para a glória de Deus. E mais! Devemos estar pron- tos para sofrer perseguições e ten- tações, pois, se formos firmes, pre- valeceremos em Deus.
  • 18. 18
  • 19. 19 O que fazer? Entendi que mesmo com toda sabedoria que Daniel tinha e mais aquilo que ele teve oportunidade de aprender na Babilônia, precisou tomar algumas decisões importan- tes que fariam muita diferença em sua vida, decisões que faziam parte de seu caráter e da vontade que ele tinha de ser diferente. Nem sempre ser inteligente implica em dizer que nossas deci- sões serão corretas, principalmente quando a situação ao nosso redor não é confortável. Nem sempre é fácil fazer o que é correto, na ver- dade, é algo que demanda muito esforço. Por isso é importante ver que pessoas como Daniel, apesar de todas as dificuldades, escolhe- ram o melhor caminho.
  • 20. 20 Ele seguiu alguns passos e nós também devemos seguir. São eles: Fidelidade ao senhor Ninguém gosta de ser escravo de outra pessoa. Acredito que nem Daniel gostava. Ele era um jovem estudado, bonito, capaz. Mesmo assim, e justamente por isso ele foi levado para a Babilônia. E onde vemos a fidelidade de- le para com Deus? Você pode procurar em toda a Bíblia, você pode ler em várias ver- sões, mas você nunca vai ler que Daniel reclamou, contestou ou murmurou com Deus. Ele, sendo servo do Senhor nunca questionou sua escravidão. E mais! Ele não a- bandonou, não virou as costas para o senhor.
  • 21. 21 Quantas vezes nos vemos tentados a duvidar dos planos e promessas de Deus. Quantas vezes nos vemos tentados a questioná-lo e até mesmo a nos rebelarmos con- tra Ele, porque o Senhor permitiu que passássemos por alguma pro- vação, permitiu que ficássemos “ca- tivos” de uma determinada situa- ção, ainda que temporária, seja ela uma doença, uma dificuldade finan- ceira, impedimentos no nosso mi- nistério, ou ausências inesperadas daqueles que amamos ou qualquer outro tipo de aflição que nos são comuns acontecer. Hoje em dia ouvimos muitas pregações dizendo que temos direi- to a isso e aquilo. Que Deus tem que nos conceder o que nós dese- jamos. Que nós não podemos “acei- tar” determinadas situações, como se fossemos nós os senhores, e Deus, o servo.
  • 22. 22 Dizem-nos que devemos rei- vindicar nossos direitos e até mes- mo, por incrível que pareça colocar Deus “contra a parede”. Quanta falta de temor temos encontrado no meio do povo de Deus! Temos esquecido de que um coração contrito e quebrantado a- grada ao Senhor. E que com um pouco de estudo da palavra, vería- mos que a Bíblia nos diz que: Neste mundo teremos prova- ções; “Tu, porém, sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de um evangelista, cumpre o teu ministério”. II Timóteo 4.5 “Tenho-vos dito estas coisas, para que em mim tenhais paz. No mundo tereis tribulações; mas tende bom ânimo, eu ven- ci o mundo.” João 16.33
  • 23. 23 Que não somos deste mundo, portanto o nosso descanso não é aqui; “Se fôsseis do mundo, o mundo a- maria o que era seu; mas, porque não sois do mundo, antes eu vos escolhi do mundo, por isso é que o mundo vos odeia.” João 15.19 (grifo da autora) Que algumas enfermidades nos sobrevêm para que quando cu- radas, se manifeste a Glória de Deus; “Jesus, porém, ao ouvir isto, disse: Esta enfermidade não é para a morte, mas para glória de Deus, para que o Filho de Deus seja glorificado por ela.” João 11.4 Que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus;
  • 24. 24 “E sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a deus, daqueles que são chamados segun- do o seu propósito.” Romanos 8.28 E principalmente que devemos saber dar graças ao Senhor em todos os momentos. “Sempre dando graças por tudo a deus, o pai, em nome de nosso senhor jesus cristo,” Efésios 5.20 Daniel não pensou errado, ele não questionou nem se rebelou contra Deus. Ele se manteve fiel ao Senhor servindo-o com intensidade. Seja qual for a situação pelo qual estejamos passando, acreditar que o Senhor nos vê e cuida de nós deve ser a nossa conduta. Tudo o que nos acontece é permitido por Deus, e há uma razão e um propó- sito. Nossas palavras e ações de-
  • 25. 25 vem glorificar a Deus da mesma forma que fez Daniel. Rejeição ao que vem do mundo Daniel optou por não se con- taminar com o manjar do rei. “Daniel, porém, propôs no seu cora- ção não se contaminar com a porção das iguarias do rei, nem com o vinho que ele bebia; portanto pediu ao chefe dos eunu- cos que lhe concedesse não se contaminar. Ora, Deus fez com que Daniel achasse gra- ça e misericórdia diante do chefe dos eunu- cos.” “Experimenta, peço-te, os teus ser- vos dez dias; e que se nos dêem legumes a comer e água a beber.” Daniel 1.8,9, 12 Às vezes somos tentados a concordar ou aceitar situações que desagradam ao Senhor. Pensamos que não há outro jeito e aí nos con-
  • 26. 26 taminamos com o pecado, e nos tornamos sujos e indignos do Se- nhor. Daniel poderia ter pensado assim quando esteve na Babilônia. Seria muito fácil para ele fa- zer as mesmas coisas que aquele povo fazia, já que ele era escravo do rei. Mas ele optou por resistir, por não se igualar. Havia um risco muito grande em rejeitar o manjar do rei e ainda assim, ele o fez, co- locando sua confiança em Deus e Deus o exaltou por isso. Nós que servimos ao Senhor precisamos entender que se optar- mos pela obediência ao Senhor, por uma vida de santidade e pelo afas- tamento do pecado, Deus nos exal- tará. Não adianta nos desculpar- mos dizendo que se nós não men- tirmos no trabalho, o patrão manda embora, ou se todo mundo faz en-
  • 27. 27 tão também fazemos, para não sermos excluídos do grupo. Nós não podemos nos moldar aos padrões deste mundo. Não po- demos ficar como o mundo é para não sermos rejeitados. “E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renova- ção do vosso entendimento, para que expe- rimenteis a boa, agradável e perfeita von- tade de Deus.” Romanos 12. 2 Crer que Deus vai nos ajudar é o primeiro passo para obedecê-lo. E obedecê-lo é o primeiro passo para agradá-lo. Se nós conhecemos a grande- za e o poder do Deus de Israel não tememos o mal. Se confiamos no poder de Deus, seguimos firmes. A Bíblia fala que obedecer é melhor do que depois fazer sacrifí- cios, ou seja, obedecer é melhor do
  • 28. 28 que depois sofrer as conseqüências e ter de lidar com a dor do arre- pendimento e da culpa. “Samuel, porém, disse: tem, porven- tura, o senhor tanto prazer em holocaustos e sacrifícios, como em que se obedeça à voz do senhor? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar, e o atender, do que a gordura de carneiros.” I Samuel 15.22 Não alcançaremos o favor de Deus enquanto não optarmos por uma vida reta, santa e longe do pecado. Longe dos manjares deste mundo. Das suas facilidades, da sua carnalidade. Não importa em que circunstâncias nós vivemos, o que importa é cumprir os mandamentos do Senhor, e viver a vida que Ele preparou para nós. “Portanto santificai-vos, e sede san- tos, pois eu sou o senhor vosso Deus.” Levítico 20.7
  • 29. 29 “Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em todo o vosso procedimento;” I Pedro 1.15 Oração “Alegrai-vos na esperança, sede pa- cientes na tribulação, perseverai na ora- ção;” Romanos 12.12 Daniel não se pronunciava sem antes buscar a Deus. Daniel não interpretava sonhos, nem usa- va palavras de sabedoria por si só. Ele sempre orava ao Senhor. Ele tinha comunhão, intimidade com Deus. Ele adquiriu tal fama por sua fé e intercessão como profeta de Deus, que Ezequiel o compara na Palavra de Deus, com Noé e Jó, a- presentando os três, como os maio-
  • 30. 30 res intercessores de todos os tem- pos. “Filho do homem, quando uma terra pecar contra mim, agindo traiçoeiramente, então estenderei a minha mão contra ela, e lhe quebrarei o báculo do pão, e enviarei contra ela a fome, e dela exterminarei ho- mens e animais; ainda que estivessem no meio dela estes três homens, Noé, Daniel e Jó, eles pela sua justiça, livrariam apenas a sua própria vida, diz o Senhor Deus. Se eu fizer passar pela terra bestas feras, e estas a assolarem, de modo que ela fique desolada, sem que ninguém possa passar por ela por causa das feras; ainda que esses três homens esti- vessem no meio dela, vivo eu, diz o Senhor Deus, que nem a filhos nem a filhas livrari- am; eles só ficariam livres; a terra, porém, seria assolada. Ou, se eu trouxer a espada sobre aquela terra, e disser: Espada, passa pela terra; de modo que eu extermine dela ho- mens e animais; ainda que aqueles três homens esti- vessem nela, vivo eu, diz o Senhor Deus, e-
  • 31. 31 les não livrariam nem filhos nem filhas, mas eles só ficariam livres. Ou, se eu enviar a peste sobre aque- la terra, e derramar o meu furor sobre ela com sangue, para exterminar dela homens e animais; ainda que Noé, Daniel e Jó estives- sem no meio dela, vivo eu, diz o Senhor Deus, eles não livrariam nem filho nem fi- lha, tão somente livrariam as suas próprias vidas pela sua justiça.” Ezequiel 14. 13-20 Esses versículos mostram como Daniel honrou ao Senhor com sua vida e atitudes. Muitos outros homens de Deus foram honrados, mas não como Noé, Jó e Daniel que foram até usados como exemplo naquela situação. Até quando as circunstâncias eram difíceis e parecia impossível buscar a Deus, Daniel não recuou. Pois o rei havia baixado um decreto dizendo que “qualquer que, por espaço de trinta dias, fizer uma petição a qualquer deus, ou
  • 32. 32 a qualquer homem, exceto a ti, ó rei, seja lança- do na cova dos leões.”( Daniel 6.7) Mas esse decreto não o ame- drontou. No momento de persegui- ção, ele buscou a face de Deus, ele continuou buscando a Deus em o- ração. E sem se esconder! “Quando Daniel soube que o edital estava assinado, entrou em sua casa, no seu quarto em cima, onde estavam abertas as janelas que davam para o lado de Jeru- salém; e três vezes no dia se punha de joe- lhos e orava, e dava graças diante do seu Deus, como também antes costumava fa- zer. Então aqueles homens foram juntos, e acharam a Daniel orando e suplicando diante do seu Deus.” Daniel 6. 10,11 Daniel sofreu ameaças, foi perseguido e até jogado na cova dos leões porque continuou orando e reverenciando somente ao Senhor Deus.
  • 33. 33 Além de sua atitude provar mais uma vez sua fidelidade, tam- bém mostrou sua devoção a Deus. Ele não se curvou a nenhum outro Deus, nem adorou a nenhum outro. E algo importante que a bíblia faz questão de falar é que em suas orações ele sempre dava graças a Deus. Ele glorificava a Deus. Mas justamente porque ele vivia na presença de Deus e coloca- va n’Ele toda a sua confiança, ele saiu vivo da cova dos leões, porque o Senhor era com ele. “Então o rei se levantou ao romper do dia, e foi com pressa à cova dos leões. E, chegando-se à cova, chamou por Daniel com voz triste; e disse o rei a Daniel: Ó Daniel, servo do Deus vivo, dar-se-ia o caso que o teu Deus, a quem tu continua- mente serves, tenha podido livrar-te dos leões? Então Daniel falou ao rei: Ó rei, vive para sempre.
  • 34. 34 O meu Deus enviou o seu anjo, e fe- chou a boca dos leões, e eles não me fize- ram mal algum; porque foi achada em mim inocência diante dele; e também diante de ti, ó rei, não tenho cometido delito algum.” Daniel 6.19-22 Nós não podemos nos ame- drontar por qualquer afronta que venha contra nós. Nada pode nos impedir de buscar ao Senhor. Não podemos permitir que NADA tire nosso tempo de oração e comunhão com Deus. Saiba que se nós vivermos dia após dia na presença de Deus, nós poderemos até ser jogados na cova dos leões, poderemos até ser perseguidos, maltratados, humilha- dos, mas o Senhor será conosco para nos livrar! Não devemos recu- ar na nossa vida de oração. É oran- do que nos aproximamos de Deus, é orando que nos fortalecemos em Deus. É orando que conseguimos
  • 35. 35 vencer as dificuldades das batalhas. Oremos como Daniel. Busca pela sabedoria O jovem Daniel era uma pes- soa com inteligência, sábia, que te- ve oportunidade de aprender mui- tas coisas. E nós precisamos enten- der que Deus dá sabedoria a todo aquele que deseja ser sábio. Nós adquirimos o conheci- mento a partir do momento que o buscamos. “Ora, se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e não censura, e ser-lhe-á da- da.” Tiago 1.5 “Mas a sabedoria que vem do alto é, primeiramente, pura, depois pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e
  • 36. 36 de bons frutos, sem parcialidade, e sem hi- pocrisia.” Tiago 3.17 Devemos nos instruir tanto na sabedoria secular, quanto na sabe- doria que vem de Deus. Aprender as questões atuais do dia-a-dia, do mundo em que vivemos e também conhecer sempre mais e mais de Deus, do Seu reino, da Sua palavra. Precisamos aproveitar todas as oportunidades de aprendizado e conhecimento, para que possamos estar preparados para agir em qualquer situação. Não é correto achar que por- que Deus nos usa e nos chama da maneira como nós estamos, nós devemos permanecer assim. Se quisermos honrar ao senhor, de- vemos dar o melhor para Ele. E o melhor também consiste em transformar, mudar, melhorar
  • 37. 37 aquilo somos, temos e podemos fazer. De graça recebestes de graça dai Daniel exercia seus dons espi- rituais sem requerer nada em troca, nem favores. Quando o rei Beltsazar viu a mão misteriosa e chamou Daniel para interpretar aquilo, ele ofereceu muita coisa a Daniel, muitos bene- fícios. Sabe o Daniel respondeu a ele? “...os teus dons fiquem contigo, e dá os teus presentes a outro; todavia lerei ao rei a escritura, e lhe farei saber a inter- pretação.” Daniel 5.17 Hoje, nós vemos tantos pro- fetas comprados, tantas pessoas
  • 38. 38 que usam seus dons em mérito e favor próprio. Hoje, pregadores cobram “o- fertas” específicas de valores ab- surdos para pregar, cantores co- bram cachês altíssimos para cantar, não se diferenciando em nada de um “artista”. O que vemos hoje em dia são poucos servos de Deus e muitos artistas cristãos. Nada contra o recebimento de salário para se manter, pois a bíblia diz que o obreiro é digno de seu salário, mas o exagero e a ganância devem ser combatidos, sempre! Devemos crer que o nosso sustento vem de Deus. O Reino de Deus, o poder de Deus não pode se transformar em um negócio! Daniel fazia aquilo que Jesus nos orienta a fazer em Mateus 10.8: “de graça recebestes, de graça dai.”
  • 39. 39 Daniel sempre esteve pronto a fazer o que era necessário para glorificar a Deus. Toda sabedoria e capacitação que Deus dera a Dani- el, todo dom espiritual era usado por ele sem interesse pessoal. E Deus que é justo, sempre recom- pensou Daniel por sua conduta para com seus dons. “Então o rei engrandeceu a Daniel, e lhe deu muitas e grandes dádivas, e o pôs por governador sobre toda a província de Babilônia, como também o fez chefe prin- cipal de todos os sábios de Babilônia.” Daniel 2.48 “Então Belsazar deu ordem, e vesti- ram a Daniel de púrpura, puseram-lhe uma cadeia de ouro ao pescoço, e proclamaram a respeito dele que seria o terceiro em au- toridade no reino.” Daniel 5.29 “Este Daniel, pois, prosperou no rei- nado de Dario, e no reinado de Ciro, o per- sa.” Daniel 6.28
  • 40. 40 É importante tomarmos cons- ciência de que tudo o que conhe- cemos e sabemos fazer, todos os nossos dons, sejam eles ministeri- ais ou espirituais, todas as nossas habilidades vêem de Deus e nos são dadas para serem usados para a glória Dele. Devemos para e pensar tam- bém no fato de que muitas vezes fazemos a obra de Deus como se fosse um favor para Ele e não uma honra para nós. “Tudo quanto te vier à mão para fa- zer, faze-o conforme as tuas forças, porque na sepultura, para onde tu vais, não há o- bra, nem indústria, nem ciência, nem sabe- doria alguma.” Eclesiastes 9.10 Quando o Pai nos capacita pa- ra fazer algo, devemos fazer com todas as nossas forças, sabendo que o mérito nunca foi nem será
  • 41. 41 nosso. Porque é o poder de Deus, através do seu Espírito Santo que opera em nós. “Ora, àquele que é poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente a- lém daquilo que pedimos ou pensamos, se- gundo o poder que em nós opera, a esse glória na igreja, por Jesus Cristo, em todas as gerações, para todo o sempre. Amém!” Efésios 3. 20,21 Se assim o fizermos Deus nos recompensará. Não é a riqueza deste mundo, não é a honra, nem a glória deste mundo que devemos almejar, mas sim aquela preparada por Deus. Certamente, se formos hu- mildes e conduzirmos nossa vida de modo a fazer a obra de Deus sem querer usufruir de nada além do que o Senhor nos permitir, Ele nos dará muito mais e nos fará ir muito mais além.
  • 42. 42 Daniel era assim e por causa disso ele crescia cada vez na pre- sença de Deus. E Deus o usava ca- da vez mais. Ele, como João, teve o privi- légio de ver coisas que virão no fim dos tempos. Revelações dadas a ele, tão profundas, tão tremendas... Mas o fundamental de tudo isso, é que Daniel não era melhor do que eu ou você. Daniel era hu- mano, sujeito às paixões da carne e ao pecado como nós somos.
  • 43. 43 Conclusão Talvez você ache impossível ser como Daniel. Talvez você se ache incapaz de ser melhor do que você é hoje. Talvez para você, ter uma vi- da de santidade e intimidade com Deus esteja fora do seu alcance. Ver seu ministério crescer nas mãos do Senhor seja algo muito difícil. Mas, vou te dar uma boa no- tícia! Ser cheio de sabedoria huma- na e ser cheio da sabedoria celesti- al, ser usado sobremaneira por Deus, ser cheio do Espírito Santo, receber dons de Deus é algo para você e para mim, com foi para Da- niel. Mas nós precisamos fazer op- ções como Daniel fez. Talvez essas opções nos cau- sem algumas tribulações, dores,
  • 44. 44 cansaço, nos leve a fazer renúncias, mas permanecendo firmes veremos o impossível acontecer nas nossas vidas. Que eu e você possamos fa- zer parte de um grupo de cristãos que fazem a opção de não se con- taminar nem se sujeitar a forma deste mundo. Pai, Peço-te que se levante sobre esta terra uma geração de pesso- as, como foi Daniel, que buscam a Deus em oração, que são fiéis, que servem sem exigir serem servidos em troca, e que optam por se afas- tar do pecado e das facilidades do mundo. E que eu possa fazer parte dessa geração. Em nome de Jesus, Amém!
  • 45. 45 Ao Senhor Jesus, aquele que era que é e que há de ser, seja da- da toda glória, toda honra e todo louvor, pelos séculos dos séculos.
  • 46. 46
  • 47. 47
  • 48. 48 Neste pequeno livro, veremos um pou- co da vida do profeta Daniel. Um homem comum, que fez a opção de servir ao Senhor e obedecê-lo em todas as circunstâncias. Que você seja abençoado na leitura deste livro! Esta é uma publicação independente Contatos: http://jeremias18.blogspot.com elaine.mesquita@ymail.com