O documento apresenta diversas imagens e poemas que abordam temas como arte, amor, natureza e a importância da união entre as pessoas. Há também referências a artistas plásticos e poetas como Manuel Bandeira, Catulo da Paixão Cearense e João Cabral de Melo Neto.
2. “ UMA ARTE QUE DÁ MEDO É A ARTE DO OLHAR, POIS SÓ OS OLHOS TÊM SEGREDOS DIFÍCEIS DE DECIFRAR.” Ricardo Azevedo
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22. Irene preta Irene boa Irene sempre de bom humor. Imagino Irene entrando no céu: Licença, meu branco! E São Pedro bonachão: Entra, Irene. Você não precisa pedir licença. Irene Manuel Bandeira A Negra – Tarcila do Amaral
35. Do pomar de tia Chica, certa vez pela manhã, roubei, por vê-la madura, uma rosada Romã. Tia Chica esbravejando, em sua cólera imensa, pegou-me logo do braço, e lavrou-me esta sentença: ser conduzido ao arbusto, levando puxões de orelhas, até ficar tão vermelho, como essa frutas vermelhas, pôr a fruta no seu galho, como a roubei toda inteira, para, depois, de joelhos, pedir perdão à romeira. Catulo da Paixão Cearense A ROMÃ Pois bem. Cumprida a sentença, Quando, à casa regressando, Mais uma vez ia olhando A romã, de olhos maguados, Eu vi a romã, se abrindo, Também me olhando e sorrindo, Com os dentes arreganhados.
79. LINO perguntou por ela a todos seus amigos. – aqui, onde moramos, é assim – disse um deles – de repente alguém desaparece.
80. Até que, num piscar de olhos, LINO foi colocado numa caixa. Ele pensou que iria desaparecer para sempre. Mas...
81. Quando a caixa abriu, LINO encontrou uma menina que se chamava ESTRELA.
82. ESTRELA brincou com LINO . Os dois rodopiaram de mãos dadas até ficarem tontos de se deixar cair no chão de tanto rir.
83. LINO , aos poucos, se acostumou com aquele jeito divertido de ESTRELA ser.
84. Uma noite, entre tantas rodas e rodopios, voltas e reviravoltas, a menina decidiu fazer uma surpresa para seu melhor amigo. – antes de dormir – disse ela – vamos escutar o que a lua tem para nos contar?
85. LINO ficou surpreso. fazia tanto tempo que não escutava aquele nome. será que LUA era feliz? ele pensou.
87. LINO quase não acreditou no tamanho daquela felicidade. LUA estava ali, com a barriga brilhando no meio da escuridão.
88. LINO não escutava as risadas de LUA , mas tinha certeza que ela também era feliz. Porque todas as noites, enquanto ESTRELA sonhava, LINO pela janela via a lua iluminada.
90. Três muié ou três irmã, três cachôrra da mulesta, eu vi num dia de festa, no lugar Puxinanã. A mais véia, a mais ribusta era mermo uma tentação! mimosa flô do sertão que o povo chamava Ogusta. A segunda, a Guléimina, tinha uns ói qui ô! mardição! Matava quarqué critão os oiá déssa minina. Os ói dela paricia duas istrêla tremendo, se apagando e se acendendo em noite de ventania. As flô de Puxinanã A tercêra, era Maroca. Cum um cóipo muito má feito. Mas porém, tinha nos peito dois cuscús de mandioca. Dois cuscús, qui, prú capricho, quando ela passou pru eu, minhas venta se acendeu cum o chêro vindo dos bicho. Eu inté, me atrapaiava, sem sabê das três irmã qui ei vi im Puxinanã, qual era a qui mi agradava. Inscuiendo a minha cruz prá sair desse imbaraço, desejei, morrê nos braços, da dona dos dois cuscús! ZÉ DA LUZ
110. Um galo sozinho não tece uma manhã: ele precisará sempre de outros galos. De um que apanhe esse grito que ele e o lance a outro; de um outro galo que apanhe o grito de um galo antes e o lance a outro; e de outros galos que com muitos outros galos se cruzem os fios de sol de seus gritos de galo, para que a manhã, desde uma teia tênue, se vá tecendo, entre todos os galos. Tecendo a manhã João Cabral de Melo Neto Galo – Ademir Martins
112. “ A espantosa realidade das coisas é a minha descoberta de todos os dias.” “ O que existe transcende para mim o que julgo que existe.” “ Sentir é estar distraído.” Alberto Caeiro
150. Hora de trabalhar? — Pernas pro ar que ninguém é de ferro! Filosofia ASCENSO FERREIRA Hora de comer — comer! Hora de dormir — dormir! Hora de vadiar — vadiar!