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Discurso do Método
René Descartes
René Descartes
• “Nascido emLa Haye en
Touraine, 31 de março
de 1596 e falecido em
Estocolmo, 11 de
fevereiro de 1650, foi
um filósofo, físico e
matemático francês.
• Durante a Idade
Moderna também era
conhecido por seu
nome latino Renatus
Cartesius.”
• Notabilizou-se sobretudo
por seu trabalho
revolucionário na filosofia
e na ciência, mas também
obteve reconhecimento
matemático por sugerir a
fusão da álgebra com a
geometria - fato que
gerou a geometria
analítica e o sistema de
coordenadas que hoje
leva o seu nome.
• Por fim, ele foi uma das
figuras-chave na
Revolução Científica.
• Descartes, por vezes
chamado de "o fundador
da filosofia moderna" e o
"pai da matemática
moderna", é considerado
um dos pensadores mais
importantes e influentes
da História do
Pensamento Ocidental.
• Inspirou contemporâneos e várias gerações de
filósofos posteriores; boa parte da filosofia
escrita a partir de então foi uma reação às
suas obras ou a autores supostamente
influenciados por ele.
• Muitos especialistas afirmam que a partir de
Descartes inaugurou-se o racionalismo da
Idade Moderna.
• Décadas mais tarde, surgiria nas Ilhas
Britânicas um movimento filosófico que, de
certa forma, seria o seu oposto - o empirismo,
com John Locke e David Hume.
Vida e Filosofia
• René Descartes nasceu no
ano de 1596 em La Haye, a
cerca de 300 quilômetros
de Paris (hoje Descartes),
no departamento francês
de Indre-et-Loire.
• A sua mãe, Jeanne
Brochard, morreu quando
ele tinha um ano.
• Com oito anos, ingressou no
colégio jesuíta Royal Henry-
Le-Grand, em La Flèche.
• O curso em La Flèche
durava três anos.
• Descartes reconheceu
que lá havia certa
liberdade, no entanto no
seu Discurso sobre o
método declara a sua
decepção não com o
ensino da escola em si
mas com a tradição
Escolástica, cujos
conteúdos considerava
confusos, obscuros e
nada práticos.
Escolástica ou Escolasticismo
• Foi o método de pensamento crítico dominante no
ensino nas universidades medievais europeias de
cerca de 1100 a 1500.
• Não tanto uma filosofia ou uma teologia, como um
método de aprendizagem, a escolástica nasceu nas
escolas monásticas cristãs para tentar conciliar a fé
cristã com um sistema de pensamento racional,
especialmente o da filosofia grega.
• Colocava uma forte ênfase na dialética para ampliar o
conhecimento por inferência, e resolver contradições.
• Graduando-se em Direito, em 1616, pela
Universidade de Poitiers.
• No entanto, Descartes nunca exerceu Direito, e
em 1618 foi para a Holanda alistou-se no exército
do Príncipe Maurício de Nassau, com a intenção
de seguir carreira militar.
• Mas se achava menos um ator do que um
espectador: antes ouvinte numa escola de guerra
do que verdadeiro militar.
• Conheceu então Isaac Beeckman, que o
influenciou fortemente e compôs um pequeno
tratado sobre música intitulado Compendium
Musicae (Compêndio de Música).
O discurso do Método
• O Discurso sobre o método, por vezes traduzido
como Discurso do método, ou ainda Discurso
sobre o método para bem conduzir a razão na
busca da verdade dentro da ciência é um tratado
matemático e filosófico de René Descartes,
publicado na França em Leiden em 1637.
• Ele inicialmente apareceu junto a outros
trabalhos de Descartes, Dioptrique, Météores e
Géométrie.
• Uma tradução para o latim foi produzida em
1656, e publicada em Amsterdam.
• Segundo o próprio Descartes, parte da
inspiração de seu método (descrito nesse
livro/tratado) deveu-se a três sonhos
ocorridos na noite de 10 para 11 de novembro
de 1619: nestes sonhos lhe havia ocorrido "a
idéia de um método universal para encontrar
a verdade."
• Em toda a obra permeia a autoridade da
razão, conceito banal para o homem
moderno, mas um tanto novo para o homem
medieval (muito mais acostumado à
autoridade eclesiástica).
• A autoridade dos sentidos (ou seja, as
percepções do mundo) também é
particularmente rejeitada; o conhecimento
significativo, segundo o tratado, só pode ser
atingido pela razão, abstraindo-se a distração
dos sentidos.
• Uma das mais conhecidas frases do Discurso é
Je pense, donc je suis (citada frequentemente
em latim, cogito ergo sum; penso, logo existo):
o ato de duvidar como indubitável, e as
evidências de "pensar" e "existir" ligadas.
> Além dessa conclusão, Descartes também
prova a existência de Deus, especifica critérios
para a boa condução da razão e faz algumas
demonstrações.
O Discurso está dividido em seis partes, e possui uma
breve introdução.
Nesta, Descartes já enfatiza a divisão do livro e explica o
que o leitor encontrará em cada uma das seis partes:
• Na primeira, diversas considerações sobre a ciência.
• Na segunda, as principais regras para a prática
científica.
• Na terceira, algumas das justificativas do método.
• Na quarta, as provas da existência de Deus e da alma
humana, fundamentos da metafísica.
• Na quinta, Descartes faz algumas aplicações do
método a questões físicas e relativas à medicina;
também as particularidades da alma humana.
• Na sexta, as razões que o levaram a escrever o tratado
e aquilo que Descartes acredita ser essencial para o
progresso do conhecimento.
O método de raciocínio proposto
por Descartes no Discurso
compõe-se de quatro partes
distintas, sintetizadas na
passagem seguinte:
Simplificadamente, são os passos ou
preceitos:
• 1)Receber escrupulosamente
as informações, examinando
sua racionalidade e sua
justificação. Verificar a
verdade, a boa procedência
daquilo que se investiga –
aceitar o que seja indubitável,
apenas. Esse passo relaciona-
se muito ao cepticismo.
• 2)Análise, ou divisão do
assunto em tantas partes
quanto possível e necessário.
• 3)Síntese, ou elaboração
progressiva de conclusões
abrangentes e ordenadas a
partir de objetos mais simples
e fáceis até os mais complexos
e difíceis.
• 4)Enumerar e revisar
minuciosamente as
conclusões, garantindo que
nada seja omitido e que a
coerência geral exista.
Primeira parte do
Discurso
• Resumo
• Na primeira parte da obra
Discurso do Método,
Descartes conceitua a
capacidade humana de
julgar e de distinguir o
verdadeiro do falso como
bom senso.
• Ele é a potencialidade
própria do homem para
orientar seus pensamentos
e desenvolver suas virtudes.
• Assim, propõe-se a apresentação do conceito de bom senso
natural e do método de buscar a verdade nas ciências e
descobrir métodos para conduzir nossos pensamentos através
do bom senso, para assim desenvolver virtudes oriundas do
esforço da observação.
• Sendo assim, não pode ser acidental e contingente o que
transcorre em nosso pensamento, pois a capacidade de
pensar é a raiz da essência humana.
• Conseqüentemente, o pensamento para extrair de si mesmo
todos os conhecimentos que são úteis à vida humana precisa
de um método.
• A importância do método consiste na orientação da razão
pela busca das “verdades na ciência”.
• As regras do método têm por objetivo descrever a maneira
como procede a razão no seu uso.
• Em suma, o esforço para a perfeição do próprio espírito
conduzirá a mente a adquirir uma inteligência capaz de
discernir o que é verdadeiro e falso, na fundamentação da
ciência.
Evandro Viana Carvalho,
Guilherme Schmidt de Lima e
Márcio Paulo Cenci
Alunos do Curso de Filosofia da Unifra
Em outras palavras:
• A razão é entendida como o “poder de julgar de
forma e discernir entre o verdadeiro e o falso”,
sendo a única coisa que nos torna de fato humanos,
diferenciando-nos dos animais.
• Justamente por isto, Descartes considera que esta
faculdade de discernimento é a coisa mais bem
distribuída no mundo – o bom senso, que
acreditamos ter em justa medida, sem desejar mais
ou menos do que já possuímos, sendo igual entre
todos os homens .
“Aprendi a não acreditar com demasiada convicção em nada do
que me havia sido inculcado só pelo exemplo e pelo habito”
• Comenta no décimo quinto parágrafo.
• Em suas viagens, observava a diversidade de
costumes e diferenças nas crenças dos homens, tal
diversidade que encontrava na opinião dos filósofos.
• Diante desta constatação, Descartes assume a
postura de considerar como falso tudo aquilo que lhe
pareça apenas provável, desvinculando-se dos
pensamentos daqueles que o antecederam para
encontrar em si mesmo o caminho que deveria
seguir.
Segunda parte
• Na segunda parte do Discurso, Descartes apresenta
os argumentos que fundamentam o caminho que
utilizara para constituir o modo de discernimento
entre o que há de verdadeiro e falso sob seu
julgamento.
• O simples raciocínio de um homem com bom senso a
respeito das coisas do mundo encontra-se mais
próximo da verdade do que a ciência contida em
livros que reúnem opiniões de diversas pessoas.
• Esta idéia é representada
através de uma analogia –
recurso freqüente durante
o Discurso - tal como
parecia a Descartes que os
edifícios projetados por um
só arquiteto estão mais
próximos de ser bem
estruturado se comparado a
um edifício onde diversos
arquitetos participaram de
sua construção.
• Em suas palavras, a
seguinte noção é
apresentada da
seguinte forma: “não
existe tanta perfeição
nas obras formadas de
varias peças, e feitas
pelas mãos de diversos
mestres, como naquelas
em que um só
trabalhouӤ1.
• Para Descartes, nossa
capacidade de
entendimento, ou seja,
nosso juízo é tal como
um edifício projetado
por diversos arquitetos,
que desde a nossa
infância exercem
influencia sobre nosso
discernimento.
• Se pudéssemos, num
exercício de
pensamento, conceber
a possibilidade de
termos desde a infância
utilizado somente nossa
razão para nos
relacionar com o
mundo,
caracterizaríamos como
pura tal propriedade do
espírito.
• No entanto, nos alicerces do nosso edifício-
juízo estão opiniões, ensinamentos que nos
foram transmitidos desde o nosso
nascimento.
• Decorre daí que muitas vezes não analisamos
se tais opiniões, que estão na base de nosso
entendimento são verdadeiras.
A respeito do trabalho que realizara ao buscar
o método, Descartes apresenta o seu objetivo:
• “jamais o meu objetivo foi além de procurar
reformar meus próprios pensamentos e
construir num terreno que é todo meu. De
maneira que, se, tendo minha obra me
agradado bastante, eu vos mostro aqui o seu
modelo, nem por isso desejo aconselhar
alguém a imitá-lo” §3.
• Esta disposição, de análise dos alicerces do
próprio juízo, levaria à fundamentação das
opiniões num terreno próprio – ou seja, onde
as idéias necessárias para o discernimento lhe
fossem conhecidas e verificadas, em vez do
acatamento tácito de proposições fornecidas
por outrem.
• Assim, Descartes “Procura por um método
para chegar ao conhecimento de todas as
coisas de que meu espírito fosse capaz”.
• Os preceitos deste método admitem menos
leis do que a lógica, no entanto, estas poucas
leis devem ser invariavelmente acatadas. Tais
leis ou preceitos são:
Primeiro preceito:
• Aceitar algo como verdadeiro somente
quando estiver claro ao espírito, ao exame da
razão, evitar o juízo precipitado – acatar como
verdadeiro algo de que não possa duvidar.
Segundo preceito:
• Diante da dificuldade de um problema, deve-
se dividi-lo em partes possíveis, analisar.
Simplificação, analise e atomismo.
Terceiro preceito:
• Conduzir a investigação dos elementos mais
simples – acessíveis ao conhecimentos até os
mais compostos.
• Admite-se que há ordem entre elementos que
não se precedem – Aqui temos o exemplo do
que pode ser conhecido através da doutrina
do reducionismo: explicar fenômenos de um
nível, por exemplo, idéias complexas, num
outro nível, idéias simples.
Quarto preceito:
• Estabelecer relações metódicas completas, tendo em
vista a não omissão – relatos de pesquisa.
• Este preceito torna explícita a fundamentação
existente nos anteriores: usar a razão o melhor que
se pode – podemos compreender o impacto desta
consideração a partir da definição de racionalismo
filosófico (Dic. de Filosofia – Abbagnano): “atitude de
confiar na razão para determinar crenças ou
técnicas em determinado campo”p.821.

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Descartes

  • 2. René Descartes • “Nascido emLa Haye en Touraine, 31 de março de 1596 e falecido em Estocolmo, 11 de fevereiro de 1650, foi um filósofo, físico e matemático francês. • Durante a Idade Moderna também era conhecido por seu nome latino Renatus Cartesius.”
  • 3. • Notabilizou-se sobretudo por seu trabalho revolucionário na filosofia e na ciência, mas também obteve reconhecimento matemático por sugerir a fusão da álgebra com a geometria - fato que gerou a geometria analítica e o sistema de coordenadas que hoje leva o seu nome. • Por fim, ele foi uma das figuras-chave na Revolução Científica. • Descartes, por vezes chamado de "o fundador da filosofia moderna" e o "pai da matemática moderna", é considerado um dos pensadores mais importantes e influentes da História do Pensamento Ocidental.
  • 4. • Inspirou contemporâneos e várias gerações de filósofos posteriores; boa parte da filosofia escrita a partir de então foi uma reação às suas obras ou a autores supostamente influenciados por ele. • Muitos especialistas afirmam que a partir de Descartes inaugurou-se o racionalismo da Idade Moderna. • Décadas mais tarde, surgiria nas Ilhas Britânicas um movimento filosófico que, de certa forma, seria o seu oposto - o empirismo, com John Locke e David Hume.
  • 5. Vida e Filosofia • René Descartes nasceu no ano de 1596 em La Haye, a cerca de 300 quilômetros de Paris (hoje Descartes), no departamento francês de Indre-et-Loire. • A sua mãe, Jeanne Brochard, morreu quando ele tinha um ano. • Com oito anos, ingressou no colégio jesuíta Royal Henry- Le-Grand, em La Flèche.
  • 6. • O curso em La Flèche durava três anos. • Descartes reconheceu que lá havia certa liberdade, no entanto no seu Discurso sobre o método declara a sua decepção não com o ensino da escola em si mas com a tradição Escolástica, cujos conteúdos considerava confusos, obscuros e nada práticos.
  • 7. Escolástica ou Escolasticismo • Foi o método de pensamento crítico dominante no ensino nas universidades medievais europeias de cerca de 1100 a 1500. • Não tanto uma filosofia ou uma teologia, como um método de aprendizagem, a escolástica nasceu nas escolas monásticas cristãs para tentar conciliar a fé cristã com um sistema de pensamento racional, especialmente o da filosofia grega. • Colocava uma forte ênfase na dialética para ampliar o conhecimento por inferência, e resolver contradições.
  • 8. • Graduando-se em Direito, em 1616, pela Universidade de Poitiers. • No entanto, Descartes nunca exerceu Direito, e em 1618 foi para a Holanda alistou-se no exército do Príncipe Maurício de Nassau, com a intenção de seguir carreira militar. • Mas se achava menos um ator do que um espectador: antes ouvinte numa escola de guerra do que verdadeiro militar. • Conheceu então Isaac Beeckman, que o influenciou fortemente e compôs um pequeno tratado sobre música intitulado Compendium Musicae (Compêndio de Música).
  • 9. O discurso do Método • O Discurso sobre o método, por vezes traduzido como Discurso do método, ou ainda Discurso sobre o método para bem conduzir a razão na busca da verdade dentro da ciência é um tratado matemático e filosófico de René Descartes, publicado na França em Leiden em 1637. • Ele inicialmente apareceu junto a outros trabalhos de Descartes, Dioptrique, Météores e Géométrie. • Uma tradução para o latim foi produzida em 1656, e publicada em Amsterdam.
  • 10. • Segundo o próprio Descartes, parte da inspiração de seu método (descrito nesse livro/tratado) deveu-se a três sonhos ocorridos na noite de 10 para 11 de novembro de 1619: nestes sonhos lhe havia ocorrido "a idéia de um método universal para encontrar a verdade."
  • 11. • Em toda a obra permeia a autoridade da razão, conceito banal para o homem moderno, mas um tanto novo para o homem medieval (muito mais acostumado à autoridade eclesiástica). • A autoridade dos sentidos (ou seja, as percepções do mundo) também é particularmente rejeitada; o conhecimento significativo, segundo o tratado, só pode ser atingido pela razão, abstraindo-se a distração dos sentidos.
  • 12. • Uma das mais conhecidas frases do Discurso é Je pense, donc je suis (citada frequentemente em latim, cogito ergo sum; penso, logo existo): o ato de duvidar como indubitável, e as evidências de "pensar" e "existir" ligadas. > Além dessa conclusão, Descartes também prova a existência de Deus, especifica critérios para a boa condução da razão e faz algumas demonstrações.
  • 13. O Discurso está dividido em seis partes, e possui uma breve introdução. Nesta, Descartes já enfatiza a divisão do livro e explica o que o leitor encontrará em cada uma das seis partes: • Na primeira, diversas considerações sobre a ciência. • Na segunda, as principais regras para a prática científica. • Na terceira, algumas das justificativas do método. • Na quarta, as provas da existência de Deus e da alma humana, fundamentos da metafísica. • Na quinta, Descartes faz algumas aplicações do método a questões físicas e relativas à medicina; também as particularidades da alma humana. • Na sexta, as razões que o levaram a escrever o tratado e aquilo que Descartes acredita ser essencial para o progresso do conhecimento.
  • 14. O método de raciocínio proposto por Descartes no Discurso compõe-se de quatro partes distintas, sintetizadas na passagem seguinte:
  • 15. Simplificadamente, são os passos ou preceitos: • 1)Receber escrupulosamente as informações, examinando sua racionalidade e sua justificação. Verificar a verdade, a boa procedência daquilo que se investiga – aceitar o que seja indubitável, apenas. Esse passo relaciona- se muito ao cepticismo. • 2)Análise, ou divisão do assunto em tantas partes quanto possível e necessário. • 3)Síntese, ou elaboração progressiva de conclusões abrangentes e ordenadas a partir de objetos mais simples e fáceis até os mais complexos e difíceis. • 4)Enumerar e revisar minuciosamente as conclusões, garantindo que nada seja omitido e que a coerência geral exista.
  • 16. Primeira parte do Discurso • Resumo • Na primeira parte da obra Discurso do Método, Descartes conceitua a capacidade humana de julgar e de distinguir o verdadeiro do falso como bom senso. • Ele é a potencialidade própria do homem para orientar seus pensamentos e desenvolver suas virtudes.
  • 17. • Assim, propõe-se a apresentação do conceito de bom senso natural e do método de buscar a verdade nas ciências e descobrir métodos para conduzir nossos pensamentos através do bom senso, para assim desenvolver virtudes oriundas do esforço da observação. • Sendo assim, não pode ser acidental e contingente o que transcorre em nosso pensamento, pois a capacidade de pensar é a raiz da essência humana. • Conseqüentemente, o pensamento para extrair de si mesmo todos os conhecimentos que são úteis à vida humana precisa de um método.
  • 18. • A importância do método consiste na orientação da razão pela busca das “verdades na ciência”. • As regras do método têm por objetivo descrever a maneira como procede a razão no seu uso. • Em suma, o esforço para a perfeição do próprio espírito conduzirá a mente a adquirir uma inteligência capaz de discernir o que é verdadeiro e falso, na fundamentação da ciência. Evandro Viana Carvalho, Guilherme Schmidt de Lima e Márcio Paulo Cenci Alunos do Curso de Filosofia da Unifra
  • 19. Em outras palavras: • A razão é entendida como o “poder de julgar de forma e discernir entre o verdadeiro e o falso”, sendo a única coisa que nos torna de fato humanos, diferenciando-nos dos animais. • Justamente por isto, Descartes considera que esta faculdade de discernimento é a coisa mais bem distribuída no mundo – o bom senso, que acreditamos ter em justa medida, sem desejar mais ou menos do que já possuímos, sendo igual entre todos os homens .
  • 20. “Aprendi a não acreditar com demasiada convicção em nada do que me havia sido inculcado só pelo exemplo e pelo habito” • Comenta no décimo quinto parágrafo. • Em suas viagens, observava a diversidade de costumes e diferenças nas crenças dos homens, tal diversidade que encontrava na opinião dos filósofos. • Diante desta constatação, Descartes assume a postura de considerar como falso tudo aquilo que lhe pareça apenas provável, desvinculando-se dos pensamentos daqueles que o antecederam para encontrar em si mesmo o caminho que deveria seguir.
  • 21. Segunda parte • Na segunda parte do Discurso, Descartes apresenta os argumentos que fundamentam o caminho que utilizara para constituir o modo de discernimento entre o que há de verdadeiro e falso sob seu julgamento. • O simples raciocínio de um homem com bom senso a respeito das coisas do mundo encontra-se mais próximo da verdade do que a ciência contida em livros que reúnem opiniões de diversas pessoas.
  • 22. • Esta idéia é representada através de uma analogia – recurso freqüente durante o Discurso - tal como parecia a Descartes que os edifícios projetados por um só arquiteto estão mais próximos de ser bem estruturado se comparado a um edifício onde diversos arquitetos participaram de sua construção. • Em suas palavras, a seguinte noção é apresentada da seguinte forma: “não existe tanta perfeição nas obras formadas de varias peças, e feitas pelas mãos de diversos mestres, como naquelas em que um só trabalhou”§1.
  • 23. • Para Descartes, nossa capacidade de entendimento, ou seja, nosso juízo é tal como um edifício projetado por diversos arquitetos, que desde a nossa infância exercem influencia sobre nosso discernimento. • Se pudéssemos, num exercício de pensamento, conceber a possibilidade de termos desde a infância utilizado somente nossa razão para nos relacionar com o mundo, caracterizaríamos como pura tal propriedade do espírito.
  • 24. • No entanto, nos alicerces do nosso edifício- juízo estão opiniões, ensinamentos que nos foram transmitidos desde o nosso nascimento. • Decorre daí que muitas vezes não analisamos se tais opiniões, que estão na base de nosso entendimento são verdadeiras.
  • 25. A respeito do trabalho que realizara ao buscar o método, Descartes apresenta o seu objetivo: • “jamais o meu objetivo foi além de procurar reformar meus próprios pensamentos e construir num terreno que é todo meu. De maneira que, se, tendo minha obra me agradado bastante, eu vos mostro aqui o seu modelo, nem por isso desejo aconselhar alguém a imitá-lo” §3.
  • 26. • Esta disposição, de análise dos alicerces do próprio juízo, levaria à fundamentação das opiniões num terreno próprio – ou seja, onde as idéias necessárias para o discernimento lhe fossem conhecidas e verificadas, em vez do acatamento tácito de proposições fornecidas por outrem.
  • 27. • Assim, Descartes “Procura por um método para chegar ao conhecimento de todas as coisas de que meu espírito fosse capaz”. • Os preceitos deste método admitem menos leis do que a lógica, no entanto, estas poucas leis devem ser invariavelmente acatadas. Tais leis ou preceitos são:
  • 28. Primeiro preceito: • Aceitar algo como verdadeiro somente quando estiver claro ao espírito, ao exame da razão, evitar o juízo precipitado – acatar como verdadeiro algo de que não possa duvidar.
  • 29. Segundo preceito: • Diante da dificuldade de um problema, deve- se dividi-lo em partes possíveis, analisar. Simplificação, analise e atomismo.
  • 30. Terceiro preceito: • Conduzir a investigação dos elementos mais simples – acessíveis ao conhecimentos até os mais compostos. • Admite-se que há ordem entre elementos que não se precedem – Aqui temos o exemplo do que pode ser conhecido através da doutrina do reducionismo: explicar fenômenos de um nível, por exemplo, idéias complexas, num outro nível, idéias simples.
  • 31. Quarto preceito: • Estabelecer relações metódicas completas, tendo em vista a não omissão – relatos de pesquisa. • Este preceito torna explícita a fundamentação existente nos anteriores: usar a razão o melhor que se pode – podemos compreender o impacto desta consideração a partir da definição de racionalismo filosófico (Dic. de Filosofia – Abbagnano): “atitude de confiar na razão para determinar crenças ou técnicas em determinado campo”p.821.