1. ______________________________________________________________________________________________________________ IODA, v.1, n.6, jun. 2013, pág.1
Junho 2013 – vol. 1 – n.6 ISSN 2317-0948
Como este mapa pode ser usado: o mapa celeste mostra o céu noturno de horizonte a horizonte para
a data e hora indicada no parágrafo abaixo. O centro do mapa é a parte do céu diretamente acima de
você (chamado de zênite), e o círculo externo é o horizonte. Os objetos celestes podem ser localizados
ao se observar entre o zênite e o horizonte. Os pontos cardeais estão indicados próximos ao círculo do
horizonte (“Norte”, por exemplo). Gire o mapa ao redor de seu ponto central, de modo que o ponto
cardeal que aparece na parte de baixo do mapa corresponda à direção real à sua frente (por exemplo,
o modo como você está segurando o mapa, ao ler este texto, é apropriado quando você estiver de pé,
tendo bem à sua frente o ponto cardeal sul). Comece a utilizar o mapa localizando um padrão de
estrelas brilhantes no céu (Crux, ou Cruzeiro do Sul, por exemplo). A linha tracejada é a eclíptica, o
caminho aparente que o Sol faz no céu ao longo de um ano. Nas proximidades desta linha também
encontramos os planetas e a Lua. A magnitude aparente do astro é indicada no mapa por bolinhas
pretas: quanto maior a bolinha, mais luminoso é o astro e menor é o valor numérico de sua magnitude.
Quando este mapa pode ser usado: Início do mês, por volta das 21h; Meados do mês, por volta das 20h; Final do mês, por volta das 19h (horários de Brasília).
Onde este mapa pode ser usado: localidades nas latitudes entre 20o
e 50o
do hemisfério sul. Para regiões equatoriais, consulte http://skymaps.com
2. ______________________________________________________________________________________________________________ IODA, v.1, n.6, jun. 2013, pág.2
Agenda astronômica
saiba de antemão os principais fenômenos astronômicos do mês
Ao longo do ano, o Sol parece deslizar pelas
constelações na região da eclíptica (ver mapa), nas
chamadas constelações zodiacais. No início do mês, o
Sol se encontra na constelação de Taurus (Touro) e
terminará o mês na direção de Gemini (Gêmeos).
Mercúrio poderá ser observado bem próximo do
horizonte oeste logo após o pôr do Sol. Aliás, no dia 12,
Mercúrio atinge uma posição de máximo afastamento
aparente do Sol.
Assim como Mercúrio, o planeta Vênus também está
bem próximo do horizonte oeste logo após o pôr do Sol
durante todo o mês.
Marte ficará na direção da constelação de Taurus
durante todo o mês, bem próximo do horizonte leste
logo antes do Sol nascer, com dificuldades de ser
observado devido ao crepúsculo matutino.
Assim como o Sol, o planeta Júpiter também começa o
mês em Taurus e termina em Gemini. Isto significa que o
planeta ficará numa linha de visada bem próxima da
região do céu onde o Sol também estará, dificultando a
observação do planeta gigante. No dia 19, Júpiter estará
em conjunção com o Sol, ou seja, quase que alinhados
entre si e a Terra. Apenas no início do mês ele pode ser
observado, já com dificuldades, bem próximo do
horizonte oeste logo após o pôr do Sol.
Saturno continua a ser o planeta dominante no céu
noturno e ficará disponível praticamente a noite toda,
pondo-se no meio da madrugada.
Embora também sejam planetas gigantes, Urano e
Netuno estão tão distantes que seu brilho é muito fraco
para ser visível a olho nu. O primeiro ficará na direção
da constelação de Pisces (Peixes) e o segundo na direção
de Aquarius (Aquário), ambos presentes no céu da
madrugada.
Atividades de observação
olhe para cima e tente localizar as joias celestes deste mês
No dia 12, Mercúrio atinge uma posição de máximo
afastamento aparente do Sol, ou seja, o planeta ficará
numa posição do céu cuja distância angular (em graus
de arco em relação ao Sol) chegará a cerca de 24°. Para
efeito de comparação, a Lua cheia possui um diâmetro
angular de aproximadamente 0,5°. Outra comparação é
a ângulo formado entre o horizonte e o ponto mais alto
de sua cabeça: 90°. Na Astronomia, este fenômeno
chama-se Máxima Elongação Leste de Mercúrio. Esta
seria uma boa desculpa para o casal observar o céu no
Dia dos Namorados!
No anoitecer do dia 10 haverá uma bela conjunção
envolvendo a Lua, Mercúrio e Vênus. Neste dia a Lua se
apresentará como um fino crescente, apenas 4%
iluminada, permitindo a visualização da luz cinzenta (ou
cinérea). Vênus será fácil de reconhecer pelo forte
brilho de cor prateada enquanto que Mercúrio também
estará relativamente brilhante, porém com coloração
ligeiramente alaranjada. Os três astros estarão num
campo de visão não superior a 6° (graus) de diâmetro,
de modo que será possível contemplá-los
simultaneamente através de um binóculo 7x50 ou
10x50. O binóculo revelará um astro de 3ª magnitude
apenas 1 grau ao norte de Vênus; trata-se da estrela
Epsilon Geminorum.
No dia 20, logo após o pôr do Sol, observe outra
conjunção, mas apenas entre Mercúrio e Vênus, isto é,
Dia Hora Fenômeno
08 12:56 Lua Nova (ela se põe praticamente junto com
o Sol)
09 18:40 Apogeu da Lua, máximo afastamento entre a
Lua e a Terra (406.486 km de distância)
10 18:00 Conjunção entre Lua, Mercúrio e Vênus
12 09:17 Máxima elongação leste de Mercúrio
16 14:24 Lua em quarto crescente (ela se encontra
bem alto no céu assim que o Sol se põe)
19 13:00 Conjunção de Júpiter com o Sol (o planeta se
posiciona praticamente “atrás” do Sol,
impedindo sua observação da Terra)
20 17:17 Conjunção entre Mercúrio e Vênus
21 02:04 Solstício de inverno
23 08:09 Perigeu da Lua, máxima aproximação entre a
Lua e a Terra (356.991 km de distância)
23 08:32 Lua Cheia (ela nasce assim que o Sol se põe)
30 01:53 Lua em quarto minguante (ela se encontra
bem alto no céu assim que o Sol nasce)
As horas são dadas para o horário legal de Brasília. Para maiores detalhes
sobre os fenômenos astronômicos do mês, consulte:
http://www.momentoastronomico.com.br
3. ______________________________________________________________________________________________________________ IODA, v.1, n.6, jun. 2013, pág.3
eles ficarão visualmente bem próximos entre si, numa
distância de cerca de 2° de arco. Na linguagem popular,
este fenômeno é taxado de “alinhamento de planetas”.
Vivencie: o solstício no dia 21. Para o hemisfério sul,
nesta data ocorre a entrada da estação do inverno.
Observe: a sombra mais longa do ano ao meio-dia solar
(para a maior parte do território brasileiro).
Experimente: monte um gnômon (haste vertical fixada
no chão plano: um lápis de pé, por exemplo). Verifique:
a sombra dele nos horários próximos ao meio-dia
marcado pelo relógio. Registre: em qual horário ocorre a
menor sombra do dia e meça o seu tamanho. Descubra:
ao meio-dia, o Sol sempre está a pino? Reflita: o clima
começa mesmo a esfriar exatamente no dia da entrada
da estação de inverno (solstício)?
No dia 23, a Lua estará no perigeu (ponto mais próximo
da Terra em sua órbita) e será Cheia.
Observe: na época do início do inverno, o Cruzeiro do
Sul costuma ficar de pé assim que o Sol se põe (veja o
mapa). Registre: o horário em que você o observou bem
de pé. Faça uma previsão: qual será o horário em que
ele ficará deitado para a “direita” no céu? Quanto
tempo ele leva para chegar a tal ponto? Constate sua
previsão: acompanhe o movimento circular que o
Cruzeiro faz no céu ao longo das horas e veja se a sua
posição corresponde ao horário que você previu.
Localize com um binóculo, na ponta esquerda da cruz,
um belo aglomerado aberto de estrelas denominado de
NGC 4755 (no mapa: 4755), ou Caixa de Joias. Suas
estrelas possuem cores diferenciadas e contrastantes.
Este aglomerado está a uma distância de
aproximadamente 7.600 anos-luz do Sistema Solar.
Encontre a estrela Antares, a mais brilhante da
constelação de Escorpião (Scorpius). É uma estrela
supergigante vermelha e seu nome significa “rival de
Marte”. Ela está a 136 anos-luz de distância de nós.
Usando um binóculo, visualize NGC 3114 (no mapa
3114), um belo aglomerado aberto contendo mais de 30
estrelas, na constelação de Carina, em torno de 2.900
anos-luz de nós.
Revisão e contribuição: Alexandre Amorim (REA/NEOA-JBS)
Astronotícias
saiba quais são as principais notícias astronômicas para suas aulas
VLT comemora seu 15° aniversário com nova imagem
Com esta nova imagem de uma bonita maternidade
estelar, o ESO (European Sourthen Observatory) celebra
o 15º aniversário do VLT (Very Large Telescope), o
instrumento óptico mais avançado do mundo. Esta
imagem mostra densos blocos de poeira destacados
sobre o fundo rosa da nuvem de gás brilhante conhecida
pelos astrônomos como IC 2944. Estes glóbulos opacos
são lentamente esculpidos devido a intensa radiação
emitida pelas brilhantes estrelas jovens da vizinhança.
As nuvens de gás e poeira interestelares são as
maternidades onde novas estrelas se formam e
crescem. A nebulosa IC 2944 fica próxima do pé do
Cruzeiro do Sul, a cerca de 6.500 anos-luz de distância,
na constelação do Centauro (veja o mapa). Esta é a
imagem mais nítida já obtida deste objeto a partir do
solo. Podemos encontrar nesta região do céu muitas
outras nebulosas semelhantes, que são exaustivamente
observadas pelos astrônomos no intuito de estudar os
mecanismos que regem a formação estelar.
Fonte: ESO - http://www.eso.org
Astrolocais
a cada número, uma breve apresentação de um ambiente não formal
O Observatório Nacional (ON), instituto de pesquisa
vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e
Inovação (MCTI), realiza pesquisa, desenvolvimento e
inovação, com reconhecimento nacional e projeção
internacional. O Observatório Nacional/MCT fica na Rua
General José Cristino, 77, Bairro São Cristóvão, Rio de
Janeiro. CEP 20921-400. Homepage: http://www.on.br.
Em 2013, o ON oferece gratuitamente o curso à
distância intitulado “Astrofísica Geral” de 15 de julho a
29 de novembro de 2013; as inscrições vão de 3 de
junho a 30 de agosto.
Homepage do curso: http://www.on.br/ead_2013/
4. ______________________________________________________________________________________________________________ IODA, v.1, n.6, jun. 2013, pág.4
AstroTICs
a cada número, uma nova dica TIC para o ensino da Astronomia
Que tal imprimir seu próprio planisfério? Um planisfério
celeste pode ser muito útil para você saber localizar as
principais constelações e alguns elementos da esfera
celeste, além de conseguir descobrir antecipadamente
datas e horários aproximados do nascer e ocaso de
diversos astros. Diferentemente dos mapas celestes
mensais, um planisfério pode ser usado durante
qualquer período do ano. Girando uma máscara para
combinar a data e o horário da observação, o planisfério
fornece a aparência do céu estrelado para a noite
desejada. Nesta edição do IODA, daremos três
sugestões de belos planisférios para você fazer
download e imprimir em alta qualidade:
- Planisfério da OBA (Olimpíada Brasileira de Astronomia
e Astronáutica):
http://sites.google.com/site/proflanghi/planisferio_oba
- Planisfério da ESO (European Southern Observatory):
http://www.eso.org/public/archives/education/pdfsm/
planisferio_chile.pdf
- Planisfério da UFRGS (Universidade Federal do Rio
Grande do Sul):
http://www.if.ufrgs.br/~fatima/planisferio/celeste/plani
sferio.html
Além destas sugestões, há um software gratuito que
produz um planisfério para a sua latitude específica:
http://nio.astronomy.cz/om/
Tem gente achando que...
a cada número, uma diferente concepção alternativa em Astronomia
Tem gente achando que... é impossível ensinar
Astronomia para cegos. Mas, como o professor pode
fazer isso? Leia o artigo “Atividades de observação e
identificação do céu adaptadas às pessoas com
deficiência visual”, em que se discute o ensino prático
da Astronomia para o público deficiente visual,
procurando oferecer propostas por meio de materiais
didáticos criados exclusivamente para este fim, tais
como mapas celestes táteis, esfera celeste e
constelações tridimensionais. Consulte o texto completo
e saiba como você também pode desenvolver esta
atividade em:
http://www.scielo.br/pdf/rbef/v30n4/v30n4a10.pdf
Mão na massa
aproveite esta sugestão de atividade prática para sua aula
Por que a Lua possui crateras? Você já as observou por
meio de um telescópio? Será que a Terra também tem
crateras deste tipo? A superfície da Lua é um registro
histórico do processo de formação do Sistema Solar.
Aprenda como surgiram as crateras da Lua e quais são
os fatores envolvidos na criação de diferentes tamanhos
e formatos de crateras. Veja como seus alunos poderão
aprender conceitos sobre energia cinética, trajetórias,
força, geologia, astroblemas, atmosfera e como podem
relacionar estes temas com fenômenos tais como o que
ocorreu recentemente na Rússia. Saiba como
desenvolver esta atividade em “Fabricando Crateras”:
http://www.cienciamao.usp.br/tudo/exibir.php?midia=aas
&cod=_fabricandocrateras
A pesquisa chegando à escola
conheça as pesquisas sobre Educação em Astronomia
Como elaborar uma proposta didática sobre conceitos
básicos de Astronomia, de modo que ocorram indícios
de aprendizagem significativa? Uma pesquisa realizada
durante um curso para professores de ensino médio do
Rio Grande do Sul aponta a resposta. Inicialmente,
desenvolveu-se uma metodologia de ensino a partir das
concepções da teoria da “aprendizagem significativa”,
de David Ausubel. Os indícios da aprendizagem
5. ______________________________________________________________________________________________________________ IODA, v.1, n.6, jun. 2013, pág.5
significativa foram obtidos por meio do uso de mapas
conceituais e representações dos conteúdos estudados,
nos quais os estudantes transpuseram os assuntos
abordados em novos contextos. Saiba como esta
pesquisa foi desenvolvida e como os autores chegaram
a resultados interessantes sobre o prazer pela ciência, a
construção de significado e a valorização do que está
sendo aprendido. Leia o artigo “Astronomia: uma
proposta para promover a aprendizagem significativa de
conceitos básicos de Astronomia na formação de
professores em nível médio”, acessando o link:
http://www.periodicos.ufsc.br/index.php/fisica/article/
view/2175-7941.2013v30n1p104/24488
De professor para professor
a cada edição, um relato de aula ministrada com o tema Astronomia
Atividade realizada no Observatório Didático de Astronomia "Lionel José
Andriatto” (UNESP – Bauru), por um grupo de graduandos junto à disciplina
Ensino de Ciências e Biologia em espaços não formais.
Tema central: Conhecimentos gerais de Astronomia
Objetivos: Discutir e trabalhar ludicamente alguns dos
conhecimentos gerais de Astronomia entre alunos do
curso de Licenciatura em Ciências Biológicas em um
espaço não formal de ensino.
Conteúdos: Origem do universo, Sistema Solar,
planetas, estações do ano, eclipse, marés, fases da Lua e
manchas solares.
Turma: 5º ano do curso de Licenciatura em Ciências
Biológicas (noturno)
Metodologia: Utilização de jogos dinâmicos com
perguntas para abordar diferentes assuntos de
Astronomia (Velha astronômica e Batalha espacial) e
observação de manchas solares por meio de um
telescópio com filtro especial. Inicialmente, os alunos do
curso de Licenciatura em Ciências Biológicas (futuros
professores de Ciências para o Ensino Fundamental)
foram divididos em duas equipes identificadas por
coletes verde ou rosa, confeccionados pelos próprios
responsáveis pela atividade (alunos-monitores). Para
decidir quem começaria o jogo, os estudantes
receberam um bexigão de 50 cm de diâmetro
representando o Sol. O desafio inicial era representar a
Terra, em tamanho proporcional, usando massa de
modelar. A equipe que chegasse mais próxima do
tamanho ideal, usando suas próprias concepções e sem
a permissão de consultar dados, iniciaria o jogo. Para se
verificar o tamanho mais adequado da esfera terrestre,
fez-se, posteriormente, uma “conta de regra de três”,
na qual consideramos o diâmetro do Sol (1.392.684 km),
aproximadamente 109 vezes maior do que o diâmetro
da Terra (12.756 km). Logo, o planeta de massa de
modelar deveria apresentar um diâmetro com cerca de
0,45 cm (cerca de apenas 5 mm).
Os Jogos: 1) Velha astronômica: 9 cadeiras foram
dispostas em 3x3 (3 fileiras e 3 colunas). Nesse jogo, os
dois grupos deveriam responder a perguntas feitas
pelos alunos-monitores. Cada resposta certa dava o
direito de preencher uma cadeira no jogo com um dos
integrantes do grupo; enquanto um erro implicava em
passar a vez para a equipe adversária. A equipe
vencedora foi aquela que preencheu primeiro as
cadeiras em fileiras verticais, horizontais ou diagonais,
com membros de sua equipe, tal como o “jogo da
velha”. 2) Batalha espacial: Inicialmente, posicionamos
as cadeiras em lados diferentes da sala, direito e
esquerdo. Cada equipe foi orientada a ficar em um dos
lados, e os seus membros, a ocuparem aleatoriamente
as cadeiras de tal maneira que ficassem isolados ou
formassem grupos de 2 ou 3 pessoas, constituindo
“naves espaciais” de diferentes tamanhos, semelhante
ao jogo Batalha
Naval. Essas
cadeiras possuíam
uma letra e uma
numeração (por
exemplo, A1, A2,
B1 etc.). Cada time
deveria escolher
um membro-
representante para
que ficasse à
frente das
cadeiras, sem que
observasse a
localização das
naves adversárias.
Após a pergunta sobre um dos assuntos de Astronomia,
cada equipe pensava e discutia a questão e repassava a
resposta ao membro-representante. Cada resposta
certa dava direito a um lançamento (“tiro”) em algum
quadrante adversário. A equipe vencedora foi aquela
que primeiro destruiu as naves adversárias. Dentre as
questões utilizadas e que foram posteriormente
6. ______________________________________________________________________________________________________________ IODA, v.1, n.6, jun. 2013, pág.6
discutidas com toda a sala a cada etapa dos jogos,
podemos citar: Qual a diferença entre eclipse solar e
lunar? Qual a constituição das estrelas? É possível
pousar em uma? Elas possuem ‘pontas’? Ideias para
outras perguntas podem ser obtidas consultando as
provas da Olimpíada Brasileira de Astronomia e
Astronáutica (OBA), em www.oba.org.br. Não houve um
padrão fixo de perguntas, elas podiam ser discursivas
para gerar maior discussão entre os alunos ou optativas
para garantir a abordagem de diversos conteúdos de
forma rápida. Coube aos alunos-monitores apenas guiar
as discussões e comentar as resposta falsas e corretas.
Foto obtida do Sol por José Carlos Diniz, em 24/06/11, usando um telescópio
com filtro H-alfa
Após a realização dos jogos, a segunda atividade
constituiu-se na abordagem do tema manchas solares,
na qual os estudantes puderam observar no telescópio
esse fenômeno. Nesse momento, levantou-se e discutiu-
se uma série de questões: constituição e funcionamento
de um telescópio, cuidados ao utilizá-lo em especial ao
observar o Sol, localização das estrelas, importância de
atividades em espaços não formais e ferramentas
didáticas para o ensino de Astronomia durante o dia.
Recursos: Notebook, projetor de slides, bexigão (50 cm),
massa de modelar, tecidos TNT para confecção dos
coletes, cadeiras, telescópio para observação do Sol
com filtro especial (Mylar ou H-alfa).
Questão central: Quais são os principais temas sobre
Astronomia que os futuros professores de Ciências
podem trabalhar com seus alunos?
Avaliação: Foi realizada coletivamente pelos próprios
graduandos, os quais puderam avaliar a importância das
atividades em sua futura prática docente.
Carga Horária: 3 horas
Fontes de consulta:
(1) DAMINELI, A. Procura de vida fora da Terra. Caderno
Brasileiro de Ensino de Física, v. 27, n. especial, p. 641-
646, dez. 2010. Link:
http://www.periodicos.ufsc.br/index.php/fisica/article/
view/2175-7941.2010v27nespp641/17198
(2) ECHER, E. et al. O número de Manchas Solares,
Índice da Atividade do Sol. Revista Brasileira de Ensino
de Física, v. 25, n. 2, p. 157-163, 2003. Link:
http://www.scielo.br/pdf/rbef/v25n2/a04v25n2.pdf
(3) LANGHI, R.; NARDI, R. Ensino de Astronomia: Erros
conceituais mais comuns presentes em livros didáticos
de ciências. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, v. 24,
n. 1, p. 87-111, abr. 2007. Link:
http://www.periodicos.ufsc.br/index.php/fisica/article/
view/6055/12760
(4) LIMA, F. P.; ROCHA, J. F. V. Eclipses solares e lunares.
Física na Escola, v. 5, n. 1, p. 22-24, 2004. Link:
http://www.sbfisica.org.br/fne/Vol5/Num1/v5n1a08.pdf
(5) STASINSKA, G. Por que as estrelas são importantes
para nós? Caderno Brasileiro de Ensino de Física, v. 27.,
n. especial, p. 672-684, 2010. Link:
http://www.periodicos.ufsc.br/index.php/fisica/article/
view/2175-7941.2010v27nespp672/17201
Comentários: A realização dos jogos permitiu a
interação entre os alunos, bem como a discussão de
diversos temas de Astronomia, possibilitando uma
reflexão da importância de seus conteúdos para a
formação do professor de ciências. A participação da
classe nas atividades tornou possível a aquisição de
conhecimentos científicos como noções de tamanho da
Terra em relação ao Sol, e esclarecimento de dúvidas
em relação aos erros conceituais ainda presentes em
alguns livros didáticos. A abordagem de vários temas foi
proposital, com o intuito de avaliar o conhecimento
geral dos alunos, uma vez que a Astronomia não faz
parte do cronograma curricular da graduação em
Ciências Biológicas. E é este o profissional responsável
pela disciplina de Ciências no Ensino Fundamental. A
partir dessa carência, pudemos desenvolver atividades e
dinâmicas que podem ser utilizadas em sala de aula.
Além disso, a observação das manchas solares
demonstrou que é possível realizar atividades dinâmicas
e práticas sobre Astronomia mesmo durante o dia.
Autoria: Gabriel Victoriano dos Santos, Sarah El Chamy Maluf, Paula
Nascimento Antonio, Daniel Marutani Tamashiro, Elsie Leticia Turini,
Anderson Prestes, Leandro Gonzaga e Job Antonio Garcia Ribeiro (UNESP
Bauru). Agradecimentos pela revisão: Ana Maria Pereira (Polo Astronômico
Casimiro Montenegro Filho).
IODA - Informativo do Observatório Didático de Astronomia
“Lionel José Andriatto” da UNESP Bauru é uma publicação mensal
e gratuita.
ISSN 2317-0948
Editores: LANGHI, R.; SCALVI, R. M. F. (UNESP)
Edições anteriores e informações: http://unesp.br/astronomia
ou: http://sites.google.com/site/iodastronomia