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A estrutura da TerraA estrutura da Terra
• O interior da Terra, assim como o interior de outros
planetas telúricos, é dividido por critérios químicos em
uma camada externa (crosta) de silício, um manto
altamente viscoso, e um núcleo que consiste de uma
porção sólida envolvida por uma pequena camada
líquida. Esta camada líquida dá origem a um campo
magnético devido a convecção de seu material,
eletricamente condutor.
• O material do interior da Terra encontra frequentemente
a possibilidade de chegar à superfície, através de
erupções vulcânicas e fendas oceânicas. Muito da
superfície terrestre é relativamente novo, tendo menos
de 100 milhões de anos; as partes mais velhas da crosta
terrestre têm até 4,4 mil milhões de anos.
A Terra divide-se em camadas
concêntricas de diferentes
composições e estados físicos.
As camadas são separadas
pelas descontinuidades de
Mohorovicic e de Gutenberg. A
camada mais externa é a
crosta, formada por granito nos
continentes e por basalto sob
os oceanos. O manto é a
camada intermediária e a mais
extensa. Supõe-se que seja
formado por uma rocha
chamada peridotite. Na zona
central da Terra encontra-se o
núcleo, composto por ferro e
níquel.
Camadas terrestres, a partir daCamadas terrestres, a partir da
superfície:superfície:
• Litosfera (de 0 a 60,2km)
• Crosta (de 0 a 30/35 km)
• Manto (de 60 a 2900 km)
• Astenosfera (de 100 a 700 km)
• Núcleo externo (líquido - de 2900 a 5100
km)
• Núcleo interno (sólido - além de 5100 km)
Camadas da TerraCamadas da Terra
Esquema mostrando de forma muito simplificada a composição química
(elementos principais), o estado físico, as temperaturas e as
profundidades das camadas quase concêntricas, definidas por
descontinuidades, que constituem o modelo da estrutura interna da
Terra.
• Situado sob a descontinuidade de Gutenberg, o
núcleo, é constituído essencialmente por ferro e
níquel, podendo conter algum silício e enxofre.
Subdivide-se em núcleo externo (até 5.200
Km; 30,8% da massa da Terra; profundidade de
2.890 - 5.150 Km), supostamente líquido, como
se deduz do comportamneto das ondas
sísmicas, e núcleo interno (1,7% da massa de
Terra; profundidade de 5.150 - 6.370 Km ),
considerado como estando no estado sólido. A
descontinuidade de Lehmann separa os dois
meios.
Secção esquemática representando um corte em profundidade aoSecção esquemática representando um corte em profundidade ao
longo do raio terrestre.longo do raio terrestre.
Camadas da TerraCamadas da Terra
Crosta e litosferaCrosta e litosfera
• - A crosta (crosta) terrestre é a zona mais superficial e de menor densidade (d=2,7
g/cm3 a 2,9 g/cm3). Com base na velocidade de propagação das ondas sísmicas, na
crusta terrestre, os sismólogos chegaram aos seguintes resultados: à profundidade
de cerca de 17 Km há uma variação na velocidade de propagação das ondas P e S,
o que pressupõe a alteração das características do material e por conseguinte a
existência de uma descontinuidade, designada descontinuidade de Conrad. Entre
a superfície e a descontinuidade de Conrad a velocidade de propagação das
ondas sísmicas é: Vp=5,6 Km/s e Vs=3,3 Km/s; a partir da descontinuidade de
Conrad até à descontinuidade de Moho os valores são: Vp=6 a 7 Km/s e Vs=3,7
Km/s. Deste modo, a descontinuidade de Conrad subdivide a crusta continental
em: crusta continental superior e crusta continental inferior. A primeira camada,
também designada por Sial, devido ao predomínio do silício (Si) e do aluminio (Al),
sendo constituída em grande parte por rochas do tipo geral do granito - camada
granítica; a segunda, denominada Sima, por ser rica em silício (Si) e magnésio
(Mg), deverá ser constituída por rochas da família do gabro e do tipo do basalto -
camada basáltica. A crusta oceânica é formada por uma camada basáltica, com
velocidades de propagação das ondas sísmicas do tipo P entre 4 a 5 Km/s, com
cerca de 1 a 4 Km de espessura e pela camada oceânica, com velocidade de
progação das ondas do tipo P entre 6 a 7 Km/s, com cerca de 5 a 6 Km de
espessura. Quer a crusta continental, quer a oceânica, possuem na sua parte
superior uma camada sedimentar de espessura variável. A litosfera, com
espessura de aproxidamente 100 Km, engloba as rochas da crusta terrestre
(continental e oceânica) e uma parte do manto superior, como uma unidade rígida. A
litosfera é formada por um mosaico de placas rígidas e móveis - as placas litosféricas
ou tectónicas.
AstenosferaAstenosfera
• A astenosfera, representada na secção
esquemática, entre os 400 e 650 Km de
profundidade, com a cor verde claro, segue-se à
litosfera, fazendo parte do manto superior, é
uma zona plástica constituída por rochas
fundidas. Na astenosfera as ondas propagam-se
com uma velocidade menor do que na litosfera,
o que leva alguns autores a designá-la por zona
de baixas velocidades. A astenosfera constitui
uma camada importante na mobilidade da
litosfera, não só por ser constituída por
materiais plásticos mas também por nela se
desenvolverem as correntes de convexão, que
trataremos no Tema Tectônica de placas.
MantoManto
• O manto inferior está separado da
astenosfera pela descontinuidade de
Repetti, prolonga-se até à base do núcleo
(2.700 - 2.890 Km). A camada D" tem
uma espessura calculada entre 200 e 300
Km e representa cerca de 4% da massa
manto-crosta. Faz parte do manto inferior,
acontecendo que descontinuidades
sísmicas sugerem que a camada D" pode
diferir quimicamente do manto inferior.
NúcleoNúcleo
• O núcleo constitui a zona central,
essencialmente formado por ferro e níquel
e diferente da composição dos silicatos
que o envolvem. Com base nas
propriedades físicas, é posssível distinguir
duas zonas: núcleo interno, sólido, e
núcleo externo, líquido.
Perfil da TerraPerfil da Terra
Camadas da TerraCamadas da Terra
Rochas e mineraisRochas e minerais
• Os minerais são substâncias encontradas na natureza,
formados por uma composição química equilibrada,
resultante de milhões de anos de processos inorgânicos
(ação do calor, pressão, etc). A maioria dos minerais é
sólido, como feldspato, mica, quartzo, mas há alguns
líquidos, como a água e o mercúrio.
• As rochas são formadas por dois ou mais minerais
agrupados. Existem três classificações para as rochas,
de acordo com a sua formação: magmaticas,
sedimentares e metamorficas.
Tipos de RochasTipos de Rochas
Rochas ÍgneasRochas Ígneas
Elas são formadas pelo resfriamento de uma massa de rocha derretida que existe
no centro da Terra. Esta massa chama-se magma e ás vezes é expelida para a
superfície soterrando o que quer que esteja em sua frente(como a lava dos
vulcões, por exemplo) e acaba se resfriando e endurecendo (Extrusivas ou
vulcânicas), outras vezes o magma acaba se solidificando no subterrâneo mesmo
(Intrusivas ou plutônicas).
Como exemplos de rochas ígneas temos os basaltos, os granitos, o quartzo
monasítico e a obsidiana.
Quando um vulcão entra em erupção, lança grande quantidade de um material
pulvirulento (em pó) chamado cinza vulcânica que, pelo seu peso, acaba por se
depositar como uma camada densa de poeira.
Como o magma fica um certo tempo a alta temperatura, ele normalmente destrói
tudo que toca, entretanto às vezes um organismo pode ser preservado ao ser
coberto pelas cinzas, como aconteceu na cidade de Pompéia no ano de 79 antes
de Cristo. Esta cidade e sua vizinha Herculano, ficavam próximas a um vulcão que
entrou em erupção lançando grande quantidade de cinzas que vieram a soterrar a
cidade. Os animais e até mesmo as pessoas foram atingidas, sendo cobertas pelas
cinzas e preservadas até hoje como se fossem estátuas.
Ruínas deRuínas de
PompéiaPompéia
• Pompéia foi outrora uma antiga
cidade do Império Romano situada a
sensivelmente 22 km da moderna
Nápoles, na Itália, no território do
atual município de Pompéia. A antiga
cidade foi destruída durante uma
grande erupção do vulcão Vesúvio
em 24 de Agosto do ano 79 d.C..
• A erupção do vulcão provocou uma
intensa chuva de cinzas que sepultou
completamente a cidade, que se
manteve oculta por 1600 anos antes
de ser reencontrada por acaso.
Cinzas e lama moldaram os corpos
das vítimas, permitindo que fossem
encontradas do modo exato em que
foram atingidas pela erupção do
Vesúvio. Desde então, as escavações
proporcionaram um sítio arqueológico
extraordinário, que possibilita uma
visão detalhada na vida de uma
cidade dos tempos da Roma Antiga.
Rocha magmática intrusiva e extrusivaRocha magmática intrusiva e extrusiva
Granito
Basalto
Rochas SedimentaresRochas Sedimentares
• A palavra sedimentar tem sua origem no latin sedere (= acumular) e é uma
referência ao seu processo de formação. Elas cobrem cerca de 2/3 da área
dos continentes e a maior parte do fundo dos oceanos.
• Quando as rochas são atingidas pelos agentes do tempo como o vento, a
chuva, o gelo, elas se desagregam, liberando pequenas partículas das
rochas, ou se dissolvem e são carregadas pelas águas, pelo vento, ou pela
gravidade, para outros locais mais baixos, como planícies,lagos, e mares.
Ali estas partículas vão se acumulando em camadas (estratos)e vão se
compactando formando arenitos e conglomerados. Quando a rocha está
dissolvida na água, ela pode precipitar no fundo de mares, formando os
calcáreos.
• Podemos classificar as rochas sedimentares em clásticas (do grego klastos
= pedaços) quando são formadas por partículas ou fragmentos de outras
rochas; e em não clásticas, formadas por diminutos cristais minerais ou
matéria orgânica.
• É nessas rochas que a maioria dos fósseis foi encontrada, pois sua
formação é mais delicada, não prejudicando tanto o material a ser
fossilizado.
• Como exemplos de rochas sedimentares temos os calcáreos, os arenitos, a
areia, os evaporitos, etc.
Rocha sedimentarRocha sedimentar
Arenito
Dolomita
Rochas MetamórficasRochas Metamórficas
• A origem de seu nome também vem do grego
(meta = mudança, morpho = forma).
• São formadas a partir de rochas ígneas ou
sedimentares que foram modificadas em sua
estrutura, textura ou composição pela ação de
altas temperaturas, pressões, ou líquidos e
gases que reajam quimicamente com a rocha
original
• As modificações que uma rocha metamórfica
sofrem, normalmente destroem os fósseis que
poderiam estar em seu interior.
• Como exemplos deste tipo de rochas temos o
xisto, o mármore, o filito, etc.
Rochas metamórficasRochas metamórficas
Mármore
Xisto
Escala de MohsEscala de Mohs
• A Escala de Mohs quantifica a dureza dos minerais, isto é, a
resistência que um determinado mineral oferece ao risco, ou seja, a
retirada de partículas da sua superfície. O diamante risca o vidro,
portanto, este é mais duro que o vidro. Esta escala foi criada em 1812
pelo mineralogista alemão Friedrich Mohs com 10 minerais de
diferentes durezas existentes na crosta terrestre. Atribuiu valores de 1
a 10. O valor de dureza 1 foi dado ao material menos duro que é o
talco, e o valor 10 dado ao diamante que é a substância mais dura
existente na natureza. Esta escala não corresponde à dureza
absoluta de um material, por exemplo, o diamante tem dureza
absoluta 1500 vezes superior ao talco. Entre 1 e 9, a dureza aumenta
de modo mais ou menos uniforme, mas de 9 para 10 há uma
diferenças muito acentuada, pois o diamante é muito mais duro que o
coríndon (ou seja, que o rubi e a safira).
Dureza Mineral Fórmula química
1 Talco, (pode ser arranhado facilmente com
a unha)
Mg3Si4O10(OH)2
2 Gipsita (ou Gesso), (pode ser arranhado
com unha com um pouco mais de
dificuldade)
CaSO4·2H2O
3 Calcita, (pode ser arranhado com uma
moeda de cobre)
CaCO3
4 Fluorita, (pode ser arranhada com uma faca
de cozinha)
CaF2
5 Apatita, (pode ser arranhada dificilmente
com uma faca de cozinha)
Ca5(PO4)3(OH-,Cl-,F-)
6 Feldspato / Ortoclásio, (pode ser arranhado
com uma liga de aço)
KAlSi3O8
7 Quartzo, (capaz de arranhar o vidro. Ex.:
Ametista)
SiO2
8 Topázio, (Capaz de arranhar o quartzo) Al2SiO4(OH-,F-)2
9 Corindon, (Capaz de arranhar o Topázio.
Exs.: Safira e Rubi)
Al2O3
10 Diamante, (Mineral mais duro que existe,
pode arranhar qualquer outro e é arranhado
apenas por outro diamante )
C
Ciclo das rochasCiclo das rochas
A Estrutura GeológicaA Estrutura Geológica
• A estrutura geológica brasileira é formada por uma proteção
cristalina, que se estende por 36% do território nacional e por
bacias sedimentares que ocupam 64% do território brasileiro.
Nos territórios sedimentares encontra-se outras riquezas, como
minerais radioativos, xisto betuminoso e até mesmo materiais
utilizados em construção, como areia, cascalho e etc.
Os terrenos sedimentares são de várias idades geológicas, desde a
era Paleozóica, tem duas riquezas importantes: o petróleo e carvão
mineral. Mesmo o Brasil não tendo a quantidade compatível com
outros países já alcançou a auto-suficiência nessa fonte de energia.
Segundo as pesquisas ainda existem novos poços de óleo e gás
natural a serem explorados.
Tectônica de placasTectônica de placas
• Atualmente, a crosta terrestre é constituída por cerca de doze placas tectônicas, que
ficam literalmente boiando em cima do magma pastoso. Há milhões de anos, quando
se iniciou sua movimentação, devia haver menos placas. Ao moverem-se em vários
sentidos, pelo fato de o planeta ser esférico, as placas acabaram se encontrando em
determinados pontos da crosta e dando origem aos dobramentos modernos, aos
terremotos, etc. A palavra tectônica deriva do radical grego tektoniké “ arte de
construir”. Assim, ao se movimentarem sobre o magma, desde o final da era
Mesozóica, as placas acabaram por se “chocar” em certos pontos, o que determinou,
ao longo de milhares de anos, alterações no relevo.
• Na faixa de contato entre as placas, seja na zona de formação, em geral nas dorsais
oceânicas, ou de destruição, em geral no contato do oceano com o continente, a
crosta é frágil, o que permite o escape de magma, originando os vulcões e, em
função do atrito, há ocorrência de abalos sísmicos. As placas oceânicas (sima) são
pesadas e densas e, tendem a mergulhar sob as placas continentais (sial). Esse
fenômeno, conhecido como subducção, dá origem às fossas marinhas ou regiões
abissais e ocorre onde há o encontro das placas. Quando a placa oceânica mergulha
em direção ao manto, é destruída. Já a placa continental, com a pressão exercida
pela placa oceânica que é justamente nessas porções mais sensíveis da crosta onde
ocorrem, desde pelo menos a era Mesozóica, os movimentos orogenéticos (do grego
oros, que quer dizer “montanha”). É onde surgiram as grandes cadeias montanhosas
do planeta, formadas pelo enrugamento, pelo soerguimento ou pelo dobramento de
extensas porções da crosta.
Placas TectônicasPlacas Tectônicas
Os três tipos de limites de placasOs três tipos de limites de placas
• Como esse fenômeno é relativamente recente na história do
planeta (ocorreu no fim da era Mesozóica e início da
Cenozóica, no período Terciário), convencionou-se denominá-
lo de dobramento moderno. Assim, as cadeias dobradas
recentemente, como os Andes, o Himalaia, as Rochosas, os
Alpes, etc., apresentam elevadas altitudes e forte instabilidade
tectônica. Por serem relativamente recentes, acham-se pouco
desgastadas e, como ainda estão em construção, tornam-se
sujeitas à ação de terremotos e vulcões.
• Podemos concluir que, quanto à origem, existem três tipos
principais de províncias geológicas no planeta: escudos
cristalinos, bacias sedimentares e dobramentos modernos.
HimalaiaHimalaia
Everest no
Himalaia
AlpesAlpes
O Aconcágua
(6.959m), a
maior montanhas
das Américas,
situada na
Argentina,
próximo da
fronteira com o
Chile.
AndesAndes
RochosasRochosas
• Os escudos pré-cambrianos apresentam disponibilidade
de minerais metálicos (ferro, manganês, ouro, bauxita,
etc.), sendo, por isso, bastante explorados
economicamente. Já nos escudos paleozóicos encontram-
se minerais não-metálicos (cimento, gesso, etc.). Nos
dobramentos modernos, o terreno soerguido pelo
movimento das placas pode conter qualquer tipo de
minério. As bacias sedimentares são depressões do
terreno, preenchidas por fragmentos minerais de rochas
erodidas e por sedimentos orgânicos, que no tempo
geológico podem transformar-se em combustíveis fósseis.
No caso do soterramento de antigos ambientes aquáticos,
ricos em plâncton, é possível encontrar petróleo. Já no
caso do soterramento de antigas florestas, há a
possibilidade de ocorrência de carvão mineral. As
principais reservas petrolíferas e carboníferas do planeta
datam, respectivamente, das eras Mesozóicas e
Paleozóicas. Assim, as bacias sedimentares são
importantes províncias onde podem ocorrer combustíveis
fósseis de origem orgânica: petróleo, carvão mineral e
xisto betuminoso.
• A estrutura geológica brasileira é constituída por bacias
sedimentares (64%) e escudos cristalinos (36%). Por encontrar-se
no meio da placa tectônica sul-americana, o Brasil não possui
cadeias montanhosas ou dobramentos modernos. Os escudos
cristalinos foram muito desgastados pela erosão, apresentando
altitudes modestas e formas arredondadas.
• Nosso país é muito rico em recursos minerais metálicos,
principalmente nos 40% do território formados por escudos da era
Proterozóica. Embora extensas, as bacias sedimentares
continentais são pouco exploradas economicamente, apresentando
pequena produção de petróleo. As bacias carboníferas do Sul do
país, em estágios inferiores de transformação geológica, produzem
carvão com menor valor energético que as bacias carboníferas do
hemisfério norte. Na plataforma continental, a alguns quilômetros
da costa, explora-se petróleo em quantidades significativas.
Destaca-se a bacia de Campos, no litoral norte do estado do Rio de
Janeiro, responsável por aproximadamente 60% da produção
nacional, em 1994. Aliás, o Brasil dispõe de uma das mais
avançadas tecnologias de exploração petrolífera em águas
profundas, aprimorada justamente na bacia de Campos.
RELEVORELEVO
• O relevo corresponde às formas assumidas pelo terreno (serras,
montanhas, depressões, chapadas, etc.) após serem moldadas
pela atuação de agentes internos e externos sobre a crosta
terrestre. Os agentes internos são as forças tectônicas
(movimentos orogenéticos, terremotos e vulcanismo), que se
originam dos movimentos das placas tectônicas, alterando as
formas do terreno na superfície terrestre. Os escudos cristalinos
(serras), por exemplo, formam-se nas eras Pré-cambriana e
Paleozóica. Suas formas atuais são resultado da modelagem
exercida pela ação dos agentes externos ou agentes erosivos
(chuva, vento, rios, gelo, neve, etc.), atuando durante milhões de
anos sobre as formas definidas pelos agentes internos. Já as
cadeias montanhosas terciárias são resultantes da ação dos
agentes internos (orogênese).
• Em geografia, o relevo terrestre pode ser definido como as formas
da superfície do planeta. O relevo se origina e se transforma sob a
interferência de dois tipos de agentes:os agentes internos e
externos.
• endógenos: vulcanismo e tectonismo;
• exógenos: intemperismo e a antropicidade (o fator humano).
O relevo brasileiroO relevo brasileiro
• No território brasileiro, os terrenos acidentados, de formação
geológica cristalina, são muito antigos e desgastados pela erosão,
possuindo altitudes modestas. O país não possui cadeias
montanhosas ou dobramentos. Como vimos, isso decorre do fato
de o Brasil encontrar-se no centro de uma placa tectônica. Já as
bacias sedimentares brasileiras são constituídas de terrenos
relativamente aplainados, de idades geológicas recentes em seus
estratos superiores (terciários e quaternários).
• Embora existam classificações anteriores, somente na década de
40 foi criada uma classificação do relevo brasileiro considerada
coerente com a realidade do nosso território. Ela foi elaborada pelo
professor Aroldo de Azevedo e levava em conta as cotas
altimétricas, definindo planalto como um terreno levemente
acidentado, com mais de 200 metros de altitude, e planície como
uma superfície plana, com altitude inferior a 200 metros. O Brasil
tem oito unidades de relevo. Os planaltos ocupam 59% da
superfície do território, e as planícies, os 41% restantes.
• No final da década de 50, o professor Aziz
Ab’Sáber, discípulo de Aroldo de
Azevedo, promoveu alteração nos
critérios de definição dos compartimentos
do relevo. A partir de então, passou-se a
considerar planalto uma área em que os
processos de erosão superam os de
sedimentação, e planície, uma área mais
ou menos plana, em que os processos de
sedimentação superam os de erosão,
independentemente das cotas
altimétricas.
• No território distinguem-se três compartimentos:
• Planalto: é um compartimento de relevo com superfície
irregular e altitude superior a 300 metros, no qual
predominam processos erosivos em terrenos cristalinos
ou sedimentares.
• Planície: é um compartimento de relevo com superfície
plana e altitude igual ou inferior a 100 metros, no qual
predominam acúmulos recentes de sedimentos.
• Depressão: é um compartimento de relevo mais plano
que o planalto, no qual predominam processos erosivos,
com suave inclinação e altitude entre 100 e 500 metros.
• Os fundos dos oceanos apresentam uma variedade de formas,
assim como o relevo terrestre: são montanhas, áreas planas,
depressões que não podemos visualizar, mas que também
precisam de classificação e análise.
Durante a Segunda Guerra Mundial, com a necessidade de se
desenvolverem equipamentos para vasculhar o fundo dos oceanos
em busca de submarinos, houve um avanço no estudo do relevo do
fundo dos mares.
Nas décadas de 1950-1960, finalmente, tornou-se possível
cartografar (mapear) o fundo dos oceanos e a partir daí classificá-
lo. Com o avanço dos sistemas de satélites, infravermelhos e
mapeamentos térmicos, a geomorfologia marinha avançou muito.
O relevo submarinoO relevo submarino
No relevo submarino, podemos distinguir:
• Plataforma continental: É um prolongamento da área continental emersa (o
continente) com profundidade de até 200 m apresenta-se na forma de planície
submersa que margeia todos os continentes, sua extensão varia de 70 km a 1.000
km.
A plataforma continental é considerada a área mais importante do relevo submarino,
pois é nessa região que a luz do sol atinge praticamente o fundo oceânico,
permitindo a ocorrência de fotossíntese e o crescimento do plâncton, este último,
indispensável para a alimentação de peixes e animais marinhos. Por isso, ficam aí as
maiores regiões pesqueiras e também as bacias petrolíferas. É a continuação do
relevo e da estrutura geológica continental abaixo do nível do mar, onde aparecem
as ilhas continentais ou costeiras, de origem vulcânica, tectônica ou biológica. Por
apresentar profundidades modestas, há penetração de luz solar, criando condições
propícias ao desenvolvimento da vegetação marinha, o que torna a plataforma muito
importante para o desenvolvimento da atividade pesqueira. As depressões do
terreno na plataforma continental tornam-se, ao longo do tempo geológico, bacias
sedimentares importantíssimas para a exploração de petróleo em águas oceânicas.
• Talude: é o fim do continente, onde há o encontro da crosta continental com a crosta
oceânica, formando desníveis de profundidade variável, que chegam a atingir 3 mil
metros. As fossas marinhas são depressões abissais que aparecem abaixo do
talude, em zonas de encontro de placas tectônicas. É outra unidade do relevo
submarino, que se forma imediatamente após a plataforma continental. Tem origem
sedimentar e inclina-se até o fundo oceânico, atingindo entre 3.000 e 5.000 metros
de profundidade. O relevo do talude continental não é regular, ocorrendo
freqüentemente cânions e vales submersos.
• Região pelágica: é o relevo submarino propriamente
dito, onde encontramos depressões, montanhas
tectônicas e vulcânicas, planícies, etc. Na região
pelágica, aparecem as ilhas oceânicas.
• Planície abissal ou bacia: São áreas extensas com
mais de 5.000 m de profundidade. Estendem-se desde o
talude continental até as encostas das cordilheiras
oceânicas. Por vezes, essa planície é interrompida por
montes submarinos (com alturas entre 200 metros e
1.000 metros) ou mesmo por montanhas submarinas, de
origem vulcânica com elevações acima de 1.000 metros,
dando origem por vezes a ilhas oceânicas.
Nesta zona do oceano não há luz alguma, as
temperaturas são baixas e a vida marinha não é tão
abundante, predominam peixes cegos, algas e polvos
gigantes.
Cordilheira oceânica
• São elevações que ocorrem de forma regular ao longo dos
oceanos. Estendem-se por 84 mil quilômetros no total, com uma
largura por volta dos mil quilômetros. Nessa área encontramos
intensa atividade sísmica (tremores) e vulcânica. A cordilheira
oceânica divide a crosta submarina em duas partes, representado
uma ruptura ou cicatriz produzida durante a separação dos
continentes.
No oceano Atlântico, a cordilheira oceânica é chamada de meso-
atlântica, porque ocupa a parte central deste oceano, na Islândia a
cordilheira emerge na forma de ilha e a área é constantemente
abalada pelos fenômenos já citados. Nos oceanos Pacífico e Índico,
as cordilheiras áreas mais laterais (marginais) mais próximas dos
continentes.
Fossas oceânicas
• São depressões alongadas (compridas) e estreitas, com grande
declividade que ocorrem ao longo das áreas de subducção de
placas tectônicas, ou seja, são fendas que atingem grandes
profundidades entre 7.000 e 11.037 m, onde a placa oceânica
mergulha de volta para o manto.
Desse modo, criaram-se as divisões do relevo submarino, conforme sãoDesse modo, criaram-se as divisões do relevo submarino, conforme são
apresentadas a seguir:apresentadas a seguir:

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Estrutura da Terra em camadas

  • 1. A estrutura da TerraA estrutura da Terra
  • 2. • O interior da Terra, assim como o interior de outros planetas telúricos, é dividido por critérios químicos em uma camada externa (crosta) de silício, um manto altamente viscoso, e um núcleo que consiste de uma porção sólida envolvida por uma pequena camada líquida. Esta camada líquida dá origem a um campo magnético devido a convecção de seu material, eletricamente condutor. • O material do interior da Terra encontra frequentemente a possibilidade de chegar à superfície, através de erupções vulcânicas e fendas oceânicas. Muito da superfície terrestre é relativamente novo, tendo menos de 100 milhões de anos; as partes mais velhas da crosta terrestre têm até 4,4 mil milhões de anos.
  • 3. A Terra divide-se em camadas concêntricas de diferentes composições e estados físicos. As camadas são separadas pelas descontinuidades de Mohorovicic e de Gutenberg. A camada mais externa é a crosta, formada por granito nos continentes e por basalto sob os oceanos. O manto é a camada intermediária e a mais extensa. Supõe-se que seja formado por uma rocha chamada peridotite. Na zona central da Terra encontra-se o núcleo, composto por ferro e níquel.
  • 4. Camadas terrestres, a partir daCamadas terrestres, a partir da superfície:superfície: • Litosfera (de 0 a 60,2km) • Crosta (de 0 a 30/35 km) • Manto (de 60 a 2900 km) • Astenosfera (de 100 a 700 km) • Núcleo externo (líquido - de 2900 a 5100 km) • Núcleo interno (sólido - além de 5100 km)
  • 5. Camadas da TerraCamadas da Terra Esquema mostrando de forma muito simplificada a composição química (elementos principais), o estado físico, as temperaturas e as profundidades das camadas quase concêntricas, definidas por descontinuidades, que constituem o modelo da estrutura interna da Terra.
  • 6. • Situado sob a descontinuidade de Gutenberg, o núcleo, é constituído essencialmente por ferro e níquel, podendo conter algum silício e enxofre. Subdivide-se em núcleo externo (até 5.200 Km; 30,8% da massa da Terra; profundidade de 2.890 - 5.150 Km), supostamente líquido, como se deduz do comportamneto das ondas sísmicas, e núcleo interno (1,7% da massa de Terra; profundidade de 5.150 - 6.370 Km ), considerado como estando no estado sólido. A descontinuidade de Lehmann separa os dois meios.
  • 7. Secção esquemática representando um corte em profundidade aoSecção esquemática representando um corte em profundidade ao longo do raio terrestre.longo do raio terrestre.
  • 9. Crosta e litosferaCrosta e litosfera • - A crosta (crosta) terrestre é a zona mais superficial e de menor densidade (d=2,7 g/cm3 a 2,9 g/cm3). Com base na velocidade de propagação das ondas sísmicas, na crusta terrestre, os sismólogos chegaram aos seguintes resultados: à profundidade de cerca de 17 Km há uma variação na velocidade de propagação das ondas P e S, o que pressupõe a alteração das características do material e por conseguinte a existência de uma descontinuidade, designada descontinuidade de Conrad. Entre a superfície e a descontinuidade de Conrad a velocidade de propagação das ondas sísmicas é: Vp=5,6 Km/s e Vs=3,3 Km/s; a partir da descontinuidade de Conrad até à descontinuidade de Moho os valores são: Vp=6 a 7 Km/s e Vs=3,7 Km/s. Deste modo, a descontinuidade de Conrad subdivide a crusta continental em: crusta continental superior e crusta continental inferior. A primeira camada, também designada por Sial, devido ao predomínio do silício (Si) e do aluminio (Al), sendo constituída em grande parte por rochas do tipo geral do granito - camada granítica; a segunda, denominada Sima, por ser rica em silício (Si) e magnésio (Mg), deverá ser constituída por rochas da família do gabro e do tipo do basalto - camada basáltica. A crusta oceânica é formada por uma camada basáltica, com velocidades de propagação das ondas sísmicas do tipo P entre 4 a 5 Km/s, com cerca de 1 a 4 Km de espessura e pela camada oceânica, com velocidade de progação das ondas do tipo P entre 6 a 7 Km/s, com cerca de 5 a 6 Km de espessura. Quer a crusta continental, quer a oceânica, possuem na sua parte superior uma camada sedimentar de espessura variável. A litosfera, com espessura de aproxidamente 100 Km, engloba as rochas da crusta terrestre (continental e oceânica) e uma parte do manto superior, como uma unidade rígida. A litosfera é formada por um mosaico de placas rígidas e móveis - as placas litosféricas ou tectónicas.
  • 10. AstenosferaAstenosfera • A astenosfera, representada na secção esquemática, entre os 400 e 650 Km de profundidade, com a cor verde claro, segue-se à litosfera, fazendo parte do manto superior, é uma zona plástica constituída por rochas fundidas. Na astenosfera as ondas propagam-se com uma velocidade menor do que na litosfera, o que leva alguns autores a designá-la por zona de baixas velocidades. A astenosfera constitui uma camada importante na mobilidade da litosfera, não só por ser constituída por materiais plásticos mas também por nela se desenvolverem as correntes de convexão, que trataremos no Tema Tectônica de placas.
  • 11. MantoManto • O manto inferior está separado da astenosfera pela descontinuidade de Repetti, prolonga-se até à base do núcleo (2.700 - 2.890 Km). A camada D" tem uma espessura calculada entre 200 e 300 Km e representa cerca de 4% da massa manto-crosta. Faz parte do manto inferior, acontecendo que descontinuidades sísmicas sugerem que a camada D" pode diferir quimicamente do manto inferior.
  • 12. NúcleoNúcleo • O núcleo constitui a zona central, essencialmente formado por ferro e níquel e diferente da composição dos silicatos que o envolvem. Com base nas propriedades físicas, é posssível distinguir duas zonas: núcleo interno, sólido, e núcleo externo, líquido.
  • 15. Rochas e mineraisRochas e minerais • Os minerais são substâncias encontradas na natureza, formados por uma composição química equilibrada, resultante de milhões de anos de processos inorgânicos (ação do calor, pressão, etc). A maioria dos minerais é sólido, como feldspato, mica, quartzo, mas há alguns líquidos, como a água e o mercúrio. • As rochas são formadas por dois ou mais minerais agrupados. Existem três classificações para as rochas, de acordo com a sua formação: magmaticas, sedimentares e metamorficas.
  • 16. Tipos de RochasTipos de Rochas Rochas ÍgneasRochas Ígneas Elas são formadas pelo resfriamento de uma massa de rocha derretida que existe no centro da Terra. Esta massa chama-se magma e ás vezes é expelida para a superfície soterrando o que quer que esteja em sua frente(como a lava dos vulcões, por exemplo) e acaba se resfriando e endurecendo (Extrusivas ou vulcânicas), outras vezes o magma acaba se solidificando no subterrâneo mesmo (Intrusivas ou plutônicas). Como exemplos de rochas ígneas temos os basaltos, os granitos, o quartzo monasítico e a obsidiana. Quando um vulcão entra em erupção, lança grande quantidade de um material pulvirulento (em pó) chamado cinza vulcânica que, pelo seu peso, acaba por se depositar como uma camada densa de poeira. Como o magma fica um certo tempo a alta temperatura, ele normalmente destrói tudo que toca, entretanto às vezes um organismo pode ser preservado ao ser coberto pelas cinzas, como aconteceu na cidade de Pompéia no ano de 79 antes de Cristo. Esta cidade e sua vizinha Herculano, ficavam próximas a um vulcão que entrou em erupção lançando grande quantidade de cinzas que vieram a soterrar a cidade. Os animais e até mesmo as pessoas foram atingidas, sendo cobertas pelas cinzas e preservadas até hoje como se fossem estátuas.
  • 17. Ruínas deRuínas de PompéiaPompéia • Pompéia foi outrora uma antiga cidade do Império Romano situada a sensivelmente 22 km da moderna Nápoles, na Itália, no território do atual município de Pompéia. A antiga cidade foi destruída durante uma grande erupção do vulcão Vesúvio em 24 de Agosto do ano 79 d.C.. • A erupção do vulcão provocou uma intensa chuva de cinzas que sepultou completamente a cidade, que se manteve oculta por 1600 anos antes de ser reencontrada por acaso. Cinzas e lama moldaram os corpos das vítimas, permitindo que fossem encontradas do modo exato em que foram atingidas pela erupção do Vesúvio. Desde então, as escavações proporcionaram um sítio arqueológico extraordinário, que possibilita uma visão detalhada na vida de uma cidade dos tempos da Roma Antiga.
  • 18. Rocha magmática intrusiva e extrusivaRocha magmática intrusiva e extrusiva Granito Basalto
  • 19. Rochas SedimentaresRochas Sedimentares • A palavra sedimentar tem sua origem no latin sedere (= acumular) e é uma referência ao seu processo de formação. Elas cobrem cerca de 2/3 da área dos continentes e a maior parte do fundo dos oceanos. • Quando as rochas são atingidas pelos agentes do tempo como o vento, a chuva, o gelo, elas se desagregam, liberando pequenas partículas das rochas, ou se dissolvem e são carregadas pelas águas, pelo vento, ou pela gravidade, para outros locais mais baixos, como planícies,lagos, e mares. Ali estas partículas vão se acumulando em camadas (estratos)e vão se compactando formando arenitos e conglomerados. Quando a rocha está dissolvida na água, ela pode precipitar no fundo de mares, formando os calcáreos. • Podemos classificar as rochas sedimentares em clásticas (do grego klastos = pedaços) quando são formadas por partículas ou fragmentos de outras rochas; e em não clásticas, formadas por diminutos cristais minerais ou matéria orgânica. • É nessas rochas que a maioria dos fósseis foi encontrada, pois sua formação é mais delicada, não prejudicando tanto o material a ser fossilizado. • Como exemplos de rochas sedimentares temos os calcáreos, os arenitos, a areia, os evaporitos, etc.
  • 21. Rochas MetamórficasRochas Metamórficas • A origem de seu nome também vem do grego (meta = mudança, morpho = forma). • São formadas a partir de rochas ígneas ou sedimentares que foram modificadas em sua estrutura, textura ou composição pela ação de altas temperaturas, pressões, ou líquidos e gases que reajam quimicamente com a rocha original • As modificações que uma rocha metamórfica sofrem, normalmente destroem os fósseis que poderiam estar em seu interior. • Como exemplos deste tipo de rochas temos o xisto, o mármore, o filito, etc.
  • 23. Escala de MohsEscala de Mohs • A Escala de Mohs quantifica a dureza dos minerais, isto é, a resistência que um determinado mineral oferece ao risco, ou seja, a retirada de partículas da sua superfície. O diamante risca o vidro, portanto, este é mais duro que o vidro. Esta escala foi criada em 1812 pelo mineralogista alemão Friedrich Mohs com 10 minerais de diferentes durezas existentes na crosta terrestre. Atribuiu valores de 1 a 10. O valor de dureza 1 foi dado ao material menos duro que é o talco, e o valor 10 dado ao diamante que é a substância mais dura existente na natureza. Esta escala não corresponde à dureza absoluta de um material, por exemplo, o diamante tem dureza absoluta 1500 vezes superior ao talco. Entre 1 e 9, a dureza aumenta de modo mais ou menos uniforme, mas de 9 para 10 há uma diferenças muito acentuada, pois o diamante é muito mais duro que o coríndon (ou seja, que o rubi e a safira).
  • 24. Dureza Mineral Fórmula química 1 Talco, (pode ser arranhado facilmente com a unha) Mg3Si4O10(OH)2 2 Gipsita (ou Gesso), (pode ser arranhado com unha com um pouco mais de dificuldade) CaSO4·2H2O 3 Calcita, (pode ser arranhado com uma moeda de cobre) CaCO3 4 Fluorita, (pode ser arranhada com uma faca de cozinha) CaF2 5 Apatita, (pode ser arranhada dificilmente com uma faca de cozinha) Ca5(PO4)3(OH-,Cl-,F-) 6 Feldspato / Ortoclásio, (pode ser arranhado com uma liga de aço) KAlSi3O8 7 Quartzo, (capaz de arranhar o vidro. Ex.: Ametista) SiO2 8 Topázio, (Capaz de arranhar o quartzo) Al2SiO4(OH-,F-)2 9 Corindon, (Capaz de arranhar o Topázio. Exs.: Safira e Rubi) Al2O3 10 Diamante, (Mineral mais duro que existe, pode arranhar qualquer outro e é arranhado apenas por outro diamante ) C
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  • 26. Ciclo das rochasCiclo das rochas
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  • 29. A Estrutura GeológicaA Estrutura Geológica • A estrutura geológica brasileira é formada por uma proteção cristalina, que se estende por 36% do território nacional e por bacias sedimentares que ocupam 64% do território brasileiro. Nos territórios sedimentares encontra-se outras riquezas, como minerais radioativos, xisto betuminoso e até mesmo materiais utilizados em construção, como areia, cascalho e etc. Os terrenos sedimentares são de várias idades geológicas, desde a era Paleozóica, tem duas riquezas importantes: o petróleo e carvão mineral. Mesmo o Brasil não tendo a quantidade compatível com outros países já alcançou a auto-suficiência nessa fonte de energia. Segundo as pesquisas ainda existem novos poços de óleo e gás natural a serem explorados.
  • 30. Tectônica de placasTectônica de placas • Atualmente, a crosta terrestre é constituída por cerca de doze placas tectônicas, que ficam literalmente boiando em cima do magma pastoso. Há milhões de anos, quando se iniciou sua movimentação, devia haver menos placas. Ao moverem-se em vários sentidos, pelo fato de o planeta ser esférico, as placas acabaram se encontrando em determinados pontos da crosta e dando origem aos dobramentos modernos, aos terremotos, etc. A palavra tectônica deriva do radical grego tektoniké “ arte de construir”. Assim, ao se movimentarem sobre o magma, desde o final da era Mesozóica, as placas acabaram por se “chocar” em certos pontos, o que determinou, ao longo de milhares de anos, alterações no relevo. • Na faixa de contato entre as placas, seja na zona de formação, em geral nas dorsais oceânicas, ou de destruição, em geral no contato do oceano com o continente, a crosta é frágil, o que permite o escape de magma, originando os vulcões e, em função do atrito, há ocorrência de abalos sísmicos. As placas oceânicas (sima) são pesadas e densas e, tendem a mergulhar sob as placas continentais (sial). Esse fenômeno, conhecido como subducção, dá origem às fossas marinhas ou regiões abissais e ocorre onde há o encontro das placas. Quando a placa oceânica mergulha em direção ao manto, é destruída. Já a placa continental, com a pressão exercida pela placa oceânica que é justamente nessas porções mais sensíveis da crosta onde ocorrem, desde pelo menos a era Mesozóica, os movimentos orogenéticos (do grego oros, que quer dizer “montanha”). É onde surgiram as grandes cadeias montanhosas do planeta, formadas pelo enrugamento, pelo soerguimento ou pelo dobramento de extensas porções da crosta.
  • 32. Os três tipos de limites de placasOs três tipos de limites de placas
  • 33. • Como esse fenômeno é relativamente recente na história do planeta (ocorreu no fim da era Mesozóica e início da Cenozóica, no período Terciário), convencionou-se denominá- lo de dobramento moderno. Assim, as cadeias dobradas recentemente, como os Andes, o Himalaia, as Rochosas, os Alpes, etc., apresentam elevadas altitudes e forte instabilidade tectônica. Por serem relativamente recentes, acham-se pouco desgastadas e, como ainda estão em construção, tornam-se sujeitas à ação de terremotos e vulcões. • Podemos concluir que, quanto à origem, existem três tipos principais de províncias geológicas no planeta: escudos cristalinos, bacias sedimentares e dobramentos modernos.
  • 36. O Aconcágua (6.959m), a maior montanhas das Américas, situada na Argentina, próximo da fronteira com o Chile. AndesAndes
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  • 39. • Os escudos pré-cambrianos apresentam disponibilidade de minerais metálicos (ferro, manganês, ouro, bauxita, etc.), sendo, por isso, bastante explorados economicamente. Já nos escudos paleozóicos encontram- se minerais não-metálicos (cimento, gesso, etc.). Nos dobramentos modernos, o terreno soerguido pelo movimento das placas pode conter qualquer tipo de minério. As bacias sedimentares são depressões do terreno, preenchidas por fragmentos minerais de rochas erodidas e por sedimentos orgânicos, que no tempo geológico podem transformar-se em combustíveis fósseis. No caso do soterramento de antigos ambientes aquáticos, ricos em plâncton, é possível encontrar petróleo. Já no caso do soterramento de antigas florestas, há a possibilidade de ocorrência de carvão mineral. As principais reservas petrolíferas e carboníferas do planeta datam, respectivamente, das eras Mesozóicas e Paleozóicas. Assim, as bacias sedimentares são importantes províncias onde podem ocorrer combustíveis fósseis de origem orgânica: petróleo, carvão mineral e xisto betuminoso.
  • 40. • A estrutura geológica brasileira é constituída por bacias sedimentares (64%) e escudos cristalinos (36%). Por encontrar-se no meio da placa tectônica sul-americana, o Brasil não possui cadeias montanhosas ou dobramentos modernos. Os escudos cristalinos foram muito desgastados pela erosão, apresentando altitudes modestas e formas arredondadas. • Nosso país é muito rico em recursos minerais metálicos, principalmente nos 40% do território formados por escudos da era Proterozóica. Embora extensas, as bacias sedimentares continentais são pouco exploradas economicamente, apresentando pequena produção de petróleo. As bacias carboníferas do Sul do país, em estágios inferiores de transformação geológica, produzem carvão com menor valor energético que as bacias carboníferas do hemisfério norte. Na plataforma continental, a alguns quilômetros da costa, explora-se petróleo em quantidades significativas. Destaca-se a bacia de Campos, no litoral norte do estado do Rio de Janeiro, responsável por aproximadamente 60% da produção nacional, em 1994. Aliás, o Brasil dispõe de uma das mais avançadas tecnologias de exploração petrolífera em águas profundas, aprimorada justamente na bacia de Campos.
  • 41. RELEVORELEVO • O relevo corresponde às formas assumidas pelo terreno (serras, montanhas, depressões, chapadas, etc.) após serem moldadas pela atuação de agentes internos e externos sobre a crosta terrestre. Os agentes internos são as forças tectônicas (movimentos orogenéticos, terremotos e vulcanismo), que se originam dos movimentos das placas tectônicas, alterando as formas do terreno na superfície terrestre. Os escudos cristalinos (serras), por exemplo, formam-se nas eras Pré-cambriana e Paleozóica. Suas formas atuais são resultado da modelagem exercida pela ação dos agentes externos ou agentes erosivos (chuva, vento, rios, gelo, neve, etc.), atuando durante milhões de anos sobre as formas definidas pelos agentes internos. Já as cadeias montanhosas terciárias são resultantes da ação dos agentes internos (orogênese). • Em geografia, o relevo terrestre pode ser definido como as formas da superfície do planeta. O relevo se origina e se transforma sob a interferência de dois tipos de agentes:os agentes internos e externos. • endógenos: vulcanismo e tectonismo; • exógenos: intemperismo e a antropicidade (o fator humano).
  • 42. O relevo brasileiroO relevo brasileiro • No território brasileiro, os terrenos acidentados, de formação geológica cristalina, são muito antigos e desgastados pela erosão, possuindo altitudes modestas. O país não possui cadeias montanhosas ou dobramentos. Como vimos, isso decorre do fato de o Brasil encontrar-se no centro de uma placa tectônica. Já as bacias sedimentares brasileiras são constituídas de terrenos relativamente aplainados, de idades geológicas recentes em seus estratos superiores (terciários e quaternários). • Embora existam classificações anteriores, somente na década de 40 foi criada uma classificação do relevo brasileiro considerada coerente com a realidade do nosso território. Ela foi elaborada pelo professor Aroldo de Azevedo e levava em conta as cotas altimétricas, definindo planalto como um terreno levemente acidentado, com mais de 200 metros de altitude, e planície como uma superfície plana, com altitude inferior a 200 metros. O Brasil tem oito unidades de relevo. Os planaltos ocupam 59% da superfície do território, e as planícies, os 41% restantes.
  • 43. • No final da década de 50, o professor Aziz Ab’Sáber, discípulo de Aroldo de Azevedo, promoveu alteração nos critérios de definição dos compartimentos do relevo. A partir de então, passou-se a considerar planalto uma área em que os processos de erosão superam os de sedimentação, e planície, uma área mais ou menos plana, em que os processos de sedimentação superam os de erosão, independentemente das cotas altimétricas.
  • 44. • No território distinguem-se três compartimentos: • Planalto: é um compartimento de relevo com superfície irregular e altitude superior a 300 metros, no qual predominam processos erosivos em terrenos cristalinos ou sedimentares. • Planície: é um compartimento de relevo com superfície plana e altitude igual ou inferior a 100 metros, no qual predominam acúmulos recentes de sedimentos. • Depressão: é um compartimento de relevo mais plano que o planalto, no qual predominam processos erosivos, com suave inclinação e altitude entre 100 e 500 metros.
  • 45.
  • 46. • Os fundos dos oceanos apresentam uma variedade de formas, assim como o relevo terrestre: são montanhas, áreas planas, depressões que não podemos visualizar, mas que também precisam de classificação e análise. Durante a Segunda Guerra Mundial, com a necessidade de se desenvolverem equipamentos para vasculhar o fundo dos oceanos em busca de submarinos, houve um avanço no estudo do relevo do fundo dos mares. Nas décadas de 1950-1960, finalmente, tornou-se possível cartografar (mapear) o fundo dos oceanos e a partir daí classificá- lo. Com o avanço dos sistemas de satélites, infravermelhos e mapeamentos térmicos, a geomorfologia marinha avançou muito. O relevo submarinoO relevo submarino
  • 47. No relevo submarino, podemos distinguir: • Plataforma continental: É um prolongamento da área continental emersa (o continente) com profundidade de até 200 m apresenta-se na forma de planície submersa que margeia todos os continentes, sua extensão varia de 70 km a 1.000 km. A plataforma continental é considerada a área mais importante do relevo submarino, pois é nessa região que a luz do sol atinge praticamente o fundo oceânico, permitindo a ocorrência de fotossíntese e o crescimento do plâncton, este último, indispensável para a alimentação de peixes e animais marinhos. Por isso, ficam aí as maiores regiões pesqueiras e também as bacias petrolíferas. É a continuação do relevo e da estrutura geológica continental abaixo do nível do mar, onde aparecem as ilhas continentais ou costeiras, de origem vulcânica, tectônica ou biológica. Por apresentar profundidades modestas, há penetração de luz solar, criando condições propícias ao desenvolvimento da vegetação marinha, o que torna a plataforma muito importante para o desenvolvimento da atividade pesqueira. As depressões do terreno na plataforma continental tornam-se, ao longo do tempo geológico, bacias sedimentares importantíssimas para a exploração de petróleo em águas oceânicas. • Talude: é o fim do continente, onde há o encontro da crosta continental com a crosta oceânica, formando desníveis de profundidade variável, que chegam a atingir 3 mil metros. As fossas marinhas são depressões abissais que aparecem abaixo do talude, em zonas de encontro de placas tectônicas. É outra unidade do relevo submarino, que se forma imediatamente após a plataforma continental. Tem origem sedimentar e inclina-se até o fundo oceânico, atingindo entre 3.000 e 5.000 metros de profundidade. O relevo do talude continental não é regular, ocorrendo freqüentemente cânions e vales submersos.
  • 48. • Região pelágica: é o relevo submarino propriamente dito, onde encontramos depressões, montanhas tectônicas e vulcânicas, planícies, etc. Na região pelágica, aparecem as ilhas oceânicas. • Planície abissal ou bacia: São áreas extensas com mais de 5.000 m de profundidade. Estendem-se desde o talude continental até as encostas das cordilheiras oceânicas. Por vezes, essa planície é interrompida por montes submarinos (com alturas entre 200 metros e 1.000 metros) ou mesmo por montanhas submarinas, de origem vulcânica com elevações acima de 1.000 metros, dando origem por vezes a ilhas oceânicas. Nesta zona do oceano não há luz alguma, as temperaturas são baixas e a vida marinha não é tão abundante, predominam peixes cegos, algas e polvos gigantes.
  • 49. Cordilheira oceânica • São elevações que ocorrem de forma regular ao longo dos oceanos. Estendem-se por 84 mil quilômetros no total, com uma largura por volta dos mil quilômetros. Nessa área encontramos intensa atividade sísmica (tremores) e vulcânica. A cordilheira oceânica divide a crosta submarina em duas partes, representado uma ruptura ou cicatriz produzida durante a separação dos continentes. No oceano Atlântico, a cordilheira oceânica é chamada de meso- atlântica, porque ocupa a parte central deste oceano, na Islândia a cordilheira emerge na forma de ilha e a área é constantemente abalada pelos fenômenos já citados. Nos oceanos Pacífico e Índico, as cordilheiras áreas mais laterais (marginais) mais próximas dos continentes. Fossas oceânicas • São depressões alongadas (compridas) e estreitas, com grande declividade que ocorrem ao longo das áreas de subducção de placas tectônicas, ou seja, são fendas que atingem grandes profundidades entre 7.000 e 11.037 m, onde a placa oceânica mergulha de volta para o manto.
  • 50. Desse modo, criaram-se as divisões do relevo submarino, conforme sãoDesse modo, criaram-se as divisões do relevo submarino, conforme são apresentadas a seguir:apresentadas a seguir: