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A NOÇÃO DE SEQUÊNCIA TEXTUAL NA ANÁLISE PRAGMÁTICO-TEXTUAL DE JEAN-MICHEL ADAM Cláudia Eliane Elisângela Silva Evaneuda Araújo Lyzanne Macêdo Maura Regina Sandra Silva ESPECIALIZAÇÃO EM LINGUÍSTICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PIAUÍ – IFPI SETEMBRO/2011
INTRODUÇÃO ,[object Object]
 A exposição estará centrada nos textos do final dos anos 1980 e início dos anos de 1990.
Adam aproxima os quadros teóricos da linguística textual e da análise do discurso francesa, apontando o texto como um objeto circundado e determinado pelo discurso. Partindo da enunciação ou das práticas discursivas (onde localiza o gênero, o discurso e o interdiscurso).,[object Object]
 A sequência textual, um desses mecanismos, é vista como um conjunto de proposições psicológicas que se estabilizaram como recurso composicional dos vários gêneros.
 Bonini pretende, além de discorrer sobre a proposta teórica de Adam, tratar a sequência como uma noção pertinente ao debate nas diversas perspectivas do estudo dos gêneros (textuais, discursivos, de linguagem).,[object Object]
BASES TEÓRICAS DA NOÇÃO DE SEQUÊNCIA TEXTUAL NO TRABALHO DE ADAM  Jean-Michel Adam procurou construir uma reflexão teórica que agrupasse as orientações formais e enunciativas a respeito do texto. Sua carreira de pesquisador foi marcada pelas questões de estudo e ensino da narrativa literária, motivo pelo qual ele recorreu ao quadro teórico da análise estrutural da narrativa (especialmente aos formalistas russos e aos autores do contexto francês como Algirdas Julien Greimas, Roland Barthes e Gérard Genette). Adam também sofreu influências dos trabalhos sobre gramática narrativa (principalmente pela perspectiva aberta por Teun A. Van Dijk) e dos trabalhos de análise do discurso francesa (inicialmente, os de Michel Pêcheux e, posteriormente, os de Dominique Maingueneau).
Cont...   Um de seus trabalhos iniciais mais conhecidos é Le récit (Adam, 1984), em que, sob a influência da análise do discurso francesa, propõe uma reorientação, em termos enunciativos, para o entendimento da narrativa. Nesse livro, já é possível visualizar as bases de seu conceito de sequência textual e de sua teoria do texto. ,[object Object],[object Object]
 Bakhtin propõe ainda duas categorias de gêneros:- Os primários (tipos simples de enunciados); - Os secundários (tipos complexos que incorporam os primeiros).
Cont... ,[object Object],[object Object]
 O protótipo, segundo Rosch, é o objeto mais típico da categoria; é aquele que reúne o maior número de pistas de validade para ser membro dela.
 Para Adam, os gêneros e seus exemplares são dispostos em categorias pelos traços que compartilham com as sequências (os protótipos).
 As sequências, por sua vez, são pensadas a partir dos conceitos de base e tipo de texto e de superestrutura textual.,[object Object],[object Object],[object Object]
Cont... ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
Configuração pragmática 	                                Alvo ilocucional (coerência) Submódulos	      Localização enunciativa 		                          Coesão semântica(mundos)
Sucessão de proposição                                  Conectividade – coesão  Submódulo                                         Sequencialidade – sequências                                                                     textuais
TIPOS DE SEQUÊNCIA TEXTUAL ,[object Object]
Os gêneros :
Marcam situações sociais específicas;
 São  essencialmente heterogêneos; 
As sequências são:
Componentes que atravessam todos os gêneros;
Relativamente estáveis, facilmente delimitáveis em  um pequeno conjunto de tipos (tipologia),[object Object]
1. A sucessão de eventos – a narrativa consiste na delimitação de um evento inserido em uma cadeia de eventos alinhados em ordem temporal.
2. A unidade temática – a ação narrada necessita ter um caráter de unidade, deve privilegiar um sujeito agente ou seja o personagem principal.
3. Os predicados transformados – o desenrolar de um fato implica a transformação das características do personagem, ou seja, será mau no início e se tornará bom no final etc.,[object Object]
5. A intriga – a narrativa traz um conjunto de causas, de modo a dar sustentação aos fatos narrados. A intriga pode levar o narrador a alterar a ordem processual natural dos fatos, fazendo com que a narrativa por exemplo, comece pelo meio.
6. A moral – muitas narrativas trazem uma reflexão sobre o fato narrado, que pode encerrar a verdadeira razão de se contar aquela história. Não é uma parte essencial à sequência narrativa, de modo que pode vir implícita.,[object Object]
SEQUÊNCIA ARGUMENTATIVA ,[object Object]
Conforme Ducrot  (1987, 1988), é construído com base em um já- dito, em um dizer temporariamente anterior (e conhecido pelo interlocutor)que na sua forma mais característica, aparece implícito.,[object Object]
Adam apresenta, como  um exemplo característico de enunciado argumentativo, a frase :,[object Object]
SEQUÊNCIA DESCRITIVA A sequência descritiva  é: ,[object Object]
Sua ocorrência mais característica é como parte da sequência narrativa;
Não apresenta uma ordem muito fixa;,[object Object]
Uma dispersão de propriedades;
Uma reformulação.Na descrição, após se estabelecer o tema –título, haverá  uma especificação dele, por meio da aspectualização e/ou do estabelecimento de relação.
SEQUÊNCIA DESCRITIVA  A aspectualização  caracteriza o objeto em seu aspecto físico e divide-se em dois subprocessos:  ,[object Object]
E relato de partes de partes doobjeto (sinédoque)Cada uma das partes relatadas pode ser, por sua vez, especificada, reaplicando-se ciclicamente os mesmos processos (tematização).
SEQUÊNCIA DESCRITIVA ,[object Object]
A situação do objeto ( seja no espaço ou no tempo );
Assimilação de características;
A assimilação pode ocorrer via comparação ou via metáfora.,[object Object]
SEQUÊNCIA  EXPLICATIVA Constitui-se de três fases:  ,[object Object]
 responder o questionamento (explicação/resposta);
 sumarizar a resposta, avaliando o problema (conclusão-avaliação).,[object Object]
A sequência explicativa tem início com a pergunta: 	Por que uma Radiosa?  ,[object Object],Ouça o que diz Madame Seyrès: 	“Mesmo aqui é preciso uma máquina de lavar roupa. Para nossa roupa branca, claro. Além disso, mesmo isolado como se está, em um albergue, sempre há muitos guardanapos e toalhas para lavar”.
O problema: “Só é preciso uma máquina que não enguice. A explicação: Por que é muito difícil, para os técnicos, subir até aqui”.
Conclusão-avaliação: “Então, é preciso de algo forte. Nós sempre tivemos uma Radiosa. E nunca tivemos aborrecimentos com ela.” Para a Radiosa, não só as máquinas de lavar  roupa que não dão problemas: as lavadoras de louça, os fogões, as geladeiras e os freezers também são fabricados para durar como a máquina do lago de Gaube. Radiosa: Os eletrodomésticos sem problemas. (Adam,1992, p.137)
Gêneros em que predomina a sequência explicativa:
Sequência dialogal Possui como característica fundamental, o fato de ser  formada por mais de um interlocutor, podendo estes interlocutores ser personagens, quando a sequência está inserida em um gênero de ficção.
Esquema dialogal  abertura da interação {corpo da interação} {fechamento da interação} A abertura, em geral, é marcada por atos de saudação ou de apresentação; o fechamento, por atos de despedida ou agradecimento. É no corpo da interação que se discorre sobre um assunto mais ou menos acolhido pelos interlocutores.
Segundo Adam, há dois tipos de sequências: ,[object Object],	Ex: 	A1 - Bom dia! B1 - Bom dia! 	[...] Ax - Até logo. Bx - Até logo.
Segundo Adam, há dois tipos de sequências: ,[object Object],	Ex: 	A1 - Desculpe. Você tem horas? B1 - Claro. São 6 horas. A2 - Obrigado.
EMPREGANDO A NOÇÃO DE SEQUÊNCIA NA ANÁLISE DE EXEMPLARES DO GÊNERO “CRÍTICA DE CINEMA” Adam (1992):  ,[object Object],                                         gênero ,[object Object],[object Object]
ANÁLISE DA CRÍTICA DE CINEMA ,[object Object]
As sequências;
Os processos de planificação e esquematização;
Comparação com a resenha acadêmica de livros (gênero mais próximo);,[object Object],[object Object]
Caracteriza-se por três operações que determinam sua estruturação:
Descrever;
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Sequencia textual

  • 1. A NOÇÃO DE SEQUÊNCIA TEXTUAL NA ANÁLISE PRAGMÁTICO-TEXTUAL DE JEAN-MICHEL ADAM Cláudia Eliane Elisângela Silva Evaneuda Araújo Lyzanne Macêdo Maura Regina Sandra Silva ESPECIALIZAÇÃO EM LINGUÍSTICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PIAUÍ – IFPI SETEMBRO/2011
  • 2.
  • 3. A exposição estará centrada nos textos do final dos anos 1980 e início dos anos de 1990.
  • 4.
  • 5. A sequência textual, um desses mecanismos, é vista como um conjunto de proposições psicológicas que se estabilizaram como recurso composicional dos vários gêneros.
  • 6.
  • 7. BASES TEÓRICAS DA NOÇÃO DE SEQUÊNCIA TEXTUAL NO TRABALHO DE ADAM Jean-Michel Adam procurou construir uma reflexão teórica que agrupasse as orientações formais e enunciativas a respeito do texto. Sua carreira de pesquisador foi marcada pelas questões de estudo e ensino da narrativa literária, motivo pelo qual ele recorreu ao quadro teórico da análise estrutural da narrativa (especialmente aos formalistas russos e aos autores do contexto francês como Algirdas Julien Greimas, Roland Barthes e Gérard Genette). Adam também sofreu influências dos trabalhos sobre gramática narrativa (principalmente pela perspectiva aberta por Teun A. Van Dijk) e dos trabalhos de análise do discurso francesa (inicialmente, os de Michel Pêcheux e, posteriormente, os de Dominique Maingueneau).
  • 8.
  • 9. Bakhtin propõe ainda duas categorias de gêneros:- Os primários (tipos simples de enunciados); - Os secundários (tipos complexos que incorporam os primeiros).
  • 10.
  • 11. O protótipo, segundo Rosch, é o objeto mais típico da categoria; é aquele que reúne o maior número de pistas de validade para ser membro dela.
  • 12. Para Adam, os gêneros e seus exemplares são dispostos em categorias pelos traços que compartilham com as sequências (os protótipos).
  • 13.
  • 14.
  • 15. Configuração pragmática Alvo ilocucional (coerência) Submódulos Localização enunciativa Coesão semântica(mundos)
  • 16. Sucessão de proposição Conectividade – coesão Submódulo Sequencialidade – sequências textuais
  • 17.
  • 20. São  essencialmente heterogêneos; 
  • 22. Componentes que atravessam todos os gêneros;
  • 23.
  • 24. 1. A sucessão de eventos – a narrativa consiste na delimitação de um evento inserido em uma cadeia de eventos alinhados em ordem temporal.
  • 25. 2. A unidade temática – a ação narrada necessita ter um caráter de unidade, deve privilegiar um sujeito agente ou seja o personagem principal.
  • 26.
  • 27. 5. A intriga – a narrativa traz um conjunto de causas, de modo a dar sustentação aos fatos narrados. A intriga pode levar o narrador a alterar a ordem processual natural dos fatos, fazendo com que a narrativa por exemplo, comece pelo meio.
  • 28.
  • 29.
  • 30.
  • 31.
  • 32.
  • 33.
  • 34. Sua ocorrência mais característica é como parte da sequência narrativa;
  • 35.
  • 36. Uma dispersão de propriedades;
  • 37. Uma reformulação.Na descrição, após se estabelecer o tema –título, haverá  uma especificação dele, por meio da aspectualização e/ou do estabelecimento de relação.
  • 38.
  • 39. E relato de partes de partes doobjeto (sinédoque)Cada uma das partes relatadas pode ser, por sua vez, especificada, reaplicando-se ciclicamente os mesmos processos (tematização).
  • 40.
  • 41. A situação do objeto ( seja no espaço ou no tempo );
  • 43.
  • 44.
  • 45. responder o questionamento (explicação/resposta);
  • 46.
  • 47.
  • 48. O problema: “Só é preciso uma máquina que não enguice. A explicação: Por que é muito difícil, para os técnicos, subir até aqui”.
  • 49. Conclusão-avaliação: “Então, é preciso de algo forte. Nós sempre tivemos uma Radiosa. E nunca tivemos aborrecimentos com ela.” Para a Radiosa, não só as máquinas de lavar roupa que não dão problemas: as lavadoras de louça, os fogões, as geladeiras e os freezers também são fabricados para durar como a máquina do lago de Gaube. Radiosa: Os eletrodomésticos sem problemas. (Adam,1992, p.137)
  • 50. Gêneros em que predomina a sequência explicativa:
  • 51. Sequência dialogal Possui como característica fundamental, o fato de ser formada por mais de um interlocutor, podendo estes interlocutores ser personagens, quando a sequência está inserida em um gênero de ficção.
  • 52. Esquema dialogal abertura da interação {corpo da interação} {fechamento da interação} A abertura, em geral, é marcada por atos de saudação ou de apresentação; o fechamento, por atos de despedida ou agradecimento. É no corpo da interação que se discorre sobre um assunto mais ou menos acolhido pelos interlocutores.
  • 53.
  • 54.
  • 55.
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  • 58. Os processos de planificação e esquematização;
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  • 60. Caracteriza-se por três operações que determinam sua estruturação:
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  • 66. Argumenta que se deve entender a constituição do gênero como uma projeção da sequência descritiva e se apresenta do seguinte modo:
  • 69.
  • 72. Identificação entre a estrutura da sequência descritiva e a estrutura do próprio gênero.
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  • 74. Nos dias de hoje, quando pessoas normais viram celebridades e “artistas” se revelam comuns e patéticos, filmes como “A Enfermeira Betty” servem para mostrar a tênue linha entre o Imaginário e o real, cada vez mais medíocre. Para reforçar a tese, um debatedor à altura do tema: o incisivo e polêmico diretor Neil LaBute (Na companhia dos homens), que pode ter feito sua produção mais leve , porém, de longe, a mais interessante delas. Renée Zellweger é uma moça normal da classe média interiorana ianque. Faz tudo que o marido pede, tem um emprego mixuruca, é gentil com todos e, sobretudo, não perde um capítulo de sua novela preferida. A rotina muda quando testemunha o marido sendo assassinado por uma dupla de matadores (Morgan Freeman e Chris Rock, ótimos). Ela pira, passa a viver como se fosse uma personagem do tal dramalhão preferido da TV e vai em busca do amado doutor (Greg Kinnear) – ao mesmo tempo em que é perseguida pelos criminosos. A fábula de LaBute usa o artifício de “Forest Gump” (a patetice e a inocência podem vencer o mal) de forma crítica e acaba radiografando o coração do americano médio.Rodrigo Salem Nurse Betty, EUA, 2000. De Neil LaBute. Com Renée Zellweger, Morgan Freeman, Chris Rock. 110 min. Columbia. Comédia.
  • 75. CONT... Giering, afirma que em termos conceituais, Adam não deixa claro o que permite a distinção entre tipo e plano de texto e, do mesmo modo, o que permite a identificação de uma sequência e de sua fronteira com as demais sequências presentes no texto.
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  • 78. Cont... Gênero secundário (forma presente nas enunciações mais complexas, onde os interlocutores interagem de modo mais indireto). O terceiro ponto crítico corresponde ao problema de categorização. Se a linguagem acontece na produção, torna-se incoerente a afirmação de que as categorias textuais se organizam mediante protótipos sequenciais.
  • 79. Formalização e quantificação das sequências Autores como Werlich (1976), Brewer (1980) e Virtanen (1992), concebem as sequências, como resultantes de processos cognitivos primários da mente. Já o trabalho de Adam abre outra perspectiva, pois imprime uma postura relativista, concebendo esses tipos apenas como cristalizações a partir de práticas discursivas.
  • 80. CONT... A posição de Bronckart (1999), por um lado concebe as sequências como cristalizações no interdiscurso. Por outro, recorre a mecanismo psicológicos: os mundos discursivos (do narrar e do expor) e os arquétipos psicológicos (discurso interativo, discurso teórico, relato interativo, narração). Bonini (2002), sugeri que as sequências se relacionam à psique humana, mediante uma gradação de fatores psicológicos, quanto ao grau de importância para a sobrevivência do indivíduo.
  • 81. CONT... O termo sequência não é consensual, uma vez que muitos ainda preferem o termo tipo de texto, e Meurer (2000)fala em modalidades retóricas, entendendo-as como estruturas e funções textuais. Vários estudiosos já propuseram os seguintes tipos de sequências: descritivo, narrativo, expositivo, argumentativo, instrutivo, procedimental, comportamental (injuntivo), explicativo.
  • 82. CONT... Entre Adam e Bronckart, que compartilham um quadro teórico próximo, há divergência quanto à existência ou não de sequência injuntiva. Adam (1992) afirma que a injunção é um tipo de descrição. Bronckart (1999), além de incorporar mais um tipo ao conjunto delimitado por Adam, desenvolve um raciocínio gradativo dentro de cada mundo ( do expor e do narrar), de modo a acrescentar um grau zero da planificação na ordem do narrar.
  • 83. CONT... Adam e Bronckart não consideram um tipo expositivo. Sem esse tipo, torna-se difícil explicar a planificação da notícia. Não se pode dizer que ela é determinada claramente nem por uma sequência explicativa (não se explica o fato), nem narrativa, nem descritiva (já que não se descreve o fato).
  • 84. Realidade psicológica das sequências A realidade psicológica das sequências existiria realmente como componente cognitivo da linguagem? Como se interrelacionam os esquemas cognitivos das sequências e dos gêneros? Bonini: “gêneros se organizam como superestruturas e as sequências como intra-estruturas encaixadas.” (p.234)
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