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INSTITUTO DE ELETRÔNICA DE POTÊNCIA 
Departamento de Engenharia Elétrica 
Centro Tecnológico 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA 
PROJETO FÍSICO DE INDUTORES E TRANSFORMADORES 
Prof. Ivo Barbi, Dr. Ing. 
Eng. Carlos Henrique Illa Font, Mestrando 
Eng. Ricardo Luiz Alves, Mestrando 
MARÇO/2002 
Caixa Postal 5119 – CEP 88040-970 – Florianópolis – SC 
Tel. : (0xx48) 331-9204 – Fax: (0xx48) 234-5422 – Internet: www.inep.ufsc.br
Instituto de Eletrônica de Potência 
1 
ÍNDICE 
1 – INTRODUÇÃO........................................................................................................................................ 2 
2 – NÚCLEOS DE FERRITE DO TIPO E..................................................................................................... 2 
3 – PROJETO FÍSICO DE INDUTORES...................................................................................................... 3 
3.1 – Escolha do Núcleo Apropriado ....................................................................................................... 3 
3.2 – Número de Espiras ......................................................................................................................... 5 
3.3 – Entreferro........................................................................................................................................ 6 
3.4 – Cálculo da Bitola dos Condutores .................................................................................................. 8 
3.5 – Cálculo da Elevação de Temperatura ............................................................................................ 8 
3.5.1 – Perdas no Cobre .................................................................................................................... 9 
3.5.2 - Perdas Magnéticas.................................................................................................................. 9 
3.5.3 – Resistência Térmica do Núcleo.............................................................................................. 9 
3.5.4 – Elevação de Temperatura ...................................................................................................... 9 
3.6 – Possibilidade de Execução........................................................................................................... 10 
4 – PROJETO FÍSICO DE TRANSFORMADORES................................................................................... 10 
5 – BIBLIOGRAFIA..................................................................................................................................... 10 
Prof. Ivo Barbi, Eng. Carlos Henrique Illa Font e Eng. Ricardo Luiz Alves
Instituto de Eletrônica de Potência 
2 
1 – INTRODUÇÃO 
O sucesso na construção e no perfeito funcionamento de um conversor CC-CC 
está intimamente ligado com um projeto adequado dos elementos magnéticos. 
O grande problema reside no fato de que transformadores e indutores operando 
em alta freqüência inserem no circuito de potência uma série de elementos parasitas 
(não-idealidades), tais como: indutância magnetizante, indutância de dispersão, 
capacitâncias entre enrolamentos, capacitâncias entre espiras, etc. 
Tais elementos parasitas se refletem em resultados indesejáveis no 
funcionamento do conversor. Os resultados mais comumente observáveis são picos de 
tensão nos semicondutores, altas perdas e emissão de ruídos (interferência 
eletromagnética conduzida e irradiada). 
2 – NÚCLEOS DE FERRITE DO TIPO E 
O objetivo do núcleo magnético é fornecer um caminho adequado para o fluxo 
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magnético. 
Entre os tipos de material utilizados na construção de núcleos destacam-se o 
ferrite e as lâminas de ferro-silício. Em operações em baixas freqüências as lâminas de 
ferro-silício são mais adequadas, porém, com o aumento da freqüência de operação, 
as perdas por histerese e consequentemente a elevação de temperatura tornam 
impraticáveis o seu uso. Os núcleos de ferrite são indicados para operação em 
freqüências mais elevadas, porém, apresentam algumas desvantagens em relação às 
lâminas de ferro silício, tais como baixa densidade de fluxo de saturação (0,3T) e baixa 
robustez a choques mecânicos.
Instituto de Eletrônica de Potência 
3 
 
 
Aw 
 
 
 
Ae  
B 
Núcleos Carretel 
= ⋅ φ = ⋅ Δφ 
Δ 
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A 
D 
C 
Fig. 1 –Núcleo e carretel do tipo E. 
Na Fig. 1 pode ser observado o modelo de um núcleo de ferrite do tipo E-E. A 
área da seção transversal do núcleo, denominada Ae, e a área da janela, denominada 
Aw, são fatores importantes no projeto físico de magnéticos. 
3 – PROJETO FÍSICO DE INDUTORES 
EQUATION SECTION 1 
Seja um indutor L percorrido por uma corrente com a forma de onda mostrada 
na Fig. 2. 
I 
I 
pico 
min 
Fig. 2 – Corrente sobre o indutor. 
3.1 – Escolha do Núcleo Apropriado 
O projeto físico do indutor é baseado nas Leis de Àmpere e de Faraday: 
ℑ = ∫ H ⋅ dl = H ⋅ l = N ⋅ i (1) 
( ) 
( ) 
d t 
v t N N 
dt t 
(2)
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4 
Também são relações importantes a relação volt-àmpere no indutor e a relação 
entre indução magnética e campo magnético. 
= ⋅ = ⋅ Δ 
di ( t ) 
i 
v ( t ) 
L L 
Δ 
dt t 
(3) 
B H o = μ ⋅ (4) 
Igualando (2) e (3) tem-se: 
⋅ Δφ = ⋅ Δ 
φ 
N ⇒ ⋅ Δ = ⋅ Δ 
N L i 
i 
Δ 
t 
L 
t 
⋅ 
L I 
N pico 
⋅ 
eficaz 
A 
A 
= (10) 
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Δ 
(5) 
Sendo: 
Δφ = ΔB ⋅ Ae (6) 
Considerando que, quando a corrente no indutor é máxima (Ipico) tem-se o 
máximo valor de B (Bmax) e substituindo-se (6) em (5): 
pico N ⋅ B ⋅ Ae = L ⋅ I max (7) 
Desta forma: 
B Ae 
= 
max 
(8) 
A máxima densidade de corrente é dada por: 
p 
N I 
J 
⋅ 
= max (9) 
Onde: 
Ap: área transversal do enrolamento de cobre. 
Sendo os fios com uma geometria circular, os enrolamentos ocupam apenas 
uma determinada área da janela disponível conforme pode ser observado na Fig. 3. 
Desta forma faz-se necessário definir uma constante kw denominada “fator de 
ocupação do cobre dentro do carretel”. O valor típico da constante kw para a construção 
de indutores é 0,7 (ou seja, a área ocupada pelos enrolamentos é de 70% da janela), 
porém este valor pode sofrer variações conforme a habilidade da pessoa responsável 
pela confecção dos enrolamentos e conforme a geometria dos condutores utilizados. 
Assim, pode-se definir kw como: 
p 
w 
w 
k 
A
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5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
área ocupada 
pelos enrolamentos 
 
 
 
Aw 
 
 
 
Fig. 3 – Ocupação dos enrolamentos na janela. 
Definida a constante kw, pode-se rescrever a expressão (9) da seguinte forma: 
⋅ ⋅ 
J k A 
= max w w 
(11) 
eficaz 
I 
N 
J k A 
max w w 
(12) 
L I 
⋅ ⋅ 
10 pico eficaz 
= ⋅ 
⋅ ⋅ 
⋅ 
L I 
N pico 
⋅ 
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Igualando (8) e (11): 
e 
pico 
eficaz 
B A 
I 
⋅ 
⋅ 
= 
⋅ ⋅ 
max 
Assim define-se o valor do produto AeAw necessário para a construção do 
indutor: 
4 
max max 
e w 
w 
L I I 
A A 
B J k 
(13) 
O fator 104 na expressão (13) foi acrescentado para ajuste de unidade (cm4). 
Para núcleos de ferrite usuais o valor de Bmax fica em torno de 0,3T (este valor é devido 
à curva de magnetização dos material magnético). O valor da densidade de corrente, 
que indica a capacidade de corrente por unidade de área, depende dos condutores 
utilizados nos enrolamentos, tipicamente utiliza-se 450A/cm2. Os fabricantes de 
núcleos disponibilizam alguns tamanhos e formatos padrões de núcleos e, por este 
motivo, deve-se selecionar o núcleo com o AeAw maior e mais próximo do calculado. 
3.2 – Número de Espiras 
É obtido diretamente da expressão (8). 
B Ae 
= 
max 
(14)
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6 
N 
= (15) 
l 
entreferro 
entrefeero A 
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3.3 – Entreferro 
A indutância depende diretamente do número de espiras e da relutância total do 
circuito magnético, conforme pode ser verificado na expressão (15). 
2 
total 
L 
R 
Por melhor que seja o material utilizado no núcleo sempre existe uma oposição à 
passagem de fluxo (relutância), que pode ser calculada pela relação (16): 
núcleo 
nucleo 
núcleo e 
R 
μ A 
= 
⋅ (16) 
Onde: 
lnúcleo = comprimento do caminho magnético; 
μnúcleo = permeabilidade do núcleo. 
Caso haja um entreferro aumenta-se a relutância total do circuito magnético, ou 
seja, existe maior resistência à passagem de fluxo magnético. Considerando um 
entreferro de ar, a relutância adicionada pode ser expressa por: 
o e 
l 
R 
⋅ 
= 
μ 
(17) 
Onde: 
lentreferro = comprimento do entreferro; 
μo = permeabilidade do ar. 
Assim sendo, o entreferro aumenta a relutância total do circuito, diminuindo a 
indutância. 
Os entreferros são utilizados em indutores por duas razões: 
• Sem entreferro a indutância é proporcional apenas à permeabilidade 
do núcleo, que é um parâmetro extremamente dependente da 
temperatura e do ponto de operação. A adição do entreferro introduz 
uma relutância muito maior que a relutância do núcleo fazendo com 
que o valor de L seja praticamente insensível às variações na 
permeabilidade do núcleo. 
• A adição de entreferro permite que o indutor opere com valores 
maiores de corrente no enrolamento sem que ocorra saturação do 
núcleo, conforme pode ser observado na Fig. 4.
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7 
=BAe 
1 
R +R 
nucleo entreferro 
n.Isat1 n.Isat2 
1 
R 
nucleo 
Bsat . Ae 
Bsat . Ae 
nI α H 
Fig. 4 – Efeito do entreferro na saturação do núcleo. 
Considerando a relutância do entreferro muito maior que a relutância do núcleo, 
a expressão (15) pode ser rescrita como: 
N 
2 
= (18) 
entrefeero R 
L 
Substituindo (17) em (18) chega-se à: 
= N 2 
⋅μ ⋅ A 
o e ⋅ 10 
− 2 (19) 
entreferro 
metade do 
entreferro 
comprimento do 
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l 
L 
Novamente incluiu-se um fator 10-2 para ajuste de unidades, tornando o 
comprimento do entreferro em cm. 
O valor calculado é referente ao comprimento total do entreferro, porém, no caso 
dos núcleos do tipo E-E onde o entreferro normalmente é colocado na pernas laterais, 
em cada perna lateral deve existir um entreferro com metade do valor calculado, uma 
vez o fluxo magnético, que circula pelo caminho mostrado na Fig. 5, percorrerá também 
o entreferro situado na perna central. 
caminho 
magnético 
Fig. 5 – Distribuição do entreferro.
Instituto de Eletrônica de Potência 
8 
3.4 – Cálculo da Bitola dos Condutores 
A utilização de condutores em altas freqüências deve levar em conta o efeito 
pelicular (skin efect). É sabido que, a medida que a freqüência aumenta, a corrente no 
interior de um condutor tende se distribuir pela periferia, ou seja, existe maior 
densidade de corrente nas bordas e menor na região central. Esse efeito causa uma 
redução na área efetiva do condutor. Em outras palavras, o efeito pelicular atua de 
maneira a limitar a área máxima do condutor a ser empregado. 
O valor da profundidade de penetração pode ser obtido através da expressão 
7.5 Δ = (20) 
eficaz 
= (21) 
n = cond 
(22) 
S 
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abaixo: 
f 
Desta forma o condutor utilizado não deve possuir um diâmetro superior ao valor 
2Δ. 
O cálculo da bitola necessária para conduzir a corrente do enrolamento depende 
da máxima densidade de corrente admitida no condutor. Conforme pode ser verificado 
na expressão (21). 
max 
fio 
I 
S 
J 
Geralmente o diâmetro do condutor é superior ao limite fixado pelo efeito 
pelicular. Assim, é necessário associar condutores em paralelo afim de que se possa 
conduzir a corrente sem superaquecimento dos fios condutores. O número de 
condutores pode ser calculado da seguinte maneira: 
skin 
condutores S 
Onde: 
Sskin = área do condutor cujo o diâmetro máximo é limitado pelo valor 2Δ. 
3.5 – Cálculo da Elevação de Temperatura 
Devido às não idealidades tem-se perdas no indutor. As perdas totais são 
compostas de perdas no cobre (efeito Joule) e perdas magnéticas (ou perdas no 
núcleo). Tais perdas geram aquecimento e consequentemente uma determinada 
elevação de temperatura do indutor acima da temperatura do ambiente ao qual este 
está submetido.
Instituto de Eletrônica de Potência 
9 
fio espira 
Prof. Ivo Barbi, Eng. Carlos Henrique Illa Font e Eng. Ricardo Luiz Alves 
3.5.1 – Perdas no Cobre 
As perdas no cobre dependem diretamente da resistência do enrolamento, que 
pode ser facilmente calculada com auxílio da expressão (23): 
condotores 
cobre n 
l N 
R 
⋅ ⋅ 
= 
ρ 
(23) 
Onde: 
lespira = comprimento médio de uma espira; 
ρfio = resistividade do fio por cm. 
As perdas Joule são: 
2 
cobre cobre ef P = R ⋅ I (24) 
3.5.2 - Perdas Magnéticas 
As perdas magnéticas são devidas basicamente à histerese. A expressão 
empírica abaixo permite determinar com boa aproximação o valor das perdas no 
núcleo: 
2,4 ( 2 ) 
nucleo h f núcleo P = ΔB ⋅ K ⋅ f + K ⋅ f ⋅V (25) 
Onde: 
Kh = coeficiente de perdas por histerese; 
Kf = coeficiente de perdas por correntes parasitas; 
Vnucleo = volume do núcleo. 
Para núcleos da Thornton: 
Kh = 4.10-5; 
Kf = 4.10-10. 
3.5.3 – Resistência Térmica do Núcleo 
É definida como: 
( ) 0.37 23 = ⋅ − nucleo e w Rt A A (26) 
3.5.4 – Elevação de Temperatura 
É dada por: 
( ) cobre núcleo nucleo ΔT = P + P ⋅ Rt (27)
Instituto de Eletrônica de Potência 
10 
3.6 – Possibilidade de Execução 
A última etapa no projeto físico de um indutor é verificar a possibilidade de 
execução, ou seja, verificar se é possível colocar os enrolamentos na janela do núcleo 
(Aw). 
Para acondicionar o enrolamento calculado anteriormente é necessária uma 
N n S 
condutores fio 
K 
Aw 
Exec (29) 
Prof. Ivo Barbi, Eng. Carlos Henrique Illa Font e Eng. Ricardo Luiz Alves 
janela mínima dada por: 
w 
Aw 
⋅ ⋅ 
= min (28) 
A Possibilidade de execução é definida como: 
= min 1 
núcleo Aw 
Caso não seja possível construir o enrolamento na janela disponível, deve-se 
ajustar os parâmetros Bmax, Jmax, e ncondutores ou ainda escolher outro núcleo. 
4 – PROJETO FÍSICO DE TRANSFORMADORES 
Partindo das mesmas expressões iniciais usadas no projeto do indutor pode-se 
facilmente chegar ao dimensionamento físico do transformador, porém, no caso dos 
transformadores não há a necessidade da utilização de entreferro (com exceção do 
transformador do conversor Flyback, que na verdade não funciona como 
transformador, mas sim como indutores acoplados.), pois, idealmente, em um 
transformador não há armazenamento de energia (toda a energia é instantaneamente 
transferida do primário para o secundário). 
5 – BIBLIOGRAFIA 
[1] BARBI, Ivo. Projetos de fontes chaveadas. Florianópolis: Edição do Autor, 2001. 
[2] ERICKSON, Robert W. Fundamentals of power electronics. New York: Chapman 
 Hall, 1997. 
[3] UNITRODE CORPORATION. Unitrode seminars. Disponível em: 
http://focus.ti.com/docs/analog/support/training/seminar.jhtml?templateId=2n 
avigationId=156tfsection=Seminar_Materials. 
[4] MAGNETICS INC. Catálogos e softwares para projeto de magnéticos. 
Disponível em: http://www.mag-inc.com.

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  • 1. INSTITUTO DE ELETRÔNICA DE POTÊNCIA Departamento de Engenharia Elétrica Centro Tecnológico UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA PROJETO FÍSICO DE INDUTORES E TRANSFORMADORES Prof. Ivo Barbi, Dr. Ing. Eng. Carlos Henrique Illa Font, Mestrando Eng. Ricardo Luiz Alves, Mestrando MARÇO/2002 Caixa Postal 5119 – CEP 88040-970 – Florianópolis – SC Tel. : (0xx48) 331-9204 – Fax: (0xx48) 234-5422 – Internet: www.inep.ufsc.br
  • 2. Instituto de Eletrônica de Potência 1 ÍNDICE 1 – INTRODUÇÃO........................................................................................................................................ 2 2 – NÚCLEOS DE FERRITE DO TIPO E..................................................................................................... 2 3 – PROJETO FÍSICO DE INDUTORES...................................................................................................... 3 3.1 – Escolha do Núcleo Apropriado ....................................................................................................... 3 3.2 – Número de Espiras ......................................................................................................................... 5 3.3 – Entreferro........................................................................................................................................ 6 3.4 – Cálculo da Bitola dos Condutores .................................................................................................. 8 3.5 – Cálculo da Elevação de Temperatura ............................................................................................ 8 3.5.1 – Perdas no Cobre .................................................................................................................... 9 3.5.2 - Perdas Magnéticas.................................................................................................................. 9 3.5.3 – Resistência Térmica do Núcleo.............................................................................................. 9 3.5.4 – Elevação de Temperatura ...................................................................................................... 9 3.6 – Possibilidade de Execução........................................................................................................... 10 4 – PROJETO FÍSICO DE TRANSFORMADORES................................................................................... 10 5 – BIBLIOGRAFIA..................................................................................................................................... 10 Prof. Ivo Barbi, Eng. Carlos Henrique Illa Font e Eng. Ricardo Luiz Alves
  • 3. Instituto de Eletrônica de Potência 2 1 – INTRODUÇÃO O sucesso na construção e no perfeito funcionamento de um conversor CC-CC está intimamente ligado com um projeto adequado dos elementos magnéticos. O grande problema reside no fato de que transformadores e indutores operando em alta freqüência inserem no circuito de potência uma série de elementos parasitas (não-idealidades), tais como: indutância magnetizante, indutância de dispersão, capacitâncias entre enrolamentos, capacitâncias entre espiras, etc. Tais elementos parasitas se refletem em resultados indesejáveis no funcionamento do conversor. Os resultados mais comumente observáveis são picos de tensão nos semicondutores, altas perdas e emissão de ruídos (interferência eletromagnética conduzida e irradiada). 2 – NÚCLEOS DE FERRITE DO TIPO E O objetivo do núcleo magnético é fornecer um caminho adequado para o fluxo Prof. Ivo Barbi, Eng. Carlos Henrique Illa Font e Eng. Ricardo Luiz Alves magnético. Entre os tipos de material utilizados na construção de núcleos destacam-se o ferrite e as lâminas de ferro-silício. Em operações em baixas freqüências as lâminas de ferro-silício são mais adequadas, porém, com o aumento da freqüência de operação, as perdas por histerese e consequentemente a elevação de temperatura tornam impraticáveis o seu uso. Os núcleos de ferrite são indicados para operação em freqüências mais elevadas, porém, apresentam algumas desvantagens em relação às lâminas de ferro silício, tais como baixa densidade de fluxo de saturação (0,3T) e baixa robustez a choques mecânicos.
  • 4. Instituto de Eletrônica de Potência 3 Aw Ae B Núcleos Carretel = ⋅ φ = ⋅ Δφ Δ Prof. Ivo Barbi, Eng. Carlos Henrique Illa Font e Eng. Ricardo Luiz Alves A D C Fig. 1 –Núcleo e carretel do tipo E. Na Fig. 1 pode ser observado o modelo de um núcleo de ferrite do tipo E-E. A área da seção transversal do núcleo, denominada Ae, e a área da janela, denominada Aw, são fatores importantes no projeto físico de magnéticos. 3 – PROJETO FÍSICO DE INDUTORES EQUATION SECTION 1 Seja um indutor L percorrido por uma corrente com a forma de onda mostrada na Fig. 2. I I pico min Fig. 2 – Corrente sobre o indutor. 3.1 – Escolha do Núcleo Apropriado O projeto físico do indutor é baseado nas Leis de Àmpere e de Faraday: ℑ = ∫ H ⋅ dl = H ⋅ l = N ⋅ i (1) ( ) ( ) d t v t N N dt t (2)
  • 5. Instituto de Eletrônica de Potência 4 Também são relações importantes a relação volt-àmpere no indutor e a relação entre indução magnética e campo magnético. = ⋅ = ⋅ Δ di ( t ) i v ( t ) L L Δ dt t (3) B H o = μ ⋅ (4) Igualando (2) e (3) tem-se: ⋅ Δφ = ⋅ Δ φ N ⇒ ⋅ Δ = ⋅ Δ N L i i Δ t L t ⋅ L I N pico ⋅ eficaz A A = (10) Prof. Ivo Barbi, Eng. Carlos Henrique Illa Font e Eng. Ricardo Luiz Alves Δ (5) Sendo: Δφ = ΔB ⋅ Ae (6) Considerando que, quando a corrente no indutor é máxima (Ipico) tem-se o máximo valor de B (Bmax) e substituindo-se (6) em (5): pico N ⋅ B ⋅ Ae = L ⋅ I max (7) Desta forma: B Ae = max (8) A máxima densidade de corrente é dada por: p N I J ⋅ = max (9) Onde: Ap: área transversal do enrolamento de cobre. Sendo os fios com uma geometria circular, os enrolamentos ocupam apenas uma determinada área da janela disponível conforme pode ser observado na Fig. 3. Desta forma faz-se necessário definir uma constante kw denominada “fator de ocupação do cobre dentro do carretel”. O valor típico da constante kw para a construção de indutores é 0,7 (ou seja, a área ocupada pelos enrolamentos é de 70% da janela), porém este valor pode sofrer variações conforme a habilidade da pessoa responsável pela confecção dos enrolamentos e conforme a geometria dos condutores utilizados. Assim, pode-se definir kw como: p w w k A
  • 6. Instituto de Eletrônica de Potência 5 área ocupada pelos enrolamentos Aw Fig. 3 – Ocupação dos enrolamentos na janela. Definida a constante kw, pode-se rescrever a expressão (9) da seguinte forma: ⋅ ⋅ J k A = max w w (11) eficaz I N J k A max w w (12) L I ⋅ ⋅ 10 pico eficaz = ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ L I N pico ⋅ Prof. Ivo Barbi, Eng. Carlos Henrique Illa Font e Eng. Ricardo Luiz Alves Igualando (8) e (11): e pico eficaz B A I ⋅ ⋅ = ⋅ ⋅ max Assim define-se o valor do produto AeAw necessário para a construção do indutor: 4 max max e w w L I I A A B J k (13) O fator 104 na expressão (13) foi acrescentado para ajuste de unidade (cm4). Para núcleos de ferrite usuais o valor de Bmax fica em torno de 0,3T (este valor é devido à curva de magnetização dos material magnético). O valor da densidade de corrente, que indica a capacidade de corrente por unidade de área, depende dos condutores utilizados nos enrolamentos, tipicamente utiliza-se 450A/cm2. Os fabricantes de núcleos disponibilizam alguns tamanhos e formatos padrões de núcleos e, por este motivo, deve-se selecionar o núcleo com o AeAw maior e mais próximo do calculado. 3.2 – Número de Espiras É obtido diretamente da expressão (8). B Ae = max (14)
  • 7. Instituto de Eletrônica de Potência 6 N = (15) l entreferro entrefeero A Prof. Ivo Barbi, Eng. Carlos Henrique Illa Font e Eng. Ricardo Luiz Alves 3.3 – Entreferro A indutância depende diretamente do número de espiras e da relutância total do circuito magnético, conforme pode ser verificado na expressão (15). 2 total L R Por melhor que seja o material utilizado no núcleo sempre existe uma oposição à passagem de fluxo (relutância), que pode ser calculada pela relação (16): núcleo nucleo núcleo e R μ A = ⋅ (16) Onde: lnúcleo = comprimento do caminho magnético; μnúcleo = permeabilidade do núcleo. Caso haja um entreferro aumenta-se a relutância total do circuito magnético, ou seja, existe maior resistência à passagem de fluxo magnético. Considerando um entreferro de ar, a relutância adicionada pode ser expressa por: o e l R ⋅ = μ (17) Onde: lentreferro = comprimento do entreferro; μo = permeabilidade do ar. Assim sendo, o entreferro aumenta a relutância total do circuito, diminuindo a indutância. Os entreferros são utilizados em indutores por duas razões: • Sem entreferro a indutância é proporcional apenas à permeabilidade do núcleo, que é um parâmetro extremamente dependente da temperatura e do ponto de operação. A adição do entreferro introduz uma relutância muito maior que a relutância do núcleo fazendo com que o valor de L seja praticamente insensível às variações na permeabilidade do núcleo. • A adição de entreferro permite que o indutor opere com valores maiores de corrente no enrolamento sem que ocorra saturação do núcleo, conforme pode ser observado na Fig. 4.
  • 8. Instituto de Eletrônica de Potência 7 =BAe 1 R +R nucleo entreferro n.Isat1 n.Isat2 1 R nucleo Bsat . Ae Bsat . Ae nI α H Fig. 4 – Efeito do entreferro na saturação do núcleo. Considerando a relutância do entreferro muito maior que a relutância do núcleo, a expressão (15) pode ser rescrita como: N 2 = (18) entrefeero R L Substituindo (17) em (18) chega-se à: = N 2 ⋅μ ⋅ A o e ⋅ 10 − 2 (19) entreferro metade do entreferro comprimento do Prof. Ivo Barbi, Eng. Carlos Henrique Illa Font e Eng. Ricardo Luiz Alves l L Novamente incluiu-se um fator 10-2 para ajuste de unidades, tornando o comprimento do entreferro em cm. O valor calculado é referente ao comprimento total do entreferro, porém, no caso dos núcleos do tipo E-E onde o entreferro normalmente é colocado na pernas laterais, em cada perna lateral deve existir um entreferro com metade do valor calculado, uma vez o fluxo magnético, que circula pelo caminho mostrado na Fig. 5, percorrerá também o entreferro situado na perna central. caminho magnético Fig. 5 – Distribuição do entreferro.
  • 9. Instituto de Eletrônica de Potência 8 3.4 – Cálculo da Bitola dos Condutores A utilização de condutores em altas freqüências deve levar em conta o efeito pelicular (skin efect). É sabido que, a medida que a freqüência aumenta, a corrente no interior de um condutor tende se distribuir pela periferia, ou seja, existe maior densidade de corrente nas bordas e menor na região central. Esse efeito causa uma redução na área efetiva do condutor. Em outras palavras, o efeito pelicular atua de maneira a limitar a área máxima do condutor a ser empregado. O valor da profundidade de penetração pode ser obtido através da expressão 7.5 Δ = (20) eficaz = (21) n = cond (22) S Prof. Ivo Barbi, Eng. Carlos Henrique Illa Font e Eng. Ricardo Luiz Alves abaixo: f Desta forma o condutor utilizado não deve possuir um diâmetro superior ao valor 2Δ. O cálculo da bitola necessária para conduzir a corrente do enrolamento depende da máxima densidade de corrente admitida no condutor. Conforme pode ser verificado na expressão (21). max fio I S J Geralmente o diâmetro do condutor é superior ao limite fixado pelo efeito pelicular. Assim, é necessário associar condutores em paralelo afim de que se possa conduzir a corrente sem superaquecimento dos fios condutores. O número de condutores pode ser calculado da seguinte maneira: skin condutores S Onde: Sskin = área do condutor cujo o diâmetro máximo é limitado pelo valor 2Δ. 3.5 – Cálculo da Elevação de Temperatura Devido às não idealidades tem-se perdas no indutor. As perdas totais são compostas de perdas no cobre (efeito Joule) e perdas magnéticas (ou perdas no núcleo). Tais perdas geram aquecimento e consequentemente uma determinada elevação de temperatura do indutor acima da temperatura do ambiente ao qual este está submetido.
  • 10. Instituto de Eletrônica de Potência 9 fio espira Prof. Ivo Barbi, Eng. Carlos Henrique Illa Font e Eng. Ricardo Luiz Alves 3.5.1 – Perdas no Cobre As perdas no cobre dependem diretamente da resistência do enrolamento, que pode ser facilmente calculada com auxílio da expressão (23): condotores cobre n l N R ⋅ ⋅ = ρ (23) Onde: lespira = comprimento médio de uma espira; ρfio = resistividade do fio por cm. As perdas Joule são: 2 cobre cobre ef P = R ⋅ I (24) 3.5.2 - Perdas Magnéticas As perdas magnéticas são devidas basicamente à histerese. A expressão empírica abaixo permite determinar com boa aproximação o valor das perdas no núcleo: 2,4 ( 2 ) nucleo h f núcleo P = ΔB ⋅ K ⋅ f + K ⋅ f ⋅V (25) Onde: Kh = coeficiente de perdas por histerese; Kf = coeficiente de perdas por correntes parasitas; Vnucleo = volume do núcleo. Para núcleos da Thornton: Kh = 4.10-5; Kf = 4.10-10. 3.5.3 – Resistência Térmica do Núcleo É definida como: ( ) 0.37 23 = ⋅ − nucleo e w Rt A A (26) 3.5.4 – Elevação de Temperatura É dada por: ( ) cobre núcleo nucleo ΔT = P + P ⋅ Rt (27)
  • 11. Instituto de Eletrônica de Potência 10 3.6 – Possibilidade de Execução A última etapa no projeto físico de um indutor é verificar a possibilidade de execução, ou seja, verificar se é possível colocar os enrolamentos na janela do núcleo (Aw). Para acondicionar o enrolamento calculado anteriormente é necessária uma N n S condutores fio K Aw Exec (29) Prof. Ivo Barbi, Eng. Carlos Henrique Illa Font e Eng. Ricardo Luiz Alves janela mínima dada por: w Aw ⋅ ⋅ = min (28) A Possibilidade de execução é definida como: = min 1 núcleo Aw Caso não seja possível construir o enrolamento na janela disponível, deve-se ajustar os parâmetros Bmax, Jmax, e ncondutores ou ainda escolher outro núcleo. 4 – PROJETO FÍSICO DE TRANSFORMADORES Partindo das mesmas expressões iniciais usadas no projeto do indutor pode-se facilmente chegar ao dimensionamento físico do transformador, porém, no caso dos transformadores não há a necessidade da utilização de entreferro (com exceção do transformador do conversor Flyback, que na verdade não funciona como transformador, mas sim como indutores acoplados.), pois, idealmente, em um transformador não há armazenamento de energia (toda a energia é instantaneamente transferida do primário para o secundário). 5 – BIBLIOGRAFIA [1] BARBI, Ivo. Projetos de fontes chaveadas. Florianópolis: Edição do Autor, 2001. [2] ERICKSON, Robert W. Fundamentals of power electronics. New York: Chapman Hall, 1997. [3] UNITRODE CORPORATION. Unitrode seminars. Disponível em: http://focus.ti.com/docs/analog/support/training/seminar.jhtml?templateId=2n avigationId=156tfsection=Seminar_Materials. [4] MAGNETICS INC. Catálogos e softwares para projeto de magnéticos. Disponível em: http://www.mag-inc.com.