1. EDUCAÇÃO PARA A SEXUALIDADE NOS
5ºS ANOS DO ENSINO FUNDAMENTAL
Equipe de ciências da SME:
Henrique Gomes
Kelly Aguiar
Santina Bordini
Thais Vaine
ciencias@sme.curitiba.pr.gov.br
3350-9904
BLOG: http://cienciassme.wix.com/ensino
2. Objetivos
• Possibilitar momentos de discussão, problematização e reflexão
sobre a temática da educação para a sexualidade no contexto
escolar;
• Proporcionar momentos de formação e trocas de experiências sobre
casos relacionados às questões de gênero e sexualidade no contexto
escolar.
• Refletir sobre alguns conceitos fundamentais relacionados à
sexualidade na prática pedagógica.
Educação para a sexualidade
3. Cronograma
Turmas Horário Datas Data a distância
Turma 1 6ª feira M 8h às 12h
25/07
08/08 (Prof. Marcolino)
22/08
05/09
19/09
12/09
Turma 2
6ª feira T 13h30 às
17h30
25/07
08/08 (Prof. Marcolino)
22/08
05/09
19/09
12/09
Educação para a sexualidade
6. O que significa falar de ou falar sobre
sexualidade?
Qual o primeiro pensamento que lhe vem
a cabeça quando se fala em sexualidade?
Educação para a sexualidade
13. Educação sexual ou orientação sexual?
Orientação sexual ou opção sexual?
PCN -1998
Educação para a sexualidade
14. ABORDAGENS CONTEMPORÂNEAS
PARA EDUCAÇÃO SEXUAL
• Biológico-higienista
• Moral-tradicionalista
• Terapêutica
• Religioso-radical
• Dos direitos humanos
• Dos direitos sexuais
• Emancipatória
Educação para a sexualidade
15. ABORDAGEM BIOLÓGICO-HIGIENISTA
• Fundamentada em preceitos essencialistas e universalizantes
• Ênfase na biologia essencialista;
• Baseada no determinismo biológico;
• Naturalização das desigualdades sexuais e de gênero;
• Marcada pela centralidade do ensino como promoção da saúde, da
reprodução humana, das DSTs, da gravidez indesejada, do
planejamento familiar, etc.;
• Presente nas aulas de ciências e biologia.
Educação para a sexualidade
16. “Temos que prestar atenção se o
cuidado com a manutenção da saúde
não está sendo feito de modo a rodear
o exercício da sexualidade de uma aura
de perigo e de doença” (Guacira Louro,
1999)
Educação para a sexualidade
17. ABORDAGEM MORAL-
TRADICIONALISTA
• Defende incondicionalmente a abstinência sexual e os papeis
sexuais tradicionais;
• Defendem a monogamia, o casamento, a castidade pré-
marital, a educação separada entre meninos e meninas;
• Pregam a intolerância com as práticas sexuais e com os modos
de viver a sexualidade que não sejam os reprodutivos;
• A educação sexual é de competência da família.
Educação para a sexualidade
18. “Porque a abstinência da atividade sexual é
o único método 100% eficaz de evitar a
gravidez e a transmissão de doenças
venéreas” (Associação Nacional Pró-Vida e Pró-
Família, 2002)
Educação para a sexualidade
19. ABORDAGEM TERAPÊUTICA
• Busca causas explicativas para as vivências sexuais consideradas
anormais ou para os problemas sexuais;
• Tem caráter psicológico e está ligado a instituições religiosas;
• Se utiliza das técnicas de terapia individual, grupal e de psicodrama
para alcançar a cura sexual.
Educação para a sexualidade
20. “Se a figura do pai não conseguir uma
aproximação com o filho, pode ocorrer a falta
de amadurecimento emocional psicossexual
que pode levar a uma orientação homossexual”
(Carvalho, 2004)
Educação para a sexualidade
21. ABORDAGEM RELIGIOSO-RADICAL
• Apego às interpretações da Bíblia;
• Manutenção da família patriarcal e submissão da mulher;
• Fundamentalismo.
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22. ABORDAGEM DOS DIREITOS
HUMANOS
• É aquela que fala, explicita, problematiza e destrói as representações
negativas socialmente impostas aos sujeitos e às suas identidades
excluídas (lésbicas, gays, travestis, transexuais e transgêneros)
• É um processo educacional comprometido com a construção de uma
sociedade melhor, menos desigual, mais humana.
• Baseada na Declaração dos Direitos Sexuais elaborada no 13º
Congresso Mundial de Sexologia, em 1997.
• Os direitos sexuais são direitos humanos universais baseados na
inerente liberdade, dignidade e igualdade de todos os seres humanos.
Educação para a sexualidade
23. • Uma vez que a saúde é um direito fundamental, então a saúde sexual
deve ser um direito humano básico.
• Para assegurarmos que os seres humanos e a sociedade desenvolvam
uma sexualidade saudável , os direitos sexuais, devem ser
reconhecidos, promovidos, , respeitados e defendidos por todas as
sociedades de todas as maneiras.
• Saúde sexual é o resultado de um ambiente que reconhece , respeita e
exercita estes direitos.
Educação para a sexualidade
24. DECLARAÇÃO DOS DIREITOS SEXUAIS,
1999
ARTIGO 1º. O direito à liberdade sexual
ARTIGO 2º. O direito à autonomia sexual, à integridade sexual e à
segurança do corpo sexual
ARTIGO 3º. O direito à privacidade sexual
ARTIGO 4º. O direito à justiça (equidade) sexual
ARTIGO 5º. O direito ao prazer sexual
ARTIGO 6º. O direito à expressão sexual emocional
ARTIGO 7º. O direito à livre parceria sexual
ARTIGO 8º. O direito à fazer escolhas reprodutivas livres e responsáveis
ARTIGO 9º. O direito à informação baseada na investigação científica.
ARTIGO 10º. O direito à educação sexual integral
ARTIGO 11º. O direito à atenção à saúde sexual
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26. ATIVIDADE 1
SEXO OU SEXUALIDADE
• O que você tem visto na mídia (televisão, cinema, anúncios) enfocando
a sexualidade?
• Você considera que esses elementos representam uma definição de
sexualidade?
• O que é sexualidade?
• O que é sexo?
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27. TRABALHO EM GRUPO
• Procure artigos, anúncios, imagens que representem aspectos mais
amplos da sexualidade.
• Apresente para o grande grupo.
Questões:
a) De onde vem nossa definição de sexualidade?
b) que tipo de mensagem sobre sexualidade é apresentada pela mídia?
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28. CONCEITOS IMPORTANTES
• Sexualidade
A sexualidade é um componente humano e está presente em todas as fases
da vida com mecanismos próprios de manifestação, de significação social e
vivência pessoal. É um processo contínuo, porém reconhecidamente
diferenciado. (Jimena Furlani, 2011)
Educação para a sexualidade
29. CONCEITOS IMPORTANTES
• Gênero
“Refere-se ao modo como as diferenças sexuais são representadas ou
valorizadas, refere-se àquilo que se diz ou se pensa sobre tais diferenças, no
âmbito de uma dada sociedade, num determinado grupo, em determinado
contexto” (Guacira Lopes Louro, 2000)
Educação para a sexualidade
30. CONCEITOS IMPORTANTES
• Identidades sexuais
“ Refere-se a forma como os sujeitos exercem sua sexualidade. As identidades
sexuais se constituem através de formas como os sujeitos vivem sua
sexualidade, seus desejos, com parceiros ou parceiras do mesmo sexo, do
sexo oposto, de ambos os sexos ou sem parceiros e parceiras” (Guacira, 2000)
Educação para a sexualidade
31. CONCEITOS IMPORTANTES
• Identidades de Gênero
“Refere-se a forma como os sujeitos se identificam social e historicamente
como masculinos e femininos” (Guacira Lopes Louro, 2000)
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32. IDENTIDADES CULTURAIS
SEXO
Atributos
biológicos
Macho = homem
Jimena FURLANI, 2007
GÊNERO
Construções
sócio-culturais
Fêmea = mulher
Feminino
Masculino
SEXUALIDADE
Construção Biológica,
Social, Cultural, Histórica,
Política, Discursiva
Heterossexual
Homossexual
Bissexual
Andrógeno/aHermafrodita
Identidade
de Gênero
Orientação
Sexual
Educação para a sexualidade
33. Qual é o papel das escolas?
Educação para a sexualidade
34. Se...
• a Escola tem como objetivo contribuir para o desenvolvimento
integral do indivíduo e para a cidadania plena, para minimizar as
desigualdades e promover a inclusão social, a educação para a
sexualidade não pode ficar ausente dos currículos escolares.
Educação para a sexualidade
35. Então...
• A escola tem que garantir em todos os níveis de
escolarização seu papel pedagógico de possibilitar a
discussão e inclusão curricular da educação para a
sexualidade.
• As escolas que não proporcionam a educação sexual
a suas alunas e alunos estão educando-os
parcialmente(FURLANI, 2003)
Educação para a sexualidade
36. Crianças sexualmente saudáveis
• São aquelas que se sentem bem com seus corpos;
• Que respeitam os membros da família e outras crianças;
• Que entendem o conceito de privacidade;
• Que tomam decisões adequadas à sua idade;
• Que ficam à vontade para fazer perguntas;
• Que se sentem preparadas para a puberdade.
(Fonte: HAFFNER, Debra,2005)
Educação para a sexualidade
38. Uma escola sexualmente saudável é aquela que:
• discute, dialoga sobre educação sexual com as/os estudantes, entre
professoras e professores e demais funcionários e com a família.
• A equipe escolar inclui esse tema em suas reuniões pedagógicas, cursos e
capacitações.
• A educação sexual está presente no currículo e é trabalhada ao longo do
ano, e não apenas quando surge alguma manifestação que leva a direção a
chamar alguma médica/médico ou especialista para conversar ou ministrar
uma palestra.
• As crianças e jovens conversam com as professoras e professores e tiram
suas dúvidas.
• As crianças aprendem a conhecer seu corpo e suas características.
• A ES é trabalhada no espaço escolar de forma participativa e interdisciplinar,
a partir de reflexões decorrentes de experiências e trabalhos teóricos-
práticos.
Educação para a sexualidade
39. 8 princípios para uma ES na escola de respeito às diferenças
1. A ES deve começar na infância e, portanto, fazer parte do currículo escolar.
2. As manifestações da sexualidade não se justificam, apenas, pelo objetivo
da “reprodução”.
3. A descoberta corporal é expressão da sexualidade.
4. Não deve haver segregação de gênero nos conhecimentos apresentados a
meninas e meninas; portanto, a prática pedagógica da educação sexual
deve acontecer sempre em convivência entre meninos e meninas,
rapazes e moças.
Educação para a sexualidade
40. 5. Meninos e meninas devem/podem ter os mesmos brinquedos
6. A linguagem plural, usada na ES, deve contemplar tanto o
conhecimento científico quanto o conhecimento
familiar/popular/cultural.
7. Há muitos modos de a sexualidade e o gênero se expressarem
em cada pessoa;
8. A ES pode discutir valores como respeito, solidariedade,
direitos humanos.
Educação para a sexualidade
41. POSSIBILIDADES DIDÁTICAS
• Trabalho com a literatura infantil
1. Mamãe botou um ovo
2. O príncipe cinderelo
3. Jéssica e Junior no mundo das cores
4. O menino Nito
5. Que cegonha o que?
(http://www.universidadedascriancas.org/livro/livro.php)
Educação para a sexualidade