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SOCIOLOGIA Valinhos, 01 de março de 2011
Aula 2 – Liberdades individuais e coerção social.
Aula 2 – Liberdades individuais e coerção social. 	A imagem de WangWeilin – estudante chinês que, aos 19 anos, deteve desarmado uma coluna de tanques, em meio a uma série de protestos pela democratização da China – pode ser considerada um símbolo da luta pela afirmação das liberdades individuais. A defesa das liberdades do indivíduo (como o direito à livre expressão, por exemplo) é um dos pilares da democracia, mas, no fundo, sabemos que ninguém é absolutamente livre e que viver em sociedade significa, em certa medida, abrir mão de algumas liberdades. Em outras palavras: somos livres dentro de certos limites.
Aula 2 – Liberdades individuais e coerção social. Você consegue identificar alguns desses limites? Quem os determina? Você acha que devemos aceitá-los passivamente ou é necessário questioná-los? Por quê?
Aula 2 – Liberdades individuais e coerção social. NINGUÉM É ABSOLUTAMENTE LIVRE. Viver em sociedade significa abrir mão de certas liberdades. A LIBERDADE possui limites dentro da sociedade.
Aula 2 – Liberdades individuais e coerção social. O mundo e suas leis Quando nascemos já encontramos um mundo pronto, com suas leis, suas regras de funcionamento os padrões de comportamento institucionalizados e as normas de conduta a serem seguidas. Querendo ou não, de modo inconsciente ou não, acabamos pautando nosso modo de agir por essas regras, seja para referendá-las, seja para discordar delas. Muitas vezes, por influência da família, da religião, da escola, dos hábitos de nossos amigos, acabamos vestindo “máscaras” sociais, pois sabemos que nossas atitudes estão sempre sendo julgadas. Por isso, podemos sentir necessidade de adequar nosso comportamento e nosso pensamento aos valores estabelecidos. Isso significa que estamos sempre sujeitos a coerções sociais, isto é, a aceitar valores que podem não ser compatíveis com nossas opiniões e crenças pessoais. Valores que, em última instância, poderiam ser bem diferentes, se cada um pudesse escolhê-los de acordo com sua vontade. A noção de coerção social é a base para entendermos um dos conceitos mais relevantes da Sociologia moderna: o de fato social, proposto por Durkheim em sua obra As regras do método sociológico.
Aula 2 – Liberdades individuais e coerção social. O que é fato social? Seria impossível que os sociólogos estudassem todos os fenômenos, todos os acontecimentos, todos os pormenores da vida em sociedade. Na tentativa de limitar o raio de alcance da Sociologia, especificando-lhe os objetos de estudo, Durkheim propôs que os sociólogos se debruçassem sobre os fatos sociais, da mesma forma que os astrônomos o fazem com os astros celestes e os zoólogos, com os animais. A apreensão de um fato social passa pela observação da realidade. É observando-a e analisando-a que o sociólogo identifica o fato social. Mas, afinal, o que é um fato social? É tudo aquilo que exerce uma força de coerção sobre os indivíduos.  Durkheim afirmava que os fatos sociais são: maneiras de fazer ou de pensar, reconhecíveis pela particularidade de exercerem influência coercitiva sobre as consciências particulares.
Aula 2 – Liberdades individuais e coerção social. Essa “influência coercitiva” é exterior, e não interior. Ela é social, e não psicológica. Assim, a Sociologia não se interessa pelos “hábitos individuais ou hereditários” que “nos impõem crenças ou práticas”, mas sim pela pressão “que exerce a consciência de um grupo sobre a consciência de seus membros” – de novo, recorrendo às palavras de Durkheim. Quando se usa a expressão “consciência de um grupo”, consciência coletiva, ou algo do gênero, é preciso ter em mente que a sociedade é uma síntese, e não uma soma das ações e valores individuais. É por isso que a mentalidade de um grupo é diversa da mentalidade dos membros que o compõem. Portanto o fato social é caracterizado pela coercitividade, uma vez que atua sobre as pessoas, moldando-lhe as atitudes e pensamentos e, ao mesmo tempo, pela exterioridade, já que apresenta “existência própria”, sendo “exterior aos indivíduos”. E, para os sociólogos, as representações coletivas” são mais importantes do que os “estados individuais de consciência”. Além disso, só é fato social aquilo que é genérico, que se repete e que tem, de alguma maneira, aceitação coletiva. Durkheim é categórico nesse ponto: (...) para que exista o fato social, é preciso que pelo menos vários indivíduos tenham misturado suas ações, e que desta combinação se tenha desprendido um produto novo.
Aula 2 – Liberdades individuais e coerção social. Alienação e transgressão O conceito de fato social pode passar a impressão de que os indivíduos estão sempre obrigados a respeitar um padrão de comportamento, uma norma de conduta, uma lei, uma ideologia, que lhes são impostos, sem que haja a possibilidade de discordar da força coercitiva dos fatos sociais. Isso não é verdade. Na realidade, todos reconhecemos o peso que a estrutura familiar, a escola, a religião, os partidos políticos ou os meios de comunicação exercem sobre cada um de nós. Mas isso não significa que a aceitação desses valores seja sempre caracterizada pela passividade. Quando isso acontece – e o indivíduo sucumbe às pressões sociais, sem sequer refletir sobre o modo como a consciência coletiva contribuiu para delimitar suas ações e seu modo de pensar –, estamos diante de um caso de alienação. Mas há situações em que o sujeito se recusa a aceitar as coerções sociais (assumindo todos os riscos que essa postura pode acarretar), acreditando que é necessário romper com a ordem vigente, o que pressuporia novas formas de “representações coletivas”. Quando isso ocorre, temos a transgressão.
Aula 2 – Liberdades individuais e coerção social. Émile Durkheim (1858 – 1917) é considerado um dos pais da sociologia moderna. Fundador da escola francesa de sociologia, que combinava a pesquisa empírica com a teoria sociológica, é reconhecido como um dos melhores teóricos do conceito de coerção social. Suas principais obras são: Da divisão social do trabalho (1893), Regras do método sociológico (1895), O suicídio (1897) e As formas elementares de vida religiosa (1912). Dicas De Sites para pesquisa: http://www.consciencia.org/durkheim-e-a-sociologia http://www.airtonjo.com/socio_antropologico02.htm http://www.infoescola.com/sociologia/emile-durkheim/
Aula 3 – Instituições sociais num mundo de mudanças.
Aula 3 – Instituições sociais num mundo de mudanças. Foi o caso que estando já a terra assaz povoada de filhos, filhos de filhos e filhos de netos da nossa primeira mãe e do nosso primeiro pai, uns quantos desses, esquecidos de que sendo a morte de todos, a vida também o deveria ser, puseram-se a traçar uns riscos no chão, a espetar umas estacas, a levantar uns muros de pedra, depois do que anunciaram que, a partir desse momento, estava proibida (palavra nova) a entrada nos terrenos que assim ficavam delimitados, sob pena de um castigo, que segundo os tempos e os  costumes, poderia vir a ser de morte, ou de prisão, ou de multa, ou novamente de morte. Sem que até hoje se tivesse sabido porquê, e não falta quem afirme que disto não poderão ser atiradas as responsabilidades para as costas de Deus, aqueles nossos antigos parentes que por ali andavam, tendo presenciado a espoliação* e escutado o inaudito* aviso, não só não protestaram contra o abuso com que fora tornado particular o que até então havia sido de todos, como acreditaram que era essa a irrefragável* ordem natural das coisas de que se tinha começado a falar por aquelas alturas. Diziam eles que se o cordeiro veio ao mundo para ser comido pelo lobo, conforme se podia concluir da simples verificação dos factos da vida pastoril, então é porque a natureza quer que haja servos e haja senhores, que estes mandem e aqueles obedeçam, e que tudo quanto assim não for será chamado subversão. José Saramago
Aula 3 – Instituições sociais num mundo de mudanças. De acordo com o autor, teria havido uma época  em que o mundo era de todos e em que não havia propriedade privada. Mas, a partir de um determinado momento, começou-se “a traçar uns riscos no chão, a espetar umas estacas, a levantar uns muros de pedra”, como se haver “servos” e “senhores” fosse “a irrefragável ordem natural das coisas”. Assim como Saramago, muitos artistas e pensadores criticam a propriedade privada, atribuindo a ela a culpa por muitas de nossas mazelas sociais. Mas seria possível imaginar a vida sem propriedade privada?  Como seria a nossa sociedade se tudo fosse de todos? Será que o equilíbrio da vida social não exige que se estabeleçam limites – inclusive físicos – entre os interesses e bens de um indivíduo e os dos outros?
Aula 3 – Instituições sociais num mundo de mudanças. Padrões de Controle Instituições Sociais Reunião de pessoas com objetivos comuns. Responsáveis pela padronização e pela uniformização. Uma programação da conduta individual imposta pela sociedade.
Aula 3 – Instituições sociais num mundo de mudanças. As instituições sociais são responsáveis pela manutenção e pela estabilização das relações sociais. Instituições sociais são fenômenos históricos. A propriedade privada é uma instituição social. Trata-se de um processo de continua transformação.
Atividades
Aula 2 – Liberdades individuais e coerção social. Atividade em sala de aula Exercícios 1 e 2 da pág. 10 e 11. Tarefa Mínima da pág. 11 e 12. Atividade em casa (22/03) Tarefa complementar da pág. 12 e 13. Leitura Complementar da pág. 13.
Aula 3 – Instituições sociais num mundo de mudanças. Atividade em sala de aula Leitura da pág. 15 e 16. Exercícios 1  e 2 da pág. 16. Tarefa Mínima da pág. 16. Atividade em casa (22/03) Tarefa Complementar da pág. 17. Leitura Complementar da pág. 18.
GLOSSÁRIO
A2 LIMITE COERÇÃO SOCIAL FATO SOCIAL COERCITIVIDADE EXTERIORIDADE ALIENAÇÃO TRANSGREÇÃO A1 SER SOCIAL INDIVIDUALIDADE INDIVIDUO INDIVIDUALISMO SOCIEDADE SOCIOLOGIA MULTIDÃO A3 INSTITUIÇÕES SOCIAIS REALIDADE EXTERIOR PROPRIEDADE PRIVADA LINGUAGEM
A5 ETNOCENTRISMO CONCEPÇÃO EUROCENTRICA EXPLORADOS EXPLORADORES CLASSE SOCIAL ESTAMENTO CASTA A6 LIBERDADE FRATERNIDADE SOCIALIZAÇÃO JUSNATURALISMO DIREITO POSITIVO SOLIDARIEDADE ESTADO DE ANOMIA EUNOMIA A4 ANTROPOLOGIA CULTURA ESCOLHAS CULTURAIS EVOLUCIONISMO CIVILIZAÇÃO IDENTIDADE ALTERIDADE IGUALDADE DIFERENCIAÇÃO PRINCIPIO DA NORMALIDADE
Data de entrega do Glossário 05/04/2011

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  • 2. Aula 2 – Liberdades individuais e coerção social.
  • 3. Aula 2 – Liberdades individuais e coerção social. A imagem de WangWeilin – estudante chinês que, aos 19 anos, deteve desarmado uma coluna de tanques, em meio a uma série de protestos pela democratização da China – pode ser considerada um símbolo da luta pela afirmação das liberdades individuais. A defesa das liberdades do indivíduo (como o direito à livre expressão, por exemplo) é um dos pilares da democracia, mas, no fundo, sabemos que ninguém é absolutamente livre e que viver em sociedade significa, em certa medida, abrir mão de algumas liberdades. Em outras palavras: somos livres dentro de certos limites.
  • 4. Aula 2 – Liberdades individuais e coerção social. Você consegue identificar alguns desses limites? Quem os determina? Você acha que devemos aceitá-los passivamente ou é necessário questioná-los? Por quê?
  • 5. Aula 2 – Liberdades individuais e coerção social. NINGUÉM É ABSOLUTAMENTE LIVRE. Viver em sociedade significa abrir mão de certas liberdades. A LIBERDADE possui limites dentro da sociedade.
  • 6. Aula 2 – Liberdades individuais e coerção social. O mundo e suas leis Quando nascemos já encontramos um mundo pronto, com suas leis, suas regras de funcionamento os padrões de comportamento institucionalizados e as normas de conduta a serem seguidas. Querendo ou não, de modo inconsciente ou não, acabamos pautando nosso modo de agir por essas regras, seja para referendá-las, seja para discordar delas. Muitas vezes, por influência da família, da religião, da escola, dos hábitos de nossos amigos, acabamos vestindo “máscaras” sociais, pois sabemos que nossas atitudes estão sempre sendo julgadas. Por isso, podemos sentir necessidade de adequar nosso comportamento e nosso pensamento aos valores estabelecidos. Isso significa que estamos sempre sujeitos a coerções sociais, isto é, a aceitar valores que podem não ser compatíveis com nossas opiniões e crenças pessoais. Valores que, em última instância, poderiam ser bem diferentes, se cada um pudesse escolhê-los de acordo com sua vontade. A noção de coerção social é a base para entendermos um dos conceitos mais relevantes da Sociologia moderna: o de fato social, proposto por Durkheim em sua obra As regras do método sociológico.
  • 7. Aula 2 – Liberdades individuais e coerção social. O que é fato social? Seria impossível que os sociólogos estudassem todos os fenômenos, todos os acontecimentos, todos os pormenores da vida em sociedade. Na tentativa de limitar o raio de alcance da Sociologia, especificando-lhe os objetos de estudo, Durkheim propôs que os sociólogos se debruçassem sobre os fatos sociais, da mesma forma que os astrônomos o fazem com os astros celestes e os zoólogos, com os animais. A apreensão de um fato social passa pela observação da realidade. É observando-a e analisando-a que o sociólogo identifica o fato social. Mas, afinal, o que é um fato social? É tudo aquilo que exerce uma força de coerção sobre os indivíduos. Durkheim afirmava que os fatos sociais são: maneiras de fazer ou de pensar, reconhecíveis pela particularidade de exercerem influência coercitiva sobre as consciências particulares.
  • 8. Aula 2 – Liberdades individuais e coerção social. Essa “influência coercitiva” é exterior, e não interior. Ela é social, e não psicológica. Assim, a Sociologia não se interessa pelos “hábitos individuais ou hereditários” que “nos impõem crenças ou práticas”, mas sim pela pressão “que exerce a consciência de um grupo sobre a consciência de seus membros” – de novo, recorrendo às palavras de Durkheim. Quando se usa a expressão “consciência de um grupo”, consciência coletiva, ou algo do gênero, é preciso ter em mente que a sociedade é uma síntese, e não uma soma das ações e valores individuais. É por isso que a mentalidade de um grupo é diversa da mentalidade dos membros que o compõem. Portanto o fato social é caracterizado pela coercitividade, uma vez que atua sobre as pessoas, moldando-lhe as atitudes e pensamentos e, ao mesmo tempo, pela exterioridade, já que apresenta “existência própria”, sendo “exterior aos indivíduos”. E, para os sociólogos, as representações coletivas” são mais importantes do que os “estados individuais de consciência”. Além disso, só é fato social aquilo que é genérico, que se repete e que tem, de alguma maneira, aceitação coletiva. Durkheim é categórico nesse ponto: (...) para que exista o fato social, é preciso que pelo menos vários indivíduos tenham misturado suas ações, e que desta combinação se tenha desprendido um produto novo.
  • 9. Aula 2 – Liberdades individuais e coerção social. Alienação e transgressão O conceito de fato social pode passar a impressão de que os indivíduos estão sempre obrigados a respeitar um padrão de comportamento, uma norma de conduta, uma lei, uma ideologia, que lhes são impostos, sem que haja a possibilidade de discordar da força coercitiva dos fatos sociais. Isso não é verdade. Na realidade, todos reconhecemos o peso que a estrutura familiar, a escola, a religião, os partidos políticos ou os meios de comunicação exercem sobre cada um de nós. Mas isso não significa que a aceitação desses valores seja sempre caracterizada pela passividade. Quando isso acontece – e o indivíduo sucumbe às pressões sociais, sem sequer refletir sobre o modo como a consciência coletiva contribuiu para delimitar suas ações e seu modo de pensar –, estamos diante de um caso de alienação. Mas há situações em que o sujeito se recusa a aceitar as coerções sociais (assumindo todos os riscos que essa postura pode acarretar), acreditando que é necessário romper com a ordem vigente, o que pressuporia novas formas de “representações coletivas”. Quando isso ocorre, temos a transgressão.
  • 10. Aula 2 – Liberdades individuais e coerção social. Émile Durkheim (1858 – 1917) é considerado um dos pais da sociologia moderna. Fundador da escola francesa de sociologia, que combinava a pesquisa empírica com a teoria sociológica, é reconhecido como um dos melhores teóricos do conceito de coerção social. Suas principais obras são: Da divisão social do trabalho (1893), Regras do método sociológico (1895), O suicídio (1897) e As formas elementares de vida religiosa (1912). Dicas De Sites para pesquisa: http://www.consciencia.org/durkheim-e-a-sociologia http://www.airtonjo.com/socio_antropologico02.htm http://www.infoescola.com/sociologia/emile-durkheim/
  • 11. Aula 3 – Instituições sociais num mundo de mudanças.
  • 12. Aula 3 – Instituições sociais num mundo de mudanças. Foi o caso que estando já a terra assaz povoada de filhos, filhos de filhos e filhos de netos da nossa primeira mãe e do nosso primeiro pai, uns quantos desses, esquecidos de que sendo a morte de todos, a vida também o deveria ser, puseram-se a traçar uns riscos no chão, a espetar umas estacas, a levantar uns muros de pedra, depois do que anunciaram que, a partir desse momento, estava proibida (palavra nova) a entrada nos terrenos que assim ficavam delimitados, sob pena de um castigo, que segundo os tempos e os costumes, poderia vir a ser de morte, ou de prisão, ou de multa, ou novamente de morte. Sem que até hoje se tivesse sabido porquê, e não falta quem afirme que disto não poderão ser atiradas as responsabilidades para as costas de Deus, aqueles nossos antigos parentes que por ali andavam, tendo presenciado a espoliação* e escutado o inaudito* aviso, não só não protestaram contra o abuso com que fora tornado particular o que até então havia sido de todos, como acreditaram que era essa a irrefragável* ordem natural das coisas de que se tinha começado a falar por aquelas alturas. Diziam eles que se o cordeiro veio ao mundo para ser comido pelo lobo, conforme se podia concluir da simples verificação dos factos da vida pastoril, então é porque a natureza quer que haja servos e haja senhores, que estes mandem e aqueles obedeçam, e que tudo quanto assim não for será chamado subversão. José Saramago
  • 13. Aula 3 – Instituições sociais num mundo de mudanças. De acordo com o autor, teria havido uma época em que o mundo era de todos e em que não havia propriedade privada. Mas, a partir de um determinado momento, começou-se “a traçar uns riscos no chão, a espetar umas estacas, a levantar uns muros de pedra”, como se haver “servos” e “senhores” fosse “a irrefragável ordem natural das coisas”. Assim como Saramago, muitos artistas e pensadores criticam a propriedade privada, atribuindo a ela a culpa por muitas de nossas mazelas sociais. Mas seria possível imaginar a vida sem propriedade privada? Como seria a nossa sociedade se tudo fosse de todos? Será que o equilíbrio da vida social não exige que se estabeleçam limites – inclusive físicos – entre os interesses e bens de um indivíduo e os dos outros?
  • 14. Aula 3 – Instituições sociais num mundo de mudanças. Padrões de Controle Instituições Sociais Reunião de pessoas com objetivos comuns. Responsáveis pela padronização e pela uniformização. Uma programação da conduta individual imposta pela sociedade.
  • 15. Aula 3 – Instituições sociais num mundo de mudanças. As instituições sociais são responsáveis pela manutenção e pela estabilização das relações sociais. Instituições sociais são fenômenos históricos. A propriedade privada é uma instituição social. Trata-se de um processo de continua transformação.
  • 17. Aula 2 – Liberdades individuais e coerção social. Atividade em sala de aula Exercícios 1 e 2 da pág. 10 e 11. Tarefa Mínima da pág. 11 e 12. Atividade em casa (22/03) Tarefa complementar da pág. 12 e 13. Leitura Complementar da pág. 13.
  • 18. Aula 3 – Instituições sociais num mundo de mudanças. Atividade em sala de aula Leitura da pág. 15 e 16. Exercícios 1 e 2 da pág. 16. Tarefa Mínima da pág. 16. Atividade em casa (22/03) Tarefa Complementar da pág. 17. Leitura Complementar da pág. 18.
  • 20. A2 LIMITE COERÇÃO SOCIAL FATO SOCIAL COERCITIVIDADE EXTERIORIDADE ALIENAÇÃO TRANSGREÇÃO A1 SER SOCIAL INDIVIDUALIDADE INDIVIDUO INDIVIDUALISMO SOCIEDADE SOCIOLOGIA MULTIDÃO A3 INSTITUIÇÕES SOCIAIS REALIDADE EXTERIOR PROPRIEDADE PRIVADA LINGUAGEM
  • 21. A5 ETNOCENTRISMO CONCEPÇÃO EUROCENTRICA EXPLORADOS EXPLORADORES CLASSE SOCIAL ESTAMENTO CASTA A6 LIBERDADE FRATERNIDADE SOCIALIZAÇÃO JUSNATURALISMO DIREITO POSITIVO SOLIDARIEDADE ESTADO DE ANOMIA EUNOMIA A4 ANTROPOLOGIA CULTURA ESCOLHAS CULTURAIS EVOLUCIONISMO CIVILIZAÇÃO IDENTIDADE ALTERIDADE IGUALDADE DIFERENCIAÇÃO PRINCIPIO DA NORMALIDADE
  • 22. Data de entrega do Glossário 05/04/2011