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O Absurdo Enquanto Reflexão Crítico-Filosófica
Liberdade: Sartre, em sua perspectiva existencialista, , crê
que o homem é livre, “porque somos aquilo que fazemos do
que fazem de nós”. Haveria sempre a possibilidade de
escolha a partir da condição em que nos encontramos,
porque o homem nunca é um ser acabado, predeterminado.
Ainda segundo Sartre, “não há diferença entre o ser do
homem e seu ser livre”.
Absurdo: A partir da obra de Albert Camus, fala-se muito do
absurdo, notadamente no domínio da moral ou da metafísica,
para designar o „incompreensível‟ ou „intangível‟, o
„desprovido de sentido‟ ou „inatingível‟ e o „sem finalidade‟.
-”Será que a realização da plenitude e do absurdo da vida exigem
suicídio?” (Camus)
-Para Camus, que começou a levar a sério o absurdo e segui-lo à
suas conclusões finais, estes "ímpetos", não podem convencer.
Tomar o absurdo sério, significa reconhecer a contradição entre o
desejo da razão humana e do mundo insensato. Suicídio, então,
também deve ser rejeitado: sem o homem, o absurdo não pode
existir. A contradição deve ser vivida; a razão e seus limites
devem ser reconhecidos, sem esperança. No entanto, o absurdo
nunca pode ser aceito: ele exige constante confronto, constante
revolta.
-Abraçar o absurdo implica abraçar tudo de insensato que o
mundo tem a oferecer. Sem um sentido na vida, não existe uma
escala de valores. "O que conta não é a melhor vida, mas a
maioria dos que a vivem.“(Camus)
Assim, Camus chega a três consequências da plena aceitação do
absurdo: a liberdade, a revolta e a paixão. A liberdade, haja vista a
nossa condição humana (estamos sós e escolhemos) ; A revolta,
no que tange à constatação de que a vida é absurda, sem sentido
; A paixão, já que não se vive a vida de outro modo.
-Camus esboça o mito de Sísifo, que desafiou os deuses; quando
capturado sofreu uma punição: para toda eternidade, ele teria de
empurrar uma pedra de uma montanha até o topo; a pedra então
rolaria para baixo e ele teria que começar tudo novamente. Camus
vê em Sísifo o ser que vive a vida ao máximo, odeia a morte e é
condenado a uma tarefa sem sentido, como o herói absurdo. Não
obstante reconheça a falta de sentido, Sísifo continúa executando
sua tarefa diária.
-Camus apresenta o mito para trabalhar uma metáfora sobre a
vida moderna, como trabalhadores em empregos fúteis em
fábricas e escritórios. "O operário de hoje trabalha todos os dias
em sua vida, faz as mesmas tarefas. Esse destino não é menos
absurdo, mas é trágico quando apenas em raros momentos ele se
torna consciente".
-A influência do período entre-guerras na obra do autor.
- Baseando-se nas imagens do filme e no conceito de „absurdo‟
em Albert Camus, responda às questões seguintes:

1) Como é ser livre em um mundo que estabelece condições,
medidas e limites???
2) Se fazemos escolhas, como compreendê-las no sentido real,
abstrato e contingencial???
3) Se das escolhas que fazemos damos sentido à vida, qual o
pleno sentido da vida???

4) Podemos ter plena certeza do sentido dado à vida???
Referências:
- CAMUS, Albert - ‘O Mito de Sísifo’ .
- KAFKA, Franz - ‘O Processo’.
- MASAGÃO, Marcelo - ‘Nós Que Aqui Estamos, Por Vós Esperamos’ - Filmes CurtasMetragens ( Trabalhadores ; A Solidão e a Guerra).

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O Absurdo e a Liberdade Humana

  • 1. O Absurdo Enquanto Reflexão Crítico-Filosófica Liberdade: Sartre, em sua perspectiva existencialista, , crê que o homem é livre, “porque somos aquilo que fazemos do que fazem de nós”. Haveria sempre a possibilidade de escolha a partir da condição em que nos encontramos, porque o homem nunca é um ser acabado, predeterminado. Ainda segundo Sartre, “não há diferença entre o ser do homem e seu ser livre”. Absurdo: A partir da obra de Albert Camus, fala-se muito do absurdo, notadamente no domínio da moral ou da metafísica, para designar o „incompreensível‟ ou „intangível‟, o „desprovido de sentido‟ ou „inatingível‟ e o „sem finalidade‟.
  • 2. -”Será que a realização da plenitude e do absurdo da vida exigem suicídio?” (Camus) -Para Camus, que começou a levar a sério o absurdo e segui-lo à suas conclusões finais, estes "ímpetos", não podem convencer. Tomar o absurdo sério, significa reconhecer a contradição entre o desejo da razão humana e do mundo insensato. Suicídio, então, também deve ser rejeitado: sem o homem, o absurdo não pode existir. A contradição deve ser vivida; a razão e seus limites devem ser reconhecidos, sem esperança. No entanto, o absurdo nunca pode ser aceito: ele exige constante confronto, constante revolta. -Abraçar o absurdo implica abraçar tudo de insensato que o mundo tem a oferecer. Sem um sentido na vida, não existe uma escala de valores. "O que conta não é a melhor vida, mas a maioria dos que a vivem.“(Camus) Assim, Camus chega a três consequências da plena aceitação do absurdo: a liberdade, a revolta e a paixão. A liberdade, haja vista a nossa condição humana (estamos sós e escolhemos) ; A revolta, no que tange à constatação de que a vida é absurda, sem sentido ; A paixão, já que não se vive a vida de outro modo.
  • 3. -Camus esboça o mito de Sísifo, que desafiou os deuses; quando capturado sofreu uma punição: para toda eternidade, ele teria de empurrar uma pedra de uma montanha até o topo; a pedra então rolaria para baixo e ele teria que começar tudo novamente. Camus vê em Sísifo o ser que vive a vida ao máximo, odeia a morte e é condenado a uma tarefa sem sentido, como o herói absurdo. Não obstante reconheça a falta de sentido, Sísifo continúa executando sua tarefa diária. -Camus apresenta o mito para trabalhar uma metáfora sobre a vida moderna, como trabalhadores em empregos fúteis em fábricas e escritórios. "O operário de hoje trabalha todos os dias em sua vida, faz as mesmas tarefas. Esse destino não é menos absurdo, mas é trágico quando apenas em raros momentos ele se torna consciente". -A influência do período entre-guerras na obra do autor.
  • 4. - Baseando-se nas imagens do filme e no conceito de „absurdo‟ em Albert Camus, responda às questões seguintes: 1) Como é ser livre em um mundo que estabelece condições, medidas e limites??? 2) Se fazemos escolhas, como compreendê-las no sentido real, abstrato e contingencial??? 3) Se das escolhas que fazemos damos sentido à vida, qual o pleno sentido da vida??? 4) Podemos ter plena certeza do sentido dado à vida???
  • 5. Referências: - CAMUS, Albert - ‘O Mito de Sísifo’ . - KAFKA, Franz - ‘O Processo’. - MASAGÃO, Marcelo - ‘Nós Que Aqui Estamos, Por Vós Esperamos’ - Filmes CurtasMetragens ( Trabalhadores ; A Solidão e a Guerra).