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3º. SIMPÓSIO DE BIOCOMBUSTÍVEIS
                  Associação Brasileira de Química
                Rio de Janeiro, RJ – 08 a 09 de abril de 2010




     PRODUÇÃO DE
   BIOCOMBUSTÍVEIS:
EXISTEM PROBLEMAS NA
      PRODUÇÃO?
                      Luiz Pereira Ramos
                Centro de Pesquisa em Química Aplicada
    Departamento de Química, Universidade Federal do Paraná
            lramos@quimica.ufpr.br; http://www.quimica.ufpr.br/lramos
Luiz Pereira Ramos, UFPR, Brasil
Energia do petróleo
 O mundo consome 336 milhões de litros de petróleo
 por dia
 Nós consumimos pelo menos 2 litros de petróleo
 para cada novo litro de petróleo descoberto
 Hoje, a sociedade queima cerca de 20 milhões de
 anos em reservas fósseis por ano
 Se todo o mundo consumisse energia como os
 norte-americanos, a demanda atual seria três vezes
 superior a todos os recursos energéticos existentes
 no planeta
 Indústria altamente especializada e eficiente
Luiz Pereira Ramos, UFPR, Brasil
Biorrefinarias
 Todo a matéria-prima processada em uma planta
 industrial deve deixá-la na forma de produto, e não
 de efluente ou qualquer tipo de material de descarte
 Materiais de descarte devem ser evitados porque
 geram custos adicionais e podem comprometer a
 sustentabilidade do processo
 A indústria petroquímica cumpre esta tarefa com
 todo o conteúdo de um barril de petróleo
 Projetos de biorrefinarias, para serem bem
 sucedidos, terão que fazer o mesmo com a
 biomassa
Luiz Pereira Ramos, UFPR, Brasil
       Principais plataformas
                                                                                  Carboidratos
                                                    CARBOIDRATOS
                                                      Bioquímica
                                                              Resíduos

                                                        GERAÇÃO DE            COMBUSTÍVEIS,
                                                          CALOR E               INSUMOS E
                                                         TRABALHO               MATERIAIS

                                                              Gases purificados

                                                  GASES DE SÍNTESE
                                                    Termoquímica
                                                                              Gases condicionados


National Renewable Energy Laboratory, Golden, CO, USA
Luiz Pereira Ramos, UFPR, Brasil
   Principais plataformas
                                                                    Indústria moveleira
                                                                    Materiais de suporte
                                         MATERIAIS                  Cargas em plásticos
                  PRODUTOS              ESTRUTURAIS                 Cargas em cimentos
                  AGRÍCOLAS                                         Compósitos

                                                                    Álcoois
                                                                    Insumos químicos
                                CONVERSÃO QUÍMICA                   Polímeros
                                                                    Hidrocarbonetos
BIOTECNOLOGIA,                                                      Hidrogênio




                                                  produtos
  GENÉTICA, ...




                                                     co-
                                                                    Fármacos

                                               INDÚSTRIAS DE               Papel e celulose
                                             PAPEL E CELULOSE
                               syngas




                                                  negro
                  PRODUTOS




                                                   licor
                  FLORESTAIS                                        Bio-óleos
                                                                    Synfuels
                                         CONVERSÃO                  Energia
                                        TERMOQUÍMICA                Insumos químicos
Luiz Pereira Ramos, UFPR, Brasil
        Plataformas químicas
                                    Glicerol
                      C3
                                    Ácido 3-hidroxi-propiônico
                                    1,4-diácidos (succínico, fumárico e málico)
                      C4            Ácido aspártico
                                    3-Hidroxibutirolactona
                                    Ácido levulínico
                                    Ácido glutâmico
                      C5
                                    Ácido itacônico
                                    Xilitol/arabinitol
                                    Sorbitol
                      C6            Ácido glucárico
                                    Ácido 2,5-furan-dicarboxílico
U. S. Department of Energy, 2004 – Top value added chemicals from biomass
Luiz Pereira Ramos, UFPR, Brasil
Biocombustíveis
 Gás do Petróleo       Biogás

    Gasolina           Etanol

   Querosene        Bioquerosene

   Óleo Diesel        Biodiesel

Óleo Combustível   Lenha, Resíduos
    Industrial       Celulósicos
Luiz Pereira Ramos, UFPR, Brasil
Novos combustíveis
Biocombustíveis líquidos primários
          Biodiesel microbiano
          Biodiesel (FAME e hidrocarbonetos)
          Bioetanol, biobutanol, biogás, biohidrogênio

Biocombustíveis de materiais de descarte
          Biodiesel de microalgas
          Biohidrogênio e biogás
          Biodiesel e bioetanol
          Gases de síntese (syngas)
Luiz Pereira Ramos, UFPR, Brasil
Novos combustíveis
Primeira geração (já existente):
           Etanol de sacarose
           Óleos vegetais, biodiesel (FAME)

Segunda generação (em escala piloto):
           Etanol lignocelulósico
           BTL, NExBTL
           Biobutanol, biometano

Terceira generação (pesquisa) :
           Biohidrogênio
           Biocombustíveis de microalgas (jet fuel)
Luiz Pereira Ramos, UFPR, Brasil
Novos combustíveis
BTL (Biomass-to-Liquids):
        Gaseificação e síntese FT

Óleo vegetal hidrogenado:
        Hidrotratamento em refinarias (H-Bio), com
        produção integrada ou independente

Liquefação termoquímica da biomassa:
        Pirólise
        Tratamento hidrotérmico (HTU)
Luiz Pereira Ramos, UFPR, Brasil
Biocombustíveis
         Alternativa excepcional à gasolina
         Principalmente produzido da sacarose
         Cana-de-açúcar é a principal fonte
         Rende 12,5% de bagaço seco
         O bagaço pode contribuir para um
           aumento de 50% na produção de EtOH

            CANA-DE-AÇÚCAR,
               BETERRABA,
           AMIDO DE MANDIOCA,
             AMIDO DE MILHO,
              PETROQUÍMICA,
           LIGNOCELULÓSICOS
Luiz Pereira Ramos, UFPR, Brasil
Problemas?
 Combate às barreiras comerciais ainda existentes
  nos Estados Unidos e na Europa
 Definição de um padrão internacional para viabilizar
  o projeto de comoditização do etanol
 Extinção das queimadas como procedimento para
  “limpeza” da cana antes de seu processamento
 Eliminação de quaisquer práticas de trabalho
  escravo e/ou infantil em nossos canaviais
 Combate à imagem de que a monocultura da cana
  compromete a biodiversidade da região amazônica
Luiz Pereira Ramos, UFPR, Brasil
    Etanol de lignocelulose
       PRÉTRATAMENTO                            PRÉTRATAMENTO

                              PRODUÇÃO DE                        PRODUÇÃO DE
                                ENZIMAS                            ENZIMAS


FERMENTAÇÃO       HIDRÓLISE                            HIDRÓLISE
 DE PENTOSES     ENZIMÁTICA                           ENZIMÁTICA


         FERMENTAÇÃO       SÓLIDOS          FERMENTAÇÃO               SÓLIDOS
          DE HEXOSES      RESIDUAIS          COMBINADA               RESIDUAIS


         RECUPERAÇÃO                        RECUPERAÇÃO
           DE ETANOL                          DE ETANOL
Luiz Pereira Ramos, UFPR, Brasil
    Etanol de lignocelulose
       PRÉTRATAMENTO                      PRÉTRATAMENTO

                            PRODUÇÃO DE                         PRODUÇÃO DE
                              ENZIMAS                             ENZIMAS


                SACARIFICAÇÃO E           SACARIFICAÇÃO E
FERMENTAÇÃO                               CO-FERMENTAÇÃO
                 FERMENTAÇÃO
 DE PENTOSES                                SIMULTÂNEAS
                  SIMULTÂNEAS



        RECUPERAÇÃO                        RECUPERAÇÃO
          DE ETANOL                          DE ETANOL


           SÓLIDOS                            SÓLIDOS
          RESIDUAIS                          RESIDUAIS
Luiz Pereira Ramos, UFPR, Brasil
Etanol de lignocelulose
 PRÉTRATAMENTO           PRÉTRATAMENTO

                                                PRODUÇÃO DE
          OGM                                     ENZIMAS


 SACARIFICAÇÃO E
                   PRODUÇÃO         HIDRÓLISE
 CO-FERMENTAÇÃO
                   DE BIOGÁS       ENZIMÁTICA
   SIMULTÂNEAS


                          FERMENTAÇÃO         SÓLIDOS
  RECUPERAÇÃO              DE HEXOSES        RESIDUAIS
    DE ETANOL

                          RECUPERAÇÃO
     SÓLIDOS
                            DE ETANOL
    RESIDUAIS
Luiz Pereira Ramos, UFPR, Brasil
Problemas?
 Substratos celulósicos excessivamente heterogêneos
 Geração excessiva de inibidores no pré-tratamento
 Sacarificação enzimática lenta e ineficiente,
 susceptível à inibição retroativa, adsorção inespecífica
 e/ou irreversível e inativação térmica e/ou mecânica
 Complexo enzimático multicomponente
 Co-fermentação de pentoses e hexoses ainda inviável
 E se tudo der certo, ainda há problemas de logística e
 de disponibilidade de matéria-prima a baixo custo
Luiz Pereira Ramos, UFPR, Brasil
Biocombustíveis
         Alternativa excepcional ao petrodiesel
         Produzido de óleos e gorduras
         A soja ainda é a principal fonte
         Rende 10-11% de glicerina
         A viabilidade do processo depende da
           destinação racional dos co-produtos

             SOJA, GIRASSOL,
           DENDÊ, AMENDOIM,
            CANOLA, MAMONA,
             PINHÃO-MANSO,
           BORRAS DE REFINO,
            GORDURA ANIMAL
Luiz Pereira Ramos, UFPR, Brasil




Fortaleza, CE - 1975
Luiz Pereira Ramos, UFPR, Brasil
      Biocombustíveis
                                  CO2/H2O             FOTOSSÍNTESE


                    BIODIESEL

                                  ENERGIA                       INSUMOS
     OLEAGINOSA                                                                   POLÍMEROS
                                                                QUÍMICOS

                                                   CONVERSÃO
                    GLICEROL                                             COMBUSTÍVEIS
                                                   CATALÍTICA


                                                                DROGAS

      TORTAS/FARELOS                RAÇÃO, PROTEÍNA, COMPÓSITOS, FONTE DE CARBONO

Pagliaro et al. (2007) Angew. Chem Int. Ed., 46, 4434-4440
Luiz Pereira Ramos, UFPR, Brasil
Produção de biodiesel

 Ainda fortemente baseada na transesterificação
  alcalina de óleos e gorduras em meio homogêneo
 Amplamente dependente da disponibilidade de
  materiais graxos neutros e/ou de baixa acidez
 A falta de matéria-prima e a pequena margem de
  lucro exigem a busca por processos alternativos
 Técnicas como a hidroesterificação têm sido
  identificadas como opção para óleos ácidos
 O desenvolvimento de novos catalisadores é ainda
  uma grande desafio para o setor!
Luiz Pereira Ramos, UFPR, Brasil
Problemas?

 Constante ampliação da capacidade de produção
 Grande ociosidade das unidades já instaladas
 Carência de matéria-prima a custos competitvos
 Acúmulo de glicerina nas unidades de produção
 Política de comercialização do biodiesel ainda aquém
  das necessidades do setor
 Exportação limitada por barreiras comerciais e por
  problemas na especificação do produto
 Incertezas quando à continuidade do PNPB
Luiz Pereira Ramos, UFPR, Brasil
Controle de qualidade
Desafios a serem vencidos
 Garantir qualidade em pequena e média escala
 Estabelecer métodos adequados de monitoramento
 Validar ou desenvolver métodos de análise para
  biodieseis derivados de fontes alternativas
 Avaliar critérios de estabilidade ao armazenamento
 Melhorar propriedades como ponto de névoa e de
  congelamento, CFPP e estabilidade oxidativa
 Desenvolver procedimentos adequados de mistura e
  distribuição
PARAMETERS                                  LIMITS
Aspecto                                       LII
Massa específica (kg/m3)                 850-900, 20°C
Viscosidade cinemática, 40ºC (mm2/s)        3,0-6,0
                                                                    Luiz Pereira Ramos, UFPR, Brasil
Água e sedimentos (%)                      0,05 max
Ponto de fulgor (ºC)                       100 min
Resíduo de carbono (%, m/m)                  0,05
Teor de ésteres (%, m/m)                   96,5 min
Cinzas sulfatadas (%, m/m)                 0,02 max
Enxofre (%, m/m)                           0,05 max
Corrosão ao cobre for 3h a 50ºC           No. 1 max
Número de cetano                            Report
CFPP (oC)                                  19oC max
Acidez (mg KOH/g)                          0,50 max
Número de iodo                              Anotar
Teor de álcool (%, m/m)                    0,20 max
Glicerina livre (%, m/m)                   0,02 max
Glicerina total (%, m/m)                   0,25 max
Monoacilglicerídeos (%, m/m)
Diacilglicerídeos (%, m/m)
                                            Anotar
                                            Anotar
                                                         Resolução ANP no. 7
Triacilglicerídeos (%, m/m)                 Anotar         19 de março de 2008
Estabilidade oxidativa a   110oC   (h)      6 min
Fósforo (mg/kg)                             10 max        Especificação Brasileira
Sódio + Potássio (mg/kg)                    5 max
Cálcio + Magnésio (mg/kg)                   5 max
Luiz Pereira Ramos, UFPR, Brasil
Matérias-primas de
segunda geração
Luiz Pereira Ramos, UFPR, Brasil
Programa de biodiesel
Desafios que ainda persistem…

 Disponibilidade de matérias-primas alternativas a um
  custo competitivo (desenvolvimento agronômico e
  tecnológico)
 Oferta de incentivos para gargalos da cadeia de
  produção (P,D&I em áreas estratégicas)
 Promoção de políticas públicas adequadas para o
  setor (marco regulatório pós-B5 ainda em 2010)
 Desenvolver usos alternativos para os co-produtos
Luiz Pereira Ramos, UFPR, Brasil
Questionamentos

 Haverá matéria-prima disponível, a um custo
  competitivo, para suprir a crescente demanda?
 Os processos tecnológicos atualmente disponíveis
  são suficientemente flexíveis e/ou versáteis?
 Há viabilidade comercial sem isenções ou subsídios?
 Qual o impacto de blendas superiores sobre a
  emissão de poluentes atmosféricos?
 Os benefícios sociais do PNPB estão sendo ou ainda
  poderão vir a ser plenamente atingidos?
 O que fazer com os co-produtos a curto/médio prazo?
Luiz Pereira Ramos, UFPR, Brasil
Rotas tecnológicas

    H2CO-CO-R                                               H2COH
                               H+ /OH -
R-OC-OCH
 - -              + 3 R' -OH              3 RCOOR' + HOCH
    H2CO-CO-R                                               H2COH

TRIACILGLICEROL       ÁLCOOL               ÉSTER        GLICEROL




                                 H+
      RCOOH       +   R'OH                RCOOR'    +      H2O

    ÁCIDO GRAXO       ÁLCOOL               ÉSTER           ÁGUA
Luiz Pereira Ramos, UFPR, Brasil
Rotas tecnológicas
۞ Transesterificação alcalina de matérias-primas de baixa acidez
۞ Transesterificação ácida
۞ Esterificação de ácidos graxos seguida de transesterificação
  alcalina dos triacilgliceróis remanescentes
۞ Hidrólise dos triacilgliceróis seguida de esterificação dos ácidos
  graxos livres (hidroesterificação)
۞ Transesterificação enzimática
۞ Transesterificação in situ
۞ Reações em condições supercríticas
۞ Transesterificação por destilação reativa
۞ Reações assistidas por energia eletromagnética (microondas e
  ultrassom)
Luiz Pereira Ramos, UFPR, Brasil

Alcoólise de TAGs

Catálise Homogênea
۞ Catálise alcalina
     • Hidróxido de sódio
     • Hidróxido de potássio
     • Alcóxidos
۞ Catálise ácida
     • Ácido sulfúrico
     • Ácido clorídrico
     • Ácidos sulfônicos
Luiz Pereira Ramos, UFPR, Brasil


۞ A alcoólise em meio ácido é        ۞ Usualmente efetuada em
  lenta, requer altas temperaturas     temperaturas brandas sob
  e elevadas razões molares            razão molar álcool:óleo inferior
  álcool:óleo                          e menor tempo de reação
۞ É eficiente para alcoólise de      ۞ Exige que a alcóolise seja
  materiais que apresentem             executada em meio anidro e
  elevados teores de ácidos            que a matéria graxa possua
  graxos livres                        baixa acidez
۞ Exige maior investimento de        ۞ A formação de sabões é
  capital devido à corrosão            praticamente inevitável
۞ Quando efetuada de maneira         ۞ Normalmente mais eficiente do
  adequada, fornece bons               que a catálise ácida
  rendimentos

Catálise ácida                       Catálise alcalina
Luiz Pereira Ramos, UFPR, Brasil
Alcoólise de TAGs

Catálise Heterogênea
۞ Enzimas lipolíticas (lipases)
۞ Resinas de troca iônica
۞ Hidróxidos duplos lamelares
۞ Superácidos e superbases
۞ Complexos de metais de transição
۞ Óxidos estruturados
۞ Zeólitas
۞ Líquidos iônicos
Luiz Pereira Ramos, UFPR, Brasil

Processos catalíticos
Catalisadores
 Alta estabilidade térmica e mecânica
 Alta área superficial
 Acidez e/ou basicidade pronunciadas
 Baixa susceptibilidade à lixiviação
 Baixa inativação por adsorção de compostos
 polares (glicerina, água, acilglicerídeos)
 Síntese de fácil execução
 Fácil recuperação do meio de reação
 Alta reciclabilidade
Luiz Pereira Ramos, UFPR, Brasil

Processos catalíticos
Catalisadores
 Amplamente disponível
 Não agressivo ao meio ambiente
 De fácil manipulação e estocagem
 Seguro para o manuseio (não tóxico)
 Ativo sob condições suaves de reação
 Ativo em esterificação e transesterificação
 De baixo custo
Luiz Pereira Ramos, UFPR, Brasil

Processos catalíticos
Por que desenvolver novos catalisadores?
             Reciclável

Processo de Produção
 Reutilização do catalisador
                                   Pureza
 Purificação dos produtos: economia de água
        Sem
 Pureza dos reagentes                da
     efluentes
 Questões econômicas             glicerina
Controle Cinético x Termodinâmico
 Tempo de reação
                    Processo
 Temperatura de reação
                    contínuo
 Seletividade da reação
 Rendimento da reação
Luiz Pereira Ramos, UFPR, Brasil

    Processos catalíticos
    Catalisadores



                                                   Ésteres



Cordeiro et al. (2008) Catalysis      Glicerina
Communications, 9, 2140-2143.                     Catalisador

Wypych, Cordeiro e Ramos, Depósitos
de patente # PI-0702235-2 & PI-
0705995-7, 2007.
Luiz Pereira Ramos, UFPR, Brasil

  Catálise heterogênea


                                                                    TM
                                             Esterfip-H




Diester, Sète, France, 160.000 t/a   Fonte: www.axens.net
Luiz Pereira Ramos, UFPR, Brasil

  Catálise heterogênea

                                     Catalisador
                                     Aluminatos e Silicatos de
                                     Zn, Ti, Sn
                                                                           TM
                                                    Esterfip-H




                                     IFP; US 6,147.196, 2000


Diester, Sète, France, 160.000 t/a      Fonte: www.axens.net
Luiz Pereira Ramos, UFPR, Brasil

Hidroesterificação
                                         Minami and Saka, Fuel 85 (2006) 2479–2483
 metanol
                                                       esterificação

           pré-aquecimento

                                                          refrigerador
 água                        hidrólise
                                                         regulador de
                                         separador         pressão
           pré-aquecimento
                                                                     biodiesel
                                                     ácidos graxos
 óleos/gorduras
                                                                     glicerina
           pré-aquecimento
 bomba                                                           água residual
                                fase aquosa
                                  (glicerol)
Luiz Pereira Ramos, UFPR, Brasil

    Fluidos pressurizados
                                                                                    Metanol
Metanol                                      Destilação                             Água

Óleo
                    Hidrólise          Esterificação            Destilação
Água
 Bombas de alta pressão                                   Esterificação               ÉSTERES
          Separação de fases             Metanol


                                Fase lipídica
                                (ácidos graxos)

                                           Fase aquosa
                                           (glicerina)

Processo Saka-Dadan
Fonte: Martin Mittelbach, 2009
Luiz Pereira Ramos, UFPR, Brasil

 Gliceroquímica
                          Desidratação
    Poliglicerol
                                     Hidrogenólise
  Blendas                  OH

                                         Fermentação
                      OH        OH
   Oxidação
                                      Esterificação


Reforma                                  Eterificação
             Carbonatos
Luiz Pereira Ramos, UFPR, Brasil

      Gliceroquímica
                                                             GLICIDOL        POLIGLICIDOL
   Polímeros               CARBONATO
    Filmes                                                   ÉSTERES         DENDRÍMEROS
                          DE GLICERINA
  Cosméticos
                                                             ÉTERES          ÁLCOOIS
  Detergentes
    Aditivos
   Solventes                                         Fermentação
                                                                      1,3-PROPILENO GLICOL
                                                      Desidratação
                         HO              OH                           ACROLEÍNA
 CO2 + H2O
                                                      Eterificação
                                  OH                                  COMBUSTÍVEIS OXIGENADOS
                                                      Oxidação
                                                                      ÁCIDO CETOMALÔNICO
                 Saponificação                        Oxidação
                                                                      DIIDROXICETONA
                                                      Esterificação
                                                                      DERIVADOS ALQUILADOS
                     TRIACILGLICERÍDEOS               Diésteres
                                                                      POLÍMEROS RAMIFICADOS

Pagliaro et al. (2007) Angew. Chem Int. Ed., 46, 4434-4440
Luiz Pereira Ramos, UFPR, Brasil

Oleoquímica                                                     solventes
                                                             surfactantes
                                                           agroquímicos
                                                            plastificantes
                          Óleos Vegetais                          aditivos
                                                               polímeros
       Catalisador                            CH3OH         combustíveis
                                                       produtos químicos
                     H2         Catalisador

                                                  Ésteres Metílicos
Álcoois Graxos*
                                                  (ésteres graxos)
    Esterificação            Processos
    c/ açúcares              Oxidativos                          Metátese
                                                                 c/ etileno

 Detergentes                                           -Olefinas e
                             Diésteres
 Não-Iônicos                                           Ésteres -
                            Carboxílicos
                                                      insaturados
Luiz Pereira Ramos, UFPR, Brasil

      Oleoquímica
                                               Schrock, Grubbs e Chauvin compartilharam o Prêmio
                                               Nobel de Química em 2005 pelo desenvolvimento de
    Homometátese                                           catalisadores para reações de metátese




                                                                         Polímeros
                                                                         Poliésteres
                                                                         Poliamidas
Suarez et al. Quim. Nova, Vol. 30, No. 3, 667-676, 2007
Luiz Pereira Ramos, UFPR, Brasil

Considerações finais
 Em “breve”, carboidratos e polióis constituirão
 plataformas tão diversificadas quanto a do etileno
 Materiais lipídicos são altamente susceptíveis à
 agregação de valor e processos alternativos poderão
 oferecer um grande diferencial para a indústria
 Uma das principais barreiras no uso destas matérias-
 primas renováveis é a logística
 A viabilidade de vários processos alternativos,
 baseados no uso de recursos renováveis, reside no
 uso apropriado de seus co-produtos
Luiz Pereira Ramos, UFPR, Brasil

Considerações finais
 O maior gargalo das tecnologias de produção e uso
 de biodiesel é a disponibilidade de matéria-prima
 Problemas como as tendências à oxidação e à
 cristalização ainda exigem soluções específicas
 A exportação virá com a acomodação do mercado, à
 medida em que a oferta supere a demanda
 estabelecida pelo uso obrigatório
 Aumentos expressivos na exportação dependerão da
 queda de barreiras comerciais que protegem os
 produtos e/ou produtores locais
Luiz Pereira Ramos, UFPR, Brasil

Considerações finais
 A aparente sustentabilidade de alguns processos
 tecnológicos pode ser fortemente contestada por uma
 análise criteriosa de seus ciclos de vida
 As metas sócio-ambientais do PNPB precisam ser
 resgatadas (agricultura familiar vs. selo combustível
 social)
 Urge um marco regulatório escalonando o uso
 obrigatório à B10 e regulamentando do uso de B100
 Neste e em qualquer outro setor, decisões técnicas
 não devem ser comprometidas por decisões políticas
Luiz Pereira Ramos, UFPR, Brasil

Considerações finais
Veículos flex-fuel
         Eficiência energética questionável
         Conflito em resultados recentes sobre emissões

Insalubridade nas emissões de misturas BXX
         Carcinogenia de misturas B20
         Impacto sobre emissões não regulamentadas

Sustentabilidade ambiental: ACVs
         Balanço energético e impacto ambiental
         Externalidades associadas à produção e uso
Claudiney Soares Cordeiro
                      Nadia Krieger
                      Fernando Wypych
                      Maria Aparecida F. César-Oliveira
                      Sonia Faria Zawadzki
                      José Viriato Coelho Vargas
                      Shirley Nakagaki
                      Papa Matar Ndiaye
                      Arion Zandoná Filho
                      Rafael Marangoni


Parceiros do Cepesq
Fabiano Rosa da Silva
                      Ricardo José Brugnago
                      Ana Carolina Cunha Arantes
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  • 1. 3º. SIMPÓSIO DE BIOCOMBUSTÍVEIS Associação Brasileira de Química Rio de Janeiro, RJ – 08 a 09 de abril de 2010 PRODUÇÃO DE BIOCOMBUSTÍVEIS: EXISTEM PROBLEMAS NA PRODUÇÃO? Luiz Pereira Ramos Centro de Pesquisa em Química Aplicada Departamento de Química, Universidade Federal do Paraná lramos@quimica.ufpr.br; http://www.quimica.ufpr.br/lramos
  • 2. Luiz Pereira Ramos, UFPR, Brasil Energia do petróleo O mundo consome 336 milhões de litros de petróleo por dia Nós consumimos pelo menos 2 litros de petróleo para cada novo litro de petróleo descoberto Hoje, a sociedade queima cerca de 20 milhões de anos em reservas fósseis por ano Se todo o mundo consumisse energia como os norte-americanos, a demanda atual seria três vezes superior a todos os recursos energéticos existentes no planeta Indústria altamente especializada e eficiente
  • 3. Luiz Pereira Ramos, UFPR, Brasil Biorrefinarias Todo a matéria-prima processada em uma planta industrial deve deixá-la na forma de produto, e não de efluente ou qualquer tipo de material de descarte Materiais de descarte devem ser evitados porque geram custos adicionais e podem comprometer a sustentabilidade do processo A indústria petroquímica cumpre esta tarefa com todo o conteúdo de um barril de petróleo Projetos de biorrefinarias, para serem bem sucedidos, terão que fazer o mesmo com a biomassa
  • 4. Luiz Pereira Ramos, UFPR, Brasil Principais plataformas Carboidratos CARBOIDRATOS Bioquímica Resíduos GERAÇÃO DE COMBUSTÍVEIS, CALOR E INSUMOS E TRABALHO MATERIAIS Gases purificados GASES DE SÍNTESE Termoquímica Gases condicionados National Renewable Energy Laboratory, Golden, CO, USA
  • 5. Luiz Pereira Ramos, UFPR, Brasil Principais plataformas Indústria moveleira Materiais de suporte MATERIAIS Cargas em plásticos PRODUTOS ESTRUTURAIS Cargas em cimentos AGRÍCOLAS Compósitos Álcoois Insumos químicos CONVERSÃO QUÍMICA Polímeros Hidrocarbonetos BIOTECNOLOGIA, Hidrogênio produtos GENÉTICA, ... co- Fármacos INDÚSTRIAS DE Papel e celulose PAPEL E CELULOSE syngas negro PRODUTOS licor FLORESTAIS Bio-óleos Synfuels CONVERSÃO Energia TERMOQUÍMICA Insumos químicos
  • 6. Luiz Pereira Ramos, UFPR, Brasil Plataformas químicas Glicerol C3 Ácido 3-hidroxi-propiônico 1,4-diácidos (succínico, fumárico e málico) C4 Ácido aspártico 3-Hidroxibutirolactona Ácido levulínico Ácido glutâmico C5 Ácido itacônico Xilitol/arabinitol Sorbitol C6 Ácido glucárico Ácido 2,5-furan-dicarboxílico U. S. Department of Energy, 2004 – Top value added chemicals from biomass
  • 7. Luiz Pereira Ramos, UFPR, Brasil Biocombustíveis Gás do Petróleo Biogás Gasolina Etanol Querosene Bioquerosene Óleo Diesel Biodiesel Óleo Combustível Lenha, Resíduos Industrial Celulósicos
  • 8. Luiz Pereira Ramos, UFPR, Brasil Novos combustíveis Biocombustíveis líquidos primários Biodiesel microbiano Biodiesel (FAME e hidrocarbonetos) Bioetanol, biobutanol, biogás, biohidrogênio Biocombustíveis de materiais de descarte Biodiesel de microalgas Biohidrogênio e biogás Biodiesel e bioetanol Gases de síntese (syngas)
  • 9. Luiz Pereira Ramos, UFPR, Brasil Novos combustíveis Primeira geração (já existente): Etanol de sacarose Óleos vegetais, biodiesel (FAME) Segunda generação (em escala piloto): Etanol lignocelulósico BTL, NExBTL Biobutanol, biometano Terceira generação (pesquisa) : Biohidrogênio Biocombustíveis de microalgas (jet fuel)
  • 10. Luiz Pereira Ramos, UFPR, Brasil Novos combustíveis BTL (Biomass-to-Liquids): Gaseificação e síntese FT Óleo vegetal hidrogenado: Hidrotratamento em refinarias (H-Bio), com produção integrada ou independente Liquefação termoquímica da biomassa: Pirólise Tratamento hidrotérmico (HTU)
  • 11. Luiz Pereira Ramos, UFPR, Brasil Biocombustíveis Alternativa excepcional à gasolina Principalmente produzido da sacarose Cana-de-açúcar é a principal fonte Rende 12,5% de bagaço seco O bagaço pode contribuir para um aumento de 50% na produção de EtOH CANA-DE-AÇÚCAR, BETERRABA, AMIDO DE MANDIOCA, AMIDO DE MILHO, PETROQUÍMICA, LIGNOCELULÓSICOS
  • 12. Luiz Pereira Ramos, UFPR, Brasil Problemas?  Combate às barreiras comerciais ainda existentes nos Estados Unidos e na Europa  Definição de um padrão internacional para viabilizar o projeto de comoditização do etanol  Extinção das queimadas como procedimento para “limpeza” da cana antes de seu processamento  Eliminação de quaisquer práticas de trabalho escravo e/ou infantil em nossos canaviais  Combate à imagem de que a monocultura da cana compromete a biodiversidade da região amazônica
  • 13. Luiz Pereira Ramos, UFPR, Brasil Etanol de lignocelulose PRÉTRATAMENTO PRÉTRATAMENTO PRODUÇÃO DE PRODUÇÃO DE ENZIMAS ENZIMAS FERMENTAÇÃO HIDRÓLISE HIDRÓLISE DE PENTOSES ENZIMÁTICA ENZIMÁTICA FERMENTAÇÃO SÓLIDOS FERMENTAÇÃO SÓLIDOS DE HEXOSES RESIDUAIS COMBINADA RESIDUAIS RECUPERAÇÃO RECUPERAÇÃO DE ETANOL DE ETANOL
  • 14. Luiz Pereira Ramos, UFPR, Brasil Etanol de lignocelulose PRÉTRATAMENTO PRÉTRATAMENTO PRODUÇÃO DE PRODUÇÃO DE ENZIMAS ENZIMAS SACARIFICAÇÃO E SACARIFICAÇÃO E FERMENTAÇÃO CO-FERMENTAÇÃO FERMENTAÇÃO DE PENTOSES SIMULTÂNEAS SIMULTÂNEAS RECUPERAÇÃO RECUPERAÇÃO DE ETANOL DE ETANOL SÓLIDOS SÓLIDOS RESIDUAIS RESIDUAIS
  • 15. Luiz Pereira Ramos, UFPR, Brasil Etanol de lignocelulose PRÉTRATAMENTO PRÉTRATAMENTO PRODUÇÃO DE OGM ENZIMAS SACARIFICAÇÃO E PRODUÇÃO HIDRÓLISE CO-FERMENTAÇÃO DE BIOGÁS ENZIMÁTICA SIMULTÂNEAS FERMENTAÇÃO SÓLIDOS RECUPERAÇÃO DE HEXOSES RESIDUAIS DE ETANOL RECUPERAÇÃO SÓLIDOS DE ETANOL RESIDUAIS
  • 16. Luiz Pereira Ramos, UFPR, Brasil Problemas? Substratos celulósicos excessivamente heterogêneos Geração excessiva de inibidores no pré-tratamento Sacarificação enzimática lenta e ineficiente, susceptível à inibição retroativa, adsorção inespecífica e/ou irreversível e inativação térmica e/ou mecânica Complexo enzimático multicomponente Co-fermentação de pentoses e hexoses ainda inviável E se tudo der certo, ainda há problemas de logística e de disponibilidade de matéria-prima a baixo custo
  • 17. Luiz Pereira Ramos, UFPR, Brasil Biocombustíveis Alternativa excepcional ao petrodiesel Produzido de óleos e gorduras A soja ainda é a principal fonte Rende 10-11% de glicerina A viabilidade do processo depende da destinação racional dos co-produtos SOJA, GIRASSOL, DENDÊ, AMENDOIM, CANOLA, MAMONA, PINHÃO-MANSO, BORRAS DE REFINO, GORDURA ANIMAL
  • 18. Luiz Pereira Ramos, UFPR, Brasil Fortaleza, CE - 1975
  • 19. Luiz Pereira Ramos, UFPR, Brasil Biocombustíveis CO2/H2O FOTOSSÍNTESE BIODIESEL ENERGIA INSUMOS OLEAGINOSA POLÍMEROS QUÍMICOS CONVERSÃO GLICEROL COMBUSTÍVEIS CATALÍTICA DROGAS TORTAS/FARELOS RAÇÃO, PROTEÍNA, COMPÓSITOS, FONTE DE CARBONO Pagliaro et al. (2007) Angew. Chem Int. Ed., 46, 4434-4440
  • 20. Luiz Pereira Ramos, UFPR, Brasil Produção de biodiesel  Ainda fortemente baseada na transesterificação alcalina de óleos e gorduras em meio homogêneo  Amplamente dependente da disponibilidade de materiais graxos neutros e/ou de baixa acidez  A falta de matéria-prima e a pequena margem de lucro exigem a busca por processos alternativos  Técnicas como a hidroesterificação têm sido identificadas como opção para óleos ácidos  O desenvolvimento de novos catalisadores é ainda uma grande desafio para o setor!
  • 21. Luiz Pereira Ramos, UFPR, Brasil Problemas?  Constante ampliação da capacidade de produção  Grande ociosidade das unidades já instaladas  Carência de matéria-prima a custos competitvos  Acúmulo de glicerina nas unidades de produção  Política de comercialização do biodiesel ainda aquém das necessidades do setor  Exportação limitada por barreiras comerciais e por problemas na especificação do produto  Incertezas quando à continuidade do PNPB
  • 22. Luiz Pereira Ramos, UFPR, Brasil Controle de qualidade Desafios a serem vencidos  Garantir qualidade em pequena e média escala  Estabelecer métodos adequados de monitoramento  Validar ou desenvolver métodos de análise para biodieseis derivados de fontes alternativas  Avaliar critérios de estabilidade ao armazenamento  Melhorar propriedades como ponto de névoa e de congelamento, CFPP e estabilidade oxidativa  Desenvolver procedimentos adequados de mistura e distribuição
  • 23. PARAMETERS LIMITS Aspecto LII Massa específica (kg/m3) 850-900, 20°C Viscosidade cinemática, 40ºC (mm2/s) 3,0-6,0 Luiz Pereira Ramos, UFPR, Brasil Água e sedimentos (%) 0,05 max Ponto de fulgor (ºC) 100 min Resíduo de carbono (%, m/m) 0,05 Teor de ésteres (%, m/m) 96,5 min Cinzas sulfatadas (%, m/m) 0,02 max Enxofre (%, m/m) 0,05 max Corrosão ao cobre for 3h a 50ºC No. 1 max Número de cetano Report CFPP (oC) 19oC max Acidez (mg KOH/g) 0,50 max Número de iodo Anotar Teor de álcool (%, m/m) 0,20 max Glicerina livre (%, m/m) 0,02 max Glicerina total (%, m/m) 0,25 max Monoacilglicerídeos (%, m/m) Diacilglicerídeos (%, m/m) Anotar Anotar Resolução ANP no. 7 Triacilglicerídeos (%, m/m) Anotar 19 de março de 2008 Estabilidade oxidativa a 110oC (h) 6 min Fósforo (mg/kg) 10 max Especificação Brasileira Sódio + Potássio (mg/kg) 5 max Cálcio + Magnésio (mg/kg) 5 max
  • 24. Luiz Pereira Ramos, UFPR, Brasil Matérias-primas de segunda geração
  • 25. Luiz Pereira Ramos, UFPR, Brasil Programa de biodiesel Desafios que ainda persistem…  Disponibilidade de matérias-primas alternativas a um custo competitivo (desenvolvimento agronômico e tecnológico)  Oferta de incentivos para gargalos da cadeia de produção (P,D&I em áreas estratégicas)  Promoção de políticas públicas adequadas para o setor (marco regulatório pós-B5 ainda em 2010)  Desenvolver usos alternativos para os co-produtos
  • 26. Luiz Pereira Ramos, UFPR, Brasil Questionamentos  Haverá matéria-prima disponível, a um custo competitivo, para suprir a crescente demanda?  Os processos tecnológicos atualmente disponíveis são suficientemente flexíveis e/ou versáteis?  Há viabilidade comercial sem isenções ou subsídios?  Qual o impacto de blendas superiores sobre a emissão de poluentes atmosféricos?  Os benefícios sociais do PNPB estão sendo ou ainda poderão vir a ser plenamente atingidos?  O que fazer com os co-produtos a curto/médio prazo?
  • 27. Luiz Pereira Ramos, UFPR, Brasil Rotas tecnológicas H2CO-CO-R H2COH H+ /OH - R-OC-OCH - - + 3 R' -OH 3 RCOOR' + HOCH H2CO-CO-R H2COH TRIACILGLICEROL ÁLCOOL ÉSTER GLICEROL H+ RCOOH + R'OH RCOOR' + H2O ÁCIDO GRAXO ÁLCOOL ÉSTER ÁGUA
  • 28. Luiz Pereira Ramos, UFPR, Brasil Rotas tecnológicas ۞ Transesterificação alcalina de matérias-primas de baixa acidez ۞ Transesterificação ácida ۞ Esterificação de ácidos graxos seguida de transesterificação alcalina dos triacilgliceróis remanescentes ۞ Hidrólise dos triacilgliceróis seguida de esterificação dos ácidos graxos livres (hidroesterificação) ۞ Transesterificação enzimática ۞ Transesterificação in situ ۞ Reações em condições supercríticas ۞ Transesterificação por destilação reativa ۞ Reações assistidas por energia eletromagnética (microondas e ultrassom)
  • 29. Luiz Pereira Ramos, UFPR, Brasil Alcoólise de TAGs Catálise Homogênea ۞ Catálise alcalina • Hidróxido de sódio • Hidróxido de potássio • Alcóxidos ۞ Catálise ácida • Ácido sulfúrico • Ácido clorídrico • Ácidos sulfônicos
  • 30. Luiz Pereira Ramos, UFPR, Brasil ۞ A alcoólise em meio ácido é ۞ Usualmente efetuada em lenta, requer altas temperaturas temperaturas brandas sob e elevadas razões molares razão molar álcool:óleo inferior álcool:óleo e menor tempo de reação ۞ É eficiente para alcoólise de ۞ Exige que a alcóolise seja materiais que apresentem executada em meio anidro e elevados teores de ácidos que a matéria graxa possua graxos livres baixa acidez ۞ Exige maior investimento de ۞ A formação de sabões é capital devido à corrosão praticamente inevitável ۞ Quando efetuada de maneira ۞ Normalmente mais eficiente do adequada, fornece bons que a catálise ácida rendimentos Catálise ácida Catálise alcalina
  • 31. Luiz Pereira Ramos, UFPR, Brasil Alcoólise de TAGs Catálise Heterogênea ۞ Enzimas lipolíticas (lipases) ۞ Resinas de troca iônica ۞ Hidróxidos duplos lamelares ۞ Superácidos e superbases ۞ Complexos de metais de transição ۞ Óxidos estruturados ۞ Zeólitas ۞ Líquidos iônicos
  • 32. Luiz Pereira Ramos, UFPR, Brasil Processos catalíticos Catalisadores Alta estabilidade térmica e mecânica Alta área superficial Acidez e/ou basicidade pronunciadas Baixa susceptibilidade à lixiviação Baixa inativação por adsorção de compostos polares (glicerina, água, acilglicerídeos) Síntese de fácil execução Fácil recuperação do meio de reação Alta reciclabilidade
  • 33. Luiz Pereira Ramos, UFPR, Brasil Processos catalíticos Catalisadores Amplamente disponível Não agressivo ao meio ambiente De fácil manipulação e estocagem Seguro para o manuseio (não tóxico) Ativo sob condições suaves de reação Ativo em esterificação e transesterificação De baixo custo
  • 34. Luiz Pereira Ramos, UFPR, Brasil Processos catalíticos Por que desenvolver novos catalisadores? Reciclável Processo de Produção  Reutilização do catalisador Pureza  Purificação dos produtos: economia de água Sem  Pureza dos reagentes da efluentes  Questões econômicas glicerina Controle Cinético x Termodinâmico  Tempo de reação Processo  Temperatura de reação contínuo  Seletividade da reação  Rendimento da reação
  • 35. Luiz Pereira Ramos, UFPR, Brasil Processos catalíticos Catalisadores Ésteres Cordeiro et al. (2008) Catalysis Glicerina Communications, 9, 2140-2143. Catalisador Wypych, Cordeiro e Ramos, Depósitos de patente # PI-0702235-2 & PI- 0705995-7, 2007.
  • 36. Luiz Pereira Ramos, UFPR, Brasil Catálise heterogênea TM Esterfip-H Diester, Sète, France, 160.000 t/a Fonte: www.axens.net
  • 37. Luiz Pereira Ramos, UFPR, Brasil Catálise heterogênea Catalisador Aluminatos e Silicatos de Zn, Ti, Sn TM Esterfip-H IFP; US 6,147.196, 2000 Diester, Sète, France, 160.000 t/a Fonte: www.axens.net
  • 38. Luiz Pereira Ramos, UFPR, Brasil Hidroesterificação Minami and Saka, Fuel 85 (2006) 2479–2483 metanol esterificação pré-aquecimento refrigerador água hidrólise regulador de separador pressão pré-aquecimento biodiesel ácidos graxos óleos/gorduras glicerina pré-aquecimento bomba água residual fase aquosa (glicerol)
  • 39. Luiz Pereira Ramos, UFPR, Brasil Fluidos pressurizados Metanol Metanol Destilação Água Óleo Hidrólise Esterificação Destilação Água Bombas de alta pressão Esterificação ÉSTERES Separação de fases Metanol Fase lipídica (ácidos graxos) Fase aquosa (glicerina) Processo Saka-Dadan Fonte: Martin Mittelbach, 2009
  • 40. Luiz Pereira Ramos, UFPR, Brasil Gliceroquímica Desidratação Poliglicerol Hidrogenólise Blendas OH Fermentação OH OH Oxidação Esterificação Reforma Eterificação Carbonatos
  • 41. Luiz Pereira Ramos, UFPR, Brasil Gliceroquímica GLICIDOL POLIGLICIDOL Polímeros CARBONATO Filmes ÉSTERES DENDRÍMEROS DE GLICERINA Cosméticos ÉTERES ÁLCOOIS Detergentes Aditivos Solventes Fermentação 1,3-PROPILENO GLICOL Desidratação HO OH ACROLEÍNA CO2 + H2O Eterificação OH COMBUSTÍVEIS OXIGENADOS Oxidação ÁCIDO CETOMALÔNICO Saponificação Oxidação DIIDROXICETONA Esterificação DERIVADOS ALQUILADOS TRIACILGLICERÍDEOS Diésteres POLÍMEROS RAMIFICADOS Pagliaro et al. (2007) Angew. Chem Int. Ed., 46, 4434-4440
  • 42. Luiz Pereira Ramos, UFPR, Brasil Oleoquímica solventes surfactantes agroquímicos plastificantes Óleos Vegetais aditivos polímeros Catalisador CH3OH combustíveis produtos químicos H2 Catalisador Ésteres Metílicos Álcoois Graxos* (ésteres graxos) Esterificação Processos c/ açúcares Oxidativos Metátese c/ etileno Detergentes -Olefinas e Diésteres Não-Iônicos Ésteres - Carboxílicos insaturados
  • 43. Luiz Pereira Ramos, UFPR, Brasil Oleoquímica Schrock, Grubbs e Chauvin compartilharam o Prêmio Nobel de Química em 2005 pelo desenvolvimento de Homometátese catalisadores para reações de metátese Polímeros Poliésteres Poliamidas Suarez et al. Quim. Nova, Vol. 30, No. 3, 667-676, 2007
  • 44. Luiz Pereira Ramos, UFPR, Brasil Considerações finais Em “breve”, carboidratos e polióis constituirão plataformas tão diversificadas quanto a do etileno Materiais lipídicos são altamente susceptíveis à agregação de valor e processos alternativos poderão oferecer um grande diferencial para a indústria Uma das principais barreiras no uso destas matérias- primas renováveis é a logística A viabilidade de vários processos alternativos, baseados no uso de recursos renováveis, reside no uso apropriado de seus co-produtos
  • 45. Luiz Pereira Ramos, UFPR, Brasil Considerações finais O maior gargalo das tecnologias de produção e uso de biodiesel é a disponibilidade de matéria-prima Problemas como as tendências à oxidação e à cristalização ainda exigem soluções específicas A exportação virá com a acomodação do mercado, à medida em que a oferta supere a demanda estabelecida pelo uso obrigatório Aumentos expressivos na exportação dependerão da queda de barreiras comerciais que protegem os produtos e/ou produtores locais
  • 46. Luiz Pereira Ramos, UFPR, Brasil Considerações finais A aparente sustentabilidade de alguns processos tecnológicos pode ser fortemente contestada por uma análise criteriosa de seus ciclos de vida As metas sócio-ambientais do PNPB precisam ser resgatadas (agricultura familiar vs. selo combustível social) Urge um marco regulatório escalonando o uso obrigatório à B10 e regulamentando do uso de B100 Neste e em qualquer outro setor, decisões técnicas não devem ser comprometidas por decisões políticas
  • 47. Luiz Pereira Ramos, UFPR, Brasil Considerações finais Veículos flex-fuel Eficiência energética questionável Conflito em resultados recentes sobre emissões Insalubridade nas emissões de misturas BXX Carcinogenia de misturas B20 Impacto sobre emissões não regulamentadas Sustentabilidade ambiental: ACVs Balanço energético e impacto ambiental Externalidades associadas à produção e uso
  • 48. Claudiney Soares Cordeiro Nadia Krieger Fernando Wypych Maria Aparecida F. César-Oliveira Sonia Faria Zawadzki José Viriato Coelho Vargas Shirley Nakagaki Papa Matar Ndiaye Arion Zandoná Filho Rafael Marangoni Parceiros do Cepesq
  • 49. Fabiano Rosa da Silva Ricardo José Brugnago Ana Carolina Cunha Arantes Ana Paula Pitarelo Marcos Henrique Luciano Silveira Larissa da Silva Danielle Szczerbowski Rui Miguel Carvalho Jr. Wiviane Pereira Gomes Luiz Antonio Bortolli Jr. Rodrigo Souza Aguiar Nathalia Neuhaus … dentre outros Parceiros do Cepesq
  • 50. APOIO: ALCOPAR – Associação dos Produtores de Açúcar e Álcool do Paraná IMCOPA – Indústria e Comércio de Óleos Vegetais FUNPAR – Fundação da Universidade Federal do Paraná