SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 11
Descargar para leer sin conexión
Comer e beber são os grandes imperativos da VIDA




Escola Secundária de Albufeira
                                                              Margarida Guerreiro
      27 de Março de 2009                                                                                                                Barcelona, fotografias de Paulina Mata




                                                                                                         RECEITA (Mousse de chocolate)
                            O QUE É COZINHAR?
                                                                                           ...........
     preparar os alimentos para serem:                                                     Parta a tablete em quadradinhos

                                                                                           Junte-lhes a margarina, o café e o licor
           mais facilmente mastigáveis
                                                                                           Leve a derreter em banho-maria ou no microondas
           mais digeríveis
                                                                                           Não mexa o chocolate enquanto está a derreter
           mais saudáveis
                                                                                           Bata as gemas com o açúcar
           mais saborosos (paladar e aroma) e apetitosos
          (textura, cores, etc)                                                           .........

          dêem maior prazer (estímulos sensoriais)


                                                                                    “... pode ser servida simples, ou, se quiser, pode incluir nozes ou amêndoas”.




            GASTRONOMIA MOLECULAR - NOVO RAMO
                 DA CIÊNCIA DOS ALIMENTOS
                                                                                          A GASTRONOMIA MOLECULAR estuda as
                     Data de nascimento: 1988                                             transformações físicas, químicas e bioquímicas a
  Pais:
                                                                                          que sujeitamos os alimentos quando são
   Nicholas Kurti - Físico húngaro da Universidade
   de Oxford - física das baixas temperaturas e projecto da                               cozinhados e, ainda, os mecanismos ligados à
   bomba atómica – 1908-1998
                                                                                          sua percepção pelos nossos sentidos

  Hervé This - Químico Francês (INRA) –
                                                                                          A Gastronomia serve-se dos últimos avanços da
  físico-química de materiais 1º doutoramento em
  Gastronomia Molecular
                                                                                          Física, da Química, da Biologia, da Medicina, da
                                                                                          Sociologia, da Antropologia e do Design para
           FÍSICA MODERNA – SÉC. XVII
                                                                                          propiciar o máximo de prazer na degustação
           MICROBIOLOGIA – SÉC. XVII
           QUÍMICA – finais SÉC. XVIII
           BIOQUÍMICA – SÉC. XX




                                                                                                                                                                                  1
colaboração entre                                GASTRONOMIA MOLECULAR - PORTUGAL
   Cozinheiros                                          Cientistas
                                     e                                               2001


                               transferência
                             de conhecimentos
                                                                        A COZINHA É UM LABORATÓRIO
                                                                          divulgação de Ciência junto de
                                              Estudo e compreensão
Levantamento de novas questões
                                                                       crianças, jovens e público em geral                 2004
                                              Novos equipamentos
Novas ideias para investigações
                                                                            experiências e análise de
                                              Know why                   receitas, justificando os passos
Know how

    ALIMENTO E PRAZER                             CONHECIMENTO

                                                                                                            experiências culinárias e formação
“a evolução faz-se mais pela cooperação entre diferentes do que pela
competição entre iguais”




                                             Experimentação
                                             Divulgação
                                                                              Induzimos reacções químicas e bioquímicas
                                             Formação
                                             Consultoria                      Manipulamos alterações físicas
         2007
                                                                              Controlamos actividades enzimáticas

                                                                              Controlamos a actividade de micróbios

                                                                            DO QUE PRECISAMOS PARA COZINHAR?
                                                                                     calor (o “ingrediente invisível”)
                                                                                     água (a molécula “pau p’ra toda a obra”)
                                                                                     matérias-primas (alimentos, ingredientes)




                                                                                              Matérias-primas (alimentos)
                   lenha, gás (butano,
Fonte de calor                                 temperatura
                   propano, metano),           baixa
                   electricidade, petróleo                                                 Água


 Meio de transferência de calor
               ar
               água
                                                 temperatura                               Proteínas
               vapor de água                     média
                                                                         principais
               gorduras e óleos
                                                                         componentes
   Processo de transferência de calor
                                                                                           Hidratos de carbono
                                                temperatura
                                                elevada



   condução   convecção
                                                                                           Lípidos (óleos e gorduras)

                            radiação




                                                                                                                                                 2
SOLUÇÕES, DISPERSÕES E SUSPENSÕES
                                                                                          A maior parte dos alimentos são sistemas com várias fases
                                                                                          constituídos por um meio dispersante e um ou mais meios dispersos,
                                    ÁGUA
                                                                                          sob a forma de gotículas, bolhas ou de partículas de
                                                                                          macromoléculas – COLÓIDES ou DISPERSÕES COLOIDAIS
      Principal componente dos alimentos (excepção: sementes, óleos)

       Meio de transferência de energia                                                                          dispersões coloidais
                                                                                                                 (1nm – 0,2 µm)
                                                                                         suspensões (> 0,2 µm)
       Meio reaccional
                                                                                                                                                        EMULSÕES
       Meio de limpeza – recipientes, alimentos, mãos, etc
                                                                                                                                                        GÉIS
       Meio de dispersão e de solubilização
                                                                                                                                                        ESPUMAS
       Principal bebida

                                                                                                                               soluções verdadeiras (< 1nm)




                                                                                                 EMULSÕES
             DISPERSÕES COLOIDAIS NA COZINHA                                                                                                FOSFOLÍPIDO

                                                                                            dispersão coloidal de líquido
                                        L/L                                                         em líquido
   Emulsão


                                       G/L
   Espuma

                                                                                                                                                 óleo
   Espuma sólida
                                         G/S

                                        L/S
   Gel

                                                                                             agente surfactante (emulsionante)
                                                          água aquecida +
                                         S/L                                                                                                  água
   Sol
                                                          farinha
                                                                                                                                        emulsão de água em óleo




                         EMULSÕES
                                                                                                                       ESPUMAS
                  emulsão de água em óleo
                                                                                            sistemas constituídos por bolhas de gás dispersas num líquido -
                                                                            glóbulo de
                                                                            gordura
                                                                                            geralmente água com várias substâncias dissolvidas – ou num
                                                                                            sólido (pão, bolos, etc)
    meio
                                                                                            são semelhantes às emulsões mas com um gás como fase
  aquoso
                                                                                            dispersa - também necessitam de estabilizantes
                                                                                                                                                  moléculas de
                                                                                                                                                  emulsionante
                                                                                                                                 água
                                                                                                                                                  enroladas à volta
                                                                                                                                                  das bolhas de
                                                                                                                                                  água, através da
  agente surfactante (emulsionante)                                                                                                               interface da água
formada por glóbulos de gordura dispersas em água. Estas gotas são
estabilizadas por emulsionantes (proteínas, mono e diglicéridos,
fosfolípidos ou proteínas)




                                                                                                                                                                      3
COMO SE PREPARAM ESPUMAS CULINÁRIAS:
    efeitos mecânicos (claras em castelo)
                                                                                       cortiça
   injecção de um gás sob pressão (CO2, N2 líquido, óxido nitroso
(N2O), ar, vapor de água )
   reacção química (bicarbonato nos bolos)
                                                                                                              café           capuccino
       ALGUMAS ESPUMAS CULINÁRIAS:
        •Leite evaporado
                                                                                  mas… são sistemas instáveis
        •Claras
                                                                                      Truques culinários para estabilizar uma espuma
                                                                                      T         li á i          t bili
        •Gemas
        •Natas                                                                   pH – ex: sumo de limão
        •Chocolate chantilly                                                     gelificação
        •Massa de bolos                                                               proteínas – gelatina; polissacáridos - agar, etc
        •Pão                                                                     temperatura
                                                                                      forno (bolos, merengues); azoto líquido
                                      •baixa densidade
                                      •baixa condutividade térmica               lípidos – musse de chocolate
ALGUMAS CARACTERISTICAS
                                      •retenção de substâncias aromáticas
DAS ESPUMAS                                                                      açúcar – merengues
                                      •elevada viscosidade
                                                                                 emulsionanes – lecitina, etc
                                      •baixa resistência mecânica




                        GELIFICAÇÃO                                                                          OS GÉIS
                   FORMAÇÃO DUMA REDE
 Forma-se um gel quando as ligações entre moléculas são em maior                SISTEMAS SEMI-SÓLIDOS
 número do que as ligações entre as moléculas e a água                          formam-se géis quando as ligações entre moléculas são em
                                                                                maior nº do que as ligações entre as moléculas e a água




                               ligação entre os
     polímeros
                               polímeros GEL




                                                                                ALGUNS AGENTES ESPESSANTES/GELIFICANTES
                                                                                                                     polissacáridos
                                                                                     proteínas
                                                                                                                agar-agar
                                                                                gelatina
                                                                                                                carraginato
                                                                                proteínas do ovo                                ALGAS
                                                                                                                alginato
                                                                                proteínas do leite
                                                                                                                pectina
                      HIDROCOLÓIDES
                                                                                                                amido
                 ESPESSANTES, GELIFICANTES,                                                                                     ORIGEM VEGETAL
                                                                                                                konjac
               ESTABILIZANTES, EMULSIONANTES
                                                                                                                goma de alfarroba
                                                                                                                goma guar
                                                                                                                xantano      ORIGEM MICROBIANA
                                                                                                                gelano
                                                                                                                metilcelulose SEMI-SINTÉTICOS
                                                                                                                maltodextrina
                                                                 Paulina Mata




                                                                                                                                                 4
AS PROTEÍNAS
       ALGUNS ADITIVOS CONVENCIONAIS
                                                                                                            ovos, leite, carne, peixe, etc
                                                                                       moléculas longas constituídas por aminoácidos
                             dose aconselhada –                                                                                    ESTRUTURA TERCIÁRIA
                             6 g/dia (consumimos
                             cerca de 9,5 g/dia)                                                                        globular
iões sódio (Na+)
e cloreto (Cl-)
                                                      C12H22O11 α-D-glucopiranosil -                                                                    fibrosa
                                                                                           uns aminoácidos são
NaCl    cloreto de sódio                                                                                                                                          músculo
                                                                                           neutros, ouros são
                                                      (1→2)-β-D-fructofuranose
                                                                                           ácidos e outros básicos
                                                                                                                         proteínas do ovo
NaHCO3 hidrogeno
                                                      CH3COOH ácido acético
carbonato de sódio – E500                                                                    espessante, gelificante e emulsionante
                                                      – E260
                                                                                             reacções de Maillard
                                                                                             estruturante
                                                                                             actividade enzimática




                      PROTEÍNAS NA CULINÁRIA
                                                                                          COAGULAÇÃO– agregação das cadeias de proteínas; as ligações
                             desnaturação de proteínas
                                                                                          entre as cadeias predominam sobre as ligações com o solvente
                           perda da sua forma nativa (natural)

                                                                                                         desnaturação                 coagulação
                                                        causas:
                                                        pH

                                                       calor

                                                       energia mecânica
                                                        sais
                                                                                                                                              forma-se um “coágulo ou
                                                                                                                                              coalho”, que se separa da
                                                        álcoois
torna as proteínas mais assimiláveis e                                                                                                        solução e precipita
 com um papel importante na cozinha
                                                        acção de enzimas




                                            OVOS
                                                                                                                         O PÃO
                                        clara                     gema
                                (60% do ovo, 15%          (30% do ovo; 17,5%
           Temp. (°C)
                                    proteína)                  proteína)

                                                                                                             gliadinas        gluteninas
                                                       começa a ficar menos
                                                                                                                          e
                 60            começa a gelificar
                                                       fluída
                 65            macia                   semi-sólida
                 80            coágulo firme           sólida
                               muito firme; textura
                 > 90                                  dura, seca e pulvurulenta
                               de borracha
                            ≅ 40 - ovalbumina, ovotransferina,
                            globulinas, ovomucóide, etc.
                                                                                            moléculas inicialmente   alteração das ligações     alinhamento das moléculas
                                                                                                                     durante a amassadura          no fim da amassadura
                                                                                            todas “emaranhadas”
                                             Sulfureto de ferro
                                     S da decomposição das proteínas da
                                             clara e Fe da gema



    10 minutos          20 minutos




                                                                                                                                                                            5
CARNE - ESTRUTURA MUSCULAR DE MAMÍFEROS, AVES E PEIXES
                                                                                                                                                                   CARNE
                                                                                                    carne ainda crua - 45ºC


                                                                                                   carne mal passada – 55ºC

                                                                                               acima de 60ºC a mioglobina perde a
                                                                                               capacidade para se ligar ao oxigénio e o
                                                                                as fibras
                                                                              separam-se
                                                                              separam se e     ferro passa d F 2+ a F 3+
                                                                                                           de Fe    Fe
                                                                                               f
 A carne é constituída por 3 tecidos:                                        desnaturam-se

Tecido muscular esquelético – responsável por movimentos (actina e miosina)
                                                                                                 carne mediamente passada – 65ºC
Tecido conjuntivo – funciona como suporte, dando consistência ao tecido
muscular (elastina, reticulina e colagénio)
                                                 O colagénio desnatura-se e passa a gelatina
                                                                                                carne bem passada – 70ºC
Tecido adiposo – contém gordura que funciona como fonte de energia para o
trabalho dos músculos
                                                      a gordura funde e amacia a carne




                                                                                                            gel de gelatina
                            A GELATINA
 uma proteína

                               colagénio                 gelatina

                                                                                                                                                A quente e com água a gelatina forma

                                                                                                                                                um sol transparente que gelifica à
                                              calor
                                                                                                                                                volta dos 35ºC. Se novamente
                                                                                                                                                aquecido volta a liquefazer-se

                                                                                                  moléculas de água
                      A quente, as ligações das moléculas de proteínas
                                                                                                       devido às suas características anfotéricas pode formar
                      que constituem o colagénio são quebradas e as
                                                                                                       emulsões (margarinas low-fat) e é estabilizadora de espumas
tecido conjuntivo
                      cadeias separam-se – forma-se gelatina
                                                                                                                         esquema e fotografia de Hervé This                   MAS!!!




                                                                                                              ACÇÃO DO ANANÁS SOBRE A CARNE
  Alguns vegetais e frutos contêm enzimas que catalisam a
  hidrólise das cadeias de proteínas (proteases)


                                                                                                                                                                  carne partida aos
                                                                                                                                                                  pedaços e misturada
                                                                                                                                                                  com pedaços de
            ananás – bromelaína
                                                                                                                                                                  ananás
            figos – fiquina
            papaia – papaína
            kiwi – actididina                                                                           a protease do ananás –
            gengibre – zingibaina                                                                       bromelaína – catalisa a hidrólise
            beterraba – betaina                                                                         das cadeias das proteínas que
            goiaba                                                                                      constituem as fibras musculares
               Também não gelifica na presença de chá verde                                                                                                   ao fim de algumas horas
                                                                                                  Fonte: Jack Lang – cookingforengeeniers.com




                                                                                                                                                                                        6
O PEIXE                                              a temperatura da água é inferior à do ambiente terrestre
  o peixe tem 2 problemas
                                                                                     As enzimas e os micróbios estão adaptados a baixas temperaturas e
  1. deteriora-se com muita facilidade
                                                                                  levam à degradação
  2. ao menor descuido fica duro e ressequido e as “lascas” separam-
     se (deslaçam-se)                                                                                  conserva-se em gelo ou no frigorífico
     a água é mais densa do que o ar                                                  Degradação da TMAO (óxido de trimetilamina) em NH+4
     A força exercida sobre os peixes de baixo para cima – a impulsão -
                                                                                                      limão para neutralizar a base
  contraria fortemente a força da gravidade
     A estrutura muscular dos peixes é bastante mais delicada do que a da
                                                                                  são ricos em ácidos gordos insaturados de cadeia longa
  carne
               fibras musculares mais curtas e menos colagénio
                                                                                        solidificam a temperaturas bastante baixas (elevado ponto de fusão)
                         temperatura interior
    muito pouco cozido         55-60ºC                                                 sofrem facilmente oxidações (duplas ligações), originando
                                           carne mal passada ≅ 55ºC
    pouco cozido               61-63ºC                                               compostos de aroma pouco agradáveis
                                           bem passada ≅ 70ºC
    mediamente cozido          63-65ºC
    muito cozido                + 66ºC




                               ENZIMAS                                                  COMO EVITAR O ESCURECIMENTO ENZIMÁTICO?
       UM EXEMPLO: O ESCURECIMENTO ENZIMÁTICO
                                                                                   Frigorífico - baixas temperaturas →
                                                                                                                               depend. do pH    depend. da tempª
                                                                                   menor actividade enzimática
                                             provocado por enzimas que
                                             catalisam a oxidação de
                                                                                  Sumo de limão – pH baixo        (<5) →
                                             alguns compostos
                                                                                  menor actividade enzimática
                                                                                                   enzimática.


                       polifenoloxidase                                                                   sumo de limão
                                                                                                                                     Actividade enzimática
                                                                                                            adicionado



                                                                                                       pH óptimo da polifenoloxidase - cerca de 6,0
                                  quinonas, que polimerizam dando origem a
         polifenóis
                                  compostos castanhos - melaninas




                           CLOROFILA

                                                                                   a cor verde dos brócolos que estão
                                                                                   ao centro é mais viva – cozinhados
                                                                                   com bicarbonato de sódio; ao da
                                                                                   direito adicionou-se vinagre à água
                                                                                   de cozedura
                            CLOROFILA


                                                                                                   Minutos de cozedura           Perda da cor verde (%)
                                                                                     Bróculos                    5                             17
 estrutura química semelhante à da mioglobina e
                                                                                                                 10                            41
 da hemoglobina, mas com Mg em vez de Fe

                                                         fotossíntese
                  H+
em meio ácido os
desalojam o magnésio e a           6CO2 + 6H2O + luz solar → C6H12O6 + 6O2
molécula – feofitina – passa
a cor verde acinzentado
                                             insolúveis em água - lipossolúveis




                                                                                                                                                                   7
FUNÇÃO DOS HIDRATOS DE CARBONO NA
           OS HIDRATOS DE CARBONO                                                                                      CULINÁRIA
                                                                                                    sabor
                                                                                                    espessantes e gelificantes
     açúcares
                         glucose     frutose                                                        substrato para fermentações – iogurtes, pão, etc.
     amido
                                                                                                    conservantes
     pectina                                                                                        retenção de humidade                 entre açúcares redutores e aminoácidos
                                                                                                    reacções de caramelização e de Maillard
     celulose
                                                                                                                        entre açúcares
     hemicelulose


                                                                                                                                            95ºC
                                                                                                                                                                         150ºC
          FRUTAS, VEGETAIS, CEREAIS, BATATAS, ETC




                                                                                                                                         crú
                          AMIDO - ARROZ                                                                                                                          arroz japonica
                                                                                                arroz indica
   Os grânulos de amido são constituídos por 2 polímeros de glucose                                 grão longo                                                    carolino
             AMILOSE                               RETROGRADATION



               GLUCOSE




                                                                                                                                                       teor de amilose < 22%
                                                                                                                                      cozido
                                                                                                teor de amilose > 22%

                                                                                                elevada retrogradação                              baixa retrogradação
                                   http://static.howstuffworks.com/gif/play-doh-warm-cool.gif
AMILOPECTINA                                                                                    consistência coesa depois de cozido                consistência cremosa depois de cozido
                                                                                                grãos bem individualizados                         grande absorção de água




                                                                                                   as dispersões de agar-agar em
                           O AGAR-AGAR
                             AGAR-
                                                                                                   água formam um gel com
                                                                                                   temperatura de gelificação =
                         o agar-agar é extraído de diversos                                        32º- 45º C e temperatura de
                         géneros de algas marinhas vermelhas da                                    liquefacção de 85 - 95º C
                         classe Rodophyceae


                                                                                                                                                   % normal ≅ 0,5%
                                         mistura de duas fracções de
                                         polissacáridos: a agarose,
                                                                                                                                         não gelifica em meio ácido nem
                                         linear e neutra - fracção
                                         gelificante, e a agaropectina,                                                                  com chocolate (ácido oxálico)
                                         polissacárido não-gelificante
                                                                                                     www.jocooking.typepad.com




                                                                                                                                                                                           8
ALGINATOS
           extraído de algas castanhas - Phaeophyceae                                                                          -M-G-M-G-M-




        polímeros de 2 açúcares: ácido D-manurónico e ácido L-gulurónico




                                            M – ácido manurónico -M-M-M-M-M-
       G – ácido gulurónico                                                                                                               cálcio (Ca++)
          -G-G-G-G-G-
                                                zonas que se ligam preferencialmente à água -
zonas de junção entre cadeias -   gelificante
                                                espessante




                                                                                                          OS LÍPIDOS

                                                                                                              óleos                      gorduras


              solução de cloreto de cálcio
                      os géis de alginato podem ser aquecidos                                                                          TRIGLICÉRIDO
                                                                                                ÁCIDOS GORDOS

     E o leite, iogurtes, azeitonas e outros alimentos ricos em cálcio?
              ,g        ,                                                                                                  glicerina


                   ESFERIFICAÇÃO INVERSA

    gelificar o preparado na solução de alginato

                                                                                                           imiscíveis com a água




                                                                                                                                MAIONESE
           FUNÇÕES DOS LÍPIDOS NA CULINÁRIA
                                                                                                          1           OBSERVADA AO MICROSCÓPIO ÓPTICO

          Lubrificantes e agentes “crocante”
                                                                                                                  formada por gotas de gordura
          Sabor
                                                                                                                  dispersas em água
          Preparações dalguns molhos
                                                                                                          2
          Emulsionante                                                                                            Estas gotas são estabilizadas por
                                                                                                                  proteínas e/ou por lípidos (mono e
          Meio de transferência de calor
                                                                                                                  diglicéridos, fosfolípidos)
         Impedem a formação de glúten nas massas de bolos e
       bolachas, envolvendo as partículas de amido
                                                                                                                 AS PROTEÍNAS DAS CLARAS TAMBÉM
          Para untar formas
                                                                                                           3     SÃO AGENTES SURFACTANTES

                                                                                                                      MAION E S E D E C L AR AS




                                                                                                                                                          9
1. Preparar uma emulsão de                 2. Transformar a emulsão
        EMULSÃO E ESPUMA DE CHOCOLATE                                chocolate                                  em espuma

              CHOCOLATE CHANTILLY DE HERVÉ THIS                      225 de chocolate e pouco menos
                                                                                                                  por agitação forte e sobre uma
                                                                     de um líquido (200 ml de água,
                                                                                                                  tigela com gelo
                                                                     sumo, café, etc) levados ao calor


                                                                                  emulsão chocolate + água

COMPOSIÇÃO QUÍMICA MÉDIA                  NATAS         CHOCOLATE
Água (%)                                      57               <1
Gordura (%)                                   37               52
Hidratos de carbono (%)                       3                30                                                   chocolate Chantilly
Proteínas (%)                                 2                13
                                                                           também roquefort chantilly, foie gras chantilly, azeite, etc




                                                                                   arrefecimento lento      arrefecimento rápido
         GELADO – UMA EMULSÃO EM ESPUMA
                          INGREDIENTES
•   gordura
•   açúcares
•   compostos lácteos (caseína, proteínas do soro)
                                                                              pequeno nº de cristais de    grande nº de cristais de
•   estabilizantes (alginato, goma de alfarroba, pectina, xantano)
                                                                                grandes dimensões          pequeninas dimensões
•   emulsionantes (gema de ovo, mono e diglicéridos)
•   água (principalmente proveniente do leite)                       Azoto líquido (-196ºC)               arrefecimento muito rápido    cristais
                                                                     de H20 muito pequeninos          gelado mais aveludado
                                                                        e muito arejado pelo N2 introduzido
Mas se misturarmos tudo e levarmos
                                        bolhas de
ao congelador obtemos um gelado?        ar
                                                                     Mexendo continuadamente as bolhas de
                                       cristais de                   azoto vão formando a espuma, e surgem
                                       gelo
                                                                     em simultâneo, minúsculos cristais de
                                                                     gelo. Obtém-se uma estrutura muito
                                       solução de
É necessário gás e a formação                                        sedosa
                                       açúcar, etc
duma espuma




                                                                      “Em 1966 Cutileiro começa a usar
                                                                      máquinas eléctricas de corte da
         SERÁ QUE A CIÊNCIA PODE PRODUZIR                             pedra, o que lhe permitiu dedicar-se
         DANOS IRREPARÁVEIS NA COZINHA?                               exclusivamente ao mármore.
                                                                      Começam então a surgir os torsos, as
                                                                      paisagens, as caixas, as árvores e as
                                                                      flores.”


                                                                       “… com efeito na série de objectos
                                                                               efeito,
                                                                       de 1988, em que pela 1ª vez utiliza
                                                                       a pistola spray que permite a
                                                                       Noronha da Costa o recurso à
                                                                       projecção de……”


                                                                      “Todo o Mundo é composto de mudança.
         Há quem pense que sim...                        Mas ...
                                                                        Tomando sempre novas qualidades…”




                                                                                                                                                   10
TEORIA DA EVOLUÇÃO DOS SERES VIVOS




                                       GASTRONOMIA DARWIISTA


                                    óregãos               vinagre
Charles Darwin (1809 - 1882)




                                     alho
                                                         cravinho




                                                                    11

Más contenido relacionado

Similar a Comer e beber: os grandes imperativos da vida

Analise fisico-quimica de biscoitos tipo cookie utilizando farinha de maracujá
Analise fisico-quimica de biscoitos tipo cookie utilizando farinha de maracujáAnalise fisico-quimica de biscoitos tipo cookie utilizando farinha de maracujá
Analise fisico-quimica de biscoitos tipo cookie utilizando farinha de maracujáMarlane123
 
Alimenta dgs guia.com.exercicios
Alimenta dgs guia.com.exerciciosAlimenta dgs guia.com.exercicios
Alimenta dgs guia.com.exerciciosRuben Pereira
 
Introducao a gastronomia
Introducao a gastronomiaIntroducao a gastronomia
Introducao a gastronomiaJenifo
 
Relatório_Estágio 1.doc
Relatório_Estágio 1.docRelatório_Estágio 1.doc
Relatório_Estágio 1.docIzaLopes9
 
Conceitoecontextohistoricodanutricao
ConceitoecontextohistoricodanutricaoConceitoecontextohistoricodanutricao
ConceitoecontextohistoricodanutricaoTiago Pereiras
 
Microbiologia democrática
Microbiologia democráticaMicrobiologia democrática
Microbiologia democráticapibidbio
 
TABELA DE EQUIVALENTES, MEDIDAS CASEIRAS E COMPOSIÇÃO QUÍMICA DOS ALIMENTOS
TABELA DE EQUIVALENTES, MEDIDAS CASEIRAS E COMPOSIÇÃO QUÍMICA DOS ALIMENTOS  TABELA DE EQUIVALENTES, MEDIDAS CASEIRAS E COMPOSIÇÃO QUÍMICA DOS ALIMENTOS
TABELA DE EQUIVALENTES, MEDIDAS CASEIRAS E COMPOSIÇÃO QUÍMICA DOS ALIMENTOS Tricô Fácil
 
Tese emerson 19.11.12
Tese emerson 19.11.12Tese emerson 19.11.12
Tese emerson 19.11.12Rodrigo Amaro
 
Efeito da nucleação secundária sobre a cristalização do doce de leite
Efeito da nucleação secundária sobre a cristalização do doce de leiteEfeito da nucleação secundária sobre a cristalização do doce de leite
Efeito da nucleação secundária sobre a cristalização do doce de leiteLaysa Maia
 
Intervenção Nutricional - Promoção de hábitos alimentares saudáveis
Intervenção Nutricional - Promoção de hábitos alimentares saudáveisIntervenção Nutricional - Promoção de hábitos alimentares saudáveis
Intervenção Nutricional - Promoção de hábitos alimentares saudáveisCíntia Costa
 
Plano de ensino quimica de alimentos 2012-2
Plano de ensino quimica de alimentos 2012-2Plano de ensino quimica de alimentos 2012-2
Plano de ensino quimica de alimentos 2012-2Dayana Soares
 
Plano de ensino quimica de alimentos 2012-2
Plano de ensino quimica de alimentos 2012-2Plano de ensino quimica de alimentos 2012-2
Plano de ensino quimica de alimentos 2012-2Dayana Soares
 
Plano de ensino quimica de alimentos 2012-2
Plano de ensino quimica de alimentos 2012-2Plano de ensino quimica de alimentos 2012-2
Plano de ensino quimica de alimentos 2012-2Dayana Soares
 
Plano de ensino quimica de alimentos 2012-2
Plano de ensino quimica de alimentos 2012-2Plano de ensino quimica de alimentos 2012-2
Plano de ensino quimica de alimentos 2012-2Dayana Soares
 
Experimentos aiq jan2011[1]
Experimentos aiq jan2011[1]Experimentos aiq jan2011[1]
Experimentos aiq jan2011[1]Fatima Comiotto
 

Similar a Comer e beber: os grandes imperativos da vida (20)

2003 aline cabralbezerra
2003 aline cabralbezerra2003 aline cabralbezerra
2003 aline cabralbezerra
 
Analise fisico-quimica de biscoitos tipo cookie utilizando farinha de maracujá
Analise fisico-quimica de biscoitos tipo cookie utilizando farinha de maracujáAnalise fisico-quimica de biscoitos tipo cookie utilizando farinha de maracujá
Analise fisico-quimica de biscoitos tipo cookie utilizando farinha de maracujá
 
Biologia
BiologiaBiologia
Biologia
 
Alimenta dgs guia.com.exercicios
Alimenta dgs guia.com.exerciciosAlimenta dgs guia.com.exercicios
Alimenta dgs guia.com.exercicios
 
Introducao a gastronomia
Introducao a gastronomiaIntroducao a gastronomia
Introducao a gastronomia
 
Relatório_Estágio 1.doc
Relatório_Estágio 1.docRelatório_Estágio 1.doc
Relatório_Estágio 1.doc
 
Digestão
DigestãoDigestão
Digestão
 
Caso controle
Caso controleCaso controle
Caso controle
 
Conceitoecontextohistoricodanutricao
ConceitoecontextohistoricodanutricaoConceitoecontextohistoricodanutricao
Conceitoecontextohistoricodanutricao
 
Microbiologia democrática
Microbiologia democráticaMicrobiologia democrática
Microbiologia democrática
 
TABELA DE EQUIVALENTES, MEDIDAS CASEIRAS E COMPOSIÇÃO QUÍMICA DOS ALIMENTOS
TABELA DE EQUIVALENTES, MEDIDAS CASEIRAS E COMPOSIÇÃO QUÍMICA DOS ALIMENTOS  TABELA DE EQUIVALENTES, MEDIDAS CASEIRAS E COMPOSIÇÃO QUÍMICA DOS ALIMENTOS
TABELA DE EQUIVALENTES, MEDIDAS CASEIRAS E COMPOSIÇÃO QUÍMICA DOS ALIMENTOS
 
Tese emerson 19.11.12
Tese emerson 19.11.12Tese emerson 19.11.12
Tese emerson 19.11.12
 
Portaria Interministerial nº 1010
Portaria  Interministerial nº 1010Portaria  Interministerial nº 1010
Portaria Interministerial nº 1010
 
Efeito da nucleação secundária sobre a cristalização do doce de leite
Efeito da nucleação secundária sobre a cristalização do doce de leiteEfeito da nucleação secundária sobre a cristalização do doce de leite
Efeito da nucleação secundária sobre a cristalização do doce de leite
 
Intervenção Nutricional - Promoção de hábitos alimentares saudáveis
Intervenção Nutricional - Promoção de hábitos alimentares saudáveisIntervenção Nutricional - Promoção de hábitos alimentares saudáveis
Intervenção Nutricional - Promoção de hábitos alimentares saudáveis
 
Plano de ensino quimica de alimentos 2012-2
Plano de ensino quimica de alimentos 2012-2Plano de ensino quimica de alimentos 2012-2
Plano de ensino quimica de alimentos 2012-2
 
Plano de ensino quimica de alimentos 2012-2
Plano de ensino quimica de alimentos 2012-2Plano de ensino quimica de alimentos 2012-2
Plano de ensino quimica de alimentos 2012-2
 
Plano de ensino quimica de alimentos 2012-2
Plano de ensino quimica de alimentos 2012-2Plano de ensino quimica de alimentos 2012-2
Plano de ensino quimica de alimentos 2012-2
 
Plano de ensino quimica de alimentos 2012-2
Plano de ensino quimica de alimentos 2012-2Plano de ensino quimica de alimentos 2012-2
Plano de ensino quimica de alimentos 2012-2
 
Experimentos aiq jan2011[1]
Experimentos aiq jan2011[1]Experimentos aiq jan2011[1]
Experimentos aiq jan2011[1]
 

Último

Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 BrasilGoverno Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasillucasp132400
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasCassio Meira Jr.
 
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.silves15
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavrasMary Alvarenga
 
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -Aline Santana
 
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfEditoraEnovus
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBAline Santana
 
Simulado 2 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 2 Etapa  - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 2 Etapa  - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 2 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfEditoraEnovus
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManuais Formação
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxOsnilReis1
 
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VER
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VERELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VER
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VERDeiciane Chaves
 
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptxD9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptxRonys4
 
Cultura e Literatura indígenas: uma análise do poema “O silêncio”, de Kent Ne...
Cultura e Literatura indígenas: uma análise do poema “O silêncio”, de Kent Ne...Cultura e Literatura indígenas: uma análise do poema “O silêncio”, de Kent Ne...
Cultura e Literatura indígenas: uma análise do poema “O silêncio”, de Kent Ne...ArianeLima50
 
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdfJorge Andrade
 
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de PartículasRecurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de PartículasCasa Ciências
 
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxkarinedarozabatista
 
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniModelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniCassio Meira Jr.
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresLilianPiola
 

Último (20)

Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 BrasilGoverno Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
 
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavras
 
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
 
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
 
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
 
Em tempo de Quaresma .
Em tempo de Quaresma                            .Em tempo de Quaresma                            .
Em tempo de Quaresma .
 
Simulado 2 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 2 Etapa  - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 2 Etapa  - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 2 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
 
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VER
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VERELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VER
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VER
 
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptxD9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
 
Cultura e Literatura indígenas: uma análise do poema “O silêncio”, de Kent Ne...
Cultura e Literatura indígenas: uma análise do poema “O silêncio”, de Kent Ne...Cultura e Literatura indígenas: uma análise do poema “O silêncio”, de Kent Ne...
Cultura e Literatura indígenas: uma análise do poema “O silêncio”, de Kent Ne...
 
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
 
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de PartículasRecurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
 
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
 
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniModelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
 

Comer e beber: os grandes imperativos da vida

  • 1. Comer e beber são os grandes imperativos da VIDA Escola Secundária de Albufeira Margarida Guerreiro 27 de Março de 2009 Barcelona, fotografias de Paulina Mata RECEITA (Mousse de chocolate) O QUE É COZINHAR? ........... preparar os alimentos para serem: Parta a tablete em quadradinhos Junte-lhes a margarina, o café e o licor mais facilmente mastigáveis Leve a derreter em banho-maria ou no microondas mais digeríveis Não mexa o chocolate enquanto está a derreter mais saudáveis Bata as gemas com o açúcar mais saborosos (paladar e aroma) e apetitosos (textura, cores, etc) ......... dêem maior prazer (estímulos sensoriais) “... pode ser servida simples, ou, se quiser, pode incluir nozes ou amêndoas”. GASTRONOMIA MOLECULAR - NOVO RAMO DA CIÊNCIA DOS ALIMENTOS A GASTRONOMIA MOLECULAR estuda as Data de nascimento: 1988 transformações físicas, químicas e bioquímicas a Pais: que sujeitamos os alimentos quando são Nicholas Kurti - Físico húngaro da Universidade de Oxford - física das baixas temperaturas e projecto da cozinhados e, ainda, os mecanismos ligados à bomba atómica – 1908-1998 sua percepção pelos nossos sentidos Hervé This - Químico Francês (INRA) – A Gastronomia serve-se dos últimos avanços da físico-química de materiais 1º doutoramento em Gastronomia Molecular Física, da Química, da Biologia, da Medicina, da Sociologia, da Antropologia e do Design para FÍSICA MODERNA – SÉC. XVII propiciar o máximo de prazer na degustação MICROBIOLOGIA – SÉC. XVII QUÍMICA – finais SÉC. XVIII BIOQUÍMICA – SÉC. XX 1
  • 2. colaboração entre GASTRONOMIA MOLECULAR - PORTUGAL Cozinheiros Cientistas e 2001 transferência de conhecimentos A COZINHA É UM LABORATÓRIO divulgação de Ciência junto de Estudo e compreensão Levantamento de novas questões crianças, jovens e público em geral 2004 Novos equipamentos Novas ideias para investigações experiências e análise de Know why receitas, justificando os passos Know how ALIMENTO E PRAZER CONHECIMENTO experiências culinárias e formação “a evolução faz-se mais pela cooperação entre diferentes do que pela competição entre iguais” Experimentação Divulgação Induzimos reacções químicas e bioquímicas Formação Consultoria Manipulamos alterações físicas 2007 Controlamos actividades enzimáticas Controlamos a actividade de micróbios DO QUE PRECISAMOS PARA COZINHAR? calor (o “ingrediente invisível”) água (a molécula “pau p’ra toda a obra”) matérias-primas (alimentos, ingredientes) Matérias-primas (alimentos) lenha, gás (butano, Fonte de calor temperatura propano, metano), baixa electricidade, petróleo Água Meio de transferência de calor ar água temperatura Proteínas vapor de água média principais gorduras e óleos componentes Processo de transferência de calor Hidratos de carbono temperatura elevada condução convecção Lípidos (óleos e gorduras) radiação 2
  • 3. SOLUÇÕES, DISPERSÕES E SUSPENSÕES A maior parte dos alimentos são sistemas com várias fases constituídos por um meio dispersante e um ou mais meios dispersos, ÁGUA sob a forma de gotículas, bolhas ou de partículas de macromoléculas – COLÓIDES ou DISPERSÕES COLOIDAIS Principal componente dos alimentos (excepção: sementes, óleos) Meio de transferência de energia dispersões coloidais (1nm – 0,2 µm) suspensões (> 0,2 µm) Meio reaccional EMULSÕES Meio de limpeza – recipientes, alimentos, mãos, etc GÉIS Meio de dispersão e de solubilização ESPUMAS Principal bebida soluções verdadeiras (< 1nm) EMULSÕES DISPERSÕES COLOIDAIS NA COZINHA FOSFOLÍPIDO dispersão coloidal de líquido L/L em líquido Emulsão G/L Espuma óleo Espuma sólida G/S L/S Gel agente surfactante (emulsionante) água aquecida + S/L água Sol farinha emulsão de água em óleo EMULSÕES ESPUMAS emulsão de água em óleo sistemas constituídos por bolhas de gás dispersas num líquido - glóbulo de gordura geralmente água com várias substâncias dissolvidas – ou num sólido (pão, bolos, etc) meio são semelhantes às emulsões mas com um gás como fase aquoso dispersa - também necessitam de estabilizantes moléculas de emulsionante água enroladas à volta das bolhas de água, através da agente surfactante (emulsionante) interface da água formada por glóbulos de gordura dispersas em água. Estas gotas são estabilizadas por emulsionantes (proteínas, mono e diglicéridos, fosfolípidos ou proteínas) 3
  • 4. COMO SE PREPARAM ESPUMAS CULINÁRIAS: efeitos mecânicos (claras em castelo) cortiça injecção de um gás sob pressão (CO2, N2 líquido, óxido nitroso (N2O), ar, vapor de água ) reacção química (bicarbonato nos bolos) café capuccino ALGUMAS ESPUMAS CULINÁRIAS: •Leite evaporado mas… são sistemas instáveis •Claras Truques culinários para estabilizar uma espuma T li á i t bili •Gemas •Natas pH – ex: sumo de limão •Chocolate chantilly gelificação •Massa de bolos proteínas – gelatina; polissacáridos - agar, etc •Pão temperatura forno (bolos, merengues); azoto líquido •baixa densidade •baixa condutividade térmica lípidos – musse de chocolate ALGUMAS CARACTERISTICAS •retenção de substâncias aromáticas DAS ESPUMAS açúcar – merengues •elevada viscosidade emulsionanes – lecitina, etc •baixa resistência mecânica GELIFICAÇÃO OS GÉIS FORMAÇÃO DUMA REDE Forma-se um gel quando as ligações entre moléculas são em maior SISTEMAS SEMI-SÓLIDOS número do que as ligações entre as moléculas e a água formam-se géis quando as ligações entre moléculas são em maior nº do que as ligações entre as moléculas e a água ligação entre os polímeros polímeros GEL ALGUNS AGENTES ESPESSANTES/GELIFICANTES polissacáridos proteínas agar-agar gelatina carraginato proteínas do ovo ALGAS alginato proteínas do leite pectina HIDROCOLÓIDES amido ESPESSANTES, GELIFICANTES, ORIGEM VEGETAL konjac ESTABILIZANTES, EMULSIONANTES goma de alfarroba goma guar xantano ORIGEM MICROBIANA gelano metilcelulose SEMI-SINTÉTICOS maltodextrina Paulina Mata 4
  • 5. AS PROTEÍNAS ALGUNS ADITIVOS CONVENCIONAIS ovos, leite, carne, peixe, etc moléculas longas constituídas por aminoácidos dose aconselhada – ESTRUTURA TERCIÁRIA 6 g/dia (consumimos cerca de 9,5 g/dia) globular iões sódio (Na+) e cloreto (Cl-) C12H22O11 α-D-glucopiranosil - fibrosa uns aminoácidos são NaCl cloreto de sódio músculo neutros, ouros são (1→2)-β-D-fructofuranose ácidos e outros básicos proteínas do ovo NaHCO3 hidrogeno CH3COOH ácido acético carbonato de sódio – E500 espessante, gelificante e emulsionante – E260 reacções de Maillard estruturante actividade enzimática PROTEÍNAS NA CULINÁRIA COAGULAÇÃO– agregação das cadeias de proteínas; as ligações desnaturação de proteínas entre as cadeias predominam sobre as ligações com o solvente perda da sua forma nativa (natural) desnaturação coagulação causas: pH calor energia mecânica sais forma-se um “coágulo ou coalho”, que se separa da álcoois torna as proteínas mais assimiláveis e solução e precipita com um papel importante na cozinha acção de enzimas OVOS O PÃO clara gema (60% do ovo, 15% (30% do ovo; 17,5% Temp. (°C) proteína) proteína) gliadinas gluteninas começa a ficar menos e 60 começa a gelificar fluída 65 macia semi-sólida 80 coágulo firme sólida muito firme; textura > 90 dura, seca e pulvurulenta de borracha ≅ 40 - ovalbumina, ovotransferina, globulinas, ovomucóide, etc. moléculas inicialmente alteração das ligações alinhamento das moléculas durante a amassadura no fim da amassadura todas “emaranhadas” Sulfureto de ferro S da decomposição das proteínas da clara e Fe da gema 10 minutos 20 minutos 5
  • 6. CARNE - ESTRUTURA MUSCULAR DE MAMÍFEROS, AVES E PEIXES CARNE carne ainda crua - 45ºC carne mal passada – 55ºC acima de 60ºC a mioglobina perde a capacidade para se ligar ao oxigénio e o as fibras separam-se separam se e ferro passa d F 2+ a F 3+ de Fe Fe f A carne é constituída por 3 tecidos: desnaturam-se Tecido muscular esquelético – responsável por movimentos (actina e miosina) carne mediamente passada – 65ºC Tecido conjuntivo – funciona como suporte, dando consistência ao tecido muscular (elastina, reticulina e colagénio) O colagénio desnatura-se e passa a gelatina carne bem passada – 70ºC Tecido adiposo – contém gordura que funciona como fonte de energia para o trabalho dos músculos a gordura funde e amacia a carne gel de gelatina A GELATINA uma proteína colagénio gelatina A quente e com água a gelatina forma um sol transparente que gelifica à calor volta dos 35ºC. Se novamente aquecido volta a liquefazer-se moléculas de água A quente, as ligações das moléculas de proteínas devido às suas características anfotéricas pode formar que constituem o colagénio são quebradas e as emulsões (margarinas low-fat) e é estabilizadora de espumas tecido conjuntivo cadeias separam-se – forma-se gelatina esquema e fotografia de Hervé This MAS!!! ACÇÃO DO ANANÁS SOBRE A CARNE Alguns vegetais e frutos contêm enzimas que catalisam a hidrólise das cadeias de proteínas (proteases) carne partida aos pedaços e misturada com pedaços de ananás – bromelaína ananás figos – fiquina papaia – papaína kiwi – actididina a protease do ananás – gengibre – zingibaina bromelaína – catalisa a hidrólise beterraba – betaina das cadeias das proteínas que goiaba constituem as fibras musculares Também não gelifica na presença de chá verde ao fim de algumas horas Fonte: Jack Lang – cookingforengeeniers.com 6
  • 7. O PEIXE a temperatura da água é inferior à do ambiente terrestre o peixe tem 2 problemas As enzimas e os micróbios estão adaptados a baixas temperaturas e 1. deteriora-se com muita facilidade levam à degradação 2. ao menor descuido fica duro e ressequido e as “lascas” separam- se (deslaçam-se) conserva-se em gelo ou no frigorífico a água é mais densa do que o ar Degradação da TMAO (óxido de trimetilamina) em NH+4 A força exercida sobre os peixes de baixo para cima – a impulsão - limão para neutralizar a base contraria fortemente a força da gravidade A estrutura muscular dos peixes é bastante mais delicada do que a da são ricos em ácidos gordos insaturados de cadeia longa carne fibras musculares mais curtas e menos colagénio solidificam a temperaturas bastante baixas (elevado ponto de fusão) temperatura interior muito pouco cozido 55-60ºC sofrem facilmente oxidações (duplas ligações), originando carne mal passada ≅ 55ºC pouco cozido 61-63ºC compostos de aroma pouco agradáveis bem passada ≅ 70ºC mediamente cozido 63-65ºC muito cozido + 66ºC ENZIMAS COMO EVITAR O ESCURECIMENTO ENZIMÁTICO? UM EXEMPLO: O ESCURECIMENTO ENZIMÁTICO Frigorífico - baixas temperaturas → depend. do pH depend. da tempª menor actividade enzimática provocado por enzimas que catalisam a oxidação de Sumo de limão – pH baixo (<5) → alguns compostos menor actividade enzimática enzimática. polifenoloxidase sumo de limão Actividade enzimática adicionado pH óptimo da polifenoloxidase - cerca de 6,0 quinonas, que polimerizam dando origem a polifenóis compostos castanhos - melaninas CLOROFILA a cor verde dos brócolos que estão ao centro é mais viva – cozinhados com bicarbonato de sódio; ao da direito adicionou-se vinagre à água de cozedura CLOROFILA Minutos de cozedura Perda da cor verde (%) Bróculos 5 17 estrutura química semelhante à da mioglobina e 10 41 da hemoglobina, mas com Mg em vez de Fe fotossíntese H+ em meio ácido os desalojam o magnésio e a 6CO2 + 6H2O + luz solar → C6H12O6 + 6O2 molécula – feofitina – passa a cor verde acinzentado insolúveis em água - lipossolúveis 7
  • 8. FUNÇÃO DOS HIDRATOS DE CARBONO NA OS HIDRATOS DE CARBONO CULINÁRIA sabor espessantes e gelificantes açúcares glucose frutose substrato para fermentações – iogurtes, pão, etc. amido conservantes pectina retenção de humidade entre açúcares redutores e aminoácidos reacções de caramelização e de Maillard celulose entre açúcares hemicelulose 95ºC 150ºC FRUTAS, VEGETAIS, CEREAIS, BATATAS, ETC crú AMIDO - ARROZ arroz japonica arroz indica Os grânulos de amido são constituídos por 2 polímeros de glucose grão longo carolino AMILOSE RETROGRADATION GLUCOSE teor de amilose < 22% cozido teor de amilose > 22% elevada retrogradação baixa retrogradação http://static.howstuffworks.com/gif/play-doh-warm-cool.gif AMILOPECTINA consistência coesa depois de cozido consistência cremosa depois de cozido grãos bem individualizados grande absorção de água as dispersões de agar-agar em O AGAR-AGAR AGAR- água formam um gel com temperatura de gelificação = o agar-agar é extraído de diversos 32º- 45º C e temperatura de géneros de algas marinhas vermelhas da liquefacção de 85 - 95º C classe Rodophyceae % normal ≅ 0,5% mistura de duas fracções de polissacáridos: a agarose, não gelifica em meio ácido nem linear e neutra - fracção gelificante, e a agaropectina, com chocolate (ácido oxálico) polissacárido não-gelificante www.jocooking.typepad.com 8
  • 9. ALGINATOS extraído de algas castanhas - Phaeophyceae -M-G-M-G-M- polímeros de 2 açúcares: ácido D-manurónico e ácido L-gulurónico M – ácido manurónico -M-M-M-M-M- G – ácido gulurónico cálcio (Ca++) -G-G-G-G-G- zonas que se ligam preferencialmente à água - zonas de junção entre cadeias - gelificante espessante OS LÍPIDOS óleos gorduras solução de cloreto de cálcio os géis de alginato podem ser aquecidos TRIGLICÉRIDO ÁCIDOS GORDOS E o leite, iogurtes, azeitonas e outros alimentos ricos em cálcio? ,g , glicerina ESFERIFICAÇÃO INVERSA gelificar o preparado na solução de alginato imiscíveis com a água MAIONESE FUNÇÕES DOS LÍPIDOS NA CULINÁRIA 1 OBSERVADA AO MICROSCÓPIO ÓPTICO Lubrificantes e agentes “crocante” formada por gotas de gordura Sabor dispersas em água Preparações dalguns molhos 2 Emulsionante Estas gotas são estabilizadas por proteínas e/ou por lípidos (mono e Meio de transferência de calor diglicéridos, fosfolípidos) Impedem a formação de glúten nas massas de bolos e bolachas, envolvendo as partículas de amido AS PROTEÍNAS DAS CLARAS TAMBÉM Para untar formas 3 SÃO AGENTES SURFACTANTES MAION E S E D E C L AR AS 9
  • 10. 1. Preparar uma emulsão de 2. Transformar a emulsão EMULSÃO E ESPUMA DE CHOCOLATE chocolate em espuma CHOCOLATE CHANTILLY DE HERVÉ THIS 225 de chocolate e pouco menos por agitação forte e sobre uma de um líquido (200 ml de água, tigela com gelo sumo, café, etc) levados ao calor emulsão chocolate + água COMPOSIÇÃO QUÍMICA MÉDIA NATAS CHOCOLATE Água (%) 57 <1 Gordura (%) 37 52 Hidratos de carbono (%) 3 30 chocolate Chantilly Proteínas (%) 2 13 também roquefort chantilly, foie gras chantilly, azeite, etc arrefecimento lento arrefecimento rápido GELADO – UMA EMULSÃO EM ESPUMA INGREDIENTES • gordura • açúcares • compostos lácteos (caseína, proteínas do soro) pequeno nº de cristais de grande nº de cristais de • estabilizantes (alginato, goma de alfarroba, pectina, xantano) grandes dimensões pequeninas dimensões • emulsionantes (gema de ovo, mono e diglicéridos) • água (principalmente proveniente do leite) Azoto líquido (-196ºC) arrefecimento muito rápido cristais de H20 muito pequeninos gelado mais aveludado e muito arejado pelo N2 introduzido Mas se misturarmos tudo e levarmos bolhas de ao congelador obtemos um gelado? ar Mexendo continuadamente as bolhas de cristais de azoto vão formando a espuma, e surgem gelo em simultâneo, minúsculos cristais de gelo. Obtém-se uma estrutura muito solução de É necessário gás e a formação sedosa açúcar, etc duma espuma “Em 1966 Cutileiro começa a usar máquinas eléctricas de corte da SERÁ QUE A CIÊNCIA PODE PRODUZIR pedra, o que lhe permitiu dedicar-se DANOS IRREPARÁVEIS NA COZINHA? exclusivamente ao mármore. Começam então a surgir os torsos, as paisagens, as caixas, as árvores e as flores.” “… com efeito na série de objectos efeito, de 1988, em que pela 1ª vez utiliza a pistola spray que permite a Noronha da Costa o recurso à projecção de……” “Todo o Mundo é composto de mudança. Há quem pense que sim... Mas ... Tomando sempre novas qualidades…” 10
  • 11. TEORIA DA EVOLUÇÃO DOS SERES VIVOS GASTRONOMIA DARWIISTA óregãos vinagre Charles Darwin (1809 - 1882) alho cravinho 11