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Professoras:
Maria Alice
Marlene Mota
Silvone Vasconcelos
1. O Conceito de Gênero: Apropriação
Cultural da Diferença Sexual.
Para as ciências sociais e humanas, o conceito
de gênero refere-se à construção social do
sexo anatômico, ou seja, sabemos que há
machos e fêmeas na espécie humana, no
entanto, a maneira de ser homem e de ser
mulher é realizada pela cultura, não
decorrendo da anatomia de seus corpos.
O aprendizado de gênero é parte da nossa
socialização na família, na escola e em outras
instituições sociais das quais participamos
durante a vida. Os brinquedos na infância, os
jogos na adolescência, nosso vestuário, os
gestos e o palavreado que nos são ensinados e
as relações estabelecidas com os grupos de
pares e com as pessoas adultas vão nos
informando sobre como é ser homem e mulher
na sociedade e nos levam a distinguir quais
atitudes são as mais apropriadas a cada
gênero.
2. Construção Social da Identidade:
Adolescente/juvenil e suas Marcas de
Gênero.
A Sociabilidade infantil permite certa
convivência de meninos e meninas em
diferentes atividades coletivas. Já na
adolescência, o fato de haver o aprendizado da
aproximação ao sexo oposto, mediado por
diferentes formas de relacionamento afetivo-
sexual (olhar, paquera, ficar, namoro), torna os
domínios masculinos e femininos mais nítidos,
com limites bem definidos entre si.
 As atitudes recomendadas a rapazes e a
moças podem variar conforme os costumes e
os valores locais, mas ainda se recomenda à
moça e se exige dela um comportamento
afetivo-sexual diferente do desejado aos
rapazes ou exigido deles.
 Além da vivência da sexualidade, há outro
domínio em que se percebe a decisiva
influência do gênero na construção social da
identidade juvenil: o ingresso no mercado de
trabalho ou a escolha da carreira
profissional.
 Nas universidades, por exemplo, já se nota
uma forte presença das mulheres em cursos
considerados redutos de prestigio masculino.
Enquanto os homens continuam a ser
orientados para as ciências básicas, para as
engenharias, a economia, dentre outras
áreas tidas pelo senso comum como as mais
propensas a eles.
 As práticas pedagógicas cotidianas podem
estar permeadas por discursos e atitudes que
revelam preconceitos de gêneros. Por
exemplo, para organizar a sala de aula e
garantir uma boa disciplina, é comum a
utilização de frases como: “vocês estão
parecendo mulherzinhas; isso é coisa de
menino/homem; peça para as meninas
limparem isso; mande os meninos
carregarem a caixa; as meninas estão muito
saidinhas; tenha uma postura de homem,
rapaz !”
 Nas reuniões de Conselho de Classe ou em
conversas informais na sala dos professores
podemos ouvir expressões como: “aluna
esforçada, aluno relaxado; menina galinha,
menino conquistador; moça vulgar, rapaz
garanhão; menina masculinizada, menino
afeminado; menina matraca, menino
caxias”.
 Em relação ao currículo, podemos encontrar
os temas de sexualidade limitados às aulas
de ciências, ou nos depararmos com a ideia
de que tais temas não devem ser tratados
como parte do currículo por serem assunto
privado. Todos esses discursos ou atitudes
reforçam os preconceitos e os estereótipos
de gênero que estão ainda presentes em
nossa sociedade, mas que a escola, assim
como outras instituições, tem o dever e a
oportunidade de ajudar a eliminar.
As diferenças percebidas entre os sexos, em
razão da existência das relações de gêneros,
são organizadoras do espaço social, ou seja, o
fato de as meninas e as moças serem
consideradas mais quietinhas e de os meninos
e rapazes serem vistos como os mais
bagunceiros é levado em conta na hora de
decidir quem vai sentar com quem e em quais
lugares da sala.
 Os modos de construção social do masculino,
assim como as ideias sobre o que esperar de
um menino geralmente contêm dados que os
associam à imagem de “bagunceiros”,
“ameaçadores da ordem”, ou
“indisciplinados”, “rebeldes” e “agressivos”.
Estes são comportamentos socialmente
legitimado, e até mesmo esperados, dos
indivíduos do sexo masculino. É comum nas
escolas confirmar que os estudantes meninos
tenham um desempenho escolar abaixo do
que poderiam.
 Em relação às meninas, a postura do
professor pode ser mais rígida diante das
faltas cometidas, agindo de maneira desigual
explica em parte a diferença de rendimento
das estudantes que são favorecidas de
diferentes maneiras. As meninas devem ser
aquelas que servem, cuidam, atendem,
obedientes cuidadoras, aquelas que
trabalham duro e asseguram a ordem, sem
subvertê-las ou questioná-las, tendo o papel
de “boas alunas que ajudam os colegas”.
 Assim, fazer com que as estudantes assumam
tarefas de organização e cuidado expressa como
a tradicional socialização feminina opera na
escola de modo a reforçar e a perpetuar uma
determinada divisão sexual do trabalho, na qual
as mulheres e os homens devem se ocupar de
diferentes obrigações. Mas este quadro pode
reforçar a ideia negativa de que meninas
estariam fadadas a “obedecer sempre”,
parecendo jamais questionar a educadores, e
ainda a noção de que buscar autonomia e
independência pode ser uma atitude que não
combina com o feminino.
 Outro argumento que parece ser recorrente
quanto aos problemas no rendimento dos
estudos entre meninas diz respeito à
percepção de que o despertar da sexualidade
feminina é diferente do despertar masculino.
Os meninos e os rapazes deverão sempre
tomar a iniciativa, portanto, precisam ter
experiência no assunto. Enquanto, as
meninas precisam se resguardar, serem
recatadas, puras, inocentes, comportamento
passivo e ingênuo imposto a elas, não
devendo demonstrar nenhuma iniciativa e
experiência sexual.
O Uso da Fala e as Interações com os
Professores.
 Na escola aprende-se a ouvir, a calar, a falar
e a preferir. Aprende-se também quem pode
falar, onde pode falar e sobre o que pode
falar. Todos os sentidos são treinados para
que se reconheça o que é considerado bom e
descente e se rejeite o que é tido como
indecente. Como afirma Guacira Lopes
Louro, as práticas rotineiras e comuns, os
gestos, as palavras banalizadas precisam ser
alvo das atenções e da desconfiança, ou
seja, daquilo que é tomado como “natural”.
 Os Jogos e as Brincadeiras no Pátio.
Quando meninas e meninos entram para a
escola, já foram ensinados pela família e por
grupos da sociedade a respeito de quais são
os “brinquedos de menino” e quais os
“brinquedos de menina”.
Atualmente é mais comum meninas ou moças
assumirem atividades que até pouco tempo
eram exclusivamente masculinas do que
meninos ou rapazes se ocuparem de afazeres
percebidos tradicionalmente como
femininos.
 Uma menina jogar futebol causa tanto
estranhamento quanto um menino brincar de
boneca ou de casinha em meio às panelinhas
e o minifogão?
 Esta forma de olhar a sociedade é que
institui a desigualdade e não a diferença por
si só.
 Como olhamos, de onde olhamos, como
percebemos e falamos sobre esta diferença
aí é que se dá a produção da desigualdade.
 Toda vez que a escola deseja “encaixar” um
aluno ou uma aluna em um “padrão”
conhecido como “normal” está produzindo
desigualdades. Romper com isto significa
estar atento a olhar de outro ângulo,
questionar o que parece ser ”natural” e
inquestionável, discutir e refletir sobre a
prática pedagógica da escola, seu conteúdo,
seu discurso e sua organização.
 A escola tem a responsabilidade de não
concorrer para o esforço e o aumento da
discriminação e dos preconceitos contra
todos aqueles que não correspondem a um
ideal de (heteronormatividade),
masculinidade e feminilidade.
 Por isso, os educadores precisam estar
atentos ao currículo oculto que contribui
para a perpetuação de tais relações.
 É comum acreditarmos que a sexualidade é o
que temos de mais “natural” e particular. Ela
aparece como uma fonte primordial de
identidade de homens e mulheres enquanto
pessoas de um sexo ou outro.
 A sexualidade diz respeito à privacidade e ao
bem estar de cada indivíduo, e sua expressão
está constantemente sujeita à pressão e a
vigilância pública para que seja exercida
conforme o que “naturalmente” se espera.
 A escola é um dos locais onde essas pressões
e vigilâncias se manifestam mais
visivelmente, por se tratar de um contexto
privilegiado de aprendizado, de convivência
social e de desenvolvimento de habilidade,
dentre elas, os modos de compreender as
sexualidades.
 ... Educadoras e educadores, encarnam todas
as crenças, os preconceitos e as
desigualdades que são comuns na sociedade,
legitimando-os em função do peso da
instituição educativa e pela sanção coletiva
da comunidade escolar.
 Nascemos dotados e dotadas de
determinadas capacidades biológicas, mas
todo o resto se constrói e vai se formando ao
longo da vida e, por isso as expressões da
sexualidade humana são tão diversas.
 Mas é comum por exemplo, que tomemos
como pressuposto a ideia de que quem tem
pénis é “homem” e, portanto, deve se sentir
“masculino” e se comportar como tal, e
quem tem vagina é “mulher”, e deve se
sentir “feminina” e se comportar como tal.
 Orientação sexual se refere à direção ou à
inclinação do desejo afetivo e erótico.
 De maneira simplificada, pode-se afirmar
que esse desejo, ao direcionar-se, pode
ter como único ou principal objeto
pessoas do sexo oposto
(heterossexualidades), pessoas do mesmo
sexo (homossexualidades) ou de ambos os
sexos (bissexualidades) .
 Todas no plural, pois são inúmeras e
dinâmicas suas formas de expressão e
representação. Orientação sexual é um
conceito que, ao englobar e reconhecer
como legítimo um extremamente
diversificado conjunto de manifestações,
sentimentos e práticas sociais, sexuais e
afetivas, desestabiliza concepções
reificantes, heterocêntricas, naturalizantes e
medicalizadas (que insistem em falar de
homossexualismo).
 Além disso, o termo orientação sexual veio
substituir a noção de opção sexual, pois o
objeto do desejo sexual não é uma opção ou
escolha consciente da pessoa, uma vez que é
resultado de um processo profundo,
contraditório e extremamente complexo de
constituição, no decorrer do qual cada indivíduo
é levado a lidar com uma infinidade de fatores
sociais, vivenciando-os, interpretando-os,
(re)produzindo e alterando significados e
representações, a partir de sua inserção e
trajetória social específica.
 Sexualidade é o termo abstrato utilizado para se
referir às capacidades associadas ao sexo. Mas o
que exatamente “sexo” significa? Várias coisas
ao mesmo tempo. A palavra pode designar uma
prática – “fazer sexo” ou “manter relações
sexuais com alguém” – assim como pode indicar
um conjunto de atributos fisiológicos, órgãos e
capacidades reprodutivas que permitem
classificar e definir categorias distintas de
pessoas – como “do mesmo sexo”, “do sexo
oposto” –segundo características específicas
atribuídas aos seus corpos, às suas atitudes e aos
seus comportamentos.
A escola, entre outras instituições
sociais, esforça-se para determinar o
que seja “natural” em relação ao
sexo, e quase sempre estas
determinações são justificada em
nome de uma ordem universal e
imutável, fundada em Deus ou na
Natureza, encobrindo-se o fato de
que tais regras são construções
sociais.
 A prescrição de que o modo “natural” de
fazer sexo é através do relacionamento
entre pessoas de “sexos opostos” é a
regra principal, e parte de uma conexão
supostamente necessária de que temos
que ser biologicamente macho ou fêmea,
de que precisamos incorporar uma
identidade de gênero masculina ou
feminina e termos uma predisposição
inata para a heterossexualidade como
orientação sexual.
Tal raciocínio articula três questões
distintas:
o sexo biológico;
a identidade de gênero
e a orientação sexual.
Mas é preciso insistir que estamos falando
de coisas distintas:
 corpos,
 capacidades reprodutivas,
 diferenças fisiológicas entre homens e
mulheres;
 modos de ser masculino e feminino,
 senso de pertencer a um ou a outro
gênero;
 e focos de sentimentos, atração, desejo.
Não há, de fato, nenhuma razão “natural”
para que as três dimensões estejam
obrigatoriamente associadas.
Esta suposta unidade de aspectos tão
diversos é, na verdade, uma criação da
cultura ocidental moderna, que articulou
esse leque de diferentes possibilidades
físicas, mentais e sociais, estabelecendo
códigos morais e legais.
 Compreendemos gênero como a maneira
como alguém se sente, se identifica,se
apresenta para si e para os demais e como é
percebido/a como “masculino”ou “feminino”
ou, ainda, uma mescla de ambos,
independente tanto do sexo biológico quanto
da orientação sexual, e que podem variar
segundo a cultura, a classe social e o
momento histórico.
 Mas, como vimos anteriormente, a cultura
ocidental moderna privilegia a diferença sexual
como suporte primordial e imutável da
identidade de gênero, colocando a distinção
radical e absoluta entre homens e mulheres
como parâmetro da normalidade no que se
refere ao gênero.
 Tudo aquilo que foge a esse parâmetro de
normalidade tende a ser considerado “desvio”,
transtorno”, “perturbação”. Assim, homens
afeminados, mulheres masculinizadas, travestis,
transexuais e intersexuais são exemplos de
“desviantes” em relação à norma de gênero.
 A expressão orientação sexual, que se
contrapõe a uma determinada noção de
“opção sexual”, refere-se ao sexo que
elegemos como objeto de desejo e afeto.
 Hoje, são reconhecidos três tipos de
orientação sexual: a heterossexualidade;
a homossexualidade; e a bissexualidade.
 Mas é a heterossexualidade que é
compreendida comumente como a
sexualidade correta e esperada, estando
na base da ordem social em que meninas
e meninos são criadas/os e educadas/os,
constituindo-se como uma norma, ou uma
heteronorma ou heteronormatividade.
 A orientação sexual é composta, pelo menos,
por três dimensões – desejo, comportamento
e identidade – e estes aspectos não
caminham necessariamente da mesma
maneira e na mesma direção.
 A homofobia é um fenômeno largamente
presente no ambiente escolar brasileiro.
 Muitas e muitos adolescentes e jovens
relatam ter sido marginalizadas/os por
educadoras/es ou colegas devido à sua
sexualidade. Professoras/es e funcionárias/os
também são vítimas deste tipo de
discriminação.
 Pesquisas recentes revelam que é bastante
alta a expressão de ideias e de imagens
homofóbicas, bem como atitudes de
intolerância para com a homossexualidade
entre estudantes no ambiente escolar,
notadamente entre os rapazes. Perante tais
evidências, a contenção da homofobia
começou a fazer parte do esforço de
combate à discriminação, do respeito às
diferenças e da valorização das diversidades
na escola.
 Comecemos por uma palavra estranha, mas
que descreve um fenômeno muito comum:
etnocentrismo . Um mecanismo de defesa e
valorização do que é nosso, do que nos é
comum, mas que assim o faz por meio de um
erro de avaliação, ao transformar o nosso
gosto em “ o bom gosto”, a “ nossa gente”
em “ a gente”, ao transforma, em fim,
aquilo que nos é comum em “normal” e
“natural”, como se os diferentes fossem
anormais ou contra a natureza.
 Mas, se o
etnocentrismo é uma
atitude geral, cada povo
acaba dando uma forma
particular a esta atitude
geral. Este foi o caso,
por exemplo, das
sociedades europeias,
que começaram a
explicar a diferença que
as separava em termos
de linhagens.
 Com o avanço dos conhecimentos científicos
sobre a natureza e com a elaboração de
novas teorias sobre a origem do homem, a
ideia de linhagem foi cedendo lugar à raça,
cujo fundamento não são as relações de
família, mas relações biológicas, isto é, a
própria natureza.
 O fato deu origem ao “racialismo” , que se
converte em racismo que conhecemos hoje
quando tais teorias passam a ser usadas não
só para tentar explicar as diferenças
biológicas, anatômicas ou de simples
aparência física, como também para associá-
las a outras diferenças, basicamente de
caráter moral, mas que se manifestariam por
meio de diversidades sociais e culturais.
 No caso do Brasil, a soma das visões
eurocêntricas e racistas resultou no dilema
de construir uma nação por meio do projeto
de homogeneização e, ao mesmo tempo,
pela necessidade de reinterpretar
positivamente a presença destes outros
“selvagens” tão numerosos e tão próximos:
os grupos indígenas que os europeus
encontraram no continente e os grupos
africanos trazidos para cá. Mais tarde, os
mesmos preconceitos incidiriam também na
abordagem de outros grupos sociais migrados
para o país.
 Toda sociedade humana produz distinções
internas. Elas podem ser mais simples ou
mais complexas, podem ser basicamente
funcionais ou principalmente simbólicas.
Podem ser rígidas e reguladas por normas
formais e consolidadas, ou podem ser
informais, inconstantes e até mesmo
indesejadas ou renegadas.
 O surgimento da sociedade burguesa e do
capitalismo deu origem à sociedade moderna
concepção de sociedade constituída não por
grupos, com direitos distintos, mas por
indivíduos, todos iguais perante a lei.
 Por meio de uma imaginação direta de uma
correspondência direta entre o desempenho dos
indivíduos no mercado e as sua características
“sexuais” e “raciais, a sociedade capitalista
moderna pôde reconciliar a ideia de
“igualdades de oportunidades” com grandes
“desigualdades” reais existentes. Os negros
assim como as mulheres seriam marcados
naturalmente por um desempenho mais baixo,
por serem menos inteligentes, mais indolentes
ou mesmo mais preso ao mundo da natureza.
 Ao olharem para os números da desigualdade
no Brasil, os cientistas sociais e economistas
descobriram que “sexo” e “raça” são as duas
variáveis que mais influenciam a posição dos
indivíduos na sociedade. Questões como:
 trabalho
 salário
 educação
 A escola tem a função de condensar,
sistematizar e organizar os conhecimentos,
dando a formação básica necessária aos
novos indivíduos que ingressarão como
adultos na sociedade, ela tem a obrigação
complementar de buscar oferecer as mesmas
oportunidades de aprendizagem aos seus
estudantes.
 Para isso, ela se organiza como instituição
especial, um ambiente relativamente
autônomo, no interior do qual deve ser
possível um ensino que não esteja limitado
por desigualdade sociais, carências,
privilégios ou pertencimentos sociais dos seus
estudantes.
 A Constituição Federal corrigiu na Lei 10.639
de 2003 a ausência do continente africano,
da história e da cultura da África e dos afro-
brasileiros na Lei de Diretrizes e Bases da
Educação (1996). Essa lei representou um
passo importante no caminho de uma
pedagogia e de uma didática que valorizem
a diversidade étnico-racial e cultural
presente no Brasil, editado com a intenção
de orientar administradores dos sistemas de
ensino e seus professores na formulação de
projetos comprometidos com a educação de
relações étnico-raciais positivas.
Bibliografia
Fotos da Web
Apostila do Curso Gênero e Diversidade na
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  • 2. 1. O Conceito de Gênero: Apropriação Cultural da Diferença Sexual. Para as ciências sociais e humanas, o conceito de gênero refere-se à construção social do sexo anatômico, ou seja, sabemos que há machos e fêmeas na espécie humana, no entanto, a maneira de ser homem e de ser mulher é realizada pela cultura, não decorrendo da anatomia de seus corpos.
  • 3. O aprendizado de gênero é parte da nossa socialização na família, na escola e em outras instituições sociais das quais participamos durante a vida. Os brinquedos na infância, os jogos na adolescência, nosso vestuário, os gestos e o palavreado que nos são ensinados e as relações estabelecidas com os grupos de pares e com as pessoas adultas vão nos informando sobre como é ser homem e mulher na sociedade e nos levam a distinguir quais atitudes são as mais apropriadas a cada gênero.
  • 4. 2. Construção Social da Identidade: Adolescente/juvenil e suas Marcas de Gênero. A Sociabilidade infantil permite certa convivência de meninos e meninas em diferentes atividades coletivas. Já na adolescência, o fato de haver o aprendizado da aproximação ao sexo oposto, mediado por diferentes formas de relacionamento afetivo- sexual (olhar, paquera, ficar, namoro), torna os domínios masculinos e femininos mais nítidos, com limites bem definidos entre si.
  • 5.  As atitudes recomendadas a rapazes e a moças podem variar conforme os costumes e os valores locais, mas ainda se recomenda à moça e se exige dela um comportamento afetivo-sexual diferente do desejado aos rapazes ou exigido deles.  Além da vivência da sexualidade, há outro domínio em que se percebe a decisiva influência do gênero na construção social da identidade juvenil: o ingresso no mercado de trabalho ou a escolha da carreira profissional.
  • 6.  Nas universidades, por exemplo, já se nota uma forte presença das mulheres em cursos considerados redutos de prestigio masculino. Enquanto os homens continuam a ser orientados para as ciências básicas, para as engenharias, a economia, dentre outras áreas tidas pelo senso comum como as mais propensas a eles.
  • 7.  As práticas pedagógicas cotidianas podem estar permeadas por discursos e atitudes que revelam preconceitos de gêneros. Por exemplo, para organizar a sala de aula e garantir uma boa disciplina, é comum a utilização de frases como: “vocês estão parecendo mulherzinhas; isso é coisa de menino/homem; peça para as meninas limparem isso; mande os meninos carregarem a caixa; as meninas estão muito saidinhas; tenha uma postura de homem, rapaz !”
  • 8.  Nas reuniões de Conselho de Classe ou em conversas informais na sala dos professores podemos ouvir expressões como: “aluna esforçada, aluno relaxado; menina galinha, menino conquistador; moça vulgar, rapaz garanhão; menina masculinizada, menino afeminado; menina matraca, menino caxias”.
  • 9.  Em relação ao currículo, podemos encontrar os temas de sexualidade limitados às aulas de ciências, ou nos depararmos com a ideia de que tais temas não devem ser tratados como parte do currículo por serem assunto privado. Todos esses discursos ou atitudes reforçam os preconceitos e os estereótipos de gênero que estão ainda presentes em nossa sociedade, mas que a escola, assim como outras instituições, tem o dever e a oportunidade de ajudar a eliminar.
  • 10. As diferenças percebidas entre os sexos, em razão da existência das relações de gêneros, são organizadoras do espaço social, ou seja, o fato de as meninas e as moças serem consideradas mais quietinhas e de os meninos e rapazes serem vistos como os mais bagunceiros é levado em conta na hora de decidir quem vai sentar com quem e em quais lugares da sala.
  • 11.  Os modos de construção social do masculino, assim como as ideias sobre o que esperar de um menino geralmente contêm dados que os associam à imagem de “bagunceiros”, “ameaçadores da ordem”, ou “indisciplinados”, “rebeldes” e “agressivos”. Estes são comportamentos socialmente legitimado, e até mesmo esperados, dos indivíduos do sexo masculino. É comum nas escolas confirmar que os estudantes meninos tenham um desempenho escolar abaixo do que poderiam.
  • 12.  Em relação às meninas, a postura do professor pode ser mais rígida diante das faltas cometidas, agindo de maneira desigual explica em parte a diferença de rendimento das estudantes que são favorecidas de diferentes maneiras. As meninas devem ser aquelas que servem, cuidam, atendem, obedientes cuidadoras, aquelas que trabalham duro e asseguram a ordem, sem subvertê-las ou questioná-las, tendo o papel de “boas alunas que ajudam os colegas”.
  • 13.  Assim, fazer com que as estudantes assumam tarefas de organização e cuidado expressa como a tradicional socialização feminina opera na escola de modo a reforçar e a perpetuar uma determinada divisão sexual do trabalho, na qual as mulheres e os homens devem se ocupar de diferentes obrigações. Mas este quadro pode reforçar a ideia negativa de que meninas estariam fadadas a “obedecer sempre”, parecendo jamais questionar a educadores, e ainda a noção de que buscar autonomia e independência pode ser uma atitude que não combina com o feminino.
  • 14.  Outro argumento que parece ser recorrente quanto aos problemas no rendimento dos estudos entre meninas diz respeito à percepção de que o despertar da sexualidade feminina é diferente do despertar masculino. Os meninos e os rapazes deverão sempre tomar a iniciativa, portanto, precisam ter experiência no assunto. Enquanto, as meninas precisam se resguardar, serem recatadas, puras, inocentes, comportamento passivo e ingênuo imposto a elas, não devendo demonstrar nenhuma iniciativa e experiência sexual.
  • 15. O Uso da Fala e as Interações com os Professores.  Na escola aprende-se a ouvir, a calar, a falar e a preferir. Aprende-se também quem pode falar, onde pode falar e sobre o que pode falar. Todos os sentidos são treinados para que se reconheça o que é considerado bom e descente e se rejeite o que é tido como indecente. Como afirma Guacira Lopes Louro, as práticas rotineiras e comuns, os gestos, as palavras banalizadas precisam ser alvo das atenções e da desconfiança, ou seja, daquilo que é tomado como “natural”.
  • 16.  Os Jogos e as Brincadeiras no Pátio. Quando meninas e meninos entram para a escola, já foram ensinados pela família e por grupos da sociedade a respeito de quais são os “brinquedos de menino” e quais os “brinquedos de menina”. Atualmente é mais comum meninas ou moças assumirem atividades que até pouco tempo eram exclusivamente masculinas do que meninos ou rapazes se ocuparem de afazeres percebidos tradicionalmente como femininos.
  • 17.  Uma menina jogar futebol causa tanto estranhamento quanto um menino brincar de boneca ou de casinha em meio às panelinhas e o minifogão?  Esta forma de olhar a sociedade é que institui a desigualdade e não a diferença por si só.  Como olhamos, de onde olhamos, como percebemos e falamos sobre esta diferença aí é que se dá a produção da desigualdade.
  • 18.  Toda vez que a escola deseja “encaixar” um aluno ou uma aluna em um “padrão” conhecido como “normal” está produzindo desigualdades. Romper com isto significa estar atento a olhar de outro ângulo, questionar o que parece ser ”natural” e inquestionável, discutir e refletir sobre a prática pedagógica da escola, seu conteúdo, seu discurso e sua organização.
  • 19.  A escola tem a responsabilidade de não concorrer para o esforço e o aumento da discriminação e dos preconceitos contra todos aqueles que não correspondem a um ideal de (heteronormatividade), masculinidade e feminilidade.  Por isso, os educadores precisam estar atentos ao currículo oculto que contribui para a perpetuação de tais relações.
  • 20.  É comum acreditarmos que a sexualidade é o que temos de mais “natural” e particular. Ela aparece como uma fonte primordial de identidade de homens e mulheres enquanto pessoas de um sexo ou outro.  A sexualidade diz respeito à privacidade e ao bem estar de cada indivíduo, e sua expressão está constantemente sujeita à pressão e a vigilância pública para que seja exercida conforme o que “naturalmente” se espera.
  • 21.  A escola é um dos locais onde essas pressões e vigilâncias se manifestam mais visivelmente, por se tratar de um contexto privilegiado de aprendizado, de convivência social e de desenvolvimento de habilidade, dentre elas, os modos de compreender as sexualidades.
  • 22.  ... Educadoras e educadores, encarnam todas as crenças, os preconceitos e as desigualdades que são comuns na sociedade, legitimando-os em função do peso da instituição educativa e pela sanção coletiva da comunidade escolar.
  • 23.  Nascemos dotados e dotadas de determinadas capacidades biológicas, mas todo o resto se constrói e vai se formando ao longo da vida e, por isso as expressões da sexualidade humana são tão diversas.  Mas é comum por exemplo, que tomemos como pressuposto a ideia de que quem tem pénis é “homem” e, portanto, deve se sentir “masculino” e se comportar como tal, e quem tem vagina é “mulher”, e deve se sentir “feminina” e se comportar como tal.
  • 24.  Orientação sexual se refere à direção ou à inclinação do desejo afetivo e erótico.  De maneira simplificada, pode-se afirmar que esse desejo, ao direcionar-se, pode ter como único ou principal objeto pessoas do sexo oposto (heterossexualidades), pessoas do mesmo sexo (homossexualidades) ou de ambos os sexos (bissexualidades) .
  • 25.  Todas no plural, pois são inúmeras e dinâmicas suas formas de expressão e representação. Orientação sexual é um conceito que, ao englobar e reconhecer como legítimo um extremamente diversificado conjunto de manifestações, sentimentos e práticas sociais, sexuais e afetivas, desestabiliza concepções reificantes, heterocêntricas, naturalizantes e medicalizadas (que insistem em falar de homossexualismo).
  • 26.  Além disso, o termo orientação sexual veio substituir a noção de opção sexual, pois o objeto do desejo sexual não é uma opção ou escolha consciente da pessoa, uma vez que é resultado de um processo profundo, contraditório e extremamente complexo de constituição, no decorrer do qual cada indivíduo é levado a lidar com uma infinidade de fatores sociais, vivenciando-os, interpretando-os, (re)produzindo e alterando significados e representações, a partir de sua inserção e trajetória social específica.
  • 27.  Sexualidade é o termo abstrato utilizado para se referir às capacidades associadas ao sexo. Mas o que exatamente “sexo” significa? Várias coisas ao mesmo tempo. A palavra pode designar uma prática – “fazer sexo” ou “manter relações sexuais com alguém” – assim como pode indicar um conjunto de atributos fisiológicos, órgãos e capacidades reprodutivas que permitem classificar e definir categorias distintas de pessoas – como “do mesmo sexo”, “do sexo oposto” –segundo características específicas atribuídas aos seus corpos, às suas atitudes e aos seus comportamentos.
  • 28. A escola, entre outras instituições sociais, esforça-se para determinar o que seja “natural” em relação ao sexo, e quase sempre estas determinações são justificada em nome de uma ordem universal e imutável, fundada em Deus ou na Natureza, encobrindo-se o fato de que tais regras são construções sociais.
  • 29.  A prescrição de que o modo “natural” de fazer sexo é através do relacionamento entre pessoas de “sexos opostos” é a regra principal, e parte de uma conexão supostamente necessária de que temos que ser biologicamente macho ou fêmea, de que precisamos incorporar uma identidade de gênero masculina ou feminina e termos uma predisposição inata para a heterossexualidade como orientação sexual.
  • 30. Tal raciocínio articula três questões distintas: o sexo biológico; a identidade de gênero e a orientação sexual.
  • 31. Mas é preciso insistir que estamos falando de coisas distintas:  corpos,  capacidades reprodutivas,  diferenças fisiológicas entre homens e mulheres;  modos de ser masculino e feminino,  senso de pertencer a um ou a outro gênero;  e focos de sentimentos, atração, desejo.
  • 32. Não há, de fato, nenhuma razão “natural” para que as três dimensões estejam obrigatoriamente associadas. Esta suposta unidade de aspectos tão diversos é, na verdade, uma criação da cultura ocidental moderna, que articulou esse leque de diferentes possibilidades físicas, mentais e sociais, estabelecendo códigos morais e legais.
  • 33.  Compreendemos gênero como a maneira como alguém se sente, se identifica,se apresenta para si e para os demais e como é percebido/a como “masculino”ou “feminino” ou, ainda, uma mescla de ambos, independente tanto do sexo biológico quanto da orientação sexual, e que podem variar segundo a cultura, a classe social e o momento histórico.
  • 34.  Mas, como vimos anteriormente, a cultura ocidental moderna privilegia a diferença sexual como suporte primordial e imutável da identidade de gênero, colocando a distinção radical e absoluta entre homens e mulheres como parâmetro da normalidade no que se refere ao gênero.  Tudo aquilo que foge a esse parâmetro de normalidade tende a ser considerado “desvio”, transtorno”, “perturbação”. Assim, homens afeminados, mulheres masculinizadas, travestis, transexuais e intersexuais são exemplos de “desviantes” em relação à norma de gênero.
  • 35.  A expressão orientação sexual, que se contrapõe a uma determinada noção de “opção sexual”, refere-se ao sexo que elegemos como objeto de desejo e afeto.  Hoje, são reconhecidos três tipos de orientação sexual: a heterossexualidade; a homossexualidade; e a bissexualidade.  Mas é a heterossexualidade que é compreendida comumente como a sexualidade correta e esperada, estando na base da ordem social em que meninas e meninos são criadas/os e educadas/os, constituindo-se como uma norma, ou uma heteronorma ou heteronormatividade.
  • 36.  A orientação sexual é composta, pelo menos, por três dimensões – desejo, comportamento e identidade – e estes aspectos não caminham necessariamente da mesma maneira e na mesma direção.
  • 37.  A homofobia é um fenômeno largamente presente no ambiente escolar brasileiro.  Muitas e muitos adolescentes e jovens relatam ter sido marginalizadas/os por educadoras/es ou colegas devido à sua sexualidade. Professoras/es e funcionárias/os também são vítimas deste tipo de discriminação.
  • 38.  Pesquisas recentes revelam que é bastante alta a expressão de ideias e de imagens homofóbicas, bem como atitudes de intolerância para com a homossexualidade entre estudantes no ambiente escolar, notadamente entre os rapazes. Perante tais evidências, a contenção da homofobia começou a fazer parte do esforço de combate à discriminação, do respeito às diferenças e da valorização das diversidades na escola.
  • 39.
  • 40.  Comecemos por uma palavra estranha, mas que descreve um fenômeno muito comum: etnocentrismo . Um mecanismo de defesa e valorização do que é nosso, do que nos é comum, mas que assim o faz por meio de um erro de avaliação, ao transformar o nosso gosto em “ o bom gosto”, a “ nossa gente” em “ a gente”, ao transforma, em fim, aquilo que nos é comum em “normal” e “natural”, como se os diferentes fossem anormais ou contra a natureza.
  • 41.  Mas, se o etnocentrismo é uma atitude geral, cada povo acaba dando uma forma particular a esta atitude geral. Este foi o caso, por exemplo, das sociedades europeias, que começaram a explicar a diferença que as separava em termos de linhagens.
  • 42.  Com o avanço dos conhecimentos científicos sobre a natureza e com a elaboração de novas teorias sobre a origem do homem, a ideia de linhagem foi cedendo lugar à raça, cujo fundamento não são as relações de família, mas relações biológicas, isto é, a própria natureza.
  • 43.  O fato deu origem ao “racialismo” , que se converte em racismo que conhecemos hoje quando tais teorias passam a ser usadas não só para tentar explicar as diferenças biológicas, anatômicas ou de simples aparência física, como também para associá- las a outras diferenças, basicamente de caráter moral, mas que se manifestariam por meio de diversidades sociais e culturais.
  • 44.
  • 45.  No caso do Brasil, a soma das visões eurocêntricas e racistas resultou no dilema de construir uma nação por meio do projeto de homogeneização e, ao mesmo tempo, pela necessidade de reinterpretar positivamente a presença destes outros “selvagens” tão numerosos e tão próximos: os grupos indígenas que os europeus encontraram no continente e os grupos africanos trazidos para cá. Mais tarde, os mesmos preconceitos incidiriam também na abordagem de outros grupos sociais migrados para o país.
  • 46.  Toda sociedade humana produz distinções internas. Elas podem ser mais simples ou mais complexas, podem ser basicamente funcionais ou principalmente simbólicas. Podem ser rígidas e reguladas por normas formais e consolidadas, ou podem ser informais, inconstantes e até mesmo indesejadas ou renegadas.
  • 47.  O surgimento da sociedade burguesa e do capitalismo deu origem à sociedade moderna concepção de sociedade constituída não por grupos, com direitos distintos, mas por indivíduos, todos iguais perante a lei.
  • 48.  Por meio de uma imaginação direta de uma correspondência direta entre o desempenho dos indivíduos no mercado e as sua características “sexuais” e “raciais, a sociedade capitalista moderna pôde reconciliar a ideia de “igualdades de oportunidades” com grandes “desigualdades” reais existentes. Os negros assim como as mulheres seriam marcados naturalmente por um desempenho mais baixo, por serem menos inteligentes, mais indolentes ou mesmo mais preso ao mundo da natureza.
  • 49.  Ao olharem para os números da desigualdade no Brasil, os cientistas sociais e economistas descobriram que “sexo” e “raça” são as duas variáveis que mais influenciam a posição dos indivíduos na sociedade. Questões como:  trabalho  salário  educação
  • 50.  A escola tem a função de condensar, sistematizar e organizar os conhecimentos, dando a formação básica necessária aos novos indivíduos que ingressarão como adultos na sociedade, ela tem a obrigação complementar de buscar oferecer as mesmas oportunidades de aprendizagem aos seus estudantes.
  • 51.  Para isso, ela se organiza como instituição especial, um ambiente relativamente autônomo, no interior do qual deve ser possível um ensino que não esteja limitado por desigualdade sociais, carências, privilégios ou pertencimentos sociais dos seus estudantes.
  • 52.  A Constituição Federal corrigiu na Lei 10.639 de 2003 a ausência do continente africano, da história e da cultura da África e dos afro- brasileiros na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (1996). Essa lei representou um passo importante no caminho de uma pedagogia e de uma didática que valorizem a diversidade étnico-racial e cultural presente no Brasil, editado com a intenção de orientar administradores dos sistemas de ensino e seus professores na formulação de projetos comprometidos com a educação de relações étnico-raciais positivas.
  • 53.
  • 54.
  • 55.
  • 56. Bibliografia Fotos da Web Apostila do Curso Gênero e Diversidade na Escola