2. Filho, sou teu pai, sou teu amigo,
Por isso escuta o que eu digo,
Minha experiência é quem fala.
3. Melhor aprende o que cala,
E ouve com atenção.
Este destino de peão,
Não te vou deixar de herança,
Porque me sobra esperança,
De ver-te um dia patrão.
4. Filho, meu velho também foi peão,
E acostumou-se ao patrão, politiqueiro
e caudilho,
Por sinal, pai de um filho que à força
se fez doutor.
5. E eu na solidão do meu rancho,
Só aprendi a fazer garranchos
Prá votar neste senhor.
6. Filho, agora é chegada a hora,
De saires campo afora,
Rumo a estância do saber
7. Que este teu velho peão pobre,
Há muito que junta os cobres,
Pra te mandar aprender.
8. Anda, vai e doma a leitura,
Te amansa em literatura,
E prende no laço a ciência,
9. Que ao longo de tua ausência,
Hei de rezar ao Senhor,
Pra que voltes à querência,
Um verdadeiro doutor.
10. Filho, meu velho também foi peão,
E acostumou-se ao patrão, politiqueiro
e caudilho,
Por sinal, pai de um filho que à força
se fez doutor.
11. E eu na solidão do meu rancho,
Só aprendi a fazer garranchos
Prá votar neste senhor.
12. Filho, agora é chegada a hora,
De saires campo afora,
Rumo a estância do saber
13. Que este teu velho peão pobre,
Há muito que junta os cobres,
Pra te mandar aprender.
14. Anda, vai e doma a leitura,
Te amansa em literatura,
E prende no laço a ciência,
15. Que ao longo de tua ausência,
Hei de rezar ao Senhor,
Pra que voltes à querência,
Um verdadeiro doutor.