Este documento descreve uma exposição chamada "Memórias do baixo Pinheiros, memórias de vida, memórias da cidade..." originalmente produzida em 1997 para a inauguração da Estação Memória na Biblioteca Pública Infanto-Juvenil Álvaro Guerra e reeditada digitalmente em 2005. A exposição reúne fragmentos de relatos de antigos moradores do bairro de Pinheiros coletados entre 1992-1996 combinados com imagens para comunicar com crianças e jovens.
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Estação-Memória_Memórias-do-Baixo-Pinheiros
1. Estação Memória
Biblioteca Pública Infanto-Juvenil Álvaro Guerra
Avenida Pedroso de Moraes, 1919 – Pinheiros
telefone 3031-7784
e-mail: estacaomemoria@prefeitura.sp.gov.br
2. “Memórias do baixo Pinheiros, memórias de vida,
memórias da cidade...”
-Fragmentos-
2005
3. A exposição “Memórias do baixo Pinheiros, memórias de vida,
memórias da cidade...” foi originalmente produzida em 1997, para
a inauguração da Estação Memória, espaço de comunicação,
educação e informação dedicados às trocas culturais entre
gerações, instalado na Biblioteca Pública Infanto-Juvenil Álvaro
Guerra.
Reúne fragmentos de relatos de antigos moradores do bairro de
Pinheiros, coletados entre 1992 – 1996, e combinados a imagens
fotográficas e figuras especialmente criadas, tendo em vista a
comunicação com crianças e jovens.
A versão digital desta exposição foi elaborada em 2005, dentro do
programa de atividades comemorativas do 445º Aniversário de
Pinheiros.
4. “... todo chacareiro
ia prá lá...
Ia de carroça com
os animais,
burro... carroça de
burro...”
José Teixeira
5. “... se pudesse voltar ao tempo que Pinheiros
era quase uma aldeia... as pessoas todas se
conheciam... A gente encontrava as pessoas
na rua e conversava...”
Paulino Lazzarini
6. “... no prédio Martinelli, o primeiro da
cidade, tem muita areia do rio Pinheiros
tirada por mim e por outros barqueiros.
Até hoje, guardo comigo a pá e outras
coisas da época...”
João Pedro Peralta
7. “... naquele tempo
tinha um padre, era
o padre Lourenço,
tão bonzinho!
Acolheu tanta gente
na sua igreja, na
Revolução de 24.
Ele também benzia
as plantações e as
pragas acabavam..”
Alzira T. di Giácomo
8. “... quando chegava o fotográfo,
sumia tudo quanto era moça,
prá não ser fotografada, se não
a família ia ver...”
Alberico Ravedutti Bulcão
9. “... o rio Pinheiros era limpo... Eu saía com meu
irmãozinho, meu pai, íamos pescar e se pegava
peixinho...”
Massao Miyashita
10. “... aquela rua que saía e ia até o Butantã era uma
das ruas principais...Era a rua do Comércio, e se
encaminhava através da ponte de madeira...”
Zelinda Portanti Mazzieri
11. “... na Semana Santa, era um respeito. Quando
chegava a sexta-feira santa, vinha uma pessoa
da igreja passando pelas ruas, batendo a
matraca, sabe? Tocava o coração da gente...”
Isaura Teixeira Perrotti
12. “... ao redor do Largo estava o comércio,
as vendas. Ali a gente encontrava de tudo:
azeite, banha de porco, azeitona, vinho,
aliche, sal...”
Maria T. de Lima
13. “... a situação para
o povo de São
Paulo mudou
completamente...
Lembro muito bem
que a gente não
conseguia pão para
comprar em
Pinheiros. Então,
íamos a pé até a
cidade fugindo dos
tiroteios...”
José de Barros
14. “... quando as águas das enchentes baixavam,
eu fugia da chácara e arriscava minha vida
atravessando a correnteza num barquinho...
Não sabia nadar, mas era uma aventura...”
Francisco Teixeira
15. “... o que eu me lembro de lindo na minha
vida... na infância, é a maravilhosa infância
de rua, com árvores cheias de flores, de chão
forrado de varetas, de flores lilases...”
Era uma coisa linda a rua Arco Verde...”
Esther Abud Matuck - “Zizinha”
16. “... comerciante tem
que ser habilidoso,
tem que cativar os
clientes, não pode
ter desonestidade, no
sentido do lucro
extraordinário...”
Antonio Duran
17. “... essas minhas funcionárias
com o tempo ficaram amigas.
Eu fui padrinho de muitas
delas no casamento, no
batizado, na colocação dos
trabalhos para os maridos...”
Jorge Nahas Siuffi
18. “... eu sou muito devoto... de Bom Jesus de
Pirapora, D. Bosco e Nossa Senhora Auxiliadora.
Quando eu tenho um problema, eu rezo...”
Fernando Crespi
19. “... a terra foi melhorando
com o tempo...
A parte de cima era mais
seca... E regar,
era na base do regador, um
em cada mão...”
Isaura Soares Mendes
20. “... antigamente era tudo água de poço,
era uma água pura... A gente cozinhava
praticamente a carvão...”
Nair Teixeira
21. “... eu lembro quando entrei no
navio, fomos lá pro fundo.
Minha mãe comigo e meu
irmão menor. Meu pai já tinha
vindo. O navio chegou antes.
Meu pai não estava no porto...”
Angelina T. Fortes
22. “... meu pai era verdureiro ambulante. Eu fazia
os macinhos pequenos pra revender. Antes de
eu ir para a escola era meu serviço...”
Assako Suzuye
23. “... da adolescência, eu lembro que
o primeiro terno que fui comprar,
foi junto com a minha mãe na Ladeira
Porto Geral...”
Nozomu Tsubouchi
24. “... aos domingos, não éramos chacareiros,
comerciantes, barqueiros... Éramos apenas
o “Esmaga – sapo”, o “Atlético Lusitano”
calçando a bola no pé de nossos
adversários: Barqueiros, Butantã, Boa
Vista...”
Francisco Teixeira
25. “... a nossa distração era trabalhar. Nós fomos um
dia num teatro e umas 4 ou 5 vezes no cinema...”
Alfredo Simões
27. Ficha técnica da Exposição original
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Imagens fotográficas
Entrevistados, Departamento de Patrimônio Histórico e
Centro de Memória do Esporte Clube Pinheiros
Pesquisa de textos e imagens
Ivete Pieruccini, Maiah Pinsard Vianna e Giselle S. Soares
Fotografia
Inácio Rodrigues e Luiz Trazzi
Programação visual
Adriana Caccese Mattos
Apoio técnico
Cibele Haddad e Carolina Castanheira
Curadoria
Edmir Perrotti
*
São Paulo - 1997
28. Ficha técnica da Exposição
versão digital
*
Edição
Ivete Pieruccini
Jamile Salibe Ribeiro de Faria
Colaboração
José Flávio Cury
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São Paulo - 2005
29. Realização:
Subprefeitura de Pinheiros
Biblioteca Infanto-Juvenil Álvaro Guerra