Simpósio Hanseníase - Tratamento padrão - dermatologista Egon
Antibióticos
1. EUDES ALEXANDRE DE MEDEIROS RAMALHO
IVAN OLIVEIRA
HÉRCULES THIAGO DE SOUZA ALMEIDA
MIKHAEL ADRIAN XAVIER DA SILVA
SAMIRA PAULISA DE BARROS SÁ
SAUL ARARUNA NEVES
PROFESSOR EVANÍZIO ROQUE
ANTIBIÓTICOS
6. Monobactâmicos
Toxicidade:
É bem tolerado;
Reações adversas: dor, flebite no local da injeção intravenosa, desconforto
gastrointestinal, náuseas, diarreia e exantemas;
Não se registraram nefrotoxicidade, neurotoxicidade nem coagulopatias
decorrentes de seu uso.
12. Carbapenêmicos
Imipenem/ cilastatina
oSão comercializados em associação;
oA Cilastatina inibe a degradação do Imipenem por uma dipeptidase tubular
renal;
oAdministrados por via parenteral ou intramuscular;
oMeias vidas de aproximadamente 1 hora.
13. Carbapenêmicos
•Sensíveis:
oBactérias Gram + (exceto S. aureus resistente a oxacilina e o Enterococcus faecium);
oBactérias aeróbias (Neisseria meningitidis, N. gonorrhoeae, Haemophilus
influenzae);
oMaioria das enterobactérias (Escherichia coli, Klebsiella, Enterobacter, Proteus,
Serratia, Shigella);
oTodos os bastonetes Gram – (exceto Legionella e S. maltophilia);
oAnaeróbios como Bacterioides, Fusobacterium, Veilonella (pouco sensível ao
Clostridium difficile);
•Reservada para infecções resistente a todos os demais antibióticos.
14. Carbapenêmicos
Toxicidade:
oBem tolerados em doses de 1- 4 g/dia;
oReações de hipersensibilidade (2,7%);
oPerturbações gastrointestinais (reações adversas comuns);
oConvulsões (1%).
15. Carbapenêmicos
Comercialização no Brasil:
oTienam IV: Frasco (100ml)/ 500 mg +500mg de
Cilastatina;
oTienam IM: Fr. ampola 500 mg + 500 mg de Cilastatina
+ diluente com lidocaína (2 ml);
oTiepem: Frasco (120 ml): 500 mg + 500 mg de
Cilastatina/ Fr. Ampola (20 ml): 500 mg + 500 mg de
Cilastatina.
16. Carbapenêmicos
Posologia:
Dose habitual: 500 mg/ dose cada 6 horas;
Infecções graves: 2- 4 g/dia (4 tomadas);
Dose máxima em adultos: 4 g/ dia;
Para crianças: 60 – 100 mg/ kg/ dia (4 tomadas) IM ou IV;
Dose máxima para crianças: 2 g/dia.
20. Carbapenêmicos
Ertapenem:
oMeia vida mais longa que o Meropenem e Imipenem;
oEspectro mais estrito, melhor contra enterobactérias;
oResistentes a algumas cepas de Pseudomonas e Acinetobacter;
oConveniente para infecções intra-abdominais e pélvicas.
30. Glicopeptídeos- Vancomicina
Uso Clínico - Indicações
◦ Infecções por Staphylococcus aureus e S. epidermidis
meticilinoresistentes
◦ Colite pseudomembranosa, em caso de falha ao metronidazol
◦ Alergia aos Betalactâmico
◦ Meningite por Streptococcus pneumoniae
◦ Endocardites
◦ Abcessos
35. Teicoplanina
Comparando com a Vancomicina
◦ Espectro de ação muito semelhante
◦ Efeitos adversos semelhantes, porém, menos frequentes
◦ Melhor comodidade posológica
36. Teicoplanina
Comparando com a Vancomicina
◦ Menor nefrotoxicidade e ototoxicidade
◦ Mais prático
◦ Não atravessa a barreira hematoencefálica
37. Glicopeptídeos
Posologia
Adultos Crianças
Vancomicina – Via EV 1g 12/12h ou 500mg
6/6h
40 a 60 mg/kg/dia,
dividida em 4 doses,
6/6h
Teicoplanina- Via EV ou
IM
6 a 12mg/Kg/dia,
12/12h ou 24/24h
5 a 10mg/kg/dia,
12/12h ou 24/24h
39. Oxazolidinonas
A linezolida representa o único membro comercializado dessa nova
classe de antimicrobianos sintéticos;
Descoberto em 1987;
Disponível por via oral e endovenosa;
Concentração sérica máxima após cerca de 2 horas;
Meia-vida: 5 – 6 horas.
40. Oxazolidonas - Linezolida
Ligação seletiva com a subunidade 50S
ribossomal
Inibidor competitivo da ligação dos
RNAt aos sítios P
Inibição da formação dos complexos
iniciais da síntese proteica bacteriana
Ação bacteriostática
• Mecanismo de Ação:
41. Oxazolidinonas
Ação
Inibe seletivamente a síntese proteica bacteriana, porém em etapa distinta
daquela inibida por outros antimicrobianos. Dessa maneira, não ocorre
resistência cruzada com macrolídeos,
estreptograminas ou;
aminoglicosídeos.
42. Oxazolidinonas
Espectro:
Microrganismos Gram-positivos aeróbios: Enterococcus sp.; Staphylococcus
sp.; Streptococcus sp.;Streptococci do grupo C; Streptococci do grupo G;
Micro rganismos Gram-positivos anaeróbios: Clostridium perfringens;
Peptostreptococcus sp.
43. Oxazolidonas - Linezolida
Staphylococcus Aureus Resistentes à Meticilina
(MRSA);
Staphylococcus aureus com resistência
intermediária à Vancomicina (VISA);
Estafilococos coagulase negativos resistentes à
Meticilina (S. epidermidis);
Enterococos Vancomicina – Resistentes (VRE) – E.
faecalis e E. faecium;
Pneumococos Penicilina – Resistentes (PRSP).
• ESPECTRO DE AÇÃO:
45. Oxazolidinonas
Microorganismos resistentes:
Haemophilus influenzae; Moraxella catarrhalis; Neisseria species;
Enterobacteriaceae; Pseudomonas species
Principais usos:
Infecções por cocos gram-positivos, especialmente em casos de
resistência aos tratamentos convencionais.
46. Oxazolidinonas
Não é necessário ajuste de dose para função
Renal, mas não usar por mais de 28 dias pois assim haverá toxicidade.
Gravidez: Evitar o uso na gestação e na lactação.
47. Oxazolidinonas
Dosagem: EV ou Oral
Adultos: 400-600 mg a cada 12 h.
Crianças: 10 mg/Kg/dia a cada 12 horas
EV: gotejamento de 30 a 120 minutos
48. Oxazolidinonas
Apresenta formulações para aplicação intravenosa e para uso oral, a absorção
oral é muito boa (cerca de 100%). Sua taxa de ligação proteica é de 31%. Cerca
de 30% da droga é eliminada pelo rim na forma ativa.
A linezolida é metabolizada por oxidação não dependendo da função específica
de um órgão. Dessa maneira, não é necessário ajuste da dose em paciente com
insuficiência renal ou hepática leve ou moderada. Porém, pode ocorrer acúmulo
de metabólitos da linezolida em paciente com insuficiência renal grave. Os
principais metabólitos são eliminados pela diálise. Por esse motivo,
recomenda-se a aplicação da linezolida após a diálise. Não é necessário ajuste
posológico em pacientes idosos.
49. Oxazolidinonas:
Incompatibilidades
Não se devem introduzir aditivos à solução para uso IV. A solução para
infusão é incompatível com:
anfoterecina B, clorpromazina, diazepam,
pentamidina, lactobionato de eritromicina, fenitoína,
sulfametoxazoltrimetoprima
e ceftriaxona.
50. Oxazolidinonas: Interações (1)
Linezolida é inibidor fraco da monoaminoxidase (MAO), não seletivo e reversível.
Assim, pode ocorrer hipertensão arterial, em geral leve e reversível quando a
droga é administrada em associação a drogas simpaticomiméticas ou
adrenérgicas, como: fenilpropanolamina, pseudoefedrina, dopamina,
adrenalina, noradrenalina, e outras.
51. Oxazolidinonas: Interações (2)
Evitar ingestão de grandes quantidades de alimentos contendo tiramina (por
exemplo, queijos maturados, extrato de leveduras, bebidas alcoólicas não-
destiladas e produtos de soja fermentados, como o molho de soja).
55. Polimixinas
Antibiótico peptídico
Derivadas do Paenibacillus polymyxa
Tóxicas a bactérias Gram-negativo
Usadas entre 1960-1980
Infecções causadas por p. Aeruginosa
Nefrotoxicidade e Neurotoxicidade
57. Polimixina B
Infecções do trato urinário
Infecções da corrente sanguínea
Infecções oculares
H.influenzae- meninges
Escherichia coli- trato urinário
Sulfato de Polimixina b
Meia vida de 4 a 6 horas
58. Polimixina B
Via Itravenosa
Adultos e crianças:15.000 a 25.000 UI/Kg peso/dia;
Pacientes com função renal comprometida: 15.000 UI/Kg
Infusões podem ser dadas a cada 12 horas.
Dissolver 500.000 UI de Sulfato de Polimixina b em 300 a 500 ml de
dextrose 5% em água
Via Intramuscular
Adultos e crianças:25.000-30.000 UI/Kg/dia;
A dosagem pode ser dividida e administrada em intervalos de 4 a 6 horas.
Dissolver 500.000UI de sulfato dePolimixina b em 2 ml de água
destilada estéril (Água estéril para Injeção) ou solução de
cloridrato de procaína
59. Polimixina B
Via Intratecal
-Adultos e crianças acima de 2 anos: 50.000 UI uma vez ao dia- 3 a 4 dias;
-50.000 UI uma vez ao dia por 2 semanas após as culturas do fluído cérebro-
espinhal se apresentarem negativas e a concentração de glicose voltar ao
normal.
Crianças abaixo de 2 anos : 20.000 UI uma vez ao dia por 3-4 dias.
Continuar com uma dose de 25.000 UI uma vez ao dia por pelo menos 2
semanas após as culturas do fluído cérebroespinhal se apresentarem
negativas e a concentração de glicose voltar ao normal
60. Polimixina B
Mecanismo de ação
• Altera a permeabilidade da
membrana celular bacteriana
• Provoca desequilíbrio
osmótico para a bactéria
• Diminuição da atividade
bactericida
61. Polimixina B
Reações adversas/ Efeitos colaterais
Neurotóxicas: irritabilidade, fraqueza, sonolência, ataxia,
parestesia perioral, formigamento nas extremidades e visão
turva.
Nefrotóxicas: albuminúria, cilindrúria, azotemia.
Intratecal: dor, febre, cefaleia.
64. ESTREPTOGRAMINAS
INTRODUÇÃO:
1960 - Pristinamicina
1999 - Aprovação pelo FDA para tratamento do VRE.
Synercid® - QUINUPRISTINA/DALFOPRISTINA (Q/D) - 30:70
São derivados da pristinamicina IA e IIB, respectivamente;
Sinerginas (atividade antibacteriana limitada, mas Em conjunto aumenta seu
potencial);
São macromoléculas de estrutura peptídica cíclica da mesma família os macrolideos
e lincosaminas
Possuem mesmo mecanismo de ação, espectro antimicrobiano, características
farmacocinéticas e farmacodinâmicas e indicações clínicas destas;
Isoladas do Streptomyces pristinaespiralis;
65. ESTREPTOGRAMINAS
ESPECTRO DE AÇÃO:
Estreptococos, incluindo Pneumococos R Penicilina e Eritromicina
Estafilococos, incluindo MRSA e GRSA
Enterococcus faecium, incluindo VRE
Gonococo, meningococo, hemófilos, moraxela, legionela, clamídia,
micoplasma e Toxoplasma gondii
Maior atividade antimicrobiana contra estafilococos e E. faecium
superando os glicopeptídeos e a linezolida!
66. ESTREPTOGRAMINAS
MECANISMO DE AÇÃO:
Bacteriostáticos – síntese protéica – 50S - inibem a formação de
pontes peptídicas
Dalfopristina: bloqueia ligação dos aminoácidos ao peptídeo em
formação interferindo a ação da enzima peptidil transferase
Quinupristina: impede alongamento da cadeia peptídica, por inibir a
translocação do mRNA, liberando-a precocemente
O sinergismo aumenta em 100 X a potência isolada: potentes
bactericidas
68. ESTREPTOGRAMINAS
MECANISMO DE RESISTÊNCIA:
Enterococcus faecalis – Resistencia intrínseca
Não existe resistência cruzada com outros antibióticos.
Enterococcus faecium – enzima: estreptogramina A-acetil transferase
Pode ocorrer por mecanismo enzimático relacionado à bomba de efluxo
Mudança no receptor da droga
Mediado por plasmídios, que confere resistência aos macrolídeos,
lincosominas e a quinopristina mas não a dalfopristina.
70. Farmacocinética e Posologia
IV profunda por Cateter venoso central
7,5 mg/kg a cada 8 ou 12hs
Diluído em soro glicosado 5%
Infusão lenta de uma hora
Meia-vida de 1 a 2 h
Não concentra no líquor (não atravessa a barreira hematoencefálica)
Não atravessa a barreira placentária.
Metabólitos ativos
Não é necessário ajuste de dose em pacientes idosos, obesos, pediátricos ou com
insuficiência renal (conservadora ou em diálise).
Necessita de ajuste de dose na vigência de insuficiência hepática, pois a sua
metabolização ocorre predominantemente no fígado (63%)
Eliminação biliar e fecal
A excreção renal ocorre apenas em 15 a 19% dos casos.
71. Principais Indicações:
Estafilococos resistentes à oxacilina
Estafilococos com sensibilidade diminuída ou resistentes à vancomicina;
Infecções por enterococos, só está indicada nas causadas por E. faecium
Resistentes à vancomicina, já que o E. faecalis é intrinsecamente resistente.
Pneumonias hospitalares
Osteomielite
Artrite séptica
Endocardite
Infecção complicada da pele e tecido celular subcutâneo
Infecção relacionada ao cateter
Infecção urinária
Infecção Intra-abdominal
Sepse
72. ESTREPTOGRAMINAS
EFEITOS COLATERIAS:
Náuseas, Vômitos e Diarréia
Mialgias e Artralgias – 30%
(+++) GGT
(+++) Creatinina
(+++) Bb direta
Hipercalemia, hiperfosfatemia
Hipocloremia e hiponatremia.
Rash cutaneo, Exantema, Trombocitopenia, Anemia e Eosinofilia
OBS: Quando infundida por veia periférica produz intensa dor, inflamação e graves
flebites, por isso recomenda-se a sua administração por veia central.
73. Referências:
Katzung, Bertram G.
Farmacologia básica & clínica,
9ª edição, editora Guanabara-Koogan
HARDMAN, J.G.; LIMBIRD, L.E.
Goodman & Gilman As Bases Farmacológicas da Terapêutica.
McGraw Hill, 11ª ed. 2006.
Na atualidade, os antimicrobianos mais potentes da atualidade, frequentemente usado em infecções graves, muitas vezes adquiridas em ambiente hospitalar. A multirresistencia aos atb caracterizam essas bactérias. Seu uso tem aumentado em ambiente hospitalar com pacientes com doenças graves por staf, strep, pneumococo