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Curso de Eletrônica 
Foco em Eletrônica digital para 
uso da Plataforma Arduino
Semicondutor
Semicondutor 
Um semicondutor é um componente eletrônico que explora as 
propriedades eletrônicas de materiais 
semicondutores, principalmente Silício (Si), Germânio (Ge), 
e Arsenieto de Gálio (AsGa), assim como semicondutores 
orgânicos. 
Para entendermos as características de um semicondutor 
faremos uma análise do ponto de vista atômico (átomo).
Semicondutor 
A próxima figura mostra a estrutura de um átomo de Si, no qual 
podemos verificar que o mesmo tem 4 elétrons na camada de 
valência (última camada). 
Como é essa última camada que determinará as 
propriedades do Si, a partir de agora só consideraremos o 
núcleo, positivo e os quatro elétrons da camada de valência.
Semicondutor 
( a ) ( b ) 
Estrutura simplificada do átomo de Si
Semicondutor 
Dispositivos semicondutores são manufaturados tanto em 
dispositivos únicos discretos como em circuitos integrados (CIs), os 
quais consistem de um número variando de uns poucos (tão baixo 
quanto dois) a bilhões de dispositivos fabricados e interconectados 
sobre um substrato semicondutor único. 
A principal razão porque materiais semicondutores são tão úteis é 
que o comportamento de um semicondutor pode ser facilmente 
manipulado pela adição de impurezas, o que é conhecido como 
"dopagem (a adição de um "dopante").
Semicondutor 
A condutividade de semicondutores pode ser controlada pela 
introdução de um campo elétrico, pela exposição à luz, e 
também pressão e calor; então, semicondutores podem 
produzir excelentes sensores. 
A condução de corrente em um semicondutor ocorre 
via elétrons móveis ou "livres" e buracos eletrônicos, 
coletivamente conhecidos como portadores de carga (lacunas).
Semicondutor 
Como a pilha, o capacitor possui dois terminais. 
Dentro do capacitor, os terminais conectam-se a duas placas metálicas 
separadas por um dielétrico. 
O dielétrico pode ser ar, papel, plástico ou qualquer outro material que não 
conduza eletricidade e impeça que as placas se toquem. 
Um capacitor pode ser feito facilmente a partir de dois pedaços de papel 
alumínio e um pedaço de papel. 
Não seria um capacitor muito bom em termos de capacidade de 
armazenamento, porém funcionaria.
Semicondutor 
É importante observar que o átomo é neutro, pois o numero de elétrons é 
igual ao número de prótons. 
O Si é um cristal, isto é, o arranjo geométrico dos átomos é feito de forma 
regular e ordenada em todas as direções. 
No caso esse arranjo é chamada de cúbico, no qual cada átomo 
se liga com quatro átomos vizinhos através de ligações chamadas 
de covalentes. 
A próxima figura mostra esse arranjo. 
Não esquecer que na realidade os átomos estão dispostos no espaço em 3 
dimensões.
Semicondutor 
Estrutura cristalina do Si a 0ºK ( -273ºC) - O material se comporta 
como isolante
Semicondutor 
À temperaturas próximas do zero absoluto (-273ºC ) o Si se comporta como 
um isolante porque não existem elétrons livres disponíveis para a 
condução. 
À medida que a temperatura aumenta a energia que é fornecida 
aos elétrons da ultima camada (camada de valência ) é suficiente 
para ”quebrar" a ligação covalente fazendo com que os mesmos se 
tornem livres.
Semicondutor 
O extraordinário desse fenômeno é que, além do elétron que foi liberado, a 
ausência desse elétron na ligação covalente pode se comportar como carga 
elétrica, e chamada de lacuna ou buraco. 
A figura a seguir mostra a mesma estrutura da figura anterior considerando 
que algumas ligações covalentes foram rompidas. 
A quantidade de energia necessária para quebrar uma ligação depende do 
semicondutor, no caso do Ge é 0,72V e para o Si 1,1V, à temperatura 
ambiente.
Semicondutor 
Estrutura do Si a uma temperatura acima de 0ºK ( acima de - 273ºC ) - 
Geração de pares elétron-lacuna
Semicondutor 
Se agora for aplicado um campo elétrico (tensão elétrica) ao cristal uma 
corrente elétrica aparecerá. 
O mecanismo de condução devido aos elétrons livres já é conhecido, 
expliquemos como é o mecanismo de condução devido a uma lacuna. 
A próxima figura mostra o cristal de Si sendo submetido a um campo 
elétrico.
Semicondutor 
Os elétrons livres se deslocarão contra o campo elétrico, enquanto as 
lacunas se deslocarão no mesmo sentido do campo. Mas como isso 
acontece? 
A sequência de figuras a seguir mostra como isso acontece. Num 
instante t1 temos um elétron livre (circulo preto) e a ausência desse elétron 
na ligação covalente (circulo branco).
Semicondutor 
Cristal de Si submetido a um campo elétrico (tensão elétrica ) num 
instante t1.
Semicondutor 
Num instante t2 um elétron de valência, caso tenha energia suficiente (quem 
está fornecendo essa energia é a fonte externa) poderá ocupar a lacuna, 
mas ao fazer isso deixa uma lacuna, e assim sucessivamente. 
As duas próximas figura mostram essa sequência. 
Então tudo se passa como se uma carga positiva estivesse se deslocando 
para a direita do cristal, na realidade são elétrons de valência que se 
deslocam no sentido contrário. 
Observar que esses elétrons de valência se transformam em elétrons 
livres quando entram no metal (não esqueça que o semicondutor está ligado 
à bateria através de fios de cobre!!!).
Semicondutor 
Cristal de Si submetido a um campo elétrico ( tensão elétrica ) num 
instante t2 num instante t1.
Semicondutor 
Cristal de Si submetido a um campo elétrico ( tensão elétrica ) num 
instante t3.
Semicondutor 
Semicondutores Extrínsecos 
O semicondutor visto anteriormente (Semicondutores Intrínsecos) tem 
como principal característica o fato da concentração (número de portadores 
por cm3) de elétrons livres ser igual à de lacunas e o seu número ser 
altamente depende da temperatura. 
Um semicondutor extrínseco terá algumas de suas características elétricas 
(como por exemplo a condutividade) alterada se forem adicionadas 
impurezas com níveis de concentração adequados. 
Semicondutor Tipo N 
Semicondutor Tipo P
Semicondutor 
Semicondutor Tipo N 
O semicondutor tipo N é obtido adicionando-se quantidades controladas de 
impurezas pentavalente ao material puro (semicondutor intrínseco). 
Por exemplo adicionando-se o fósforo (P) o qual é pentavalente (5 elétrons 
na camada de valência), o mesmo substituirá um átomo de semicondutor 
(Ge ou Si). 
Quatro dos seus elétrons serão compartilhados com quatro átomos vizinhos 
de Si enquanto o quinto elétron poderá se tornar livre em temperaturas 
muito baixas sem que seja gerado lacuna.
Semicondutor 
( a ) ( b ) 
( a ) Átomo de fósforo ligado a quatro átomos de Si ( b ) quinto elétron livre, gera 
um íon preso à estrutura cristalina
Semicondutor 
Desta forma inicialmente só teremos elétrons livres como portadores de 
carga, por isso o material é chamado de N e a impureza de doadora. 
Aumentando-se mais ainda a temperatura será atingida uma temperatura 
para a qual serão gerados os pares elétron-lacuna. 
Os elétrons livres são chamados de portadores majoritários 
enquanto as lacunas são chamadas de portadores minoritários.
Semicondutor 
Semicondutor Tipo P 
O semicondutor tipo P é obtido adicionando-se quantidades controladas de 
impurezas trivalente ao material puro (semicondutor intrínseco). 
Um exemplo deste tipo de impureza é o boro (B). Como o boro é trivalente 
os seus três elétrons de valência serão compartilhados com quatro átomos 
de Si, porém uma das ligações não será completada. 
Essa lacuna poderá se comportar como um portador de carga positivo em 
uma temperatura muito baixa quando um elétron de valência de um átomo 
vizinho se deslocar para ocupar aquela vaga.
Semicondutor 
( a ) ( b ) 
( a ) Átomo de boro ligado a quatro átomos de Si ( b ) a vaga (lacuna) é preenchida 
por um elétron de valência de um átomo próximo, gera um íon negativo preso à 
estrutura cristalina
Semicondutor 
O Observe que o elétron que se desloca para preencher a vaga (lacuna) 
não é livre. 
Do ponto de vista elétrico tudo se passa como se uma carga positiva de 
mesmo valor que a carga do elétron estivesse se deslocando no sentido 
contrário ao movimento do elétron. 
Desta forma inicialmente só teremos lacunas livres como portadores de 
carga, por isso o material é chamado de P e a impureza de aceitadora.
Semicondutor 
Aumentando-se mais ainda a temperatura será atingida uma temperatura 
para a qual serão gerados os pares elétron-lacuna. 
As lacunas livres são chamados de portadores majoritários 
enquanto os elétrons livres são chamados de portadores minoritários.
Semicondutor 
Junção PN 
É obtida conectando, de forma adequada, material P ao material N. 
Como existe uma diferença de concentração de portadores de ambos os lados 
da junção, inicialmente haverá uma difusão de elétrons livres do lado N indo 
para o lado P e ao mesmo tempo lacunas se difundirão do lado P para o lado 
N. 
A consequência disso é que do lado N aparecerão íons positivos não 
neutralizados e do lado P íons negativos não neutralizados fazendo aparecer 
uma região que não tem cargas livres, por isso é chamada de região de 
depleção.
Semicondutor 
Essa distribuição de cargas cria uma barreira a qual se oporá à difusão de 
mais portadores majoritários, lacunas no lado P e elétrons livres no lado N. 
Essa corrente é representada por I 
Difusão 
como mostra a figura abaixo. 
Junção PN em aberto mostrando as duas correntes (difusão e de deriva)
Semicondutor 
Caso algum portador minoritário (aqueles gerados pela temperatura), elétron 
livre do lado P ou lacuna do lado N, se aproxime desta região, será acelerado 
pelo campo ai existente e passará para a outra região. 
Esse fluxo é representado na figura por I 
Deriva 
. 
Após o equilíbrio, a soma das correntes através da junção é zero.isto é, 
I 
Deriva 
= I 
Difusão 
.
Semicondutor 
Junção PN com Polarização Reversa 
Quando for aplicado uma tensão com a polaridade indicada na próxima figura, 
a largura da região de depleção aumentará, aumentado a altura da barreira de 
potencial dificultando mais ainda a passagem dos portadores majoritários de 
um lado da junção para o outro. 
A única corrente existente é a corrente devido aos portadores minoritários os 
quais dependem unicamente da temperatura, desta forma esta corrente 
também chamada de corrente reversa de saturação (Is) só dependerá da 
temperatura sendo da ordem de nA (Si) ou uA (Ge). 
Observe que essa corrente é ajudada pelo campo elétrico que se estabelece 
na região de carga espacial.
Semicondutor 
Junção PN com polarização reversa.
Semicondutor 
Junção PN com Polarização Direta 
Quando for aplicada uma tensão com a polaridade indicada na próxima figura, 
a largura da região de depleção diminuirá, diminuindo a altura da barreira de 
potencial facilitando o deslocamento dos portadores majoritários de um lado 
da junção para o outro. 
Inicialmente toda a tensão estará aplicada diretamente na região da junção, 
baixando a barreira de potencial, e a queda de tensão no material N e P é 
desprezível. 
A corrente é controlada pela variação da altura da barreira.
Semicondutor 
A medida que a corrente aumenta, a tensão externa se distribui entre o 
material e a barreira. 
A partir desse ponto a corrente passa a ser controlada pela resistência direta 
do material (a corrente no diodo passa a ter um comportamento 
aproximadamente linear com a tensão). 
Colocando adequadamente terminais de contato em ambas as extremidades 
teremos um componente chamado de diodo de junção.
Semicondutor 
Atenção !! Não foi indicado, mas para limitar a corrente no circuito é 
necessário colocar em serie com o diodo uma resistência, caso contrário a 
corrente pode aumentar em demasia destruindo o componente por efeito 
Joule. 
A corrente só aumentará efetivamente quando a tensão aplicada entre os 
terminais exceder aproximadamente de 0,6V a 0,7V( para diodo de Si), é 
quando a barreira de potencial será vencida.
Semicondutor 
Junção PN com polarização direta
Referência: 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Dispositivo_semicondutor 
http://informatica.hsw.uol.com.br/semicondutores.htm 
http://www.allaboutcircuits.com/videos/48.html

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Quarta parte curso de eletrônica apresentado no Hackerspace Uberlândia - MG - Semicondutores

  • 1. Curso de Eletrônica Foco em Eletrônica digital para uso da Plataforma Arduino
  • 3. Semicondutor Um semicondutor é um componente eletrônico que explora as propriedades eletrônicas de materiais semicondutores, principalmente Silício (Si), Germânio (Ge), e Arsenieto de Gálio (AsGa), assim como semicondutores orgânicos. Para entendermos as características de um semicondutor faremos uma análise do ponto de vista atômico (átomo).
  • 4. Semicondutor A próxima figura mostra a estrutura de um átomo de Si, no qual podemos verificar que o mesmo tem 4 elétrons na camada de valência (última camada). Como é essa última camada que determinará as propriedades do Si, a partir de agora só consideraremos o núcleo, positivo e os quatro elétrons da camada de valência.
  • 5. Semicondutor ( a ) ( b ) Estrutura simplificada do átomo de Si
  • 6. Semicondutor Dispositivos semicondutores são manufaturados tanto em dispositivos únicos discretos como em circuitos integrados (CIs), os quais consistem de um número variando de uns poucos (tão baixo quanto dois) a bilhões de dispositivos fabricados e interconectados sobre um substrato semicondutor único. A principal razão porque materiais semicondutores são tão úteis é que o comportamento de um semicondutor pode ser facilmente manipulado pela adição de impurezas, o que é conhecido como "dopagem (a adição de um "dopante").
  • 7. Semicondutor A condutividade de semicondutores pode ser controlada pela introdução de um campo elétrico, pela exposição à luz, e também pressão e calor; então, semicondutores podem produzir excelentes sensores. A condução de corrente em um semicondutor ocorre via elétrons móveis ou "livres" e buracos eletrônicos, coletivamente conhecidos como portadores de carga (lacunas).
  • 8. Semicondutor Como a pilha, o capacitor possui dois terminais. Dentro do capacitor, os terminais conectam-se a duas placas metálicas separadas por um dielétrico. O dielétrico pode ser ar, papel, plástico ou qualquer outro material que não conduza eletricidade e impeça que as placas se toquem. Um capacitor pode ser feito facilmente a partir de dois pedaços de papel alumínio e um pedaço de papel. Não seria um capacitor muito bom em termos de capacidade de armazenamento, porém funcionaria.
  • 9. Semicondutor É importante observar que o átomo é neutro, pois o numero de elétrons é igual ao número de prótons. O Si é um cristal, isto é, o arranjo geométrico dos átomos é feito de forma regular e ordenada em todas as direções. No caso esse arranjo é chamada de cúbico, no qual cada átomo se liga com quatro átomos vizinhos através de ligações chamadas de covalentes. A próxima figura mostra esse arranjo. Não esquecer que na realidade os átomos estão dispostos no espaço em 3 dimensões.
  • 10. Semicondutor Estrutura cristalina do Si a 0ºK ( -273ºC) - O material se comporta como isolante
  • 11. Semicondutor À temperaturas próximas do zero absoluto (-273ºC ) o Si se comporta como um isolante porque não existem elétrons livres disponíveis para a condução. À medida que a temperatura aumenta a energia que é fornecida aos elétrons da ultima camada (camada de valência ) é suficiente para ”quebrar" a ligação covalente fazendo com que os mesmos se tornem livres.
  • 12. Semicondutor O extraordinário desse fenômeno é que, além do elétron que foi liberado, a ausência desse elétron na ligação covalente pode se comportar como carga elétrica, e chamada de lacuna ou buraco. A figura a seguir mostra a mesma estrutura da figura anterior considerando que algumas ligações covalentes foram rompidas. A quantidade de energia necessária para quebrar uma ligação depende do semicondutor, no caso do Ge é 0,72V e para o Si 1,1V, à temperatura ambiente.
  • 13. Semicondutor Estrutura do Si a uma temperatura acima de 0ºK ( acima de - 273ºC ) - Geração de pares elétron-lacuna
  • 14. Semicondutor Se agora for aplicado um campo elétrico (tensão elétrica) ao cristal uma corrente elétrica aparecerá. O mecanismo de condução devido aos elétrons livres já é conhecido, expliquemos como é o mecanismo de condução devido a uma lacuna. A próxima figura mostra o cristal de Si sendo submetido a um campo elétrico.
  • 15. Semicondutor Os elétrons livres se deslocarão contra o campo elétrico, enquanto as lacunas se deslocarão no mesmo sentido do campo. Mas como isso acontece? A sequência de figuras a seguir mostra como isso acontece. Num instante t1 temos um elétron livre (circulo preto) e a ausência desse elétron na ligação covalente (circulo branco).
  • 16. Semicondutor Cristal de Si submetido a um campo elétrico (tensão elétrica ) num instante t1.
  • 17. Semicondutor Num instante t2 um elétron de valência, caso tenha energia suficiente (quem está fornecendo essa energia é a fonte externa) poderá ocupar a lacuna, mas ao fazer isso deixa uma lacuna, e assim sucessivamente. As duas próximas figura mostram essa sequência. Então tudo se passa como se uma carga positiva estivesse se deslocando para a direita do cristal, na realidade são elétrons de valência que se deslocam no sentido contrário. Observar que esses elétrons de valência se transformam em elétrons livres quando entram no metal (não esqueça que o semicondutor está ligado à bateria através de fios de cobre!!!).
  • 18. Semicondutor Cristal de Si submetido a um campo elétrico ( tensão elétrica ) num instante t2 num instante t1.
  • 19. Semicondutor Cristal de Si submetido a um campo elétrico ( tensão elétrica ) num instante t3.
  • 20. Semicondutor Semicondutores Extrínsecos O semicondutor visto anteriormente (Semicondutores Intrínsecos) tem como principal característica o fato da concentração (número de portadores por cm3) de elétrons livres ser igual à de lacunas e o seu número ser altamente depende da temperatura. Um semicondutor extrínseco terá algumas de suas características elétricas (como por exemplo a condutividade) alterada se forem adicionadas impurezas com níveis de concentração adequados. Semicondutor Tipo N Semicondutor Tipo P
  • 21. Semicondutor Semicondutor Tipo N O semicondutor tipo N é obtido adicionando-se quantidades controladas de impurezas pentavalente ao material puro (semicondutor intrínseco). Por exemplo adicionando-se o fósforo (P) o qual é pentavalente (5 elétrons na camada de valência), o mesmo substituirá um átomo de semicondutor (Ge ou Si). Quatro dos seus elétrons serão compartilhados com quatro átomos vizinhos de Si enquanto o quinto elétron poderá se tornar livre em temperaturas muito baixas sem que seja gerado lacuna.
  • 22. Semicondutor ( a ) ( b ) ( a ) Átomo de fósforo ligado a quatro átomos de Si ( b ) quinto elétron livre, gera um íon preso à estrutura cristalina
  • 23. Semicondutor Desta forma inicialmente só teremos elétrons livres como portadores de carga, por isso o material é chamado de N e a impureza de doadora. Aumentando-se mais ainda a temperatura será atingida uma temperatura para a qual serão gerados os pares elétron-lacuna. Os elétrons livres são chamados de portadores majoritários enquanto as lacunas são chamadas de portadores minoritários.
  • 24. Semicondutor Semicondutor Tipo P O semicondutor tipo P é obtido adicionando-se quantidades controladas de impurezas trivalente ao material puro (semicondutor intrínseco). Um exemplo deste tipo de impureza é o boro (B). Como o boro é trivalente os seus três elétrons de valência serão compartilhados com quatro átomos de Si, porém uma das ligações não será completada. Essa lacuna poderá se comportar como um portador de carga positivo em uma temperatura muito baixa quando um elétron de valência de um átomo vizinho se deslocar para ocupar aquela vaga.
  • 25. Semicondutor ( a ) ( b ) ( a ) Átomo de boro ligado a quatro átomos de Si ( b ) a vaga (lacuna) é preenchida por um elétron de valência de um átomo próximo, gera um íon negativo preso à estrutura cristalina
  • 26. Semicondutor O Observe que o elétron que se desloca para preencher a vaga (lacuna) não é livre. Do ponto de vista elétrico tudo se passa como se uma carga positiva de mesmo valor que a carga do elétron estivesse se deslocando no sentido contrário ao movimento do elétron. Desta forma inicialmente só teremos lacunas livres como portadores de carga, por isso o material é chamado de P e a impureza de aceitadora.
  • 27. Semicondutor Aumentando-se mais ainda a temperatura será atingida uma temperatura para a qual serão gerados os pares elétron-lacuna. As lacunas livres são chamados de portadores majoritários enquanto os elétrons livres são chamados de portadores minoritários.
  • 28. Semicondutor Junção PN É obtida conectando, de forma adequada, material P ao material N. Como existe uma diferença de concentração de portadores de ambos os lados da junção, inicialmente haverá uma difusão de elétrons livres do lado N indo para o lado P e ao mesmo tempo lacunas se difundirão do lado P para o lado N. A consequência disso é que do lado N aparecerão íons positivos não neutralizados e do lado P íons negativos não neutralizados fazendo aparecer uma região que não tem cargas livres, por isso é chamada de região de depleção.
  • 29. Semicondutor Essa distribuição de cargas cria uma barreira a qual se oporá à difusão de mais portadores majoritários, lacunas no lado P e elétrons livres no lado N. Essa corrente é representada por I Difusão como mostra a figura abaixo. Junção PN em aberto mostrando as duas correntes (difusão e de deriva)
  • 30. Semicondutor Caso algum portador minoritário (aqueles gerados pela temperatura), elétron livre do lado P ou lacuna do lado N, se aproxime desta região, será acelerado pelo campo ai existente e passará para a outra região. Esse fluxo é representado na figura por I Deriva . Após o equilíbrio, a soma das correntes através da junção é zero.isto é, I Deriva = I Difusão .
  • 31. Semicondutor Junção PN com Polarização Reversa Quando for aplicado uma tensão com a polaridade indicada na próxima figura, a largura da região de depleção aumentará, aumentado a altura da barreira de potencial dificultando mais ainda a passagem dos portadores majoritários de um lado da junção para o outro. A única corrente existente é a corrente devido aos portadores minoritários os quais dependem unicamente da temperatura, desta forma esta corrente também chamada de corrente reversa de saturação (Is) só dependerá da temperatura sendo da ordem de nA (Si) ou uA (Ge). Observe que essa corrente é ajudada pelo campo elétrico que se estabelece na região de carga espacial.
  • 32. Semicondutor Junção PN com polarização reversa.
  • 33. Semicondutor Junção PN com Polarização Direta Quando for aplicada uma tensão com a polaridade indicada na próxima figura, a largura da região de depleção diminuirá, diminuindo a altura da barreira de potencial facilitando o deslocamento dos portadores majoritários de um lado da junção para o outro. Inicialmente toda a tensão estará aplicada diretamente na região da junção, baixando a barreira de potencial, e a queda de tensão no material N e P é desprezível. A corrente é controlada pela variação da altura da barreira.
  • 34. Semicondutor A medida que a corrente aumenta, a tensão externa se distribui entre o material e a barreira. A partir desse ponto a corrente passa a ser controlada pela resistência direta do material (a corrente no diodo passa a ter um comportamento aproximadamente linear com a tensão). Colocando adequadamente terminais de contato em ambas as extremidades teremos um componente chamado de diodo de junção.
  • 35. Semicondutor Atenção !! Não foi indicado, mas para limitar a corrente no circuito é necessário colocar em serie com o diodo uma resistência, caso contrário a corrente pode aumentar em demasia destruindo o componente por efeito Joule. A corrente só aumentará efetivamente quando a tensão aplicada entre os terminais exceder aproximadamente de 0,6V a 0,7V( para diodo de Si), é quando a barreira de potencial será vencida.
  • 36. Semicondutor Junção PN com polarização direta