1. 1
“Milhares de
apresentações são
realizadas todos os
dias no mundo, mas
somente uma pequena
parte tornam-se
ótimas apresentações.
Mas por que isso
acontece?
SPEECH PAPER (E-BOOK)
COMO CONTROLAR
A ANSIEDADE E O
MEDO DE FALAR
EM PÚBLICO?
Transforme o medo em PODER!
VAN MARCHETTI
É assim que você se sente ao ter que
FALAR EM PÚBLICO ???
2. 2
SPEECH PAPER (E-BOOK)
COMO CONTROLAR A
ANSIEDADE E O MEDO DE
FALAR EM PÚBLICO
Transforme o medo em PODER!
GESTÃO EMOCIONAL – PREPARO – ESTRATÉGIAS – AÇÃO
VAN MARCHETTI
1ª EDIÇÃO
2014
4. 4
“O maior erro que
você pode cometer,
é o de ficar o tempo
todo com medo de
cometer algum erro”
Elbert Hubbard
5. 5
Esta frase de Aristóteles resume perfeitamente uma das principais estratégias para
administrar o medo de falar em público: o preparo. PENSAR, neste sentido, quer dizer,
PREPARAR-SE ADEQUADAMENTE para, não somente FAZER uma apresentação, mas
também a CRIAR uma apresentação EFICAZ. Quando conduzir a apresentação, suas
emoções estarão bem mais controladas, se antes, você se preocupar em criá-la como
uma EXPERIÊNCIA para seu público. Você se surpreenderá com seus próprios
resultados! Seja em uma apresentação executiva, uma apresentação de vendas, um
treinamento, um seminário na faculdade ou a condução de uma reunião na empresa, o
preparo “estratégico” faz toda a diferença.
Este livro digital, um verdadeiro curso online de técnicas de apresentação, tem
exatamente esse objetivo: ajudá-lo(a) nessa jornada. Ministro cursos presenciais de
oratória já há alguns anos. Criei, através de muito estudo, experiência e prática, uma
metodologia que realmente dá resultados potenciais aos meus alunos – o método de
Oratória BW4 (http://www.attitudeplan.com.br/metodo-de-oratoria-bw4-van-
marchetti). Este método consiste em um Curso de Oratória diferenciado e com
conteúdo inovador (http://www.attitudeplan.com.br/conteudo-do-curso-de-oratoria-
bw4-van-marchetti). Porém, meu grande desafio era transformar todo esse conteúdo
presencial em um curso online para que muito mais pessoas pudessem se beneficiar
dessa aprendizagem e a um custo bem interessante. A jornada foi longa, pois eu queria
lhe entregar algo bastante valioso e eficiente para ajudá-lo, realmente a como
CONTROLAR A ANSIEDADE E O MEDO DE FALAR EM PÚBLICO. Assim surgiu nosso
livro digital, com ele posso:
·········································· CONSIDERAÇÕES INICIAIS ·········································
“O sábio nunca diz tudo o que pensa, mas pensa
sempre tudo o que diz.” (Aristóteles)
····················································································Van Marchetti
6. 6
x Chegar a um número muito maior de pessoas;
x Fazer com que o preço seja realmente bem acessível;
Mas, o desafio não foi fácil! Fiz dezenas de cursos online de oratória (tanto nacionais,
quanto internacionais). Sinceramente acreditava que faltava algum elo, algo que não
tornasse o aluno um “solitário” na aprendizagem. Muitos deles achei excessivamente
teóricos e outros com um conteúdo muito superficial.
Eu queria levar ao mercado um livro digital que ajudasse as pessoas a aplicar na prática
as técnicas de oratória. Foram muitos meses de pesquisas e de desenvolvimento e
adaptação da minha metodologia para um e-book. Enfim, aqui está. Estou muito feliz
em poder compartilhá-lo com vocês. Espero, de coração, que ele traga o conforto
emocional tanto almejado ao falar em público e ainda leve a vocês ferramentas
práticas para criar apresentações com muito sucesso!
Decidi que o ensino da oratória não pode ser apresentado em um único bloco. As
pessoas precisam de tempo hábil para adquirir e praticar as novas habilidades. Então
para mim, não fazia sentido criar um curso online chamado: CURSO COMPLETO DE
ORATÓRIA. E por que pensei assim?
x Ele ficaria extremamente extenso, pois não gosto de nada superficial. Imagina
lhe ensinar a falar em público, com todas as estratégias em 50 minutos?
x Sendo muito extenso, possivelmente você ficaria desmotivado a continuar;
x Um curso completo e REALMENTE BOM E EFICIENTE, certamente ficaria com
um preço mais elevado e eu não cumpriria minha missão de levar meu curso
online ao maior número de pessoas a um preço acessível;
Qual foi a solução?
x Dividi em blocos de temas e criei uma série de COMO FALAR EM PÚBLICO,
com segurança, naturalidade e desenvoltura e aprender a tornar sua
apresentação uma experiência para seu público;
x Sendo assim, consigo desenvolver cada tema com muito mais conteúdo e
profundidade, impactando justamente aonde eu espero: não somente
prepará-lo para apresentações, mas também ajudá-lo em todo seu processo
de comunicação e relacionamento interpessoal;
Van Marchetti
Speech Paper (e-Book): Como controlar a Ansiedade e o Medo de Falar em Público
7. 7
x Criei videoaulas de uma forma que você se sinta realmente em uma sala de
aula. Não é aquela aula cansativa de ficar vendo um slide atrás do outro com
uma voz por trás ou apenas a imagem do instrutor falando e falando sem você
conseguir “visualizar” o passo a passo. A ideia é que você entenda o conceito e
já aprenda a como colocá-lo em prática;
x Ah! E junto às videoaulas, criei o material didático, rico em conteúdo: os
SPEECH PAPERS® - Speech Paper (e-Summary) ®, Speech Paper (e-Focus) ®,
Speech Paper (e-Hands On) ® e Speech Paper (e-Book) ® , que trazem o
conteúdo das videoaulas ainda com maior profundidade, com as técnicas e os
exercícios descritos;
Este, que você está lendo é o primeiro da série. Não é uma apostila. É um SPEECH
PAPER (e-BOOK) ®, um LIVRO DIGITAL com 100 páginas, ricas em conteúdo,
técnicas, dicas e exercícios!!! Além disso, vamos manter contato para que eu
possa lhe oferecer o feedback de seus exercícios.
E a entrega?
Bem, será uma série com VIDEOAULAS + SPEECH PAPERS®+ ACOMPANHAMENTO
que irão abranger as diversas faces das técnicas de oratória e apresentação:
x Como Controlar e Ansiedade e o Medo de Falar em Público (estou abrindo a
série com esse tema, pois não há como ensinar novas técnicas, sem antes,
trabalhar a gestão emocional do apresentador);
x Como estruturar uma apresentação;
x Como melhorar as Relações Interpessoais;
x Como montar uma apresentação;
x Como ensaiar uma apresentação;
x Como inspirar pessoas em sua apresentação;
x Como lidar com as críticas e os questionamentos do público;
x Como aprender a “interpretar” sua apresentação e não decorá-la;
Van Marchetti
Speech Paper (e-Book): Como controlar a Ansiedade e o Medo de Falar em Público
8. 8
E também os assuntos por foco de atuação:
x Como conduzir uma reunião;
x Como fazer uma apresentação de vendas;
x Como fazer um seminário na faculdade;
x Como estruturar uma aula e manter a atenção e o interesse dos alunos;
x E muitos outros temas focados e direcionados às suas necessidades em Falar
em Público estrategicamente, com segurança e naturalidade;
Enfim, serão muitas videoaulas e muitos SPEECH PAPERS® e não para por aí. Meu
compromisso com vocês é sempre trazer conteúdo novo e atualizado com aplicação
dinâmica e com resultados efetivos.
Espero que vocês gostem. Me canal de contato estará sempre aberto para orientá-los
na aplicabilidade das novas habilidades, seja via e-mail ou recebendo seus vídeos para
ajudá-los na análise.
Desejo uma ótima leitura, com resultados brilhantes!!!
Van Marchetti
Speech Paper (e-Book): Como controlar a Ansiedade e o Medo de Falar em Público
9. 9
ÍNDICE
Considerações Iniciais ................................................................................................ 05
Capítulo 1 – Como eu Venci o Medo de Falar em Público ............................................ 10
Capítulo 2 – Não espere por Milagres. Faça o Movimento ........................................... 15
Capítulo 3 – Como nasce o Medo de Falar em Público ................................................. 22
Capítulo 4 – Teste seu Medo de Falar em Público ........................................................ 27
Capítulo 5 – Os 6 “As” da GESTÃO EMOCIONAL ........................................................... 33
Capítulo 6 – Como Combater as Conversas Paralelas da Mente ................................... 44
Capítulo 7 – MIND DIRECTION – Aprenda a administrar o
Medo de Falar em Público ........................................................................................... 47
Capítulo 8 – 5 DICAS para ajudar na GESTÃO EMOCIONAL .......................................... 60
Capítulo 9 – CONSTRUÇÃO DO PENSAMENTO – Como planejar uma
Apresentação .............................................................................................................. 64
Capítulo 10 – Como Montar uma pequena APRESENTAÇÃO ........................................ 73
Capítulo 11 – 6 Passos para a CONDUÇÃO de uma APRESENTAÇÃO ............................ 82
Capítulo 12 – 93% : Aprenda a dominar o lado NÃO-VERBAL da
COMUNICAÇÃO .......................................................................................................... 90
Considerações Finais ................................................................................................... 98
Bibliografia Recomendada ........................................................................................ 100
Sobre a Autora ...........................................................................................................101
10. 10
SPEECH PAPER (e-BOOK)
Como Controlar a Ansiedade e o Medo de Falar em Público
Capítulo 1
Como eu venci o Medo de
Falar em Público
11. 11
Sempre inicio meus cursos de oratória com essa frase de Cervantes, pois ela tem
PODER! Não há remédio melhor e mais indicado para o medo de falar em público do
que ESTAR PREPARADO. E por que é a metade de vitória? Porque como veremos ao
longo desses capítulos, toda apresentação é um organismo vivo e vai se construindo
durante o seu decorrer. Afinal, estamos falando de comunicação e ela é uma via de
mão dupla: pois, onde não há IDA e VOLTA em uma fala, não há comunicação.
Em essência toda apresentação (seja uma reunião, uma aula, uma apresentação de
vendas ou executiva, um processo de feedback ou um simples processo de
relacionamento interpessoal), o ato de FALAR EM PÚBLICO resume-se em:
CONVERSAR COM pessoas e NÃO FALAR PARA pessoas.
Então uma metade é justamente o assunto central deste livro: a GESTÃO EMOCIONAL
do MEDO DE FALAR EM PÚBLICO.
Mas como estar preparado é 50% do sucesso em falar em público, também vamos
neste livro apresentar a outra metade. Vamos dar bastante ênfase ao planejamento e
à estrutura de uma apresentação. Sem isso, nosso livro ficaria incompleto.
Fato 1 = a grande maioria das pessoas, no mundo, tem medo – em maior ou menor
escala – de falar em público. Existem várias pesquisas que comprovam isso e estão
disponíveis na Internet, por isso não entrarei em detalhes aqui, para que o nosso
tempo seja otimizado e para que possamos focar no que realmente interessa: como
administrar o medo de falar em público. E se você está aqui participando deste livro, já
é uma prova contundente de que esse tema lhe interessa, certo?
Bem, vamos ao Fato 2 = também de acordo com várias pesquisas de institutos e
revistas como Exame e Você S/A, uma das competências mais buscadas pelas
empresas nos profissionais é a comunicação. Isso mesmo! Vocês não imaginam como
essa competência tão inerente a nós, seres humanos, é escassa no ambiente
corporativo. E quando falamos em comunicação, falamos de todas as vertentes que
fazem parte desse núcleo:
x O ato “em si” de falar em público com naturalidade e desenvoltura;
x A capacidade de ser assertivo, conciso e objetivo na comunicação;
x A habilidade de circular entre as áreas da empresa e gerar um fluxo contínuo e
sem ruídos na comunicação corporativa;
“Estar preparado é a metade da vitória” (Miguel de Cervantes)
Existem 2 fatos que são cruciais e que abordam amplamente esse nosso tema:
Van Marchetti
12. 12
x A habilidade de realizar apresentações executivas e comerciais;
x A habilidade de ministrar treinamentos que envolvem e inspiram os
participantes;
x A capacidade de liderar equipes distintas e manter um relacionamento
interpessoal saudável no ambiente corporativo;
Enfim, quando falamos em comunicação, temos uma ampla gama de atuação dessa
competência dos profissionais tão almejada atualmente pelas empresas.
Veja bem, aqui temos dois pontos muito importantes:
Minha formação base é em comunicação. Durante toda a minha carreira de mais de 17
anos, pude vivenciar inúmeras situações em que essa habilidade foi fundamental para
o sucesso em determinados projetos. E o mais interessante: não me programei para
ser professora de cursos de oratória – isso aconteceu naturalmente. Para que eu
pudesse ter sucesso com meus projetos, necessitava de pessoas ao meu redor. E essas
pessoas, por sua vez, precisavam desenvolver certas habilidades, dentre as quais: a
comunicação. Então passei a desenvolver essa competência nas pessoas,
naturalmente, durante meu processo de trabalho, seja em:
x Como fazer uma abordagem telefônica ou uma apresentação de vendas para
as equipes comerciais que eu liderava;
x Como manter uma equipe coesa, trabalhando as relações interpessoais;
x Como “vender” minhas ideias para a direção;
x Como abrir eventos corporativos que patrocinávamos;
x Como gerir uma comunicação assertiva entre as áreas;
x Como oferecer feedbacks realmente construtivos para meus colaboradores;
x E enfim, através dessa experiência maravilhosa (aonde aprendi a administrar
meus “medos”), pude criar treinamentos que envolvem e constroem
conhecimento prático para as pessoas “brilharem” em seu trabalho e em suas
apresentações;
Mas nem sempre foi assim ... muitos que me conhecem hoje, falam: “Ah! Mas para
você é fácil. Você tem o “dom” da comunicação”. E eu penso ... “Hummm ... passei por
várias intempéries para chegar até aqui!” Sempre fui uma criança e uma adolescente
O medo de falar em
público (exposição)
A necessidade primordial
de desenvolver a
comunicação
x
Van Marchetti
Speech Paper (e-Book): Como controlar a Ansiedade e o Medo de Falar em Público
13. 13
tímida e hoje sei que até bullying sofri – mas naquela época
não se falava disso, era um assunto mais velado – tinha uma
enorme, mas enorme mesmo, dificuldade de aceitar a minha
imagem. Para vocês terem uma ideia, detestava espelhos e
certamente aparecer em fotos, principalmente na
adolescência. E por quê isso? Tinha uma autoimagem
distorcida, certamente por “gracinhas” feitas por colegas na
escola como: magrela, branquela, desengonçada. Isso tudo
parece ser bobagem, mas cria uma rede no subconsciente que
trazemos, até sem perceber, para certas atitudes no dia-a-dia.
Bem, a essa altura vocês devem estar se perguntando: “mas como você saiu dessa?” E
eu respondo: “não saí, pelo contrário, EU ENTREI”.
Mas como assim entrou? Isso mesmo ENTREI. Eu passei a enfrentar as situações, e
hoje eu sei o porque consegui enfrentá-las. Naquela época eu não sabia que a
comunicação seria tão importante em minha carreira, então não predispus minha
mente para isso – afinal eu era apenas uma adolescente e não sabia absolutamente
nada sobre o mercado corporativo. Bem, eu adorava criar peças de teatro. Estudava
em um colégio católico e fazíamos várias pequenas representações sobre o Evangelho.
Isso era década de 80, eu tinha uma máquina de escrever, então pegava trechos do
evangelho e transformava em roteiros e depois em scrips. Feito isso, eu também
ajudava nos ensaios dos alunos.
Só que tinha um fato que somente depois de anos, percebi o potencial: se eu adorava
escrever os textos eu AMAVA interpretá-los. Costumo falar que se tivesse que ter
outra profissão, seria uma atriz (risos). Mas uma coisa era agir nos bastidores e outra,
completamente diferente, era me expor ao público! Como uma garota extremamente
tímida (hoje eu sei que era acanhamento – vamos falar sobre isso durante o
treinamento), teria coragem de se colocar de pé, em um palco, frente a centenas de
pessoas? E sabem quem eram essas pessoas? Justamente os alunos do colégio ...
Mas, o que vocês acham que me proporcionou essa possibilidade? Na época não
cogitei, mas agora eu sei: minha paixão pela interpretação era muito maior do que o
meu medo de exposição. Ou seja, eu consegui substituir um sentimento de “medo”
pelo sentimento de “paixão”. Vocês percebem a intensidade que tem esse fato?
Anos 90, vestibular, faculdade. E qual área escolhi? Justamente a Comunicação – foco
em publicidade. Queria ser redatora. Nunca fui muito boa em desenhos, mas sempre
gostei muito de escrever. Sonho dourado ver meus slogans brilhando nas campanhas
publicitárias ... mas ... nas entrevistas de emprego: vendas! Eu dizia, “Meu Deus!
“Mas como assim
entrou? Isso mesmo
ENTREI. Eu passei a
enfrentar as
situações, e hoje eu
sei o porque consegui
enfrentá-las.”
Van Marchetti
Speech Paper (e-Book): Como controlar a Ansiedade e o Medo de Falar em Público
14. 14
Vendas?” Ser vendedora, naquela época, não era lá a profissão dos sonhos, mas eu
precisava trabalhar. Hoje eu sei, que no processo seletivo, alguns traços da minha
personalidade foram fundamentais nessas escolhas – os melhores vendedores têm
aspectos da comunicação mais desenvolvidos e isso se destacava nas entrevistas e
testes.
Mas, só voltando um pouquinho. Primeiro dia de aula, entrei na faculdade, olhei ao
redor, minhas amigas – velhas companheiras de ginásio e ensino médio – não estavam
lá, afinal cada uma seguiu uma área no ensino superior. Eu estava sozinha pela
primeira vez, depois de muitos anos escolares. Lembro como se fosse hoje, pensei:
“Não tenho como andar para trás, daqui é para frente”. Durante muitos anos não
precisei fazer novas amizades: era sempre o mesmo grupo tanto na escola como na
vida social e eu me sentia protegida por isso. Mas e agora? O coração acelerou, a boca
ficou seca e as pernas trêmulas – alguma semelhança com o que você sente ao fazer
uma apresentação ou falar em público? (risos) – sim! Então decidi enfrentar. Aqui, a
vergonha de recuar (nunca gostei de demonstrar fraqueza), serviu como a “paixão”
propulsora contra o medo da exposição. Cheguei a ser até da comissão de formatura!
Um bela evolução, não acha?
Ah! Só mais uma história ... mesmo durante os quatro anos de faculdade, me
desenvolvendo bem na exposição e já apresentando com mais tranquilidade os
seminários, desmaiei um pouco antes da apresentação do meu TCC. Sim! DESMAIEI,
(risos) quando soube da banca, a qual era extremamente CRÍTICA. Imaginem a
correria. Mas deu tudo certo. Quase sucumbi às emoções, mas resisti e apresentei.
Ufa!!! Viu só? O medo de falar em público não vai embora. Nós é que aprendemos a
domá-lo.
Bem, foram diversas situações pelas quais passei, mas não vou descrevê-las todas aqui
senão esse texto será um livro de 500 páginas! Por que descrevi essas duas situações?
Porque hoje eu sei que existem forças maiores (paixões) que são determinantes em
nossas atitudes. Então, o autoconhecimento é um aliado fundamental para que
possamos, definitivamente, sobrepujar o medo de falar em público. Quando falo em
“paixão” não vamos confundir com o sentimento do relacionamento, mas sim, de uma
“emoção” que acionado o gatilho mental certo, podemos utilizá-la a nosso favor.
Por isso, minha determinação é ajudar o maior número de pessoas a perceber que
administrar o medo de falar em público é totalmente possível, bastando seguir alguns
passos, dentro de uma metodologia totalmente voltada à construção da comunicação
interpessoal eficaz e de sucesso.
Convido a todos a essa nossa jornada. Vamos falar em público?
Van Marchetti
Speech Paper (e-Book): Como controlar a Ansiedade e o Medo de Falar em Público
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Capítulo 2
Não espere por milagres.
Faça o movimento.
SPEECH PAPER (e-BOOK)
Como Controlar a Ansiedade e o Medo de Falar em Público
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OVERVIEW
x Tenha total domínio sobre o assunto;
x Ensaiar a apresentação:
1) Ensaie com as anotações (de preferência
gravando) (assista) (veja o que precisa mudar/
cortar);
2) Ensaie novamente;
3) Ensaie novamente, neste ponto você já estará desenvolvendo a
espontaneidade (isso vai lhe dando autoconfiança)
4) Procure, neste ensaio, não olhar as anotações (falar de improviso funcional)
= credibilidade perante o público (assista ao vídeo e compare com as
anotações), veja o que faltou falar e ensaie novamente dando atenção para
esta parte;
5) Em cada ensaio, sua fala fica diferente, porém a essência do tema é a
mesma. O ensaio cria “gatilhos” mentais para que você fale com
autoconfiança sobre seu tema;
Um panorama geral sobre o que será visto em nosso livro ...
TRABALHANDO O EMOCIONAL: ESTRATÉGIAS COMPORTAMENTAIS
ANSIEDADE
Gerando poder
emocional através
das palavras
Como dominar
a ansiedade
pré e inicial
EXPRESSÃO
VERBAL
Como persuadir e
motivar sua
plateia
PERSUASÃO
Como falar em
público, transmitindo
mensagens de
resultados
MENSAGENS
EFICAZES
+ + +
Segundo pesquisas, o MEDO DE
FALAR EM PÚBLICO é
considerado um dos maiores
medos da humanidade: medo da
exposição e medo da crítica;
Van Marchetti
17. 17
MAIS DICAS:
x Faça gravações com textos diferentes;
x Cuidado com a autocrítica: Em geral a imagem que fazemos da nossa pessoa é
pior do que aquela que os outros de fato observam;
x No local: chegue com antecedência;
x Pratique em todas as oportunidades;
x O medo deve ser controlado e não eliminado: ele nos mantém atentos;
x Fale com Emoção e Entusiasmo!
OS 4 PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS PARA ÓTIMAS APRESENTAÇÕES
1) AS PESSOAS SOMENTE MOSTRARÃO INTERESSE E LHE DARÃO ATENÇÃO,
QUANDO PERCEBEREM UM BENEFÍCIO EM SUA APRESENTAÇÃO
9 Quando você iniciar o roteiro de sua apresentação, pare e pense como se fosse
seu público. E o que seu público perguntaria antes de oferecer seu tempo para
assisti-lo?
Você sabe? Eles perguntariam: “O que eu vou ganhar com isso?”
9 Você deve se perguntar: “O que meu público espera dessa apresentação?”
“Quais são as expectativas?”
2) A APRESENTAÇÃO É PARA SEU PÚBLICO!
9 Essa é a regra de ouro na oratória: a apresentação é para seu público.;
9 Fundamental: ao fazer uma apresentação: fale COM as pessoas e não PARA as
pessoas. A interatividade é essencial para criar conexão com seu público;
9 Você deve conversar com o seu público. Faça contato visual. Olhe nos olhos do
seu público. Olhar nos olhos é uma das premissas da oratória. Isso gera
confiança e credibilidade. Ora! Se você conversar com alguém que não olha
diretamente em seus olhos, o que você acha dessa pessoa?
Van Marchetti
Speech Paper (e-Book): Como controlar a Ansiedade e o Medo de Falar em Público
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3) NÃO DIVULGUE INFORMAÇÕES. CRIE UMA EXPERIÊNCIA PARA SUA PLATEIA
9 Você tem que se preocupar em inspirar as pessoas;
9 Com isso, as informações que você tem para passar serão apreendidas pelas
pessoas. Haverá a manutenção do interesse de sua audiência;
4) VOCÊ É O PROTAGONISTA DA APRESENTAÇÃO.
9 De forma errada, muitas pessoas utilizam o slide como primeiro plano para
suas apresentações, quando na realidade ele é uma ferramenta de apoio;
Aqui, durante a leitura, vou lhe ensinar uma ferramenta para planejar uma
apresentação;
9 Os seus slides servem para ilustrar sua apresentação e para guia-lo durante
o processo;
9 As pessoas estão lá para assistir o que VOCÊ, com seu conhecimento e
experiência, tem para transmitir a elas;
9 Assim: performance de palco, desenvoltura e naturalidade, são
características fundamentais para apresentações de sucesso;
O QUE FAZER?
SAIR DA ZONA DE CONFORTO E ENTRAR NA ZONA DE CONFRONTO
SEM PREPARO, O RESULTADO É ...
O MEDO DE EXPOR AS NOSSAS FRAQUEZAS E O MEDO DE EXPOR O NOSSO DESPREPARO
O MEDO E A ANSIEDADE EM FALAR EM PÚBLICO
O medo de falar em público é o medo que temos de expor as nossas fraquezas e os nosso despreparo. É, em
grande parte também o fato de não falarmos em público com frequência.
Van Marchetti
Speech Paper (e-Book): Como controlar a Ansiedade e o Medo de Falar em Público
19. 19
Preciso falar em público? Então preciso
sair da zona de conforto e entrar na
zona de confronto (enfrentar os meus
medos).
Confronto dos medos, das incertezas, da
autocrítica negativa ... e assim por
diante.
Algumas pessoas dizem: “mas eu não
tenho tanto medo de falar em público”
O medo de falar em público tem
várias nuances: vai desde uma simples
ansiedade até um medo excessivo
(pânico) em estar diante de outras
pessoas.
Ficamos na expectativa do que o
outro vai pensar do nosso conteúdo,
do que o outro vai pensar sobre a
nossa performance.
FISIOLOGIA DO MEDO DE FALAR EM PÚBLICO:
Van Marchetti
Speech Paper (e-Book): Como controlar a Ansiedade e o Medo de Falar em Público
20. 20
ORIGENS:
x Pressões ou superproteção na infância;
x Experiências mal sucedidas;
x Tendência a não persistência;
x Autoimagem distorcida;
Na maioria das vezes a autocrítica é a
nossa maior vilã e não a crítica
externa. É um problema conosco e
não com o outro.
Em relação às experiências mal
sucedidas, o impacto desse fator,
varia de pessoa para pessoa.
Dependerá muito de como será a
receptividade do momento.
Se você acredita que teve essas
experiências, eu lhe pergunto:
“quantas vezes você tentou?”
Vamos nos espelhar nos atletas ou
mesmo nos artistas de teatro?
Quantas vezes você acredita que eles
treinam e ensaiam para chegar à
excelência?
Bem, eu diria que são muitas!
E você? Como se prepara para suas
apresentações e reuniões?
Posso dar um palpite? Talvez ... deixa
para a última hora? Hummm ... será
que acertei? Ou, pelo menos, bati na
trave?
Pois é, infelizmente, a maioria das
pessoas, ao receberem uma
incumbência de falar em público,
acabam gerando um dispositivo terrível
para o insucesso de suas
apresentações: elas acabam adiando a
preparação, dando a “desculpa”
subconsciente (PROCRASTINAÇÃO) do:
“ainda tenho tempo ... faltam 10 dias ...
faltam 5 dias ... ihhhhh é amanhã” ... e
BOMBA!!! Você já sabe o resultado!
Aqui, podemos falar em falta de preparo e falta de treino.
Porém, é importante ter em mente que o ser humano está
sempre em construção, então saiba que a cada
apresentação, você irá aprender mais e mais e, certamente
ficará com uma performance cada vez melhor em suas
apresentações. O que você precisa fazer é sair do seu
casulo de “falsa” proteção e se colocar na “vida”, sem
medos “imaginários” que ceifam as suas oportunidades de
crescimento e vitórias.
“A cada apresentação,
você irá aprender mais e
mais e, certamente ficará
com uma performance
cada vez melhor.”
Van Marchetti
Speech Paper (e-Book): Como controlar a Ansiedade e o Medo de Falar em Público
21. 21
Quando pequenos, não caímos várias vezes até aprender a ficar em pé e andar? Falar
em público com segurança e desenvoltura, não é diferente. Veja cada erro, analise
com cautela, mas principalmente, saiba que falhas fazem parte do processo de
aprendizagem. Conheço muitas pessoas ... e como conheço! Pessoas de sucesso,
pessoas que “patinam” no sucesso e pessoas que simplesmente desistiram do sucesso.
Sinceramente, não conheço NINGUÉM que tenha alcançado o sucesso sem antes
“patinar” bastante. Esses são os DETERMINADOS. Esses são os PERSISTENTES. E os
DESISTENTES? São os fracassados? Não! Prefiro ver o fracasso como uma derrota
temporária, como diz Napoleon Hill. Esses desistentes, simplesmente resolveram parar
e continuar a viver situações de AUTOCRÍTICA NEGATIVA, pois acreditam que se fazer
de vítima das circunstâncias os protege da EXPOSIÇÃO e da CRÍTICA. Enfim, são
escolhas. A vida é feita de escolhas.
“O insucesso é apenas uma oportunidade para recomeçar de novo com mais
inteligência.” (Henry Ford)
Também temos os que se auto-intitulam como “tímidos”. Muitas pessoas que se
consideram tímidas, na realidade, utilizam esse termo para não saírem da zona de
conforto e enfrentar a zona de confronto. Pense sobre isso!
TIMIDEZ OU ZONA DE CONFORTO?
A MAIORIA DAS PESSOAS É O TÍMIDO DA ZONA DE CONFORTO: A TENTAÇÃO DE FUGIR
DA SITUAÇÃO.
A PRINCIPAL CAUSA DO MEDO: A FALTA DE PRÁTICA
SE VOCÊ COLOCAR EM PRÁTICA, CERTAMENTE SE SENTIRÁ MUITO MAIS CONFIANTE E
SEGURO AO FALAR EM PÚBLICO
O MEDO TEM QUE SER ENFRENTADO!
“Enfrente aquilo que mais teme e seu medo irá se derreter”.
(Dale Carnegie)
Van Marchetti
Speech Paper (e-Book): Como controlar a Ansiedade e o Medo de Falar em Público
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Capítulo 3
Como nasce o Medo de
Falar em Público
SPEECH PAPER (e-BOOK)
Como Controlar a Ansiedade e o Medo de Falar em Público
23. 23
Também conhecido por GLOSSOFOBIA, o medo de falar em público tem seus
indesejáveis sintomas (taquicardia, tremores, sudorese, esquecimentos) originados
nos PENSAMENTOS NEGATIVOS, os quais ocasionam uma descarga de adrenalina no
organismo. E por que isso ocorre? Desde os tempos primitivos, esse foi o mecanismo
de defesa usado pelos nossos ancestrais, na possibilidade de fuga em uma situação
imprevista de caça. Essa adrenalina, uma vez no organismo, aumenta a pressão
sanguínea e impacta na agilidade dos movimentos.
Porém, herdamos esse mecanismo e automaticamente, quanto nossa mente entende
que estamos em uma situação de perigo, o aciona. Exposição e crítica são duas
circunstâncias que apavora, ou pelo menos, incomoda muitas pessoas. Uma vez
acionado, esse mecanismo libera a adrenalina e nos prepara para a fuga. Mas aqui
temos um pequeno problema: não temos
como fugir! Imagine a cena: você preparado
para uma apresentação, entra em cena e
logo a seguir, sai correndo. Isso seria terrível
para sua reputação, não é mesmo? Pois é,
então como você não pode sair correndo,
mas também não utiliza nenhuma técnica
para evitar pensamentos negativos sobre
sua apresentação, fica parado e todo esse
turbilhão de movimentos ficam contidos em
seu corpo. Resultado: tremores, taquicardia ...
MEDO
O medo pode ser classificado de duas formas:
“O medo faz com que se produza o que se teme.” (Viktor Frankl)
ISSO
ACONTECE
COM VOCÊ?
MEDO REAL MEDO IMAGINÁRIO
X
Van Marchetti
24. 24
Ter a prevenção de atravessar a rua na faixa de
pedestres e com o sinal “verde” para a passagem é
um tipo de “medo” real, pois caso não cumpra
essas regras, o risco de um acidente é real. Porém,
o medo de ser criticado ou ridicularizado não é real. É um medo psicológico, ou seja,
você concentra a energia do seu pensamento em algo que ainda não aconteceu e, se
você souber se preparar adequadamente, certamente não irá acontecer.
ENTÃO ...
RESULTADO:
Quem passa por essa situação antes de uma apresentação, perde o foco (vem os
esquecimentos). A atenção fica totalmente voltada à necessidade de se acalmar e sai
do campo da atenção na mensagem e no público.
VOCÊ VÊ A IMPORTÂNCIA DE TRABALHAR SUA GESTÃO EMOCIONAL?
POR QUE SOFRER POR
ANTECEDÊNCIA???
PENSAMENTO
NEGATIVO
PERIGO
IMAGINÁRIO
MEDO
PSICOLÓGICO+ =
Van Marchetti
Speech Paper (e-Book): Como controlar a Ansiedade e o Medo de Falar em Público
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NOSSOS HÁBITOS
Vamos ver como funciona os mecanismos de nossa mente. Não quero aqui ser ousada
e nem me aprofundarei no tema, pois não sou psicóloga, neurocientista ou afins.
Apenas entendo o necessário para saber o quanto a falta de dirigir nossos
pensamentos nos prejudica em vários aspectos de nossa vida, principalmente no ato
de falar em público.
Basicamente, o corre o seguinte com o nosso mecanismo mental:
Vamos exemplificar para uma situação de exposição pública:
Supondo que em um dado momento, lá no
passado – talvez na adolescência, no
colégio – você sofreu um “impacto
emocional negativo” (um deboche, por
exemplo). Digamos que isso lhe causou
uma grande sensação de baixa-estima. Se
esta situação ocorreu na presença de mais
pessoas, certamente essa sensação se
agravou. Se isso se repetiu mais algumas
vezes, possivelmente seu cérebro criou um
“caminho neural” automático para a
solução desse problema.
Bem, você está agora na fase adulta e
aquelas brincadeiras de adolescente
ficaram lá atrás, certo? ERRADO!
Conscientemente, hoje, você pode até
achar pueril, mas ficou tudo ali, gravado no
seu subconsciente.
Hoje você está na faculdade, ou talvez já
tenha passado por isso e aqueles
seminários e a apresentação do TCC foram
verdadeiras torturas. Está no mercado
corporativo e a simples ideia de fazer uma
pequena apresentação ou mesmo expor
um projeto lhe apavoram. Então você se
declara “incapaz”: “sou tímido”, “não tenho
a menor aptidão” ... desculpas e mais
desculpas.
Mesmo sem ter consciência disso, ao se
E quando não dá para fugir? TREME, SE
Em algum momento você
sofreu um impacto
emocional
Seu cérebro encontrou
uma solução mais
confortável
Você tem a “percepção”
de resolvido o problema
A situação se repete: o
mesmo impacto
emocional ou semelhante
Seu cérebro busca a
mesma resposta “pseudo
confortável”
Mantendo o
“CICLO VICIOSO”
Van Marchetti
Speech Paper (e-Book): Como controlar a Ansiedade e o Medo de Falar em Público
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deparar com a necessidade de exposição,
você sente “medo” e aciona em sua mente
a procura automática por uma solução. E
qual é a solução? A mesma encontrada lá
atrás, no colégio, lembra? A FUGA.
Então você literalmente “foge” de
qualquer situação em que tenha que se
expor.
DESEPERA.
Por que estou falando tudo isso? Para lhe
mostrar que a única forma de “desmontar”
esse caminho neural automático é criando
um NOVO CAMINHO NEURAL. E como fazer
isso?
Basicamente, o medo de falar em público vem de 3 fatores:
FALTA DE
AUTOCONHECIMENTO
FALTA DE PRÁTICA
FALTA DE
CONHECIMENTO SOBRE O
TEMA
Autocrítica Negativa
Medo de situações de
improviso
Medo de responder as
perguntas
Distorção da Autoimagem
Não saber como lidar com
a reação do público
Medo de transmitir
alguma informação errada
Autoestima muito baixa
Não conseguir ter uma boa
performance
Medo de esquecer pontos
importantes
Não ter autocontrole
emocional
Demonstrar que está
nervoso
Medo de não manter o
interesse do público
Todas essas questões podem ser trabalhadas e resolvidas com preparo, gestão emocional e
enfrentamento. Você vai ser SURPREENDER com o RESULTADO. Tente, não custa nada!
ENFRENTANDO O “MEDO
PSICOLÓGICO”
COM PREPARAÇÃO
ADEQUADA
GERANDO SITUAÇÕES DE
SUCESSO
Van Marchetti
Speech Paper (e-Book): Como controlar a Ansiedade e o Medo de Falar em Público
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Capítulo 4
Teste seu Medo de
Falar em Público
SPEECH PAPER (e-BOOK)
Como Controlar a Ansiedade e o Medo de Falar em Público
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Este é um teste para você mensurar seu medo ou ansiedade ao falar em público. No
final do teste, você terá um gabarito. Preencha-o e envie ao meu e-mail. Seu teste será
avaliado e você receberá uma devolutiva com análise de seu perfil e dicas específicas
para você.
Como você deverá enviá-lo: (exatamente como solicitado abaixo)
1) Encaminhe para o e-mail: vanmarchetti@attitudeplan.com.br
2) Coloque no assunto: Teste Curso Online Medo de Falar em Público
3) No corpo do e-mail escreva:
* Seu nome completo
* Data de nascimento
* Atuação Profissional (cargo/área) ou Estudante (área)
* Área de formação (técnico, superior ou ensino médio)
* Quais os tipos de apresentações que normalmente tem que realizar?
* Quais lhe deixam um pouco mais à vontade? Por quê?
* Quais lhe deixam mais apreensivo (a) / ansioso (a) Por quê?
Bem, vamos ao teste. Por favor, responda às questões NÃO como você acredita que deveria
ser, mas SIM, como você se sente e age nas situações de exposição pública. Um ótimo teste
para você!!!
1) Ao estar diante da situação de uma apresentação, vendas, reunião ou outra
em que esteja em exposição, como se sente:
A Sinto-me em um estado emocional controlado
B Sinto-me em um estado emocional, relativamente tenso (a), mas consigo ter controle
C Sinto-me totalmente nervoso (a) e com grande descontrole emocional
2) Quando você é chamado para fazer uma apresentação, tem que organizar
uma reunião ou fazer uma apresentação de vendas, qual a sua atitude
A Não faço uma preparação dentro de um processo organizado, simplesmente utilizo
dos conhecimentos que já tenho
B Antes de começar a desenvolver o conteúdo, analiso com muito cuidado perfil do
público
C Eu realmente não me preparo
“Durante toda a duração de sua vida é o medo que impede a extensão da
grandeza que poderia ser sua.” (Eugene J. Benge)
Van Marchetti
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3) Imagine uma situação em que não tenha conhecimento mais profundo sobre
um determinado assunto, porém recebe um convite e sabe que é uma
oportunidade interessante para sua carreira
A Você nem pensa sobre isso. Recusa imediatamente
B Você pergunta sobre o prazo e somente confirma se houver tempo hábil para o
preparo
C Você aceita prontamente e depois corre atrás para se preparar
4) Como você organiza sua comunicação para uma apresentação
A Se tenho um grande conhecimento sobre o tema, não organizo. Faço alguns
lembretes e vou levando minhas argumentações
B Independente de meu conhecimento, atendo públicos diferentes, então tenho que
reorganizar, o mesmo tema, para diversas situações
5) A apresentação ou reunião inicia, como você age
A Já treinei antes, durante o planejamento, qual será minha abertura.
B Não tenho consciência disso, nunca pensei. Acho que vou direto ao assunto
6) Durante a apresentação, você percebe que algumas pessoas se levantam e
saem. Qual a sua reação
A Acho normal, afinal as pessoas têm outras coisas para fazer
B Fico em Pânico, afinal estão detestando minha apresentação
C Mantenho a calma e passo a analisar com mais detalhes a reação das pessoas
7) Falando da reação das pessoas, como você administra a manutenção da sua
audiência
A Falo exatamente o que levei para falar
B Fico bem atento (a) às reações. Se percebo algo fora do esperado, já procuro alterar
os rumos da apresentação para manter o interesse
Van Marchetti
Speech Paper (e-Book): Como controlar a Ansiedade e o Medo de Falar em Público
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8) Quando você faz uma apresentação executiva, de vendas, acadêmica ou
uma reunião, qual o seu real objetivo
A Nunca pensei exatamente sobre isso. Acabo levando no “piloto automático” Monto a
apresentação e simplesmente executo
B Sempre planejo minha apresentação pensando no objetivo que quero atingir de ação
do público
9) E como você termina sua apresentação
A Aprendi que tenho que deixar uma mensagem forte e impactante, mas nem sempre
encontro uma muito ligada ao assunto. Porém não deixo de colocar algo assim.
B Bem, termino agradecendo a oportunidade.
C O final é o ponto alto. Sempre planejo algo que irá fazer com que o público tenha uma
ação específica, de acordo com o objetivo da minha apresentação.
10) Como você trabalha sua performance para uma apresentação
A Eu treino bastante minhas expressões e minha voz para fazer “bonito”
B Eu treino bastante minhas expressões e minha voz, sempre de acordo com o ambiente
e o público
C Eu nunca me preocupei com performance. Vou lá e apresento.
D Eu “morro” de vergonha das minhas expressões e de parecer ridículo (a), por isso
procuro ser o mais contido (a) possível
11) Se atua em uma área mais técnica e possui “jargões” próprios dessa área,
como administra seu vocabulário
A Nunca me atentei a isso. Simplesmente falo, independente do público
B Dependendo do público, faço adaptações. Se for um público mais leigo, geralmente
utilizo outros recursos, como metáforas, por exemplo.
Van Marchetti
Speech Paper (e-Book): Como controlar a Ansiedade e o Medo de Falar em Público
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12) Quando pensa no ritmo de sua fala, como ele se processa
A Já me falaram que falo rápido demais ou devagar demais quando estou apresentando,
mas nunca fiz nada sobre isso
B Tenho total consciência do ritmo da minha fala e vou conduzindo de acordo com a
mensagem que quero transmitir
13) Quando falamos de contato visual. Como é o seu durante uma apresentação
A Tenho pavor de olhar para as pessoas e perceber que não estou agradando
B Olho para as pessoas, porém quando percebo algo errado, já vou sentindo um certo
incomodo que prejudica minha concentração
C Nunca olho diretamente para as pessoas. Olho para um papel, para o slide, para a
parede, mas para as pessoas, definitivamente, não!
14) Se não estiver dirigindo uma reunião, mas somente participando, qual é o
seu comportamento
A Não fala nada, mas mantém a atenção, pois se for chamado terá ciência sobre o
assunto. Prefere não se pronunciar, mas se tiver que participar, fica tranquilo (a)
B Sempre se prepara com antecedência, pois sabe que é uma oportunidade para
apresentar alguma ideia
C Nem imagina a possibilidade de falar e fica “rezando” para não ser chamado
15) Quando pensa em seu estilo de comunicação, com qual você mais se
identifica
A Você é bastante “expressivo”, com gestos e grande teatralidade
B É mais objetivo e não entende que tenha espaço para “emoção” em qualquer grau,
durante uma apresentação
C Acredita que consegue manter um equilíbrio entre ser objetivo e ter uma performance
um pouco teatral
Van Marchetti
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Muito bem! Agora você deverá copiar colar o gabarito abaixo com as suas respostas e
enviar ao meu e-mail:
GABARITO
NÚMERO DA QUESTÃO LETRA CORRESPONDENTE À SUA RESPOSTA
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
“Nunca deixe que nenhum limite tire de você a ambição da
Autosuperação”
Van Marchetti
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Capítulo 5
Os 6 “As” da
GESTÃO EMOCIONAL
SPEECH PAPER (e-BOOK)
Como Controlar a Ansiedade e o Medo de Falar em Público
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Podemos trabalhar a GESTÃO EMOCIONAL ao falar em público, através de 4 princípios,
os 4 As :
AUTOCONFIANÇA
A autoconfiança pode ser definida como a “consciência das nossas habilidades” e a
certeza de que nossas metas serão atingidas. Mas como atingimos esse estágio de
consciência? A resposta é simples: com trabalho, persistência e dedicação. Vamos
trazer esse exemplo ao ato de falar em público. Já passamos da fase do mi mi mi
(risos). Nada de lamentações e muito menos de limitações.
Neste momento, o fundamental é entender o que eu preciso ter como habilidade para
falar em público com naturalidade, segurança e desenvoltura, certo? Então vamos lá,
observe o quadro abaixo. Não vou entrar aqui nos detalhes mais estratégicos como
planejamento e estrutura da apresentação, mas sim, nas habilidades do apresentador:
“No meio da confusão, encontre a simplicidade. A partir da
discórdia, encontre a harmonia. No meio da dificuldade reside a
oportunidade.” (Albert Einstein)
AUTOCONFIANÇA
AUTOCONTROLE
AUTOCRÍTICAAUTOCONHECIMENTO
AUTOESTIMA AUTOMOTIVAÇÃO
Van Marchetti
35. 35
HABILIDADES DO APRESENTADOR FUNDAMENTAIS PARA FALAR BEM EM PÚBLICO
COMUNICAÇÃO VERBAL – VOZ
BOA DICÇÃO RITMO
VELOCIDADE
CONTROLADA
ENTONAÇÃO
COMUNICAÇÃO NÃO VERBAL – EXPRESSÕES
EXPRESSÕES FACIAIS
EXPRESSÕES CORPORAIS
(GESTOS)
OLHAR PARA O PÚBLICO
EXERCÍCIO: FAÇA UMA PRÉ-ANÁLISE DE SUAS HABILIDADES: você deverá fazer esse
exercício baseado em suas percepções. Ao fazer esse exercício, você já estará
trabalhando o segundo A, o AUTOCONHECIMENTO. Adquirindo assim, a consciência
de suas habilidades em oratória.
Você deverá classificar e logo após descrever o por quê acha isso:
SUAS HABILIDADES AO FALAR BEM EM PÚBLICO
Avaliação Própria
COMUNICAÇÃO VERBAL – VOZ
DICÇÃO ( ) BOA ( ) RUIM ( ) PÉSSIMA
Por quê?
RITMO ( ) BOA ( ) RUIM ( ) PÉSSIMO
Por quê?
VELOCIDADE
CONTROLADA
( ) BOA ( ) RUIM ( ) PÉSSIMA
Por quê?
ENTONAÇÃO ( ) BOA ( ) RUIM ( ) PÉSSIMA
Van Marchetti
Speech Paper (e-Book): Como controlar a Ansiedade e o Medo de Falar em Público
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Por quê?
COMUNICAÇÃO NÃO VERBAL – EXPRESSÕES
EXPRESSÕES FACIAIS ( ) BOA ( ) RUIM ( ) PÉSSIMA
Por quê?
EXPRESSÕES CORPORAIS
(GESTOS)
( ) BOA ( ) RUIM ( ) PÉSSIMA
Por quê?
OLHAR PARA O PÚBLICO ( ) BOA ( ) RUIM ( ) PÉSSIMA
Por quê?
Agora, faça uma pequena filmagem – de até 3 minutos. Ou você mesmo ou peça para
alguém lhe filmar. Não precisa se preocupar com o conteúdo. Fale sobre algo que você
tenha conhecimento.
Depois, assista detalhadamente ao vídeo. Peça para outra pessoa assistir. Depois
repita a sua avaliação e peça à outra pessoa fazer uma avaliação também. Peça que
seja bastante sincero e que pontue os pontos fortes e a desenvolver de suas
habilidades. Assistam quantas vezes for necessário para ter uma avaliação bem
definida.
Van Marchetti
Speech Paper (e-Book): Como controlar a Ansiedade e o Medo de Falar em Público
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Esta é a sua:
SUAS HABILIDADES AO FALAR BEM EM PÚBLICO
Reavaliação Própria
COMUNICAÇÃO VERBAL – VOZ
DICÇÃO ( ) BOA ( ) RUIM ( ) PÉSSIMA
Por quê?
RITMO ( ) BOA ( ) RUIM ( ) PÉSSIMO
Por quê?
VELOCIDADE
CONTROLADA
( ) BOA ( ) RUIM ( ) PÉSSIMA
Por quê?
ENTONAÇÃO ( ) BOA ( ) RUIM ( ) PÉSSIMA
Por quê?
COMUNICAÇÃO NÃO VERBAL – EXPRESSÕES
EXPRESSÕES FACIAIS ( ) BOA ( ) RUIM ( ) PÉSSIMA
Por quê?
EXPRESSÕES CORPORAIS
(GESTOS)
( ) BOA ( ) RUIM ( ) PÉSSIMA
Por quê?
OLHAR PARA O PÚBLICO ( ) BOA ( ) RUIM ( ) PÉSSIMA
Por quê?
Van Marchetti
Speech Paper (e-Book): Como controlar a Ansiedade e o Medo de Falar em Público
38. 38
Esta é para a outra pessoa:
SUAS HABILIDADES AO FALAR BEM EM PÚBLICO
Avaliação da outra pessoa
COMUNICAÇÃO VERBAL – VOZ
DICÇÃO ( ) BOA ( ) RUIM ( ) PÉSSIMA
Por quê?
RITMO ( ) BOA ( ) RUIM ( ) PÉSSIMO
Por quê?
VELOCIDADE
CONTROLADA
( ) BOA ( ) RUIM ( ) PÉSSIMA
Por quê?
ENTONAÇÃO ( ) BOA ( ) RUIM ( ) PÉSSIMA
Por quê?
COMUNICAÇÃO NÃO VERBAL – EXPRESSÕES
EXPRESSÕES FACIAIS ( ) BOA ( ) RUIM ( ) PÉSSIMA
Por quê?
EXPRESSÕES CORPORAIS
(GESTOS)
( ) BOA ( ) RUIM ( ) PÉSSIMA
Por quê?
OLHAR PARA O PÚBLICO ( ) BOA ( ) RUIM ( ) PÉSSIMA
Por quê?
Van Marchetti
Speech Paper (e-Book): Como controlar a Ansiedade e o Medo de Falar em Público
39. 39
Agora compare as três avaliações. Primeiro compare as suas. Certamente você verá
pontos divergentes: isso denota sua autoimagem. Se a diferença foi muito grande
entre a primeira e a segunda, ou seja, na primeira com mais pontos negativos, isso
significa que há uma distorção em relação à sua autoimagem. Aqui você já começa a
treinar a lidar com o terceiro A, a AUTOCRÍTICA. Como está sua autocrítica? Mais
positiva ou mais negativa? Sentiu a diferença entre o apresentador real e o
apresentador “imaginado”?
E quanto à terceira avaliação, do colega? Agora faça a comparação entre as três.
Chegou o momento de você começar a trabalhar a CRÍTICA do outro. Como você se
sentiu? Tente olhar essa crítica como uma ferramenta de desenvolvimento e não de
uma forma negativa. Nossa reação emocional depende do foco que colocamos nas
críticas e como as recebemos.
Na realidade todos os As estão interligados e são interdependentes. Voltando à
Autoconfiança, vejamos alguns pontos importantes a analisar. Veja para qual lado você
se sente. Coloque um X:
AUTOCONFIANÇA (ALTA) AUTOCONFIANÇA (BAIXA)
Fazer o que você acredita, mesmo que
haja críticas ou deboches
Agir de acordo como as pessoas
esperam de você ou pensam,
mesmo sacrificando suas
convicções
Aceitar e admitir erros e utilizá-los
como aprendizagem
Procurar esconder seus erros ao
máximo e evitar que percebam
Aceitar elogios tranquilamente:
“parabéns, o trabalho ficou muito
bom”
Não lida muito bem com elogios:
“não foi nada, muitos poderiam
fazer igual”
Entrar na zona de confronto, ou seja,
disposição para correr riscos em prol
de obter algo melhor
Continuar na zona de conforto, por
medo de correr risco e de se expor
a um fracasso
Esperar ser reconhecido Fazer o seu Marketing Pessoal
E aí?? De que lado você está???
Van Marchetti
Speech Paper (e-Book): Como controlar a Ansiedade e o Medo de Falar em Público
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A AUTOCONFIANÇA (ALTA) remete ao quarto A, a AUTOESTIMA. Resumindo, a
autoestima é a crença de que você pode e deve ser feliz. Que você é livre para fazer
suas escolhas e sabe lidar com seus erros de uma forma construtiva. Enfim, é gostar de
você, independente dos pontos que você ainda precisa desenvolver. Quando você tem
elevada autoestima, você sabe que é um ser humano em construção e que a vida é
uma eterna aprendizagem. Você sabe que se algo não foi bem hoje, amanhã será um
novo dia e você tem uma nova página em branco para preencher.
O pensamento positivo é peça importante, porém não é a única face desse propósito.
Ele sozinho não faz com que saiamos do lugar, portanto, para completar o ciclo é
necessário trabalharmos o 3 fatores para uma base sólida para a AUTOCONFIANÇA :
x O PENSAMENTO POSITIVO
x A DEFINIÇÃO DE METAS
x As EXPERIÊNCIAS DA VIDA (principalmente o modo como lidamos com essas
experiências – entendemos os erros como fator de fracasso e limitante ou
como um fator para o auto desenvolvimento?)
Van Marchetti
Speech Paper (e-Book): Como controlar a Ansiedade e o Medo de Falar em Público
41. 41
Aqui, o foco e a determinação são primordiais para atingir um nível de autoconfiança
sustentável. Gosto muito desta frase de Jobs, pois em poucas palavras, resume
perfeitamente o que é foco:
"Algumas pessoas acham que foco significa dizer sim para a coisa em que você irá se
focar. Mas não é nada disso. Significa dizer não às centenas de outras boas ideias que
existem. Você precisa selecionar cuidadosamente." (Steve Jobs)
Somo bombardeados diariamente por milhões de informações (no nível consciente e
muito mais ainda no nível subconsciente), então precisamos manter a atenção focada
naquilo que realmente vai nos conduzir aos nossos objetivos. E MUITO CUIDADO!!! O
foco é irmão gêmeo da determinação. Seremos facilmente tentados a mudar o
caminho por frases que nos assombram sempre. Isso por acaso lhe é familiar?
x “Desista! Você já tentou e não conseguiu ... não vai conseguir ... não é para
você”
x “Veja isso aqui que interessante também! E se eu entendesse melhor sobre
isso?”
x Ahhh, se eu deixar para amanhã, não vai atrasar tanto assim ...”
Aqui precisamos sacar mais uma de nossas armas, o quinto A: AUTOCONTROLE. O
autocontrole, ao contrário do que muitos pensam, não começa no autocontrole
emocional, mas sim no autocontrole dos pensamentos. Afinal, são eles que geram as
emoções e refletem em nossas atitudes, não é mesmo?
Então vamos reformular as frases acima?
FRASE 1
x “Desista! Você já tentou e não conseguiu ... não vai conseguir ... não é para
você”
Quantas vezes você tentou mesmo? Duas, três? Ah, sei! O Michael Jordan,
grande atleta do basquete pensa diferente e ele é um grande sucesso. Veja
isso:
"Errei mais de 9.000 cestas e perdi quase 300 jogos. Em 26 diferentes finais
de partidas fui encarregado de jogar a bola que venceria o jogo... e falhei.
Eu tenho uma história repleta de falhas e fracassos em minha vida. E é
exatamente por isso que sou um sucesso."
Como está sua persistência???
Van Marchetti
Speech Paper (e-Book): Como controlar a Ansiedade e o Medo de Falar em Público
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Vamos mudar sua frase? Que tal ...
x “Ok, você já tentou por esse caminho. E se buscar outro? Ou talvez, verifique
suas atitudes. Você tem certeza de que está agindo do modo certo?
FRASE 2
x “Veja isso aqui que interessante também! E se eu entendesse melhor sobre
isso?”
Muito cuidado com as distrações. Fazemos muitas coisas ao mesmo tempo e
facilmente somos tentados a desviar nosso foco. Agora, por exemplo, estou
aqui escrevendo este texto no meu notebook. Posso ser influenciada por
muitos fatores externos: redes sociais, conversas paralelas, desvio de
pensamento. Precisamos aprender a “isolar” esses fatores. Há tempo para
tudo, somente temos que administrá-los.
Outra coisa, estou aqui escrevendo sobre AUTOCONTROLE DO PENSAMENTO.
Enquanto escrevo, pode ser que venha em mente citar um outro ponto. Então
tenho que forçar manter o foco. Uma dica: para esse pensamento não ficar
“martelando” na sua cabeça, anote em um local onde mais tarde você possa
verificá-lo. Eu, por exemplo, abro um Word e anoto o pensamento. Tenho uma
pasta que se chama: assuntos para desenvolver. Salvo o novo arquivo lá. Esse
simples gesto, tranquiliza meu pensamento paralelo e me mantém no foco
Como está seu autocontrole???
Vamos mudar sua frase? Que tal ...
x “Realmente isso é muito interessante. Pronto! Está salvo. Mais tarde buscarei
mais informações.”
FRASE 3
x Ahhh, se eu deixar para amanhã, não vai atrasar tanto assim ...”
Nada mais confortável esse nosso “auto” engano, não é mesmo? Você vê que
eu utilizo muito o prefixo “AUTO”, pois é, acredito firmemente que somos os
únicos responsáveis pelo que entregamos ao mundo e, principalmente a nós
mesmos. Se passássemos a nos conscientizar disso, muita coisa iria melhorar
em nossa vida, pode acreditar! No final deste Speech Paper, deixarei boas
indicações de livros. Não deixe de evoluir nessa trajetória.
Van Marchetti
Speech Paper (e-Book): Como controlar a Ansiedade e o Medo de Falar em Público
43. 43
Tem um dito popular que fala: “para que deixar para amanhã o que podemos
fazer hoje?” Por que será? Porque é um dispositivo que nos alimenta a
PROCRASTINAÇÃO. Vamos adiando, acreditando que há tempo e assim vai ...
mas, quando percebemos o tempo está se esgotando e acabamos fazendo tudo
correndo e, muitas vezes, entregando pouco ou nenhum resultado.
Mas por que entrei nesse assunto? O medo de falar em público, ativa esse
dispositivo chamado “PROCRASTINAÇÃO”. E o que é? Ela nos “engana”, porque
precisamos justificar (a nós mesmos) o porque não estamos fazendo aquilo que
deveríamos estar fazendo. Simples assim!
Como funciona?
Como deveria ser?
E por último e não menos importante, o sexto A: a AUTOMOTIVAÇÃO. Ela é o elo que
reúne todos os outros As, fazendo a manutenção do ciclo virtuoso rumo ao sucesso em
suas apresentações. Como o próprio nome diz, é uma motivação interna, que nasce
baseada em um propósito a cumprir e um objetivo a atingir, pois quando sabemos o
POR QUE, a caminhada, mesmo em trechos íngremes, torna-se prazer (em vencer os
desafios) e não medo (em se esconder do mundo).
A automotivação retroalimenta sua jornada e mantém acesa a chama da
PERSISTÊNCIA e da DETERMINAÇÃO. Portanto não espere algo externo, busque
dentro de você. Outra frase que gosto muito:
Preciso fazer uma
apresentação
daqui a 1 mês
MEDO
ACIONADO
Válvula de escape:
ADIAR O QUANTO
PODE
“Ainda tenho
tempo”
PROCRASTINAÇÃO
O tempo começa a
cobrar uma resposta:
você tem que fazer a
apresentação e não
tem outra alternativa
Monta a
apresentação sem
tempo hábil para o
planejamento, não
sente segurança e o
MEDO volta a bater
na porta
Preciso fazer uma
apresentação
daqui a 1 mês
RESPONSABILIDADE
ACIONADA
40% DO TEMPO
PARA A PESQUISA
DO ASSUNTO,
ATUALIZAÇÃO DO
CONTEÚDO,
ESTUDO DA
EXPECTATIVA DO
PÚBLICO:
CRIAÇÃO DO
ROTEIRO
+ 20 % DO TEMPO
PARA ESTRUTURAR A
APRESENTAÇÃO:
* ORDEM
*ESTILO DE
COMUNICAÇÃO
*ABERTURA
*ESTRATÉGIA DE
MANUTENÇÃO
*FECHAMENTO
+ 10% DO TEMPO
PARA A MONTAGEM
DOS SLIDES
+ 30% DO TEMPO
PARA O ENSAIO E
REVISÃO
Van Marchetti
Speech Paper (e-Book): Como controlar a Ansiedade e o Medo de Falar em Público
44. 44
Capítulo 6
Como combater as
Conversas Paralelas da Mente
SPEECH PAPER (e-BOOK)
Como Controlar a Ansiedade e o Medo de Falar em Público
45. 45
Quem já não passou pela situação de estar diante de uma plateia e começar a imaginar
coisas surpreendentes? Para piorar, na maioria dos casos, esses pensamentos são
negativos ou sobre o que essas pessoas estão pensando a respeito do que está sendo
dito.
Muitos de nós já passamos por isso! No entanto, se não tomarmos as rédeas de nossos
pensamentos, isso se tornará um ciclo cada vez mais vicioso e pernicioso para o
sucesso de qualquer tipo de apresentação, desde pequenas reuniões até
apresentações para públicos maiores.
Esses pensamentos, que na arte de falar em público chamo de “CONVERSAS
PARALELAS DA MENTE”, são as gotas de veneno que matam paulatinamente nosso
equilíbrio emocional e minam nosso autocontrole. Dessa maneira, gera esquecimentos
(o famoso “deu branco”), medo da crítica, autocrítica negativa e anula nossa
capacidade natural de comunicação em responder claramente aos questionamentos
que venham a surgir.
E o que desencadeia esses pensamentos? Bom, podemos começar por uma pessoa na
plateia que parece demonstrar uma expressão de não estar gostando do que
falamos. Aí começamos a fantasiar inúmeras possibilidades, principalmente a de que a
apresentação está sendo um fracasso. Aí vem a desconcentração, seguida dos
esquecimentos. Infelizmente, a tendência da grande maioria das pessoas está em
imaginar sempre o lado negativo das coisas.
Então pergunto: por que não pensar que esta mesma pessoa talvez esteja passando
por algum problema, algum momento ruim e por isso expressa uma feição não muito
feliz? E aí o problema não está em sua apresentação. Ou talvez, realmente a pessoa
não esteja gostando do que você diz ... mesmo assim, o problema pode não estar em
sua apresentação. Temos que ter consciência de que as pessoas tem convicções
diferentes entre si. E a partir do momento que considero e assimilo isso, sei que nem
sempre posso agradar a todos. Isso é uma questão de auto-respeito, e me reporta
imediatamente ao equilíbrio emocional e à segurança em falar em público.
Uma técnica para tirar a “prova dos nove” é conversar com essa pessoa. Isso mesmo!
Nessas situações nossa tendência é fugir, mas eu lhe convido a enfrentar. Dale
Carnegie tem uma frase que cabe perfeitamente nessa situação: “Enfrente aquilo que
mais teme e seu medo irá se derreter”. Pegue um gancho em sua apresentação e faça
perguntas à plateia. Dirija-se a algumas pessoas que parecem demonstrar mais
“Frequentemente é necessário mais coragem para ousar fazer
certo do que temer fazer errado.” (Abraham Lincoln)
Van Marchetti
46. 46
conexão com o que você está apresentando e depois a essa pessoa. Veja a reação dela.
Isso certamente lhe dará mais segurança emocional em ambos os casos: ela estar
concordando ou não com o que está sendo exposto.
O que eu sinto é uma questão de ESCOLHA MINHA, e não de CIRCUNSTÂNCIAS DE
VIDA. Se deixo me levar pelo medo e pela insegurança, crio mais medo e insegurança,
e deixo de construir sentimentos de segurança e autocontrole. É uma questão de
escolha e não de destino.
Falar em público com equilíbrio emocional e desenvoltura pode ser adquirido com
treino, muito treino, técnicas corretas e estratégicas. Os atletas querem vencer e
treinam assiduamente. Os atores ensaiam exaustivamente antes da estreia. Então, por
que achamos que podemos estar à frente de uma reunião ou de uma apresentação
sem nos preparar? Isso é loucura!
Nos preocupamos tanto em nos alimentar de coisas saudáveis. E por que? Porque
sabemos que a saúde de nosso corpo é proporcional à qualidade da comida que
ingerimos. Portanto, preocupe-se cada vez mais com a qualidade de seus
pensamentos, pois são deles que nascem as suas emoções, e como você as
administra, te guiam e te conduzem ao fracasso ou sucesso da performance de suas
apresentações!
E quando falamos em GESTÃO DAS NOSSAS EMOÇÕES, não posso deixar de citar essa
frase de Freud ... medite sobre ela:
“O pensamento é o ensaio da ação.” (Freud)
Van Marchetti
Speech Paper (e-Book): Como controlar a Ansiedade e o Medo de Falar em Público
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Capítulo 7
MIND DIRECTION
Aprenda a administrar o
Medo de Falar em Público
SPEECH PAPER (e-BOOK)
Como Controlar a Ansiedade e o Medo de Falar em Público
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A descarga de adrenalina irá continuar, porém aqui ela representa que você está
preocupado (mas com moderação) em entregar o melhor conteúdo e passar a melhor
experiência para seu público. Aqui a adrenalina se converte em entusiasmo e torna sua
apresentação envolvente.
A atenção conduzida também possibilita que você controle sua respiração, oxigenando
mais o cérebro, produzindo pensamentos mais ordenados e concatenando melhor
suas ideias. Inclusive para o improviso.
O pensamento dirigido faz com que você determine o foco de sua imagem mental.
COMO AFASTAR PENSAMENTOS NEGATIVOS
Uma forma bem fácil e prática para ajudar a afastar os pensamentos negativos é
carregar consigo (no iPhone ou no Smartphone), trechos de música que lhe remontam
boas lembranças e boas emoções. Também procure ter trechos de filmes ou pequenos
vídeos motivacionais que, ao assistir também tenha essas boas sensações.
Então toda vez que algo ruim acontecer, algum aborrecimento ou o pavor inicial antes
de uma apresentação, ouça ou assista - trecho breve – algo que lhe traga boas
emoções. Isso, automaticamente fará com que o foco de seus pensamentos negativos
se dissolva.
Agora, peço que você relaxe – não vale dormir, hein! (risos)
Vou lhe ensinar o exercício MIND DIRECTION – prático, fácil e eficaz, para você
diariamente aprender a controlar e direcionar seus pensamentos.
Vamos lá ...
“Se deixo me levar pelo medo e pela insegurança, crio mais
medo e insegurança, e deixo de construir sentimentos de
segurança e autocontrole. É uma questão de escolha e não de
destino.” (Van Marchetti)
Van Marchetti
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EXERCÍCIO MIND DIRECTION®
PASSO 1 Relaxe (faça em um momento que não será incomodado e
sem ruídos externos)
PASSO 2 Concentre-se um pouco e procure esvaziar sua mente
PASSO 3 Em um primeiro momento, pense em uma situação – que
realmente aconteceu – e que lhe deixou muito triste ou
muito aborrecido. Aqui não importa quando foi, o
importante é ser uma situação que lhe traga uma emoção
muito forte. Procure lembrar de local, pessoas e deixe essa
emoção fluir. Seja agora seu observador: o que está
acontecendo com o seu corpo? Que sensações físicas e
psicológicas está sentindo?
PASSO 4 Quando esse sentimento estiver bem forte, procure
rapidamente, mudar o foco do seu pensamento e passe a
pensar em outra situação – porém agora, um fato que lhe
trouxe bastante alegria e uma profunda sensação de
satisfação e sucesso. Faça o mesmo – sinta o lugar, as
pessoas – deixe essa grande emoção fluir. Agora faça o
mesmo: Seja agora seu observador: o que está acontecendo
com o seu corpo? Que sensações físicas e psicológicas está
sentindo?
PASSO 5 Não volte imediatamente, vá fazendo com que a visão vá se
desfazendo e retorne ao seu estado emocional atual.
Van Marchetti
Speech Paper (e-Book): Como controlar a Ansiedade e o Medo de Falar em Público
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QUESTÕES
1) O que você sentiu no primeiro momento? O que você sentiu no segundo
momento? Conseguiu alternar as sensações?
Respostas possíveis:
a) Se teve dificuldade para alternar os sentimentos, é necessário que você
repita esse exercício, ao menos, 3 vezes ao dia;
b) Se conseguiu, mesmo com um pouco de resistência (é normal), parabéns!
Utilize este exercício sempre que se encontrar em uma situação de
necessidade de equilíbrio emocional
2) O foco desse exercício é mostrar o quanto temos a capacidade de dirigir
nossos pensamentos e o quanto, se não houver essa direção, somos levados
por pensamentos automáticos, oriundos de falcas crenças enraizadas em
nosso subconsciente
3) A partir de agora, sempre que um assombroso pensamento negativo lhe
visitar, diga: “Um momento! Por que estou pensando isso? É realmente real ou
imaginário? Como posso buscar uma solução para que isso não aconteça?”
4) Ao invés de ocupar sua mente com assuntos tristes, notícias ruins, músicas que
lhe trazem emoções e lembranças ruins, passe mais tempo com suas boas
lembranças e não dê espaço para os “fantasminhas”. Lembre-se de:
x Vitórias
x Momentos de superação
x Elogios recebidos
x Bons trabalhos executados
x Boas apresentações
Pegue um papel e escreva esses momentos, com detalhes. Quando você escreve (à
mão), você se força a trazer os detalhes. Esse exercício ajudará bastante a
desenvolver sua autoestima e melhorar potencialmente sua autoimagem.
Van Marchetti
Speech Paper (e-Book): Como controlar a Ansiedade e o Medo de Falar em Público
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Como comunicóloga, posso lhe afirmar: falar em público não é um dom para poucos. É
uma habilidade a ser desenvolvida e para MUITOS. Em algumas pessoas existe uma
predisposição que pode ser associada a alguns fatores:
x Crescimento em um ambiente favorável ao desenvolvimento da comunicação;
x Participação constante em eventos que retroalimentam a boa comunicação:
um curso de teatro, por exemplo;
x Um menor número de experiências negativas ou menos impactantes;
x Pessoas que gostam de solucionar problemas: geralmente são pessoas que
tomam à frente em determinadas situações;
Enfim, poderíamos classificar um tanto de outras experiências, mas a mensagem que
quero deixar aqui é que, como professora de oratória já tive a grata resposta de
muitos de meus alunos que conseguiram superar seus medos de uma forma
surpreendente. Assim, a DETERMINAÇÃO e a perseverança são irmãs gêmeas da
conquista. Querer é realmente poder. Quando queremos algo com determinação, essa
energia concentrada produz uma emoção tão forte que, como não poderia deixar de
ser, transforma-se em um potencial resultado.
Entre meus alunos, tanto das turmas abertas, quanto dos treinamentos in company e
aulas de MBA, tenho:
x Alunos de graduação
x Executivos / Líderes em empresas de pequeno, médio e grande portes
x Profissionais das mais diversas áreas das empresas: assistentes, analistas,
consultores, supervisores, trainees, entre outros
x Profissionais com formação mais técnica: engenheiros, profissionais de TI,
financeiro
x Advogados;
x Pastores evangélicos;
x Políticos
Van Marchetti
Speech Paper (e-Book): Como controlar a Ansiedade e o Medo de Falar em Público
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x Profissionais de Vendas;
x Empresários;
x Profissionais liberais;
x Entre muitos outros;
Entre esses alunos, tivemos muitas situações difíceis: choros, apreensão, vontade de
desistir, sentimento de incapacidade. Mas eu lhes pergunto: qual foi o fator
determinante para vencerem seus medos? Eles se determinaram a isso. Não fugiram
de seus desafios. Existem vários exercícios para ajudar a controlar o medo de falar em
público e eu os transmitirei neste treinamento, mas vocês sabem qual é a melhor
maneira de gerir esse medo?
FALANDO EM PÚBLICO
Pois ...
“O bravo não é quem não sente medo, mas quem vence esse medo.”
(Nelson Mandela)
Veja o exemplo de uma de minhas alunas. Aqui usarei um nome fictício para não
colocá-la em exposição:
Situação: Carla, consultora de negócios de uma grande rede varejista
Em sua primeira apresentação na aula, Carla entrou em pânico e chorou
copiosamente. Retornou ao seu lugar. Pensou em desistir. Mas algo falou mais alto.
Quis acreditar em seu potencial. Veja o que eu escrevi: QUIS ACREDITAR. Ela ainda não
acreditava, mas já começou a utilizar o poder do pensamento dirigido. Querer algo é
um grande primeiro passo. Caminhou para sua segunda apresentação, agora um pouco
mais confiante, mas ainda trêmula, começou a balbuciar as primeiras palavras. O
esquecimento veio, mas desta vez, preferiu continuar lá de pé. Fechou os olhos,
respirou fundo e recomeçou. Ainda não conseguia encarar seu público, mas conseguiu
conduzir seu pensamento. Em sua terceira apresentação na aula, Carla já dava os
primeiros passos de autoconfiança. Por que se acostumou com os colegas de classe?
NÃO!!! Em absoluto!!! Porque passou a perceber que podia controlar suas emoções e
dirigir suas imagens mentais.
Van Marchetti
Speech Paper (e-Book): Como controlar a Ansiedade e o Medo de Falar em Público
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Depois de 1 mês finalizado o curso, Carla me enviou
um e-mail com a seguinte mensagem: “Professora,
estou tão feliz. Muito obrigada por tudo! Estava há 2
anos com um projeto na gaveta, sem a coragem de
apresentá-lo à minha diretoria. Criei coragem e
montei uma apresentação. Eles gostaram tanto que o
projeto será implantado nos próximos meses!”
Isso foi um milagre? NÃO!!! Isso foi o resultado da
persistência e da determinação de Carla em primeiro
QUERER e depois aplicar o método. Ela estava
aplicando essa aprendizagem não somente durante as
aulas, mas começou a implementar em seu
comportamento no dia-a-dia. E isso foi fundamental
para o sucesso de Carla em falar em público.
Tenho muitas histórias de meus alunos. Escolhi esta em especial, pois tenho certeza de
que muitos de vocês, provavelmente, já passaram por uma situação parecida. Pense:
quantas oportunidades você já perdeu? Muitas conscientemente e outras que talvez,
nem saiba. Lembre-se: as pessoas têm uma percepção nossa a partir de nosso
comportamento e nossas atitudes (ou não atitudes). Eu já presenciei a dúvida de um
gestor em promover um analista para supervisão. Ele tinha duas opções. Um deles, na
minha opinião, estava até mais preparado tecnicamente para o novo cargo, mas o
gestor acabou optando pelo segundo. Sua argumentação foi a seguinte (exatamente
como foi falado, somente suprimindo os nomes): “o fulano tem muito conhecimento,
mas não tem uma boa comunicação, me parece meio travado, não sei. Para o cargo,
precisa ter bom relacionamento e mais atitude e nisso ele me parece fraco. Já o outro
não tem tanto conhecimento técnico, mas certamente terá muito mais desenvoltura.
Depois mando para um treinamento do produto e tudo fica resolvido.”
Grifei o termo “ele me parece” para acentuar que as pessoas têm percepções de nosso
comportamento, às vezes são reais, às vezes nem tanto. Mas aqui o importante é que
precisamos estar atentos ao “código” que estamos transmitindo às pessoas. Quais são
seus códigos? Eles estão alinhados com a imagem que quer transmitir? Já parou para
pensar em como as pessoas realmente lhe enxergam? Quais as oportunidades que
provavelmente já perdeu?
QUAL A MELHOR
MANEIRA DE
ADMINISTRAR O
MEDO DE FALAR
EM PÚBLICO???
RESPOSTA:
FALANDO EM
PÚBLICO !!!
Van Marchetti
Speech Paper (e-Book): Como controlar a Ansiedade e o Medo de Falar em Público
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E para que toda essa minha ladainha? Meus Deus! Para que você se convença de uma
vez por todas de que enfrentado o medo de falar em público, passamos a domá-lo e
ele se torna - de um grande animal feroz em um agradável e amigável “pet”. Pense
nisso! Uau! Vale muito a pena! Estou realmente muito entusiasmada para acompanhar
seus passos. Como é bom receber mensagens dos meus alunos. Veja essas. Aqui são
depoimentos do meu site e, portanto são abertos e constam com nome. Veja que
legal:
“Antes de fazer o curso, quando realizava qualquer tipo de apresentação, me sentia
insegura, as emoções tomavam conta de mim, eu tremia, a voz quase não saía porque
sentia um nó na garganta, ficava vermelha, enfim, um medo e um fantasma me
acompanhavam nesses momentos, que só depois, durante o período em que realizei o
curso, soube que, ninguém mais além do que eu havia criado esse medo e fantasma. A
partir daí trabalhei isso em mim, e consegui! O curso me ajudou muito na vida pessoal
e profissional, pois em qualquer situação que percebo a chegada desses dois
monstrinhos, já sei o que devo fazer. Hoje minhas apresentações são feitas de forma
clara, segura e tranquila, isso, graças a Van, que sabe e entende do assunto!!!
Recomendo o curso e sei que ela irá ajudar a todos os participantes, da mesma forma
que me ajudou a encontrar a melhor forma de desenvolver a arte de falar em público e
dominar o meu poder de comunicação!” (Carol Gorriti, Analista de RH – S Bardelli)
“Recomendo o curso de oratória da Van Marchetti. Aprendi a controlar o uso dos vícios
de linguagem, ter postura adequada no palco, controle dos gestos, respiração e
sonoridade da voz, planejar e estruturar de forma correta uma apresentação
vencedora e, muitas outras importantes ações que não mencionarei, pois vocês
aprenderão no curso!” (Amauri Morais, Diretor Comercial)
“Primeiramente quero agradecer a essa excelente profissional Van Marchetti, pelo
curso oferecido. Desde o primeiro minuto de aula, Van nos passou muita segurança de
que é possível chegar lá. Esse curso agregou muito no meu desenvolvimento pessoal e
profissional. Agora tenho a certeza que todas as pessoas são capazes de falar em
público, incluindo eu!!! Eu indico!!!! Parabéns a todos os que participaram desse
curso.” (Maciel Lopes | Analista de Inteligência de Mercado | União Química)
E vocês não podem imaginar o quanto essas palavras impactam na minha vida e no
meu trabalho! Esse é o RESULTADO de um trabalho feito com muita dedicação e muito
Van Marchetti
Speech Paper (e-Book): Como controlar a Ansiedade e o Medo de Falar em Público
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empenho para que REALMENTE eu possa levar até vocês, não apenas CONTEÚDO, mas
o mais importante, como colocar esse conteúdo em PRÁTICA!
E sabem o que é mais interessante? Essas pessoas não se importam em apresentar
seus depoimentos, muito pelo contrário, sentem-se tão libertas que fazem questão de
incentivar outras pessoas a também participar desta corrente do bem. Quero, de todo
coração, que você esteja aqui em uma próxima oportunidade, também incentivando
outras pessoas e, assim, vamos mantendo nossa corrente do bem na arte de dominar
o medo de falar em público.
Ah! Outro ponto importante a comentar: na maioria das vezes, o público não percebe
seu nervosismo ou, pelo menos, não percebe na intensidade que você estava
calculando durante sua apresentação. Veja um teste que você pode fazer e se
desarmar. Isso mesmo! Vamos lá ...
Em uma reunião, apresentação na empresa, vendas
ou em alguma ocasião social, peça a dois ou três colegas para fazer uma análise de sua
performance. Mas combine antes que falem o que realmente perceberam. Deixe claro
que não haverá melindres e que você está firme em um propósito de trabalhar sua
oratória. Assim, as pessoas ficarão mais tranquilas ao avaliá-lo. Deixe claro que as
outras pessoas que estiverem no local, não deverão saber, pois isso deixará o
ambiente mais natural. Se possível, peça que eles se posicionem de uma forma que
também percebam a reação do público. Outro fator relevante: saiba como “moldar”
seus pensamentos. Tenha em mente que essa avaliação será para ajudá-lo a ser tornar
um melhor orador, deixe as preocupações de lado. Procure sentir-se à vontade com a
O importante nesse texto é que você perceba que seu medo de falar em público é
do tamanho da sua imaginação. Ele não tem um tamanho real, pois ele é um medo
psicológico. Se você realmente se determinar a vencer essa etapa, com as
FERRAMENTAS e ESTRATÉGIAS apresentadas nesse treinamento, com certeza, você
terá um RESULTADO EXCELENTE.
FAÇA ESTE TESTE PARA
AJUDÁ-LO EM UMA
AVALIAÇÃO DE
PERFORMANCE
Van Marchetti
Speech Paper (e-Book): Como controlar a Ansiedade e o Medo de Falar em Público
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avaliação e pense como isso será útil para seus próximos passos, ok? Outra coisa, se o
ambiente permitir, é interessante você pedir para alguém filmar sua apresentação
(com o celular mesmo), pois depois você poderá comparar a avaliação de seus colegas,
com suas próprias percepções. Para facilitar, crie um formulário com os pontos que
você gostaria que fossem analisados e entregue aos avaliadores. Segue um exemplo:
ANÁLISE DO APRESENTADOR
CONTEÚDO RELEVANTE ( ) 0-5 ( ) 6-8 ( ) 9-10
Fale sobre suas percepções:
POSTURA (condizente ao público) ( ) 0-5 ( ) 6-8 ( ) 9-10
Fale sobre suas percepções:
ESTRATÉGIA DE COMUNICAÇÃO
(manteve a atenção das pessoas)
( ) 0-5 ( ) 6-8 ( ) 9-10
Fale sobre suas percepções:
PASSOU SENSAÇÃO DE NERVOSISMO ( ) 0-5 ( ) 6-8 ( ) 9-10
Fale sobre suas percepções:
GESTOS (mãos, movimentos)
(Excessivos, poucos, adequados)
( ) 0-5 ( ) 6-8 ( ) 9-10
0-5 para excessivos / 6-8 para poucos / 9-10
para adequados (ritmados)
É melhor que haja pouco movimento a
movimentos excessivos
Fale sobre suas percepções:
VOZ (baixa, alta, ritmada) ( ) 0-5 ( ) 6-8 ( ) 9-10
0-5 ou 6-8 para voz baixa ou alta / 9-10 para
adequados (ritmados)
Fale sobre suas percepções:
Van Marchetti
Speech Paper (e-Book): Como controlar a Ansiedade e o Medo de Falar em Público
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FINALIZAÇÃO
Terminou com uma mensagem
relevante, convidando para uma
ação?
( ) 0-5 ( ) 6-8 ( ) 9-10
Fale sobre suas percepções:
Este é um modelo simples para uma pequena avaliação, porém para início, já ajudará
muito. Aqui há pontos que não serão abordados com profundidade neste treinamento
(estrutura da apresentação, estilos de comunicação, performance, voz), mas não se
preocupe, estou montando uma série completa de treinamentos que irão abordar com
grande relevância todos esses aspectos das técnicas de apresentação.
Agora, podemos também elaborar um formulário para seus amigos analisarem a
reação do público:
ANÁLISE DO PÚBLICO
MANUTENÇÃO DA ATENÇÃO
(o público ficou mais tempo distraído –
celular ou outros – ou mais focado na
apresentação)
( ) muita distração ( ) o normal, devido às
múltiplas atividades ( ) bastante focados
Fale sobre suas percepções:
PERGUNTAS / QUESTIONAMENTOS
(as pessoas se manifestaram? Fizeram
perguntas ou questionamentos?
( ) não houve pergunta ( ) algumas
(poucas) ( ) o público se manifestou
bastante
Fale sobre suas percepções:
CRÍTICAS
(as pessoas se manifestaram? Fizeram
críticas às colocações do apresentador?
( ) não houve crítica ( ) algumas (poucas)
não concordaram ( ) o público se
manifestou bastante
Fale sobre suas percepções:
Van Marchetti
Speech Paper (e-Book): Como controlar a Ansiedade e o Medo de Falar em Público
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REAÇÃO ÀS CRÍTICAS
(qual foi a postura do apresentador?
Como ele reagiu?
( ) com desconforto ( ) demonstrou um
pouco de desconforto, mas conseguiu
administrar ( ) debateu tranquilamante
Fale sobre suas percepções:
Bem, com essas percepções, você poderá iniciar uma jornada em analisar seus pontos
fortes na comunicação e os pontos que precisará desenvolver e ... RAPIDAMENTE!!!
Em nossos próximos treinamentos, vamos trabalhar ponto a ponto. Agora, deixo
algumas dicas bem interessantes para ajudá-lo na gestão de sua ansiedade:
DICAS IMPORTANTES:
1) No início da apresentação, é um momento de maior tensão. Mas agora você já
sabe que, se controlar seus pensamentos e realmente se preparou para aquele
momento, em poucos minutos você vai se acostumando com a situação. Então,
pelo menos, nesses “novos” primeiros passos como apresentador, programe o
início para que você tenha moderação na intensidade da voz e também nas
gesticulações. Vá ganhando terreno primeiro. Vá se acostumando e gostando
do momento.
2) Não inicie logo seu tema. Aproveite os momentos iniciais para cumprimentar as
pessoas, agradecer a oportunidade e com isso já vai trabalhando sua gestão
emocional.
3) Respiração: uma técnica que ajuda bastante a acalmar os batimentos cardíacos
e a oxigenar o cérebro. Procure fazer sempre que estiver em uma situação de
tensão: inspire profundamente, segure alguns segundos e então expire
calmamente. Faça isso algumas vezes, até sentir que você está assumindo o
controle novamente. Acalmando os batimentos cardíacos, você terá a sensação
da gestão emocional e oxigenando seu cérebro, suas ideias estarão bem mais
organizadas.
Porém, você poderá fazer esse exercício longe do microfone e não na presença
do público. Procure fazer momentos antes de iniciar. Uma estratégia:
Vou aqui contar uma situação que ocorreu comigo. Mesmo com uma certa
experiência em falar em público em diversas situações, há cerca de três anos,
Van Marchetti
Speech Paper (e-Book): Como controlar a Ansiedade e o Medo de Falar em Público
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ao subir ao palco para fazer uma palestra, comecei a sentir um grande
descontrole (era uma época em que estava passando por alguns problemas
pessoais e isso também impacta em determinadas fases). Bem, tentei os
controles iniciais, mas não adiantou o quanto eu quueria, então minha
estratégia foi a seguinte: falei que antes de iniciar, queria muito que a “fulana”
(a pessoa que me convidou), subisse ao palco, pois ela é a responsável pela
organização desse evento maravilhoso! Fiz como uma forma de homenageá-la.
Bem, nesse momento, consegui me separar do microfone e enquanto a moça
fazia a abertura, eu fiz a técnica de respiração. E deu tudo certo !
4) Outra dica legal é chegar antecipadamente ao local, principalmente se for um
público que você não conhece. Receba as pessoas, cumprimentando e
agradecendo a presença. Procure com alguns que estiverem sentados na
frente, já iniciar uma pequena conversa. Isso ajudará muito quando iniciar a
apresentação. Mantenha contato visual com essas pessoas, por um pouco de
tempo. A sensação será de que já conhece essas pessoas e o ambiente se
tornará mais aconchegante e familiar.
5) Para eventos menores, um curso aberto ou mesmo in company, costumo
enviar um e-mail para os participantes, me apresentando, falando do quanto
estou alegre pela oportunidade, passando brevemente o objetivo do nosso
encontro e os pontos principais que serão vistos. Isso também ajuda na
sensação de que você já teve um primeiro contato com essas pessoas e na hora
presencial, a carga emocional fica menos tensa.
Para finalizar este capítulo, novamente deixo a mensagem: a prática leva à perfeição,
ou pelo menos, leva à melhoria contínua, certo? Quanto mais você realizar
apresentações, reuniões ou outras atividades de comunicação, seus medos,
ansiedades e autocrítica diminuirão de uma maneira bastante confortável.
E, não se esqueça:
“A maior arma contra o estresse é nossa habilidade de escolher um
pensamento ao invés de outro.” (William James)
Van Marchetti
Speech Paper (e-Book): Como controlar a Ansiedade e o Medo de Falar em Público
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Capítulo 8
+ 5 DICAS
Para ajudar na
GESTÃO EMOCIONAL
SPEECH PAPER (e-BOOK)
Como Controlar a Ansiedade e o Medo de Falar em Público
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Como já disse anteriormente, nossas atitudes são reflexos de nossas emoções ativadas
por nossos pensamentos. Assim:
Evidentemente você tem que ser realista. Se for para uma apresentação sem preparo,
sem conhecer detalhes do público e sem se aprofundar no conhecimento do tema,
certamente você terá muitos motivos para sentir apreensão e ansiedade.
Por outro lado, se você seguiu as dicas, estratégias e exercícios aqui propostos, você
não terá motivos para manter uma autocrítica negativa. Lembrando:
“Aprender a administrar o medo e a ansiedade ao falar em
público é uma das maiores fontes de liberdade que podemos
conquistar.” (Van Marchetti)
Van Marchetti
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A autocrítica negativa, como já dissemos, pode ser combatida quando você se coloca
em uma nova posição: a posição de não se lamentar e partir para a mudança. Quando
você encara DE FRENTE, os pontos que você precisa desenvolver, tudo fica mais fácil e
a vitória sorrirá para você.
Vamos a 5 dicas fundamentais para administrar seus conflitos INTERNOS:
1) Você escolhe em que focar seu pensamento: nos momentos ruins ou nos
momentos bons. Se escolher os bons, estará já colocando sua mente em uma
posição de sucesso;
2) Quanto ao seu tema: deixe-se envolver pelo assunto. Explore ao máximo todas
as vertentes. Pesquise, busque informações relevantes e curiosidades. Pense,
verdadeiramente, em como sua apresentação irá fazer o diferencial na vida das
pessoas;
3) Não aceite os pensamentos negativos. Eles não levarão você a um objetivo
concreto. Faça a pergunta: por que estou pensando isso? O que isso irá me
trazer de benefício? Lembre-se do exercício MIND DIRECTION. Repita-o
diversas vezes ao dia.
4) Seus questionamentos internos precisam ter um fundamento real e não
INAGINÁRIO. Por exemplo: “será que esse tema é apropriado?” “Será que o
público irá se interessar?” Ao invés de sentir-se tentado a mudar o tema,
imediatamente responda: “qual o grande interesse que move o meu público?”
Então revise seu conteúdo, inclua novas informações, exclua o que estiver
sobrando, reorganize o roteiro ... enfim ... utilize os diálogos internos como
fatores motivadores para você aperfeiçoar sua apresentação. E lembre-se:
APERFEIÇOAR é bem diferente de PERFECCIONISMO. Sinceramente não vejo
isso como uma qualidade, mas sim como algo que deve ser minado de suas
apresentações. O perfeccionismo somente leva o apresentador a nunca estar
satisfeito com sua mensagem e isso, meus amigos, é transmitido ao público
durante sua apresentação. Nada pior do que assistir a uma apresentação em
que o apresentador não se sente seguro com suas informações.
5) AUTOCONFIANÇA: não é mágica. É trabalho para moldar sua personalidade. A
autoconfiança é tão poderosa, que transmite esse sentimento nas pessoas.
Uma pessoa autoconfiante tem suas opiniões respeitadas, mesmo por quem
Van Marchetti
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pensa ao contrário. Afinal, as pessoas não precisam pensar como você, mas
respeitar e até admirar seu ponto de vista é o máximo, não é mesmo?
Em nossas aulas presenciais, sempre coloco exercícios práticos, para que meus alunos
façam apresentações. É claro que, no início, não é uma situação nada confortável, mas
a ideia é driblar a emoção negativa. Isso mesmo! Mas como?
MINTA PARA O SEU MEDO
Lembra-se quando falamos sobre a forma de agir da mente? Ela não distingue uma
situação real de uma imaginária. Se você disser a ela: “estou em perigo”, a produção
de adrenalina será torrencial e os sintomas das tremedeiras irão vir em cascata. Então
finja que não está com medo ou ansiedade. Não dê atenção a isso. Eu sei que no
princípio isso parece impossível, mas no decorrer do tempo, isso vai ficando natural.
Periga até desaparecer! Mas não deixe isso acontecer. Um pouco de medo é muito
bom para deixá-lo atento à situações de improviso.
Então, voltando aos meus alunos, que maravilha! Eles fazem a apresentação e quando
terminam falam: “nossa, estava tão nervosa!” e os colegas rebatem: “sério? Nem deu
para perceber, sua apresentação foi tão legal!”
E é justamente isso o que acontece na maioria das vezes. Pense nisso! Onde você
concentra atenção, você concentra poder.
Escolha o seu lado!!!
Van Marchetti
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Um fato importante a ponderar quando estiver construindo sua apresentação: Não
pensamos em PALAVRAS. Pensamos em IDEIAS. Quando você assiste a uma
apresentação, certamente ao ouvir o apresentador contar uma história, sua mente já
remete à imagens que fazem parte de seu conjunto de crenças e convicções e que se
encontram armazenadas em seu subconsciente. Automaticamente já ocorrem as
conexões neurais e é formada sua opinião a respeito daquele assunto, a qual poderá
ser favorável ou não.
Agora mude sua posição: você é o apresentador. Sente a importância de construir
estrategicamente sua mensagem? Suas palavras, a forma como vai transmiti-las e as
imagens que irá utilizar serão fundamentais para a compreensão e adesão da opinião
do público. Tudo isso precisa ser muito bem planejado e, novamente, nesta fase, o
conhecimento detalhado de seu público, irá fazer toda a diferença.
ONDE COMEÇA UMA APRESENTAÇÃO?
PELO ROTEIRO
Toda apresentação começa com a necessidade de transmitir algo a alguém. Não deve
começar pela montagem de slides, mas sim pela criação de um roteiro. E como pode
ser feito esse roteiro?
Baseado nas respostas:
Tenho conhecimento necessário sobre o assunto?
Tenho conhecimento sobre o perfil do público?
Qual problemática vou tratar?
Quanto tempo terei para a apresentação?
Você irá começar a escrever um texto sobre seu tema (roteiro). Aqui, não importa
quanta informação será colocada – este é o momento da construção do
conhecimento. Nesta fase, mesmo sem perceber, você já estará “treinando” sua
apresentação e formando as “conexões neurais” que lhe darão a segurança para
responder perguntas, debater críticas e utilizar o “improviso funcional”. É todo o
conhecimento que você levará para sua apresentação – mas não nos slides – e sim em
"Planejar é decidir de antemão qual é, e como será a sua
vitória."(Rhandy di Stefano)
Van Marchetti
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sua mente, para que possa resgatar toda informação necessária, no momento certo e
sem esquecimentos!
O roteiro tem muita importância para a riqueza do seu conteúdo – ele pode ser
considerado a alma de sua apresentação! Veja: grandes produções cinematográficas
vieram de livros. Importantes palestras saíram de livros. Ainda tem dúvidas sobre o
potencial do roteiro para o sucesso de sua apresentação? Então, mãos à obra! Ponha-
se a escrever ...
A construção do seu pensamento será algo assim ...
Então temos 3 momentos:
1) O texto corrido;
2) A divisão por “blocos de assunto”;
3) A montagem dos slides;
Van Marchetti
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Veja como a construção do conteúdo, além de deixar esse conteúdo mais rico, ainda
organiza completamente suas ideias e seu processo de pensamento.
COMO MUITOS FAZEM HOJE COMO DEVE SER FEITO
ERRADO CERTO
Começam a apresentação pelo slide: Começar pelo roteiro:
Parte de uma ideia (pequena), buscando
ampliá-la (bem mais difícil e de
complicada assimilação)
Parte de uma ideia (ampla), sintetizando
o conteúdo para sua essência (bem mais
fácil e de assimilação bem mais
descomplicada)
Tendência a decorar (e esquecer o
conteúdo durante a apresentação)
Capacidade de “incorporar” o conteúdo
(trabalhando a construção do raciocínio
durante a apresentação)
Tendência a escrever textos no slide (pela
falta de criar uma imagem mental do
conteúdo e pelo medo de
esquecimentos)
Visão sistêmica da história a contar e de
suas cenas (tornando a apresentação
uma “experiência” para o público
Leitura de textos dos slides (cansa o
público e se há a possibilidade de leitura,
o apresentador não é necessário!!!)
Foco da atenção do público no
apresentador, com o slide servindo de
cenário e “ilustração” para o tema
Bem, eu poderia ficar aqui escrevendo e escrevendo inúmeros benefícios de começar a
montagem da apresentação pelo roteiro, mas o livro ficaria enorme!!! (risos) Mas, não
se preocupe, nós também teremos um curso online todo voltado a esse tema.
Agora, vamos partir do ROTEIRO para o SLIDE.
Abaixo, segue uma ideia da construção de um pensamento, baseada no diagnóstico da
problemática a resolver. Veja como é fundamental o planejamento correto para que a
mensagem seja transmitida de uma forma a evitar o máximo de “ruídos” possível e
atingir realmente o objetivo esperado.
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EXEMPLO DE COMO PLANEJAR UMA APRESENTAÇÃO: (este é um exemplo fictício)
1) TEMA A SER ABORDADO: Liderança
2) PÚBLICO-ALVO: Gerentes já com mais de 10 anos no cargo, faixa etária média
de 45 anos
3) PROBLEMÁTICAS DIAGNOSTICAS PELA EMPRESA CONTRATANTE:
x Problemas em exercer liderança. O diagnóstico levantado é que esses gerentes
agem como chefes e não como líderes. Não estão obtendo os resultados
esperados das equipes;
x O curso é “in company”, ou seja, a empresa diagnosticou e contratou o
treinamento. Os gerentes (pelo menos não todos) talvez não estejam muito
confortáveis com a situação; Não estão participando por vontade própria.
x Como os participantes não se inscreveram por conta própria. Talvez já haja uma
certa resistência;
Lembrando que minha apresentação deve ser entendida como uma “história” (inicio,
meio e fim) e cada parte dessa história será uma “cena”. Então se eu for construir
slides para ilustrar, cada slide será uma cena.
Aqui, partirei do pressuposto de que já escrevi um roteiro com todo o texto. Então
chegou a hora e imaginar como essa história será ilustrada. Existem 3 formas de
desenvolver as ilustrações da “história” que estou contando (minha apresentação) e
dependo da mensagem que quero transmitir no momento, escolho uma das três.
Então, partindo de um trecho do meu texto no roteiro, um slide pode conter:
SOMENTE UMA FRASE DE
IMPACTO
SOMENTE IMAGEM IMAGEM + FRASE
Minha escolha será baseada no impacto que pretendo e preciso causar no público. O
público está mais ou menos aberto à minha mensagem? Essa é uma das primeiras
perguntas que devemos nos fazer.
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Com base no diagnóstico (problemáticas) levantado acima pela empresa, posso
concluir:
Fato 1: o tema liderança é bastante amplo e cabe dentro de vários contextos. Nesse
caso, o foco tem que ser nesse tipo de público e dentro dessa abordagem;
Fato 2: o público-alvo são gerentes com faixa etária média de 45 anos (geração x) e
estão há mais de 10 anos no cargo. Certamente não estão muito “confortáveis”com o
fato de suas equipes não oferecer os resultados esperados; (aqui possivelmente tenho
a resposta a minha pergunta: “O público está, mais ou menos, aberto à minha
mensagem?” ... eu diria que, provavelmente, está “menos aberto.”
Fato 3: mesmo sabendo que, nesse caso, o problema se encontra na gestão, jamais
poderei iniciar o treinamento com tom de “acusação”, pois imediatamente o público
se tornará refratário às minhas ideias e o objetivo do treinamento não se consolidará;
Fato 4: uma ideia é construir a história em cima da história dos gerentes. Falar sobre
como a experiência deles pode ser transmitida de uma forma a “inspirar pessoas” =
trabalho o “ego” e consigo “empatia”, para que no decorrer, eu consiga introduzir
melhor as minhas ideias;
Então como ficaria um slide modelo? Primeiro tento as 3 opções, partindo do trecho
do meu texto:
TRECHO DE TEXTO DO MEU ROTEIRO
Um líder não chega a um determinado ponto sem antes ter percorrido um longo
caminho de conhecimentos, adversidades e vitórias. Tudo isso traz uma infinita e
poderosa bagagem a ser transmitida e compartilhada às novas gerações.
Liderar não se aprende em teorias, mas sim na prática diária do lidar com o outro, de
entender o outro e assim partilhar aquilo que se tem de melhor no crescimento e
desenvolvimento dessa pessoa.
AS 3 OPÇÕES PARA UM SLIDE:
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OPÇÃO 1 - SOMENTE UMA FRASE DE IMPACTO
A maior habilidade de um líder é desenvolver habilidades extraordinárias
em pessoas comuns. (Abraham Lincoln)
OPÇÃO 2 - SOMENTE UMA IMAGEM
OPÇÃO 3 - IMAGEM + FRASE
“A maior habilidade de um líder é
desenvolver habilidades
extraordinárias em pessoas comuns.”
(Abraham Lincoln)
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Como foi a construção do meu pensamento:
Baseada na conclusão do fato 3, cheguei primeiro a essa frase do Lincoln, a qual
entendo como bem focada na mensagem que quero transmitir ao subconsciente dos
gerentes: vocês são ótimos, têm um grande conhecimento e a equipe precisa
absorver esse conhecimento. Com essa primeira mensagem tenho 2 objetivos:
1) Quebrar a barreira inicial de não se sentirem confortáveis com o treinamento;
2) Gerar empatia para que eu possa trabalhar com mais “terreno” as minhas
ideias;
Então desta frase, criei um pequeno mapa mental para poder ter uma visão mais
sistêmica e optar pela melhor forma de transmitir minha mensagem com o maior grau
de impacto inicial:
Como a resistência do público à mensagem é maior, optei por utilizar a opção 3:
IMAGEM + FRASE.
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