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   coerência – as partes estão relacionadas
    entre si; há continuidade de sentido entre
    elas; não há qualquer contradição entre
    elas;

• delimitação – é um espaço de sentido
  organizado entre dois espaços de não
  sentido;

• dialogismo – um texto se opõe a textos que
  refletem ideias e concepções opostas.
• O sentido das partes não é autônomo.
• O sentido não é solitário, mas solidário.
• O sentido global não é resultado da
  soma das partes, mas de suas relações.
• A leitura deve levar em conta a
  totalidade do texto e sua relação com
  outros textos.
• A leitura fragmentária é freqüentemente
  errônea.
  Um discurso se constitui em oposição a outro
   discurso.
 O discurso é heterogêneo – deixa ver seu direito e
   seu avesso; apresenta duas vozes. (tensão
   ideológica)
 O texto não exibe essas duas vozes; elas não estão
   marcadas na superfície textual.
 Apreensão das duas vozes – memória discursiva
 Constituição em oposição a outro discurso:
a) insere o texto no sistema de valores e concepções
   de uma dada época;
b) faz do texto um objeto histórico.
Vozes mostradas:
apresentadas na superfície do texto.

Vozes demarcadas:
delimitadas de maneira precisa, com marcas
 linguísticas.
   a) negação – voz que afirma e voz que refuta a afirmação;

   b) discurso direto e discurso indireto – reprodução do que outros
    disseram:

• discurso direto – o outro como que assume a palavra;
• discurso indireto – o narrador relata o que o outro disse;

   c) aspas – modo de indicar o que não pertence ao discurso de
   quem fala;

   d) glosas do enunciador – modo de mostrar o que pertence ao
   discurso de outro.
  não estão nitidamente delimitadas no texto.
 Recursos de mostração não marcada das diferentes vozes:
a) discurso indireto livre – mistura características do discurso
direto e do indireto, para mesclar a voz da personagem à do
narrador;

b) imitação de estilo e de texto:
• imitação por subversão ou paródia – inversão do sentido do
texto imitado;
• imitação por captação ou estilização – manutenção do
sentido do texto imitado.

 Estilo – conjunto de traços recorrentes do conteúdo e da
expressão que gera um sentido de individualidade
   DISCURSO DIRETO: 
     Reprodução direta do discurso da
    personagem. É uma espécie de
    teatralização, confere efeito de verdade, de
    integridade ao texto

 DIREITO INDIRETO:
A fala da personagem é expressa por via
  indireta, através do narrador.
a) A fala da personagem é introduzida por:
 um verbo de dizer, (dicendi), de elocução;
 aspas, dois pontos e travessão;


c) A personagem no seu discurso diz “EU” e os
  pronomes pessoais, possessivos, tempos
  verbais e palavras que indicam tempo e
  espaço estão em função deste “eu”.
a)   O que a personagem disse agora através do
     narrador vem introduzido por um verbo de dizer
     (dicendi), verbos de elocução;
     O narrador interfere na fala da personagem. Ele
     conta conta em 3ª pessoa o que a personagem
     disse. As palavras da personagem não são
     reproduzidas, mas traduzidas na linguagem do
     narrador.

b) O que a personagem disse é separada da fala do
    narrador por uma partícula introdutória que ou se.

c) Apenas o narrador, em discurso indireto, diz “EU”, o
    seu lugar é o aqui e o seu tempo é o agora.
   Confronto da passagem do discurso
    direto para o discurso indireto:

  Pedro disse:
- Eu estarei aqui amanhã
Pedro disse que estaria lá no dia seguinte
a)   No discurso direto as frases
     interrogativas, exclamativas, imperativas
     tornam-se declarativas.

    Quem está aí?
    Ele me perguntou quem estava lá.
   b) No discurso Indireto os vocativos e
    interjeições desaparecem, diferente do
    discurso direto.

 c) O “te” do discurso direto corresponde
  ao “me” no  discurso indireto
 EX: Eu te amo
 Maria disse que me ama.
   d) Os tempos verbais são alterados:

José disse:
-Compro tudo isso
Jose disse que comprava tudo aquilo

Jose disse:
-Comprei tudo isso
Jose disse que comprara tudo aquilo

Jose disse:
- Comprarei tudo isso
Jose disse que compraria tudo aquilo.
   eliminação de elementos emocionais, exclamações,
    interrogações, interjeições e produz um efeito de
    sentido analítico;

   O narrador somente revela o conteúdo do discurso
    da personagem e não o modo como ela disse;

   Se torna objetivo, não se interessa pela
    individualidade do falante (distanciamento
    implicativo).


Ex: textos filosóficos, políticos, científicos.
   Serve para analisar as palavras, o modo de dizer dos
    outros, essas palavras aparecem entre aspas;

   Prioriza o modo como o enunciador se coloca no
    discurso;

   Faz uso das aspas para demarcar as vozes no texto:
    Coloca-se entre aspas palavras que o produtor do
    texto não quer  assumir como sua, que julga não ser
    muito apropriada para o seu texto;

Ex: Termos chulos dito por outra pessoa ou de outra
  autoria em geral.
   Recurso de demarcação de voz do
    outro com as glosas do locutor, ou seja,
    comentários ou explicações sobre o seu
    dizer, ou ainda para retocar um erro, ou
    para se auto corrigir.

   Cada glosa é um debate com as
    palavras mostrando que elas podem
    dar margem a duas interpretações,
    revelar duas vozes, dois pontos de vista.
Fim de tarde.
No céu plúmbeo
A lua baça
Paira.
Muito cosmograficamente
Satélite.
Desmetaforizada,
Desmitificada,
Despojada do velho segredo de melancolia,
Não é agora o golfão de cismas,
O astro dos loucos e enamorados,
Mas tão somente
Satélite.
Ah! Lua deste fim de tarde,
Desmissionária de atribuições românticas;
Sem show para as disponibilidades sentimentais!
Fatigado de mais-valia,
gosto de ti, assim:
Coisa em si,
-Satélite.
Boião de leite
      que a noite leva
     com mãos de treva
  para não sei quem beber.

     E que, embora levado
      muito devagarinho,
vai derramando pingos brancos
         pelo caminho...
Lua vermelha
Quase sem amor
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Brilho sem calor
Lua vermelha
Branca lua preta
lambe a minha orelha
Com a sua cor

 Lua vermelha
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Lua vermelha
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Lua vermelha
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Eu sempre te quis
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 Síntese reflexiva da aula e da análise do
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 através de recursos linguísticos:
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Lições de Texto: Análise de Vozes e Pontos de Vista

  • 1.
  • 2. coerência – as partes estão relacionadas entre si; há continuidade de sentido entre elas; não há qualquer contradição entre elas; • delimitação – é um espaço de sentido organizado entre dois espaços de não sentido; • dialogismo – um texto se opõe a textos que refletem ideias e concepções opostas.
  • 3. • O sentido das partes não é autônomo. • O sentido não é solitário, mas solidário. • O sentido global não é resultado da soma das partes, mas de suas relações. • A leitura deve levar em conta a totalidade do texto e sua relação com outros textos. • A leitura fragmentária é freqüentemente errônea.
  • 4.  Um discurso se constitui em oposição a outro discurso.  O discurso é heterogêneo – deixa ver seu direito e seu avesso; apresenta duas vozes. (tensão ideológica)  O texto não exibe essas duas vozes; elas não estão marcadas na superfície textual.  Apreensão das duas vozes – memória discursiva  Constituição em oposição a outro discurso: a) insere o texto no sistema de valores e concepções de uma dada época; b) faz do texto um objeto histórico.
  • 5. Vozes mostradas: apresentadas na superfície do texto. Vozes demarcadas: delimitadas de maneira precisa, com marcas linguísticas.
  • 6. a) negação – voz que afirma e voz que refuta a afirmação;  b) discurso direto e discurso indireto – reprodução do que outros disseram: • discurso direto – o outro como que assume a palavra; • discurso indireto – o narrador relata o que o outro disse;  c) aspas – modo de indicar o que não pertence ao discurso de  quem fala;  d) glosas do enunciador – modo de mostrar o que pertence ao  discurso de outro.
  • 7.  não estão nitidamente delimitadas no texto.  Recursos de mostração não marcada das diferentes vozes: a) discurso indireto livre – mistura características do discurso direto e do indireto, para mesclar a voz da personagem à do narrador; b) imitação de estilo e de texto: • imitação por subversão ou paródia – inversão do sentido do texto imitado; • imitação por captação ou estilização – manutenção do sentido do texto imitado.  Estilo – conjunto de traços recorrentes do conteúdo e da expressão que gera um sentido de individualidade
  • 8. DISCURSO DIRETO:  Reprodução direta do discurso da personagem. É uma espécie de teatralização, confere efeito de verdade, de integridade ao texto  DIREITO INDIRETO: A fala da personagem é expressa por via indireta, através do narrador.
  • 9. a) A fala da personagem é introduzida por:  um verbo de dizer, (dicendi), de elocução;  aspas, dois pontos e travessão; c) A personagem no seu discurso diz “EU” e os pronomes pessoais, possessivos, tempos verbais e palavras que indicam tempo e espaço estão em função deste “eu”.
  • 10. a) O que a personagem disse agora através do narrador vem introduzido por um verbo de dizer (dicendi), verbos de elocução; O narrador interfere na fala da personagem. Ele conta conta em 3ª pessoa o que a personagem disse. As palavras da personagem não são reproduzidas, mas traduzidas na linguagem do narrador. b) O que a personagem disse é separada da fala do narrador por uma partícula introdutória que ou se. c) Apenas o narrador, em discurso indireto, diz “EU”, o seu lugar é o aqui e o seu tempo é o agora.
  • 11. Confronto da passagem do discurso direto para o discurso indireto:  Pedro disse: - Eu estarei aqui amanhã Pedro disse que estaria lá no dia seguinte
  • 12. a) No discurso direto as frases interrogativas, exclamativas, imperativas tornam-se declarativas.  Quem está aí?  Ele me perguntou quem estava lá.
  • 13. b) No discurso Indireto os vocativos e interjeições desaparecem, diferente do discurso direto.  c) O “te” do discurso direto corresponde ao “me” no  discurso indireto  EX: Eu te amo  Maria disse que me ama.
  • 14. d) Os tempos verbais são alterados: José disse: -Compro tudo isso Jose disse que comprava tudo aquilo Jose disse: -Comprei tudo isso Jose disse que comprara tudo aquilo Jose disse: - Comprarei tudo isso Jose disse que compraria tudo aquilo.
  • 15. eliminação de elementos emocionais, exclamações, interrogações, interjeições e produz um efeito de sentido analítico;  O narrador somente revela o conteúdo do discurso da personagem e não o modo como ela disse;  Se torna objetivo, não se interessa pela individualidade do falante (distanciamento implicativo). Ex: textos filosóficos, políticos, científicos.
  • 16. Serve para analisar as palavras, o modo de dizer dos outros, essas palavras aparecem entre aspas;  Prioriza o modo como o enunciador se coloca no discurso;  Faz uso das aspas para demarcar as vozes no texto: Coloca-se entre aspas palavras que o produtor do texto não quer  assumir como sua, que julga não ser muito apropriada para o seu texto; Ex: Termos chulos dito por outra pessoa ou de outra autoria em geral.
  • 17. Recurso de demarcação de voz do outro com as glosas do locutor, ou seja, comentários ou explicações sobre o seu dizer, ou ainda para retocar um erro, ou para se auto corrigir.  Cada glosa é um debate com as palavras mostrando que elas podem dar margem a duas interpretações, revelar duas vozes, dois pontos de vista.
  • 18. Fim de tarde. No céu plúmbeo A lua baça Paira. Muito cosmograficamente Satélite. Desmetaforizada, Desmitificada, Despojada do velho segredo de melancolia, Não é agora o golfão de cismas, O astro dos loucos e enamorados, Mas tão somente Satélite. Ah! Lua deste fim de tarde, Desmissionária de atribuições românticas; Sem show para as disponibilidades sentimentais! Fatigado de mais-valia, gosto de ti, assim: Coisa em si, -Satélite.
  • 19. Boião de leite que a noite leva com mãos de treva para não sei quem beber. E que, embora levado muito devagarinho, vai derramando pingos brancos pelo caminho...
  • 20. Lua vermelha Quase sem amor Minha luz alheia Brilho sem calor Lua vermelha Branca lua preta lambe a minha orelha Com a sua cor Lua vermelha Dez da madrugada Sapos na calçada De nenhum país Lua vermelha Noite sem Luís
  • 21. Minha namorada Flor desabrochada Leite de pequim Lua vermelha Noite que menstrua Lua lua lua Por cima de mim Lua vermelha Pedra que flutua Que ilumina o poste Que ilumina a rua Lua vermelha Meia de Luís Toda sertaneja Eu sempre te quis Eu sempre te quis
  • 22. Lua vermelha Ave flecha pluma Pérola madura Sono do dragão Lua vermelha Só uma centelha Dura enquanto dura Bolha de sabão Lua vermelha Fora da bandeira Bola japonesa No céu do sertão Lua vermelha Negra de Luís Toda sertaneja Eu sempre te quis
  • 23.  Quais são elas?  Como aparecem?  Síntese reflexiva da aula e da análise do texto.  Análise de outros textos (que a professora direcionará) : )
  • 24.  através de recursos linguísticos: -prefixo des; -advérbio de negação não.  presença de duas vozes.  Por meio da negação o escritor circunscreve dois pontos de vista.
  • 25. Lições de Texto: Leitura e Redação - Platão & Fiorin