O documento discute os tipos de anestesia local, anestésicos locais e suas propriedades. Apresenta os principais anestésicos locais utilizados, suas classificações, mecanismo de ação, toxicidade e medidas de profilaxia.
8. ANESTÉSICOS LOCAIS
“São substâncias capazes de bloquear,
de forma totalmente reversível, a
geração e a propagação do potencial de
ação em tecidos eletricamente
excitáveis”.
10. ANESTÉSICOS LOCAIS
USO CLÍNICO
Anestesia e analgesia local ou regional
Tópico (Instrumentação de vias aéreas,
procedimentos oftálmicos e cutâneos
superficiais)
Venoso (diminuição da sensibilidade de
vias aéreas, potencialização da anestesia
geral, ação anti-arrítmica)
13. ANESTÉSICOS LOCAIS
CLASSIFICAÇÃO
AMINOAMIDAS AMINOÉSTERES
Metabolização Hidrolisados através
hepática (citocromo P da colinesterase
450) plasmática
Meia-vida mais Ácido
prolongada paraaminobenzóico
Mais usados na (PABA)
atualidade Potencial alergênico
14. ANESTÉSICOS LOCAIS
MECANISMO DE AÇÃO
Bloqueio
dos canais de
sódio
Diminuição
da permeabilidade
ao íon sódio
Diminuição na
velocidade e grau de
despolarização
Bloqueio
da condução
neuronal
15.
16. Table 17-1. CLASSIFICATION OF NERVE FIBERS
Classificat Diameter Myeli Conduction
ion (µm) n (m•sec–1) Location Function
A alpha 6–22 + 30–120 Afferents to and efferents from muscles Motor and
A beta and joints proprioception
A 3–6 + 15–35 Efferent to muscle spindle Muscle tone
gamma
A delta 1–4 + 5–25 Afferent sensory nerve Pain
Touch
Temperature
B <3 + 3–15 Preganglionic sympathetic Autonomic function
C 0.3–1.3 – 0.7–1.3 Postganglionic sympathetic Autonomic function
Afferent sensory nerve Pain
Temperature
18. PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS
GRAU DE IONIZAÇÃO
ANESTÉSICO pKa % IONIZADA INÍCIO
LOCAL EM pH 7,4 DE AÇÃO
Lidocaína 7,9 76 Rápido
Bupivacaína 8,1 83 Lento
Ropivacaína 8,1 83 Lento
20. AÇÃO DOS ANESTÉSICOS LOCAIS
SOBRE OS VASOS
VASODILATAÇÃO
VASOCONSTRIÇÃO
(ROPIVACAÍNA E COCAÍNA)
21. ABSORÇÃO SISTÊMICA
DO ANESTÉSICO LOCAL
FATORES ENVOLVIDOS
Características farmacológicas do AL
Vascularização do local de injeção
Dose de AL utilizada
Técnica anestésica
Associação ou não com vasoconstritores
22.
23. ANESTÉSICOS LOCAIS
DOSES MÁXIMAS RECOMENDADAS
PARA ANESTESIA INFILTRATIVA
ANESTÉSICO CONCENTR DOSES DOSE MÁX DOSE MÁX
LOCAL (%) MÁXIMAS SEM ADREN COM ADREN
(mg) (mg)
(mg∕kg)
Lidocaína 0,5-2,0 7-8 300 500
Bupivacaína 0,25-0,5 2-3 175 225
Ropivacaína 0,5-1,0 200
24. ASSOCIAÇÃO COM VASOPRESSORES
(EPINEFRINA)
Diminui absorção sistêmica
Diminui toxicidade
Aumenta duração de ação
CONTRA-INDICAÇÃO: EXTREMIDADES
26. TOXICIDADE LOCAL
Mais comum na raquianestesia
Lesão nervosa
Lesão de células de Schwan
Diminuição do fluxo sangüíneo neural
Quadro clínico
Síndrome da cauda eqüina
Radiculopatia transitória
29. TOXICIDADE DOS ANESTÉSICOS LOCAIS
C < Gosto metálico na boca
O Zumbido
N Distúrbios visuais
C
Contrações musculares
E
N Convulsões
T Inconsciência
R
A Coma
Ç Depressão respiratória
Ã
O > Depressão cardiovascular
30. NEUROTOXICIDADE
Bloqueio de fibras Bloqueio de
inibitórias no fibras inibitórias
córtex cerebral e excitatórias
CONVULSÃO DEPRESSÃO
GENERALIZADA
DO SNC
32. TRATAMENTO DA NEUROTOXICIDADE
OXIGENAÇÃO
Ventilação mecânica
Intubação oro-traqueal, SN
Anti-convulsivantes
PROFILAXIA
33. TOXICIDADE RELATIVA AO SNC E RELAÇÃO DE
DOSE NECESSÁRIA PARA TOXICIDADE AO SCV
versus DOSE PARA TOXICIDADE AO SNC DOS
ANESTÉSICOS LOCAIS
ANESTÉSICO TOXICIDADE SCV:SNC
LOCAL SNC
Lidocaína 1,0 7,1
Bupivacaína 4,0 2,0
Levobupivacaína 2,9 2,0
Ropivacaína 2,9 2,2
Etidocaína 2,0 4,4
Prilocaína 1,2 3,1
Procaína 0,3 3,7
34. TOXICIDADE AO SISTEMA CARDIOVASCULAR
EFEITOS CARDÍACOS DOS AL
Ação central sobre o SNA
Ação periférica sobre o SNA
Potente efeito vasodilatador direto
Ação direta sobre o miocárdio
Ação na eletrofisiologia cardíaca
35. TOXICIDADE AO SISTEMA CARDIOVASCULAR
EFEITOS CARDÍACOS DOS AL
Diminuição da disponibilidade dos canais de
sódio
Diminuição na freqüência de despolarização
nos tecidos de condução rápida das fibras de
Purkinje e miocárdio ventricular
Diminuição na duração do potencial de ação
Diminuição no período refratário absoluto
36. LIGAÇÃO AOS CANAIS DE SÓDIO
BUPIVACAÍNA
“Fast-in – Slow-out”
LIDOCAÍNA
“Fast-in – Fast-out”
38. TOXICIDADE DOS ANESTÉSICOS LOCAIS
PROFILAXIA
Escolha de anestésicos menos tóxicos
Indicação correta da técnica anestésica
Utilização da dose adequada
Aspiração antes da injeção
Dose-teste
Monitorização adequada
Condições apropriadas para reanimação