1) O documento descreve a profecia das setenta semanas revelada a Daniel pelo anjo Gabriel, que prevê eventos importantes na história de Israel, incluindo a vinda do Messias.
2) A profecia é dividida em três períodos de sete, sessenta e duas e uma semana respectivamente, totalizando 490 anos.
3) Isso revela detalhes sobre a primeira vinda de Cristo e eventos futuros como a vinda do anticristo e o retorno triunfante de Cristo.
3. 20 - Estando eu ainda falando e orando, e
confessando o meu pecado, e o pecado do meu
povo Israel, e lançando a minha súplica perante a
face do SENHOR, meu Deus, pelo monte santo
do meu Deus,
21 - Estando eu, digo, ainda falando na oração, o
homem Gabriel, que eu tinha visto na minha
visão ao princípio, veio, voando rapidamente, e
tocou-me, à hora do sacrifício da tarde.
22 - Ele me instruiu, e falou comigo, dizendo:
Daniel, agora saí para fazer-te entender o
sentido.
4. 23 - No princípio das tuas súplicas, saiu a ordem, e eu
vim, para te declarar, porque és mui amado; considera,
pois, a palavra, e entende a visão.
24 - Setenta semanas estão determinadas sobre o teu
povo, e sobre a tua santa cidade, para cessar a
transgressão, e para dar fim aos pecados, e para
expiar a iniquidade, e trazer a justiça eterna, e selar a
visão e a profecia, e para ungir o Santíssimo.
25 - Sabe e entende: desde a saída da ordem para
restaurar, e para edificar a Jerusalém, até ao Messias,
o Príncipe, haverá sete semanas, e sessenta e duas
semanas; as ruas e o muro se reedificarão, mas em
tempos angustiosos.
5. 26 - E depois das sessenta e duas semanas será
cortado o Messias, mas não para si mesmo; e o
povo do príncipe, que há de vir, destruirá a cidade
e o santuário, e o seu fim será com uma
inundação; e até ao fim haverá guerra; estão
determinadas as assolações.
27 - E ele firmará aliança com muitos por uma
semana; e na metade da semana fará cessar o
sacrifício e a oblação; e sobre a asa das
abominações virá o assolador, e isso até à
consumação; e o que está determinado será
derramado sobre o assolador.
6.
7. INTRODUÇÃO
Em Daniel 9.3-20 vemos a oração do profeta, para que
Deus desse inicio ao regresso de seu povo, do
cativeiro Babilônico. Diante do clamor insistente de
Daniel, Deus lhe envia um mensageiro com a resposta
da sua petição, mostrando-lhe o panorama profético
estabelecido por Deus, para restaurar completamente
a nação de Israel. As 70 semanas = 490 anos revelaria
a soberania de Deus em relação ao seu povo, Israel.
A revelação das setenta semanas a Daniel é a chave
para a compreensão da doutrina das últimas coisas.
9. O período das setenta semanas seria para:
1) Extinguira transgressão.
2) Dar fim aos pecados.
3) Expiar a iniquidade.
4) Trazer a justiça eterna.
5) Selar a visão e a profecia.
6) Ungir o Santo dos santos (Dn.9:24).
Tudo isso tem relação direta com a nação de
Israel.
11. “No ano primeiro de Dario, filho de Assuero, da
linhagem dos medos, o qual foi constituído rei sobre o
reino dos caldeus” (Dn 9.2). “A expressão “No primeiro
ano de Dario […] constituído sobre o reino dos caldeus”,
nos mostra que Daniel não o confunde com Ciro. Dario
era rei mas apenas sobre a Babilônia e não sobre o
império Medo-Persa.
Este registro histórico data aproximadamente de 539-
538 a.C. sessenta e sete anos depois de Daniel ter sido
levado no verão de 605 a.C.; cerca de cinquenta e nove
anos do começo do cativeiro do Rei Jeoaquim (II Cr
36.9,10; Ez 1.1); um pouco menos que cinquenta anos
a partir da destruição final de Jerusalém em 586 a.C.
Isto explica o interesse de Daniel em Jerusalém (Dn
9.2). Ele imaginou que o tempo já estava sendo
contado”.
13. O tempo da profecia de Jeremias:
Daniel ainda em atividades políticas sob o domínio de
Dario e já com a idade avançada, analisa a profecia do
profeta Jeremias e descobre que a mesma
determinava um tempo de setenta anos de cativeiro
para o povo judeu. Daniel reconhece que o tempo está
no fim. Ao compreender a mensagem, Daniel ora a
Deus pedindo-lhe o cumprimento da promessa, isto é,
a restauração do reino a Israel.
Daniel clamava a Deus e, não tinha terminado a sua
oração, eis que se lhe apresenta o anjo Gabriel
(vs.20,21).
14. A confissão dos pecados:
Daniel busca a Deus com oração e súplicas, com
jejum, pano de saco e cinza (v.3).
Quatro graus de intensidade compõem a oração de
Daniel:
1) Oração, pedidos em geral a Deus.
2) Rogos, súplicas com insistência.
3) Jejum, para subjugar o corpo.
4) Saco de cinza, para mostrar humildade e
indignidade em extremo.
15. Daniel busca a Deus de forma confessional e
de reconhecimento da culpa. Ele expõe não
só a culpa do povo, mas também a sua
(vs.4,5).
Daniel pede perdão pelo pecado do povo e
também pelos seus.
Aqui vemos mais uma vez a integridade de
Daniel, ele não foi presunçoso diante da
justiça de Deus.
16. Daniel reconhece a justiça de
Deus:
Mesmo em meio a tanto sofrimento, Daniel
estava convicto acerca da perfeição da justiça
divina.
Daniel reconhece que a justiça de Deus não
iguala a justiça dos homens (v.7).
18. A Bíblia mostra que Deus puniu o seu povo com o cativeiro por dois
motivos:
1) Eles haviam dado as costas ao Senhor e serviram aos ídolos (Jr
3.13; 18.11; 19.13; 25.5,6; 35.15).
2) Os setenta anos de cativeiro sobre a nação foi para “que a terra
se agradasse dos seus sábados; todos os dias da desolação
repousou, até que os setenta anos se cumpriram” (2 Cr 36.21).
Deus havia ordenado a Israel, no deserto, que:
1) Trabalhasse seis dias em sete e, semelhantemente, seis anos
em sete (Êx 20.9,10; Lv 25.1-7). A guarda do sábado a risca foi
observada por Israel logo no deserto, e um homem foi morto
porque o violou (Nm 15.32-36).
2) Guardasse o ano sabático só entraria em vigor com a entrada
da nação na terra prometida (Lv 25.2-4).
Durante esse ano de repouso, a terra não era lavrada, o fruto era
livre, e a confiança do povo em Deus era provada. Durante os 490
anos da monarquia, esta lei não foi observada, como devia ter sido
por 70 vezes. Por isso, foram dados ao povo 70 anos de cativeiro.
19. O sentido da profecia:
A profecia das setenta semanas diz respeito ao futuro
IMEDIATO e ESCATOLÓGICO de Israel.
Enquanto Daniel, orava, no período de três da tarde (Dn
9.21), um anjo, chamado Gabriel, lhe entregar uma
mensagem explicativa (Dn 9.22-b). O anjo apresenta a
profecia no sentido completo, e depois mostra a Daniel as
suas divisões (Dn 9.24,25,27).
Entre os hebreus, em lugar da palavra “semana” usava-se a
palavra “shabua”,que em hebraico significa, literalmente, um
“sete”. Pode ter o sentido de um “sete” de dias como também
um “sete” de anos. Precisamente nesta profecia tem o
sentido profético de anos e não de dias (Nm 14.34; Ez 4.6)
Assim sendo, estas “setenta semanas” são setenta “grupos
de sete anos”, ou seja, 490 anos.
20. O bloco que forma os versículos 24-27 é
profeticamente dividido em três grupos:
Sete semanas = 49 anos
Sessenta e duas semanas = 434 anos
Uma semana = 7 anos
21. O primeiro grupo (49 anos):
Deu-se início com o decreto de Artaxerxes Longímano em
445 a.C, para a reconstrução de Jerusalém, (Ne 2).
O segundo grupo (434 anos):
É o período do advento do Messias. No ano 70 d.C. o
templo de Jerusalém foi destruído pelo general Tito.
O terceiro grupo (7 anos):
É o advento do Anticristo (ainda não aconteceu).
23. Os três príncipes.
1) O primeiro é o Messias
2) O segundo é o general Tito.
3) O terceiro surgirá no futuro, o anticristo.
O intervalo entre a sexagésima nona (69) e a
septuagésima (70) semanas.
É o tempo da graça, identificado pelo Bíblia como o
“tempo dos gentios”.
Neste tempo é formado um novo povo de Deus, a
Igreja, composta por judeus e gentios.
25. Revelar o homem do pecado.
Ele é identificado em Daniel pelo:
1) Rei de cara feroz.
2) O chifre pequeno.
3) O animal terrível e espantoso.
No Novo Testamento ele é identificado como:
1) O anticristo
2) A besta que subiu do mar.
Trata-se de um líder mundial poderoso que chamará a
atenção das nações pela sua diplomacia, astúcia e
inteligência política.
26. A grande tribulação.
Último período das Setenta Semanas, durante o qual terá
lugar o reinado do Anticristo e a Grande Tribulação. Esta
semana será inaugurada logo após o arrebatamento da
Igreja (2 Ts 2.7; Ap 3.11). Como as demais, terá a duração
de sete anos; será dividida em duas partes de três anos e
meio cada: a primeira de uma aparente paz e segurança; a
segunda será marcada pela Grande Tribulação (Ap 11.2,3,
12.6).
Revelar a vitória gloriosa do Messias.
No final dessa semana, aparecerá o Senhor Jesus,
juntamente com a sua Igreja, para implantar na Terra o
Reino Milenar.
27. CONCLUSÃO
Em tudo isso encontramos uma mensagem
de esperança ao nosso coração.
Não tenhamos medo, creiamos tão somente!
Alegremos nesta esperança:
BREVE JESUS
VOLTARÁ!