A relação entre tradutores e revisores com certeza não é fácil, e está longe de ser. Por um lado, ter seus erros apontados de forma tão direta pode gerar desconforto e frustração. Por outro, apontar os erros alheios pode parecer arrogância e prepotência. Em todo caso, parece que há sempre uma bomba prestes a explodir. Nesta palestra, Mitsue Siqueira, Language Specialist da Ccaps, explica porque assumir as duas posições exige uma característica essencial: maturidade. Como tradutor, é necessário tê-la para entender que, por mais que se tenha se esforçado para fazer o melhor, o trabalho raramente estará perfeito. O revisor precisa ser maduro o bastante para se colocar no lugar daquele que erra, tentar entender o que pode ter causado o erro e ajudá-lo a se levantar ainda mais preparado para o que vem pela frente. A linha entre paz e guerra na relação desses opostos é muito tênue. No meio do caminho, há muitas pedras que complicam ainda mais a situação, por vezes já conturbada. Entretanto, usando as técnicas adequadas e aceitando as contribuições oferecidas, os dois lados só têm a ganhar. O objetivo deste trabalho é apresentar técnicas de negociação, sugestões eficientes e abordagens práticas, testadas e comprovadas com base na experiência adquirida como especialista linguístico e nas melhores práticas e métodos implantados na Ccaps.